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Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Química – Volume 2 Química analítica e Físico-Química Versão 2.0 – Feita em 27 de junho de 2014 Belo Horizonte, MG Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Emerson Gonçalves Graduação em química pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ ii Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ APRESENTAÇÃO Nesse volume 2 tenho o prazer de apresentar para vocês um estudo bem interessante que é o da química analítica e o da físico-química, que são dois assuntos bastante cobrado em vestibulares. Vulgarmente falando é difícil diferenciarmos um do outro, mas podemos entender o estudo da físico-química sendo aqueles que procuram estudar o comportamento físico das substâncias e os de analítica sendo aqueles relacionados a análises que buscam determinar a quantidade de algum material em uma determinada amostra. Nesse volume 2 teremos ainda uma novidade que não temos no VOLUME 1 que é a apresentação dos capítulos T. Os capítulos T é uma continuação do capítulo visto anteriormente, porém focado em técnicas para laboratórios (destinados a profissionais da área), então por exemplo, no capítulo 2 vemos vários métodos de análises de soluções e no capítulo 2T vemos a aplicação dessas técnicas. Não serão todos os capítulos que vão ter o capítulo T, como por exemplo, no nosso capítulo 3 (propriedades coligativas) passaremos direto sem termos um capítulo T para o capítulo 4 (Termoquímica). Esse volume 2 é a ementa da grade de química do 2° ano do ensino médio (antigo 2° grau) das escolas estaduais de Minas Gerais. Confesso para vocês que tem sido um grande desafio para eu digitar ele, porque todo conhecimento que tenho dessa matéria é do ensino técnico e ensino superior, pois eu não tive química no meu segundo ano do ensino médio devido a um programa vergonhoso do governo de Minas (Na época comandado pelo atual senador e candidato a presidência da república Aécio Neves que era governador de minas na época do meu ensino médio) o qual as turmas eram divididas em EXATAS, BIOLÓGICAS e HUMANAS. Eu sem direito de escolha cai na turma de humanas e por isso não tive química. Talvez para alguns isso seja bom, mas no vestibular independente se você sabe ou não do conteúdo você será cobrado a saber química, geografia, português, entre outros. Assim como o VOLUME 1, esse livro possui uma linguagem destinada as minhas aulas em sala de aula, por isso é tão diferente da literatura moderna, mas eu espero que vocês também gostem. Por fim embora eu não tenha tido essa matéria eu domino bem o assunto e vou tentar passar de uma maneira bem clara e simples para que vocês também possam terminar o livro dominando esses assuntos. iii Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ AGRADECIMENTOS E DEDICAÇÃO Agradeço a Deus por me ajudar nessa conquista tão importante para mim e agradeço ainda aos meus amigos e familiares que tem avaliado, sugerido ideias e criticado meu trabalho para melhoria continua. Na oportunidade gostaria de dedicar essa obra a todos os estudantes determinados a vencer e aprender química e também as pessoas que simpatizam ou tem curiosidade de conhecer meu trabalho e, é claro a toda a galera do grupo “Livro de Química”. iv Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ SUMÁRIO Localização Página 1. REVISÃO MATEMÁTICA 1 1.1 Revisando frações .................................................................................................. 1 1.1.1. Operações com frações ................................................................................ 1 1.2 Algarismos significativos ...................................................................................... 3 1.3 Potência de 10 ........................................................................................................ 4 1.3.1 Operações envolvendo potências de 10 e algarismos significativos ............ 5 1.4 Plano cartesiano .................................................................................................... 7 1.5 Equações de primeiro grau ................................................................................... 7 1.6 Equações exponenciais ......................................................................................... 8 1.7 Equações logarítmicas .......................................................................................... 9 1.8 Porcentagem ......................................................................................................... 9 1.9 Expressões numéricas ......................................................................................... 10 2. SOLUÇÕES 11 2.1 Tipo de soluções .................................................................................................. 11 2.2 Concentrações das soluções ................................................................................. 13 2.2.1 Concentração comum ................................................................................ 13 2.2.2 Densidade .................................................................................................. 14 2.2.3 Concentração comum ou molaridade ........................................................ 14 2.2.4 Título ......................................................................................................... 14 2.2.4.1 Título em massa ............................................................................. 14 2.2.4.2 Título em volume ........................................................................... 15 2.2.4.3 Título massa por volume ............................................................... 15 2.2.5 Relações entre as unidades de concentrações ............................................ 15 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ 2.2.6 Concentrações em ppm e ppb .................................................................... 15 2.3 Diluição das soluções ......................................................................................... 19 2.4 Titulação ............................................................................................................. 20 2.5 Mistura coloidais ................................................................................................ 24 2T. Técnicas de análises instrumentais (via úmida) e manuseio de vidrarias e suas técnicas 28 2.1T Medição da densidade ...................................................................................28 2.1.1T Utilização do densímetro ................................................................... 28 2.2T Precisão e exatidão ........................................................................................ 31 2.3T Medição da densidade através do picnometro .............................................. 33 2.4T Preparo de soluções ....................................................................................... 34 2.5T Técnicas de titulações ................................................................................... 36 3. PROPRIEDADES COLIGATIVAS 39 3.1 Pressão máxima de vapor .................................................................................... 40 3.2 – Propriedades coligativas para produtos não voláteis e de natureza molecular (não gera íons em água) ................................................................................................. 44 3.2.1 – Tonoscopia ........................................................................................... 44 3.2.2 – Ebulioscopia ........................................................................................ 46 3.2.3 – Crioscopia ............................................................................................ 47 3.3 – Pressão osmótica (π) ........................................................................................ 49 4. TERMOQUÍMICA 56 4.1 – Caloria ............................................................................................................. 56 4.1.1 – Joule (J) ................................................................................................ 57 4.2 – Processos endotérmicos e exotérmicos ............................................................ 