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APOSTILA Princípios, Inquerito Policial e Ação Penal

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DIREITO PROCESSUAL PENAL I
LEI PROCESSUAL PENAL
EFICÁCIA NO TEMPO
 - As leis processuais estão regulamentadas na Lei de Introdução ás normas do Direito Brasileiro –LINDB ( Decreto – Lei n° 4.657/1942). Assim começa a vigorar o período do VOCATIO Legis (Quarenta e cinco dias depois de publicada)
Princípio Aplicável
É aplicado o Princípio da Aplicação Imediata das Normas Processuais.
“Tempus reget actum” (o tempo irá regit o ato).
Efeito
No Direito Processual Penal o efeito será sempre “ex nunc” (nunca retroagir/ “voltar atrás”). Tanto a Lei Penal, quanto a Processual Penal só pode ser legislada pelo Congresso nacional.
Repristinação
Segundo a Lei de Introdução do Código Civil (LICC):
Art. 2º - Não se destinando à vigência temporária, a lei terá vigor até que outra a modifique ou revogue. 
§ 3º - Salvo disposição em contrário, a lei revogada não se restaura por ter a lei revogadora perdido a vigência.
EFICÁCIA NO ESPAÇO
Quanto ao espaço, a lei processual penal é regulada pelo princípio da territorialidade, conforme estabelecido no art. 1º do Código de Processo Penal. Dessa forma, a lei processual penal tem eficácia em território nacional. Isto significa, portanto, que o CPP regulará todos os processos que vierem a se desenvolver em território brasileiro, por infrações cometidas no país.
INTERPRETAÇÃO:
Analogia – relação de semelhança entre coisas ou fatos distintos.
	Ex. Art. 354 e 368 do CPP.
 “Art. 354. A precatória indicará:
 I - o juiz deprecado e o juiz deprecante;
 II - a sede da jurisdição de um e de outro;
 Ill - o fim para que é feita a citação, com todas as especificações;
 IV - o juízo do lugar, o dia e a hora em que o réu deverá comparecer.”
 “Art. 368. Estando o acusado no estrangeiro, em lugar sabido, será citado mediante carta rogatória, suspendendo-se o curso do prazo de prescrição até o seu cumprimento. (Redação dada pela Lei nº 9.271, de 17.4.1996)“
A Carta Precatória é um instrumento utilizado pela Justiça quando existem indivíduos em comarcas (estados) diferentes. Um juiz de um Estado envia um pedido a outro de Estado diferente.
Já a Carta Rogatória é um instrumento jurídico de cooperação entre dois países. É similar à carta precatória, mas se diferencia deste por ter caráter internacional.
Interpretação Extensiva - é a ampliação do conteúdo da lei, efetivada pelo aplicador do direito, quando a norma disse menos do que deveria.
	Ex. Art. 34 CPP 
“Art. 34. Se o ofendido for menor de 21 e maior de 18 anos, o direito de queixa poderá ser exercido por ele ou por seu representante legal.”
 Interpretação Analógica – utiliza-se a semelhança indicada pela própria lei.
	Ex. Art. 80 CPP 
“Art. 80. Será facultativa a separação dos processos quando as infrações tiverem sido praticadas em circunstâncias de tempo ou de lugar diferentes, ou, quando pelo excessivo número de acusados e para não Ihes prolongar a prisão provisória, ou por outro motivo relevante, o juiz reputar conveniente a separação.”
	Analogia
	Sem Lei
	Auto interpretação (Caso semelhante)
	Interpretação Extensiva
	Lei
	Alargamento (Ampliação da Lei)
	Interpretação Analógica
	Lei
	Lei genérica (ampla)
O Código de Processo Penal admite a analogia, a interpretação extensiva e a interpretação analógica.
Já o Código Penal admite apenas a interpretação extensiva e a interpretação analógica.
PRINCIPAIS PRINCÍPIOS INFORMADORES DO DIREITO PROCESSUAL PENAL
VERDADE REAL
Afirma que no processo penal deve haver uma busca da verdadeira realidade dos fatos, ou seja, coleta todos os meios necessários e possíveis para se esclarecer a veracidade da conduta (ação ou omissão).
