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Resenha Ética Uma Estrutura Básica

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Pós-graduação em Políticas e Gestão em Segurança Pública 
Resenha do Caso – Ética: Uma Estrutura Básica
Juliano Vidolin da Silva
Mat. 201804252832
Trabalho da disciplina de Ciência Jurídica e Segurança Pública
Tutor: Prof. Julia Hissa Ribeiro da Fonseca
Curitiba
2018
ÉTICA: UMA ESTRUTURA BÁSICA
Quando estamos envolvidos em algum negócio, sempre buscamos fechar com pessoas ou empresas que nos passem confiança, poucas pessoas arriscam algo diferente. Neste caso, quando se sentem lesados, algumas pessoas buscam na justiça a reparação do dano sofrido, além de buscar outro prestador de serviço. Inúmeras pesquisas mostram que uma empresa com práticas ilícitas tende a lucrar menos, ano após ano, do que uma empresa que prega a honestidade, confiança, com boa cidadania e uma reputação positiva. Porém, a ética não costuma a fazer parte das decisões administrativas, levando somente o bom gerenciamento, as análises financeiras e jurídicas, assim como a boa competitividade. Normalmente a parte ética fica por conta da sensibilidade, emoção e intuição.
Alguns estudiosos definiram ética como “o estudo do certo e do errado” ou ainda “a investigação geral do que é bom”. A estrutura aqui estudada envolve quatro indagações: 
1.	Essa ação é consistente com os deveres básicos do agente?
2.	Respeita os direitos e outras reivindicações legítimas das partes afetadas?
3.	Reflete a melhor prática?
4.	É compatível com os compromissos firmemente arraigados do próprio agente?
Para o uso efetivo dessas indagações, precisamos entender os quatro conceitos da teoria ética, que são os deveres, direitos, melhores práticas e compromissos.
Deveres – Um dever moral básico é um requisito de agir ou não agir em uma determinada situação. Há uma distinção entre deveres “perfeitos”, que envolve obrigação, como por exemplo, manter uma promessa, dos deveres “imperfeitos”, que são considerados genéricos, como por exemplo, um dever de caridade.
Direitos – Um direito, muitas vezes, é o inverso de um dever. Por exemplo, o direito à propriedade de alguém corresponde ao dever de outros de não roubar. Os direitos são divididos em “positivos”, que adotam ações afirmativas, como o direito a educação, e em “negativas”, que requer evitar certas ações, como direito à privacidade.
Melhores Práticas – São referidas, na teoria ética, como ideais, valores ou aspirações. Podemos chamar também de padrões das melhoras práticas, pois representa a conduta desejável, porém não obrigatória. Essa conduta normalmente terminará em elogios ou admiração, mas a sua ausência não é motivo de críticas.
Compromissos – Normalmente os compromissos se apoiam em valores e crenças pessoais, na cultura e nas práticas de uma organização, ou ainda nas necessidades de uma sociedade. Usamos de exemplo uma empresa que tem um compromisso ambiental, capacitando seus funcionários para cumprir esse objetivo. Embora o seu descumprimento não gere críticas, o resultado pode ser nocivo a imagem do agente, o que levará a ter um desempenho prejudicado.
Para aplicar essa estrutura, os desafios surgem a cada etapa do processo, mesmo parecendo uma estrutura simples. O primeiro desafio é compreender os fatos, entender o curso de ação proposto. As pessoas tomam decisões confiantes em suas boas intenções e deixam de lado os efeitos colaterais que desencadeia suas escolhas. Compreender os aspectos fundamentais da ação é um passo essencial do processo. Um instrumento útil para essa finalidade é chamado de “análise do grupo de interesse (stakeholder)”. Essa análise tem dois componentes, a identificação das partes que serão afetadas e o mapeamento das consequências prováveis da ação, tanto positiva quando negativa, a curto e longo prazo.