59 4.3 – Entalpia (H) ..................................................................................................... 60 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ 4.3.1 – Variação de Entalpia (∆H) ................................................................... 60 4.3.1.1 – Influências no ∆H ................................................................. 64 4.4 – O estado padrão ................................................................................................. 66 4.4.1 – Variação da entalpia de formação (∆Hf) ............................................... 66 4.4.2 – Lei de Hess ............................................................................................ 71 4.4.3 – Energia de ligação ................................................................................. 73 4.T Aplicação da termoquímica na indústria 79 4.1T – Conhecendo a indústria cimenteira ............................................................. 79 4.2T – A chama do bico de bunsen ........................................................................ 80 4.3T – Como aplicar termoquímica na indústria? .................................................. 80 5. CINÉTICA QUÍMICA 81 5.1 – Velocidade média ............................................................................................. 81 5.2 – Teoria da colisão efetiva ................................................................................... 85 5.3 – Fatores que influenciam na velocidade das reações ......................................... 87 5.4 – Lei de velocidade .............................................................................................. 89 6. EQUILÍBRIO QUÍMICO 97 6.1 – Entendendo um equilíbrio químico .................................................................. 97 6.2 – Constante de equilíbrio (Kc) ............................................................................. 99 6.2.1 – Interpretação do valor de Kc .............................................................. 102 6.2.2 – Coeficiente de equilíbrio .................................................................... 103 6.3 – Principio de Le Chatelier ................................................................................ 105 6.3.1 – Concentração ...................................................................................... 107 6.3.1.1 – Efeito do íon comum ........................................................... 107 6.3.2 – Temperatura ........................................................................................ 109 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ 6.3.3 – Pressão ................................................................................................ 110 6.3.4 – Catalisador ........................................................................................... 110 6.4 – Equilíbrio químico em meio aquoso ............................................................... 112 6.4.1 – Revisando ácidos e bases e aumentando o conhecimento .................. 112 6.4.2 – Lei da diluição de Ostwald ................................................................. 114 6.5 – Produto iônico da água e seu equilíbrio .......................................................... 116 6.6 – Potêncial hidrogeniônico (pH) e potencial hidroxiliônico (pOH) .................. 117 6.7 – Titulação ácido-base ....................................................................................... 123 6.7.1 – Curva de neutralização ácido-base ..................................................... 123 6.8 – Hidrólise Salina .............................................................................................. 124 6.8.1 – Solução tampão ................................................................................... 126 6T. pHmetro 133 6.1T – O aparelho ................................................................................................. 133 6.2T – A calibração .............................................................................................. 133 6.3T – A Medição ................................................................................................. 134 7. PROCESSOS ENVOLVENDO TRANSFERÊNCIAS DE ELÉTRONS 136 7.1 – Eletronegatividade (revisão) ........................................................................... 136 7.2 – NOx – Número de Oxidação .......................................................................... 138 7.2.1 – Calculo do NOx .................................................................................. 139 7.3 – Reações REDOX ............................................................................................ 143 7.3.1 – Agentes ............................................................................................... 143 7.3.2 – Balanceamento pelo método REDOX ................................................ 1448. ELETROQUÍMICA 151 8.1 – Reatividade dos metais ................................................................................... 151 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ 8.2 – Definição de eletroquímica ............................................................................. 154 8.3 – Pilhas .............................................................................................................. 154 8.3.1 – A pilha de Daniell ............................................................................... 155 8.3.1.1 – O experimento de Daniell .................................................... 155 8.4 – Diferença de potência (DDP) ......................................................................... 160 8.4.1 – Eletrodo .............................................................................................. 160 8.4.2 – Calculo da DDP .................................................................................. 162 8.5 – Pilhas do tipo ativo/passivo ............................................................................ 163 8.6 – Pilhas secas ..................................................................................................... 164 8.6.1 – Semi-reações da pilha seca ................................................................. 165 8.7 – Pilhas alcalinas ............................................................................................... 166 8.8 – Pilhas de mercúrio .......................................................................................... 167 8.9 – Pilha ácida de chumbo .................................................................................... 168 8.10 – Eletrólise ....................................................................................................... 170 8.10.1 – Eletrólise ígnea ............................................................................... 171 8.10.2 – Eletrólise em solução aquosa .......................................................... 173 8.10.2.1 – Prioridades de receber a descarga .................................. 173 9. QUÍMICA NUCLEAR 183 9.1 – Conceitos de física ......................................................................................... 183 9.1.1 – Ondas ................................................................................................. 183 9.1.2 – Trabalho ............................................................................................. 183 9.1.3 – Energia ............................................................................................... 183 9.2 – O espectro eletromagnético .......................................................................... 184 9.3 – Radioatividade .............................................................................................. 186 9.4 – Leis da radioatividade ................................................................................... 188 9.4.1 – 1° Lei: Radiações alfa α .................................................................... 189 9.4.2 – 2° Lei: Radiações beta β ................................................................... 189 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ 9.5 – Tempo de meia vida ..................................................................................... 190 Apêndice A – Resoluções e gabarito dos exercícios de toda apostila – Exceto exercícios de revisão .................................................................................................. 