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COMO ORGANIZAR SUA VIDA ACADÊMICA EM 5 LIÇÕES INTELIGÊNCIA EMOCIONAL IARA SOUZA PROFESSORA, PSICOPEDAGOGA E COACHING DE INTELIGÊNCIA EMOCIONAL “São nos momentos de decisão que seu destino é traçado” Tony Robbins. 2 COMO ORGANIZAR SUA VIDA ACADÊMICA E 5 LIÇÕES. Este material está protegido por direitos autorais. Todos os direitos sobre a obra são reservados e qualquer tipo de violação por copia ou reprodução indevida, estará sujeita a análise e ação legal perante a justiça. 20, de Outubro de 2018 Copywriting: Iara Souza S U M Á R IO Introdução Minha História 1° Lição: Abrindo a Mente e traçando metas. I. Objetivos. II. Definindo o tempo. 2° Lição: A Importância dos hábitos. I. O que são os Hábitos? II. Como posso adquirir novos hábitos? III. Tenho hábitos ruins e Agora? IV. Como posso mudar de hábitos? V. Proposta de Exercício da Lição n° 2. 3° Lição: Superando a Paralisia criativa. I. Proposta de exercício de autoanálise. II. Mudando as crenças. III. Proposta de exercício mental para mudança de crenças. 4° Lição: Compreendendo o Poder da Emoção. I. Siga o seu coração. II. Proposta de exercício da lição n° 4 5° Lição: Tenha um Propósito I. Proposta de exercício da lição n° 5 Considerações Finais. 5 INTRODUÇÃO 01 6 Este E-book visa oferecer estratégias baseadas em ferramentas de inteligência emocional, que irá te ajudar a compreender seus comportamentos e as suas emoções em relação ao desempenho da sua experiência acadêmica. Canalizando-as para um planejamento e um modo de execução, na sua rotina de estudos, que gerem ações que promovam a transformação do seu desempenho. Conseguir direcionar seus comportamentos juntamente com suas emoções de forma que colabore com seus objetivos, ajuda a desenvolver maior clareza em relação a realização das suas metas semestrais. 7 Isso gera a diferença entre um estudante que conhece suas habilidades e consegue conquistar o melhor desempenho em relação aos outros, que não conseguem se destacar e permanecem com o sentimento de frustração, por não desempenharam satisfatoriamente tudo aquilo que poderiam realizar. E quando eu falo sobre destaque acadêmico, não necessariamente estou falando sobre parecer mais inteligente do que os demais, o destaque que me refiro é pautada principalmente pela realização pessoal, percebida pelo próprio estudante e ampliada pela sua segurança e seus avanços no processo acadêmico. 8 Isso naturalmente passa a ser percebido pelos demais colegas e entre os professores e orientadores. A inteligência emocional, um conceito criado pelo psicólogo estadunidense Daniel Goleman, surge nesse contexto, fornecendo um suporte para manter a saúde mental/emocional de estudantes que se compreendem confusos nessa fase de suas vidas. No entanto, não é de interesse desse e-book tratar de discussões teóricas mas sim, buscar a construção particular do indivíduo em relação aos seus anseios, com uma abordagem muito mais pratica e que proporcionam um efeito mais eficaz. Esse desenvolvimento cria bases de sustentação cognitivas de modo que você possa fortalecer o senso de autoconfiança, responsabilidade e compromisso no que se propõe a realizar, a curto ou a longo prazo. 9 É uma espinha dorsal de equilíbrio que te ajuda a comandar as situações mesmo em momentos de aparente turbulência. Dessa forma, a inteligência emocional existe para posicionar o indivíduo não somente, nas experiências sociais como principalmente na relação que estabelece consigo mesmo, pois a compreensão de sucesso e satisfação deve ser levada em conta de acordo com o objetivo e o valor que a pessoa pretende gerar para si mesma e para os demais ao seu redor. O intuito desse E-Book é oferecer a você 4 lições simples, baseados em ferramentas e estudos sobre inteligência emocional que irão lhe mostrar formas para evitar ou sair das armadilhas do desespero acadêmico e recuperar seu entusiasmo pelo caminho que escolheu como profissão. 10 MINHA HISTÓRIA 02 11 No ano de 2012, teve início uma importante fase da minha vida, como todo jovem, eu também tinha o objetivo cursar o ensino superior e consegui passar pela emoção de entrar para uma universidade. Eu havia terminado o ensino médio há quatro anos e me encontrava no mercado de trabalho, no entanto, comecei a notar que as possibilidades no trabalho estavam se esgotando e resolvi dar um passo adiante na ampliação e na busca por conhecimento e realização profissional. Na época prestei o Enem e me inscrevi em dois cursos dentro da nota de corte, um foi administração e o outro em História, o último foi o que decidi fazer, na verdade eu não era do time de nenhum dos dois, nunca havia sido um sonho administração ou História, sempre pensei muito em Jornalismo, no entanto, na impossibilidade de pagar o curso que almejava, escolhi entre as opções com maior viabilidade no momento. 12 Depois de toda burocracia de matricula, enfim chegou, o dia da estreia do ano letivo, com sessenta ingressantes na sala dos “calouros”, lá estava eu, totalmente apavorada sem conhecer absolutamente ninguém naquela sala. Em um ambiente novo com pessoas distintas, a ansiedade a mil, juntamente com todas as minhas expectativas, estava provocando a maior confusão de sensações possíveis, tanto que listando minhas impressões mais imediatas, posso afirmar que foram as seguintes: Pensava que todo mundo que estava ali era mais inteligente do que eu; Quase desisti depois de conhecer os professores; (nas apresentações da primeira semana tinha uns que me davam muito medo) Me perguntava todos os dias se era isso mesmo o que eu queria fazer da minha vida; Eu estava perdidona da Silva. 13 Essas impressões mais aflitivas duraram as primeiras semanas, até eu começar a conversar com meus colegas e constatar que eles sentiam o mesmo que eu e desse modo fui criando cumplicidade e fazendo novos colegas e amigas que acabei levando pra vida toda. Depois de algum tempo e em meio as inúmeras exigências das disciplinas, e de pressões que pairavam sobre o ambiente de diversas maneiras, notei entre os estudantes, meus colegas, uma constante aflição, o medo assombroso de não conseguir cumprir as metas semestrais, em decorrência de múltiplos fatores que afetavam o lado emocional de cada um, entre esses fatores, os mais conhecidos eram: Na maioria dos casos estar longe da família; Passar por processos de adaptação em uma nova residência/república; Conviver com novas pessoas, muitas vezes com personalidades totalmente diferente; 14 Manter relacionamentos à distância; Atender suas próprias expectativas e também as que são projetadas pela família; Dificuldades financeiras; Preconceitos étnicos e culturais; Ansiedades com prazos; Dúvidas sobre a própria identidade; Insatisfação sobre a escolha do curso; Isolamento; Privação de sono; Preocupação em terminar a formação e arrumar um emprego. Essas entre algumas outras razões, eram e ainda são, as causas que provocam a fragilidade emocional em estudantes país afora, e tudo isso age diretamente nos pontos cruciais que impedem inúmeros estudantes de alcançar o melhor desempenho na sua área. Na época eu pude perceber que isso não era um sintoma isolado, que ocorria em mim ou em qualquer outro colega, era algo que estava em toda parte do ambiente acadêmico. 