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DIREITOEMPRESARIALUNIDADEII05OBRIGAOESDOEMPRESRIO_20150407160819

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UNIDADE II
Fundamentos da Atividade Empresarial:
Regime Jurídico da Livre Iniciativa
Empresa
Empresário
Livros Comerciais
Estabelecimento Empresarial
Nome Empresarial
Propriedade Industrial
Regularidade na Atuação Empresarial (continuação aula passada)
Algumas obrigações são impostas aos empresários para que fique em situação de regularidade. 
Todos os empresários estão sujeitos a obrigações comuns: tanto empresário, pessoa física (individual), como sociedade (pessoa jurídica) .
OBRIGAÇÕES DO EMPRESÁRIO:
Podemos vislumbrar três obrigações principais:
Registro-Inscrição e averbações: Registrar-se no Registro de Empresa (Junta Comercial) antes de iniciar suas atividades (CC, art. 967); arquivar atos constitutivos na Junta Comercial (órgão do registro das empresas mercantis);
Escrituração dos livros comerciais: escriturar regularmente os livros comerciais obrigatórios, além dos facultativos que porventura optem por utilizar;
Levantamento de balanços periódicos: levantar balanço patrimonial periodicamente, entendendo-se como obrigatório o levantamento, no mínimo, anual. (CC, art. 1.179).
(Magistratura/PR-2004)�: CF, em seu art. 170, § único dispõe: “É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei”. Em face dessa disposição constitucional e do CC vigente, é obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público das Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
(Magistratura/PR-2005)�: Nos termos da legislação aplicável, os empresários em geral estão sujeitos a cumprir 3 obrigações básicas: (i) registra-se no Registro da Empresa; (ii) escriturar regularmente seus livros obrigatórios e (iii) levantar balanço anualmente.
O descumprimento dessas obrigações não implica na desconfiguração da figura de empresário. Como regra, ser empresário é situação de fato. Haverá imposição de outro tipo de sanção, mas dentre elas não estão a descaracterização de empresário.
Obrigação de Inscrição do Empresário no Registro Público de Empresas Mercantis, Antes do Início de sua Atividade (Art. 967 do CC). (continuação aula passada)
A teor do que dispõe o artigo 967, do Código Civil, a inscrição do empresário é obrigatória, e o requerimento para que se dê tal inscrição necessita obedecer aos requisitos previstos no artigo 968 do Código Civil.
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha: (...) (RECOMENDA LEITURA)
O registro de empresas mercantis é normatizado pelo Sistema Nacional dos Registros c/as Empresas Mercantis (SINREM) ligado ao Ministério da Indústria, do Comércio e do Turismo, é composto de um órgão central, que orienta a atuação de outros dois órgãos de operação: 
Departamento de Registro de Empresa e Integração (DREI) Decreto 8.001/2013 ( porém ainda vem sendo utilizado por alguns doutrinadores como DNRC - Departamento Nacional do Registro do Comércio, autarquia federal de regime especial SEM função executiva, isto é, ele não realiza qualquer ato de registro de empresa, Compete-lhe fixar diretrizes gerais para prática de atos registrários, pelas Juntas Comerciais, acompanhado a sua aplicação e corrigindo distorções.
Juntas Comerciais: são órgãos da Administração estadual responsável pela execução do registro da empresa, além de outras atribuições legalmente estabelecidas. 
Funções + importantes: 
a) assentamento dos usos e práticas comerciais;
b) habilitação e nomeação de tradutores públicos e intérpretes comerciais;
c) expedição da carteira de exercício profissional de empresário e demais pessoas legalmente inscritas no registro de empresa.
Junta Comercial é um órgão estadual, cada Estado tem sua própria Junta, e cada Junta tem competência dentro de seu estado. Então em qual Junta Comercial o empresário deve fazer seu registro? 
O empresário deve se registrar na Junta do Estado em que explora a sua atividade. 
Ex. empresa em Salvador, registra na Junta da Bahia. 
Para fins de registro na Junta, o local é o do estabelecimento.
Ex. O estabelecimento em SP e 100% de sua produção é vendida para o RJ – para fins de registro o empresário deve se registrar na Junta do estado onde ele tem o estabelecimento. Se abrir uma filial no RJ, registro na Junta do RJ. Se abrir uma filial em MG, registra na Junta de MG. Em todo lugar que haja um estabelecimento, deve registra na Junta de cada lugar em que há um estabelecimento, filial. E cada vez que registra em uma filial, deve anotar no registro oficial, ex. registrou em RJ, MG, etc, deve anotar no registro de SP.
