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FICHAMENTO GOVERNANÇA

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
MBA EM LIDERANÇA E COACHING
Fichamento do Caso FRAUDE CONTÁBIL NA WORLDCOM
Nome do aluno: Daniela Gonzalez Villar Riedel
Trabalho da disciplina: GOVERNANÇA CORPORATIVA E EXCELÊNCIA EMPRESARIAL
 
 Tutor: Prof. Ricardo Silveira
Rio de Janeiro 
2018
Caso: FRAUDE CONTÁBIL NA WORLDCOM
REFERÊNCIA: KAPLAN, Robert S; KIRON, David; Fraude Contábil na WorldCom. Harvard Business School, 110 - P02,2007.
O CASO:
	O presente caso, foi baseado na história de fraude contábil ocorrida na Empresa WorldCom Group, originada no ano de 1995 com a fusão das empresas de telecomunicação LDDS e Advantage Companies, trata-se de um dos maiores escândalos financeiros dos EUA. Uma empresa com faturamento superior a $30 bilhões em ativos e 60.000 funcionários. 
	Em 21 de julho de 2002, a WorldCom solicitou a proteção contra falência conforme código Americano de falência. Entre 1999 e 2002, a WorldCom superestimara seu lucro antes dos impostos em pelo menos $7 bilhões, um deliberado erro de cálculo se tornou, naquela época, o maior da história. Em seguida a empresa deu baixa em cerca de $82 bilhões (mais de 75%) de seus ativos. O estoque da WorldCom, antes avaliado em $180 bilhões, tornou-se quase sem valor. Dezessete mil funcionários perderam seus empregos, a falência da empresa também prejudicou seus clientes de varejo, contratos governamentais afetando 80 milhões de beneficiários da Seguridade Social, ao controle de tráfego aéreo para Associação Federal de Aviação, ao gerenciamento de redes para Departamento de Defesa, Casas do congresso e por fim ao Escritório Geral de Contabilidade.
	A partir de 1996, a WorldCom inicia uma série de aquisições, MFS Comunications Company, UUNET (tornando- se uma grande fatia no setor da internet mundial) . Em 1997ganhou a aquisição Britsh Telephone, a GTE e a MCI. Em 1998 a WorldCom havia se tornado uma companhia de telecomunicação completa e fornecedora de diversos serviços de telecomunicação. Em seguida, no ano de 1999, uma recusa da Justiça dos EUA para a fusão, fez com que a WorldCom, não conseguisse a aquisição da Sprint, ficando em estratégia de crescimento.
	Até o momento, a WorldCom focou apenas nas aquisições, sem se preocupar com a integração das empresas, sem criar uma identidade corporativa. Cada empresa tinha a sua regra, cada setor estava em um local dos Estado dos EUA, não havia uma comunicação efetiva, nem mesmo interesse em que isso ocorresse, não havia uma auditoria interna responsável e com crédito, pois pela mesma respondia diretamente a Sullivan (CEO), desacreditada pelos empregados. O departamento de finanças, perde o controle, as informações dos sistemas de contabilidade tornam-se incompatíveis, já que eram herdados de mais de 60 companhias adquiridas.
	Nesse contexto, considerando como realidade que na empresa não tinha nenhuma auditoria e um modelo administrativo autoritário, o ambiente era baseado em interesses pessoais, enfraquecendo a possibilidade de crescimento da empresa. A empresa foi perdendo seu direcionamento institucional, levando ao enfraquecimento e sacrifício de seus investidores. O direcionamento começou a ficar completamente perdido e exposto a interesses individuais, possibilitando o surgimento de fraudes. 
	Com início da recessão econômica, no ano de 2000, a indústria começou a se deteriorar a demanda para serviços de telecomunicação foram reduzidos, o que preocupou a WorldCom, com relação a despesas X receitas, no primeiro trimestre de 2000, chegava aproximadamente 42%, embora todos estivessem empenhados para a melhoria. As operações comerciais continuaram em queda.
	Cynthia Cooper realizou uma auditoria interna e descobriu uma transferência nos custos da unidade de negócios Wirelles em pagamentos futuros previstos e para despesas com devedores duvidosos, com objetivo de aumentar os ganhos da empresa. Como Cooper era submetida ao CEO da WorldCom não pode ir a fundo na auditoria pois após a reunião do comitê Sullivan solicitou que Cooper ficasse longe da unidade de negócios wireless. Mas mesmo assim Cynthia Cooper continuou auditando a empresa sem a autorização de Sullivan.
	A empresa contou ainda com uma auditoria externa, realizada pelo Arthur Andersen, auditor independente, ele considerava seu cliente mais desejado a empresa WorldCom. Andersen teve seu pedido negado, para acessar o livro razão eletrônico e entre outros documentos. A WorldCom reteve informações, adulterou documentos e omitiu informações sobre matérias requisitados, mas Andersen avaliou a empresa como \u201caceitável (fair) no quesito de fornecimento de informações e nunca informou o comitê de auditoria sobre qualquer restrição que passou enquanto auditava a empresa. Ou seja, um exemplo de conduta que não poderia ocorrer e demonstrou que de fato a empresa precisava de uma auditoria séria, comprometida com os verdadeiros resultados.
	O Conselho de administração identificou que o conselho de auditoria não havia se dedicado como deveria e, portanto, os diretores e executivos decidiram que por falta de estratégia Ebbers deveria renunciar o cargo em 3 dias e assim o fez em abril de 2002.
	Em junho de 2002, o resultado de uma auditoria interna foi divulgada por Cyntia Cooper ao comitê de Auditoria em D.C, onde descobriu $3 bilhões em despesas questionáveis, e todos os envolvidos nos processos ilícitos foram ao tribunal por motivos de fraude de segurança, conspiração para cometer a fraude, apresentação de documentos falsos, obstruir informações a justiça. O escândalo foi importante para que os EUA se preocupasse com a criação de regas contáveis, evitando práticas fraudulentas e suas conseqüências para o mercado americano.
	No presente caso, foi possível constatar que os princípios da boa governança, não foram aplicados, quanto à importância da transparência, da prestação de contas e da responsabilidade corporativa no momento em que a WorldCom não expôs resultados negativos ou manipulou dados, deixou de lado as boas práticas.
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