15 Infelizmente em todos os cursos, é notório perceber que os estudantes se veem constantemente em situação de fragilidade emocional, sentindo-se desamparados e impotentes frente aos muitos desafios que se apresentam em meio ao caminho da formação. Não é comum ver que a maioria desses desalentos são entendidos apenas como uma apatia temporária qualquer, ignorando o fato de que o agravamento das fragilidades emocionais enfrentados pelos discentes, tem elevado o aparecimento de doenças psicossomáticas e diversos transtornos mentais dentro dessas comunidades. No campus no qual me formei, posso afirmar que havia, assim como em outras universidades, um departamento que prestava apoio psicológico aos estudantes em situação preocupante, eu mesmo já precisei solicitar atendimento. 16 Fui tratada com muito respeito, as conversas eram acolhedoras porém após algumas visitas à esse departamento, o que fazia falta era uma orientação mais sólida, que fosse além das frases comuns e consoladoras de pouco efeito, como por exemplo, “Isso vai passar”, “busque manter a calma”, “Daqui a pouco você descansará nas férias”. Quero deixar claro e ressaltar que sou muito grata a essas pessoas que me ouviram naquela época, pois elas fizeram o que de melhor poderiam fazer naquele momento. No entanto, o que estou querendo dizer é que eu sentia falta não somente de um “descanso” ou que um problema “passasse”, eu sentia falta de uma orientação mais eficaz sobre de que forma eu poderia promover uma mudança no meu modo de perceber as situações ao meu redor, afim de me manter em um nível de equilíbrio saudável apesar de “um problema” e apesar de “uma situação estressante”. Eu necessitava de referências que me mostrassem que eu era capaz de estabelecer uma organização pessoal, de dentro para fora, que me ajudasse a permanecer de pé mesmo nas situações mais controvérsias. 17 Esperar um problema passar para depois melhorar meu desempenho e vida acadêmica era algo impossível pois como sabemos não dá pra esperar o mundo ficar perfeito para só depois começar à viver, não importa como você se sinta hoje as circunstancias do mundo não vão parar de acontecer por sua causa pois o tempo e as oportunidades não esperam. No entanto, orientações nesse patamar não existiam para as pessoas que eu tinha contato, as análises tradicionais repetiam sempre as mesmas recomendações de efeitos pouco duradouros, e como resultados, o que era muito comum, eu e outros colegas acabávamos entrando em estados de total apatia, depressão e falta de entusiasmo por aquilo que antes havia representado nossos maiores sonhos. 18 No meu caso, a apatia iniciou no quarto semestre do segundo ano de curso, como eu relatei acima eu não sonhava com o que estava fazendo desde pequenininha, mas criei identificação no primeiro ano, desenvolvendo uma verdadeira admiração pelo o que eu estava adquirindo como conhecimento, no entanto, não conseguir lidar com as exigências estava tirando de mim o brilho de outra hora. As dificuldades de me organizar em meio aos estudos começaram a se tornam maiores do que eu conseguia contornar, chorava constantemente sem entender o que estava acontecendo comigo, porque não conseguia sair de um buraco interno e profundo, cheio de procrastinação e falta de criatividade para elaborar qualquer tarefa. Depois de passar por psicólogos e psiquiatras e estar emergida em medicamentos que em nada me ajudaram, apenas me entorpeciam aumentando minha inércia e baixo rendimento acadêmico, encontrei por acaso, o livro “Você pode curar sua vida” da escritora americana Louise L. Hay. 19 Além do título ter me chamado atenção, afinal de contas curar o meu lado emocional era a única forma de superar toda a carga de problemas que estava se arrastando atrás de mim e principalmente, era o modo pelo qual eu conseguiria me restabelecer para continuar e concluir meus estudos. Os ensinamentos e conteúdo dessa leitura me abriram uma nova janela pela qual passei a perceber o que provocava o caos em que estava totalmente mergulhada. E foi a partir dessa descoberta que iniciei uma verdadeira busca por inúmeras provas de que aqueles passos realmente faziam sentido e poderiam proporcionar uma verdadeira transformação na minha vida diária e principalmente no problema que eu mais queria resolver naquele momento, meu rendimento e a continuidade dos estudos. Lendo e relendo este livro, além de buscar conhecer mais cursos e assuntos relacionados com aquele aprendizado, tomei a decisão de testar, já havia tentando todas as recomendações tradicionais sem sucesso. 20 Aquilo era algo novo do qual nunca ninguém havia me falado, mas como não tinha nada a perder e era algo aparentemente simples, comecei a realizar pequenas decisões baseadas nas ideias que estava tendo contato. No entanto, a convicção sobre aquilo que estava fazendo, seguindo e aplicando as lições que estava aprendendo, pude começar a perceber a transformação que minhas novas ações estavam promovendo gradualmente em minha vida e a cada pequeno passo que dava meu entusiasmo renascia me afastando do desespero e da vontade de desistir de tudo que estava vivendo até aquele momento. 21 Enfim, posso dizer com convicção que sobrevivi aos piores momentos da minha experiência acadêmica sem ter que desistir dessa etapa que julgava ser importante para os meus conhecimentos e para minha vida futura. A formação acadêmica se concretizou, eu sai do buraco cheio de vazio, em que estava emergida e as ferramentas de inteligência emocional que aprendi me valeram não só para cumprir essa fase mas para criar o equilíbrio e a clareza necessária que está presente em todos os outros momentos das vivências que passei até hoje. Durante esse E-book, eu vou discutir de forma detalhada algumas das ferramentas emocionais, que aprendi a desenvolver e que me ajudaram a encontrar meu equilibrio, para que se você estiver passando por uma crise semelhante à que passei possa ter a chance de testar e colher os seus resultados surpreendentes. 22 Encerrando esse capitulo breve sobre um pouco da minha história, só pretendo deixar claro, mais uma vez, que se você tem passado por esse momento conturbado, não fique tão desesperado ou desesperada, pare um segundo e respira profundamente porque eu posso afirmar com todas as letras que sei como você se sente, que também já surtei e chorei milhares de vezes pensando em largar tudo, mas a questão é que no fundo, no fundo, se você tem um propósito para fazer o curso que faz, largar tudo não é a sua vontade real, assim como também não era a minha. A vontade verdadeira é conseguir encontrar formas para se organizar em meio ao aparente caos, conseguir ferramentas que priorizem o equilíbrio emocional necessário para seguir na concretização dos seus planos e da sua tão desejada formação universitária. Espero que as informação a seguir possam de alguma forma ser um convite para você seguir em frente. 23 1° LIÇÃO: ABRINDO A MENTE E TRAÇANDO METAS. 24 Nesse primeiro passo a coisa mais importante a saber é que: Pra sair do ponto A e ir rumo ao ponto B, primeiro você tem que saber onde você está, ou seja, isso significa mapear as suas ideias ou em outras palavras definir com clareza o que nesse momento são seus principais objetivos em relação a seus estudos. Pegue papel e caneta tire 2 horas para pensar honestamente sobre isso. Depois de definir os objetivos mais urgentes, faça uma escala em graus de dificuldade, do mais fácil para o objetivo mais difícil. Defina o tempo que você pretende se dispor para cada objetivo. (Do mais fácil até o mais difícil). Agora tente fazer o mais importante: C-O-M-E-C-E a dar seus primeiros passos dentro dessa pequena perspectiva de organização. Não se deixe pra depois. 