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Didatismo e Conhecimento
Índice
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
UFF
Técnico - Administrativos em Educação
- Auxiliar em Administração
- Assistente em Administração
EDITAL 212-2016
ARTIGO DO WILLIAM DOUGLAS
Conteúdo programático para o cargo de 
Auxiliar em administração
LÍNGUA PORTUGUESA
Compreensão e estruturação de textos. ..............................................................................................................................01
Coesão e coerência textual. ..................................................................................................................................................08
Semântica: sinônimos e antônimos. ....................................................................................................................................13
Vocábulos homônimos e parônimos. ...................................................................................................................................15
Sistema ortográfico em vigor: emprego das letras e acentuação gráfica. .......................................................................21
Formação de palavras: prefixos e sufixos ...........................................................................................................................26
Flexão nominal de gênero e número. ..................................................................................................................................29
Flexão verbal: verbos regulares e irregulares. ..................................................................................................................33
Vozes verbais. ........................................................................................................................................................................36
Pronomes pessoais e formas de tratamento .......................................................................................................................47
Pronome relativo. .................................................................................................................................................................49
Conjunções e preposições ....................................................................................................................................................50
Noções de concordância nominal e verbal .........................................................................................................................57
Noções de regência nominal e verbal. .................................................................................................................................62
Emprego do acento da crase. ...............................................................................................................................................68
Sinais de pontuação. .............................................................................................................................................................87
Didatismo e Conhecimento
Índice
NOÇÕES BÁSICAS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração Pública: Noções de Planejamento, Orçamento e Finanças públicas. PPA, LDO, LOA e LRF. ..........01
Princípios orçamentários. Aspectos gerais da legislação. .................................................................................................04
Proposta e dotação orçamentária. Créditos adicionais. Receitas e despesas públicas. Racionalização do gasto 
público ..........................................................................................................................................................................................09
Diárias, passagens e ajuda de custo. Execução Orçamentária.........................................................................................16
Processo Administrativo. .....................................................................................................................................................21
Licitações ...............................................................................................................................................................................23
Contratos. Convênios ...........................................................................................................................................................26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
1. Normas constitucionais sobre a Administração Pública; .............................................................................................01
2. Administração geral: noções gerais de administração. Idéias e conceitos fundamentais ..........................................05
Organização do trabalho: departamentalização, planejamento, controle, ambiente externo ......................................07
Relações humanas no trabalho: motivação, comunicação, chefia e liderança, grupos e equipes a organização formal 
e informal. ....................................................................................................................................................................................11
3. Comunicação e redação Oficial: aspectos gerais; ..........................................................................................................30
4. Arquivos: noção geral de arquivamento, organização e administração de arquivos, gestão de documentos, arquivos 
permanentes, arquivos especiais;...............................................................................................................................................51
5. Administração de material: classificação de materiais, especificação, estoques, pedidos, compra, cadastro, 
almoxarifado, inventários. ..........................................................................................................................................................68
6. Regime Jurídico Único e Seguridade Social do Servidor Público; ..............................................................................75
7. Estruturação do Plano de Carreiras da Ética na Administração Pública dos Cargos Técnico - Administrativos em 
Educação, no âmbito das Instituições Federais de Ensino vinculadas ao Ministério da Educação; .................................102
8. Improbidade administrativa e Crimes contra a administração pública; .................................................................156
9. Estatuto e Regimento Geral da Universidade Federal Fluminense...........................................................................166
Conteúdo programático para o cargo de 
Assistente em administração
LÍNGUA PORTUGUESA
Compreensão e estruturação de textos ...............................................................................................................................01
Coesão e coerência textual ...................................................................................................................................................08
Semântica: sinônimos, antônimos, polissemia ...................................................................................................................13
Vocábulos homônimos e parônimos ....................................................................................................................................15
Denotação e conotação .........................................................................................................................................................16
Sentido figurado ...................................................................................................................................................................17
Sistema ortográfico em vigor: emprego das letras e acentuação gráfica ........................................................................21
Formação de palavras: prefixos e sufixos ...........................................................................................................................26Flexão nominal de gênero e número ...................................................................................................................................29
Flexão verbal: verbos regulares e irregulares ...................................................................................................................33
Vozes verbais .........................................................................................................................................................................36
Emprego dos modos e tempos verbais ................................................................................................................................43
Emprego dos pronomes pessoais e das formas de tratamento .........................................................................................47
Emprego do pronome relativo.............................................................................................................................................49
Didatismo e Conhecimento
Índice
Emprego das conjunções e das preposições .......................................................................................................................50
Sintaxe de colocação .............................................................................................................................................................52
Colocação pronominal .........................................................................................................................................................54
Concordância nominal e verbal ..........................................................................................................................................57
Regência nominal e verbal...................................................................................................................................................62
Emprego do acento da crase ................................................................................................................................................68
Nexos semânticos e sintáticos entre as orações, na construção do período .....................................................................73 
Emprego dos sinais de pontuação .......................................................................................................................................87
NOÇÕES BÁSICAS DE ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Administração Pública: Noções de Planejamento, Orçamento e Finanças públicas. PPA, LDO, LOA e LRF. ..........01
Princípios orçamentários. Aspectos gerais da legislação. .................................................................................................04
Proposta e dotação orçamentária. Créditos adicionais. Receitas e despesas públicas. Racionalização do gasto 
público ..........................................................................................................................................................................................09
Diárias, passagens e ajuda de custo. Execução Orçamentária.........................................................................................16
Processo Administrativo. .....................................................................................................................................................21
Licitações ...............................................................................................................................................................................23
Contratos. Convênios ...........................................................................................................................................................26
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS
1. Normas constitucionais sobre a Administração Pública ...............................................................................................01
2. Administração geral: evolução das teorias da administração, idéias e conceitos fundamentais ..............................05
Organização do trabalho: departamentalização, planejamento, tomada de decisão, objetivos, gráficos de organização, 
controle, ambiente externo .........................................................................................................................................................07
Relações humanas no trabalho: motivação, comunicação, chefia e liderança, grupos e equipes a organização formal 
e informal .....................................................................................................................................................................................11
Gestão de Pessoas .................................................................................................................................................................14
3. Noções de direito administrativo: estrutura e princípios da administração pública, ato administrativo ...............15
4. Comunicação e redação Oficial: aspectos gerais ...........................................................................................................30
5. Arquivos: noção geral de arquivamento, organização e administração de arquivos, gestão de documentos, arquivos 
permanentes, arquivos especiais, Política Nacional de Arquivos ...........................................................................................51
6. Administração de material: classificação de materiais, especificação, estoques, pedidos, compra, cadastro, 
almoxarifado, inventários ...........................................................................................................................................................68
7. Regime Jurídico Único e Seguridade Social do Servidor Público ...............................................................................75
8. Estruturação do Plano de Carreiras da Ética na Administração Pública dos Cargos Técnico - Administrativos em 
Educação, no âmbito das Instituições Federais de Ensino vinculadas ao Ministério da Educação ..................................102
9. Lei de Acesso à informação ...........................................................................................................................................149
10. Improbidade administrativa e Crimes contra a administração pública .................................................................156
11. Estatuto e Regimento Geral da Universidade Federal Fluminense .........................................................................166
Didatismo e Conhecimento
SAC
Atenção
SAC
Dúvidas de Matéria
A NOVA APOSTILA oferece aos candidatos um serviço diferenciado - SAC (Serviço de Apoio ao Candidato).
O SAC possui o objetivo de auxiliar os candidatos que possuem dúvidas relacionadas ao conteúdo do edital.
O candidato que desejar fazer uso do serviço deverá enviar sua dúvida somente através do e-mail: professores@
novaconcursos.com.br.
Todas as dúvidas serão respondidas pela equipe de professores da Editora Nova, conforme a especialidade da 
matéria em questão.
Para melhor funcionamento do serviço, solicitamos a especificação da apostila (apostila/concurso/cargo/Estado/
matéria/página). Por exemplo: Apostila Professor do Estado de São Paulo / Comum à todos os cargos - Disciplina:. 
Português - paginas 82,86,90.
Havendo dúvidas em diversas matérias, deverá ser encaminhado um e-mail para cada especialidade, podendo 
demorar em média 10 (dez) dias para retornar. Não retornando nesse prazo, solicitamos o reenvio do mesmo.
Erros de Impressão
Alguns erros de edição ou impressão podem ocorrer durante o processo de fabricação deste volume, caso 
encontre algo, por favor, entre em contato conosco, pelo nosso e-mail, sac@novaconcursos.com.br.
Alertamos aos candidatos que para ingressar na carreira pública é necessário dedicação, portanto a NOVA 
APOSTILA auxilia no estudo, mas não garante a sua aprovação. Como também não temos vínculos com a 
organizadorados concursos, de forma que inscrições, data de provas, lista de aprovados entre outros independe 
de nossa equipe.
Havendo a retificação no edital, por favor, entre em contato pelo nosso e-mail, pois a apostila é elaborada com 
base no primeiro edital do concurso, teremos o COMPROMISSO de enviar gratuitamente a retificação APENAS por 
e-mail e também disponibilizaremos em nosso site, www.novaconcursos.com.br/, na opção ERRATAS.
Lembramos que nosso maior objetivo é auxiliá-los, portanto nossa equipe está igualmente à disposição para 
quaisquer dúvidas ou esclarecimentos. 
