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Clinica de pequenos animais 1 Digestório, urinário, fluido

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Clínica de Pequenos Animais 
 SISTEMA DIGESTÓRIO
ESTOMATITE EM FELINOS
- Sinais clínicos: gengivas vermelhas, inflamadas, hálito fétido e inapetência em razão das lesões na mucosa oral
- Tratamento: anti-inflamatório esteroidal
- Causas: secundário á doenças do trato respiratório superior (por calicivírus e/ou herpervírus)
** Outra causa muito comum de estomatite em gatos é o Granuloma eosinofílico: formando placas de infiltrado eosinifílico na cavidade oral 
NEOPLASIAS
Podem ser BENIGNAS ou MALIGNAS
- Benigna: épulis (crescimento da gengiva) e papilomas (verrugas)
- Maligna: melanoma e fibrossarcoma (risco de metástase)
- Tratamento: cirúrgico (remoção da região acometida) ou quimioterápico
ESOFAGITE
- Sinais clínicos: anorexia, sialorréia, hematêmese. Em casos crônicos há regurgitação por estenose esofágica
- Diagnóstico: esofagograma
- Tratamento: Anti-emético (Ondansetrona) ; Anti-ácido (Ranitidina ou Omeprazol); Protetor de mucosa (Sucralfato)
** Em caso de estenose, fazer dilatação gradual por endoscópio ou tratamento cirúrgico
MEGAESÔFAGO
É a dilatação total ou parcial do esôfago por hipoperistaltismo . Pode ser congênito, primário ou secundário
Normalmente, ocorre devido a um defeito nas vias nervosas aferentes, alterando a motilidade, mas também pode ocorrer por obstrução
Pode ocorrer pneumonia aspirativa, pois o alimento fica muito tempo alojado no esôfago, podendo ocorrer retorno desse alimento para a faringe e “falsa via”
Possíveis causas:
Doença esofágica obstrutiva:
PERSISTÊNCIA DO 4º AÓRTICO DIREITO
- Sinais clínicos: regurgitação pós desmame, caquexia, prejuízo do crescimento (pouca ingestão de nutrientes), tosse produtiva e secreção nasal 
- Diagnóstico: idade do paciente (filhote pós-desmame), anamnese/exame físico, raio-x simples e contrastado
- Tratamento: correção cirúrgica, manejo (oferecimento de dieta pastosa; colocar o animal em posição bipedal para se alimentar), antibiótico em caso de pneumonia 
Alteração da motilidade esofágica:
- MIASTENIA GRAVIS 
Dilatação esofágica causada pela produção de anticorpos contra os receptores de acetilcolina, ocasionando uma diminuição da motilidade e do tônus da musculatura esofágica
Pode ocorrer de forma focal ou generalizada, sendo que, na generalizada ocorre uma fraqueza muscular que pioram com exercícios
- Sinais clínicos: anorexia ou apetite voraz, regurgitação, fraqueza muscular que piora com o exercício (no caso da miastenia generalizada), tosse produtiva e secreção nasal (no caso de pneumonia aspirativa)
- Diagnóstico: anamnese/exame físico, raio-x simples e constrastado (esofagograma)
- Tratamento: Anticolinesterásico brometo de piridostigmina; Predinisona em dose imunossupressora 
- MEGAESÔFAGO IDIOPÁTICO
- Sinais clínicos: anorexia ou apetite voraz, regurgitação, emagrecimento ou tosse produtiva, secreção nasal e dispneia
- Diagnóstico: anamnese/exame físico, raio-x simples e contrastado, eliminação de outras causas
- Tratamento: oferecer dieta pastosa para o animal em posição bipedal; Antibiótico (em casos de pneumonia); Colocação do tubo esofágico ou gástrico(sem eficácia comprovada)
GASTRITES
É a inflamação da mucosa gástrica. Podendo aparecer em sua forma aguda ou crônica
AGUDA: pode ser causada pelo uso de AINEs; Corticosteróides; Doenças metabólicas ou hepáticas; Dieta inadequada/ ingestão de agentes irritantes; Ingestão de corpos estranhos; Doenças infecciosas; Pancreatite
- Sinais clínicos: anorexia, vômitos, melena (em casos de hemorragia digestiva severa), hematêmese nos casos mais graves 
- Diagnóstico: anamnese/exame físico; Exames laboratoriais (hemograma, função renal e função hepática); Exames complementares (RX; US)
