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ECI 007 -FUNDAÇÕES Profa. Adinele Gomes Guimarães adinele@unifei.edu.br FUNDAÇÕES SUPERFICIAIS – CAPACIDADE DE CARGA Aula 03 2 BLOCOS 3 Elementos de grande rigidez executados em concreto simples, portanto, não armados, dimensionados de modo que as tensões de tração neles produzidas sejam absorvidas pelo próprio concreto. Fonte: ALONSO, U.R. Exercícios de Fundações. São Paulo: Edgard Blücher, 1983. Valor do ângulo 4 ss: tensão aplicada ao solo pelo bloco (carga do pilar + peso próprio do bloco dividido pela área da base) st: tensão admissível à tração do concreto, cujo valor é da ordem de fck/25 não sendo conveniente usar valores maiores que 0,8 MPa Fonte: ALONSO, U.R. Exercícios de Fundações. São Paulo: Edgard Blücher, 1983. 5 NBR 6122 Os blocos de fundação devem ser dimensionados de tal maneira que o ângulo ß, expresso em radianos e mostrado na figura satisfaça a expressão: SAPATAS 6 Elementos executados em concreto armado, de altura reduzida em relação às dimensões da base e que se caracterizam principalmente por trabalhar à flexão. Fonte: ALONSO, U.R. Exercícios de Fundações. São Paulo: Edgard Blücher, 1983. CAPACIDADE DE CARGA 7 sR: capacidade de carga tensão de ruptura do solo abaixo da base do elemento de fundação sadm: tensão admissível 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑅 𝐹𝑆 Fonte: CINTRA, J.C.A.; AOKI, N. e ALBIERO, J.H. Fundações diretas: projeto geotécnico. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. Modos de ruptura 8 Vesic(1975) Ruptura Geral • solos mais rígidos (areias compactas a muito compactas e argilas rijas a duras) Ruptura por Puncionamento • Solos mais compressíveis (areias pouco compactas a fofas e argilas moles a muito moles) Ruptura Local • Solos intermediários (areias medianamente compactas e argilas médias) 9 Ruptura Geral • Sapatas suficientemente rasas • Superfície de ruptura contínua, desde a borda esquerda da base da sapata até a superfície do terreno à direita, ou o contrário, por simetria • Ruptura súbita e catastrófica, levando ao tombamento da sapata e a formação de uma considerável protuberância na superfície do terreno • A carga de ruptura é atingida para pequenos valores de recalque 10 Ruptura por Puncionamento • Em vez do tombamento, temos a penetração cada vez maior da sapata, devido à compressão do solo subjacente • Junto às bordas da sapata, podemos observar a tendência do solo de acompanhar o recalque da sapata • A carga de ruptura é atingida para recalques mais elevados e, para esse valor de carga, os recalque passam a ser incessantes • Contudo, pode haver necessidade de acréscimo contínuo na carga para manter a evolução dos recalques da sapata 11 Ruptura Local • Não apresenta mecanismo típico • Caso intermediário dos outros dois modos de ruptura 12 O modo de ruptura não depende somente da rigidez do solo, pois há também o efeito do aumento do embutimento da sapata no maciço de solo. Fonte: RUSSI, DANIEL (2007) Estudo do Comportamento de Solos através de Ensaios de Placa de Diferentes Diâmetros. Dissertação de Mestrado. UFSM. Santa Maria, RS, Brasil. Coeficiente de Segurança 13 Fonte: Unidade 7: CAPACIDADE DE CARGA DOS SOLOS – Notas de aula Mecânica dos Solos II - Prof. M. Marangon. Faculdade de Engenharia – NuGeo/Núcleo de Geotecnia. UFJF. 14 Fonte: Unidade 7: CAPACIDADE DE CARGA DOS SOLOS – Notas de aula Mecânica dos Solos II - Prof. M. Marangon. Faculdade de Engenharia – NuGeo/Núcleo de Geotecnia. UFJF. DETERMINAÇÃO DA TENSÃO ADMISSÍVEL NBR6122 - fixada a partir da utilização e interpretação de um ou mais dos seguintes procedimentos: • Prova de carga sobre placa Resultados devem ser interpretados de modo a considerar a relação