CONTATO COM A EDITORA:
2206-7700 / 0800-7722556
nova@novaapostila.com.br
/NOVAConcursosOficial
NovaApostila
@novaconcurso\\
Atenciosamente,
NOVA CONCURSOS
Grupo Nova Concursos
novaconcursos.com.br
Didatismo e Conhecimento
Artigo
O conteúdo do artigo abaixo é de responsabilidade do autor William Douglas, autorizado gentilmente e sem cláusula 
de exclusividade, para uso do Grupo Nova.
O conteúdo das demais informações desta apostila é de total responsabilidade da equipe do Grupo Nova.
A ETERNA COMPETIÇÃO ENTRE O LAZER E O ESTUDO
Por William Douglas, professor, escritor e juiz federal.
Todo mundo já se pegou estudando sem a menor concentração, pensando nos momentos de lazer, como também já deixou de 
aproveitar as horas de descanso por causa de um sentimento de culpa ou mesmo remorso, porque deveria estar estudando.
Fazer uma coisa e pensar em outra causa desconcentração, estresse e perda de rendimento no estudo ou trabalho. Além da 
perda de prazer nas horas de descanso.
Em diversas pesquisas que realizei durante palestras e seminários pelo país, constatei que os três problemas mais comuns de 
quem quer vencer na vida são:
• medo do insucesso (gerando ansiedade, insegurança), 
• falta de tempo e
• “competição” entre o estudo ou trabalho e o lazer.
E então, você já teve estes problemas?
Todo mundo sabe que para vencer e estar preparado para o dia-a-dia é preciso muito conhecimento, estudo e dedicação, mas 
como conciliar o tempo com as preciosas horas de lazer ou descanso?
Este e outros problemas atormentavam-me quando era estudante de Direito e depois, quando passei à preparação para concursos 
públicos. Não é à toa que fui reprovado em 5 concursos diferentes!
Outros problemas? Falta de dinheiro, dificuldade dos concursos (que pagam salários de até R$ 6.000,00/mês, com status e 
estabilidade, gerando enorme concorrência), problemas de cobrança dos familiares, memória, concentração etc.
Contudo, depois de aprender a estudar, acabei sendo 1º colocado em outros 7 concursos, entre os quais os de Juiz de Direito, 
Defensor Público e Delegado de Polícia. Isso prova que passar em concurso não é impossível e que quem é reprovado pode “dar a 
volta por cima”.
É possível, com organização, disciplina e força de vontade, conciliar um estudo eficiente com uma vida onde haja espaço para 
lazer, diversão e pouco ou nenhum estresse. A qualidade de vida associada às técnicas de estudo são muito mais produtivas do que a 
tradicional imagem da pessoa trancafiada, estudando 14 horas por dia.
O sucesso no estudo e em provas (escritas, concursos, entrevistas etc.) depende basicamente de três aspectos, em geral, 
desprezados por quem está querendo passar numa prova ou conseguir um emprego:
1º) clara definição dos objetivos e técnicas de planejamento e organização;
2º) técnicas para aumentar o rendimento do estudo, do cérebro e da memória;
3º) técnicas específicas sobre como fazer provas e entrevistas, abordando dicas e macetes que a experiência fornece, mas que 
podem ser aprendidos.
O conjunto destas técnicas resulta em um aprendizado melhor e em mais sucesso nas provas escritas e orais (inclusive entrevistas). 
Aos poucos, pretendemos ir abordando estes assuntos, mas já podemos anotar aqui alguns cuidados e providências que irão 
aumentar seu desempenho.
Para melhorar a “briga” entre estudo e lazer, sugiro que você aprenda a administrar seu tempo. Para isto, como já disse, basta 
um pouco de disciplina e organização.
O primeiro passo é fazer o tradicional quadro horário, colocando nele todas as tarefas a serem realizadas. Ao invés de servir 
como uma “prisão”, este procedimento facilitará as coisas para você. Pra começar, porque vai levá-lo a escolher as coisas que não são 
imediatas e a estabelecer suas prioridades. Experimente. Em pouco tempo, você vai ver que isto funciona.
Também é recomendável que você separe tempo suficiente para dormir, fazer algum exercício físico e dar atenção à família ou 
ao namoro. Sem isso, o estresse será uma mera questão de tempo. Por incrível que pareça, o fato é que com uma vida equilibrada o 
seu rendimento final no estudo aumenta.
Outra dica simples é a seguinte: depois de escolher quantas horas você vai gastar com cada tarefa ou atividade, evite pensar em 
uma enquanto está realizando a outra. Quando o cérebro mandar “mensagens” sobre outras tarefas, é só lembrar que cada uma tem 
seu tempo definido. Isto aumentará a concentração no estudo, o rendimento e o prazer e relaxamento das horas de lazer.
Aprender a separar o tempo é um excelente meio de diminuir o estresse e aumentar o rendimento, não só no estudo, como em 
tudo que fazemos.
*William Douglas é juiz federal, professor universitário, palestrante e autor de mais de 30 obras, dentre elas o best-seller 
“Como passar em provas e concursos” . Passou em 9 concursos, sendo 5 em 1º Lugar
www.williamdouglas.com.br
Conteúdo cedido gratuitamente, pelo autor, com finalidade de auxiliar os candidatos.
LÍNGUA PORTUGUESA
Didatismo e Conhecimento 1
LÍNGUA PORTUGUESA
COMPREENSÃO E ESTRUTURAÇÃO 
DE TEXTOS. 
A leitura é o meio mais importante para chegarmos ao conhe-
cimento, portanto, precisamos aprender a ler e não apenas “passar 
os olhos sobre algum texto”. Ler, na verdade, é dar sentido à vida 
e ao mundo, é dominar a riqueza de qualquer texto, seja literário, 
informativo, persuasivo, narrativo, possibilidades que se misturam 
e as tornam infinitas. É preciso, para uma boa leitura, exercitar-se 
na arte de pensar, de captar ideias, de investigar as palavras… Para 
isso, devemos entender, primeiro, algumas definições
A dificuldade na compreensão e interpretação de textos de-
ve-se a falta do habito da leitura. Desenvolva o habito da leitura. 
Estabeleça uma meta de ler, pelo menos, um livro por mês. 
Mas algumas técnicas podem ajudar o candidato a ter um bom 
desempenho na prova e até mesmo compensar a pouca leitura du-
rante a formação educacional.
“Não existe texto difícil, existe texto mal interpretado”, define 
Cláudia Beltrão, professora de português do curso preparatório de 
São Paulo Central de Concursos.
Segundo ela, apesar de muitos textos serem extraídos de jor-
nais e revistas, no exame, o candidato, por mais que esteja habitua-
do a ler artigos e reportagens, se sente pressionado para acertar a 
questão e acaba criando uma barreira que o impede de ver o texto 
como algo comum. Por isso, muitos ficam “apavorados” na hora 
da prova.
“O texto é como uma colcha de retalhos. Por isso, o candidato 
deve dividi-lo em partes, ver as ideias mais importantes em cada 
uma e enxergar a coerência entre elas”, diz Cláudia.
Outra técnica que ajuda, de acordo com a professora, é pro-
curar dentro do texto as respostas para as expressões “o que”, 
“quem”, “quando”, “onde”, “por que”, “como”, “para que”, 
“para quem”, entre outras. “Essa busca por respostas é uma for-
ma de o candidato conversar com o texto e deixar a leitura mais 
clara”.
Precisamos estar atentos ao título, uma vez que ele nos for-
nece pistas sobre o assunto que será tratado posteriormente. Logo 
após, surge o primeiro parágrafo que, dependendo do texto, re-
vela os principais elementos contidos no assunto a ser discutido. 
 
Geralmente, nos parágrafos seguintes, o emissor (a pessoaque es-
creve) costuma desenvolver toda a sua ideia de um modo mais 
detalhado e, ao final, faz um uma espécie de “resumo” sobre tudo 
o que foi dito, para não deixar que nada fique vago, sem sentido 
para o leitor.
Há também outro detalhe que não podemos nunca nos esque-
cer: a pontuação. Às vezes, uma vírgula pode mudar o sentido de 
uma frase, os pontos de interrogação e exclamação dizem tudo so-
bre as “intenções” do autor, ou seja, ele pode deixar uma pergunta 
para refletirmos, pode também elogiar ou fazer uma crítica, utili-
zando o ponto de exclamação, concorda?
No concurso, o candidato muitas vezes não consegue enxergar 
que na alternativa correta está escrito de forma diferente o mesmo 
conteúdo do texto.
Isso é decorrência da falta de hábito de leitura. Por isso, é fun-
damental que o candidato faça exercícios de interpretação todos os 
dias durante o estudo. Só errando é que ele vai aprender.
O treino, pode ser feito com livros e apostilas ou com pro-
vas anteriores, de preferência da mesma organizadora responsável 
pelo concurso que o candidato irá prestar.
 O candidato deve ficar atento ao enunciado das questões e à 
forma como devem ser respondidas. As questões de interpretação 
são de múltipla escolha ou de certo e errado. E no enunciado a 
organizadora pode pedir que seja assinalada a alternativa in-
correta. “O candidato condicionado a procurar sempre a resposta 
certa acaba errando”.