- Tratamento: reestabelecimento do equilíbrio hídrico/eletrolítico e manejo alimentar. Em casos brandos, administrar anti-eméticos e antagonistas H2. Em casos graves, administrar ondansetrona, ranitidina, omeprazol, sucralfato
CRÔNICA: causa geralmente desconhecida, caracterizada por um infiltrado inflamatório
- Diagnóstico: animal que faz uso crônico de AINEs; Exames complementares; Doença renal ou hepática, inflamatórias/infecciosas, neoplasias, hipoadrenocorticismo (vômito recorrente)
- Diagnóstico diferencial: Linfoma em gatos; Gastrite linfocítica-plasmocítica; Gastrite eosinofílica; Neoplasias gástricas
- Tratamento:
 . Gastrite linfocítica-plasmocítica: dieta com proteína inédita ou hidrolisada; adicionar fibras; Ondansetrona e omeprazol; Prednisona 
ÚLCERA GÁSTRICA 
Lesão da mucosa gástrica que alcança a camada muscular. O paciente chega com muita apatia e muita dor, podendo apresentar melena e hematêmese 
- Causas: administração de anti-inflamatórios; corpo estranho; choque séptico ou hipovolêmico; mastocitomas; insuficiência renal ou hepática; neoplasias gástricas 
- Sintomas: anorexia, vômito, hematêmese, melena, dor abdominal, postura anti-álgica (para aliviar a dor)
 Em caso de perfuração da camada muscular, pode ocorrer peritonite e abdômen agudo;
O animal deverá permanecer internado, realizando tratamento sintomático com administração de anti-ácido e protetor gástrico
- Diagnóstico: anamnese/exame físico; US; Raio-x simples e contrastado; é importante pesquisar a causa base; endoscopia/biopsia/histopatológico para avaliar a causa 
- Tratamento: de imediato: fluidoterapia; diminuir a acidez gástrica (administração de anti-ácidos) e proteger a mucosa de forma agressiva (protetores de mucosa); Cirúrgico (reparação da lesão); Conservativo (ondansetrona/maropitan; Ranitidina associado ao omeprazol; Sucralfato; Fluidoterapia agressiva)
DIARRÉIA
Origem: ID e Pancreas: relacionada á digestão e absorção, cheia de gases, volumosas mas apenas uma vez
Origem IG: problemas na absorção de água. O animal fará diarreia em spray mais vezes ao dia. É mais grave pois o animal desidrata muito porque a água não está sendo absorvida corretamente na porção final do IG. É necessário fluido intensa. O muco serve para lubrificar a porção final. O animal pode vir á óbito por desidratação. Fezes enegrecidas indicam hemorragia no trato digestório superior (melena)
- Diarréia Aguda: 
Infecciosa: (giárdia, parasitária, bacteriana ou viral – cinomose, parvo). 
Medicamentosa: AINEs, antibiótico, quimioterápico, pois podem desequilibrar a flora intestinal
Nutricional: por dieta, alergia ou intolerância alimentar 
Extra-intestinal: insuficiência renal (desequilíbrio eletrolítico) 
Idiopática: gastroenterite hemorrágica idiopática
- Diagnostico: resenha, anamnese, exame físico
**listar diagnósticos possíveis
** solicitar exames complementares conforme sua suspeita (ex: giárida – fazer a flutuação por sulfato de zinco + coproparasitológico por 3 dias)
- Tratamento: tratar a causa de base, restrição alimentar, manter a volemia (fluidoterapia), antibioticoterapia. Pode levar á morte por sepse 
GASTROENTERITES HEMORRAGICAS VIRAIS 
Parvovivore e Coronavirose 
O animal tem apatia e diminuição de apetite, mais comum em animais até 1 ano. Evolução progressiva e rápida. Fezes pastosas ou liquidas de odor fétido, associado á anorexia total ou parcial e êmese. As fezes apresentaram cheiro de ferrugem devido á presença de ferro no sangue por causa do sangramento
Parvo: se multiplica nas células da cripta das vilosidades intestinais (que torna mais intenso)
Corona: se multiplica nas células das apicais das vilosidades intestinais 
Causam diarreia intensa, desidratação e choque hipovolêmico (fluidoterapia tem que ser intensa) e/ou séptico, bactéria se translocam para a circulação sanguínea contaminando todos os órgão dos animal. Cuidado com os contactantes, todos devem ser tratados
