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FACULDADE RUY BARBOSA CURSO TECNOLOGO EM LOGISTICA E PROCESSO GERENCIAL. ADRIANA LACERDA EMILLE MARQUES MARCELO DIAS THAIS CERQUEIRA UANDERSON SANTOS ULRICH AIRES SISTEMAS DE TRANSPOSTE NO BRASIL. SALVADOR-BAHIA 2014 ADRIANA LACERDA EMILLE MARQUES MARCELO DIAS THAIS CERQUEIRA UANDERSON SANTOS ULRICH AIRES SISTEMAS DE TRANSPOSTE NO BRASIL. Docente: Isaias Matos de Santana Junior. Salvador-Bahia 2014 Trabalho referente ao 2º semestre, como avaliação semestral dos Cursos Tecnólogos de Logística e Processos Gerenciais. Sob qualquer ponto de vista- econômico, politico e militar- [o transporte] é, inquestionavelmente, a indústria mais importante no mundo. Congresso nos Estados Unidos.·. RESUMO Este trabalho tem por finalidade fazer uma abordagem sobre os Sistemas de Modais no Brasil, por meio deste tema central, serão apresentados, os tipos de modais, suas vantagens e desvantagens; investimento do governo para os modais e um case de sucesso no Brasil. Todo este trabalho foi pautado em pesquisas acadêmicas e livros que implicam em tais questões. Palavras Chaves: modais no Brasil; sistemas de modais; transportes; investimentos. Sumário 1. Introdução .............................................................................................................. 8 2. Tipos de modais .................................................................................................... 9 2.1Rodoviario ......................................................................................................... 9 2.2Ferroviario ......................................................................................................... 12 2.3Maritimo ............................................................................................................ 15 2.4Aereo ................................................................................................................ 17 2.5Dutoviario .......................................................................................................... 20 3. Case de Sucesso ................................................................................................. 24 4.Conclusa ............................................................................................................... 26 Anexos ..................................................................................................................... 28 5.Bibliografia ............................................................................................................ 30 Sumário de Figuras Figura 1 ..................................................................................................................... 9 Figura 2 ................................................................................................................... 10 Figura 3 ................................................................................................................... 12 Figura 4 ................................................................................................................... 13 Figura 5 ................................................................................................................... 14 Figura 6 ................................................................................................................... 15 Figura 7 ................................................................................................................... 16 Figura 8 ................................................................................................................... 17 Figura 9 ................................................................................................................... 18 Figura 10 ................................................................................................................. 20 Anexos: Figura 12 ................................................................................................................. 28 Figura 13 .................................................................................................................. 28 Figura 14 .................................................................................................................. 28 Sumario de Tabelas Tabela 1 ................................................................................................................... 29 Tabela 2 ................................................................................................................... 