25 Nesse momento, vamos esmiuçar um pouco mais as sugestões acima para que fique bem claro a necessidade de traçar algumas metas iniciais, que terão como intuito conhecer melhor o caminho pelo qual você pretende seguir e que sirva melhor a sua maneira de ser, para que você alcance o desempenho esperado. A Primeira sugestão é mapear suas ideias em relação ao que você pensa, estuda e faz. Em uma primeira análise pode parecer algo banal e desnecessário fazer tal reflexão, no entanto, muitas vezes ao olharmos atentamente para essas 3 simples ações é possível quase sempre encontrarmos desconexões entre elas. O que pode levar a uma inevitável confusão de perspectiva mais adiante na relação entre você e os seus estudos. 26 Por isso faça esse exercício de forma leve e com a mente aberta, seja realmente honesto e honesta, com suas respostas. Escreva em uma folha de caderno as seguintes questões e responda para si mesmo: O que eu penso sobre mim e minhas capacidades? Separe os pensamento ruins dos bons. E no próximo questionamento projete as respostas visando apenas o que de bom foi capaz de ressaltar sobre você e suas capacidades, talentos e aptidões. O que eu estudo me ajuda a desenvolver e a tornar melhor aquilo que penso sobre mim e minhas capacidades? 27 O que faço no meu dia-a-dia acadêmico corresponde com a intenção de ampliar cada vez mais o que penso sobre mim e extrair cada vez mais um melhor desempenho das minhas capacidades? Se eu continuar no caminho em que estou, num período de 5 ou 10 anos, estarei em uma posição interna/externa melhor ou pior em minha vida? Respondendo com sinceridade as questões simples acima, será possível que você mesmo perceba se os pilares que interferem nas bases dos seus ideais, tanto sobre sua vida quanto se seus estudos estão desconectados ou não. Se houver desconexão identifique onde está o ponto de conflito e pense sobre o que seria necessário você fazer para alinhar os três fatores entre o que pensa, estuda e o que você está fazendo. 28 A maioria dos estudantes universitários impulsionados pelos anseios da nova ou futura profissão pulam em demasia esse dialogo interior, no entanto, é preciso compreender a dinâmica interna que acontece nos bastidores do seu ponto A de partida para depois definir o caminho a percorrer até um ponto B. Após essa breve compreensão sobre a ligação entre o que você pensa, estuda e faz e como isso podem te afetar em um período maior de tempo, então será a hora de pré-determinar um ponto a ser alcançado, o ponto B. Quando você compreende com mais clareza, as razões pela qual você faz o que faz e se isso está em conversação direta com as bases dos suas intenções objetivas, acaba por ser muito mais fácil traçar estratégias eficientes para chegar no lugar onde se pretende. 29 Pois quando o indivíduo está confuso, saber onde está é tão difícil quanto definir o caminho a seguir. OBJETIVOS Quando eu era criança, me lembro de assistir inúmeras vezes o filme da “Alice, no país das maravilhas” e uma das cenas que mais me chamavam a atenção era um momento em que, a personagem Alice não fazia a menor ideia do lugar onde estava e então muito perdida, avista o gato de cheshire surgindo em uma árvore, ao passo que lhe pergunta, por qual caminho ela deveria seguir naquele momento. No entanto, o gato logo faz uma contra pergunta, questionando aonde, na verdade, ela desejaria chegar, Alice mais do que depressa diz que não sabe, e então de uma forma sábia porem astuciosa, o gato responde emblematicamente “Para quem não sabe aonde ir, qualquer caminho serve”. 30 Recordar essa passagem, representa bem a necessidade de traçarmos objetivos para os planos que pretendemos realizar, mesmo que possa parecer algo simplista ou uma bobagem. A função de ter claro os objetivos, ajuda a dar os contornos adequados na hora de montar seu cronograma e suas estratégias de planejamento, evitando assim que você coloque no mesmo barco, ideias em excesso ou que pouco acrescentam aos seus projetos. Se tem uma palavrinha que todo estudante não aguenta mais ouvir, essa palavra é “objetivos” com certeza, mas calma, apesar de tocar o terror em todos os trabalhos acadêmicos, ter objetivos é indispensável não só na conclusão de artigos mas principalmente na escala de organização do caos dá sua vida estudantil. 31 Afinal de contas quantas vezes já não ouve o dia em que você soubesse que tivesse “tudo” para fazer entre ler textos, organizar trabalhos e seminários mas não conseguiu fazer ou adiantar absolutamente N-A-D-A? E você Sabe o Porquê dessa paralisia produtiva???? Falta de objetivos claros sobre esse “Tudo” que precisa ser feito. Mas como ter clareza em meio a uma confusão de afazeres? Bom é isso que vou te explicar agora. Antes de mais nada a primeira coisa a se ter em mente é que você não é, e nem será o último estudante da terra a estar nessa situação e fixe em sua mente que, se um companheiro de turma consegue terminar tudo isso, você também consegue. 32 É claro que uma dose de comprometimento se faz necessária e não faz mal a ninguém pois sentar, chorar, reclamar, fazer piada da situação, dormir e beber cerveja pode ser até bom (?) mas a sensação e o avanço de entregar seus compromissos acadêmicos dentro do prazo e não correr o risco de permanecer por mais um semestre dentro do curso é melhor ainda. Como resolver isso usando os objetivos? Trace objetivos por ordem de prioridades das mais urgentes para as menos urgentes. Depois de definir a ordem a seguir das prioridades, pegue a mais urgente e a desmanche em tarefas menores, das mais fáceis para as partes mais complexas. E o mais importante de tudo sobre os objetivos, C- O-M-E-C-E a cumpri-los, pois nenhuma formula pode te ajudar se você não tiver o principal, sua ATITUDE em realizar. 33 Comece pelas tarefas mais urgentes, desmanchando- as em pequenos afazeres, imagine que você está em uma maratona e precisa percorrer 10 km, se olhar de cara para os 10km, é provável que se sinta com medo e incapaz de cumprir a maratona. No entanto, se desmembrar o caminho, associando apenas os próximos 50 metros de chegada e assim sucessivamente, sem que perceba você será capaz de cumprir toda a prova. É esse o papel das pequenas tarefas, ser os seus próximos “50 metros”, e realizando-as aos poucos, porém continuamente, você conseguirá concretizar os trabalhos planejados, com louvor e sem o pânico habitual. Uma última observação sobre os objetivos, procure reesignificar o sentido que você da a essa palavra, não os trate como obstáculos que te impedem de chegar aos seus resultados, trate-os como desafios necessários ao seu crescimento e ao desenvolvimento das suas habilidades para que você seja o melhor naquilo que se propõe a fazer. 34 DEFININDO TEMPO Para evitar o fantasma da procrastinação, comece definindo um tempo curto de no min 2 horas de estudo por dia, e procure ir aumentando gradativamente esse tempo dedicado. É por isso que a divisão das tarefas nos objetivos começa das mais fáceis para as mais difíceis, pois assim as mais fáceis ficarão com um tempo relativamente menos exigente e assim a medida que as tarefas vão se complexando o tempo também vai crescendo, irá se dilatando de forma proporcional a tarefa. Espero que tenha entendido o sentido de organizar as prioridades em mini tarefas e dar o impulso inicial, pois dessa forma você cria pouco-a-pouco o hábito da dedicação por etapas sem ter que atropelar as fases de estudo ao deixar os compromissos para a última hora. 35 Um bom exercício é fazer um cronograma, no entanto, nem pense em cronogramas semanais, quinzenais ou mensais, esses abrem as portas para toda a sorte de procrastinação em massa. Mesmo a semana tendo 7 dias, você tenderá à não fazer nada nos seis primeiros e a sobrecarregar o último com a desculpa que demorou mas estava dentro do prazo. 