Uma boa dica é ler as questões antes do texto, assim, fica defi-
nida uma linha de raciocínio e, à medida que lê o texto, o candidato 
já busca as respostas.
Os organizadores sabem que interpretação de texto é o ponto 
fraco de muitos candidatos. Por isso, quanto mais treino, melhor 
o candidato fica.
Alguns conceitos que poderão ajudar no momento de respon-
der as questões relacionadas a textos.
TEXTO – é um conjunto de ideias organizadas e relacionadas 
entre si, formando um todo significativo capaz de produzir INTE-
RAÇÃO COMUNICATIVA (capacidade de CODIFICAR E DE-
CODIFICAR).
CONTEXTO – um texto é constituído por diversas frases. 
Em cada uma delas, há uma certa informação que a faz ligar-se 
com a anterior e/ou com a posterior, criando condições para a es-
truturação do conteúdo a ser transmitido. A essa interligação dá-se 
o nome de CONTEXTO. Nota-se que o relacionamento entre as 
frases é tão grande, que, se uma frase for retirada de seu contexto 
original e analisada separadamente, poderá ter um significado di-
ferente daquele inicial.
INTERTEXTO - comumente, os textos apresentam referên-
cias diretas ou indiretas a outros autores através de citações. Esse 
tipo de recurso denomina-se INTERTEXTO.
INTERPRETAÇÃO DE TEXTO - o primeiro objetivo de 
uma interpretação de um texto é a identificação de sua ideia prin-
cipal. A partir daí, localizam-se as ideias secundárias, ou funda-
mentações, as argumentações, ou explicações, que levem ao escla-
recimento das questões apresentadas na prova.
Normalmente, numa prova, o candidato é convidado a:
1. IDENTIFICAR – é reconhecer os elementos fundamentais 
de uma argumentação, de um processo, de uma época (neste caso, 
procuram-se os verbos e os advérbios, os quais definem o tempo).
2. COMPARAR – é descobrir as relações de semelhança ou 
de diferenças entre as situações do texto.
3. COMENTAR - é relacionar o conteúdo apresentado com 
uma realidade, opinando a respeito. 
4. RESUMIR – é concentrar as ideias centrais e/ou secundá-
rias em um só parágrafo.
5. PARAFRASEAR – é reescrever o texto com outras pa-
lavras, mantendo seu sentido original.
Didatismo e Conhecimento 2
LÍNGUA PORTUGUESA
INTERPRETAR x COMPREENDER 
INTERPRETAR SIGNIFICA COMPREENDER SIGNIFICA
• Explicar, comentar, julgar, tirar conclusões, deduzir. 
- TIPOS DE ENUNCIADOS 
• Através do texto, INFERE-SE que...
• É possível DEDUZIR que...
• O autor permite CONCLUIR que...
• Qual é a INTENÇÃO do autor ao afirmar que...
• ,Entendimento, atenção ao que realmente está escrito.
- TIPOS DE ENUNCIADOS:
• O texto DIZ que...
• É SUGERIDO pelo autor que...
• De acordo com o texto, é CORRETA ou ERRADA a 
afirmação...
• O narrador AFIRMA...
ERROS DE INTERPRETAÇÃO
a) Extrapolação (“viagem”): Ocorre quando se sai do contexto, acrescentado ideias que não estão no texto, quer por conhecimento 
prévio do tema quer pela imaginação.
b) Redução: É o oposto da extrapolação. Dá-se atenção apenas a um aspecto, esquecendo que um texto é um conjunto de ideias, o que 
pode ser insuficiente para o total do entendimento do tema desenvolvido. 
c) Contradição: Não raro, o texto apresenta ideias contrárias às do candidato, fazendo-o tirar conclusões equivocadas e, consequen-
temente, errando a questão.
A Inferência
O texto não se reduz à palavra, por isso é importante aprender a ler outras linguagens, não só a escrita. Antigamente, aprendia-se a ler 
somente textos literários, não havendo a preocupação de como os textos não literários seriam lidos. 
Ler é um exercício. Levantar hipóteses, analisar, comparar, relacionar são passos que auxiliam nessa tarefa. Entretanto, existe uma 
habilidade que merece destaque: a inferência. 
Segundo Houaiss, inferir é: concluir pelo raciocínio, a partir de fatos, indícios; deduzir.
Entretanto, na prática, como isso pode ajudar na interpretação? Ao ler um texto, as informações podem estar explícitas ou implícitas. 
Inferir é conseguir chegar a conclusões a partir dessas informações.
Para facilitar o entendimento, vamos ao exemplo. Leia a tirinha abaixo:
 
Criada pelo cartunista Quino, Mafalda atravessa gerações com seus questionamentos.
Após uma leitura atenta de todos os quadrinhos, o que é possível concluir? Perceberam a profundidade da pergunta? O objetivo da 
interpretação não é simplesmente descrever os fatos, mas acrescentar sentido a eles.
Muitos estudantes param na superfície do texto. Por exemplo, na tirinha acima, muitos diriam: “Mafalda estava em sua casa, quando seu 
amigo chegou. Ela pediu que ele não fizesse barulho, porque tinha alguém doente. O amigo pensou que fosse um familiar, mas deparou-se 
com o mundo.” Qual sentido tem essa descrição? Nenhum, não é verdade?
Então, para encontrar a essência do texto, é preciso partir dos fatos e procurar o sentido que eles querem estabelecer.
O fato apresentado na tira é que o mundo está doente, por isso precisa de cuidados. Isso é possível? Literalmente, não. Entretanto, se 
usarmos a linguagem conotativa, é possível inferir, ou seja, interpretar, deduzir, que o objetivo da tira era chamar a atenção das pessoas para 
a “doença” do mundo. Em que aspectos? Os mais diversos: desigualdade social, fome, guerras, violência, poluição, preconceito, falta de 
amor etc. E agora, faz sentido? Então, só agora houve entendimento.
Didatismo e Conhecimento 3
LÍNGUA PORTUGUESA
Coerência e Coesão
A coesão e a coerência são elementos fundamentais para que 
um texto fique bem articulado entre as partes e tenha um sentido 
amplo. Um falante possui a competência textual de identificar a 
coerência de um texto e de escrever outro texto utilizando os meios 
gramaticais. O texto produzido pode ser falado ou escrito cons-
tituído de significado contextual, caracterizado por contexto, in-
tencionalidade, informatividade, intertextualidade, aceitabilidade, 
situalidade, coesão e coerência..
Em alguns casos, o próprio autor deixa o texto incoerente pro-
positalmente, pois visa causar certo espanto no leitor. A coerência 
estabelece um sentido de continuidade, para que se possa com-
preender o conteúdo do texto.
A Coesão textual presentes nas frases e nas orações é cons-
tituída por preposições, conjunções e pronomes que tem a fun-
ção de criar um sistema de referências retomadas no interior 
do texto. Portanto, a coesão textual faz a ligação entres os ele-
mentos presentes no texto, produzindo sentido e coerência. 
A coerênciatextual é responsável por oferecer sentido ao tex-
to, complementando ideias que já foram usadas e dando segmento 
a outras ideias que estão por vir. Em contrapartida, a coesão man-
tém a harmonia na estrutura do texto, ocasionando continuidade 
às frases e aos parágrafos por meios de elementos gramaticais e 
lexicais.
Leia o que você mais gosta. 
Veja algumas dicas:
1: Não se assuste com o tamanho do texto.
2: Ler todo o texto, procurando ter uma visão geral do assunto 
principal. Crie o hábito da leitura e o gosto por ela. Quando passa-
mos a gostar de algo, compreendemos melhor seu funcionamento. 
Nesse caso, as palavras tornam-se familiares a nós mesmos. Não 
se deixe levar pela falsa impressão de que ler não faz diferença.
3: Se encontrar palavras desconhecidas, não interrompa a lei-
tura, vá até o fim, ininterruptamente.
4: Ler, ler bem, ler profundamente, ou seja, ler o texto pelo 
menos duas vezes pois a primeira impressão pode ser falsa. É pre-
ciso paciência para ler outras vezes. Antes de responder as ques-
tões, retorne ao texto para sanar as dúvidas. A primeira leitura 
deve ser do tipo informativa, isto é, você deverá buscar as pala-
vras mais importantes de cada parágrafo que constituem as pala-
vras-chave do texto em torno das quais as outras se organizam para 
dar significação e produzirem sentido. Já na segunda leitura, do 
tipo interpretativa, você deverá compreender, analisar e sinteti-
zar as informações do texto.
5: Ler o texto com perspicácia (observando os detalhes), suti-
leza, malícia nas entrelinhas. Atenção ao que se pede. Às vezes, a 
interpretação está voltada a uma linha do texto e por isso você deve 
voltar ao parágrafo para localizar o que se afirma. Outras vezes, a 
questão está voltada à ideia geral do texto.
6: Realize uma nova leitura, desta vez sublinhando as palavras 
desconhecidas do texto.
7: Seja curioso, utilize um dicionário e encontre o significado 
das palavras que você sublinhou no texto.
8: Voltar ao texto quantas vezes precisar.
9: Não permitir que prevaleçam suas ideias sobre as do autor.
10: Partir o texto em pedaços (parágrafos ou partes) para me-
lhor compreensão.
11: Centralizar cada questão ao pedaço (parágrafo, parte) do 
texto correspondente.