- Diagnóstico: resenha, anamnese, exame físico, hemograma (inespecífico) não tem como determinar através dele se o animal tem parvo, SNAP/PCR (valor preditivo baixo) porém, dá muito falso negativo, independente do resultado do exame não se sabe o diagnostico. Entretanto, não há falsopositivo. Medir glicemia sempre
- Tratamento: ondansetrona e ranitidina; Fluido com Ringer lactato (repor fluidos e eletrólitos perdidos na diarreia); Faz antibioticoterapia se necessário, nunca de prevenção, necessário hemograma constante para ver alteração de leucócitos 
HELMINTOS – Toxocara sp e Ancylostoma sp
Geralmente filhotes ou jovens adultos; Fezes pastosas ou liquida com hematoquesia e associada á parorexia (apetite depravado) e anemia de grau variado (raro devido á hematofagia e sangramento promovido pelos helmintos); Presença de verme nas fezes e nematoide causa diarreia 
- Diagnóstico: coproparasitológico (ver presença de ovos ou até mesmo vermes adultos nas fezes)
- Tratamento: nematoides e giárdia com Fembendazol; Cestoide (diplidium) associação de Praziquantel, Pirantel, Febantel (biotransformação hepática em Fembendazol)
PROTOZOÁRIOS E COCCÍDIAS 
-Sinais clínicos: diarreia pastosa, geralmente branda e resistente e intermitente, raramente associada á anorexia e hipertemia ou desidratação clinica (ex: giárdia, difícil de diagnosticar) 
- Diagnóstico: coproparasitológico , flutuação de sulfato de zinco (giárdia)
- Tratamento: para giárdia: Fembendazol ou Albendazol ou Metronidazol por 5 dias . Para coccidias ou isosporas: Sulfas
DIARRÉIA CRÔNICA
- Etiologia: sensibilidade alimentar; Enterite linfocítica plasmocitica/eosinofílica; Sindrome da má digestção; Tríade; Colestase; Sindrome do intestino curto
ENTERITE OU COLITE LINFOCÍTICA PLASMOCÍTICA OU EOSINOFÍLICA
Doença inflamatória intestinal (gatos) relacionada á uma resposta imunoimediata ou de hipersensibilidade contra proteínas específicas da dieta, pode predispor ou ser confundida com linfoma intestinal 
- Diagnóstico: eliminação, biopsia, histopatológico
- Tratamento: alteração da dieta com proteína inédita ou hidrolisada, Prednisona (cuidado se tiver linfoma) e fibras em cães
 
SISTEMA DIGESTÓRIO – FÍGADO
Responsável por metabolização, armazenamento, produção de proteínas, processos digestórios, fator de coagulação. A circulação porta-hepática (fluxo sanguíneo) é importante para função do fígado
Circulação êntero-potal manda a amônia para o fígado, que por sua vez metaboliza, transformando em ureia
** Quando suspeitamos de lesão hepática? Uso de medicamentos hepatotóxicos, anorexia/êmese, hepatomegalia, icterícia, ascite(balotamento positivo), sintomas neurológicos como depressão, letargia e convulsão 
Doença hepática: lesão de menos de 70%, consegue exercer sua função, maioria é assintomático 
Insuficiência hepática: lesão de mais de 70%, perda ou diminuição da função, podendo ser aguda ou crônica
- Principais complicações de Insuficiência Hepática:
Avaliação de lesão hepática - estarão alterados: ALT, AST, FA, GGT 
Avaliação de função hepática – estarão alterados: ALB, Fatores de coagulação, Ácidos biliares, Aumento de absorção de amônia, Diminuição da uréia 
A avaliação da bilirrubina é que vai determinar se a lesão hepática é PRÉ(hemólise, hemácias indiretas ou não conjugada porque não passou no fígado) ou PÓS(elevação de bilirrubina direta)
Ureia e Creatinina: normalmente não tem alteração quando lesão hepática, a não ser em quando infeccioso ou baixa conversão de amônia em ureia
Urinálise: colúria, presença de cristais de amônia(excesso de amônia, causa formação de urólitos), isostenúria
