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ECI 007 - Fundações Profa. Adinele Gomes Guimarães Capacidade de Carga de Estacas Transferência da carga da estaca para solo: Atrito ao longo do fuste Ponta da estaca Resistências de atrito maiores: Quando maior resistência do solo Quando cravadas (> tensão para mesmo solos) Carga de trabalho do concreto ≠ Capacidade de carga do sistema (solo/estaca) 2 Capacidade de Carga de Estacas A capacidade de carga QU: QU = QS + QP QS :máxima carga resistida por atrito QS = qS . AS qS : tensão limite de cisalhamento (resistência lateral) QS :máxima carga resistida pelo solo na ponta QP = qP . AP qP : tensão limite normal no nível da ponta (resistência de ponta) 3 MÉTODOS EMPÍRICOS 1) Aoki-Velloso (1975) qP = qc/F1 → qP = k.NP/F1 qS = fS/F2 , fS= α.qc (quando não tiver fS )→ qS = α.K.N/F2 qc= resistência de ponta do cone no ensaio CPT fS= atrito medido na luva de Begemann no ensaio CPT F1 e F2 = fatores que levam em conta as diferenças de escala do cone (modelo) e da estaca (protótipo) (Tabela 1) K = fator em função do tipo de solo (Tabela 2) α = fator que correlaciona o atrito lateral do cone com qc(Tabela 2) NP= N do SPT na ponta da estaca 4 Tabela 1: Fatores F1 e F2 (Aoki-Velloso, 1975) Fatores F1 e F2 atulizados (adaptado de Aoki-Velloso, 1975) 5 Tipo de estaca F1 F2 Franki 2,5 5,0 Prémoldada 1,75 3,5 Metálica 1,75 3,5 Escavada com lama 3,0 6,0 Tipo de estaca F1 F2 Franki 2,5 2 F1 Pré-moldada 1 + D/0,80 2 F1 Metálica 1,75 2 F1 Escavada 3,0 2 F1 Raiz, Hélice contínua e Ômega 2,0 2 F1 Tabela 2: Fatores K e α (Aoki-Velloso, 1975) 6 Tipo de solo Código K [kgf/cm2] K [MPa] α [%] Areia 100 10 1,00 1,4 Areia siltosa 120 8 0,80 2,0 Areia silto-argilosa 123 7 0,70 2,4 Areia argilosa 130 6 0,60 3,0 Areia argilo-siltosa 132 5 0,50 2,8 Silte 200 4 0,40 3,0 Silte arenoso 210 5,5 0,55 2,2 Silte areno-argiloso 213 4,5 0,45 2,8 Silte argiloso 230 2,3 0,23 3,4 Silte argilo-arenoso 231 2,5 0,25 3,0 Argila 300 2 0,20 6,0 Argila arenosa 310 3,5 0,35 2,4 Argila areno-siltosa 312 3 0,30 2,8 Argila siltosa 320 2,2 0,22 4,0 Argila silto-arenosa 321 3,3 0,33 3,0 MÉTODOS EMPÍRICOS 2) Décourt-Quaresma (1978, revisto em 82, 87 e 96) qP = k.NP qS = 10.[(N/3)+1] (em kPa) NP = média dos N do SPT na ponta da estaca, do N imediatamente acima e do imediatamente abaixo da ponta. N = média dos N do SPT do fuste, desconsiderando os N do NP . Não adotar valores inferiores a 3 e nem superiores a 15, e para estacas de deslocamento estender o limite superior para 50. K = em função do tipo de solo (Tabela 4). 