29 8 1. INTRODUÇÃO Desde a antiguidade os homens precisavam se locomover. Naquele tempo o deslocamento era feito para as pessoas irem comprar alimentos, vender sua colheita ou ate mesmo conhecer outros lugares, a exemplo dos nômades. No entanto, tais viagens e ações eram feitas de forma muito lenta, pois não havia maquinas para transportar as pessoas e suas mercadorias. Então, como uma forma de melhorar essas idas e vindas, passou-se a utilizar os animais; anos depois o homem criou a roda, foi quando começou a surgir carros de duas rodas puxados pelo homem; anos mais tarde carros puxados por boi e cavalos, como carroças e diligencias, e passam a transportar mercadorias. Após tantos avanços, neste novo contexto, o homem já tinha passado a utilizar barcos que eram movidos com a força do vento; Algum tempo depois, o homem passou a construir linhas férreas, pois percebeu que no trem era possível ir mais rápido e transportar uma grande quantidade de mercadorias e pessoas de uma só vez. Devido a tais evoluções, foi que o sistema de transporte veio apresentando grande importância e desenvolvimentos consideráveis. Atualmente, os sistemas de transporte ou modais, é algo de grande relevância no cenário empresarial e industrial, pois o mundo tornou um espaça globalizado, que exige constantes mudanças e modernizações, e para isso ocorrer se faz necessário a presença de um sistema logístico eficiente. Hoje em dia as atividades de transporte é algo de destaque no Brasil, não só pela sua importância, mas também pelo fato do país precisar investir mais na estrutura logística local, de modo a poder sustentar de uma forma mais adequada o crescimento econômico do país. 9 2. TIPOS DE MODAIS Os transportes ou modais é um dos principais elementos do sistema logístico das empresas, e apresenta um custo de até 64% dos custos de uma organização. Modais podem ser entendidos como sistemas pelo qual uma carga será transportada. Existem cinco tipos de modais: rodoviário, ferroviário, marítimo, aéreo e dutoviário. Cada sistema desses apresenta características próprias, e devem ser adequados aos tipos de operações e aos serviços a serem prestados, além disso, tais sistemas apresenta custos/preços distintos, que ira impactar o desempenho da cadeia produtiva. 2.1Modal Rodoviário. O sistema rodoviário é o mais utilizado no Brasil, mesmo sendo o que apresenta maiores problemas estrutural, como frotas de caminhões antigas, insegurança e malhas rodoviárias muito desgastadas. Figura 1. Índices de Produtividade de diferentes Modais Fonte:Geipot 2001: Pesquisa anual de Serviços IBGE/1998; 10 Vantagens e Desvantagens do Transporte Rodoviário.·. Ele é o mais flexível e o mais ágil no acesso às cargas, permite integrar regiões, mesmo as mais afastadas, bem como o interior dos países. Nesses casos, principalmente quando não há outros modais disponíveis. A simplicidade do funcionamento do transporte rodoviário é o seu ponto forte, pois não apresenta qualquer dificuldade e está sempre disponível para atendimentos urgentes. Este transporte permite às empresas exportadoras e importadoras terem flexibilidade, podendo oferecer algumas vantagens, dentre as quais: - vendas na condição de entrega porta a porta; - menos manuseio da carga, portanto, mais segurança, já que o caminhão é lacrado no local de carregamento e aberto no local de entrega; - rapidez na entrega da carga em curta distância; - o transporte vai até a carga em vez de obrigar o exportador a levá-la até ele; - a carga vai até o importador ao invés de obrigá-lo a ir retirá-la; - possibilidade de utilização de embalagens mais simples e de menor custo. - peça fundamental da multimodalidade e da intermodalidade. Desvantagens: O transporte rodoviário também apresenta algumas desvantagens, dignas de serem registradas, entre as quais: - Frete mais alto do que alguns outros modais que são ou estão apresentando-se como seus concorrentes; Figura 2. Fonte: Canal de Distribuição, 2012; 11 - a menor capacidade de carga entre todos os modais; - custo elevado da sua infraestrutura; - um modal bastante poluidor do meio-ambiente; - a quantidade excessiva de veículos ajuda a provocar congestionamentos, trazendo transtornos ao trânsito bem como a toda população, inclusive aumentando o consumo de combustíveis, agravando a situação do país que é importador líquido de petróleo; - obriga a construção contínua de estradas, ou a sua manutenção, com recursos do poder público, ou seja, da população. Isto faz com que, além do frete visível, tenhamos também um alto frete invisível que recai sobre os contribuintes. 