194 Apêndice B – Tabelas que podem ser uteis em provas ........................................... 204 Apêndice C – Constantes e distribuições eletrônicas ............................................. 208 Apêndice D – Fórmulas apresentada nesse livro .................................................... 209 CONSIDERAÇÕES FINAIS 210 BIBLIOGRAFIA 211 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ CAPÍTULO 1 REVISÃO MATEMÁTICA Nesse nosso volume 2 veremos muitas teorias e técnicas de laboratórios que envolve uma porção de conhecimentos matemáticos e por isso nesse primeiro capítulo teremos que revisar algumas coisas de matemática para quem tem mais dificuldade. Quem não tem dificuldades em matemática pode partir para o capítulo 2 direto, mas quem tem terá que ver esse capítulo. Essa matéria não é dada em sala de aula, pois é assunto do professor de matemática passar para vocês, mas como eu preciso dela em química revisarei algumas coisas com vocês. 1.1 – Revisando frações Frações nada mais são do que uma divisão representada no termo ou ⁄ aonde n é o numerador e d o denominador. As frações nunca podem ter o denominador igual a 0, pois isso se tornaria um “absurdo matemático” já que não existe divisões por zero. Vejamos alguns exemplos de frações: Existem: a) b) c) d) Não Existem: a) b) c) d) 1.1.1 – Operações com frações As operações envolvendo frações envolve algumas propriedades. Vejamos quais são elas quando aplicadas à: Multiplicação: Multiplicação entre duas frações multiplica normalmente o numerador da primeira fração com o numerador da segunda (ou vice-versa) e o denominador da primeira com o denominador da segunda. Exemplo 1: Exemplo 2: x = = x = = = 2 Página 1 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 1. Revisão matemática Vejam então que no exemplo 2 o resultado deu 6, isso por que a resposta deu um número inteiro, logo ⁄ é o mesmo que dividir 12 por 6 ou dividir tanto o numerador como o denominador pelo maior número comum entre os dois (simplificação). Observem pessoal que no exemplo 2 a conta daria ⁄ , porém quando no denominador aparece o número 1 ele não é obrigado a ser representado porque todo número dividido por 1 é ele mesmo. Divisão: Divisão de frações conserva a primeira e multiplica pelo inverso da segunda. Exemplo 1: Exemplo 2: : = = = 2 : = = = Soma e subtração: Deixei essas duas por ultimo por apresentarem propriedades semelhantes. Quando se tem o mesmo número no denominador conserva ele e faz a operação normalmente no numerador. Exemplo 1: Exemplo 2: + = =- = = Agora e se nos depararmos com uma situação aonde o numerador é diferente? Nesse caso teremos que tirar o MMC (mínimo múltiplo comum) do denominador. Com o resultado do MMC a gente multiplica pelo denominador de uma fração e multiplica pelo numerador e faça isso para as duas frações. O resultado é a operação que desejamos. Exemplo 1: + = = = Página 2 MMC entre 9 e 8: 9, 8 2 9, 4 2 9, 2 2 9, 1 3 3, 1 3 1, 1 72 Para tirar o MMC coloque o número dos denominadores em cima e depois tente ir fazendo divisões com os menores números possíveis anotando esses números no lado direito. Quando finalmente tivermos todos os termos igual a 1, multiplique todos os números que foi usado na divisão, esse será o nosso MMC. Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 1. Revisão matemática Exemplo 2: - = = = 1.2 – Algarismos significativos Então pessoal a partir de agora veremos os algarismos significativos que serão muito importantes tanto em química como em física e também as suas operações. Algarismos para quem esqueceu é todo número que está no intervalo entre 0 e 9. 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9 Algarismos Algarismos significativos é a quantidade de algarismos que temos disponível para trabalharmos ou representarmos. Vejamos: Observem a massa de várias balanças!!! Vejam então quê a mesma massa colocada em balanças diferentes é representada de diferentes maneiras, ou seja, a quantidade de algarismos significativos aumentou, então enquanto a primeira balança nos indicava que só tínhamos 1Kg a balança analítica revelou que a massa real era de 1,00001Kg. Talvez para muitos isso é bobagem, mas na produção de remédio por exemplo uma quantidade pequena colocada a mais pode originar a morte de milhares de pessoas. Zero a esquerda não é algarismo significativo!!!! a) 0,1 – Dois algarismo e 1 algarismo significativo b) 0,01 – Três algarismos e 1 algarismo significativo c) 0,001 – Três algarismo e 1 significativo d) 0,101 – Quatro algarismo e três significativo 1) Em uma operação envolvendo algarismos significativos o resultado deve ser representado de acordo com a quantidade do menor número de algarismos significativos, então por exemplo, se no enunciado aparece 3,4 ; 5,6 ; e 2,345 e o resultado deu 1,4009 nos representaremos apenas 1,4 pois é igual a menor quantidade de algarismos significativos. Página 3 1 Kg 1,0 Kg 1,000 Kg 1,00001 Kg Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 1. Revisão matemática 2) Em casos que temos que arredondar temos que tomar cuidado com o fato dê: 1,445 – Fica igual a 1,44 1,446 – Arredonda para 1,45 1.3 – Potência de 10 Em química e em física nos deparamos com números que são extremamente altos ou extremamente pequenos e por isso há uma notação cientifica chamada potência de 10. De um termo geral a potência de 10 é representada da seguinte maneira. A x 10 E Em que: 1 A < 10 Aonde: A – Algarismo E – expoente De um modo geral então temos quê: E < 0 quando o número for < que 1. E > 0 quando o número for > que 1. Vejamos alguns exemplos: a) 3000 = 3,0x103 b) 0,001 = 1,0x10-3 c) 23,5 = 2,35x101 E como fazemos essa notação cientifica? Veremos dois exemplos: 1°) Expoente positivo: sabemos que o expoente vai ser positivo quando o número do qual desejamos representar na notação cientifica for maios que 1. a) 3000 – Para passarmos esse número para notação cientifica devemos caminhar com a “vírgula” que existe depois do ultimo zero, até fazer o número ficar no formato de um algarismo que esteja entre 1 e 9. Página 4 Então vejam, se temos na ultima casa valores entre 0 e 4 a ultima casa conhecida também como “algarismo duvidoso” se mantém, mas se na ultima casa temos valores entre 5 e 9 o algarismo duvidoso é arredondado para o próximo número inteiro. Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 1. Revisão matemática 3000 ↔ 3000, ↔ 300,0 ↔ 30,00 ↔ 3,000 Ou seja, esse primeiro número (3000) falando bem grosseiramente seria 3000x10 0 , o segundo 300,0x10 1 , o terceiro 30,00x10 2 e o quarto e ultimo 3,000x10 3 . Então pessoal vejam que o expoente “positivo” significa quantas casas a vírgula “andou”. 2°) Expoente negativo: sabemos que o expoente vai ser negativo quando o número do qual desejamos representar na notação cientifica for menor que 1. b) 0,0004 – Para passarmos esse número para notação cientifica devemos caminhar com a “vírgula” que existe depois do primeiro zero, até fazer o número ficar no formato de um algarismo que esteja entre 1 e 9. 0,0004 ↔ 00,004 ↔ 000,04 ↔ 0000,4 ↔ 00004,0 = 4,0 Ou seja, o expoente vai representar a quantidade de casas em que a vírgula andou, então como no exemplo acima ela andou quatro vezes para a esquerda a notação cientifica ficará 4,0x10 -4 , ou seja, o -4 simboliza a quantidade de casas que a vírgula foi deslocada e que representa um número menor que 1 e maior que zero. 1.3.1 – Operações envolvendo potência de 10 e Algarismos significativos Para trabalharmos com operações que envolvem a notação cientifica (potência de 10), existe uma série de regras das quais precisamos saber o uso para calcularmos corretamente algarismos envolvendo esse tipo de operação. 1°) Regra – Soma/subtração: só é possível somar ou subtrair números que tenham o mesmo expoente, sendo que o maior se conserva e o menor é alterado de maneira a ficar com o mesmo expoente do que o maior. Exemplo: 7,14x10 -5 + 7,14x10 -4 = ? (Não se pode fazer esse tipo de operação devido as potências estarem diferentes, ou seja, o que tiver o maior expoente vai se conservar enquanto o maior vai ser alterado de maneira que ambos tenham o mesmo expoente. 