GASTRITE: baixa perfusão do estômago, causando lesões em mucosas gástricas/intestinal e estimula a produção de histamina (ácido clorídrico). Tratamento com Ranitidina ou Omeprazol com Sucralfato e Fluidoterapia com glicofisiológico 5% (para não aumentar a metabolização hepática)
COAGULOPATIAS: baixa produção de fatores de coagulação. Suplementar com potássio ou transfusão de plasma 
ENCEFALOPATIA HEPÁTICA: excesso de amônia (pode ser causada pela não quebra de proteína, o que se torna toxico para o sistema nervoso) na circulação, não metaboliza amônia em ureia, a amônia mimetiza um Benzodiazepínico(potencializa canais gabaérgicos). Tratamento: Fluido com solução glicofisiológica, dieta com restrição proteica e com proteína de alto valor biológico (ração para hepatopata, frango, queijo...) Lactulose (pró-cinético, aumenta a motilidade TGI. Altera pH intestinal, a molécula de hidrogênio torna ácido, transforma amônia em amônio que é menos absorvida pelo intestino), Metronidazol (ATB, pega bactérias anaeróbias, resposta imunomoduladora. Vai abaixar o nível de proteases bacterianas, baixando o nível de amônia)
 DOENÇAS DO SISTEMA URINÁRIO – IRA x DRC
- Rins: superior
- Ureter, bexiga, uretra: inferior
Funções dos rins:
- reabsorção de eletrólitos, filtração e secreção 
- eliminação/excreção de metabólitos tóxicos 
- produção de eritropoietina, renina, ativa a vitamina D
- manter o equilíbrio ácido-básico 
- equilbrio hídrico e eletrolítico...responsável pela volemia 
- manter o controle de pressão arterial sistêmica 
Não passa pela filtração glomerular:
- albumina(é ela quem confere a pressão oncótica)
- células
Insuficiência Renal: perda de função dos néfrons podendo ser reversível ou irreversível – perda de 70% ou mais 
Doença Renal: será reversível quando não tiver a membrana basal do néfron lesionada
A velocidade que se perde a função do néfron é o que difere IRA(reversível) e IRC (irreversível)
Em IRA as causas isquêmicas são as mais comuns(hipovolemia, baixa pressão, baixa volemia é o que as causas isquêmicas tem em comum) 
- Desidratação, êmese, hiporexia, acidose, taquipnéia ou bradicardia
- Faz fluido anti-emético, proteror gástrico, bicarbonato, Ringuer(devolve sódio) ou fisiológico. 
Todo urêmico é azotêmico, mas nem todo azotêmico é urêmico !!!
Fazemos fluido para fazer o rim trabalhar, só sabe se está funcionando o tratamento quando tem presença de urina. Se não der certo usamos o diurético Manitol (só depois da fluido e NÃO para crônico, fornecer em fase oligúrica e anúrica apenas na fase aguda. Furosemida também pode ser usada em última opção), que tem poder osmótico, ou seja, trás água, ajudando ainda mais na produção de urina. Quando produzir urina, tira o Manitol e mantém fluido
- Causas da IRC: congênitas são as mais comuns, pode haver crise aguda nesse caso crônico; Nefrite intersticial crônica e Glomérulonefrite são as mais comuns
- Sintomas: anemia, osteodistrofia por excesso de PTH, poliúria, polidipsia, desidratação, hipovitaminose, acidose, uremia 
- Tratamento: Benazepril (principal vasodilatador) pois é 50% excretado no rim e 50% excretado no fígado, mas existem outros tipos de vasodilatador: Inalapril, Captopril
Gatos tem poliúria muito intensa que perde mais do que excreta, causando hipocalemia, gerando ventroflexão de pescoço (fraqueza muscular generalizada)
Etiologia da doença renal crônica: congênita ou adquirida 
- Diagnostico: hemograma(anemia), bioquímico(ureia e creatinina altas; sódio e potássio sempre para gatos e para cães somente quando ele apresentar sinais; Bicarbonato; Cálcio/HPO-4 obrigatório para todos; PTH em agudo não, mas em crônicos sim; Urinálise(PU:CU – CÃES menor que 0,5 ; GATOS menor que 0,4)); Ultrassom abdominal
- Tratamento: Fluidoterapia (no estágio 3 e 4 é obrigatório), manejo da síndrome uremica, anti-emético(Metroclopramida ou Maropitant), Sucralfato(para a reposição de ferro), Reposição de Eritropoietina e/ou Sulfato ferroso, Bicarbonato (estágio 3 e 4), Inibidor de ECA(Cloridrato de Benazepril)