36 O cronograma é diário e por horas: Quantas horas do meu dia eu posso me dedicar a essa tarefa? (Escolha o momento em que consegue sofrer menos interferência externa possível) Essas horas serão suficientes? (Como já foi mencionado nesse texto, determine previamente um horário de 2 horas no mínimo e cumpra, após isso, caso seja necessário, prorrogue de 30 em 30 min dessa forma a sensação de tempo fica mais compacta dando a sensação de ser menor e mais agradável) O que posso fazer para que essas horas sejam as mais criativas do meu dia? 37 Se ao estabelecer um horário, recomendo 2 horas no mínimo, e você não pretender alongar esse tempo de acordo com a tarefa a ser realizada, elimine toda e qualquer distração a qualquer custo para que você dedique o máximo de atenção possível com o menor tempo estipulado. Algumas boas dicas são: Desligue o celular, Não pare pra (muitos) lanches e evite pensamentos aleatórios, Use a palavra de ordem FOCO de forma integral, repita pra si mesmo que “é hora de manter o foco”, dessa maneira você irá extrair o máximo da sua atenção no menor tempo estabelecido. 2° LIÇÃO: CRIE NOVOS HÁBITOS 39 Nesse segundo passo vamos falar sobre os hábitos que podemos criar para que você consiga fazer o que precisa ser feito, pois somente por meio da criação de hábitos que fortaleçam o seu desempenho você poderá chegar a outro nível resultados. De acordo com os estudos de Pedro Calabrez, professor e pesquisador do laboratório de neurociências clínicas (LiNC) da escola paulista de medicina da Universidade Federal de São Paulo, o cérebro humano possui em torno de 100 bilhões de neurônios e cada um desses neurônios, faz em média de 1000 mil à 10,000 mil conexões com outros neurônios em cada cérebro humano. E quando os neurônios se combinam o número de combinações possíveis, estipula-se, que chega a ser maior que o número de átomos existentes em todo o universo conhecido. 40 Isso é um dado que demostra efetivamente, o fato de como nós temos uma “usina” combinada entre energia e matéria, dentro de nossas cabeças, no entanto, muitas vezes negligenciamos a capacidade extraordinária que podemos extrair de nossos cérebros, julgando sempre que somos incapazes de avançar naquilo que desejamos. Para ficar mais claro, imagine-se em um campo ou uma fazenda, pense naquelas grandes maquinas modernas de colher grãos, potentes, cheias de comandos e tração. É possível analisar que essas maquinas são produzidas com as mais altas tecnologias já vistas, são materiais de engenharia fantásticos, mas agora experimente ligar uma máquina como essa e retire a pessoa que ligou do comando, deixe essa máquina seguir sozinha e observe o que acontece. 41 Você já deve imaginar o que pode acontecer não é, mesmo com toda tecnologia empregada em seu desenvolvimento, uma máquina sem os comandos necessários irá provocar uma enorme destruição, de si mesmo e de tudo que cruzar seu caminho. E é exatamente isso que ocorre em nosso interior, temos uma “maquina” fantástica com a mais alta tecnologia já descoberta de potencialidades e transformação, nosso cérebro. No entanto, continuamente temos comportamentos e hábitos, que seria o equivalente a deixa-la operando sozinha, sem comando e sem direção, os resultados que isso provoca é um processo de auto sabotagem que nos afasta das muitas habilidades que podemos dominar. 42 Nesse sentido esqueça a frase “deixa a vida me levar, vida leva eu” e assuma o comando dos seus compromissos. Agora faça uma pequena observação como um exercício de comportamento, se possível escreva em um papel e responda para si mesmo: Quais são os hábitos comuns que possuo no dia-a- dia? Esses hábitos tem me ajudado cumprir meus objetivos e compromissos? Se meus hábitos não estão me ajudando por que continuo a mantê-los? Faça uma lista e separe os hábitos bons dos hábitos ruins e veja qual dos dois grupos está comandando o maior tempo do seu dia. 43 Se você parar um instante, vai se lembrar que no primeiro passo fizemos uma análise sobre aquilo que você “Pensa, estuda e faz”, e a necessidade de investigar se essa tríade está trabalhando dentro de você com desconexão ou conexão. É muito provável que você, assim como a maioria de nós, tenha encontrado pontos severos de desconexão entre esses três pilares essenciais de realização. Por isso nesse segundo momento falando sobre os hábitos, vou te explicar como muitas vezes mesmo tendo objetivos claros e desejando muito fazer alguma tarefa, ainda ficamos inertes para tomar uma decisão condizente ao objetivo e a própria vontade sobre algo a ser feito. 44 O que são os hábitos? Você, assim como eu, deve saber de maneira geral o que são hábitos, um conjunto de uso ou costume, adquirido pela repetição frequente e duradoura de um ato ou prática. Os hábitos estão em cada parte do nosso dia, como ao acordarmos nutrimos o hábito de tomar um banho, escovar os dentes, nos vestirmos, tomar café, ir ao trabalho, ir a universidade, etc.... Toda a nossa vida é comandada pelos rituais adquiridos pelos hábitos que cultivamos. Como adquirimos nossos hábitos? Sabemos que ao nascer, enquanto criança, somos como uma folha em branco imprimindo tudo o que vemos, ouvimos e sentimos de acordo com as trocas e costumes culturais que vamos conhecendo por meio das outras pessoas a qual convivemos durante a vida. Essas impressões quando são frequentes e repetitivas vão sendo absorvidas e pouco a pouco e se incorporam ao seu jeito de ser, até que suas ações em relação a elas sejam quase que automatizadas, pois é assim que o hábito totalmente absorvido tende agir sobre qualquer um de nós, como se fosse algo natural e inerente a qualquer vontade. 45 Tenho Hábitos Ruins e Agora? Se você fez o exercício de análise de seus hábitos logo acima nesse segundo passo, é muito provável que tenha identificado inúmeros hábitos “ruins” no sentido de que eles não estão colaborando em nada para o seu desempenho enquanto estudante. Sendo assim, ter hábitos negativos ao seu progresso não é nenhum fim do mundo pois é importante ressaltar que apesar do apego aos seus velhos hábitos, tenho uma boa notícia para te dar, eles não são você. Isto é, não nasceram com você, muito pelo contrário, eles foram apenas adquiridos e ao passo de uma decisão eles podem deixar de fazer parte da sua vida. 46 Como Posso Mudar Meus hábitos? Essa medida é um consenso comum em todos os autores que tem discorrido sobre alto rendimento nos últimos anos, é só pesquisar nomes como Tony Robbins, Deepak Chopra, Hal Erold entre outros. A primeira coisa que te ajuda a mudar velhos hábitos é adquirindo novos hábitos, essa é uma das medidas mais importantes no seu processo de transformação em relação a vontade de aumentar seu desempenho acadêmico ao longo dos seus estudos. Vou te explicar melhor como isso funciona, no parágrafo acima, eu fiz uma afirmação que você deve levar em consideração e fixar em seu pensamento: “Os seus hábitos não são você, você não nasceu com eles, foram apenas adquiridos” 47 Tendo claro essa afirmação, é possível fazermos uma comparação entre seus hábitos e você, agora pense um pouco comigo e analise essa comparação, você tem um material extraordinário a que chamamos de cérebro onde está concentrado milhões de neurônios capazes das mais complexas funções. Imagine seu cérebro físico como um “hardware” de computador, um material fantástico que possibilita a realização de múltiplas funções. Veja bem, eu disse “possibilita”, no entanto, essa possibilidade não depende apenas de ter um material fantástico, afinal de contas sabemos que todo “hardware” depende de um “software” para operar um bom funcionamento. 