 (Art. 969. Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.) IMPORTANTE – JÁ CAIU EM PROVA!
 
 Registro, Inscrição:
 Da Caracterização e da Inscrição
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços.
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão constituir elemento de empresa.
Art. 967. É obrigatória a inscrição do empresário no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, antes do início de sua atividade.
Art. 968. A inscrição do empresário far-se-á mediante requerimento que contenha:
I - o seu nome, nacionalidade, domicílio, estado civil e, se casado, o regime de bens;
II - a firma, com a respectiva assinatura autógrafa;
III - o capital;
(Magistratura e MPE/SP – Prova oral): Quais são as 3 funções básicas do capital social? O capital social é a soma representativa das contribuições dos sócios, podendo ser constituído em dinheiro ou bens. É o capital, com que se organiza a sociedade simples ou empresária para atender aos seus objetivos econômicos, representado pelas quotas com que os sócios se obrigam a contribuir para a sua constituição. O capital social: 1) constitui o patrimônio inicial da sociedade comercial; 2) fixa a participação societária de da cada sócio; e 3) estabelece os limites de responsabilidade dos sócios.
IV - o objeto e a sede da empresa.
§ 1o Com as indicações estabelecidas neste artigo, a inscrição será tomada por termo no livro próprio do Registro Público de Empresas Mercantis, e obedecerá a número de ordem contínuo para todos os empresários inscritos.
§ 2o À margem da inscrição, e com as mesmas formalidades, serão averbadas quaisquer modificações nela ocorrentes.
§ 3o Caso venha a admitir sócios, o empresário individual poderá solicitar ao Registro Público de Empresas Mercantis a transformação de seu registro de empresário para registro de sociedade empresária, observado, no que couber, o disposto nos arts. 1.113 a 1.115 deste Código. (Incluído pela Lei Complementar nº 128, de 2008)
Art. 969. O empresário que instituir sucursal, filial ou agência, em lugar sujeito à jurisdição de outro Registro Público de Empresas Mercantis, neste deverá também inscrevê-la, com a prova da inscrição originária.
Parágrafo único. Em qualquer caso, a constituição do estabelecimento secundário deverá ser averbada no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede.
Art. 970. A lei assegurará tratamento favorecido, diferenciado e simplificado ao empresário rural e ao pequeno empresário, quanto à inscrição e aos efeitos daí decorrentes.
Observação 1: Quais as consequências da ausência do registro?
Não pode pedir falência de outrem;
Não pode pleitear recuperação judicial;
Não pode participar de licitação;
Não vai obter CND – certidãonegativa de débito.
Observação 2: EMPRESÁRIO RURAL (importante – caí na prova) ARTIGO 971, CC/2002: 
Para o empresário comum o registro é obrigatório, mas para a atividade rural o registro é facultativo, UMA VEZ INSCRITO EQUIPARA-SE, PARA TODOS OS EFEITOS, AO EMPRESÁRIO SUJEITO A REGISTRO. 
Art. 971. O empresário, cuja atividade rural constitua sua principal profissão, pode, observadas as formalidades de que tratam o art. 968 e seus parágrafos, requerer inscrição no Registro Público de Empresas Mercantis da respectiva sede, caso em que, depois de inscrito, ficará equiparado, para todos os efeitos, ao empresário sujeito a registro.
Observação 3: Qual a natureza jurídica do registro do empresário? (tipo de questão que cai em prova objetiva e subjetiva).
Para o empresário comum é mera condição de regularidade e não de sua caracterização (Enunciado 199 do CNJF), pois de acordo com o artigo 966 do Código Civil de 2002, considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Para o empresário rural o registro tem natureza constitutiva, pois ele só será empresário se fizer o registro.
Enunciado 198 Do Conselho Nacional da Justiça Federal – Jornada de Direito Civil: Art. 967: A inscrição do empresário na Junta Comercial não é requisito para a sua caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal providência. O empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às normas do Código Civil e da legislação comercial, salvo naquilo em que forem incompatíveis com a sua condição ou diante de expressa disposição em contrário. 