7,14x10 -5 = 0,714x10 -4 Página 5 Vejam que houve uma mudança na potência de menor expoente, fazendo então com que ambas as potências tenham o mesmo expoente e a operação poder ser executada normalmente. Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 1. Revisão matemática Agora com essa alteração podemos fazer a operação normalmente!! 0,714x10 -4 + 7,14x10 -4 = 7,854x10 -4 = 7,85x10 -4 Existe um macete que nos ensina a trabalhar com alteração de expoente quando necessário: Mudar a vírgula para a Esquerda Eleve o expoente Exemplo: 7,14x10 -5 ↔ 0714x10-4 Mudar a vírgula para a Direita Diminua o expoente Exemplo: 0,322x10 -2 ↔ 3,22x10-3 2°) Regra – Multiplicação e divisão: Para essas duas operações podemos executar a conta normalmente de todos os termos que não estão em potência de 10, mas porém: Multiplicação: conserva a base 10 e soma os expoentes!! Exemplo: (3,5x10 -2 ) x (1,5x10 -1 ) = 5,25 x 10 -2+(-1) Então (3,5x10 -2 ) x (1,5x10 -1 ) = 5,25 x 10 -3 . Mas em casos de: Divisão: conserva a base 10 e subtrai os expoentes!! Exemplo: 2,5x10 5 : 1,25x10 -2 = 2,0x10 5-(-2) = 2,0x10 7 Observação: A matéria da seção 1.3 possui um slide com acesso livre em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/Página 6 Expoente se conserva!! Resposta dada com o menor algarismo significativo. Multiplicamos normalmente 3,5 x 1,5 = 5,25 Conserva a base Soma os expoentes Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 1. Revisão matemática 1.4 – Plano cartesiano Um plano cartesiano são duas retas paralelas chamadas de Y (reta vertical) e X (reta horizontal) em que um ponto central é chamado de zero e todos os lados seguintes contem o conjunto de números reais ( ) que varia de – < 0 < + . Y 1.5 – Equações do primeiro grau Uma equação do primeiro grau é toda equação do tipo ax b aonde a e b são números reais. Vejamos: Exemplos: a) 2x + 5 b) -4x – 2 c) 3x – 2 d) 6x – 9 Acharmos o x dessa equação é o mesmo que achar o zero, ou seja, algum valor que faça a equação zerar. Vejamos a resolução de um exemplo. a) 2x + 5 Resolução: 2x + 5 = 0 → igualamos a equação a zero Página 7 x Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 1. Revisão matemática 2x = -5 → separamos letras de números, jogando todos os números para depois da igualdade e trocando seu sinal e mantendo as letras antes da igualdade. x = → Por fim quem antes estava multiplicando passa dividindo x = -2,5 → finalmente temos o valor de x. Uma equação de 1° grau possui o gráfico no formato de uma reta e ele pode ser: ou 1.6 – Equações exponenciais Não irei aprofundar muito no conceito de equações exponenciais, mas é necessários que vocês saibam ao menos o que ela é e como é seu gráfico. Equação exponencial é toda equação do tipo: a x = b Aonde a e b são incógnitas e x é um expoente desconhecido. O gráfico de uma função exponencial pode ser representado da seguinte maneira: Página 8 a > 0 a < 0 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 1. Revisão matemática 1.7 – Logaritmo Logaritmo é toda equação com o seguinte aspecto: Logab= x a x = b E o logaritmo possui as seguintes propriendades: 1°) Loga(x . y) = LogaX + LogaY 2°) Logax m = m . Logax 3°) Loga √ = LogaX^ = . LogaX 4°) = / E o logaritmo possui o seguinte gráfico: Aonde precisamos entender que a, b e c são números reais. 1.8 – Porcentagem (%) A porcentagem nada mais é do que representarmos ou indicarmos qualquer coisa quando ela é comparada com 100. Vejamos alguns exemplos que nos ilustra isso com clareza. 8% de 90 = 7,2 5% de 100 = 5 Página 9 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 1. Revisão matemática 76% de 900 = 684 Mas como achar essa comparação? Então pessoal, é muito simples acharmos essa porcentagem, para fazermos isso basta multiplicarmos o número que queremos achar em por cento pelo que já temos e dividirmos por 100!!! Vejamos exemplos: a) 7% de 345 = = 24,15 b) 6% de 987 = = 59,22 Então pessoal vamos entender toda porcentagem como comparação com alguma coisa focada em 100. 1.9 – Expressões numéricas Veremos muito em termoquímica cálculos relacionados a expressões numéricas então gostaria de relembrar com vocês algumas propriedades de preferência que será dada e deverá ser seguida na seguinte ordem para resolvermos uma expressão numérica: 1° prioridade: ( ) 4° prioridade: divisão 2° prioridade: [ ] 5° prioridade: multiplicação 3° prioridade: { } 6° prioridade: soma e subtração Devemos então em uma expressão numérica resolver de acordo com as seguintes prioridades conforme descrita acima!!! Bom galera creio que o que precisávamos ver de matemática para entendermos a físico química e a química analítica é basicamente isso. Não aprofundei muito na parte matemática para não sairmos de nosso foco, mas a medida que formos usando essas propriedades veremos elas na química. A partir do capítulo 2 então começaremos a focar no nosso estudo de química. Então #bons #estudos #para #todos. Página 10 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ CAPÍTULO 2 SOLUÇÕES Soluções são misturas do tipo homogêneas (homogênea até quando vista por microscópio óptico) e elas podem ser encontradas em três tipos e são elas: Em nossos estudos de soluções focaremos nas soluções liquidas por que em um laboratório ou na indústria quase sempre se trabalham com soluções homogêneas (embora as outras também são utilizadas em alguns ramos) então a partir de agora tudo que vermos sobre soluções será referindo a soluções liquidas. Toda solução é a mistura de um soluto (o que pode ser dissolvido) com um solvente (aquele que tem a capacidade de dissolver) então de um modo geral podemos representar uma solução por: Solução = 2.1 – Tipos de soluções As soluções podem ser encontradas em três tipos e eles são: insaturadas, saturadas e supersaturadas. 1) Insaturadas: São soluções que se encontra longe do coeficiente de solubilidade, ou seja, se for sendo adicionados solutos no solvente eles vão continuar sendo dissolvidos. 2) Saturadas: É a solução que contém a quantidade máxima de soluto capaz de dissolver no solvente, então se for sendo adicionado mais solvente aquele soluto Página 11 Sólida – Exemplos: aliança de ouro 18 quilates Líquidas – Exemplos: água do mar, soro fisiológico Gasosas – Exemplos: Ar atmosférico Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções não será mais solúvel e ficara sólido no fundo do recipiente. Para uma solução saturar deve se comparar com uma determinada temperatura fixa em uma quantidade fixa de solvente e a relação entre esses dois termos é chamada de coeficiente de solubilidade. 3) Soluções supersaturadas: é a solução que possui uma quantidade maior de soluto do que a capaz do solvente solubilizar ela. Essa solubilização ocorre por meio de um aquecimento. Exercícios 2.1 – (Exercício resolvido) Observem o gráfico abaixo e responda o que se pede. a) Qual das substâncias abaixo tem a sua solubilidade diminuída com o aumento da temperatura? b) Qual a máxima quantidade de A que conseguimos dissolver em 100g de H2O a 20°C? c) Considerando apenas as substâncias C e D quais são as mais solúveis em água? d) Considerando apenas as substâncias A e C qual delas é mais solúvel em água? e) Qual das curvas de solubilidade representa a dissolução de um sal hidratado? f) Qual é a massa de D que satura 500g de água a 100°C? g) Uma solução saturada de C com 100g de água, preparada a 60°C, é resfriada até 20°C. Determine a massa de C que ira precipitar formando o corpo de fundo a 20°C. Exercícios 2.2 – Dada a tabela do coeficiente de solubilidade do NH4Cl em 100g de água faça um gráfico quantitativo da sua solubilidade e descreva se com o aumento da temperatura a solubilidade aumenta ou diminui. Página 12 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/Capítulo 2. Soluções t (°C) Coeficiente de solublidade em 100g H2O 20 37,2 40 45,8 60 55,2 80 65,6 Exercícios 2.3 – O brometo de potássio apresenta a seguinte tabela de solubilidade. t (°C) Coeficiente de solubilidade em 100g H2O 30 70 50 80 70 90 a) Qual a massa de brometo de potássio necessária para saturar respectivamente 100g d’água a 50°C e 200g de água a 70°C? b) Uma solução foi preparada a 30°C, dissolvendo-se 40g de KBr em 100g d’água. Essa solução é saturada? 2.2 – Concentração das soluções Em trabalhos com soluções em laboratórios cada solução é representada pelo seu tipo de concentração. Uma concentração de solução pode ser expressa de várias maneiras e a partir dessa seção veremos os diversos tipos de concentrações. 