12: Cuidado com os vocábulos: destoa, não, correta, incorreta, 
certa, errada, falsa, verdadeira, exceto, e outras; palavras que apa-
recem nas perguntas e que, às vezes, dificultam a entender o que se 
perguntou e o que se pediu.
13: Quando duas alternativas lhe parecem corretas, procurar a 
mais exata ou a mais completa.
14: Quando o autor apenas sugerir uma ideia, procurar um 
fundamento de lógica objetiva.
15: Não se deve procurar a verdade exata dentro daquela res-
posta, mas a opção que melhor se enquadre no sentido do texto.
16: Às vezes a semelhança das palavras denuncia a resposta.
17: Procure estabelecer quais foram as opiniões expostas pelo 
autor, definindo o tema e a mensagem.
18: O autor defende ideias e você deve percebê-las.
19: Os adjuntos adverbiais e os predicativos do sujeito são 
importantíssimos na interpretação do texto.
20: Aumente seu vocabulário e sua cultura. Além da leitura de 
textos, um bom exercício para ampliar seu conhecimento, é fazer 
palavras cruzadas.
21: Faça exercícios de palavras sinônimas e antônimas.
A importância das informações implícitas para a interpre-
tação de texto.
Inicialmente, precisamos entender que, na elaboração de uma 
mensagem, nem sempre aquilo que procuramos dizer está explíci-
to, ou seja, nem sempre é dito de forma direta ou objetiva.
Muitas vezes, para percebermos o que está implícito em um 
enunciado, precisamos lidar com conhecimento de mundo (cul-
tura geral), com deslocamento contextual ou, até mesmo, com 
alguns indicadores linguísticos.
Observem a piada a seguir:
“Um louco pergunta para um outro:
- Você tem horas?
- Tenho.
O outro:
- Obrigado”.
Reparem que o enunciado “Você tem horas?” parte do prin-
cípio de que quem faz o questionamento deseja saber que horas 
são efetivamente, apesar de essa afirmação não estar explícita na 
pergunta. Como já estudamos, há uma quebra de expectativa do 
leitor (humor) entre as perguntas e suas respectivas respostas.
Didatismo e Conhecimento 4
LÍNGUA PORTUGUESA
Vejam esse outro exemplo:
Na charge acima, há uma crítica em relação à falta de memó-
ria e de compromisso do cidadão em relação ao voto. Além disso, 
no segundo quadrinho, fica subentendido, ou seja, implícito que 
o político fez algo de errado em seu governo, porém não sofre re-
taliações por isso. Percebam que o conhecimento de mundo aju-
da bastante na interpretação, além, claro, de uma observação dos 
elementos linguísticos envolvidos (jogo de palavras e desenho).
 
Conceitos importantes:
•	 POSTO E PRESSUPOSTO
Vejam a frase a seguir:
 O tempo continua nublado.
Podemos dizer que o posto é exatamente a informação explí-
cita, que afirma que o tempo está, no momento da fala, nublado. 
O verbo “continuar”, entretanto, passa uma informação implícita 
de antes o tempo já estava nublado. A essa informação que passa 
a ser percebida pelo leitor, a partir do posto, damos o nome de 
pressuposto.
•	 IMPLÍCITO OU SUBENTENDIDO
Vejam a charge a seguir:
O subentendido do texto acima está no fato de o referido pre-
feito ter sido tão ausente em seu governo anterior que parecia ser 
sua primeira candidatura. A crítica está na sua péssima atuação 
como prefeito; é como se ele não tivesse feito nada representativo 
e importante para a cidade.
ATENÇÃO:
Muitas vezes, para que o subentendido seja compreendido 
pelo ouvinte ou pelo leitor, é preciso saber analisar as palavras 
fora de seu significado literal. O contexto é fundamental para isso. 
Perceba a situação descrita abaixo:
Um jovem com um cigarro na mão dirige-se a outro e per-
gunta:
- Você tem fogo?
Notem que a pergunta feita subentende que o jovem está pe-
dindo ao outro um isqueiro ou coisa parecida para acender o cigar-
ro. Na realidade, está implícito o pedido: “Por favor, você poderia 
acender o meu cigarro?”
•	 INFERÊNCIA
Inferir é o mesmo que se chegar a conclusões a partir de 
fatos conhecidos posteriormente. Veja a imagem a seguir, divul-
gada num período em que a proliferação do mosquito causador da 
dengue (o Aedes aegypti) assustava os cidadãos cariocas:
Reparem que, para demonstrar o pavor das pessoas diante da 
dengue (representada na imagem pelo mosquito), criou-se um diá-
logo com o famoso quadro expressionista “O Grito” de Edvard 
Munch. Para inferir isso, é preciso um conhecimento prévio da 
obra.
Exercícios
RETRATO
Eu não tinha este rosto de hoje,
Assim calmo, assim triste, assim magro,
Nem estes olhos tão vazios,
Nem o lábio amargo.
Didatismo e Conhecimento 5
LÍNGUA PORTUGUESA
Eu não tinha estas mãos sem força,
Tão paradas e frias e mortas;
Eu não tinha este coração
Que nem se mostra.
Eu não dei por esta mudança,
Tão simples, tão certa, tão fácil:
— Em que espelho ficou perdida
A minha face?
Cecília Meireles: poesia, por Darcy Damasceno.
 Rio de Janeiro: Agir, 1974. p. 19-20.
1. O tema do texto é
a) A consciência súbita sobre o envelhecimento.
b) A decepção por encontrar-se já fragilizada.
c) A falta de alternativa face ao envelhecimento.
d) A recordação de uma época de juventude.
e) A revolta diante do espelho.
TEXTO I
“RIO – Com dois gols de um iluminado Robinho, que entrou 
na segunda etapa, o Real Madrid derrotou o Recreativo por 3 a 2, 
fora de casa, em partida da 26ª rodada do Campeonato Espanhol. 
Raúl fez o outro gol do time de Madri, com Cáceres e Martins 
marcando para os anfitriões. O Real vinha de duas derrotas con-
secutivas na competição, justamente as partidas em que o craque 
brasileiro, machucado, esteve fora.”
(O Globo on line – 02/03/08)
1) Qual é o interlocutor preferencial e as informaçõesque per-
mitem você identificar o interlocutor preferencial do texto?
TEXTO II
“O cantor Jerry Adriani interpreta sucessos do disco Forza 
Sempre, além de versões em italiano de canções do grupo Legião 
Urbana e do cantor Raul Seixas. O show acontece hoje no palco da 
Sala Baden Powell.”
O Globo on line – 02/03/08
1) Qual é o interlocutor preferencial e as informações que per-
mitem você identificar o interlocutor preferencial do texto?
TEXTO III
O problema ecológico
Se uma nave extraterrestre invadisse o espaço aéreo da Terra, 
com certeza seus tripulantes diriam que neste planeta não habita 
uma civilização inteligente, tamanho é o grau de destruição dos 
recursos naturais. Essas são palavras de um renomado cientista 
americano. Apesar dos avanços obtidos, a humanidade ainda não 
descobriu os valores fundamentais da existência. O que chamamos 
orgulhosamente de civilização nada mais é do que uma agressão 
às coisas naturais. A grosso modo, a tal civilização significa a de-
vastação das florestas, a poluição dos rios, o envenenamento das 
terras e a deterioração da qualidade do ar. O que chamamos de 
progresso não passa de uma degradação deliberada e sistemática 
que o homem vem promovendo há muito tempo, uma autêntica 
guerra contra a natureza.
Afrânio Primo. Jornal Madhva (adaptado).
1) Segundo o Texto III, o cientista americano está preocupado 
com:
(A) a vida neste planeta.
(B) a qualidade do espaço aéreo.
(C) o que pensam os extraterrestres.
(D) o seu prestígio no mundo.
(E) os seres de outro planeta.
2) Para o autor, a humanidade:
(A) demonstra ser muito inteligente.
(B) ouve as palavras do cientista.
(C) age contra sua própria existência.
(D) preserva os recursos naturais.
(E) valoriza a existência sadia.
3) Da maneira como o assunto é tratado no Texto III, é correto 
afirmar que o meio ambiente está degradado porque:
(A) a destruição é inevitável.
(B) a civilização o está destruindo.
(C) a humanidade preserva sua existência.
(D) as guerras são o principal agente da destruição.
(E) os recursos para mantê-lo não são suficientes.
4) A afirmação: “Essas são palavras de um renomado cientista 
americano.” (l. 4 – 5) quer dizer que o cientista é:
(A) inimigo.
(B) velho.
(C) estranho.
(D) famoso.
(E) desconhecido.
5) Se o homem cuidar da natureza _______ mais saúde. A 
forma verbal que completa corretamente a lacuna é:
(A) teve.
(B) tivera.
(C) têm.
(D) tinha.
(E) terá.
Leia o texto abaixo para responder as questões de 1 a 9 .
UMA ESTRATÉGIA PERIGOSA NAS REDES SOCIAIS
Tenho observado o caloroso e, às vezes, estremado debate que 
tem acontecido nas redes sociais em torno de homens e mulheres 
que se declaram gays. A própria existência do debate tão aberto 
mostra que nossa sociedade evoluiu, pois em outros tempos isso 
não seria concebível. Esse percurso dialético da sociedade hu-
mana, criada pelo homem e para o homem, é reflexo do próprio 
homem que vai evoluindo a cada geração. Todavia há um viés re-
trogrado nesse debate. Algo do qual ainda não conseguimos nos 
livrar e que funciona como uma erva daninha, ou fruta estragada 
- a intolerância.