12 2.2 Modal Ferroviário. Como qualquer tipo de transporte existente, o transporte ferroviário tem vantagens e desvantagens que o caracterizam. Essas vantagens podem ser consideradas os pontos fortes para a sua utilização e, em contrapartida, as desvantagens são os pontos fracos. Numa visão generalista, podemos dizer que o governo brasileiro investe muito pouco nas malhas ferroviárias, por conta disso existe um déficit de deslocamento de cargas e pessoas fazendo com que o setor de logística no Brasil seja muito atrasado quando comparado com os dos países desenvolvidos. Na Bahia o governo vem fazendo alguns investimentos que ainda assim são insuficientes para atender uma demanda muito grande quanto o deslocamento de pessoas, sem contar o transporte de cargas. Temos o exemplo do metrô da capital baiana que teve um gasto enorme e até o momento não foi concluído 100%, causando insatisfação da população que sofre com o descaso. Esse setor de transporte não deixa de ser tão menos importante do que os demais, pois ele é uma espécie de interlocutor dos meios de transportes, fazendo a ligação entre os meios fluvial, rodoviário e aéreo. Como em todo setor de transporte, o ferroviário tem suas vantagens e desvantagens, a falta de investimento constante em infraestruturas, material circulante e de tração, a dificuldade que um comboio tem de subir algumas inclinações e também parar em qualquer lugar da via-férrea, instalações fixas, terminais e equipamentos de carga e de descarga para garantir que os níveis de resistência e qualidade da via sejam garantidos, são pontos que causa impacto no crescimento do setor de logística nacional. Ainda assim, o transporte ferroviário possui grande capacidade de transporte, sendo um dos mais baratos quanto a investimento na construção e também na cobrança de tarifas. No entanto, tem como vantagem a segurança, que é controlada rigidamente, além da quantidade e variedade de veículos ferroviários, específicos para determinados fins. A locomoção pode ser realizada por veículos a vapor, diesel ou eléctricos e os vagões de transporte têm sido especializados para os diversos fins a que se destinam. Assim, Figura 3. Fonte: Transportadora Brasil,2012. 13 dependendo da necessidade de transporte, o vagão utilizado é adaptado às condições. As principais ameaças associadas à exploração do transporte ferroviário no Brasil estão relacionadas, fundamentalmente, com fatores de ordem econômica e de ordenamento do território e infraestruturas. Os custos e tempos de concretização para investimentos nas infraestruturas ferroviárias são demasiado elevados. Há, também, um fator que normalmente não é tomado em conta, que diz respeito ao indesejável crescimento do transporte rodoviário, quando as políticas de intervenção na rede ferroviária não são ajustadas aos conceitos econômicos e funcionais. O desordenamento urbano também pode conduzir as dificuldades na promoção da intermodalidade, assim como a uma dispersão urbana. Segurança A segurança é um dos valores mais prezados da atividade de transportes, com um forte impacto na qualidade percebida pelos clientes. O elevado nível de segurança de pessoas e bens constitui um património do caminho-de-ferro que importa valorizar e promover, no sentido de alcançar patamares sempre mais elevados de exigência. Quando se fala em intensificação da procura por este meio de transporte, esta é, também, uma questão pertinente a ser levantada em conta. Para a melhoria das condições de segurança em nível dos transportes ferroviários, é vital a harmonização dos sistemas e funções em todos os Estados/cidades-Membros, sendo a observação e aplicação das diretivas comunitárias fundamental para o setor. A segurança é alcançada através de três áreas fundamentais de atuação: administrativa e contratual, técnica e operacional. Administrativa e contratual: pela aplicação das regras nacionais de segurança através de legislação e regulamentação; pela definição dos direitos e das responsabilidades de cada interveniente do sistema ferroviário, com vista a alcançar a harmonização dos indicadores, objetivos e métodos comuns de segurança e com a implementação das autorizações de segurança (gestores de infraestruturas) e certificados de segurança (operadores de transportes ferroviários). Figura 4. Fonte: Noticia Ferrovia,2014. 