2.2.1 – Concentração comum É a relação entre a massa de soluto (em gramas) por volume de solução (em litros) e é expressa de acordo com a seguinte razão. C1 = Aonde: C1 = Concentração comum m(g) = massa do soluto em gramas Página 13 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções V(L) = Volume da solução em litros Ou seja, se vermos uma solução de NaOH(aq) rotulada com C1 = 2g/L significa que existem 2g de soluto dissolvidos para 1L de solução. 2.2.2 – Densidade É a razão entre a massa em gramas por volume de solução. D = 2.2.3 – Molaridade ou concentração molar (m) Esse tipo de concentração expressa à quantidade de mols do soluto presente em um determinado volume de solução (em litros). m = m = molaridade (que também pode ser representada por M) n = número de mols do soluto V = volume em litros de solução 2.2.4 – Título ( ) O titulo é uma maneira de expressarmos a concentração das soluções em porcentagem e é a mais utilizada em laboratórios para expressar soluções. A partir dessa seção aprenderemos a expressar as soluções em títulos. 2.2.4.1 – Título em massa (m/m) Representa a quantidade de soluto dissolvido em 100g de solução. Página 14 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções Exemplo: Uma solução 50%m/m de NaOH representa que estão dissolvidos 50g de soluto em 100g de solução. 2.2.4.2 – Título em volume (v/v) Representa uma quantidade de volume dissolvido em 100mL de solução. Exemplo: Uma solução de álcool etílico 70%, significa que tem 70mL de soluto para 100mL de solução. 2.2.4.3 – Título massa por volume (m/v) Representa a quantidade de soluto em massa dissolvido em 100mL de solução. Exemplo: 10g de NaCl(s) dissolvido em 100mL de solução. 2.2.5 – Relação entre as unidades de concentrações As concentrações podem ser relacionadas uma com as outras e elas são expressa de acordo com a formula abaixo: C = d . . m . M 2.2.6 – Concentrações em ppm e ppb Parte por milhão (ppm): representa a quantidade de soluto dissolvida em 106 gramas de solução. Parte por bilhão (ppb): representa a quantidade de soluto dissolvida em 109 gramas de solução. Essas unidades geralmente são usadas para soluções com volumes muito grandes, por exemplo, para medir a poluição no ar atmosférico. Página 15 g/L Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções Exercícios 2.4 – (UFR-RJ) Análise o gráfico abaixo e marque a alternativa correta. Solubilidade (g/100mL) 0 a) A solubilidade do KCl é maior que a do KBr b) À medida que a temperatura aumenta a solubilidade diminui c) A solubilidade do KBr é maior que a do KCl d) Quanto menor a temperatura, maior a solubilidade Exercícios 2.5 – (EXERCÍCIO RESOLVIDO) Tem-se um frasco rotulado “HCl” concentrado, m = 12 mols/L. Pergunta-se: a) Quantos mols de HCl há em 50 mL dessa solução? b) Que volume de HCl concentrado deve ser retirado para se obter 1,0 mol de HCl? c) Quantos gramas de HCl (mmHCl = 36,5g/mol) existem em 100mL dessa solução? Resolução: a) A solução é de 12M que é o mesmo que 12 mols para cada litro de solução. Logo se a solução está expressa em litros para determinarmos a quantidade presente em 50mL devemos passar esse valor para litros. Logo com uma regra de 3 determinaremos a quantidade presente em 0,05L (50mL). 1L de solução ---------------- 12 mols de HCl 0,05L de solução ---------------- x mols x = x = 0,6 mols de HCl Página 16 Temperatura (°C) KBr KCl Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções b) 12M = 12 mols / L (12 mols de HCl para cada litro de solução). 1 L de solução --------------- 12 mols de HCl x --------------- 1,0 mol de HCl x = x = 0,083L ou 83 mL de solução c) 1 mol de HCl ---------- 36,5g 12 mols de HCl -------- x x = 438g Em 1000 mL de solução -------------- 12 mols de HCl = 438g de HCl Em 100 mL de solução --------------- x mols x = 1,2 mol X = 1,2 mols de HCl, ou seja 43,8g de HCl. Exercícios 2.6 – (Ceeteps-SP) O rótulo de uma água mineral distribuída para o consumo informa que ela contém principalmente 696,35mg/L de bicarbonato de sódio NaHCO3, além de outros componentes. Considerando que a massa molar de NaHCO3 é de 84g/mol, a concentração de bicarbonato de sódio, nessa água, expressa em mol/L será aproximadamente dê: a) 0,080 b) 0,008 c) 8,000 d) 0,120 Exercícios 2.7 – (UFRS) Uma solução aquosa de ácido sulfúrico (H2SO4), para ser utilizada em baterias de chumbo de veículos automotivos, deve apresentar concentração igual a 4 mol/L. O volume total de uma solução adequada para se utilizar nestas baterias, que pode ser obtido a partir de 500 mL de solução de H2SO4 de concentração 18mol/L, é igual a: a) 0,50L b) 2,00L c) 2,25L d) 4,50L Página 17 10 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções Exercícios 2.8 – O gráfico a seguir representa a curva de solubilidade de várias substâncias. Com base nesse gráfico responda: a) Considerando apenas as substâncias NaNO3 e Pb(NO3)2, qual delas é a mais solúvel em água, a qualquer temperatura? b) Aproximadamente em quais temperaturas a solubilidade do KCl e NaCl são iguais? c) Qual das substâncias apresenta o maior aumento de solubilidade com o aumento da temperatura? d) Compare as solubilidades das substâncias KNO3 e NaNO3 a 68°C, abaixo e acima dessa temperatura. e) Qual a massa de uma solução saturada de NaNO3 a 20°C obtida a partir de 500g de H2O? Exercícios 2.9 – (Esal-MG) As soluções químicas são amplamente utilizadas, tanto em laboratório como em nosso cotidiano. Uma delas, solução aquosa de sulfato de cobre (CuSO4) a 1% é aplicada no controle fitossanitário das plantas atacadas por determinados fungos. A massa de sulfato de cobre em gramas necessária para prepararmos 20L dessa solução a 1% em massa é? Exercícios 2.10 – (UECE) Quantos mols de glicose (C6H12O6) foram consumidos por um paciente que tomou por via parenteral 1.440mL de soro glicosado a 5%? Página 18 Acessolivre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções Exercícios 2.11 – (UFPI) O nível medicinalmente aceito de chumbo (peso atômico 207) no sangue é de 200 g x L-1. Isso é aproximadamente? a) 200ppm b) 200ppb c) 200mol/L d) 2x10-6 mol/L e) 2 molxL-1 2.3 – Diluição das soluções A concentração das soluções baseia-se na quantidade de soluto presente em uma determinada quantidade de solução, ou seja, quanto mais soluto eu tiver em um determinado volume de solução mais concentrada ela é e o mesmo é válido para o caso contrário. Por exemplo, se eu tenho uma solução muito concentrada e desejo diminuir a sua concentração, basta adicionar mais solvente para que ela seja mais diluída, pois nesse caso estaríamos aumentando o volume da solução sem alterarmos a quantidade de soluto. Vejamos um exemplo: Um suco em pó tem escrito que rende “2 litros”. Se eu quero um suco “forte” eu faço todo conteúdo com apenas 1L de água. Agora caso eu queira um suco “no ponto” eu faço com os 2 litros de água que a embalagem me diz, mas se eu ainda quiser um suco fraco eu adiciono mais água. Vejam então pessoal que nos três casos citados nenhum deles há alteração da quantidade de pó, o mesmo raciocínio é válido para as soluções. Em trabalhos laboratoriais é necessário se conhecer a concentração da solução desejada, ou seja, precisamos saber qual será a concentração da solução que vai ser diluída e isso pode ser feito de acordo com a seguinte formula: C1 x V1 = C2 x V2 Aonde: C – Concentração V – Volume Página 19 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções Nessa formula podemos interpretar da seguinte maneira: “a parte que tem o número 1” refere-se as quantidades que eu tenho e a “2” pelo menos um dos termos será desconhecido. Vejamos um exemplo: Exemplo: Uma solução de H2SO4(aq) possui uma concentração de 196g/L. Para que ela tenha uma concentração de 98g/L qual deverá ser o volume de água a ser adicionado à solução? C1 x V1 = C2 x V2 V2 = V2 = = 2L de solução. Ou seja, se o volume final for de 2L e inicialmente eu tinha 1L, então deverei adicionar a minha solução 1L de água. Exercícios 2.12 – A 40mL de uma solução 0,1M de H2SO4 são adicionados 60mL de H2O. Qual a molaridade da solução obtida? (Dados: H = 1g/mol, S = 32g/mol e O = 16g/mol). Exercícios 2.13 – (UFPA) 200mL de uma solução de Mg(OH)2 foi