Enunciado 199 Do Conselho Nacional da Justiça Federal – Jornada de Direito Civil: Art. 967: A inscrição do empresário ou sociedade empresária é requisito delineador de sua regularidade, e não de sua caracterização. 
Enunciado 202 Do Conselho Nacional da Justiça Federal – Jornada de Direito Civil: Arts. 971 e 984: O registro do empresário ou sociedade rural na Junta Comercial é facultativo e de natureza constitutiva, sujeitando-o ao regime jurídico empresarial. É inaplicável esse regime ao empresário ou sociedade rural que não exercer tal opção.
Obrigação do empresário de Escriturar Regularmente os Livros Comerciais.
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
§ 1o Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados.
§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.
A ESCRITURAÇÃO É FEITA NOS LIVROS COMERCIAIS, são documentos contábeis formais estabelecidos na legislação. A escrituração dos livros empresariais fica a cargo, em regra, de contabilista legalmente habilitado, salvo se na localidade não houver um (art. 1.182). O livro empresarial é classificado em obrigatório ou facultativo. 
Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade. 
O livro empresarial (seja obrigatório ou facultativo), para produzir os efeitos jurídicos que a lei lhe atribui, deve atender a requisitos de duas ordens: os requisitos intrínsecos e os extrínsecos (somente é considerada regular a escrituração do livro que observe ambos os requisitos). O livro irregularmente escriturado equivale a um não livro. 
Requisitos do livro empresarial:
Requisitos intrínsecos - são os requisitos pertinentes à técnica contábil, estudada pela contabilidade. 
Estão previstos no art. 1.183, segundo o qual: a escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contável, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens. 
Vale dizer que em livro separado próprio, o empresário poderá assentar os códigos numéricos ou abreviaturas utilizadas em sua escrituração. Para os livros se apresentarem intrinsecamente regulares, a correção de eventuais erros só pode ser feita por meio de estornos.
Requisitos extrínsecos - são os requisitos relacionados com a segurança dos livros empresariais (trata-se da autenticação). 
Nos termos do art. 1.181, caput, salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e. se for o caso, as fichas, antes de posto em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.
CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS:
Temos os livros obrigatórios e os livros facultativos. 
Os livros empresariais (que são uma parte dos livros do empresário), que podem ser obrigatórios (são aqueles cuja escrituração é imposta ao empresário, e sua ausência traz sanções) ou facultativos (são os livros que o empresário pode escriturar com vistas a um melhor controle sobre seus negócios, como o livro caixa e o conta corrente).
O livro facultativo: não tem classificação, o empresário não está obrigado a escriturar: Exemplo: Livro conta corrente, livro razão, livro estoque,. Não tem determinação legal para escrituração desses livros, apenas são usados para auxiliar o empresário, são chamados de livros do empresário (que auxiliam o empresário), se o empresário deixar de escriturar não terá nenhum problema, não existe determinação legal obrigando a escrituração.
O livro obrigatório: está subdividido em: 
a) livro obrigatório comum (Obs. Importante – cai em prova);
b) livro obrigatório especial (só para casos especiais não são para todos os empresários); são aqueles cuja escrituração é imposta a alguns empresários. E o caso, por exemplo, do livro de Registro de Duplicatas (somente é obrigado a
escriturá-lo o empresário que emite duplicatas), do livro de Entrada e Saída de
Mercadorias (deve ser escriturado pelo empresário que explora armazém-geral) e
do livro exigível das sociedades por ações (art. 100, da Lei n. 6.404/75).
Estudaremos os livros obrigatórios Comuns (IMPORTANTE):
Livros Obrigatórios Comuns: sua escrituração é obrigatória a todos os empresários, independentemente da natureza da atividade econômica que exploram, ou do tipo de sociedade que adotam, sendo que em sua ausência haverá sanção. Existe somente um livro obrigatório comum, que é o livro diário (art. 1.180, do CC), que reflete todas as movimentações do empresário feitas durante o dia.
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que pode ser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
Observação: Houve a permissão da escrituração eletrônica.
Qual é o livro obrigatório comum a todo empresário? 
Resposta: De acordo com o artigo 1.180 do Código Civil é o livro diário, todos empresário tem que ter livro diário. O livro diário pode ser substituído por fichas em caso de escrituração mecanizada ou eletrônica. 