14 Técnica: pela fixação de padrões específicos de construção, controle e gestão de cada um dos componentes do sistema ferroviário (via, material circulante, sinalização, sistemas de exploração, etc.), garantindo uma interface dinâmica entre todos eles. Operacional: pela aplicação de comandos operacionais, nos vários sistemas de circulação, informação, telemática, emergência, etc., dos intervenientes do sistema ferroviário, sendo fundamental a sua interoperabilidade. Esta depende de uma gestão de segurança que atue ao nível preventivo e reativo sobre o ciclo de vida diário de todo o sistema. Com a observação da evolução dos fenômenos sociais e o acompanhamento de novos meios tecnológicos de segurança, cumpre-se o objetivo de oferecer um melhor sentimento de segurança na utilização do transporte ferroviário. No que diz respeito as infraestruturas, é necessário prosseguir com a avaliação das passagens de nível para decidir sobre a sua supressão ou reclassificação,tendo em vista a redução do número de acidentes. Relativamente à segurança na circulação, é necessário avaliar as condições da progressiva transição dos sistemas de segurança da comunicação entre o material circulante e o posto de controle. Figura 5. Fonte: Site Transporta Brasil, 2012. 15 2.3 Modal Marítimo. O transporte marítimo é o modal mais utilizado no comércio exterior. É um grande fortalecedor para a logística e gerador de empregos. Com tarifas acima do preço e portos inadequados o transporte ainda não tem todo o seu potencial utilizado. Contendo vários tipos de navios como, por exemplo: - Navios de carga geral: transportam vários tipos de cargas, geralmente em pequenos lotes; - Navios de passageiros: só é transportada a pessoa e a bagagem; - Navios tanque: São os navios para transporte de petróleo bruto e produtos refinados. O transporte marítimo é o modal mais utilizado no comércio internacional. No Brasil responde por mais de 90% do transporte internacional. Possibilita a navegação através de rios e lagos. Os portos desempenham um papel importante como elo entre os modais terrestres e marítimos. Tem uma função adicional de amortecer o impacto do fluxo de cargas no sistema viário local, através da armazenagem e da distribuição física. Um dos modais mais importantes para a indústria e a logística no Brasil, o transporte marítimo ainda não tem todo o seu potencial devidamente utilizado. Sua importância está diretamente ligada a intermodalidade, à geração de novos empregos, ao aumento na movimentação de cargas no país e ao fortalecimento do setor de logística no mercado nacional. Apesar de todas as dificuldades que enfrenta - Com portos ainda inadequados, burocracia e altas tarifas, para citar apenas algumas - o setor movimenta mais de 350 milhões de toneladas ao ano. Fica fácil imaginar o quanto este número pode melhorar se houver uma preocupação e um trabalho efetivos para alterar este quadro. O modal aquaviário é fundamental para promover e integrar o país interna e externamente. Afinal, são oito bacias com 48 mil km de rios navegáveis, reunindo, pelo menos, 16 hidrovias e 20 portos fluviais. Entre 1998 e 2000, 69 milhões de toneladas foram movimentadas. Modernizado e adequado às exigências de um mundo globalizado, o transporte marítimo pode diminuir distâncias internas e ser Figura 6. Fonte: site Zona Consultoria, 2014.Port de Santos Porto de Santos 16 decisivo na consolidação do Mercosul, além de aumentar o comércio com os demais continentes. Vantagens .Maior capacidade de carga; Carrega qualquer tipo de carga; Menor custo de transporte. Desvantagens Necessidade de transbordo nos portos; Distância dos centros de produção; Maior exigência de embalagens; Menor flexibilidade nos serviços aliados a frequentes congestionamentos nos portos. Figura 7. Fonte: Blog LogPlima,2010. 17 2.4 Modal Aéreo O transporte aéreo é o modal de transportes que consiste em transportar mercadorias (cargas) e/ou pessoas através de aeronaves (tráfego aéreo). É baseado em normas da Associação de Transporte Aéreo Internacional, tendo como referência no país a INFRAERO. O transporte aéreo é baseado em normas da Associação de Transporte Aéreo Internacional (IATA - Internacional Air Transport Association). A associação das empresas aéreas na IATA não é obrigatória. A IATA representa as companhias aéreas e estabelece tarifas máximas fixadas anualmente, com base nas rotas e nos serviços prestados. As tarifas aéreas, no entanto, podem ser reduzidas em função de acordos bilaterais entre os governos e da competição resultante de programas de desregulamentação. Os produtos a serem embarcados por via aérea devem ser pesados e medidos, pois as normas da IATA