Esse sentimento de não aceitar aquilo que difere de nossa ver-
dade, tida por nós como absoluta, já gerou muitas injustiças nos 
passado. Quando fomentado por uma instituição que tem o poder 
de formar pensamentos como a igreja, seja ela a que religião per-
tença, o que seria opinião de um passa a valer como princípio a ser 
defendido de forma absoluta. Esse discurso da intolerância está 
sendo disseminado por várias pessoas, jovens ou não, na internet. 
Didatismo e Conhecimento 6
LÍNGUA PORTUGUESA
Os defensores do deputado Marcos Feliciano tem apostado no 
jogo da injúria, calúnia e difamação contra outro deputado decla-
rado gay. Essa infâmia estratégia de minar a todo e qualquer custo 
a imagem de um para fazer valer a do outro poderá trazer conse-
quências históricas para nossa sociedade. A primeira dessas con-
sequências é a institucionalização do pensamento de que qualquer 
pessoa declarada gay é perigosa e nociva para a sociedade, por isso 
deve ser combatida. Esse pensamento é perigoso, de um debate na 
internet pode transformar-se em conflitos de ruas como existem 
em países da Europa, os promovidos pelos Skin Head na Alema-
nha, por exemplo. Outra consequência nefasta é a descaracteriza-
ção da doutrina cristã que se baseia no amor ao próximo «amar a 
quem nos tem ofendido». Esse princípio tem sido esquecido nos 
debates. Esse é o caminho pelo qual os lideres evangélicos preci-
sam direcionar seus debates, penso eu.
(Gazetando – O Informativo da Educação http://aurismar-
queiroz.blogspot.com.br/2013/04/a-intolerancia-com-os-gays-es-
ta.html)
01. Qual das opções abaixo corresponde ao tema tratado 
nesse texto?
a) Pessoas que se declaram gays.
b) A intolerância contra os gays.
c) Brigas de ruas.
d) A falta de amor.
e) O cristianismo.
02. O autor projeta o texto para defender a seguinte tese:
a) A intolerância atrapalha o debate sobre a questão gay.
b) A sociedade humana já evoluiu plenamente e está madura 
para qualquer debate.
c) A nossa verdade tida por nós como absoluta gerou muitos 
conflitos no passado.
d) A igreja tem o poder de formar pensamentos.
e) A intolerância é algo perigoso porque pode gerar conflitos 
de ruas.
03. O autor conclui o texto mostrando um caminho a ser se-
guido para se resolver essa questão. Diga, com suas palavras, qual 
é esse caminho apontado pelo autor.
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04. Qual seria o melhor sentido para a palavra retrógrado, que 
aparece no texto?
a) Que está evoluindo.
b) Atrasado.
c) Inovador.
d) Algo difícil de entender.
e) Atual.
05. Qual das ideias abaixo é defendida pelo autor no texto?
a) Nossa sociedade continua atrasada sem nenhuma evolução.
b) Aquilo que aceitamos como verdade tem que ter valor ab-
soluto, por isso não devemos nunca aceitar a opinião dos outros.
c) Toda pessoa que se declara gay é perigosa.
d) Os Skin head é um importante grupo revolucionário da Ale-
manha.
e) O principio do amor ao próximo deve direcionar os debates 
a esse respeito.
06. Qual das ideias abaixo NÃO é defendida pelo autor no 
texto?
a) A existência do debate sobre a questão gay mostra que nos-
sa sociedade evoluiu.
b) Em tempos atrás esse mesmo debate seria possível.
c) Os defensores do deputado Marcos Feliciano atacam com 
injúrias, calúnia e difamação outro deputado declarado gay.
d) Uma das consequências da intolerância com relação a essa 
questão pode ser a descaracterização da doutrina cristã que se ba-
seia no amor.
e) A igreja é uma instituição que tem o poder de formar pen-
samentos.
07. Que outro título você daria a esse texto? Escreva abai-
xo. Lembre-se: o título tem que ser diferente do tema; deve 
despertar a curiosidade para a leitura do texto.
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8. Qual a sua opinião com relação a esse assunto. Escreva em 
pelo menos cinco linhas. Procure ser claro e objetivo.
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Didatismo e Conhecimento 7
LÍNGUA PORTUGUESA
09. Veja se nesse texto há alguma frase nominal (frase que não 
possui verbo). Se houver escreva-a abaixo.
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Respostas: 
1) A 
Texto I
1. Leitores que gostem de futebol.
A linguagem peculiar desse tipo de texto: partida, fora de casa, 
campeonato, rodada etc.
Além dos nomes de times e o conhecimento sobre a estrutura 
de um campeonato.
Texto II
1. Fãs do cantor Jerry Adriani.
Ao interlocutor é necessário o conhecimento da carreira do 
cantor.
Texto III
1. A
2. C
3. B
4. D
5. E
Segundo o texto: “UMA ESTRATÉGIA PERIGOSA NAS 
REDES SOCIAIS”
1. B
2. A
3. O autor aponta o amor ao próximo como sendo o cami-
nho a ser seguido nesses debates.
4. B
5. E
6. B
7. Pessoal
8. Pessoal
9. Não há no texto nenhuma frase nominal
Informações de pequenos textos
Acrescentando o tópico anterior (interpretação de textos), 
preparei algumas dicas sobre interpretação e alguns exercícios 
para treinar. 
Quem está prestes a passar por um concurso sabe que parte 
da dificuldade das provas está em interpretar corretamente o enun-
ciado das questões. Alguns professores afirmam, inclusive, que as 
respostas estão muitas vezes no próprio enunciado. Manter o há-
bito da leitura e saber analisar o texto são condições importantes 
para o sucesso do candidato em uma prova de concurso. No dia 
do teste, o aluno precisa estar preparado para encarar diferentes 
gêneros e tamanhos de textos. 
 
1 – Mantenha o hábito da leitura
O treinamento é essencial para quem deseja alcançar o suces-
so em qualquer atividade, é preciso treinar para saber interpretar 
um texto. “Ler faz com que o aluno aumente seu vocabulário e 
treine a interpretação, podem também criar o hábito de ler textos 
longos para desenvolver a concentração”. 
Jornais diários e revistas da preferência do aluno podem ser 
bons instrumentos de leitura, ler qualquer gênero textual e se aten-
tar aos detalhes fazem com que o aluno desenvolva a capacidade 
de interpretação. Crônicas, contos, jornais e revistas devem ser li-
dos diariamente para o aluno saber interpretar linguagem figurada 
e identificar múltiplos significados de uma mesma expressão. 
 
2 - Aprenda a resumir
Fazer fichamento antes da prova e resumir textos após a leitu-
ra são importantes também para a interpretação. Os resumos dão 
ao aluno a capacidade de síntese. Fazer um resumo depois de ler 
o texto ajuda a sintetizar. Dessa forma é possível reproduzir o que 
se entendeu de um texto longo, por exemplo, em poucas palavras. 
 
3 – Leia mais de uma vez o mesmo texto ou enunciado
A boa compreensão de um texto é feita com mais de uma lei-
tura. Na primeira, identificam-se as informações principais e após 
a segunda, o leitor consegue observar detalhes e entender o seu 
completo significado. O aluno precisa entender do que se trata o 
texto e identificar outras questões. O candidato pode, inclusive, 
grifar as principais informações. Na prova, é interessante que se 
leia a questão, leia as respostas e volte para a questão, para garantir 
um bom entendimento do que foi pedido. 
 
4 – Mantenha um diálogo com o texto
Depois de ler algumas vezes e grifar os principais pontos do 
texto é importante que o aluno faça perguntas para si referentes 
à leitura. Questionar-se sobre o que acabou de ler faz com o que 
candidato ao vestibular preste atenção em cada detalhe e consiga 
interpretar o texto. Ele deve se perguntar qual o gênero textual, 
que ideia aquele texto defende e responder questões relacionadas 
às informações grifadas durante a leitura. 
 
5 – Identifique gênero, referências e outros detalhes
Após a leitura e ao fazer questionamentos para si sobre o que 
está estudando, o aluno deve identificar cada detalhe disposto no 
texto. Saber se é uma reportagem, um texto literário ou outro gêne-
ro é o primeiro passo. Depois, é interessante identificar a autoria, 
descobrindo se é de algum jornalista conhecido ou de alguma au-
toridade, por exemplo. 
Outros detalhes são importantes também, como analisar o pa-
pel de cada voz que aparece no texto, saber se ele faz referência a 
um fato histórico ou a outros textos e separar diferentes tipos de 
informação. O aluno deve ler algumas vezes, grifar o que achar 
importante, identificar a ideia defendida pelo texto e a partir daí 
compreender quem fala, se há linguagem figurada, se o texto se re-
fere a um fato marcante e se a autoria é de uma pessoa conhecida. 
Assim, ele treina seu poder de interpretação e conseguirá enxergar 
todas as informações inseridas nos enunciados. 
