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papper prática os grandes pensadores da Geografia

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OS GRANDES PRECURSORES DA GEOGRAFIA E A PRÁTICA DO TRABALHO DE CAMPO
Silvane Inês Caczmareki
Professor orientador Juliana Dummer
Centro Universitário Leonardo da Vinci - UNIASSELVI
Licenciatura em Geografia (GED0174) – Prática Módula Simulada
11/06/2014
RESUMO
A presente prática visa apresentar os grandes precursores da Geografia bem como aqueles que desenvolveram os primeiros estudos tendo como instrumento de estudo a pratica de campo. O método utilizado foi o Módulo Simulado onde foram pesquisados os assuntos em diversos livros e publicações. Será apresentado inicialmente os grandes precursores e uma rápida biografia de cada um deles, em seguida serão abordados quais dos grandes precursores realizaram trabalhas de campo e como foram estes realizados. Esta prática tem como objetivo de pesquisa esclarecer e divulgar esses que se empenharam tanto nessa área que é a geografia e seus vários ramos, como também se empenhou a sair de suas casas e encarar a geografia assim como deve ser. Olhar frente a frente, explorar, conhecer, e não apenas ficar reservado em suas pesquisas limitando-se envolta de livros. Sabe-se que para torna-se um grande profissional é preciso conhecer a teoria e a prática, e é com a prática que realmente podemos entender a grandeza que é este campo de estudo chamado Geografia onde se trata muitos assuntos principalmente na Geografia Física, onde é essencial trabalhar, observar, tocar, olhar, e entender esse universo tão lindo e grandioso no qual habitamos.
 
 
Palavras-chave: Trabalho de Campo, Geografia, Ensino.
1 INTRODUÇÃO
Este trabalho se propõe a analisar criticamente a importância do trabalho de campo no ensino da Geografia, tendo como exemplos os grandes precursores e seus trabalhos desenvolvidos fora do ambiente fechado, o que quer dizer os trabalhos de campo. Dentre várias técnicas utilizadas no ensino da Geografia, considera-se o trabalho de campo, uma atividade de grande importância para a compreensão e leitura do espaço, possibilitando o estreitamento da relação entre a teoria e a prática. Por meio do trabalho de campo foi possível desenvolver as habilidades de observar, descrever, interpretar fenômenos de profissionais na área das geociências. Será feita uma breve descrição dos precursores da Geografia, apresentando as suas contribuições para os estudos geográficos, como também apresentar os precursores da prática do trabalho de campo da Geografia. O método utilizado foi tipologias simuladas. Os grandes precursores aqui mencionados serão: Alexander Von Humboldt, Karl Ritter que são considerados os primeiros estudiosos da Geografia constituída como ciência moderna, Élisée Reclus e sua Geografia Literária, Josué de Castro Brasileiro , destacou-se por seu trabalho sobre a Geografia da Fome no Brasil, Vidal de La Blache que foi um dos maiores nomes da Geografia, sendo responsável pelo que se denominou por possibilíssimo Geográfico, Richard Hartshorne que consagrou-se como um geógrafo clássico, com importantes contribuições no campo da epistemologia da Geografia, Milton Santos foi um dos maiores geógrafos da história do pensamento geográfico, David Harvey e por fim Friedrich Ratzel, geógrafo e etnólogo alemão, foi um dos principais autores clássicos da Geografia. O objetivo desta seção é proporcionar algumas contribuições no que se refere à difusão dos pensamentos dos principais geógrafos da história, ressaltando as principais contribuições destes para a Geografia, e para as ciências em geral. 
2 OS GRANDES PRECURSORES
 Josué de Castro 
Destacou-se por seu trabalho sobre a Geografia da fome no Brasil, bem como suas causas e os meios para combatê-la.
Josué de Castro (1908-1973) foi um pensador e ativista político brasileiro nascido na cidade de Recife. Apesar de não ser geógrafo de formação (sua graduação era medicina), tornou-se um dos maiores pensadores da Geografia, em virtude, principalmente, das obras Geografia da Fome e Geopolítica da Fome.
Além de sua formação em Medicina, também foi livre-docente em Filosofia (Faculdade de Medicina do Recife), professor catedrático de Geografia Humana (Faculdade de Ciências Sociais do recife e na Universidade do Brasil) e de Antropologia (Universidade do Distrito federal). Foi também embaixador do Brasil na ONU, em Genebra, além de ter sido eleito Deputado Federal pelo Partido Comunista, mas teve seu mandato cassado com a implantação da Ditadura.
