resumo 652545 gustavo scatolino 39530610 direito administrativo carreira delegado aula 47 atos administrativos xi

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Atos Administrativos XI
DIREITO ADMINISTRATIVO
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ATOS ADMINISTRATIVOS XI
ATOS QUE NÃO ADMITEM REVOGAÇÃO
1) ATOS VINCULADOS, pois não há juízo de conveniência e oportunidade 
que permita a revogação.
A revogação é uma análise de mérito e no ato vinculado não há espaço para 
a realização de juízo de mérito. Exemplo: se a pessoa preencheu todas as con-
dições legais para obter uma licença, não há que se falar quanto a juízo de con-
veniência e oportunidade.
Exceção:
O STF decidiu, entretanto, que a licença para construir, enquanto a obra não 
for iniciada, pode ser revogada. A licença é ato vinculado, pois, se o interessado 
atender a todos os requisitos fixados, surge o direito de ter a situação deferida. 
Esse caso seria uma exceção, a que caberia a revogação de ato vinculado.
O pulo do gato
Em prova, se a banca versar “os atos vinculados não podem ser revogados”, 
estará certa a questão, pois essa é a regra geral. Da mesma forma, se uma 
questão dispor que “é possível a revogação de uma licença para construir”, 
deve-se marcar a questão como correta, pois a banca estará retirando essa 
conclusão da jurisprudência. Conforme a doutrina, se a obra já foi iniciada, será 
um caso de desapropriação do direito de construir (mediante justa e prévia 
indenização em dinheiro). 
2) ATOS EXAURIDOS ou CONSUMADOS: não podem ser revogados, pois 
já produziram seus efeitos. Ex.: férias gozadas, porque não se revoga um ato 
que concedeu férias se o servidor já usufruiu de todo o período de gozo.
3) ATOS QUE GERAM DIREITOS ADQUIRIDOS: a Constituição não permite 
que a lei viole o direito adquirido. Dessa forma, o ato administrativo não poderá 
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ser revogado a fim de prejudicar o direito adquirido. Ex.: nomeação gera direito à 
posse em cargo público. Uma vez ocorrida a nomeação de candidato, terá direito 
à posse no cargo público.
OObs:� nessa situação, o ato até pode ser revogado, desde que se respeite o 
direito adquirido.
4) ATOS INTEGRATIVOS DE UM PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO: 
não são passíveis de revogação, pois se opera a preclusão do ato anterior pela 
prática do ato sucessivo. A preclusão é a perda de se realizar determinados atos 
em uma fase do procedimento. 
No procedimento licitatório, existem vários atob encadeadob entre bi (edital, 
habilitação, julgamento, classificação e adjudicação). Após cada fase da licita-
ção, não é possível a revogação de atos que integram essa fase. Se, por exem-
plo, a licitação já se encontra na fase de homologação, não é possível revogar 
isoladamente qualquer ato anterior. Todo o procedimento pode ser revogado, 
mas não ato isolado após a sua preclusão.
5) MEROS ATOS ADMINISTRATIVOS ou ATOS ENUNCIATIVOSs Ex.: pare-
ceres, certidões e atestados. Esses atos não são passíveis de juízo de conveni-
ência e oportunidade. No caso de uma certidão de dívida ativa, o que ela faz é 
meramente comprovar um fato (a dívida). Não é possível análise de conveniên-
cia e oportunidade sobre esse fato. Pode até ser feita a anulação se for ilegal, 
mas revogação não caberá.
OObs:� atos complexos não admitem revogação. Esse é o posicionamento da 
maioria dos autores, visto que o ato complexo, por envolver diversas auto-
ridades, não pode ser revogado por apenas uma delas. A única forma de 
se revogar esse ato é todas as autoridades envolvidas realizarem a sua 
revogação.
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Direto do concurso
1. (2016/CESPE/PC-PE/DELEGADO DE POLÍCIA) Atos gerais de caráter nor-
mativo não são passíveis de revogação, eles podem ser somente anulados.
Comentário
Atos gerais, decretos e resoluções podem ser revogados, pois comportam 
juízo de conveniência e oportunidade.
2. (2014/ACAFE/PC-SC/DELEGADO DE POLÍCIA) Considere a revogação e 
anulação do Ato Administrativo, analise as afirmações a seguir e assinale a 
alternativa correta.
I – A revogação tem por objeto atos válidos e exequíveis. 
II – A anulação decorre da ilegalidade do ato administrativo.
III – Certidões, atestados ou informações prestadas por agente público são 
passíveis de revogação.
IV – Não podem ser revogados os atos vinculados.
a. Todas as afirmações estão corretas.
b. Apenas II e IV estão corretas.
c. Apenas I, II e III estão corretas.
d. Apenas III e IV estão corretas.
e. Apenas I, II e IV estão corretas.
Comentário
I – se o ato não está mais produzindo efeito, possivelmente se extinguiu de 
forma natural.
II – a anulação ou invalidação decorrem da ilegalidade.
III – nesses casos, não se comporta o juízo de conveniência e oportunidade.
IV – regra geral, ato vinculado não pode ser objeto de revogação.
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CONVALIDAÇÃO/SANATÓRIA – ARTs 55, LEI Ns 9s784/1999
É a correção de um vício do ato com efeitos retroativos. É, por exemplo, 
sanar a ilegalidade de um ato que nasceu ilegal.
A convalidação produz efeitos ex tunc (retroativos), pois nela se está corri-
gindo um erro cometido no passado para aproveitar os efeitos que o ato produziu.
Requibitob:
• Não causar lesão ao interesse público;
• Não causar prejuízo a terceiros; e
• Apresentar um vício sanável.
OObs:� dos cinco elementos do ato administrativo, podem ser sanados os vícios 
de competência e de forma. Contudo, a competência exclubiva não 
pode ber alvo de convalidação.
Em relação a vícios de finalidade, motivo ou objeto, não cabe a convalidação, 
pois geram atos nulos.
Exemplo: um servidor solicita uma licença, mas a portaria é publicada com 
um pedido de exoneração do servidor. Nesse caso, anula-se a portaria e publica-
-se nova portaria com o pedido de licença desse servidor.
GABARITO
1. E
2. e
�Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a 
aula preparada e ministrada pelo professor Gustavo Scatolino.