estabelecem que um determinado peso não pode superar um volume máximo. A unidade de volume equivale a 6 mil cm3/Kg. Quando este limite é ultrapassado, o frete é calculado por volume. Os principais intervenientes no transporte aéreo são as empresas de navegação aérea, os agentes de carga, e também a Infraero, que detém o monopólio da administração dos aeroportos e seus armazéns de carga no Brasil. As principais características do transporte aéreo são: 1. Ideal para o envio de mercadorias com pouco peso e volume; 2. Eficácia comprovada nas entregas urgentes; 3. Acesso a mercados difíceis de serem alcançados por outros meios de transporte; 4. Redução dos gastos de armazenagem; 5. Agilidade no deslocamento de cargas; 6. Maior rapidez; 7. Facilidade e segurança no deslocamento de pequenos volumes; 8. Diminuição de custos das embalagens; 9. Crescente aumento de frotas e rotas; Figura 8. Fonte: site Forege Trade, 2012 18 Frete Aéreo Os frete aéreo é devido em duas caterogias, de acordo com a modalidade de pagamento, e são: 1. Frete pré-pago (prepaid) : o frete deve ser pago para a retirada do conhecimento de embarque. Normalmente é realizado no país de embarque e para venda feita na condição CIP e CPT. 2. Frete a pagar (collect) : o pagamento do frete pode ser feito em qualquer lugar, sendo normalmente realizado no país de destino. Obs.: não é permitida essa modalidade de pagamento para os seguintes casos: restos humanos, amostras, mercadorias perecíveis, animais vivos, bem como mercadoria que tenha frete maior que seu valor e quando o destinatário é o próprio embarcador da mercadoria. Conhecimento de Embarque Aéreo O transporte aéreo comercial de carga é sempre documentado através do conhecimento aéreo (AWB - Airway Bill) que, a exemplo dos demais modais, é o documento mais importante do transporte. Ele pode ser tanto um conhecimento aéreo da companhia (acompanha a carga) quanto um conhecimento neutro (quando é do agente de carga). Os tipos de AWB existentes são: 1. AWB (Airway Bill) : conhecimento aéreo que cobre uma determinada mercadoria, embarcada individualmente numa aeronave, sendo emitido diretamente pela empresa aérea para o exportador. 2. MAWB (Master Airway Bill) : é o conhecimento emitido pela companhia aérea, para cargas consolidadas, para o agente de carga. Representa a totalidade da carga recebida pelo agente e entregue para o embarque, e que permanece com ele, não chegando aos embarcadores. ( Master = Mãe, neste caso) 3. HAWB (House Airway Bill) : é o conhecimento emitido pelo agente de carga, relativo a uma carga que tenha sido objeto de uma consolidação. Normalmente são emitidos vários destes conhecimentos para cada Master . A soma dos HAWB será igual ao MAWB. ( House = Filhote, neste caso) 4. Além das funções normais este documento ainda pode representar fatura de frete e certificado de seguro. Figura 9. Fonte: site conexão marítima, 2010. 19 Exigências e mercadorias Todas aquelas que não oferecem risco à aeronave, aos passageiros, aos operadores, a quaisquer outros envolvidos e às outras cargas. Podem ser transportados neste modal; Animais vivos; cargas comuns secas; cargas congeladas; armamentos. O transporte aéreo de mercadorias consideradas perigosas deve ser autorizado pela companhia aérea. Também, junto a documentação deverá conter uma ficha de emergência, explicando as características do produto, bem como, a forma de manuseio no caso de um eventual problema. As mercadorias perigosas são classificadas pela ONU por classes de riscos: 1. Classe 1: explosivos; 2. Classe 2: gases; 3. Classe 3: líquidos inflamáveis;4. Classe 4: sólidos inflamáveis; 5. Classe 5: substâncias combustíveis e materiais oxidantes; 6. Classe 6: substâncias tóxicas (venenosas) e infecciosas; 7. Classe 7: materiais radioativos; 8. Classe 8: corrosivos 9. Classe 9: mercadorias perigosas diversas 20 2.5 Modal Dutoviário. Principais Características A importância relativa de cada modal pode ser medida em termos de volume de tráfego, quilometragem do sistema, receita e natureza da composição do tráfego. A tonelada-quilômetro (tkm) é a medida padrão da atividade de frete que considera o peso medido em toneladas e a distância medida em quilômetros da movimentação, é calculada multiplicando-se o numero de toneladas pelo numero de quilômetros para cada viagem. No caso do dutoviário, além da medida metro cúbico, adequada a gases e líquidos, que são as cargas mais frequentes em dutos, usaremos também o tem para comparar este modal aos demais A natureza de uma dutovia