preparada dissolvendo-se 2,9g da base em água. Qual o volume dessa solução que deve ser diluído para 300mL de forma a se obter uma solução com molaridade igual a 0,125M? 2.4 – Titulação É um método analítico utilizado para se descobrir a concentração de uma solução desconhecida (titulado) através de uma solução com a concentração conhecida. Página 20 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções Esse método recebe também o nome de “volumetria”, pois através do volume gasto e com a aplicação de alguns cálculos matemáticos determinamos as concentrações desconhecidas. Para determinarmos o fim de uma titulação é necessário a adição de um indicador (sendo que eles são utilizados de acordo com a necessidade do trabalho) e sabemos que está na hora de parar de adicionarmos o titulante ao titulado quando acontece alguma mudança no Erlenmeyer (vidraria aonde encontra-se o liquido chamado titulado) e tais mudanças pode ser a formação de um precipitado, mudança bruta do pH, mudança de cor da solução, etc. Para fixarmos essa ideia vamos fazer um exemplo: Exemplo: Uma solução de NaOH teve seu rotulo contendo o valor da concentração rasgado, então foi necessário o uso da titulação para determinar sua concentração. Para essa determinação foram adicionados 20mL de NaOH no erlenmeyer a qual com uma solução de HCl(aq) 0,2M se gastou 25mL de solução. Com base nesses dados determine o valor da concentração da solução de NaOH. Primeira coisa que faremos é um “desenho” esquematizando o processo (lembrando que titulação é um método aonde ocorre uma reação química). 1° Passo o desenho: Então vejam que no desenho esquemático a titulação terminou quando houve uma mudança de cor, ou seja, quando nNAOH = nHCl (mesmo número de mols de NaOH for igual ao de HCl) a reação ocorreu completamente. 2° Passo: Agora que já temos o esquema vamos equacionar o fenômeno ocorrido (quem tiver dúvidas de como fazer isso reveja os capítulos 8 e 9 do volume 1). 1HCl + 1NaOH → 1NaCl + 1H2O Página 21 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções Vejam que a reação acontece na proporção de 1:1, então posso usar a formula: M1 x V1 = M2 x V2 Aonde: M1 = molaridade da solução conhecida (HCl = 0,2M) V1 = Volume gasto da solução conhecida M2 = A molaridade que procuramos V2 = Volume utilizado da solução desconhecida Fazendo a aplicação da fórmula temos: M1 x V1 = M2 x V2 0,2M x 0,025L = M2 x 0,02L M2 = 0,25M é a concentração do NaOH. Essa formula só pode ser usada para proporção 1:1, mas abaixo veremos alguns exercícios resolvidos que aprenderemos a manusear a titulação de outra maneira. Exercícios 2.14 – No controle de qualidade do vinagre (solução aquosa de ácido acético) deve conter por lei uma concentração de 0,68mol/L de H3CCOOH. Para determinar se esse produto atende as especificações 4,00mL de vinagre foram colocados em um erlenmeyer e adicionados umas gotas de um indicador. Após foi feito a titulação com solução de NaOH 0,100mol/L, gastando-se 26,0mL. Com base nesses dados e na reação química balanceada desse processo, determine se o vinagre está com a concentração alterada por lei. H3CCOOH + NaOH → H3CCOONa + H2O 1 mol 1 mol Resolução: sabemos que 1 mol de ácido acético possui 1 mol de íons H + e 1 mol da base possui 1 mol de íons OH - . Página 22 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções A titulação vai chegar no seu ponto de equivalência quando nH + = nOH - . Com isso determinaremos a quantidade de mols de NaOH utilizado na titulação. nNaOH = mNaOH x V(L) nNaOH = 0,1 mol/L x 0,026L = 0,0026 mols de NaOH. Sabemos então a quantidade de mols de NaOH que foi utilizada na titulação, então através disso conseguiremos determinar a quantidade de ácido acético já que a proporção é de 1:1. 26,0 mL de H3CCOOH = 0,0026mols. Agora que temos a quantidade de mols do ácido determinaremos sua molaridade. mácido = = 0,650mol/L, ou seja, a quantidade está fora do permitido por lei, Exercícios 2.15 – Um frasco de NaOH é vendido como uma pureza de 95%. Para determinar se essa concentração é real foram retirados 4,0g de NaOH e transferido para um erlenmeyer com 200mL de água e após foi feita a titulação com HCl 1,0M gastando 90mL do ácido. Com base nesses dados determine se a pureza está nos parâmetros oferecidos. Resolução: No ponto de viragem nAC = NBA. mAC x VAC = mBA x VBA 1,0M x 0,09L = mBA x 0,2L mBA = = 0,45M Cálculo da massa da base pura contida na amostra, cuja massa total foi de 4,0g. m = = = m1 = m x M1 x V(L) m1 = 0,45M x 40g/mol x 0,2L = m1 = 3,6g representa a parte pura da amostra Página 23 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/Capítulo 2. Soluções Com esses dados calcularemos a quantidade do teor da amostra: 4,0g ------------- 3,6g 100g ------------ x x = 90g ou 90% de pureza 2.5 – Misturas coloidais Quando comecei o capítulo 2, falando dos estudos das soluções eu havia mencionado que para uma mistura ser uma solução seu aspecto homogêneo precisa ser válido até se visto a um microscópio. Imaginemos então a seguinte situação. Quando aplicamos um laser sobre essas duas substâncias se tem o seguinte aspecto quando vistas de cima. Observem que parece existir uma “mancha” no frasco contendo água mais amido. Isso ocorre porque as moléculas de amido são grandes o suficientes para refletir a luz, ou seja, se for posta a um microscópio óptico ela não será uma solução. Esse tipo de efeito é chamado de “efeito Tyndall”. Exercícios 2.16 – (ITA-SP) Considere os sistemas apresentados a seguir: I. Creme de leite II. Maionese comercial Página 24 Água + sal de cozinha (partículas < 1nm) Água + Amido de milho (partículas > 1nm) Água + Sal Água mais amido Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções III. Óleo de soja IV. Gasolina V. Poliestireno expandido Destes sistemas quais são classificados como coloidais? a) I e II d) I, II e V b) I, II e III e) III e IV c) II e V - EXERCÍCIOS DE REVISÃO CAPÍTULO 2 (ATÉ AQUI PARTE DA MATÉRIA DA PRIMEIRA PROVA) - (Não há resolução desses exercícios!!!) Exercício R.1 – 100mL de soluções de sais de sódio foram preparadas pela adição de 50g do sal em água a temperatura de 20°C. Pela análise da tabela e após a agitação das soluções, conclui-se que as soluções que apresentam, respectivamente as maiores e menores concentrações de íons Na + em g/L serão quais? Exercício R.2 – Um frasco de laboratório contém 2,0L de uma solução aquosa de NaCl. A massa de sal dissolvida na solução foi de 120g. Que volume deve ser retirado da solução inicial para que se obtenha 30g do sal dissolvido? Exercício R.3 – A massa dos quatros principais sais que encontram-se dissolvidos em 1L de água do mar é de 30g. Num aquário contendo 2,0x10 6 cm 3 dessa água, qual é a quantidade de sais dissolvidos nela? Exercício R.4 – Um químico preparou uma solução de carbonato de sódio Na2CO3 pesando 53g do sal, dissolvendo e completando o volume para 2,0L. Determine qual é a molaridade dessa solução. Página 25 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções Exercício R.5 – A glicose cujo sua formula molecular é C6H12O6, quando presente na urina, pode ter sua concentração determinada pela medida da intensidade da cor resultante da sua reação, com um reagente especifico, o ácido 3,5 – dinitrossalicílico, conforme ilustrado no gráfico abaixo. Imaginemos que uma amostra de urina, submetida ao tratamento mencionado, tenha apresentado uma cor igual a 0,2 na escala do gráfico. É correto afirmar que: a) A concentração da glicose corresponde a 7,5g/L da urina. b) A amostra apresenta aproximadamente 0,028mol/L de glicose. c) A intensidade da cor, na figura, diminui com o aumento da concentração de glicose na urina. d) A presença de glicose na urina é impossível uma vez que ela não forma soluções aquosas. Exercício R.6 – Defina solvente, soluto e solução e de exemplos que comprove sua definição. Exercício R.7 – Na diluição de soluções podemos afirmar que: a) A massa do solvente permanece constante b) A massa do soluto permanece constante c) O volume da solução permanece constante d) A molaridade da solução permanece constante Exercício R.8 – Uma solução de NaCl de 5,0mL a 1mol/L é diluída para 500mL. Determine o valor da nova concentração. Exercício R.9 – 100g de certo sal tem a concentração de 30% m/m. A massa de água em Kg necessária para