Qual o princípio que norteia a escrituração dos livros comerciais?
O “princípio do sigilo” (sigilosidade) que está no artigo 1.190 do Código Civil:
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
Os livros comerciais gozam, em tese da proteção do princípio do sigilo, nos termos do art. 1.190.
O livro traz informações da atividade empresarial, quem é o fornecedor, quanto é pago por um produto, por quanto vende um produto, que se vazarem pode trazer uma concorrência desleal.
EXCEÇÕES AO PRINCÍPIO DO SIGILO DO LIVRO COMERCIAL: Exibição dos livros comerciais.Exibição Integral/total: só pode em quatro situações pode o juiz poderá autorizar a exibição integral dos livros, ou seja, nos casos do artigo 1.191 do Código Civil (IMPORTANTE – CAI EM PROVA):
...quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, 
...de comunhão ou sociedade, 
...de administração ou gestão à conta de outrem, ou
4 - ...em caso de falência.
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.
Exibição Parcial: é possível em qualquer ação judicial, assegura o princípio do sigilo, pois faz por extração da suma que interessa ao juízo e restituição imediata do livro, podendo ser decretada de oficio, a requerimento das partes, em qualquer demanda judicial. 
Súmula 260 do STF: “o exame de livros comerciais, em ação judicial, fica limitado às transações entre os litigantes”.
Pergunta: O juiz pode ordenar a exibição integral/total em qualquer ação judicial?
Não, somente nos casos previstos no artigo 1.191 do Código Civil de 2002: O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência. Em qualquer ação judicial somente a exibição parcial em suma ao que interessa ao juízo.
Regra do artigo 1.193 do Código Civil: O princípio do sigilo não se aplica as autoridades fazendárias quando do exercício da fiscalização de impostos e previdenciária.
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais.
 O artigo 1.193 proíbe o sigilo do livro em relação a algumas autoridades administrativas: são os casos do artigo 195 do Código Tributário Nacional (autoridade fiscal) e 33, da Lei n. 8.212/91 (fiscalização da seguridade social). Somente estas duas autoridades têm acesso aos livros. Então, há autoridades administrativas que também possuem poder para determinar a exibição dos livros:
Art. 195 do CTN – prevê a inaplicabilidade de qualquer exclusão do direito de exame da escrituração do empresário pela autoridade fiscal;
Art. 33, § 1, da lei 8.212.91 – reconhece à Seguridade Social idêntica prerrogativa.
Súmula 439 do STF: ESTÃO SUJEITOS À FISCALIZAÇÃO TRIBUTÁRIA OU PREVIDENCIÁRIA QUAISQUER LIVROS COMERCIAIS, LIMITADO O EXAME AOS PONTOS OBJETO DA INVESTIGAÇÃO.
(Limitados os exame aos pontos que são objeto da investigação: visa evitar o abuso da na verificação dos livros) 
(AO/SP-117)�: Em uma disputa judicial entre sócios de uma mesma sociedade comercial contratual, a exibição dos livros comerciais: a) é vedada, em razão do sigilo comercial; b) é vedada, salvo se ambos os sócios exercerem a gerência; c) é permitida amplamente; d) é permitida, limitada à controvérsia entre os sócios.
IMPORTANTE EXCEÇÃO QUANTO A EXIGÊNCIA/OBRIGAÇÃO DE ESCRITURAÇÃO:
 QUESTÃO DO PEQUENO EMPRESÁRIO (ARTIGO 1.179, § 2.°, DO CÓDIGO CIVIL: dispensa a escrituração dos livros:
Quando se tratar de pequeno empresário, este pequeno empresário está dispensado da escrituração dos livros.
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
§ 1o Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados.
§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.
A questão do pequeno empresário é uma situação prevista na Lei Complementar 123/2006: Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis no 8.212 e 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943, da Lei no10.189, de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar no 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis no 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e 9.841, de 5 de outubro de 1999. 
O parágrafo segundo do artigo 1.179, falou em “pequeno empresário”, e para chegar no pequeno empresário precisamos falar de Microempresa, empresa de pequeno porte e pequeno empresário. O que nos interessa é o pequeno empresário.
Na LC 123/2006, temos no artigo 3.° a seguinte redação: 
Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: (...)”