No Código Processo Penal aplica-se sempre a verdade real, diferente do Código Civil, por exemplo, que aplica a verdade formal.
Ex. Art. 156 CPP
“Art. 156. A prova da alegação incumbirá a quem a fizer, sendo, porém, facultado ao juiz de ofício: (Redação dada pela Lei nº 11.690, de 2008)
I - ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
II - determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
I - ordenar, mesmo antes de iniciada a ação penal, a produção antecipada de provas consideradas urgentes e relevantes, observando a necessidade, adequação e proporcionalidade da medida; (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)
II - determinar, no curso da instrução, ou antes de proferir sentença, a realização de diligências para dirimir dúvida sobre ponto relevante. (Incluído pela Lei nº 11.690, de 2008)”
LEGALIDADE OU OBRIGATORIEDADE
Esse princípio está vinculado à persecução penal, ou seja, dita quem tem por obrigação buscar o crime, por conta do exercício de sua função, para que faça que a lei seja cumprida (Escrivão de Policia, Delegado, Juiz).
Ex. Art. 5º, 6º e 24 do CPP.
“Art. 5o Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado:
I - de ofício;
II - mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 1o O requerimento a que se refere o no II conterá sempre que possível:
a) a narração do fato, com todas as circunstâncias;
b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de impossibilidade de o fazer;
c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua profissão e residência.
§ 2o Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia.
§ 3o Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará instaurar inquérito.
§ 4o O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado.
§ 5o Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la”.
“Art. 6o Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial deverá:
I - se possivel e conveniente, dirigir-se ao local, providenciando para que se não alterem o estado e conservação das coisas, enquanto necessário;
(Vide Lei nº 5.970, de 1973)
I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
II - apreender os instrumentos e todos os objetos que tiverem relação com o fato;
II - apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; (Redação dada pela Lei nº 8.862, de 28.3.1994)
III - colher todas as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias;
IV - ouvir o ofendido;
V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura;
VI - proceder a reconhecimento de pessoas e coisas e a acareações;
VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame de corpo de delito e a quaisquer outras perícias;
VIII - ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes;IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e caráter.
X - colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. (Incluído pela Lei nº 13.257, de 2016)”
“Art. 24. Nos crimes de ação pública, esta será promovida por denúncia do Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de requisição do Ministro da Justiça, ou de representação do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo.
§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993)
§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. (Incluído pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993)
Parágrafo único. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão.
§ 1o No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão. (Parágrafo único renumerado pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993)
§ 2o Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse da União, Estado e Município, a ação penal será pública. (Incluído pela Lei nº 8.699, de 27.8.1993)”
↳ Exceção
Ação Penal Privada, ou seja, cujo interesse é particular (Art. 30 CPP);
“Art. 30. Ao ofendido ou a quem tenha qualidade para representá-lo caberá intentar a ação privada.”
Ação Penal Pública Condicionada, ou seja, quando se exige uma condição (Art. 88 lei 9099/95 – Lesão culposa e Art. 225 CP).
“Art. 88. Além das hipóteses do Código Penal e da legislação especial, dependerá de representação a ação penal relativa aos crimes de lesões corporais leves e lesões culposas.”
“Art. 225. Nos crimes definidos nos Capítulos I e II deste Título, procede-se mediante ação penal pública condicionada à representação. (Redação dada pela Lei nº 12.015, de 2009)
Parágrafo único. Procede-se, entretanto, mediante ação penal pública incondicionada se a vítima é menor de 18 (dezoito) anos ou pessoa vulnerável. (Incluído pela Lei nº 12.015, de 2009)
Aumento de pena”
Transação Penal, ou seja, quando se é feito um acordo, uma transação (Art. 76 lei 9099/95). Nesse caso só é válido para delitos de menor potencial ofensivo, cuja pena máxima é menor ou igual a 2 anos e contravenção penal. O réu está sujeito a pagar multa ou a uma pena alternativa.
“Art. 76. Havendo representação ou tratando-se de crime de ação penal pública incondicionada, não sendo caso de arquivamento, o Ministério Público poderá propor a aplicação imediata de pena restritiva de direitos ou multas, a ser especificada na proposta.
§ 1º Nas hipóteses de ser a pena de multa a única aplicável, o Juiz poderá reduzi-la até a metade.
