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1AULA PROJ. LUMINOTECNICO 15 05 2018

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UNEMAT – UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO 
FAU – FACULDADE DE ARQUITETURA E URBANISMO
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Disciplina: CONFORTO 2 - PROJETO LUMINOTÉCNICO
Etapa: 5º - Turno: VESPERTINO - 1º SEMESTRE DE 2018 
Professor: CLEBER DE QUEIRÓZ MARTINS.
07 / 11 / 2017 - 1ª AULA - 2º BIMESTRE
1. APRESENTAÇÃO:
“ Luminotécnica (ou também Luminotecnia) é o estudo da aplicação de iluminação artificial tanto em espaços interiores como exteriores.”
Quando se planeja a iluminação de ambientes internos, devemos levar em consideração também a interferência da luz natural sobre o ambiente e sua iluminação artificial.
2. FUNÇÃO:
Estudar as características físicas da luz artificial, unidade de medida de iluminação, iluminação natural e artificial, tipos de lâmpadas e luminárias, índices de iluminação (NBR). 
3. Justificativa da disciplina:
Mostrar que um projeto luminotécnico não é linear e previsível em que Normas e Regras se adaptam perfeitamente, mas adequar a luz à forma e à função do espaço, propiciando bem-estar físico e emocional a quem nele atua.
4. ObjetivoS da disciplina:
Elucidar o aluno e futuro profissional as principais questões práticas relativas à iluminação artificial aplicadas ao projeto, tanto de interiores quanto de fachadas, por meio de uma visão global das variáveis que formam esse contexto.
Conhecer os aspectos da luz, natural e artificial, suas grandezas fotométricas e as exigências humanas e funcionais relacionadas à luz.
Saber determinar parâmetros de qualidade e quantidade de iluminação nos ambientes.
Conhecer características das lâmpadas e luminárias.
Desenvolver projeto de iluminação artificial.
5. PROPOSTA METODOLÓGICA:
Pesquisas em salas de aula e extra-classe individuais e em grupo.
Aulas expositivas.
Apresentação de trabalhos.
Desenvolvimento de um projeto luminotécnico.
Visita técnica.
6. PROPOSTA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO E APRENDIZAGEM
Participação em sala de aula.
Avaliação contínua por meio de exercícios elaborados no decorrer das aulas.
Trabalhos práticos individuais e grupais.
Prova teórica.
7. NORMAS DE CONDUTA EM SALA-DE-AULA
Horário das aulas: das 13:30h as 17:30h, com intervalo de 15 minutos.
Evitar fazer o uso de celular em sala, devendo ser usado apenas em situações de urgência. 
8. FONTES DE ESTUDO E PESQUISA
8.1. REFERÊNCIAS BÁSICAS:
Vianna, Nelson Solano e Gonçalves, Joana Carla Soares – Iluminação e Arquitetura – Virtus s/c Ltda. S. Paulo – 2001.
SILVA, Mauri Luiz da. Luz, lâmpadas e Iluminação. Rio de Janeiro; Editora Ciência Moderna Ltda., 2004.
Philips Lighting Division. Manual de Iluminação. 3ª ed; Eindhoven Holanda – 1981. 
OSRAM. Manual Luminotécnico Prático. 
COSTA, Gilberto José Corrêa. Iluminação Econômica: Cálculo e Avaliação. Ed. EDIPUCRS.2006.
8.2. REFERÊNCIAS COMPLEMENTARES:
GURGEL, Miriam. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas residenciais, 3ª. Ed. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.
GURGEL, Miriam. Projetando espaços: guia de arquitetura de interiores para áreas comerciais. – São Paulo: Editora Senac São Paulo, 2005.
MANCUSO, Clarice. Arquitetura de Interiores e Decoração: A arte de viver bem. , C. 3ª ed., Editora: SULINA. Porto Alegre, 2000. ISBN 85-205-0212-1.
ABNT, Associação Brasileira de Normas Técnicas. Símbolos gráficos para Instalações elétricas prediais: simbologia-NBR5444. Rio de Janeiro : ABNT, 1989.