diluir ela para 20% m/m será de quantos? Deixe seus cálculos indicados explicando assim seu raciocínio. Página 26 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2. Soluções Exercício R.10 – Um analista deseja preparar 1L de uma solução de 1mol/L de Na2SO4, aproveitando 200mL da mesma solução a uma concentração 0,8mol/L. O que ele deve fazer para ter a concentração desejada? Exercício R.11 – Qual a molaridade de uma solução de ácido sulfúrico obtida pela mistura de 30mL do ácido 1,3%, densidade de 1,5 g/mL com 20,0mL do mesmo ácido a 0,5mol/L? Exercício R.12 – Quantos gramas de hidróxido de potássio são neutralizados por 250mL de solução de ácido nítrico a uma concentração 0,2mol/L? Exercício R.13 – Qual o volume gasto em uma titulação em que foram utilizados 20,0mL do titulado ácido sulfúrico 0,1mol/L e o titulante hidróxido de sódio a 0,1mol/L? Exercício R.14 – Observem a curva de solubilidade de alguns sais. Com base nesse gráfico determine. a) Qual o sal mais e menos solúvel a 100°C. b) Com o aumento da temperatura algum sal diminui a solubilidade em água? Se afirmativo indique qual. Página 27 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ CAPÍTULO 2T TÉCNICAS DE ANÁLISES INSTRUMENTAIS (VIA ÚMIDA) E MANUSEIO DE VIDRARIAS E SUAS TÉCNICAS Bom galera é do conhecimento de todos que meu livro além de ajudar a galera que vai fazer a prova de vestibular também tem o intuito de relembrar aos técnicos ou profissionais que precisam trabalhar na área de química de algumas coisas. Nesse volume 2 do nosso livro teremos os capítulos “T” que vem da parte técnica e tem o intuito de mostrar a aplicação daquilo que vimos no capítulo referente aquele número na prática. Para quem vai fazer vestibular ou é do ensino médio, esse capítulo pode ser pulado diretamente para o capítulo 3, agora para profissionais da área que desejam relembrar acho interessante ver o capítulo. 2.1T – Medição da densidade Para a medição da densidade existem duas maneiras quando estamos falando de soluções liquidas e são elas com a ajuda do “densimetro” ou do “picnometro”. Devemos lembrar que a densidade é uma propriedade que altera com a temperatura, portanto antes da análise da densidade é necessário verificar a temperatura. 2.1.1T – Utilização do densimetro Primeiro vejamos como é o densimetro. Página 28 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2T. Técnicas de análises instrumentais Essa técnica devera ser aplicada quando não se deseja valores muito exatos em suas medidas (veremos esse conceito adiante). O Densimetro devera colocado com o lado do lastro para baixo e solto com cuidado dentro da sua solução que deverá está contida em uma proveta. Fazendo isso o densimetro deverá “flutuar” dentro de sua solução até obter uma estabilização, ficando da seguinte maneira. Quando o densimetro se estabilizar na sua solução de análise, o menisco devera ser olhado na altura dos olhos (figura B) para evitar o erro de paralaxe. Página 29 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2T. Técnicas de análises instrumentais Agora que já sabemos a maneira correta para utilizar o densimetro vamos aprender a fazer a leitura dele. Imagine um densimetro com as seguintes escalas. Observem que o liquido parou em 0,95, ou seja, sua densidade é de 0,95g/mL. Agora vamos imaginar que a leitura tenha sido nesse outro densimetro.Vejam então que temos uma escala que está em 1,000 e que se tem escalas numéricas que vão de 10 em 10 com 5 traços entre cada uma. Esses “traços” que estão na escala de 10 em 10 será determinado seu valor dividindo o intervalo da escala maior pelo números de traços, ficando então: 10:5 = 2 (2T.1) Página 30 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2T. Técnicas de análises instrumentais Isso significa então que cada traço menos da escala de 10 em 10 possui um intervalo de 2, ou seja, a leitura final do densimetro será de 1,404g/mL que corresponde ao valor da solução que desejamos. Quero chamar a atenção de vocês para o seguinte: - Liquido incolor: a leitura do menisco é feita na parte inferior. - Liquido colorido: Menisco superior. 2.2T – Precisão e Exatidão Para nossas análises serem confiáveis precisamos abordar dois temas muito importante para química analítica e são eles EXATIDÃO e PRECISÃO. 1) Precisão: É a concordância entre várias medidas. Dizemos que a precisão é alta quando um valor encontra-se perto um do outro. Precisão alta X Precisão média X Página 31 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2T. Técnicas de análises instrumentais Precisão ruim X Então vemos pelo esquema acima 3 “concordâncias” (aonde cada bolinha representa uma medida) e que cada uma marca uma precisão diferente. 2) Exatidão: É a correspondência entre um valor medido e o valor de referência. Em outras palavras a exatidão está relacionada a “fidelidade” da medida, ou seja, ela é exatamente igual ao que eu esperava. Suponhamos que “X” seja o valor desejado, vejamos alguns exemplos como os de cima que nos ilustra melhor. Exatidão alta: X Exatidão média: X Exatidão baixa: X Na prática em trabalhos de laboratório é importante relacionarmos em nossas medidas PRECISÃO e EXATIDÃO, sendo que se uma delas for baixa nossas análises não se tornam confiáveis. É comum para quem ta começando na área, principalmente estudantes, a confundir esse assunto ou acha ló desnecessário, porém eu pergunto: Página 32 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2T. Técnicas de análises instrumentais E se formos preparar um remédio e não tivermos precisão alta nem exatidão? Já pensou que poderíamos matar muitas pessoas? Por esse motivo esse tema é estudado. 2.3T – Medição da densidade através do picnometro A análise da densidade por meio do picnometro se deve quando queremos altas PRECISÕES e EXATIDÕES em nossa medida, mas para isso é necessário sabermos usar o picnometro. Vejamos como é essa vidraria. Quando formos trabalhar com o picnometro precisamos verificar seu “volume” mesmo que já venha escrito na vidraria qual seja ele, pois ele dilata com o aumento do calor e contrai com a diminuição do calor, por isso essa importância. Para medirmos o volume do picnometro faremos da seguinte maneira. 1) Pesamos o picnometro em uma balança tarada (suponhamos que deu 24,500g para um picnometro de 50,0 mL). 2) Iremos “tarar” a balança com o picnometro em cima. 3) Acrescentaremos “água deionizada” até cobrir toda vidraria e adicionaremos rapidamente a “tampinha” afim de que todo capilar esteja com água (observação: não pode haver espaço de ar na vidraria). 4) Iremos secar toda parte externa da vidraria sem deixar o papel “sugar” a água de dentro. 5) Com o picnometro cheio o colocaremos na balança e anotaremos a massa que deu (suponhamos que tenha dado 52,556g). 6) Feito isso usaremos 2T.2 para calcularmos o volume real da vidraria. D = V(mL) = (iremos considerar a densidade da água 1,0g/mL) 2T.2 Página 33 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2T. Técnicas de análises instrumentais V(mL) = = 52,556mL 2T.2 Então vejam que, ao invés do volume do picnometro ser 50mL como veio escrito na vidraria ele na verdade tinha um volume de 52,556mL. Com esses dados em mãos calcularemos agora a densidade da solução desejada, e para fazermos isso seguiremos o seguinte passo a passo. 1) Faremos a ambiente (limpar o picnometro com uma pequena porção da solução e posteriormente descarta-la. Esse método precisa ser repetido no mínimo 3 vezes) no picnometro com a solução a qual desejamos medir a densidade. 2) Adicionaremos a solução que vamos analisar no picnometro enchendo ele completamente e depois colocamos a tampinha tomando cuidado para não ficar nenhum bolsão de ar. 3) Após o procedimento 2 pesaremos o picnometro novamente com a solução de análise (suponhamos que a massa deu 53,777g). 4) Calcularemos a densidade com 2T.3. D = D = D = 1,023g/mL 2T.3 Então vejam que a densidade da nossa solução é na verdade 1,023g/mL. 2.4T – Preparo de soluções Para o preparo de soluções de concentração comum devemos proceder da seguinte maneira. 1) Pesar o soluto em um béquer ou vidro de relógio e transferir “quantitativamente” para um béquer e adicionar o solvente para solubilizar o soluto. 