§ 2º Não se admitirá a proposta se ficar comprovado:
I - ter sido o autor da infração condenado, pela prática de crime, à pena privativa de liberdade, por sentença definitiva;
II - ter sido o agente beneficiado anteriormente, no prazo de cinco anos, pela aplicação de pena restritiva ou multa, nos termos deste artigo;
III - não indicarem os antecedentes, a conduta social e a personalidade do agente, bem como os motivos e as circunstâncias, ser necessária e suficiente a adoção da medida.
§ 3º Aceita a proposta pelo autor da infração e seu defensor, será submetida à apreciação do Juiz.
§ 4º Acolhendo a proposta do Ministério Público aceita pelo autor da infração, o Juiz aplicará a pena restritiva de direitos ou multa, que não importará em reincidência, sendo registrada apenas para impedir novamente o mesmo benefício no prazo de cinco anos.
§ 5º Da sentença prevista no parágrafo anterior caberá a apelação referida no art. 82 desta Lei.
§ 6º A imposição da sanção de que trata o § 4º deste artigo não constará de certidão de antecedentes criminais, salvo para os fins previstos no mesmo dispositivo, e não terá efeitos civis, cabendo aos interessados propor ação cabível no juízo cível.”
OFICIALIDADE
A pretensão punitiva do Estado deve se fazer valer por órgãos públicos (autoridades responsáveis – oficiais), pois como já mencionado essas tem por obrigação o dever legal de agir.
Ex. (Art. 129, I CF)
“Art. 129. São funções institucionais do Ministério Público:
I - promover, privativamente, a ação penal pública, na forma da lei;”
↳ Exceção
Ação penal Privada;
Ação Penal Privada Subsidiária da Pública (Art. 5º, LX, CF e 29 do CPP);
OFICIOSIDADE
	Tomando conhecimento da possível ocorrência de um delito, deverão agir ex officio (daí o nome princípio da oficiosidade), não aguardando qualquer provocação, ou seja, as autoridades responsáveis pela busca do crime (persecução penal) devem agir de forma imediata, por oficio.
↳ Exceção
Ação Penal Privada;
Ação Penal Pública condicionada
JUIZ NATURAL
Estabelece que deve haver regras objetivas de competência jurisdicional, garantindo a independência e a imparcialidade do órgão julgador. Tal princípio está intimamente ligado à vedação dos tribunais de exceção, visto que nestes não há prévia competência constitucional.
Ex. Art. 5º, LIII e XXXVII da CF.
 INDISPONIBILIDADE
Proíbe a paralisação injustificada da persecução penal, ou seja, a autoridade publica não pode desistir da busca pelo crime. Uma vez iniciada a ação, ele deve ser finalizada.
Ex. Art. 17, 42, 576 do CPP.
	↳ Exceção
Ação Penal Privada
Suspensão condicional do processo (“sursis processual”) – Art. 89 lei 9099/55.
Esse instituto está numa lei que cuida de crimes de menor potencial ofensivo. É um benefício.
	→ Observação, essa é a única exceção de sursis do princípio da indisponibilidade, entretanto existe outra suspensão conhecida como suspensão condicional da pena (“sursis”) – Art .77 CP.
PUBLICIDADE
Art. 792 CPC – em regra qualquer pessoa poderá ter acesso ao processo penal, ele é público.
	↳ Exceção
Art. 20 CPP – a investigação não é pública é sigilosa 
Art. 792, § 1º CPP; 5º, LX, CF; 93, IX, “in fine”, CF o processo se torna sigiloso, quando ocorre quebra de preceito fundamental.
Pela prerrogativa do Estatuto da OAB, o advogado tem direito a ter acesso a qualquer auto da investigação e do inquérito, ainda que se esse for sigiloso, lembrando que para isso é necessário que ele tenha uma procuração. 
CONTRADITÓRIO
Art. 5º, LV, CF e 261 CPP
As partes podem questionar qualquer situação do processo (laudo, tese de defesa). O contraditório possui duas espécies:
¹ Contraditório Imediato – pode reclamar e contestar a atitude no ato, na hora que acontece, imediatamente.
² Contraditório Diferido/Postergado – alegação e questionamento em outro momento, posteriormente.