8.3. PERIÓDICOS:
WWW.philips.com.br 
WWW.puntoluce.com.br
WWW.reluz.biz
WWW.lumearquitetura.com.br
CONTEÚDO TEÓRICO DA 1ª AULA
1. DEFINIÇÕES: 
1.1. LUZ: Radiação eletromagnética capaz de produzir uma sensação visual
1.2. SENSIBILIDADE VISUAL: 
Varia de acordo com o comprimento de onda
Varia de acordo com a luminosidade
1.3. TEMPERATURA DE COR:
É a grandeza que define a cor da luz emitida.
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1.4. LUZ e CORES:
O objeto não possui cor definida;
A aparência é resultado da iluminação incidente;
GRANDEZAS FOTOMÉTRICAS
1.5. FLUXO RADIANTE:
Quantidade de energia transportada por uma radiação
Watt-hora [Wh], quilowatt-hora [kWh], Joule [J]
1.6. FLUXO LUMINOSO:
Grandeza característica de um fluxo energético, exprimindo sua aptidão de produzir uma sensação luminosa no ser humano através do estímulo da retina ocular, avaliada segundo os valores da eficácia luminosa relativa, admitidos pela Comissão Internacional C.I.E.”.
Radiação total da fonte luminosa entre os limites de comprimento de onda de 380 a 780nm
1.7. ILUMINÂNCIA:
A Iluminância pode ser medida através de aparelhos especiais:
1.8. LUMINÂNCIA:
1.9. NÍVEIS DE ILUMINAÇÃO:
 
	Os níveis variam de acordo com o tipo de atividades que são realizadas no ambiente. Também devem ser consideradas as idades dos usuários, pois a percepção visual muda de acordo com a idade do usuário.
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PEQUENO GLOSSÁRIO UTILIZADO EM LUMINOTÉCNICA:
ABAJUR: Em francês abat-jour. Peça decorativa de iluminação difusa que se compõe de uma base, uma haste e um anteparo fixado no topo. Seu anteparo utiliza materiais diversos, como: papel cartão; tecido; vidro fosco; porcelana, entre outros. Estes revestimentos podem usar cores para realçar tons de luz quentes ou frias no ambiente. 
ABSORÇÃO DE ENERGIA: Transformação de energia radiante luminosa numa forma de energia térmica por interação com alguma matéria. Este conceito serve para se adequar melhor materiais e cores nas instalações. Quanto aos materiais, existe uma diversidade deles com características de absorção diferentes. Mas com relação à cor existe uma relação direta que estabelece que quanto mais escura mais absorva luz e reflita menos ao ambiente e vice-versa. 
ACOMODAÇÃO VISUAL: Característica do olho humano de se acomodar para obtenção de uma melhor acuidade visual em diferentes distâncias dos objetos focados. 
ACUIDADE VISUAL: Em termos simples é a clareza de visão dos detalhes. 
ALETA: Em francês a expressão usada é Louvre. Pequena ala, aba ou grelha. Disposta geometricamente em série de modo a impedir a visão direta das lâmpadas, segundo uma faixa de ângulos. Serve como recurso anti-ofuscante, e elemento de contribuição da distribuição do fluxo luminoso junto com o refletor em luminárias mais modernas. 
APARÊNCIA DA LUZ: A cor aparente da luz emitida determina a tonalidade observada quando se olha diretamente para a fonte de luz. O olho humano percebe os tons de cores de luz avermelhadas (cores quentes), e azuladas (cores frias), ou intermediárias. A indicação científica é a Temperatura de Cor e Temperatura de Cor Correlata (TCC) ou cromaticidade, medida em graus kelvins (K). À medida que os valores em Kelvins aumentam, a cor da luz perde em tons vermelhos e ganha em tons azuis e vice-versa. Lâmpadas acima de 4.000 K são consideradas de luz fria, entre 3.000 K e 4000 K, têm tonalidade de cor moderada, e de 3.000 K para baixo são descritas como luz quente. 
ARANDELA: Luminária fixada em paredes, possuindo uma variedade de modelos para usos internos abrigados e externos ao tempo. Sua construção deve evitar o ofuscamento e privilegiar a luz difusa. Sua altura de instalação também deve ser observada em no mínimo 1,80 m, aproximadamente, para que as pessoas que transitam pelo ambiente não visualizem a fonte de luz da peça.
BASE DA LÂMPADA: Parte da lâmpada onde é realizada a conexão com o sistema elétrico, constituída de material condutor. Entre as lâmpadas mais usuais, são os bocais de rosca E-27 ou E-40, as extremidades cerâmicas (R7S) de lâmpadas halógenas palito e vapor metálico de 70 e 150W, e os pinos de lâmpadas fluorescentes.