48 E por mais que o seu “hardware” tenha múltiplas possibilidades de desenvolvimento é necessário um bom programa de comando para desenvolver suas potencialidades da maneira desejada. Nesse sentido se o cérebro pode ser comparado com um “hardware” fica claro que quem opera nas funções do “software” nada mais são do que seus hábitos, seus hábitos são o programa que você imprime constantemente nas suas funções cerebrais. 49 E isso é mais profundo do que possamos imaginar, pois podem existir hábitos que consideramos inofensivos e até essenciais como levantar de manhã e escovar os dentes, no entanto, as coisas não param por aí. O hábitos que você permite que continue operando nas suas funções cerebrais, são uma programação, você saiba ou não disso, e foram incorporadas a sua psique por meio de uma enxurrada de informações recebidas diariamente de todos os modos e meios, seja pela internet, pela tv, por pessoas que você estabeleceu contato e atenção. Enfim de variadas formas, esse conteúdo foi repetido para você inúmeras vezes até que isso foi gravado em sua psique e impresso na sua vida diária por meio dos seus pensamentos, ações e comportamentos. 50 Nessa perspectiva é correto afirmar que seus hábitos são, como Bob Proctor costuma dizer, um paradigma que comandam e estão por traz das decisões que você toma em sua vida, seja nas pequenas coisas ou nas decisões que podem impactar sua vida de forma definitiva, boas ou ruins. Especialistas afirmam que a idade chave onde a maioria das coisas em que acreditamos, foram programados por hábitos adquiridos na infância, do nascimento até os primeiros 7 anos de vida, pois é nessa fase que se considera que a personalidade da criança estará sendo formada. Se ainda não ficou claro, aqui vai uma pergunta: Porque apesar de ter desejo de realizar determinada tarefa e ter feito metas e objetivos prévios você simplesmente não conseguem sair do lugar? 51 Bem, eu posso responder com total convicção que é por causa de seus paradigmas, formados ao longos dos anos por hábitos aleatórios e coletivos, o maior problema de se deixar levar por hábitos coletivos é passar a acreditar nas crenças que a maioria das pessoas acreditam e aceitar isso como sendo uma verdade intocável. Mas a única verdade é que as pessoas com as quais você conviveu, te mostraram o mundo pela lente delas, e tudo bem, era o que elas sabiam e achavam ser o melhor. No entanto, muitas vezes você se encontra infeliz com vontade de mudar, porem apegado nessas crenças em nível tão profundo que não consegue enxergar a saída e resolve continuar operando com comportamentos, decisões e padrões de atitudes totalmente equivocados para as metas e os objetivos que desejaria alcançar. 52 Não pouco comum, você se pega contando inúmeras mentiras para justificar seus hábitos negativos, como por exemplo a pior e mais clássica de todas as justificativas: “Amanhã eu começo”; “Não fiz um bom trabalho porque não tive tempo suficiente”; “No ano que vem vou me dedicar muito mais” “Não fiz e daí! um monte de gente também não fez”. Enfim o eterno hábito de procrastinar a realização de um planejamento ou cronograma por mais simples que seja. E a razão pelo qual você procrastina é resumida em uma programação mental projetada por hábitos ruins que controlam a nível inconsciente todas as suas decisões, inclusive as inúmeras desculpas que te levam a situações infelizes provocando pânico e desespero a cada final de semestre. 53 54 A mudança de hábitos ou substituição destes, é algo simples de fazer mas não necessariamente fácil, por exemplo, eu sempre quis ter uma barriga de “tanquinho” o caminho que me deram é simples, ir na academia X vezes e horas por semana e me alimentar bem de acordo com algumas restrições, nada surreal ou que eu não pudesse fazer. No entanto, fui uma vez no treino, duas, três e depois deixei pra amanhã e logo depois, semana que vem... e aí já viu. Na alimentação a mesma coisa comecei na maior empolgação na primeira semana, na segunda estava com menos empenho e ao final na terceira já tinha burlado várias recomendações. 55 Você sabe por isso acontece? Porque como já vimos alguns parágrafos acima, o que torna uma ação um hábito não é apenas selecionar uma nova ação mas principalmente repetir essa ação com consistência e isso exige um tanto de foco e esforço prático. Não espere motivação para iniciar ou continuar nada, simplesmente inicie e use a persistência como palavra de ordem. O que pretendo reforçar com isso é que a programação anterior da sua psique não é permanente, não nasceu com você, é passível de total mudança, no entanto, imprimir novos movimentos requer atenção e foco para que a frequência do novo pensar, fazer e agir se torne repetitivo o suficiente até que os seus “novos melhores amigos” em forma de hábitos, sejam um modo operantes indispensável na sua vida. 56 Dicas para O processo de Criação de Novos Hábitos: No passo 1, vimos pequenas formas de como organizar tarefas diárias de acordo com seus diferentes níveis de complexidade. Assim como aconteceu comigo é provável que também aconteça com você, o fato de dar os primeiros passos com mais entusiasmo, organizar o planejamento, tudo muito bonito no papel para os primeiros instantes de execução, porem depois de uns dias poderá surgir a forte tendência, em voltar a ser um procrastinador (a) nato (a). Isso não quer dizer que essa transformação não é pra você, quer dizer apenas que o seu hábito antigo está gritando para voltar a exercer o papel fundamental no seu comportamento e controlar seu rendimento da mesma forma que fazia antes. 57 O jeito mais eficaz de barrar essa força psíquica, também chamada entre especialistas de a “barreira do terror”, sobre o conflito entre velhos e novos hábitos, é insistir nas suas bases de mudança, só assim você irá conseguir expulsar os velhos padrões e abrir espaço para uma versão de comportamento muito mais condizente com aquilo que você pretende realizar. Não caia na armadilha do “esperar primeiro se livrar de hábitos antigos somente para depois determinar e iniciar os novos hábitos” se fizer isso não irá funcionar. Tenha em sua forma de pensar apenas o seguinte, eu só modifico velhos comportamentos adotando novos comportamentos, dando atenção máxima para que o novos hábitos sejam predominantes a cada dia sobre os hábitos antigos. 58 A resistência, preguiça e procrastinação que podem surgir, ressalto que são seus velhos condicionamentos gritando para que você permaneça onde está e não avance para aonde deseja chegar. Observe seus impulsos e fuja das desculpas que surgirão inconscientemente e a todo tempo por meio de seus pensamentos. Durante esse caminho fique atento as pessoas a sua volta, não precisa deixar de se comunicar com as pessoas que fazem parte da sua vida, no entanto, evite entrar em argumentação onde só impera, a reclamação, a fofoca e o ócio. Não é necessário discutir ou ficar explicando o porquê de X e Y você não concorda com tal coisa, simplesmente evite participar ou sai pela tangente, seja neutro. Se você é o único e a única da turma interessado em ser melhor do que antes, evite ficar tentando convencer aqueles que serão medianos o resto da vida, seja você extraordinário os outros irão te acompanhar não por insistência verbalizada mas por perceberem que estão ficando para traz. 59 Queira ser o líder da “alcateia” e não apenas mais um dentro do “bando”, isso não significa que você tenha que liderar algum tipo de movimento, não! pelo amor de Deus. Embora muitas pessoas tenham essa habilidade talvez não seja o seu caso, assim como também nunca foi o meu, isso é apenas uma analogia voltada para que a percepção de si mesmo seja melhorada com o tempo e dedicação, veja-se, prospecte-se como um líder (em si mesmo) e não apenas mais um na multidão. Lembre-se de que, a todo momento você se torna o que pensa a respeito de si mesmo e age sempre em direção a isso, se pensa que é um líder ou uma autoridade naquilo que deseja realizar, seu condicionamento neuro associativo irá garimpar informações e estratégias para que você concretize essa forma de visão. 