David Harvey
 Foi um geógrafo Britânico nascido em 1935, formado pela Universidade de Cambridge e professor da Universidade da cidade de Nova York. De orientação marxista, Harvey é um dos principais nomes da Geografia Humana Contemporânea, tendo sido agraciado em 1995 com o Prêmio Vautrin Lud, O Nobel da Geografia.
Élisée Reclus 
 Foi um Geógrafo Clássico que se caracterizou pelo seu pensamento anarquista, o que destoava seu trabalho dos demais pensamentos de sua época.
Élisée Reclus (1830-1905) foi um geógrafo e anarquista francês. Sua obra caracterizou-se, principalmente, por se diferenciar profundamente da maioria dos pensadores da Geografia de sua época. Apesar de realizar um trabalho de caráter positivista e de se opor ao marxismo, utilizou-se de algumas de suas categorias, como a luta de classes.
Vidal de La Blache
Paul Vidal de La Blache (1845-1918) foi um geógrafo francês e um dos nomes mais lembrados no que se refere à história do pensamento geográfico. Sua obra é bastante reconhecida por ser fundadora da corrente de pensamento que veio a ser denominada por possibilíssimo, em oposição ao Determinismo Geográficoalemão. Vidal também foi considerado o fundador da escola regional francesa.
Richard Hartshorne
 Richard Hartshorne (1899-1992) foi um geógrafo estadunidense muito conhecido pela ampla difusão de suas principais obras: A Natureza da geografia e Propósitos, e Natureza da Geografia. Trata-se de um dos principais nomes dessa ciência, com uma vasta obra que deixou um importante legado, incluindo conceitos e observações ainda hoje empregados.
 Hartshorme foi o grande responsável pela sistematização e difusão da epistemologia da Geografia em seu país, sendo um profundo leitor e seguidor dos ideais do geógrafo alemão Alfred Hettner, traduzindo para inglês várias das obras de Hettner.
Friedrich Ratzel
 Friedrich Ratzel (1844-1904) foi um pensador alemão, considerado como um dos principais teóricos clássicos da Geografia e o precursor da Geopolítica e do Determinismo Geográfico. Vale lembrar que a expressão “determinismo” não era empregada pelo próprio Ratzel, tratando-se de uma atribuição conceitual que foi dada a partir das leituras sobre o seu pensamento. Sua principal obra publicada foi a Antropogeografia.
Milton Santos
 Foi um geógrafo brasileiro, considerado por muitos como o maior pensador da história da geografia no Brasil e um dos maiores do mundo. Destacou-se por escrever e abordar sobre inúmeros temas, como a epistemologia da Geografia, a Globalização, o espaço urbano, entre outros.
 Conquistou, em 1994, o prêmio Vautrin Lud, o Nobel da Geografia, sendo o único brasileiro a conquistar esse prêmio e o primeiro Geógrafo fora do mundo Anglo-Saxão a realizar tal feito. Além dessa premiação, destaca-se também o prêmio Jabuti de 1997 para o melhor livro de ciências humanas, com “A Natureza do Espaço”. Foi professor da Universidade de São Paulo, mas lecionou também em inúmeros países, com destaque para a França.
Alexander Von Humboldt
 Humboldt (1779-1859) nascido na recém-unificada Alemanha, e de família Prussiana, era um grande desbravador e utilizava as suas riquezas para custear os seus deslocamentos pelo mundo, bem como as suas pesquisas sobre as diferentes paisagens. Esteve na Europa, Ásia, e América Latina, incluindo o Brasil.
Ao abordarmos a vida e obra de Alexander Von Humboldt muitos rótulos saltam à mente. A tentativa de enquadramento de um cientista da envergadura dele é, com certeza, além de arriscada, uma árdua tarefa. Muitos já tentaram e, no âmbito dos estudos geográficos, provavelmente, não será a última vez que isto irá ocorrer.
Karl Ritter	
 Ritter (1779-1859) ao contrário de Humboldt, não realizou grandes viagens exploradoras, sendo um grande leitor dos conhecimentos científicos de sua época. Procurou manter uma perspectiva que integrasse as sociedades e os meios naturais, entretanto, preocupou-se em descrever mais detalhadamente o meio social humano. Bastante influenciado pelo idealismo de Shelling , buscou alcançar a totalidade do conhecimento sobre a terra a partir das somas das partes.