BULBO DE UMA LÂMPADA: Invólucro selado na base, transparente ou leitoso, que envolve o filamento ou o tubo de descarga de uma lâmpada. Possui função protetora de um modo geral, e nas lâmpadas de descarga leitosas, o revestimento interno de fósforo proporciona luminosidade e/ou correção de cor. 
CONFORTO VISUAL: Grau de satisfação visual produzido pelo ambiente iluminado. Propõe reduzir ofuscamentos visuais, equilibrar a iluminância e ampliar a reprodução de cores, permitindo que o olho tenha uma perfeita dimensão dos espaços do ambiente, volume das formas, texturas dos materiais e fidelidade de cores. 
COR OBJETO: É a cor refletida ou transmitida por um objeto quando iluminado por uma fonte de luz padrão. 
COR PERCEBIDA: É o resultado da interação de muitos fatores complexos, como as características do objeto observado ou fonte luminosa; a luz incidente no objeto; o meio ambiente; o eixo da visão e a adaptação do observador. 
DÍMER: Dispositivo que possibilita variar o fluxo luminoso das lâmpadas numa instalação, a fim de ajustar a iluminância. Observar que é um recurso utilizado normalmente apenas em lâmpadas incandescentes em geral. Para uso em lâmpadas de descarga, necessita de reatores eletrônicos de tecnologia específica, associada a um potenciômetro também próprio para este fim. Obs.: Os dímeres que trabalham apenas com resistores de potência, não economizam energia, pois apenas contrabalançam a potência entre a lâmpada e o resistor.
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA ou EFICIÊNCIA LUMINOSA: Genericamente é uma relação entre duas grandezas, que quando comparadas fornecem valores de desempenho distintos. Em iluminação é a relação entre o fluxo luminoso e a potência consumida (lm/W): quanto maior o valor encontrado nesta divisão mais eficiente é a fonte estudada, pois consome menos watts e produz mais lumens. Instalações sem a preocupação da eficiência energética, geram maior calor no ambiente e maior custo com ar-condicionado e com a conta de energia elétrica.
ESPETO DE JARDIM: Conjunto que agrega um corpo com vedação de borracha para acomodação de uma lâmpada, e um espeto de fixação na terra com pequena extensão de cabo para instalação elétrica. Esta peça foi criada para aproveitar o potencial de iluminação de destaque das lâmpadas do tipo PAR20 e PAR38 refletoras, que possuem vidros prensados de boa resistência a choques mecânicos e térmicos.
LUZ: Atributo indispensável e comum a todas as percepções e sensações, que são peculiares e necessárias ao sistema visual como: formas, dimensões, profundidade e cores. O termo "luz" também é utilizado para definir uma fonte de emissão da mesma. 
NÍVEL DE ILUMINÂNCIA: Indica a quantidade de luz por unidade de área de superfície em um ponto particular da área em questão. Pode ser medido com um luxímetro. 
OBJETIVOS DA ILUMINAÇÃO ARTIFICIAL: Proporcionar boas condições de incidência de luminosidade na deficiência ou ausência de luz natural. Permitir identificação das dimensões físicas dos espaços; suas formas; contornos; volumes; cores e contrastes, mantendo o conforto visual dos usuários, com níveis de consumo de energia equilibrados, sem acúmulo de calor no ambiente.
OBSTÁCULO VISUAL: Elemento que impede um contato visual direto. No momento de definir pontos de instalação de luminárias e lâmpadas, atentar sempre para as circunvizinhanças para detectar possíveis obstáculos à luz. O obstáculo visual pode ser necessário em casos em que a luz incidente esteja causando ofuscamento, como em outdoors e luminosos comerciais próximos de edificações, ou quando atinja o campo visual de motoristas em vias públicas. 
OFUSCAMENTO: Condição de visão na qual há desconforto ou redução da capacidade de distinguir detalhes ou objetos, devido a uma distribuição desfavorável das luminâncias com brilhos intensos ou em contrastes excessivos. O ofuscamento pode ser direto, através de luz direcionada diretamente ao campo visual. Ou ainda, de forma reflexiva, por intermédio de superfícies claras, transparentes ou brilhosas. 