Didatismo e Conhecimento 8
LÍNGUA PORTUGUESA
Exercícios
TEXTO I
Não existe essa coisa de um ano sem Senna, dois anos sem 
Senna… Não há calendário para a saudade. (Adriane Galisteu, no 
Jornal do Brasil)
1) Segundo o texto, a saudade:
a) aumenta a cada ano.
b) é maior no primeiro ano.
c) é maior na data do falecimento.
d) é constante.
2) A repetição da palavra não exprime:
a) dúvida
b) convicção
c) tristeza
d) confiança
TEXTO II
Passei a vida atrás de eleitores e agora busco os leitores. (José 
Sarney, na Veja, dez/97)
3) Deduz-se pelo texto uma mudança na vida:
a) esportiva
b) intelectual
c) profissional
d) sentimental
4) O autor do texto sugere estar passando de:
a) escritor a político
b) político a jornalista
c) político a romancista
d) político a escritor
5) Infere-se do texto que a atividade inicial do autor foi:
a) agradável
b) duradoura
c) simples
d) honesta
6) O trecho que justifica a resposta ao item anterior é:
a) e agora
b) os leitores
c) passei a vida
d) atrás de eleitores
7) A palavra ou expressão que não pode substituir o termo 
agora é:
a) recentemente
b) no momento
c) presentemente
d) neste instante
TEXTO III
Os animais que eu treino não são obrigados a fazer o que vai 
contra a natureza deles. (Gilberto Miranda, na Folha de São Paulo, 
23/2/96)
8) O sentimento que melhor define a posição do autor perante 
os animais é:
a) fé
b) respeito
c) solidariedade
d) amor
9) O autor do texto é:
a) um treinador atento
b) um adestrador frio
c) um treinador qualificado
d) um adestrador consciente
10) Segundo o texto, os animais:
a) são obrigados a todo tipo de treinamento.
b) são treinados dentro de determinados limites.
c) não fazem o que lhes permite a natureza.
d) não são objeto de qualquer preocupação para o autor.
Respostas: 01.D 02.B 03.C 04.D 05.B 06.C 07.A 08.B 09.D 
10.B
COESÃO E COERÊNCIA TEXTUAL. 
Coerência textual
A construção textual deve ser a construção de um todo com-
preensível aos olhos do leitor. A coerência textual é o instrumento 
que o autor vai usar para conseguir encaixar as “peças” do texto e 
dar um sentido completo a ele. 
Cada palavra tem seu sentido individual, quando elas se rela-
cionam elas montam um outro sentido. O mesmo raciocínio vale 
para as frases, os parágrafos e até os textos. Cada um desses ele-
mentos tem um sentido individual e um tipo de relacionamento 
com os demais. Caso estas relações sejam feitas da maneira cor-
reta, obtemos uma mensagem, um conteúdo semântico compreen-
sível.
O texto é escrito com uma intencionalidade, de modo que ele 
tem uma repercussão sobre o leitor, muitas vezes proposital.
Em uma redação, para que a coerência ocorra, as ideias devem 
se completar. Uma deve ser a continuação da outra. Caso não ocor-
ra uma concatenação de ideias entre as frases, elas acabarãopor se 
contradizerem ou por quebrarem uma linha de raciocínio. Quando 
isso acontece, dizemos que houve um quebra de coerência textual.
A coerência é um resultado da não contradição entre as partes 
do texto e do texto com relação ao mundo. Ela é também auxiliada 
pela coesão textual, isto é, a compreensão de um texto é melhor 
capturada com o auxílio de conectivos, preposições, etc.
Vejamos alguns exemplos de falta de coerência textual:
“No verão passado, quando estivemos na capital do Ceará 
Fortaleza, não pudemos aproveitar a praia, pois o frio era tanto 
que chegou a nevar” 
“Estão derrubando muitas árvores e por isso a floresta con-
segue sobreviver.”
“Todo mundo viu o mico-leão, mas eu não ouvi o sabiá can-
tar”
Didatismo e Conhecimento 9
LÍNGUA PORTUGUESA
“Todo mundo destrói a natureza menos todo mundo”
“Podemos notar claramente que a falta de recursos para a 
escola pública é um problema no país. O governo prometeu e cum-
priu: trouxe várias melhorias na educação e fez com que os alunos 
que estavam fora da escola voltassem a frequentá-la. Isso trouxe 
várias melhoras para o país.” 
A falta de coerência em um texto é facilmente detectada por 
um falante da língua, mas não é tão simples notá-la quando é você 
quem escreve. A coerência é a correspondência entre as ideias do 
texto de forma lógica.
Quando o entendimento de determinado texto é comprome-
tido, imediatamente alguém pode afirmar que ele está incoerente. 
Na maioria das vezes esta pessoa está certa ao fazer esta afirmação, 
mas não podemos achar que as dificuldades de organização das 
ideias se resumem à coerência ou a coesão. É certo que elas facili-
tam bastante esse processo, mas não são suficientes para resolver 
todos os problemas. O que nos resta é nos atualizarmos constan-
temente para podermos ter um maior domínio do processo de pro-
dução textual.
Coesão Textual
Um texto apresenta coesão quando há conexão e harmonia 
entre as partes que o compõem. Consideramos como elementos de 
coesão as palavras ou expressões que estabelecem a transição de 
ideias, os elos para criar as relações entre frases e parágrafos – pro-
nomes, advérbios e conjunções, como mas, portanto, dessa forma, 
porque, uma vez que, assim, embora, apesar de, entre outros.
Cada elemento de coesão mantém determinado tipo de relação 
e, por isso, é necessário atentar muito bem para o seu uso. Vejamos 
alguns exemplos:
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a políti-
ca agrária do país, porque consideram injusta a atual distribuição 
de terras. Porém, o ministro da Agricultura considerou a mani-
festação um ato de rebeldia, uma vez que o projeto de Reforma 
Agrária pretende assentar milhares de sem-terra”
Nesse texto, os elementos de coesão foram utilizados de for-
ma correta:
1- A palavra porque está iniciando a oração que estabe-
lece a causa do protesto: “consideram injusta a atual distribuição 
de terra”.
2- A palavra porém está iniciando a oração que estabe-
lece um contraste de ideias: protesto (para os sem-terra) X ato de 
rebeldia ( para o ministro).
3- A expressão uma vez que está iniciando a oração que 
estabelece a causa da indignação do ministro “o projeto da Refor-
ma Agrária pretende assentar milhares de sem-terra”.
Quando se usa o elemento de coesão inadequado, o enuncia-
do certamente fica prejudicado, pois pode não só mudar o sentido 
pretendido, mas também produzir ideias absurdas:
“Os sem-terra fizeram um protesto em Brasília contra a polí-
tica agrária do país, porém consideram injusta a atual distribuição 
de terras”
Logo, para se obter um bom texto, não basta ter boas ideias. 
É preciso também ordená-las e cuidar da disposição das palavras 
nas frases, a fim de que a redação seja um conjunto harmonioso.
Mecanismos de Coesão
Há vários elementos no idioma que permitem o mecanismo de 
coesão. Alguns deles, são:
1- Emprego adequado de tempos e modos verbais:
Ex: Embora não estivessem gostando muito, eles participa-
vam da festa.
2- Emprego adequado de pronomes, conjunções, preposi-
ções, artigos:
Ex: O papa João Paulo II visitou o México. Na capital mexi-
cana sua Santidade beijou o chão. As pessoas tinham a certeza de 
que o papa lhes guardava respeito e as amava.
3- Emprego adequado de construções por coordenação 
e subordinação:
Ex: “Amanhece. Poucos barulhos se ouvem. Logo mais a ci-
dade vai ferver. Um carro aqui. Um ônibus. Duas motos. Alguém 
buzina duas vezes, depois três vezes, mais uma buzina insistente. 
A mocinha de uniforme grita pela janela que já vai. O pai na dire-
ção (deve ser um pai, porque está impaciente, de terno e gravata) 
tamborila os dedos na direção do carro, que não é carro do ano, 
logo se vê pelo ar meio baça da lataria...”
(Note que o texto foi inicialmente construído por um enca-
deado de orações coordenadas e depois, lentamente, foram sendo 
introduzidas as subordinadas.
4- Emprego adequado do discurso direto, indireto e indireto 
livre:
DD= “Maria Eugenia chegou cedo e perguntou:
 - Paulinho já saiu?
 Claudia respondeu:
 - Ele ainda está dormindo”.
DI= “Maria Eugenia chegou cedo e perguntou se Paulinho já 
havia saído. Cláudia respondeu-lhe que ele ainda estava dormin-
do”.
5- Emprego adequado de vocabulário (coesão lexical):
Ex: “A China é um país fascinante, onde tudo é dimensionado 
em termos gigantescos. O país amarelo é uma civilização milenar. 
O grande dragão oriental abriga, na terceira maior extensão territo-
rial planetária cerca de 01 bilhão e 100 mil habitantes”. 
Níveis de coerência:
Coerência Narrativa
A coerência narrativa consiste no respeito às implicações ló-
gicas entre as partes do relato. Por exemplo, para que um sujeito 
realize uma ação, é preciso que ele tenha competência para tanto, 
ou seja, que saiba e possa efetuá-la. Constitui, então, incoerên-
cia narrativa o seguinte exemplo: o narrador conta que foi a uma 
festa onde todos fumavam e, por isso, a espessa fumaça impedia 
que se visse qualquer coisa; de repente, sem mencionar nenhuma 
mudança dessa situação, ele diz que se encostou a uma coluna e 
passou a observar as pessoas, que eram ruivas, loiras, morenas. 