60 No entanto, se pensar que é um incapaz e que quer apenas tirar a média no seu curso para passar no sistema, seu condicionamento neuro associativo não se empenhará tanto, trazendo o que é equivalente para você. E se a vida parecer medíocre não adianta reclamar depois, então projete-se mais alto a cada passo da jornada, se não chegar ao topo chegará com certeza o mais perto possível. Como diria Nathaniel Emmons “O hábito é o melhor dos servos ou o pior dos patrões”. 61 Exercício final do lição n° 2 Faça uma Lista, pegue um papel e dívida com um risco vertical no meio. De um lado ponha todos os hábitos que interferem no seu crescimento e desempenho acadêmico, seus vícios de comportamentos nocivos. No outro lado, os comportamentos que você gostaria de adotar como novos hábitos. Certifique- se de que eles sejam complementares as suas metas e objetivos. Se não souber pensar em quais hábitos gostaria de ter, é só inverter a condição dos hábitos ruins, por exemplo: Hábito de reclamar, substituía por seu oposto, Hábito de agradecer algum fato bom que exista em sua vida. 62 Hábito de jogar o tempo fora nas redes sociais, substitua por, Hábito de ler por 30 min, relacionado aos estudos ou não, o ato de ler despertará seu senso de investigação, o que o ajudará a realizar suas tarefas pendentes, ou você pode até estar na estar nas redes sociais mas procure assistir uma entrevista ou seguir alguém que seja relevante ao seu progresso intelectual dessa forma você buscará alguma inspiração para seus projetos. Hábito de procrastinar com pensamentos aleatórios, substitua pelo, Hábito de pensar naquilo que tanto deseja ver realizado, isso lhe dará o impulso e a atitude para dar um passo em direção à isso agora. 63 Com as duas partes da lista, pense em equivalências de substituição e comece aos poucos a modificação de forma consciente. Esses são alguns dos infinitos exemplos que podem ser realizados aos poucos para criar uma rotina até que você faça por completo essas substituição e elas passem a se naturalizar como novos hábitos com o tempo. No entanto, não esqueça do principal, praticar, pois como ficou claro, a criação de um novo comportamento de faz pelo uso e repetição do mesmo. Caso contrário, não passará do campo das ideias e deixará de provocar o impacto que você precisa. 64 3° LIÇÃO: SUPERANDO A PARALISIA CRIATIVA. 65 Eu, assim como você e outros milhares de estudantes, também já sofri com uma espécie de paralisia criativa, na hora de escrever um artigo, ler um texto para seminários ou iniciar pré-projetos. Sei, da mesma forma que você, o quanto aquele sentimento de ansiedade, medo e aflição toma conta da forma como pensamos e agimos sobre esse problema, principalmente se os seus prazos de entrega estiverem se esgotando. Não é comum julgarmos, movidos pela ansiedade e pelo medo, que as chances de um trabalho dar certo frente a esse problema são poucas ou nenhuma. Desse modo, mesmo tendo tido vários momentos de pânico, medo e desespero nunca reprovei em nenhuma matéria e não estou dizendo isso para me sentir melhor do aqueles que reprovaram mas sim, para explicar como eu conseguia resolver esses obstáculos nos momentos de crise. 66 Pensando sobre isso as recomendações que farei a seguir podem fazer sentido para você que também está passando por isso e apesar de querer jogar a toalha, não gostaria de permanecer mais um semestre por conta de uma ou duas matérias adiando a realização da formatura. Para compreendermos melhor esse passo n° 3, é necessário diagnosticar fatores que participam direta ou indiretamente da sua vida acadêmica e que ajudam desencadear e agravar esses impedimentos psicológicos como: Crise de identidade; Não se achar bom o bastante; Excesso de críticas sobre si mesmo; Absorver e acreditar demais em críticas externas sobre você e o que você faz. 67 Esses são alguns dos fatores mais comuns que provocam o bloqueio interno criativo na hora de escrever um artigo, trabalhos semestrais ou de conclusão de curso, além de outros projetos relacionados a sua área de atuação. Conforme irei discorrendo sobre essas causas, poderemos enxergar que todas elas se relacionam, por ter uma única raiz comum, suas emoções. No entanto, a seguir esmiuçaremos uma a uma para que a compreensão seja a mais clara possível. A crise de identidade, à que me refiro acima, se encontra no fato de que inúmeras vezes você assim como muitos, não conseguem criar laços de importância sobre o objeto que lhe foi imposto como proposta de pesquisa seja ele uma ideia, um autor ou um caso de análise. 68 A realidade é que essa falta de compatibilidade tem origem em dois fatores, a insatisfação com a escolha de curso e desejo de mudança de rumos ou a dificuldade em lidar com a parte que menos lhe atraia dentro da sua área de escolha. No capitulo n° 5 falaremos para quem se vê sobre a primeira aposta, nesse momento vamos analisar melhor uma dificuldade temporária. Todas as coisas, mesmo as que mais gostamos, guardam seus dois lados, nesses lados sempre teremos, de acordo com nossas personalidades, mais predileção para um do que para o outro. No entanto, não é possível abandonar os aspectos de que gostamos menos, pois fazem parte da experiência completa e precisam de atenção e a dedicação adequada para manter tudo funcionando com equilíbrio. 69 Mesmo aqueles que gostam do que fazem, enfrentam atividades que desejariam não executar, porém à não execução pode custar o resultado do conjunto da obra toda, por exemplo, muitos músicos adoram sentir a adrenalina de estar tocando no palco para a plateia mas as vezes detestam ensaiar várias horas seguidas até o momento do show, no entanto se o ensaio não for feito, o resultado pode não ser tão bom assim. Os estudantes, muitas vezes enfrentam esse dilema, gostar do que faz mas se apavorar frente a trabalhos escritos, sejam os semestrais ou mesmo o de conclusão de curso, no entanto, a regra é clara, se recusar a passar por essa etapa pode pôr tudo a perder. Sabemos que para realizar um trabalho, existe muitas escolhas a serem consideradas, como o assunto principal a ser discorrido, a bibliografia de estudo e a pesquisa que fundamenta todas essas características. 70 Desse modo, um erro muito comum cometidos por muitos estudantes, é escolher o tema por sugestão, as vezes de algum colega e disse que “esse tema será mais fácil”, ou de professores que pensam que você vai se sair “muito bem” escrevendo sobre tal coisa. Eu mesma já cai nessa armadilha algumas vezes, mas o maior aprendizado disso é entender que não existe o “fácil” do jeito como queremos, no sentido de que o trabalho se faça sozinho, sem exigir o mínimo de atenção, e também é preciso tomar cuidado com o que os outros “acham” que seria bom pra você, com tal ou tal assunto. A sugestão de um professor é sempre bem-vinda mas antes de aceitar a recomendação, certifique-se do porque você estar fazendo isso. Faça questionamentos a si mesmo: Eu quero aceitar essa sugestão porque eu realmente gosto da ideia e penso que será o melhor caminho para mim ou vou aceitar a sugestão porque estou querendo agradar? 