modelo- protótipo (efeito de escala), bem como as camadas influenciadas de solo. • Métodos teóricos Podem ser empregados métodos analíticos (teorias de capacidade de carga), nos domínios de validade de sua aplicação, que contemplem todas as particularidades do projeto, inclusive a natureza do carregamento (drenado ou não drenado). • Métodos semi-empíricos São métodos que relacionam resultados de ensaios (tais como o SPT, CPT, etc.) com tensões admissíveis ou tensões resistentes de projeto. Devem ser observados os domínios de validade de suas aplicações, bem como as dispersões dos dados e as limitações regionais associadas a cada um dos métodos. 15 Prova de carga sobre placa • Ensaio de campo carga da viga de reação deformação do solo (em etapas – deformação lenta) até estabilização do manômetro e extensômetro 16 Fonte: ALONSO, U.R. Exercícios de Fundações. São Paulo: Edgard Blücher, 1983. 17 18 Fonte: RUSSI, DANIEL (2007) Estudo do Comportamento de Solos através de Ensaios de Placa de Diferentes Diâmetros. Dissertação de Mestrado. UFSM. Santa Maria, RS, Brasil. 19 Fonte: RUSSI, DANIEL (2007) Estudo do Comportamento de Solos através de Ensaios de Placa de Diferentes Diâmetros. Dissertação de Mestrado. UFSM. Santa Maria, RS, Brasil. 20 Fonte: RUSSI, DANIEL (2007) Estudo do Comportamento de Solos através de Ensaios de Placa de Diferentes Diâmetros. Dissertação de Mestrado. UFSM. Santa Maria, RS, Brasil. 21 Fonte: RUSSI, DANIEL (2007) Estudo do Comportamento de Solos através de Ensaios de Placa de Diferentes Diâmetros. Dissertação de Mestrado. UFSM. Santa Maria, RS, Brasil. Carga controlada: (a) carga incremental mantida (por períodos de tempo preestabelecidos ou até a quase estabilização) ou (b) carga cíclica (com diferentes padrões de ciclagem) 22 Fonte: RUSSI, DANIEL (2007) Estudo do Comportamento de Solos através de Ensaios de Placa de Diferentes Diâmetros. Dissertação de Mestrado. UFSM. Santa Maria, RS, Brasil. 23 Fonte: RUSSI, DANIEL (2007) Estudo do Comportamento de Solos através de Ensaios de Placa de. Diferentes Diâmetros Dissertação de Mestrado. UFSM. Santa Maria, RS, Brasil.. 24 Fonte: RUSSI, DANIEL (2007) Estudo do Comportamento de Solos através de Ensaios de Placa de. Diferentes Diâmetros Dissertação de Mestrado. UFSM. Santa Maria, RS, Brasil.. • Ocorre a ruptura do solo (Ruptura geral): 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑅 𝐹𝑆 ; 𝐹𝑆 = 2,0 • Deformação excessiva (Ruptura local ou puncionamento): 𝜎𝑎𝑑𝑚 ≤ 𝜎25 𝐹𝑆 𝜎10 • Reação é insuficiente Tensão máxima atingida no ensaio deve atuar por no mínimo 12 horas 𝜎𝑎𝑑𝑚 ≤ 𝜎𝑅 𝐹𝑆 ; 𝐹𝑆 = 2,0 𝜎10 25 s25: tensão para recalque de 25mm FS = 2,0 s10: tensão para recalque de 10mm 26 Exemplos: Fonte: CINTRA, J.C.A.; AOKI, N. e ALBIERO, J.H. Fundações diretas: projeto geotécnico. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. Argila porosa São Paulo/SP Ruptura nítida: Areia argilosa porosa São Carlos/SP Ruptura convencional: (critério arbitrário – trecho final da curva se transforma em linha reta não vertical) 𝜎𝑅 = 160𝑘𝑃𝑎 𝜎𝑅 = 144𝑘𝑃𝑎 Métodos Teóricos • Terzaghi (1943) • Vesic (1975) • Skempton (1951) • Meyerhof (1953) • Brinch Hansen (1970) 27 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝜎𝑅 𝐹𝑆 ; 𝐹𝑆 = 3,0 Fórmulas de Terzaghi • Solo que apresenta ruptura geral 𝜎𝑅 = 𝑐.𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 1 2 . 𝛾. 𝛽. 𝑁𝛾 . 𝑆𝛾 + 𝑞 ′. 𝑁𝑞 . 