INADMISSIBILIDADE DAS PROVAS OBTIDAS POR MEIOS ILÍCITOS
Art. 5°, LVI, CF
Pro réu pode usar provas ilegais. Em regra não são permitidas provas obtidas por meios ilícitos.
 DEVIDO PROCESSO LEGAL
“due processo of low”
Cada crime possui um procedimento adequado. Não se pode julgar o sujeito de forma precipitada. 
ESTADO DE INOCÊNCIA OU PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
Art. 5º, LVII, CF
Art 386 CPP – hipóteses de absolvição (7 hipóteses).
Antes de a condenação criminal transitar em julgado não existe réu, pois pelo princípio do estado de presunção de inocência ele é presumidamente inocente.
AMPLA DEFESA
O réu necessita ter uma efetiva (real) defesa, onde a defesa crie qualquer tese.
FAVOR REI
Sempre que não se há certeza a vantagem será dada ao réu. Existe uma possibilidade maior que ele seja absolvido.Na hipótese de dúvida se favorece o réu.
Art. 386 CPP.
IDENTIDADE FÍSICA DO JUIZ
O juiz que participou das provas automaticamente adere o processo, pois se garante um maior veredito.
PRAZOS NO DIREITO PROCESSUAL PENAL
CONTAGEM: art. 798, parágrafo 1º., do cpp;
obs.: súmula 310 do STF.
FLUÊNCIA DOS PRAZOS: art. 798, caput, do CPP;
TÉRMINO DO PRAZO EM DOMINGO OU FERIADO.
INQUÉRITO POLICIAL – Arts. 4º usque 23
A PERSECUÇÃO PENAL SE DESENVOLVE EM DUAS FASES
1º Investigação
2º Ação Penal 
INVESTIGAÇÃO 
Regra e Exceção
Em regra quem faz é a polícia civil, também conhecida como polícia judiciaria.
Entretanto existem exceções em que outas entidades poder fazer investigações como:
 Ministério Público, 
Agentes fiscais 
Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI) – Art. 56 § 3º da CF.
O magistrado (juiz) – Nesse caso a lei precisa estipular que o juiz tem a função de investigar, é um caso excepcional, visto que essa não é a função dele. Lei de falências e recuperação judicial.
	
CONCEITO DE INQUÉRITO POLICIAL
É um conjunto de diligências (atos investigativos) que visa apurar a autoria do crime e sua materialidade.
DESTINAÇÃO DO INQUÉRITO POLICIAL, PARA QUE SERVE?
O inquérito tem como destinação servir de base para uma futura ação penal.
QUEM PRESIDE O INQUERITO POLICIAL? 
Quem determina, ordena o inquérito é o delegado, a autoridade policial.
EXISTE O JUIZADO DE INSTRUÇÃO NO BRASIL?
Não existe juizado de instrução no Brasil.
CARACTERÍSTICAS DO INQUÉRITO POLICIAL
é a peça meramente informativa – pois ele é uma peça administrativa, nunca irá macular (afetar) a ação penal. Inquérito não tem nulidade, tem erros e falhas. (Art.563, 564). O erro não afeta a ação penal.
 é dispensável – não é um ato obrigatório.
o Inquérito Policial é escrito (art.9º CPP)
o Inquérito Policial é sigiloso (art.20 CPP); em regra o processo é público, mas o inquérito é sigiloso, somente advogado e as partes tem acesso.
o Inquérito Policial é inquisitivo(art. 14 do CPP). O inquérito é imposto. Não tem ampla defesa e nem contraditório, o fato está sendo apurado.
Método mnemônico Características - Sigiloso Escrito Inquisitivo
VALOR PROBATÓRIO DO INQUÉRITO POLICIAL
Inquérito não tem valor probatório. Somente provas emergenciais e cautelares (que constam no inquérito) não repetitivas que tem valor probatório. 
Art. 155 CPP
INÍCIO DO INQUERITO POLICIAL - 3 BLOCOS
Crime de Ação Penal Publica Incondicionada – art. 100 CPP.
por portaria – “ex oficio”- art. 5º, I, CPP. A portaria (ato administrativo) é feita pelo delegado que determina a instauração do inquérito policial.
requisição do juiz _______ art. 5º, II, CPP. Por determinação, ordem do juiz
requisição do Ministério Publico _______ art. 5º, II, CPP. Por determinação do MP
Requerimento da vítima – art. 5º, II, CPP. Requisita, solicita (art. 5º, §2º). Recurso inominado.