Microempresa não é um tipo de sociedade é uma classificação ou para o empresário individual ou para a sociedade empresária para dar um tratamento tributário e fiscal distinto. 
Será microempresa quem auferir receita bruta anual de acordo com a LC 123/2006 - RECOMENDA LEITURA!
I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e
II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). 
Mas o artigo 1170 diz que está dispensado da escrituração “o pequeno empresário” .
(Art. 1179; § 2o: É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970) 
O artigo 68 da LC 123/2006 diz quem está dispensado da escrituração:
 Considera-se pequeno empresário, para efeito de aplicação do disposto nos arts. 970 e 1.179 da Lei nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), o empresário individual caracterizado como microempresa na forma desta Lei Complementar que aufira receita bruta anual até o limite previsto no § 1o do art. 18-A.
Art. 18-A.  O Microempreendedor Individual - MEI poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independentemente da receita bruta por ele auferida no mês, na forma prevista neste artigo.
§ 1o  Para os efeitos desta Lei Complementar, considera-se MEI o empresário individual a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), que tenha auferido receita bruta, no ano-calendário anterior, de até R$ 60.000,00 (sessenta mil reais), optante pelo Simples Nacional e que não esteja impedido de optar pela sistemática prevista neste artigo. 
Conclusão: Somente o empresário individual, caracterizado na Lei Complementar como microempresa é dispensado da escrituração.
Próxima aula:
- Sanções decorrentes da ausência de escrituração;
- Levantamento de balanços periódicos;
- Empresário Irregular;
_______________________________________________________________________
CAPÍTULOIV
Da Escrituração
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico.
§ 1o Salvo o disposto no art. 1.180, o número e a espécie de livros ficam a critério dos interessados.
§ 2o É dispensado das exigências deste artigo o pequeno empresário a que se refere o art. 970.
Art. 1.180. Além dos demais livros exigidos por lei, é indispensável o Diário, que podeser substituído por fichas no caso de escrituração mecanizada ou eletrônica.
Parágrafo único. A adoção de fichas não dispensa o uso de livro apropriado para o lançamento do balanço patrimonial e do de resultado econômico.
Art. 1.181. Salvo disposição especial de lei, os livros obrigatórios e, se for o caso, as fichas, antes de postos em uso, devem ser autenticados no Registro Público de Empresas Mercantis.
Parágrafo único. A autenticação não se fará sem que esteja inscrito o empresário, ou a sociedade empresária, que poderá fazer autenticar livros não obrigatórios.
Art. 1.182. Sem prejuízo do disposto no art. 1.174, a escrituração ficará sob a responsabilidade de contabilista legalmente habilitado, salvo se nenhum houver na localidade.
Art. 1.183. A escrituração será feita em idioma e moeda corrente nacionais e em forma contábil, por ordem cronológica de dia, mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borrões, rasuras, emendas ou transportes para as margens.
Parágrafo único. É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, que constem de livro próprio, regularmente autenticado.
Art. 1.184. No Diário serão lançadas, com individuação, clareza e caracterização do documento respectivo, dia a dia, por escrita direta ou reprodução, todas as operações relativas ao exercício da empresa.
§ 1o Admite-se a escrituração resumida do Diário, com totais que não excedam o período de trinta dias, relativamente a contas cujas operações sejam numerosas ou realizadas fora da sede do estabelecimento, desde que utilizados livros auxiliares regularmente autenticados, para registro individualizado, e conservados os documentos que permitam a sua perfeita verificação.
§ 2o Serão lançados no Diário o balanço patrimonial e o de resultado econômico, devendo ambos ser assinados por técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade empresária.
Art. 1.185. O empresário ou sociedade empresária que adotar o sistema de fichas de lançamentos poderá substituir o livro Diário pelo livro Balancetes Diários e Balanços, observadas as mesmas formalidades extrínsecas exigidas para aquele.
Art. 1.186. O livro Balancetes Diários e Balanços será escriturado de modo que registre:
I - a posição diária de cada uma das contas ou títulos contábeis, pelo respectivo saldo, em forma de balancetes diários;
II - o balanço patrimonial e o de resultado econômico, no encerramento do exercício.