Identificar os padrões relevantes é o segundo desafio, definir quais padrões éticos serão aplicados. Decidir quais os padrões apropriados em uma determinada situação, nem sempre é fácil, um bom começo para isso é utilizar o código de conduta da própria empresa. Um outro ponto que pode ser utilizado como base é o Global Business Standards Codex, que é uma compilação dos principais códigos de condutas utilizados ao redor do mundo. Esses códigos de condutas têm oito princípios básicos:
Princípio fiduciário: agir no melhor interesse da empresa e de seus investidores;
Princípio de propriedade: respeitar a propriedade e os direitos de quem a possui;
Princípio de confiabilidade: manter promessa, acordos, contratos e outros compromissos;
Princípio de transparência: conduzir os negócios de uma maneira honesta e aberta;
Princípio de dignidade: respeitar a dignidade de todas as pessoas;
Princípio de lisura: agir de forma justa com todas as partes;
Princípio de cidadania: agir como membros responsáveis da comunidade;
Princípio da receptividade: responder as reivindicações e preocupações legítimas dos outros.
Manter a objetividade é o terceiro desafio. Todas as formas de análise são vulneráveis as opiniões de quem utiliza. São utilizados testes para corrigir o uso da ética. Os mais conhecidos são:
Visibilidade: Eu ficaria confortável se minha atuação fosse divulgada na primeira página de um jornal respeitável? (considerar como nossas ações serão vistas por outros);
Generalidade: Eu ficaria tranquilo se todos fizessem isso numa situação semelhante? (qual seria a consequência de nossas ações caso se tornassem uma prática geral);
Legado: É dessa forma que eu gostaria que minha liderança fosse lembrada? (autoavaliação de quem toma a decisão).
Estes testes mudam nossas perspectivas de avaliar nosso julgamento, e embora sejam hipotéticos, sua importância para os líderes é frequentemente real. Portanto, a análise ética requer uma análise cuidadosa. Em vários casos vai exigir pesquisas e levantamento de dados. Se o método aplicado for adequado e consistente, melhores decisões serão tomadas e serão reduzidos os erros cometidos por nossas escolhas.
Vimos no artigo uma definição simplificada de ética que nos leva a entender que é o estudo do certo e do errado, porém nem sempre fazemos a tomada de decisão de maneira correta. Em uma definição mais crítica, Ética é o nome dado ao ramo da filosofia dedicado aos assuntos morais. A palavra ética é derivada do grego ethos e significa aquilo que pertence ao caráter. Pensando de uma maneira mais prática, podemos compreender melhor quando examinamos certas condutas do nosso dia a dia, quando nos referimos por exemplo, ao comportamento de alguns profissionais tais como um médico, jornalista, advogado, empresário, um político e até mesmo um professor. Para estes casos, é bastante comum ouvir expressões como: ética médica, ética jornalística, ética empresarial e ética pública.
E Ética Profissional? Podemos dizer que é um conjunto de valores e normas de comportamento e de relacionamento adotados no ambiente de trabalho, no exercício de qualquer atividade. Ter uma conduta ética é saber construir relações de qualidade com colegas, chefes e subordinados, contribuir para bom funcionamento das rotinas de trabalho e para a formação de uma imagem positiva da instituição perante os públicos de interesse, como acionistas, clientes e a sociedade em geral. Grandes líderes empresariais comentam que um relacionamento respeitoso e amigável dentro da empresa, ajuda a melhorar o clima organizacional, assim como aumenta o nível de confiança e comprometimento entre os colaboradores. 