2) Feito isso deve ser transferido para um balão volumétrico de acordo com a técnica da figura abaixo. Página 34 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2T. Técnicas de análises instrumentais 3) Após, lavar o que ficou retido no béquer (com o mesmo solvente usado na dissolução do soluto) com o auxilio de uma piceta (conforme figura abaixo) e repetir o procedimento 2, tomando cuidado para não ficar soluto retido nas paredes do béquer. 4) Fazendo essas técnicas deve se completar com o soluto o balão volumétrico até o menisco atingir o “risco” do balão volumétrico, conforme destacado na figura abaixo. Página 35 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2T. Técnicas de análises instrumentais 5) Fazendo isso e com o balão bem fechado ele deve ser bastante agitado afim de se ter uma homogeneização completa (conforme figura abaixo). Após a sua solução está pronta ela deve ser transferida para um frasco âmbar, aonde ela deve ser rotulada com o nome dela (exemplo: NaOH(aq)), sua concentração (exemplo: 2g/L) e a data na qual ela foi manuseada (exemplo: 31 de agosto de 2014) e ainda deve ser colocado o nome do analista que fez a solução (Exemplo: Emerson). 2.5T – Técnicas de titulações Para se proceder com uma titulação que é uma análise que precisa ser extremamente exata e precisa é necessário tomar cuidado com algumas coisas, tais como garantir que todas as vidrarias estejam completamente limpas, que tenha se feito ambiente na bureta e na pipeta volumétrica e que não se tenha bolhas na bureta. Página 36 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2T. Técnicas de análises instrumentais Verificado todos os procedimentos acima deveremos adicionar um indicador (quantidade mínima, somente a ponto de vermos o ponto de viragem) ao titulado e procedercom a titulação gota a gota até obtermos uma alteração na cor do titulado que persista por pelo menos 30 segundos (observação: o indicador deve ser colocado somente a solutos que não muda de cor com o decorrer da titulação. Geralmente para titulações REDOX não se usa indicadores). Durante a adição do titulante ao titulado o erlenmeyer deve ser agitado constantemente, garantindo assim maior homogeneização da solução (ver figura abaixo). Se na nossa titulação não obtiver valores exatos e precisos é necessário repetirmos todo o processo. Quando fazemos uma análise por titulação é necessário ainda calcularmos o desvio padrão e o desvio padrão relativo, que eles vão garantir a qualidade de nossa análise. O desvio padrão relativo deve ser de no máximo 5% para nossa análise ser considerada confiável, maior que isso ela não é confiável. Para fazer o calculo do desvio padrão relativo, é necessário calcularmos o desvio padrão e isso pode ser feito da seguinte maneira. Página 37 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 2T. Técnicas de análises instrumentais Desvio padrão (S): S = Aonde: X – Valor médio Xi – Valor medido experimentalmente (resultados das análises de titulação) N – Número de análises realizadas Quando calculamos S é possível então calcularmos o SR. Desvio padrão relativo (SR): SR = ( ) x 100 (Sendo que > 5% não é considerável confiável). Algumas titulações ainda alem do desvio padrão e do desvio padrão relativo necessita do calculo da EXATIDÃO que é feito da seguinte maneira. Erro absoluto (E) E = Xi – Xv Aonde: Xi – Valor medido experimentalmente Xv – Valor esperado Ou seja, o erro absoluto vai ser calculado quando em nossa titulação estivermos esperando um valor qualquer e acabarmos encontrando outro completamente diferente. ATENÇÃO TÉCNICOS E PROFISSIONAIS DA ÁREA Desvio padrão e desvio padrão relativo só é calculado para medidas que exigem uma precisão muito alta e a exatidão quando tivermos um valor previamente esperado!! Página 38 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ CAPÍTULO 3 PROPRIEDADES COLIGATIVAS A partir desse capítulo terminaremos a matéria da primeira prova do 2° ano. Esse capítulo em minha opinião se propõe a segunda matéria mais difícil da físico- química (embora pequeno), por isso prestem muita atenção e se tiverem dúvidas releia a matéria quantas vezes forem necessárias porque esse assunto é cobrado em vestibular. As propriedades coligativas propõe seu estudo no comportamento das soluções e dos líquidos. Elas explicam coisas do tipo porque ao adicionarmos sal na água fervendo ela para de ferver, como é possível ferver a água sem aquece lá e também porque as panelas de pressão cozinha as coisas. Vamos iniciar nossos estudos de propriedades coligativas tomando em conta o diagrama de três fases da matéria. Poderíamos ler esse gráfico fazendo uma associação do estado físico de qualquer substância relacionando a temperatura com sua pressão. No volume 1 associamos os estados físicos de qualquer substância somente com a temperatura sem preocupar com a pressão, mas a partir de agora teremos que ter uma visão critica do comportamento dos estados físicos. Exercícios 3.1 – Observe o gráfico abaixo e indique os estados físicos de cada substância. Página 39 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 3. Propriedades coligativas Exercícios 3.2 – (Unicamp-SP) Observe o diagrama de fases do CO2, abaixo: Considere uma amostra de 5g de dióxido de carbono a 1 atm de pressão e temperatura de -50°C e descreva o que se observa quando, mantendo-se a temperatura constante, a pressão é aumentada lentamente até 10 atm. 3.1 – Pressão máxima de vapor A pressão de vapor está relacionada com a pressão que o vapor de um liquido volátil exerce em um ambiente fechado. Considere esses dois recipientes contidos a uma temperatura constante de 20°C. A principio vemos que a pressão de vapor é zero nas duas situações, isso é porque os líquidos ainda não evaporarão. Agora imagine a seguinte situação abaixo e vejam as novas pressões de vapor quando o sistema atinge um equilíbrio dinâmico (o liquido para de evaporar). Página 40 água Éter Pressão de vapor 0 mmHg Pressão de vapor 0 mmHg Água Pressão de vapor 17,5 mmHg Éter Pressão de vapor 442 mmHg Nota: As “bolinhas” é para representar os vapores exercido pelos líquidos. Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 3. Propriedades coligativas Vejam então que o éter possui maior pressão de vapor do que a água, logo isso indica que ele evapora mais que a água, portanto ele é mais volátil. Grosseiramente falando dizer que uma substância possui maior pressão de vapor é o mesmo que falar que em seu sistema possui mais vapor quando ele atinge o equilíbrio dinâmico. Exercícios 3.3 – Líquidos diferentes apresentam diferentes pressões máxima de vapor sob uma mesma temperatura. Quanto mais volátil o líquido, menor é a sua temperatura de ebulição e maior a sua pressão máxima de vapor. A tabela a seguir apresenta as pressões máximas de vapor (Pv) de três substâncias a mesma temperatura: Substâncias Pressão máxima de vapor (Pv) em mmHg I 100 II 140 III 200 Com base nesses dados responda: a) Qual é a substância mais volátil? b) Qual delas apresenta a maior temperatura de ebulição? c) Associe-as com as curvas A,B e C. Pv t d) Em qual das substâncias as forças intermoleculares no estado líquido são mais intensas? Página 41 A B C Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 3. Propriedades coligativas Exercícios 3.4 – Considere três recipientes contendo acetona liquida, sendo que todas estão nas mesmas condições de temperatura e pressão. A B C a) Em quais dos três frascos teremos acetona na forma de vapor? b) Em qual dos três frascos a pressão de vapor da acetona é maior? Exercícios 3.5 – (ENEM - Adaptada) Um liquido, num frasco aberto, entra em ebulição a partir do momento em que sua pressão de vapor se iguala a pressão atmosférica. Assinale a opção correta, considerando a tabela e os dados apresentados das seguintes cidades. A temperatura de ebulição será: a) Maior em campos do Jordão b) Menor em natal c) Menor no pico da neblina d) Igual em campos do Jordão e Natal e) Não dependerá da altitude Página 42 Acesso livre da apostila em https://www.facebook.com/groups/livrodequimica/ Capítulo 3. Propriedades coligativas Exercícios 3.6 – (FEI-SP) Aquecendo água destilada, numa panela aberta e num local onde a pressão ambiente é 0,92atm. a) Será inferior 100°C b) Depende da rapidez do aquecimento c) Será igual a 100°C d) É alcançada quando a pressão máxima
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