71 Ao investigar, procure ser o mais honesto possível consigo mesmo, e decidir apenas por aquilo em realmente se sinta confortável, até porque, se mesmo a ideia que pelo qual se tem empatia, exigirá seu foco e atenção. Imagina decidir agradar em algo indesejado tornando o processo de dedicação um fardo? Pense nas consequências de abraçar algo por meras influencias externas. Depois de tomar, sua melhor decisão comece a bases fundamentais de organização, pois as ideias amadurecem de acordo com as descobertas que se faz sobre elas, e essas descobertas precisam de um caminho construtivo. Se deixar pra última hora irá atropelar etapas e inevitavelmente a ansiedade o pegará desprevenido. 72 Você pode estar se perguntando, “como assim desprevenido?”, pois bem, existe uma premissa que diz o seguinte, “nem todo plano sobrevive ao campo de batalha”, e na maioria das vezes essa é uma grande verdade, isso pode se aplicar no modo pratico, em como muitas vezes, você escolhe um objetivo de pesquisa, que inicialmente você tinha uma forma de pensar sobre aquilo, no entanto, não é comum que durante as investigações bibliográficas, uma decepção possa surgir e naturalmente uma mudança de rota seja necessária. O fato é que isso é a coisa mais comum de acontecer em qualquer trabalho ou projeto, uma mudança de assunto, autores, opiniões, no entanto, se você não seguir nenhuma forma de organização, achando sua ideia o máximo e que vai fazer tudo de primeira, essa mudança de planos se torna um pesadelo. 73 Por isso, a necessidade de ficar atento as lições que já foram recomendadas nos passos anteriores desse E- book, e não esqueça que sobre tudo o que fizer, é necessário para além de metodologias e autores em um trabalho o mais importante, é se perguntar: Qual o sentido de estar escrevendo sobre isso? Qual o impacto que esse conhecimento pode gerar? Quem você quer atingir positivamente com o que você faz? Seja honesto em procurar o sentido do seu conhecimento, caso contrário, poderá ser mais um coletor humano de títulos e graduações, com o ego inflamado que despreza as relações reais em prol de conceitos e ideias, que só favorecem um empirismo acadêmico estéril. “Não sou bom o bastante” Um bloqueio criativo, pode estar escondido atrás de uma frase como essa, mais do que isso, um sentimento profundo pode ter enraizado dentro de você, usando o significado dessas palavras como tela de fundo, e consequentemente esse sentimento alimentou por anos, crenças desmerecedoras que reforçaram a falta de valor que você pode ter sobre si mesmo. 74 De que forma esse pensamento e sentimento, entrou aí dentro de você? Eu falei disso, um pouco no passo n° 2, no entanto, é preciso recordar que tudo que acreditamos sobre nós foi nos apresentado em sua maioria nos primeiros anos de infância, do 0 aos 7 anos, por uma série de hábitos que adquirimos das pessoas ao nosso redor. Esses hábitos não são apenas comportamentos de ação motora, como andamos, falamos, pegamos um copo mas sim a nível de tudo aquilo que acreditamos ser verdade sobre nós e as coisas ao redor. A maioria dos conceitos que temos sobre nós foram armazenados, na forma de pensamentos, na fase de maior vulnerabilidade das emoções, quando ainda crianças não sabíamos distinguir a melhor da pior informação a nosso respeito, apenas aceitávamos qualquer informação como verdadeira. 75 Quando recebemos apoio familiar nessa fase, com informações de carinho e motivação, tendemos a nos tornar pessoas com atitudes mais confiantes, pois nosso sistema neuro associativo, buscará as referências no nosso subconsciente, que guardou os registros com mensagens e sentimentos de apoio que havíamos recebidos em horas de difíceis decisão. Acionadas essas memorias, se o sentimento era de acolhimento, o indivíduo se sentirá mais encorajado, para seguir seus desafios pois guarda a sensação inconsciente de que se não for bem sucedido ainda encontrará o mesmo apoio e carinho dos seus. A associação com boas experiências são bases que proporcionam autoconfiança em si mesmo, as pessoas que assim o são, enfrentam dificuldades como chance de superação e evitam que o medo as paralisem, se tornando um ingrediente mais de impulso durante o processo. 76 No entanto, no mundo real, muitos de nós não tiveram pais com uma consciência mais apurada diante as formas de se relacionarem com seus filhos, mas não cabe a ninguém, julgar o certo e o errado nisso, os pais educam e passam valores e crenças para seus filhos com intuito de fazer o melhor do que aquilo que foram feitos à eles, tudo o que dão aos filhos foi o máximo que podiam ter dado e se não fizeram mais é porque desconheciam formas melhores. Por isso, se você assim como eu, também faz parte desse último grupo, não culpe seus pais, busque saber sobre suas infâncias e como foram tratados, só então compreenderá o porquê de terem tidos atitudes que em algum nível não lhe fizeram bem, tenha compaixão e entenda que ninguém pode oferecer aquilo que não teve ou que não tem. 77 Além da nossa casa, outro ambiente onde incorporamos muitas informação equivocada sobre nós, é sem dúvida no ambiente escolar, muitas crianças, também influenciadas por seus círculos de relações familiares, descarregam ofensas furiosas em cima de outras, sem ter a noção de como isso poderá afeta-las futuramente. Observe as afirmações abaixo e selecione aquelas você ouviu e internalizou durante a infância: “Você é burro, não consegue fazer nada direito”; “Você é porco e imundo”; “Seu cabelo, seu corpo, seu nariz é feio” “Você não serve pra nada, é um imprestável”; “Você nunca vai ser alguém na vida”; “Seu primo tem a mesma idade que você mas é muito mais inteligente”; “Você devia ser igual a fulana ou cicrana”; “Homens não choram”; “Meninas não sobem em árvore”. 78 Esses são alguns exemplos de informações que foram repetidamente faladas para muitos de nós, se tornando algo em que passamos a acreditar a nível inconsciente. Principalmente as informações dolorosas que ficaram registradas em decorrência da carga emocional associada no momento em que foi dita. A emoção é uma ferramenta poderosa na hora de influenciar aquilo em que acreditamos, seja de bom ou de ruim. Sendo assim, fica claro o motivo do excesso de críticas que fazemos ao nosso próprio respeito, sempre no movimento do desmerecimento, nos comparando para ficar em segundo lugar, nos esquivando frente a qualquer tipo de elogio, em busca de ressaltar mais um defeito do que as qualidades e repetindo continuamente que não daremos conta de um compromisso mais importante. 79 Enfim, esses são apenas alguns exemplos de situações que ocorrem na vida prática onde as crenças se manifestam e nós paralisam, permitindo que dúvidas e opiniões externas nós impeçam de avançar. Portanto, quando pensar que não é bom o bastante para apresentar suas ideias, para falar em público ou fazer um artigo relevante, pense se essa afirmação realmente condiz com as suas capacidades reais. Não pense: Porque eu tentaria fazer isso? E sim: Porque eu não tentaria fazer? Se desafie a quebrar suas objeções e bloqueios internos, se desafie a dizer “Eu Posso”. 