2.1 OS PRECURSORES DA GEOGRAFIA E AS PRÁTICAS DE TRABALHO DE CAMPO
 
 Josué de castro não foi um geógrafo de formação, era graduado em medicina, mas tornou-se um dos maiores pensadores da Geografia em virtude, principalmente, das obras Geografia da fome e Geopolítica da fome.
Castro caracterizou seu pensamento por romper com algumas falsas convicções que imperavam em seu período (e que ainda se fazem presentes nos dias atuais) de que a fome e a miséria do mundo eram resultadas do excesso populacional e da escassez de recursos naturais.
Em suas obras, provou que a questão da fome não se tratava do quantitativo de alimentos, ou do número de habitantes, mas sim da má distribuição das riquezas, concentradas cada vez mais nas mãos nas mãos de menos pessoas. Por isso, acreditada que a problemática da fome não seria resolvida com a ampliação da produção de alimentos, mas com a distribuição não só dos recursos, como também da terra para os trabalhadores nela produzirem, tomando-se um ferrenho defensor da reforma agrária.
Em sua obra Geografia da Fome realizou um intenso trabalho no sentido de mapear toda a distribuição e concentração da fome no Brasil. O resultado foi a derrubada de alguns mitos: de que a fome decorria de influências climáticas ou de que tal processo era culpa da improdutividade da população que optava pelo ócio, argumentos bastante populares ainda hoje.
O autor dividiu o país em cinco regiões conforme as características alimentares de cada uma delas. Assim comprovou que a ocorrência da fome e da desnutrição da população não tinha relação com fatores naturais, mas sim políticos, sendo necessária a adoção de políticas de distribuição alimentar e a implantação da reforma agrária.
Na obra Geopolítica da Fome Josué eleva a análise da fome a um nível internacional, regionalizando sua análise entre os continentes da América, África, Ásia e Europa.
David Harvey destacou-se por suas obras entre elas as mais famosas e difundidas; A Justiça Social e a Cidade, Condição Pós-Moderna, Espaços de Esperança e A produção Capitalista do espaço. Atualmente, o autor vem trabalhando em uma série de livros voltados para a análise e compreensão de O Capital. de Karl Marx. 
Uma das premissas básicas dos trabalhos desse autor é a centralização da teoria. Para ele, não há uma satisfatória análise do espaço Geográfico e das transformações a ele referentes se não há uma base teórica que a sustente.
Outro importante mérito dos estudos de David foi abordar a ideia de espaço que distingue as concepções de espaço absoluto (cartesiano), espaço relativo (inspirado nas contribuições de Albert Einsten) e o espaço relacional, incorporando elementos filosóficos que se afastam das medições exatas e englobam as relações de possibilidade.
Em evolução a esse raciocínio, o geógrafo britânico desenvolveu um dos mais importantes conceitos do pensamento geográfico das últimas décadas: a compreensão espaço-tempo. Na esteira dessa concepção, ele foi capaz de visualizar a dinâmica nascente no contexto da globalização de superação das distâncias, em que as transformações técnicas e tecnológicas foram capazes de acelerar os acontecimentos e os níveis de produção econômica e integração política. Os seus estudos são um dos mais proeminentes das últimas décadas no contexto do pensamento geográfico.
Élisée Reclus foi exilado da França por ter militado na Comuna de Paris ( 1871) e, por isso, realizou grandes viagens ao redor do Mundo, passando pela Irlanda, Estados Unidos, Colômbia, Suíça e chegando, inclusive, a escrever uma obra sobre o Brasil, intitulada “ estados Unidos do Brasil “.
Em seus trabalhos, baseava-se no método descritivo, procurando não fazer nenhum tipo de oposição das características físicas e naturais com as humanas e sociais, o que diferia o seu pensamento de praticamente todos os geógrafos de sua época.
Vidal de La Blache rejeitava a ideia que as condições naturais do meio influenciavam e determinavam as atividades humanas e a vida em sociedade. Para Vidal, o homem também transformava o meio onde vivia, de forma que para as nações humanas, diversas possibilidades eram possíveis, uma vez que essas não obedeceriam a uma relação entre causa e efeito.