Porém, as denúncias de condutas antiéticas se multiplicam diariamente em nossa sociedade, intensificando a intolerância de tais práticas. Atualmente, a sociedade brasileira exige dos profissionais públicos grande cuidado no desempenho de suas funções. A propagação cada vez mais rápida das informações, a facilidade no acesso à mídia e a conscientização a respeito dos direitos dos cidadãos, requer dos funcionários públicos uma atuação baseada, sobretudo, na ética. (ARAUJO, 2012)
Hely Lopes Meirelles, doutrinador do Direito Administrativo, fala sobre a conduta éticae o papel do profissional:
O agente administrativo, como ser humano dotado de capacidade de atuar, deve, necessariamente, distinguir o Bem de Mal, o honesto do desonesto. E, ao atuar, não poderá desprezar o elemento ético de sua conduta. Assim, não terá que decidir somente entre o legal e o ilegal, o justo e o injusto, o conveniente e o inconveniente, o oportuno e o inoportuno, mas também entre o honesto e o desonesto. (MEIRELLES, 1991, p. 79)
Outros fatores auxiliam o profissional a ter uma postura ética dentro de qualquer organização, seja ela pública ou privada, no convívio familiar ou em sociedade. Ser honesto, falar sempre a verdade e assumir todas as responsabilidades, sigiloso, competente, ser prudente, humilde, imparcial e aprender a diferenciar as relações pessoais das profissionais. As pessoas que conseguem seguir estes passos, constroem relações de confiança com os níveis mais altos da organização, assim como contribuem para o melhor rendimento de sua equipe. Além disso, um profissional que desempenha uma função pública deve ser capaz de pensar de forma estratégica, inovar, cooperar, aprender e elaborar formas mais eficazes de trabalho. Infelizmente os casos de corrupção no âmbito do serviço público são fruto de profissionais que não trabalham de forma ética.
Conforme Bittar (2002, p. 363), a ética profissional corresponde a parte da ética aplicada (ética ecológica, familiar, profissional), sobre um conjunto de atividades socialmente produtiva:
Por sua vez, a ética profissional se destaca de dentro da ética aplicada como um ramo específico relacionado aos mandamentos basilares das relações laborais. É como especialização de conhecimentos aplicados que a ética profissional se vincula às ideias de utilidade, prestatividade, lucratividade, categoria laboral, engajamento em modos de produção ou prestação de serviços, exercício de atividades regularmente desenvolvidas de acordo com finalidades sociais.
A partir destas definições, podemos caracterizar a ética profissional como um ramo da ética formado pelos mesmos princípios, defendidos e vividos por uma categoria social, formada pelas pessoas que exercem a mesma profissão que avaliam um determinado comportamento como sendo bom ou mau, ou seja, ético ou não. Desta forma, obedecer aos preceitos do Código de Ética Profissional não é uma simples recomendação, é um dever inerente à própria profissão. O incentivo à conduta ética no ambiente de trabalho não significa necessariamente estabelecer uma rígida disciplina aos funcionários. Um círculo profissional marcado por padrões éticos gerará benefícios para todos os que fazem parte dele, favorecendo o crescimento da empresa e o aperfeiçoamento dos colaboradores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
ARAÚJO, Joabe. Ética Policial Militar. Out.2012. Disponível em: <http://abordagempolicial.com/2012/10/etica-policial-militar/>. Acesso em: 15 Agosto 2018.
BITTAR, Eduardo Carlos Bianca. Curso de ética jurídica: ética geral e profissional. São Paulo: Saraiva, 2002.
MEIRELLES, Hely Lopes. Direito Administrativo Brasileiro, 16. ed. São Paulo: RT, 1991.
SIGNIFICADO de Ética. Disponível em: <https://www.significados.com.br/etica/>. Acesso em: 15 Agosto 2018.
SILVA, Alcionir do Amarante. Ética do Policial. Disponível em: <http://www.pmrv.sc.gov.br/publicacoesETrabalhosArquivo.do?cdPublicacao=3268>. Acesso em: 18 Agosto 2018.
SOARES, Joao Thiago Aureliano Pedosa. Ética e moral: influência nas corporações policiais militares. Ago. 2015. Disponível em: < https://jus.com.br/artigos/41632/etica-e-moral-influencia-nas-corporacoes-policiais-militares>. Acesso em: 15 Agosto 2018.

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