Se o narrador diz que não podia enxergar nada, é incoerente dizer 
que via as pessoas com tanta nitidez. Em outros termos, se nega a 
competência para a realização de um desempenho qualquer, esse 
desempenho não pode ocorrer. Isso por respeito às leis da coerên-
cia narrativa.
Didatismo e Conhecimento 10
LÍNGUA PORTUGUESA
Coerência Argumentativa
A coerência argumentativa diz respeito às relações de im-
plicação ou de adequação entre premissas e conclusões ou entre 
afirmações e consequências. Não é possível alguém dizer que é a 
favor da pena de morte porque é contra tirar a vida de alguém. Da 
mesma forma, é incoerente defender o respeito à lei e à Constitui-
ção Brasileira e ser favorável à execução de assaltantes no interior 
de prisões.
Muitas vezes, as conclusões não são adequadas às premissas. 
Não há coerência, por exemplo, num raciocínio como este:
Há muitos servidores públicos no Brasil que são verdadeiros 
marajás.
O candidato a governador é funcionário público.
Portanto o candidato é um marajá.
Segundo uma lei da lógica formal, não se pode concluir nada 
com certeza baseado em duas premissas particulares. Dizer que 
muitos servidores públicos são marajás não permite concluir que 
qualquer um seja.
Coerência Figurativa
A coerência figurativa refere-se à compatibilidade das figuras 
que manifestam determinado tema. Para que o leitor possa per-
ceber o tema que está sendo veiculado por uma série de figuras 
encadeadas, estas precisam ser compatíveis umas com as outras. 
Seria estranho (para dizer o mínimo) que alguém, ao descrever um 
jantar oferecido no palácio do Itamarati a um governadorestran-
geiro, depois de falar de baixela de prata, porcelana finíssima, flo-
res, candelabros, toalhas de renda, incluísse no percurso figurativo 
guardanapos de papel.
Coerência Temporal
Por coerência temporal entende-se aquela que concerne à su-
cessão dos eventos e à compatibilidade dos enunciados do ponto 
de vista de sua localização no tempo. Não se poderia, por exemplo, 
dizer: “O assassino foi executado na câmara de gás e, depois, 
condenado à morte”.
Coerência Espacial
A coerência espacial diz respeito à compatibilidade dos enun-
ciados do ponto de vista da localização no espaço. Seria incoeren-
te, por exemplo, o seguinte texto: “O filme ‘A Marvada Carne’ 
mostra a mudança sofrida por um homem que vivia lá no interior e 
encanta-se com a agitação e a diversidade da vida na capital, pois 
aqui já não suportava mais a mesmice e o tédio”. Dizendo lá no 
interior, o enunciador dá a entender que seu pronunciamento está 
sendo feito de algum lugar distante do interior; portanto ele não 
poderia usar o advérbio “aqui” para localizar “a mesmice” e “o 
tédio” que caracterizavam a vida interiorana da personagem. Em 
síntese, não é coerente usar “lá” e “aqui” para indicar o mesmo 
lugar.
Incoerência Proposital
Existem textos em que há uma quebra proposital da coerência, 
com vistas a produzir determinado efeito de sentido, assim como 
existem outros que fazem da não-coerência o próprio princípio 
constitutivo da produção de sentido. Poderia alguém perguntar, 
então, se realmente existe texto incoerente. Sem dúvida existe: é 
aquele em que a incoerência é produzida involuntariamente, por 
inabilidade, descuido ou ignorância do enunciador, e não usada 
funcionalmente para construir certo sentido.
Quando se trata de incoerência proposital, o enunciador dis-
semina pistas no texto, para que o leitor perceba que ela faz parte 
de um programa intencionalmente direcionado para veicular de-
terminado tema. Se, por exemplo, num texto que mostra uma festa 
muito luxuosa, aparecem figuras como pessoas comendo de boca 
aberta, falando em voz muito alta e em linguagem chula, osten-
tando sua últimas aquisições, o enunciador certamente não está 
querendo manifestar o tema do luxo, do requinte, mas o da vulga-
ridade dos novos-ricos.
Coerência Textual
Quando falamos em COERÊNCIA textual, falamos acerca 
da significação do texto, e não mais dos elementos estruturais 
que o compõem. Um texto pode estar perfeitamente coeso, po-
rém incoerente. É o caso do exemplo abaixo:
“As ruas estão molhadas porque não choveu”
Há elementos coesivos no texto acima, como a conjunção, a 
sequência lógica dos verbos, enfim, do ponto de vista da COE-
SÃO, o texto não tem nenhum problema. Contudo, ao ler o que 
diz o texto, percebemos facilmente que há uma incoerência, pois 
se as ruas estão molhadas, é porque alguém molhou, ou a chuva, 
ou algum outro evento. Não ter chovido não é o motivo de as ruas 
estarem molhadas. O texto está incoerente.
Podemos entender melhor a coerência compreendendo os seus 
três princípios básicos:
Princípio da Não Contradição: em um texto não se pode 
ter situações ou ideias que se contradizem entre si, ou seja, que 
quebram a lógica.
Princípio da Não Tautologia: Tautologia é um vício de lin-
guagem que consiste na repetição de alguma ideia, utilizando pala-
vras diferentes. Um texto coerente precisa transmitir alguma infor-
mação, mas quando há repetição excessiva de palavras ou termos, 
o texto corre o risco de não conseguir transmitir a informação. 
Caso ele não construa uma informação ou mensagem completa, 
então ele será incoerente.
Princípio da Relevância: Fragmentos de textos que falam de 
assuntos diferentes, e que não se relacionam entre si, acabam tor-
nando o texto incoerente, mesmo que suas partes contenham certa 
coerência individual. Sendo assim, a representação de ideias ou 
fatos não relacionados entre si, fere o princípio da relevância, e 
trazem incoerência ao texto.
Coesão Textual
A redação de um bom texto depende da articulação de ideias e 
palavras. Na elaboração de um texto coeso empregam-se, de forma 
adequada, elementos coesivos que formam uma estrutura clara e 
coerente nas frases.
Alguns elementos de coesão são: a conjunção e; que indi-
ca adição, continuidade; por isso, pois (causa e consequência); 
mas, porém, embora, (contraste, oposição); além disso, tam-
bém (adição, continuação); por exemplo, ou seja (esclareci-
mento); logo, portanto (conclusão).
É preciso atenção na escolha do conectivo adequado para unir 
e organizar todas as partes de um texto.
Didatismo e Conhecimento 11
LÍNGUA PORTUGUESA
Quando falamos de COESÃO textual, falamos a respeito dos 
mecanismos linguísticos que permitem uma sequência lógica entre 
as partes de um texto, sejam elas palavras, frases, parágrafos, etc. 
Entre os elementos que garantem a coesão de um texto, temos:
Referências e reiterações: este tipo de coesão acontece quan-
do um termo faz referência a outro dentro do texto, quando reitera 
algo que já foi dito antes ou quando uma palavra é substituída por 
outra que possui com ela alguma relação semântica. Alguns destes 
termos só podem ser compreendidos mediante estas relações com 
outros termos do texto.
Substituições lexicais: este tipo de coesão acontece quando 
um termo é substituído por outro dentro do texto, estabelecendo 
com ele uma relação de sinonímia, antonímia, hiponímia ou hi-
peronímia, ou mesmo quando há a repetição da mesma unidade 
lexical (mesma palavra).
Conectores: estes elementos coesivos estabelecem as rela-
ções de dependência e ligação entre os termos, ou seja, são con-
junções, preposições e advérbios conectivos.
Correlação dos verbos (coesão temporal e aspecto): con-
siste na correta utilização dos tempos verbais, ordenando assim 
os acontecimentos de uma forma lógica e linear, que irá permitir a 
compreensão da sequência dos mesmos.
PARA REFLETIR:
Observe o seguinte período:
“Maria deixou a sala completamente suja”.
Nesse caso, o problema de coesão resulta em uma ambiguida-
de: quem estava suja? Maria ou a sala? Para desfazer a ambiguida-
de, poderíamos agir da seguinte maneira:
“Maria deixou a sala que estava completamente suja.” ou 
“Maria estava completamente suja quando deixou a sala.”
Questões
01. “Como a natureza, é capaz de preservar os ganhos e erra-
dicar os erros para continuar a existir.”; a forma EQUIVOCADA 
de reescrever-se esse mesmo segmento é:
a) É capaz, como a natureza, de preservar os ganhos e erradi-
car os erros para continuar a existir;
b) Como a natureza, para continuar a existir, é capaz de pre-
servar os ganhos e erradicar os erros;
c) Para continuar a existir, é capaz de preservar os ganhos e 
erradicar os erros, como a natureza;
d) É capaz de preservar os ganhos, como a natureza, e erradi-
car os erros para continuar a existir;
e) É capaz de preservar os ganhos e erradicar os erros, como a 
natureza, para continuar a existir.
02. “a diminuição dos processos normais de metabolismo e 
crescimento economiza energia...” equivale a “a energia é econo-
mizada ao se reduzirem os processos normais de metabolismo e 
crescimento”; o item abaixo em que as duas frases NÃO se equi-
valem é:
a) O governo criou a cesta básica para ajudar os pobres.