- Tratamento dos estágios da DRC: 
DRC 1: Ômega 3(antioxidante)
DRC 2: Bicarbonato(se tiver acidose). Se tiver aumento de PTH, preocupar-se com osteodistrofia, Dieta renal(aumento energética, diminiu pressão, proteína de alto valor biológico), pois pode estar retendo fosforo 
DRC 3: Tudo da 1 e da 2 + anemia e síndrome urêmica. Fazer fluido, anti-emético e protetores de mucosa 
DRC 4: talvez diálise (crônico é com objetivo de retirar toxinas e agudo é mais viável pois é revertido), ou transplante
	IRA
	X
	DRC
	Animal jovem ou idoso
	identificaçãoAnimais idosos, raças específicas, congênitas
	Oligúria/anúria, apatia, anorexia, êmese, diarreia (aparecem entre 24/48h)
	
Sintoma principal
	Poliúria, polidipsia
dependendo do estágio, os sintomas vão progredindo (oligúria e anúria em fase terminal)
	Rim liso e sensível com aumento de volume, densidade menos que 1030 com sedimentos, processo ativo e ureia/creatinina altas dependendo do estágio
	
exames
	Rim firme, não liso, sem dor, diminuído por fibrose, densidade menos que 1030, sem sedimentos, anemia
	
	Exame laboratorial
	Sintomas
	
Filtração (glomérulo)
	Creatinina, ureia, fósforo, PU:CU (proteinúria), aumento do peso molecular
	Êmese, edema, fósforo alto, anorexia, apatia, mandíbula de borracha (osteodistrofia)
	
Reabsorção (túbulo)
	Densidade urinária (DRC: desidratação), glicose(glicosúria)
	Poliúria, polidipsia, desidratação
	
Secreção
	H+(hemogasometria) / K+
	Bradicardia (hipercalemica, potencial de ação causa), taquipnéia, hiperventilação
	ESTÁGIOS
	CÃO
	GATO
	1
	Menor que 1,4
	Menor que 1,6
	2
	1,4 á 2,0
	1,6 á 2,8
	3
	2,8 á 5
	2,8 á 5
	4
	Maior que 5
	Maior que 5
DOENÇA HEPÁTICA
Lesão inferioir a 70%; Tem inúmeras causas, as prinicipais são: infecciosa, inflamatória, tóxica, medicamentosa, nódulos de hiper ou neoplasia, hereditária
- Assintomático, dificilmente sintomatologia, normalmente achado laboratorial. Não há ascite, pois não tem perda de função (ALB baixa)
- Diagnóstico: histórico (uso de medicamento, processo inflamatório, infeccioso, etc.); ALT e FA altos dependendo da lesão, ALB normal
- Tratamento: tratar a causa de base, ácido ursodeoxicólico (aumenta contratibilidade de vesícula biliar); reavaliação exames laboratoriais; Legalon (silimarina)
INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA AGUDA
Lesão de mais de 70% do fígado (parênquima hepático).
- Sinais clínicos: anorexia, êmese
- Diagnóstico: ALT e FA aumentadas, GGT (para felinos), pode ocorrer aumento da ALB direta (dificilmente ocorre), esplenomegalia
- Tratamento: tratar causa de base, fluido (para diurese), dieta com restrição proteica e maior valor biológico, metronidazol (inibe proteases bacterianas), lactulose (altera pH intestinal, fica ácido e vira amônia ), ondansetrona/ranitidina/Omeprazol, Ursacol
INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA CRÔNICA
- Ascite (vem da diminuição de ALB da pressão oncótica ou aumento da pressão hidrostática), caquexia, maior chance de icterícia, sintomas de encefalopatia hepática (ex: neurológico), gastrite (por baixa perfusão de mucosa gástrica, assim perde capacidade de repôr o epitélio lesionado)
- Identificação da ascite: exame física, palpação, balotamento positivo
- diagnóstico: ALT discretamente aumentada, FA variável, ALB sérica baixa, pode acontecer aumenta da bilirrubina direta (porquê a indireta é em hemólise), US, biópsia e histopatológico (não vale a pena pra terapêutica, pois não reverte, porém para diagnóstico sim).
-Tratamento: o mesmo que a aguda. Conseguimos diminuir/retardar essa manifestação. Fluído (para diurese), metronidazol (inibe proteases bacterianas), Lactulona (acidifica o pH intestinal), Ursacol (diminui colestase), proteína de alto valor biológico.