7 Décourt introduziu os coeficientes α e β, Tabelas 5 e 6 respectivamente, no cálculo de capacidade de carga. Além disso, são propostos fatores de segurança diferenciados de 1,3 para parcela de atrito e 4 para parcela de ponta. Qadm = (β. qS . AS )/ 1,3 + (α. qP . AP )/ 4 e Qadm = QU/2 8 Tabela 4: Coeficientes K (Décourt-Quaresma, 1978) Tipo de solo K [kN/m2] Argila 120 Silte argiloso (solo residual) 200 Silte arenoso (solo residual) 250 Areia 400 9 Escavada em geral Escavada (bentonita) Hélice Contínua Raiz Injetada sob altas pressões Argilas 0,85 0,85 0,30 0,85* 1,0* Solos Intermediários 0,60 0,60 0,30 0,60* 1,0* Areias 0,50 0,50 0,30 0,50* 1,0* Tabela 5: Valores do coeficientes α (Décourt, 1996) Escavada em geral Escavada (bentonita) Hélice Contínua Raiz Injetada sob altas pressões Argilas 0,80 0,90 1,0* 1,5* 3,0* Solos Intermediários 0,65 0,75* 1,0* 1,5* 3,0* Areias 0,50 0,60 1,0* 1,5* 3,0* Tabela 6: Valores do coeficientes β (Décourt, 1996) * Valores apenas orientativos diante do reduzido número de dados disponíveis MÉTODOS EMPÍRICOS 3) Teixeira (1996) qP = α.NP qS = β.N NP = valor médio dos N do SPT no trecho de 4 diâmetros acima da ponta da estaca e 1 diâmetro abaixo da ponta da estaca. N = média dos N do SPT do fuste, exceto os N do NP . α e β = fatores em função do tipo de estaca e do tipo de solo, Tabelas 7 e 8, respectivamente. 10 11 Solo 4<N<40 Pré-moldadas e metálicas Franki Escavadas a céu aberto Raiz Areia com pedregulho 44 38 31 29 Areia 40 34 27 26 Areia siltosa 36 30 24 22 Areia argilosa 30 24 20 19 Silte arenoso 26 21 16 16 Silte argiloso 16 12 11 11 Argila arenosa 21 16 13 14 Argila siltosa 11 10 10 10 Tabela 7: Valores do coeficientes α (Teixeira, 1996) α em tf/m2 [tf/m2] x 10 = [kPa] 12 Tipo de Estaca β [tf/m2] Prémoldadas e metálicas 0,4 Franki 0,5 Escavadas a céu aberto 0,4 Raiz 0,6 Tabela 8: Valores do coeficientes β (Teixeira, 1996) A carga admissível da estaca deve ser QU/2, exceto para as estacas escavadas a céu aberto que deve ser (QS/1,5)+ (QP/2). Os valores de α e β segundo o autor não se aplicam em estacas pré-moldadas cravadas em argilas moles sensíveis, que apresentam geralmente N menor que 3. [tf/m2] x 10 = [kPa] MÉTODOS EMPÍRICOS 4) Brasfond Método específico para estacas tipo raiz qP = α.NP qS = 0,6.N (em tf/m2) NP = valor médio dos N do SPT na ponta da estaca, do N imediatamente acima e abaixo da ponta da estaca. Valores de N maiores do que 40 devem ser considerados iguais a 40. α = fator em função do tipo de solo (Tabela 9). 13 14 Solo α [tf/m2] Areia com pedregulho 26 Areia 20 Areia siltosa 16 Areia argilosa 13 Silte arenoso 12 Silte argiloso 10 Argila arenosa 11 Argila siltosa 9 Tabela 9: Valores do coeficientes α (Brasfond) MÉTODOS EMPÍRICOS 5) Antunes - Cabral (1996) Método específico para estacas tipo hélice contínua qP =β2.NP ≤ 40 kgf/cm2 qS = β1.N (em kgf/cm2) β 1 e β2 = fator em função do tipo de solo (Tabela 10). 15 Solo β1 (%) β2 Areia 4,0 a 5,0 2,0 a 2,5 Silte 2,5 a 3,5 1,0 a 2,0 Argila 2,0 a 3,5 1,0 a 1,5 Tabela 10: Valores de β 1 e β2 (Antunes-Cabral, 1996)
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