Graças à sua formação trouxe para a Geografia a importância do tempo e da história para os estudos geográficos. Foi considerado, por isso, um dos grandes responsáveis pela difusão da Geografia Humana, apesar de afirmar que a Geografia não deveria estudar o homem, mas o meio em que ele vive.
O conceito de região foi muito importante em sua obra. Na teoria lablacheana, esse conceito estava associado às paisagens naturais, de forma que uma região existia no espaço.
Richard Hartshorne consagrou-se
como um Geógrafo clássico, com importantes contribuições no campo da Epistemologia da Geografia.
Defendia que a geografia deveria se preocupar em entender como os fenômenos se combinam na superfície terrestre, integrando em um mesmo viés os elementos naturais e humanos. Em síntese, a Geografia para ele deveria ser entendida como ciência que estuda os diversos aspectos da superfície terrestre, partindo do critério da diferenciação de áreas.
Conseguiu elaborar uma perspectiva integradora entre o espaço humano e o espaço físico, também teve o mérito de integrar, de certa forma, a Geografia Geral com Geografia regional. Isso porque ele defendia que existiam características específicas dos lugares, mas que também havia condições gerais que as integravam, formando uma espécie de teia ou de rede que interligava as diferentes localidades.
Outra importante contribuição consistiu na elaboração do conceito de região. Para ele, região não era uma realidade presente em si mesma no espaço, mas uma elaboração intelectual humana para compreendê-lo. Tal concepção deve-se, sobretudo, à influência do pensamento de Kant, que defendia que os conceitos não existem a priori da compreensão humana. A ele deve-se a linha de pensamento que mais tarde veio a ser conhecida por Nova Geografia.
Friedrich Ratzel , geógrafo e etnólogo alemão , foi um dos principais autores clássicos da geografia.
A Ratzel deve-se a ênfase dos estudos geográficos sobre o homem. Entretanto, a teoria ratzeliana via o ser humano a partir do ponto de vista biológico (não social) e que, portanto, não poderia ser visto fora das relações de causa e efeito que determinam as condições de vida no meio ambiente.
A essa concepção deu-se o nome de Determinismo geográfico, em que o homem seria produto do meio, ou seja, as condições naturais é que determinam a vida em sociedade. O homem seria escravo do seu próprio espaço.
Elaborou o conceito de espaço vital, que seria as condições espaciais e naturais para a manutenção ou consolidação do poder do estado sobre o seu território. Seriam as condições naturais disponíveis para o fortalecimento de uma dada sociedade ou povo. Aquelas populações que dispusessem de melhor espaço vital estariam mais aptas a se desenvolver e a conquistar outros territórios.
Pode-se dizer, no entanto, que as suas ideias foram constitutivas de uma verdadeira Geografia do poder.
Milton Santos foi um dos maiores geógrafos da História do pensamento geográfico. Em seu livro por uma Geografia Nova, o autor criticou a corrente de pensamento Nova Geografia, marcada pela predominância do pensamento neopositivista e da utilização de técnicas estatísticas.
Diante desse pensamento, propôs – fazendo eco a outros pensadores de seu tempo – a concretização de uma “ Geografia Nova “, marcada pela crítica ao poder e pela predominância do pensamento marxista. Nessa obra, defendia também o caráter social de espaço, que deveria ser o principal enfoque de geógrafo.
“Um dos conceitos mais difundidos e explorados por esse geógrafo foi a noção de ‘ meio técnico-científico informacional”, que seria a transformação do espaço natural realizada pelo homem através do uso das técnicas, que difundiram graças ao processo de globalização e a propagação de novas tecnologias.
Sobre a globalização, Milton Santos era um de seus críticos mais ferrenhos. Em uma de suas célebres frases, ele afirmava que “essa globalização não vai durar. Primeiro, ela não é a única possível. Segundo, não vai durar como está é monstruosa, perversa. Não vai durar porque não tem finalidade”.
“Em uma das suas obras mais difundidas pelo mundo – Por outra Globalização -, muito lida por “não geógrafos” Milton Santos, dividiu o Mundo em “ globalização como fábula” ( como ela nos é contada) , “ globalização como perversidade “ ( como ela realmente acontece ) e “ globalização como possibilidade “, explorando a ideia de uma outra globalização.