 Auto de prisão em flagrante. (Art. 302, 304 e 306 CPP)
Ação Penal Pública Condicionada – art. 5º, §4º.
As 5 situações da ação pública incondicionada também caberá a condicionada, entretanto exige-se algumas condições:
↳ mediante representação da vítima ou de seu representante – delatio criminis postulatória 
↳ mediante requisição do Ministro da Justiça – crime contra a honra do presidente.
Ação Penal Privada
↳ mediante requerimento da vítima ou quem tem qualidade para intentar Ação penal (art. 5º, §5º)
	As 5 hipóteses também publica também se aplicam a privada, e é necessária a autorização da vítima.
DO INDICIAMENTO
O que é – ato administrativo é o ato que formaliza a imputação de um crime a alguém. Constará para a polícia civil e militar.
 Art. 6º, V e VII do CPP e a lei 12.037/09
Consequências – 
¹ É indiciado é identificado criminalmente (será fixado)
² Tem que ser interrogado (ouvido)
Indiciado menor (art. 15 CPP) – acusado menor de idade não precisa mais de curador.
Índio precisa de curador – se o índio já estiver socializado ele não precisará de curador. Entretanto nos casos em que o indico não estiver socializado vai ser necessário um curador.
INCOMUNICABILIDADE DO PRESO – art. 21 CPP.
Não pode ter contato com ninguém somente com o advogado. Dentro do prazo de três dias. Esse art. Não foi recepcionado pela Constituição Federal.
Art. 136, § 3º, IV da CF – Entretanto em estado de sitio e estado de defesa suspende-se a incomunicabilidade do preso.
RELATÓRIO FINAL – 10, § 1º.
Resumo de todas as diligencias realizadas. Os atos imprescindíveis foram concluídos pela autoridade. Deve ser realizado pelo delegado. O relatório final não vincula a acusação.
Art. 6º CPP
PRAZO PARA A CONCLUSÃO DO INQUERITO POLICIAL Art. 10 CPP 
Réu preso – 10 dias
Réu solto – 30 dias, 
DILAÇÃO DO PRAZO PARA ENCERRAMENTO DO INQUERITO POLICIAL
No caso do réu preso não é possível a prorrogação do inquérito policial. No caso do réu solto pode haver prorrogação e esse tempo de dilatação será determinado pelo próprio juiz (Art. 1- § 3º). A prorrogação pode ser feita mais de uma vez.
DEVOLUÇÃO DO INQUERITO POLICIAL PARA A POLÍCIA.
É possível desde que o ré esteja solto
ARQUIVAMENTO DO INQUERITO POLICIAL
TC (TCO)– termo circunstanciado
Sumula 524 do Supremo Tribunal Federal – embora a sumula de uma forma equivocada entenda o arquivamento como despacho este é considerado uma decisão que irá homologar o pedido do promotor. Essa decisão não cabe recurso específico na lei.
quem pode determinar – somente o juiz pode determinar o arquivamento do inquérito.
Quem pode pedir – Ministério Publico
aspectos gerais - esquema
 decisão ou despacho – decisão é pedido . Despacho é ato ordinatório (andamento ao processo)
faz coisa julgada – o caso pode ser reaberto (é necessário novas provas , desde que não tem ocorrido prescrição do crime– art. 18 CPP) , logo em regra não faz coisa julgada.
 caso de coautoria – princípio da divisibilidade
 arquivamento de Inquérito Policial em ação penal privada. Não existe, o que existe é renúncia.
PGJ – Procurador Geral de Justiça
PGJ PODE AVOCAR (chamar pra si) AUTOS DE INQUÉRITO POLICIAL?
Pelo princípio do promotor natural o pgj não pode alocar autos fe inquérito por analogia ao princípio do juiz natural. (Sumula 234 STJ)
É POSSÍVEL “HC” PARA TRANCAR O INQUÉRITO POLICIAL?