ANASTOMOSE PORTO SISTÊMICA
Congênita, ou seja, o animal já nasce com isso
Sofre mais na hora que come, pois produz mais amônia
Extra-hepático (pequeno porte);
Pequenas comunicações intra-hepático (normalmente grande porte)
Pode ser adquirido: associado com hipertensão portal/cirrose
- ou congênito (mais comum): intra ou extrea-hepático.
Incidência: animais até 1 ano principalmente
- Sintomas: encefalopatia hepática ou convulsão, que podem ou não estar relacionado com a alimentação
- Diagnóstico: ALT e FA normais ou aumentadas ligeiramente (porquê não tem lesão), pode haver isostenúria; ALB baixa em casos mais crônicos; circulação hepática comprometida ou com algum defeito (exame de ácidos biliares, se der alteração faz US e/ou tomografia [difícil visualização], obrigada basal e pós prandial); pode haver cristais de biurato de amônio (por não absorver a amônia, indica amônia sérica aumentada)
- Tratamento: cirurgia ou tratamento conservativo (o mesmo que insuficiência: para aumentar diurese e diminuir amônia), só muda se houver convulsão (causada pela encefalopatia hepática, pois amônia está muito alta), não é indicado anti-convulsivante (pode ficar comatoso) entrar com terapia para diminuir amônia. CIRURGICO: correção da anastomose com ameróide, porém não é indicado em pacientes com microhepatia
LIPIDOSE HEPÁTICA FELINA
Qualquer causa que gere anorexia e emagrecimento
Há um acúmulo de gordura no fígado
Gato obeso com anorexia prolongada e emagrecimento (causando colestase e sintomatologia hepática)
- Exame fisico: icterícia, desidratação, hepatomegalia
- Diagnóstico: FA muito aumentada (por causa da colestase), GGT aumentada ou normal, ALT com aumento discreto, bilirrubina muito aumentada, azotemia pré renal, hipocalemia , US (hiperecogenicidade difusa, citológico com maior de 80% (acúmulo de gordura) dos hepatócioscom vacúolos intracitoplasmáticos
- Tratamento: sonda para alimentação parenteral (o que muda é o volume de cada sonda, a gastrica é a que tem maior volume, mais a esofágica é a mais recomendada), reestabelecer o equilíbrio hídrico (evitar lactato), L-carnitina, reposição de potássio, reestabelecer alimentação (ideal a realimentação gradativa, para ter a volta do tamanho. Não pode muita proteína para o doente renal pois tem dificuldade de eliminar uréia, se der proteína vai produzir amônia e uréia). A sonda vai ser retirada apenas quando o animal voltar a comer
- Prognóstico: cerca de 80% tem recuperação quando a causa de base é suave
INSUFICIÊNCIA PANCREÁTICA EXÓCRINA
 Deficiência de enzimas pancreáticas
- POLIFÁGICO (falta enzimas de digestão), DIARRÉIA CRÔNICA, POLIFAGIA, emagrecimento, êmese, NÃO TEM DOR
- Diagnóstico: TLI (melhor teste. se menor que 2,5 é positivo) fazer em jejum, AMIL e LIP são poucos específicos, não muito bons
- Tratamento: suplementação com pancreatina, dieta com alta digestibilidade (restrição de gordura e pouca fibra), suplementação com cobalamina, ATB (metronidazol e/ou ampicilina)
PANCREATITE
Inflamação do pâncreas por ativação das enzimas de próprio órgão
- DOR!, não come bem, é agudo (não deu tempo de perder peso)
Animais acima de 5 anos (ex: schnauzer) é muito comum de ter, doenças endócrinas e liperpidemia são os mais prejudiciais
- Sinais clínicos: anorexia, êmese, diarréia, dor abdominal, febre, icterícia, sintomas dependem do grau de severidade do quadro
- Diagnóstico: AMIL e LIP também não são específicas, não é bom, SPEC ou LIP pancreática específica (PLI)
- Tratamento: analgesia com opióides, Fentanil/Morfina/Meperidina (controle da êmese), MAROPITANT (evitar em gatos), Ondansetrona/Ranitidina (fluído agressiva), melhora da profusão tecidual, dieta (nutrição parenteral gradativamente, reduzindo principalmente gordura), Enro + Metronidazol