é singular se comparada aos outros modais de transporte. Os dutos operam24 horas, sete dias por semana com restrições de funcionamento apenas durante manutenção e mudança de produto transportado. Ao contrário dos outros modais, não existe um veículo vazio retornar uma vez que, dos quatro elementos do transporte – a via, a unidade de transporte, anuidade de propulsão e o terminal – a dutovia em si combina três deles: somente o terminal (tanque de armazenagem, por exemplo) é separado. Os dutos são os que apresentam maior custo fixo e o menor custo variável entre todos os modais. O alto custo fixo resulta do direito de acesso, da construção, da necessidade de controle das estações da capacidade de bombeamento. A área que precisa ser desapropriada para a construção, chamada de faixa de servidão é um dos responsáveis pelo elevado custo fixo. O Gasoduto Brasil-Bolívia por exemplo, com extensão de 2.593 Km somente no lado brasileiro, tem uma faixa de servidão de 20 metros. Como os dutos não necessitam de mão-de-obra intensiva, o custo operacional variável é baixo após a construção. Outro item relevante do custo variável é o monitoramento via satélite usado, por exemplo, pela TBG Figura 10. Fonte: Blog Fatec log, 2012 21 Uma desvantagem clara é que os dutos não são tão flexíveis (quanto à rota de distribuição) e são limitados quanto às mercadorias que podem transportar: somente produtos na forma de gás, líquido ou mistura semifluida Experiências relacionadas à movimentação de produtos sólidos na forma de mistura semifluida ou de suspensão hidráulica continuam a ser feitas. Os dutos de mistura semifluidade moinha de carvão tem sido comprovados como um modo eficiente e econômico para o transporte desta commodity em longas distâncias Transporte Dutoviário É um modo de transporte que utiliza um sistema de dutos - tubos ou cilindros previamente preparados para determinado tipo de transporte, formando uma linha chamada de dutovia ou via composta por dutos onde se movimentam produtos de um ponto a outro. O transporte de cargas nesse modal ocorre no interior de uma linha de dutos ou tubos e o movimento dos produtos se dá por pressão ou arraste destes por meio de um elemento transportador. Esta modalidade de transporte vem se revelando como uma das formas mais econômicas de transporte para grandes volumes principalmente de petróleo e derivados, gás natural e álcool (etanol), especialmente quando comparados com os modais rodoviário e ferroviário. O modal dutoviário é considerado o mais consistente e freqüente de todos os modais. Issoocorre porque a variância no tempo de transporte é mínima (maior consistência) e as dutoviasfuncionam 24 horas por dia (freqüência). Por outro lado, é o modal que apresenta menorvelocidade, menor capacidade (uma vez que é muito especializado, transporta pequenavariedade de produtos) e menor disponibilidade, afinal, está presente em poucas regiões. O transporte dutoviário define-se como o transporte de granéis, por gravidade ou pressãomecânica, através de dutos adequadamente projetados à finalidade a que se destinam. Figura 11. Fonte: site Porto gente, 2014 22 Como é feito o transporte? Diferente de outros transportes que necessitam ir de um lugar para o outro, o duto não se move de seu lugar, o produto é que se desloca. Ele muitas vezes se vale das irregularidades de onde está instalado como por exemplo um desnível que faz com que a própria força de gravidade desloque o material a ser transportado. Ainda assim ao longo de seu percurso poderá haver perda de energia necessitando de estações de bombeamento devidamente calculadas para recuperar essa energia perdida. Tipos de Dutos Dutos Aparentes: São visíveis, o que normalmente acontece nas chegadas e saídas das estações de bombeio, nas estações de carregamento e descarregamento. Dutos subterrâneos: São enterrados para serem mais protegidos contra intempéries, acidentes provocados por outros veículos e máquinas agrícolas, e também, contra a curiosidade e vandalismo por parte de moradores vizinhos à linha dutoviária. Dutos submarinos: São assim denominados devido à que a maior parte da tubulação está submersa no fundo do mar. Este método é geralmente utilizado para o transporte da produção de petróleo de plataformas marítimas. Dutos Aéreos: São instalados em terrenos acidentados, pântanos e grandes vales. É necessário pontes ou torres nas extremidades dos obstáculos para serem instalados Dutovias É uma instalação construída por tubos ligados entre si, pode ser definida como uma tubulação