PÉ DIREITO: Distância nominal entre o piso e o teto em um ambiente qualquer. É muito importante atentar, em qualquer projeto de iluminação, as características do pé direito, para se determinar o tipo de luminária e lâmpada mais adequada à área estudada. 
PÉ DIREITO ÚTIL: Para fins de dimensionamentos reais de uma ambiente para cálculos luminotécnicos, devemos abater do pé direito a distância do plano de trabalho ao piso e das luminárias e lâmpadas do teto, quando o sistema for pendente. Com isto teremos a distância real entre a fonte de luz e o plano de trabalho. 
PENDENTE: Qualquer tipo de luminária sustentada por cabo(s) e que se destina a reduzir a distância da fonte de luz em locais onde o pé direito é elevado, ou ainda para ampliar a iluminância num plano de trabalho para realização de uma tarefa específica. 
PLAFON: Luminária fixada no teto, sem cabos ou estrutura pendente aparente, para iluminação difusa e de conteúdo prioritariamente decorativo. 
PLANO DE TRABALHO: Para se tomar medidas de iluminância e adequá-las às normas da ABNT, temos que considerar a superfície usual de trabalho. Entendendo como trabalho qualquer atividade exercida em mesas, bancadas, balcões, esteiras rolantes de fábricas, pranchetas e quaisquer elementos que forneçam suporte para manuseios diversos, digitação ou escrita, e permitam a acomodação de uma pessoa sentada ou em pé à sua volta. A medida padrão para plano de trabalho é de 0,80 m. 
REFLEXÃO: Retorno de radiação por uma superfície sem modificação da freqüência dos seus componentes monocromáticos. 
REPRODUÇÃO DE CORES: A cor de um objeto é determinada pela reflexão de parte do espectro de luz que incide sobre o mesmo. Isto significa que uma boa reprodução de cores está diretamente ligada à qualidade da luz incidente. O referencial tomado é a luz solar. 
RETROFIT: Processo de substituição de um sistema de iluminação por um outro alternativo mais eficiente. Pode incorporar a troca de luminárias, reatores e lâmpadas que vão compor um novo projeto luminotécnico. Além de agregar maior eficiência energética, outros itens são contemplados, tais como: nível de iluminância adequado, atendendo as normas da ABNT; menor carga térmica no ambiente, aliviando também o consumo do ar condicionado; melhor reprodução de cores do ambiente; menor nível de ofuscamento e maior conforto visual; menor nível de ruído e cintilação do conjunto, devido o uso de reatores eletrônicos. A escala de economia é variável, mas atinge valores da ordem de 60%, mesmo substituindo lâmpadas fluorescentes por outras também fluorescentes, porém de tecnologia mais avançada e até 87% em se tratando de troca de incandescentes.
SPOT: Luminárias de luz focalizada direcional. Utiliza fixação direta em laje, ou mesmo em forros, ou também em trilhos e cordoalhas energizadas.
STARTER: Dispositivo de acendimento conjugado com reator eletromagnético de partida convencional, para algumas lâmpadas fluorescentes, que assegura o preaquecimento necessário dos eletrodos e que, em combinação com a impedância série do reator, provoca um surto na tensão para dar partida nas lâmpadas. 
TEMPERATURA DE COR: É a grandeza que expressa a aparência de cor de uma fonte de luz. A escala das temperaturas de cor segue a ordem crescente de "luz quente" para "luz fria". Não confundir com temperatura térmica, sensação de calor e frio e nem com IRC (Índice de Reprodução de Cores). Unidade de medida Kelvin. 
VIDA ÚTIL DE UMA LÂMPADA: É a média de horas que um dado número de lâmpadas ensaiadas atingem a depreciação de 75% de seu fluxo luminoso, podendo comprometer a acuidade visual das pessoas. Apesar da maioria das lâmpadas continuarem acesas após atingir este valor, é recomendável providenciar a troca por novas lâmpadas. 
WALL WASHING: Técnica que consiste em fixar pontos de luz dirigida com spot ou embutidos no teto; ou luminárias de chão embutidas; ou ainda projetores de pequeno porte, todos fixados em pontos eqüidistantes
que focalizam uma extensão de parede causando nesta o efeito de um "banho de luz". Este efeito permite destacar as texturas das paredes promovendo ainda uma iluminação indireta para sinalizar caminhos e valorizar a arquitetura.

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