Sim, se a investigação é abusiva e ilegal e há atipicidade é possível o habeas corpus para trancar o inquérito.
Art. 647, seguintes do CPP
DA AÇÃO PENAL – Arts. 24 usque 62
GARANTIAS – devido processo legal e acesso a jurisdição.
CLASSIFICAÇÃO DA AÇÃO PENAL
Ação Penal Pública
a.¹ Incondicionada - 
a.² Condicionada – 
Ação Penal Privada
b¹. Ação Penal Exclusivamente Privada
b ². Ação Penal Privada Personalíssima
b ³. Ação Penal Privada Subsidiária da Pública
a ¹. Ação Penal Pública Incondicionada:
a.1.1 Características Gerais – 
a.1.2 Crimes que afetem interesses ou patrimônio da União, Estados e Municípios – art. 24, parágrafo 2º., do CPP. – 
a.1.3 Princípios
a.1.3.1 Obrigatoriedade ou Legalidade Processual
a.1.3.2 Indisponibilidade
a.1.3.3 Divisibilidade
a ² Ação Penal Pública Condicionada
a.2.1 Características Gerais
a.2.2 Representação
a.2.2.1 Conceito
a.2.2.2 Natureza Jurídica
a.2.2.3 Oferecimento
a.2.2.4 Quem pode exercer o direito de representação:
a.2.2.4.1 vítima < 18 anos - 
a.2.2.4.2 vítima > ou = 18 anos e < 21 anos - 
a.2.2.4.3 vítima > ou = 21 anos – 
a. 2.2.5 Observações
- Se a vítima morrer
- Mulher casada
- Crimes de Lesão Corporal Leve e Culposa
- Vítima Incapaz
a.2.2.6 É possível a retratação da Representação?
a.2.2.6.1 É possível a retratação da retratação da Representação?
a.2.2.7 Aspectos da Representação
- Pode ser escrita ou oral (art. 39, parágrafo 1º., do CPP);
- Pode ser realizada pela própria vítima ou por procurador com poderes especiais (art. 39, caput, do CPP);
- Não apresenta nenhum rigor formal, basta ficar claro a vontade da vítima (STF eart. 39, parágrafo 2º., do CPP);
- Não vincula o MP (art. 28 do CPP);
- Hipótese de concurso de agentes – princípio da indivisibilidade para a vítima!
a.2.2.8 Prazo da Representação
- Regra Geral: 6 meses – conhecimento da autoria! (art. 38 do CPP);
- Prazo peremptório e fatal, não se suspende, não se interrompe, nem se prorroga!
- Prazo de direito material!
Exceções
- Lei de Imprensa (5250/67 – art. 41, parágrafo 1º.) – 3 meses da veiculação na mídia.
- JECrim (Lei 9099/95 - art. 91) – 30 dias do conhecimento da autoria.
Denúncia
CONCEITO
REQUISITOS (art. 41 do CPP):
- Exposição do Fato Criminoso
- Identificação do Réu
Observação.: Denúncia Alternativa!
- Classificação Jurídica do Crime:
- Rol de Testemunhas
DENÚNCIA INEPTA – FALTA DOS REQUISITOS ESSENCIAIS!
Observação:
- Convalidação da Denúncia – vícios meramente formais – art. 569 do CPP.
- Assistente do MP pode aditar a denúncia?
PRAZO DA DENÚNCIA (art. 46 do CPP):
- Réu Solto – 15 dias;
- Réu Preso – 5 dias;
Observação.: Lei de Tóxicos!
CONSEQÜÊNCIAS DA INÉRCIA DO MP EM RELAÇÃO À ELABORAÇÃO DA DENÚNCIA
- Réu preso pode ser solto;
- Ação Penal Privada Subsidiária da Pública (art. 29 do CPP);
- Perda de Vencimentos (art. 801 do CPP);
- Eventual configuração do crime de prevaricação (art. 319 do CP).
OBSERVAÇÕES IMPORTANTES
- Concurso de Crimes:
- É possível denúncia sem IP? (art. 39, parágrafo 5º., do CPP):
HIPÓTESES DE REJEIÇÃO DA DENÚNCIA: art. 43 do CPP (revogado – art. 395 do CPP NOVO!).
b. Ação Penal Privada
- Titularidade da Ação x Direito de Punir!