destinada a conduzir a grandes distâncias produtos ou materiais. As dutovias podem ser classificadas pelo tipo de produto que transporta, sendo um modal extremamente especializado. Os elementos que constituem uma dutovia são: os terminais, com os equipamentos de propulsão do produto; os tubos e as juntas de união destes. Os principais tipos de dutovias são: Oleodutos: Transportam em sua grande maioria derivados do petróleo como óleo combustível, gasolina, diesel, álcool, GLP, querosene e nafta, e outros; Minerodutos: empregado no transporte de produtos como sal-gema, minério de ferro e concentrado fosfático. Utiliza-se o duto encapsulado que faz utiliza usa uma cápsula para transportar a carga por meio da tubulação impulsionada por um fluido portador, água ou ar; Gasodutos: Empregado no transporte de gás natural, possui semelhança ao oleoduto, porém com suas particularidades, principalmente no sistema de propulsão de carga; 23 Polidutos: Empregado no transporte de outros produtos como, vinho, água, etc. Dutos de Esgoto: As águas servidas ou esgotos produzidos pelo homem devem ser conduzidos por canalizações próprias até um destino final adequado. Dutos de Água: Após a água ser coletada em mananciais ou fontes, a mesma é conduzida por meio de tubulações até estações onde é tratada e depois distribuída para a população, também por meio de tubulações. As tubulações envolvidas na coleta e distribuição são denominadas adutoras. As principais vantagens das dutovias e do transporte dutoviário: Permite que grandes quantidades de produtos sejam deslocados de maneira segura, diminuindo o tráfego de cargas perigosas por caminhões, trens ou por navios e, consequentemente, diminuindo os riscos de acidentes ambientais; Podem dispensar armazenamento; Simplificam carga e descarga; Diminuem custos de transportes, energia e operação; Menor possibilidade de perdas ou roubos; Redução do desmatamento; Melhoria da qualidade doar nas grandes cidades; Facilidade de implantação; Não utiliza embalagens, devido a dutovia ser a própria unidade de carregamento; Mão-de-obra reduzida, pórem especializada; Desvantagens Ocorrências de acidentes ambientais em grandes proporções; Investimento inicial elevado; Não se adapta a muitos tipos de produtos. Seu uso só pode ser estendido a certos grupos de mercadorias dentro de um mesmo produto. Embora seja tecnicamente possível separar um produto de outro sem que eles se misturem durante o transporte, não é aconselhável usar um mesmo duto para carregar parafina e depois leite, por exemplo.; Não é adequado ao transporte de mercadorias que estejam sujeitas a mudanças de padrão de carregamento; Inflexibilidade quanto à rota de distribuição. Uma vez fixados os dutos, sua posição não é fácil de alterar. Por este motivo, é adequado a produtos que mantenham sua demanda restrita a pontos fixos. 24 3.Case Logístico de Sucesso. Magazine Luiza – Integração de Fornecedores 23 de março de 2009 O Magazine Luiza trouxe a seguir uma apresentação que abordou a estratégia de supply chain da empresa e um case de sucesso de planejamento/relação colaborativa obtido com a implantação do CPFR (Collaborative Planning, Forecasting and Replenishment). Os dois executivos da empresa, Regina Lemgruber (diretora de logística) e Ramon Martinez (coordenador de supply chain), deram início à sua participação com a descrição do quadro atual da rede varejista, composto de 455 lojas, seis centros de distribuição e 13 mil funcionários, dos quais dois mil estão locados na área de logística. Implantado com o objetivo de integrar os fornecedores mais importantes à nova visão e aos novos processos, o projeto de CPFR do Magazine Luiza apresentado no simpósio focou na Sony como um dos parceiros no desenvolvimento da relação colaborativa. Para executar o perfeito alinhamento entre os elos da cadeia. Considerando que existe uma grande dificuldade para se identificar a quantidade a ser vendida para o consumidor final, os erros no planejamento de demanda são os principais motivos causadores de excesso de estoque e rupturas. A situação se agrava ainda mais quando cada elo da cadeia faz o seu planejamento por conta própria baseado apenas em seus próprios conhecimentos. Com o objetivo de estruturar um processo em que os dois parceiros conseguissem fazer um planejamento conjunto, compartilhando seus conhecimentos e buscando reduzir as falhas, a empresa optou por um modelo dividido em quatro processos de planejamento: no caso do sortimento, é feita a sincronização da entrega de itens