O governo pretende ajudar os pobres, criando a cesta básica.
b) Os alunos estão mais contentes hoje do que ontem.
Os alunos estavam menos contentes ontem do que estão hoje.
c) Melões estão na promoção: compre dois a R$l,00 cada e 
leve outro de graça. 
Melões estão na promoção, três por R$2,00.
d) O aluguel é de R$10,00 por volta na pista, a qualquer hora.
Não há momento em que a taxa por volta na pista seja dife-
rente de R$l0,00.
e) O quadrado é azul com manchas vermelhas dentro.
O objeto azul é um quadrado com manchas vermelhas dentro.
03. O sentido de “...o autor deum bom manual de aritmética 
para o ensino médio não é necessariamente um intelectual, mas, se 
ele escrever esse livro adotando critérios pedagógicos inovadores 
e eficazes, pode ser” fica profundamente alterado com a substitui-
ção de “se ele escrever esse livro” por:
a) caso ele escreva esse livro;
b) conquanto ele escreva esse livro;
c) desde que ele escreva esse livro;
d) uma vez que ele escreva esse livro;
e) escrevendo ele esse livro.
04. O sentido de “associará a felicidade ao exercício das vir-
tudes, que, embora árduo, compele os homens a se defrontar com 
a realidade” sofre profunda alteração se o enunciado for reescrito 
do seguinte modo:
a) associará a felicidade ao exercício das virtudes, que, con-
quanto árduo, compele os homens a se defrontar com a realidade;
b) associará a felicidade ao exercício das virtudes, que, sendo 
árduo, compele todavia os homens a se defrontar com a realidade;
c) associará a felicidade ao exercício das virtudes, que é árduo, 
sim, contudo compele os homens a se defrontar com a realidade;
d) associará a felicidade ao exercício das virtudes, que, árduo, 
compele por isso mesmo os homens a se defrontar com a realidade;
e) associará a felicidade ao exercício das virtudes, o qual, ár-
duo que seja, compele ainda assim os homens a se defrontar com 
a realidade.
05. Altera-se profundamente o sentido de “e todas as ações 
boas ou más se justificam, desde que sirvam à causa operária.” , 
caso se dê à oração em destaque a seguinte forma negativa:
a) exceto se não servirem à causa operária;
b) salvo se não servirem à causa operária;
c) a menos que não sirvam à causa operária;
d) a não ser que não sirvam à causa operária;
e) uma vez que não sirvam à causa operária. 
06. A forma que substitui adequadamente a palavra mas, no 
trecho “compele os homens a se defrontar com a realidade não do 
ponto de vista da realização do prazer, mas do dever fazer”, man-
tendo o sentido original, é:
a) senão que também;
b) senão;
c) não obstante;
d) no entanto;
e) quando não.
Didatismo e Conhecimento 12
LÍNGUA PORTUGUESA
07. O pronome sublinhado em “Não surpreende que assim 
seja, porque desta definição depende em parte o estabelecimento 
das credenciais dos atores que hoje estão envolvidos na luta dos 
negros pelo lugar na sociedade brasileira que nem a abolição, nem 
os cem anos que a seguiram lhes propiciaram.” está em clara refe-
rência ao termo:
a) negros;
b) atores;
c) credenciais;
d) cem anos;
e) envolvidos.
08. A substituição feita abaixo do termo sublinhado no pe-
ríodo “Algo semelhante, embora em ponto menor, acontece com a 
abolição da escravidão” que implica alteração de sentido é:
a) não obstante em ponto menor;
b) ainda que em ponto menor;
c) conquanto em ponto menor;
d) desde que em ponto menor;
e) apesar de que em ponto menor.
09. O pronome destacado em “... e a frente do movimento 
pelo fim das discriminações raciais. Ambas são políticas, mas a 
primeira O é de forma mediatizada” tem a função de substituir, 
no texto:
a) o adjetivo político;
b) o substantivo discriminações;
c) o verbo ser;
d) o substantivo movimento;
e) o numeral primeira.
10. Dentre as modificações impostas à frase “Embora seguin-
do regras distintas, as duas frentes são importantes e se alimentam 
mutuamente ou, pelo menos, deveriam fazê-lo”, a que NÃO impli-
ca mudança de sentido é:
a) Embora seguindo regras, distintas as duas frentes, são am-
bas importantes e se alimentam mutuamente ou, pelo menos, de-
veriam fazê-lo.
b) Embora as duas frentes sigam regras distintas, são ambas 
importantes e se alimentam mutuamente ou, ao menos, deveriam 
fazê-lo.
c) Embora seguindo regras distintas, as duas frentes são im-
portantes e se nutrem mutuamente, já que precisariam fazê-lo.
d) Embora seguindo regras distintas, as duas frentes ou são 
importantes ou se alimentam mutuamente: pelo menos, deveriam 
fazê-lo.
e) Embora com regras distintas, as duas frentes ou são im-
portantes ou se alimentam mutuamente, já que assim deveriam 
fazê-lo.
11. Na oração “e sofre com a falta de alguns dos requisitos 
mínimos para uma vida decente”, os termos I - “sofre” e II - “com 
a falta de alguns dos requisitos mínimos para uma vida decente” 
guardam entre si uma relação de:
a) causa e consequência;
b) meio e fim;
c) concessão e restrição;
d) dúvida e explicação;
e) hipótese e conclusão.
12. “Apesar da urgência da organização...”; nesse segmento 
do texto, a locução “apesar de” pode ser perfeitamente substituída 
por:
a) não obstante;
b) entretanto;
c) visto que;
d) já que;
e) após.
Respostas
01.D
02.C
03.B
04.D
05.E
06.B
07.A
08.D
09.A
10.B
11.A
12.A
Leia o texto para responder às próximas 3 questões.
Sobre os perigos da leitura
Nos tempos em que eu era professor da Unicamp, fui desig-
nado presidente da comissão encarregada da seleção dos candi-
datos ao doutoramento, o que é um sofrimento. Dizer esse entra, 
esse não entra é uma responsabilidade dolorida da qual não se 
sai sem sentimentos de culpa. Como, em 20 minutos de conversa, 
decidir sobre a vida de uma pessoa amedrontada? Mas não havia 
alternativas. Essa era a regra. Os candidatos amontoavam-se no 
corredor recordando o que haviam lido da imensa lista de livros 
cuja leitura era exigida. Aí tive uma ideia que julguei brilhante. 
Combinei com os meus colegas que faríamos a todos os candi-
datos uma única pergunta, a mesma pergunta. Assim, quando o 
candidato entrava trêmulo e se esforçando por parecer confiante, 
eu lhe fazia a pergunta, a mais deliciosa de todas: “Fale-nos sobre 
aquilo que você gostaria de falar!”. [...] 
A reação dos candidatos, no entanto, não foi a esperada. 
Aconteceu o oposto: pânico. Foi como se esse campo, aquilo sobre 
o que eles gostariam de falar, lhes fosse totalmente desconheci-
do, um vazio imenso. Papaguear os pensamentos dos outros, tudo 
bem. Para isso, eles haviam sido treinados durante toda a sua 
carreira escolar, a partir da infância. Mas falar sobre os próprios 
pensamentos – ah, isso não lhes tinha sido ensinado! 
Na verdade, nunca lhes havia passado pela cabeça que al-
guém pudesse se interessar por aquilo que estavam pensando. 
Nunca lhes havia passado pela cabeça que os seus pensamentos 
pudessem ser importantes.
(Rubem Alves, www.cuidardoser.com.br. Adaptado)
Didatismo e Conhecimento 13
LÍNGUA PORTUGUESA
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 1 - A palavra “a”, em – ...no en-
tanto, não foi a esperada. (3.º parágrafo), refere-se a
(A) candidatos.
(B) pergunta.
(C) reação.
(D) falar.
(E) gostaria.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 2 - A expressão “um vazio imen-
so” (3.º parágrafo) refere-se a
(A) candidatos.
(B) pânico.
(C) eles.
(D) reação.
(E) esse campo.
(TJ/SP – 2010 – VUNESP) 3 - As palavras que, no 3.º pará-
grafo, retomam o termo “os candidatos”, são:
(A) eles, outros, próprios.
(B) eles, isso, próprios.
(C) aquilo, eles, seus.
(D) eles, lhes, sua.
(E) aquilo, isso, próprios.
Respostas
1) C 
2) E 
3) D
SEMÂNTICA: SINÔNIMOS,
 ANTÔNIMOS, POLISSEMIA. 
- Sinônimos
São palavras de sentido igual ou aproximado: alfabeto - abe-
cedário; brado, grito - clamor; extinguir, apagar - abolir.
Observação: A contribuição greco-latina é responsável pela 
existência de numerosos pares de sinônimos: adversário e antago-
nista; translúcido e diáfano; semicírculo e hemiciclo; contravene-
no e antídoto; moral e ética; colóquio e diálogo; transformação e 
metamorfose; oposição e antítese. 
- Antônimos
São palavras de significação oposta: ordem - anarquia; sober-
ba - humildade; louvar - censurar; mal - bem.
Observação: A antonímia pode originar-se de um prefixo de 
sentido oposto ou negativo: bendizer e maldizer; simpático e anti-
pático; progredir e regredir; concórdia e discórdia; ativo e inativo; 
esperar e desesperar; comunista e anticomunista; simétrico