Art. 1.187. Na coleta dos elementos para o inventário serão observados os critérios de avaliação a seguir determinados:
I - os bens destinados à exploração da atividade serão avaliados pelo custo de aquisição, devendo, na avaliação dos que se desgastam ou depreciam com o uso, pela ação do tempo ou outros fatores, atender-se à desvalorização respectiva, criando-se fundos de amortização para assegurar-lhes a substituição ou a conservação do valor;
II - os valores mobiliários, matéria-prima, bens destinados à alienação, ou que constituem produtos ou artigos da indústria ou comércio da empresa, podem ser estimados pelo custo de aquisição ou de fabricação, ou pelo preço corrente, sempre que este for inferior ao preço de custo, e quando o preço corrente ou venal estiver acima do valor do custo de aquisição, ou fabricação, e os bens forem avaliados pelo preço corrente, a diferença entre este e o preço de custo não será levada em conta para a distribuição de lucros, nem para as percentagens referentes a fundos de reserva;
III - o valor das ações e dos títulos de renda fixa pode ser determinado com base na respectiva cotação da Bolsa de Valores; os não cotados e as participações não acionárias serão considerados pelo seu valor de aquisição;
IV - os créditos serão considerados de conformidade com o presumível valor de realização, não se levando em conta os prescritos ou de difícil liqüidação, salvo se houver, quanto aos últimos, previsão equivalente.
Parágrafo único. Entre os valores do ativo podem figurar, desde que se preceda, anualmente, à sua amortização:
I - as despesas de instalação da sociedade, até o limite correspondente a dez por cento do capital social;
II - os juros pagos aos acionistas da sociedade anônima, no período antecedente ao início das operações sociais, à taxa não superior a doze por cento ao ano, fixada no estatuto;
III - a quantia efetivamente paga a título de aviamento de estabelecimento adquirido pelo empresário ou sociedade.
Art. 1.188. O balanço patrimonial deverá exprimir, com fidelidade e clareza, a situação real da empresa e, atendidas as peculiaridades desta, bem como as disposições das leis especiais, indicará, distintamente, o ativo e o passivo.
Parágrafo único. Lei especial disporá sobre as informações que acompanharão o balanço patrimonial, em caso de sociedades coligadas.
Art. 1.189. O balanço de resultado econômico, ou demonstração da conta de lucros e perdas, acompanhará o balanço patrimonial e dele constarão crédito e débito, na forma da lei especial.
Art. 1.190. Ressalvados os casos previstos em lei, nenhuma autoridade, juiz ou tribunal, sob qualquer pretexto, poderá fazer ou ordenar diligência para verificar se o empresário ou a sociedade empresária observam, ou não, em seus livros e fichas, as formalidades prescritas em lei.
Art. 1.191. O juiz só poderá autorizar a exibição integral dos livros e papéis de escrituração quando necessária para resolver questões relativas a sucessão, comunhão ou sociedade, administração ou gestão à conta de outrem, ou em caso de falência.
§ 1o O juiz ou tribunal que conhecer de medida cautelar ou de ação pode, a requerimento ou de ofício, ordenar que os livros de qualquer das partes, ou de ambas, sejam examinados na presença do empresário ou da sociedade empresária a que pertencerem, ou de pessoas por estes nomeadas, para deles se extrair o que interessar à questão.
§ 2o Achando-se os livros em outra jurisdição, nela se fará o exame, perante o respectivo juiz.
Art. 1.192. Recusada a apresentação dos livros, nos casos do artigo antecedente, serão apreendidos judicialmente e, no do seu § 1o, ter-se-á como verdadeiro o alegado pela parte contrária para se provar pelos livros.
Parágrafo único. A confissão resultante da recusa pode ser elidida por prova documental em contrário.
Art. 1.193. As restrições estabelecidas neste Capítulo ao exame da escrituração, em parte ou por inteiro, não se aplicam às autoridades fazendárias, no exercício da fiscalização do pagamento de impostos, nos termos estritos das respectivas leis especiais.
Art. 1.194. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a conservar em boa guarda toda a escrituração, correspondência e mais papéis concernentes à sua atividade, enquanto não ocorrer prescrição ou decadência no tocante aos atos neles consignados.
Art. 1.195. As disposições deste Capítulo aplicam-se às sucursais, filiais ou agências, no Brasil, do empresário ou sociedade com sede em país estrangeiro.
� Afirmativa correta.
� Afirmativa correta.
� Alternativa D.

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