novos com o escoamento dos antigos, impedindo a queda no volume total de vendas. Para o planejamento de demanda, o Magazine Luiza trabalha com um horizonte de 60 dias, o planejamento é feito em consenso entre as áreas de compras, logística e o fornecedor. “O desafio está em fazer todos entenderem que o processo deve ser focado na identificação da demanda real”, explica Martinez. O planejamento de compras considera a produção e o recebimento, com a definição do cenário logístico específico e o acompanhamento das restrições, e o da distribuição leva em conta a definição do sortimento para os clusters de loja, com o acompanhamento do desempenho do produto. São feitas reuniões semanais com o grupo tático a fim de acompanhar o descolamento do planejado x realizado e promover ações corretivas de curto prazo. São feitas reuniões mensais aonde os gerentes de ambas as empresas participam junto ao grupo tático e então é feito o planejamento para os dois próximos 25 meses bem como análise dos resultados do mês anterior sob o ponto de vista de planejamento e execução e por último uma reunião trimestral com a presença da diretoria das empresas a fim de prestar contas dos resultados e garantir o apoio necessário Os principais indicadores acompanhados são: MAPE, Rupturas, Cobertura de Estoques, Obsolescência, Evolução Vendas, Margem e Compras, Produtividade por Loja, Pedidos em Atraso. As premissas de planejamento são parametrizadas em um DRP e os pedidos são gerados de maneira automática semanalmente, com cálculo de estoque de segurança e reposição automática para CDs e lojas. O DRP também disponibiliza as projeções de sell-in que são enviadas ao fornecedor para que faça o seu planejamento de produção em função do volume de compras projetado, este número é muito importante para reduzir as faltas de produtos por parte do fornecedor. 26 4.Conclusão Contudo foi possível perceber que os sistemas de transportes ou modais é algo vital para qualquer organização, e que deve ser adequado à estrutura logística dela, de modo atender suas necessidades de forma satisfatória, e desta forma refletir sua eficiência para seus clientes. No entanto percebe-se que o pais ainda precisa fazer muitos investimentos neste setor, pois mesmo o governo investindo R$ 58,3 milhões, no período de 2007 a 2010 , nos setores logísticos através do PAC, não é suficiente, pois existes muitos entraves urgentes a serem atendidos, que ocorrem constantemente. Segundo a confederação nacional de transportes é necessário investir cerca de 224 bilhões, para se ter um plano logístico produtivo. Pois só desta forma será possível, tirar o sistema rodoviário como o “carro chefe, ou melhor, o caminhão chefe” de nosso sistema logístico, e passar a investir nos sistemas ferroviários e marítimos, que são mais eficientes, com uma relação de custo beneficio muito mais relevante. 27 Anexos 28 Figuras. Figura 12. Exemplo dos primeiros veiculos de duas rodas,puxado por humano. Fonte: site prof.200, 2014. Figura 13.Primeiros veiculos puxados por animais. Fonte: site prof.200, 2014. Figura 14. Primeiras diligencias , de mercadoria e pessoas. Fonte: site prof.200, 2014. 29 Tabelas. Tabela 1. Impactos dos meios de Transportes no desempenho da cadeia de suprimentos. Tabela 2. Preços relativos dos diferentes tipos de modais (em US$ por 1.000 ton. X km.) Fonte, livro: Logística e Cadeia de Suprimentos. Paginas 248. Autor Peter P. Wanker, 30 5. Bibliografia. WANKE, Peter. Logística e Cadeia de Suprimentos. Pag. 28-48; 237-247. WANKE, Peter. Logística e Transporte de Cargas. Pag. 56-63. Site < www.prof2000.pt/users/forma.tic >. Acesso em 01/10/2014. Site< portogente.com.br/portopedia/>Acesso em 22/09/2014. Site:< pt.slideshare.net/CristianodaSilva2/sistema-dutovirio> Acesso em 22/09/2014. Site<www.academia.edu/446595/O_MODAL_DUTOVIARIo> Acesso em 22/09/2014. Site: < www.feng.pucrs.br/professores/terezinha/Transportes> Acesso em 22/09/2014. Site: <www.ebah.com.br/content>Acesso em 22/09/2014. Site< modaisecargas.blogspot.com.br/2012/06/> Acesso em 22/09/2014. ALTA velocidade [Em linha]. Lisboa: RAVE [Rede Ferroviária de Alta Velocidade, 2009.A visão, Alta velocidade, Rede de alta velocidade. Disponível em WWW: <www.rave.pt/tabid/56/Default.aspx> Acesso em: 19/09/2014 ANTIGA estação de caminhos-de-ferro [Em linha]. Sines: Município de Sines, [2007]. [Consult. 21 Maio 2009]. Município de Sines – PT, Concelho, Património arqui tectónico, Antiga estação Acesso em: 19/09/2014.
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