Além disso, o geógrafo proporcionou uma fecunda análise a respeito do território brasileiro, abordando as suas principais características e inserindo a produção do espaço no Brasil sob a lógica da Globalização. Nessa obra, de mais de 500 páginas, propôs, inclusive, uma nova regionalização do Brasil, dividido em quatro grandes regiões.
Milton Santos faleceu em 24 de junho de 2001, vítima de complicações proporcionadas por um câncer, aos 75 anos. Deixou uma vasta obra, com dezenas de livros e uma infinidade de textos, artigos e capítulos. Seu pensamento ainda é considerado atual e muitas das críticas dos movimentos antiglobalização fundamentam-se em suas ideias. 
Alexander Von Humboldt em virtude de sua formação e de sua experiência, associava o ser humano, e a vida em sociedade às características físicas, biológicas e naturais para explicar a dinamicidade e as relações espaço-temporais. Tal pensamento foi precursor dos ideais de Friedrich Ratzel, um dos formuladores do determinismo geográfico.
Foi responsável pela adoção e uso exclusivo da razão para explicar o espaço e suas características físicas e humanas, rompendo com os pensamentos até então marcados pela presença de mitos, crenças e superstições.
Humboldt trabalhava com viagens e observações descritivas eram naturistas e estudava geologia e botânica.
Gostava de muitas coisas, sua aproximação com diversas áreas da ciência e da cultura germânica e a herança grega contribuiu na formação de um cientista antenado ás questões filosóficas mais importantes da época, Sua estreita relação com figuras importantes da cultura germânica foi um bom exemplo disso.
Nascido e criado num país sem marinha nem possessões coloniais, conceberam, todavia uma violenta paixão pelas viagens nos mares distantes. Tendo terminado o estudo dos pequenos livros da biblioteca de seu pai, abriu margem para os estudos dos grandes livros.
Desde a tenra idade já mostrava vontade de viajar, o que foi aumentando á medida que crescia aos 20 anos os relatos da viagem de Goethe à Itália, onde este capta com seus próprios olhos o cenário da odisseia, de Homero. Até que decide com 30 anos de idade em 1799, embarcar numa aventura pela América do Sul, que o deixou fora de casa por 5 anos, e que marcou o resto de sua vida.
Até o final de sua vida, aos 90 anos, ou seja, passados 55 anos, desde o retorno desta expedição, ele ainda compilava o que havia sido coletado em campo, na tentativa de concluir o último volume da obra “Cosmos”.
Dessa forma, ele manteve sempre viva a experiência de bons momentos, vividos nos trópicos. Momentos estes que variavam da comodidade de um barão em férias às faculdades de um jovem inexperiente e um capitão guiando um bando de homens pelo mar.
O que ele realmente mais gostava nas viagens era de pensar os mistérios do mundo e procurar as conexões (ou Deus) nos fatos que captava e colecionava e, depois, contar as experiências através de belos textos e palestras.
Karl Ritter não realizou grandes viagens exploradoras, sendo um grande leitor dos conhecimentos científicos de sua época. Procurou manter uma perspectiva que integrasse as sociedades e os meios naturais, entretanto, preocupou-se em descrever mais detalhadamente o meio social humano.
Suas ideias de estabelecer leis gerais a partir de induções realizadas com base em estudos locais influenciaram marcadamente a geografia de origem francesa, da qual Vidal de La Blache foi o seu principal representante.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
 No decorrer deste trabalho pude através de pesquisar resumir a vida de cada um dos grandes precursores aqui citados e relatar o que cada um acrescentou no campo da Geografia. Nem todos realizaram pesquisas de campo, alguns deterem-se em escrever sobre assuntos polêmicos e divulgar a Geografia e seus pensamentos através de grandes obras escritas.
Muito não foi escrito, pois cada um deles possui uma vasta história de vida e experiência, mas tentei colocar e sintetizar o que eu achei mais importante na história e contribuição para o estudo da Geografia.
REFERÊNCIAS
RODOLFO ALVES
PENA, Graduado em Geografia.
ALMEIDA, R.D. de. A propósito da questão teórica metodológica sobre ensino da Geografia. Terra Livre, São Paulo, v.8, p.83-90, 1991.
AGASSIZ, Louis. Viagem ao Brasil: 1865-1866. São Paulo: Ed.Usp, 1975.323p.
HUMBOLDT, Alexander Von.Quadros da Natureza. São Paulo: W.M Jackson Inc.1950

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