 TRATO URINÁRIO INFERIOR
- vesícula urinária
- uretra
Hemácias na urina não é sinal de infecção . Causas principais são doenças inflamatórias e neoplasias (carcinoma de células de transição)
Em casos obstrutivos, comum é ISCÚRIA
- Cão fêmea: mais comum ter cistite bacteriana
- Gatos: idiopática inflamatória, obeso e macho
Em cães a cistite pode ser recidivante, pois há resistência, erro administrativo e doses menores
- Tratamento: Enrofloxacina, Amoxicilina Triidratada com Clavulonato. Ampicilina é boa, mas tem problema de frequência 
UROLITÍASE
- Alcalinização de pH que facilita a formação de ESTRUVITA(é a 1º causa, mais comum do animal ter; aumenta a chance de ter urolitíase bacteriana) ; pH ácido forma OXALATO DE CÁLCIO(é a 2º causa; mais difícil o animal ter) . Nesses casos, fazer dieta terapêutica aumenta a chance de ter urolitíase bacteriana 
Fêmea tem mais urólito, pois uretra é maior. Raça predisposta: Schnauzer 
CISTITE INTERSTICIALFELINA (CIF)
Causada pelo estresse (liberação de cortisol), ambiente
- Tratamento: terapia com antidepressivo , enriquecimento ambiental, ingestão aumentada de água, espasmolíticos e AINEs. Não é comprovado o tratamento da CIF com estresse associado
 
 FLUIDOTERAPIA
Água corporal total: 60% (líquido intracelular: 40%; líquido extracelular: 20%)
Devido ao corpo produzir mais ácido, nós utilizamos o Ringer Lactato para acontecer o tamponamento
- Respiração: 1º mecanismo para controlar gás carbônico (taquicardia)
- Renal: 2º mecanismo para excreção de H+
pH alcalino: bradicardia
Não da para substituir alimentação por fluidoterapia, pois não tem aminoácidos e proteínas na fluido 
Para repor perda deve: aumentar a diurese, aumentar a taxa de filtração, aumentar a volemia
Para avaliar a desidratação: TPC, turgor cutâneo(mínimo 5%) ou exames laboratoriais como Urinálise, densidade (alta – ADH ativo – pode variar conforme fluido) e PTXVCM (alta
A % de desidratação: indica o quanto já perdeu e ajuda a saber o quanto tem que repor
	assintomático
	< 5%
	- Sem alteração física
- Histórico de perda ou não ingestão de líquidos 
	leve
	5% a 6%
	- Perda discreta de elasticidade da pele
	moderado
	7% a 9%
	- Perda de elasticidade
- TPC discretamente elevado (3 segundos)
	severa
	10% a 12%
	- Perda acentuada da elasticidade
- TPC elevado
- Ressecamento de mucosa
	Crítica ou muito severa
	13% a 15%
	- Choque
- Taquicardia
- Hipotermia 
Vias de administração:
- intravenosa
- intraóssea (filhotes)
- subcutânea
- oral (não eficaz)
Qual fluido utilizar?
- Glicose á 5% em pacientes com edema pulmonar, pois não podemos dar Na+. Principalmente para hipoglicêmicos e cardiopatas 
- Hipertônico: é o que mais tem Na+. Não usar em hipovolêmico 
- Ringer: não usar em alcalose, hepatopatias, hipercalcemias
- Glicofisiológico: em hipoglicêmicos/hipocalêmicos 
Suplementação de Potássio (antes calcular fluido)
- Êmese: perde ácido e fica com alcalose
 . fluido: fisiológico, todos menos o Ringer Lactato
- Diarréia: perde bicarbonato por causa da acidose
 . fluído: apenas Ringer Lactato
- Êmese e Diarréia: perda maior por diarreia
 . apenas Ringer Lactato
A cada 1ml, são 20 gotas: macrogotas 
-- Cálculo do Volume Total (Vt) a ser administrado em 24h:
*Manutenção
 . perdas imperceptíveis (urina,transpiração...)
 . 40 a 60 ml/kg em 24h
*Reposição
 . Calcular pela % da desidratação
reposição(ml) = peso(kg) X %desidratação X 10
Vt = manutenção + reposição + perdas
* Perda
Ex:. Cão de 7kg com 8% de desidratação e diarreia deve receber em 24h:
- manutenção = 7(kg) X 50(ml) = 350ml
- reposição = 7(kg) X 8(%) X 10 = 560ml
- perda = 7(kg) X 50(ml) = 350 ml
Ut = (ml) = manutenção + reposição + perdas
Vt = (ml) = 350 + 560 + 350 = 1260ml

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