𝑆𝑞 c: coesão do solo g: peso específico do solo q‘: tensão “efetiva” do solo N: fatores de carga (ábaco) S: fatores de forma (tabela) • Solo que apresenta ruptura por puncionamento mesma fórmula,porém usando N’ do ábaco (tan∅∗ = 2 3 tan∅) e 𝑐∗ = 2 3 𝑐 28 29 Fonte: ALONSO, U.R. Exercícios de Fundações. São Paulo: Edgard Blücher, 1983. Proposição de Vesic 30 Ruptura Geral: - Substituições nos fatores de carga da equação geral de capacidade de carga de Terzaghi (Ng de Caquot e Kérisel(1953)) - Substituições nos fatores de forma (dependem da geometria da sapata e do ânulo de atrito interno do solo) Ruptura local e puncionamento: - Introdução de fatores de compressibilidade nas três parcelas da equação geral de capacidade de carga para a ruptura geral - Fórmulas não tão simples = inibido o seu uso corrente 31 Fonte: CINTRA, J.C.A.; AOKI, N. e ALBIERO, J.H. Fundações diretas: projeto geotécnico. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. 32 Fonte: CINTRA, J.C.A.; AOKI, N. e ALBIERO, J.H. Fundações diretas: projeto geotécnico. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. Método de Skempton • argilas saturadas na condição não drenada (f=0) • 𝑁𝑞 = 1,0 𝑒 𝑁𝛾 = 0 • 𝜎𝑅 = 𝑐.𝑁𝑐 . 𝑆𝑐 + 𝑞 • 𝑁𝑐 é 𝑓𝑢𝑛çã𝑜 𝑑𝑒 ℎ/𝐵 • 𝑆𝑐 = 1 + 0,2 𝐵 𝐿 33 Fonte: CINTRA, J.C.A.; AOKI, N. e ALBIERO, J.H. Fundações diretas: projeto geotécnico. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. 34 Fonte: ALONSO, U.R. Exercícios de Fundações. São Paulo: Edgard Blücher, 1983. Método de Meyerhof • Caso de carga vertical excêntrica propõe que as dimensões reais da base da sapata (B,L) sejam substituídas, nos cálculos de capacidade de carga, por valores fictícios (B’, L’) • 𝐵′ = 𝐵 − 2. 𝑒𝐵 • 𝐿′ = 𝐿 − 2. 𝑒𝐿 • Essa simplificação, a favor da segurança, significa considerar uma área efetiva de apoio, cujo centro de gravidade coincide com o ponto de aplicação da carga 35 Método de Brinch Hansen • Considera dois efeitos: 1. Acréscimo devido a uma maior profundidade de assentamento da sapata 2. Diminuição no caso da carga inclinada • Introdução dos chamados fatores de profundidade (𝑑𝑐 , 𝑑𝑞 𝑒 𝑑𝛾) e os fatores de inclinação da carga (𝑖𝑐 , 𝑖𝑞 𝑒 𝑖𝛾) Livros: Bowles (1988) e Velloso e Lopes (1996) 36 Métodos semi-empíricos 37 • Com base em ensaios de laboratório solos finos (argilas e siltes) 𝜎𝑎𝑑𝑚 ≅ 𝜎′𝑣𝑚 (tensão de pré-adensamento obtida no ensaio de adensamento) • Com base no N do SPT 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝑁𝑚é𝑑𝑖𝑜 50 + q (MPa) válido para 5 ≤ 𝑁 ≤ 20 𝑁𝑚é𝑑𝑖𝑜:valor médio no bulbo de tensões 𝑞: parcela correspondente a sobrecarga, pode ou não ser considerada Métodos semi-empíricos 38 • Com base na resistência de ponta do ensaio do cone Sapatas apoiadas em argilas 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝑞𝑐 10 ≤ 4,0 (MPa) Sapatas apoiadas em areias 𝜎𝑎𝑑𝑚 = 𝑞𝑐 15 ≤ 4,0 (MPa) qc: valor médio no bulbo de tensões Expressões válidas para 𝑞𝑐 ≥ 1,5𝑀𝑃𝑎 PARÂMETROS DO SOLO 39 • Coesão não drenda 𝑐 = 10.𝑁𝑆𝑃𝑇 : Teixeira e Godoy (1996) • Ângulo de atrito – condição não drenada ∅ = 28° + 0,4.𝑁𝑆𝑃𝑇: Godoy (1983) ∅ = 20.𝑁𝑆𝑃𝑇 + 15° 40 Fonte: CINTRA, J.C.A.; AOKI, N. e ALBIERO, J.H. Fundações diretas: projeto geotécnico. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. 41 • Peso específico Fonte: CINTRA, J.C.A.; AOKI, N. e ALBIERO, J.H. Fundações diretas: projeto geotécnico. São Paulo: Oficina de Textos, 2011. Outras tabelas para estimar parâmetros dos solos: 42 Fonte: ALONSO, U.R. Exercícios de Fundações. São Paulo: Edgard Blücher, 1983. Verificação de Recalques • NBR6122: Tensão admissível é o valor máximo da tensão aplicada aplicada ao terreno que atenda às limitações de recalque ou deformação da estrutura • Para os procedimentos teórico ou semiempírico, devemos calcular o recalque correspondente, através dos métodos analíticos e, se for o caso, reduzir a tensão admissível para que o recalque admissível não seja ultrapassado • Pelo ensaio de placa, devemos verificar que o recalque extrapolado da placa para a sapata não atinja o valor do recalque admissível 43
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