- Existe no nosso ordenamento Ação Penal Privada Adesiva?
- Princípios da Ação Penal Privada:
Oportunidade ou Conveniência – ligado a proposição da ação!
 Disponibilidade – ligado ao prosseguimento da ação já proposta!
Indivisibilidade.
b.1 Ação Penal Exclusivamente Privada – morte da vítima – (CO)CADI – arts. 31 e 34 do CPP;
b.2 Ação Penal Privada Personalíssima – morte da vítima – extinção da punibilidade – art. 30 do CPP;
b.3 Ação Penal Privada Subsidiária da Pública (APPSP) – inércia do MP – 29 do CPP.
- Cabe APPSP quando o MP requerer o arquivamento dos autos de IP?
- A APPSP é dever ou faculdade da vítima?
- Prazo da vítima? 6 meses a contar do término do prazo que o MP tem para o oferecimento da denúncia.
- Dentro do prazo da vítima oferecer a APPSP, o MP pode propor a denúncia?
- Existe limite para o oferecimento da denúncia?
- Papel do MP na APPSP = “interveniente adesivo obrigatório” – art. 45 do CPP.
Queixa-Crime
- Requisitos – mesmos da denúncia – art. 41 do CPP;
- Legitimidade para ingressar com a Queixa-Crime
vítima < 18 anos?
 vítima > ou = 18 anos e < 21 anos?
vítima > ou = 21 anos?
- Aspectos formais da Queixa-Crime
Promovida pela vítima ou seu representante legal;
Habilitação Técnica;
Procuração específica – art. 44 do CPP;
Observação: nulidade absoluta ou relativa caso não exista uma síntese dos fatos na procuração específica?
- Prazo da Queixa-Crime: 
Regra Geral: 6 meses a contar do conhecimento da autoria
Prazo peremptório e fatal, não se suspende, não se interrompe, nem se prorroga!
Prazo de direito material!
Exceção:
- Lei de Imprensa (5250/67 – art. 41, parágrafo 1º.) – 3 meses da veiculação na mídia.
Papel do MP na Ação Penal Privada = “custos legis” (obs.: APPSP!).
Hipóteses de Rejeição da Queixa-Crime: art. 43 do CPP (revogado – art. 395 do CPP NOVO!).
Formas de Extinção da Ação Penal Privada:
Decadência;
Renúncia;
Desistência;
Perdão;
Perempção.
Renúncia
Conceito
 Natureza Jurídica
Momento da Renúncia
Decisão da Renúncia – da vítima, do acusado ou de ambos?
Tipos de Ação Penal que permitem a Renúncia
- Ações Penais Privadas – exceto a Ação Penal Privada Subsidiária da Pública;
- Ação Penal Pública Condicionada – renúncia ao direito de representação!
Formas de Renúncia
- Expressa:
- Tácita: 
Observações Importantes
- O Recebimento de Indenização, pago pelo Querelado, significa Renúncia por parte do Querelante?
- Hipótese de Concurso de Agentes! (arts. 48 e 49 do CPP)
- Hipótese de Dupla Legitimidade – vítima > ou = 18 anos e < 21 anos – art. 50, parágrafo único, do CPP.
- Hipótese de Concurso de Ofendidos!
Perdão
Conceito
Observação: Diferença com o Perdão Judicial!
Natureza Jurídica
Momento do Perdão
Decisão do Perdão – da vítima, do acusado ou de ambos?
Tipos de Ação Penal que permitem o Perdão: só nas Ações Penais Privadas – exceto a Ação Penal Privada Subsidiária da Pública
Limite Máximo para o oferecimento do Perdão
Observações Importantes
- Hipótese de Concurso de Agentes! (art. 51 do CPP)
- Hipótese de Dupla Legitimidade - vítima > ou = 18 anos e < 21 anos – art. 52 do CPP.
- Hipótese de Concurso de Ofendidos!
- Existe a Retratação da Aceitação do Perdão pelo Acusado?
- É possível o Perdão Parcial oferecido pelo Querelante?
DIFERENÇAS ENTRE A RENÚNCIA E O PERDÃO!
Direito Processual Penal – Márcio Cunha

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