80 Exercício de auto Analise: Se você tem outras lembranças de frases negativas que tenha ouvido na infância, escreva essa frase em um papel, escreva todas elas em um papel, quantas você conseguir se lembrar que tenha te influenciado a se enxergar como alguém sem valor. Em seguida, leia frase por frase e identifique suas emoções em relação à elas, aquela que mais lhe incomodar, que ainda produzir efeitos dolorosos, sem dúvida é a raiz do seu problema, é a causa pelo à qual você julga não ser bom o bastante. Algo que você acreditou como verdade e que mesmo sem a sua vontade consciente hoje, continua agindo como um freio de mão dentro da sua mente, mas lembre-se que todo pensamento e toda crença a respeito de si mesmo, por mais tempo que ela tenha feito parte da sua vida, pode ser removida e substituída por outra muito melhor de forma consciente, é apenas uma questão de escolha. 81 Qual é a sua escolha? Que transformação você decide promover em sua vida hoje? Como mudar uma Crença? Uma crença é um hábito, mais do que isso, a sua crença é quem influência todos os seus hábitos de comportamento. E como já foi explicado no passo n°2, você não é os seus hábitos, do mesmo modo é possível afirmar que, você também não é as suas crenças, você as adquiriu por meio de repetições, até que se registraram na sua mente subconsciente e passaram a influenciar todos os seus pensamentos. No entanto, a mudança pode ser um decisão consciente e por meio de atenção e repetições de novos conceitos sobre si mesmo, eliminar velhos padrões de pensamentos até que os novos atuem, sobre o seu comportamento, com naturalidade. 82 Exercício mental para mudança de crença. Assim como no exercício para mudança de hábitos, você precisa adotar novas ideias sobre si mesmo, para substituir os velhos pensamentos. O que você pensa de ruim ao seu respeito? O que você pensa de melhor ao seu respeito? Reforce aquilo que já acredita ser bom sobre você e acrescente, o que você gostaria de ser. Por exemplo, se você gostaria de ser mais autoconfiante, então, comece a prospectar o pensamento de que você é uma pessoa autoconfiante, como uma afirmação, no entanto, faça isso no verbo presente, use o Eu Sou. Por exemplo: Eu sou autoconfiante; Eu sou bonita (o); Eu sou inteligente; Eu falo bem em público; Eu posso superar qualquer desafio que se apresente em minha vida; 83 Eu sou criativa e sei desenvolver minhas habilidades com sucesso; Eu sou capaz de cumprir com todos os meus compromissos; Eu acredito que dou o melhor de mim em tudo que realizo; Eu me expresso de forma gentil e generosa com todos ao meu redor; Eu sou a minha melhor amiga (o); Eu sou a melhor versão de mim mesmo e me renovo todos os dias. Crie frases, em perspectivas que elevam aquilo que você pensa sobre si mesmo. Selecione em seu dia um momento para relaxar, mesmo que seja antes de dormir, 15 no mínimo, se ponha em posição de conforto, de preferência sentado (a), feche os olhos, se concentre em sua respiração, inspire e expire calmamente, e repita de forma suave frases como essas acima para si mesmo, pode ser em voz alta ou a nível de pensamento. 84 E mesmo que surjam pensamentos contrários ao que você está fazendo no seu exercício, lembre-se que são suas velhas crenças gritando para retomar o controle da sua mente. Ignore e volte a se concentrar até terminar o tempo do exercício. No entanto, vale a pena ressaltar que o tempo pode ser maior se assim o desejar sendo que o mais importante não são os minutos mas sim a entrega pela concentração e o sentimento de bem-estar produzido pelo exercício, não se preocupe com o tempo, se preocupe em como você se sente ao fazê-lo. 4° LIÇÃO: COMPREENDENDO O PODER DAS EMOÇÕES 86 Como você já deve ter percebido, todos os exercícios recomendados nesse e-book, procuram acessar de forma simples, porém não menos eficaz do que outros métodos, a raiz de suas emoções. Muitas pessoas podem pensam que ao tentar realizar essas pequenas tarefas, estariam diante de meros atos considerados como bobagens ou até mesmo como uma atitude infantil. No entanto, simples exercícios como esses estão fundamentadas por estudos milenares das tradições antigas e mais recentemente por pesquisas cientificas no campo da física quântica. A intenção da nova ciência tem como intuito, por meio de nomes como, Max Planck (1858-1947) fundador da teoria quântica e Nobel de física em 1918, Niels Bohr (1885-1962) físico dinamarquês, que deu inúmeras colaborações com seus estudos sobre a estrutura dos átomos, entre muitos outros pioneiros, compreender como é formada a consciência humana e o seu funcionamento. 87 Ao longo desses sessenta anos da nova física, dúvidas e polemicas não deixaram de ser levantadas, no entanto, a ciência tem se aproximado e desvendado, cada vez mais, os mistérios da vida física e da consciência humana. É possível observar nos últimos anos um retorno a compreensão do homem e sua unidade, tanto física quanto em suas percepções extra-sensoriais. As práticas de meditação e terapias de vertente energética estão sendo cada vez mais aceitas e com resultados comprovados em diversos meios de pesquisas científicas, tanto que algumas universidades como Harvard, Yale e também no Brasil (nos campus da Unb e da UFPI) estão adotando disciplinas da “felicidade” como componentes curriculares. 88 Comprovando desse modo, juntamente com bases científicas, a necessidade dos indivíduos em ampliarem sua percepções para além campo palpável do mundo real. A necessidade de acessar as emoções, na cura de transtornos psicológicos como medo, ansiedade ou depressão em diversos níveis, não surgiu de suposições ou achismos frívolos, cada ideia nesse campo tem ligação direta com pesquisas cientificas que nos apresenta uma nova forma de encararmos nossas experiências, unindo ciência e espiritualidade. 89 Espiritualidade nesse caso, não necessariamente está ligada a religiosidade, que são conceitos que podem se complementar, mas que em verdade são duas coisas distintas, a religião tem a espiritualidade como o seu principal pilar. Todavia, a espiritualidade não precisa de religião para existir ou ser estimulada, pois é inerente ao homem por meio de seus sentidos extra-sensoriais, como a intuição, a imaginação, o sentimento e o pensamento no campo de consciência pura. 90 AS EMOÇÕES QUE SENTIMOS EXERCEM PAPEL FUNDAMENTAL NO COMPORTAMENTO DE NOSSO ORGANISMO, PODENDO AJUDAR A MANTÊ-LOS SAUDÁVEIS OU ATÉ MESMO COLABORAR PARA O SURGIMENTO OU AGRAVAMENTO DE DIVERSAS DOENÇAS. OBSERVE NA IMAGEM ACIMA, OS EFEITOS PROVOCADOS PELAS EMOÇÕES EM NOSSO CORPO. 91 QUANTO MENOR O GRAU DE NOBREZA DOS SENTIMENTOS, COMO DEPRESSÃO, TRISTEZA E INVEJA, MAIS PONTOS DE ENERGIA ELETROMAGNÉTICAS QUE PROVOCAM MALEFÍCIOS CRIAMOS EM NOSSO CORPO. DO MESMO MODO QUE QUANTO MAIOR O GRAU DE EMOÇÕES NOBRES COMO O AMOR E A FELICIDADE SENTIMOS, MAIOR SERÁ OS BENEFÍCIOS DO NOSSO CAMPO ELETROMAGNÉTICO. OBSERVE NA IMAGEM AO LADO COMO ISSO REFLETE DIRETAMENTE NO SEU BEM ESTAR FÍSICO. 92 SIGA O SEU CORAÇÃO 93 Quem nunca ouviu esse conselho, de alguém ou em algum filme/séries de televisão? Apesar de parecer piegas, o sentido dessa frase tem bases mais profundas do que possamos imaginar. De acordo com o físico norte americano Greg Bradden, novos estudos estão mostrando, que o coração humano é o mais forte gerador biológico de campos elétricos e campos magnéticos do corpo humano. Isso em vias gerais, significa que, o nosso coração tem a capacidade de gerar os mesmos campos dos quais as coisas do nosso mundo são feitas. Bradden ainda afirma que os próprios livros de física dizem que se você pretende mudar as coisas da realidade, você precisa mudar ou o seu campo elétrico ou o campo magnético, e há um termo para ambos, o efeito Stark e o efeito Zeeman que nos permite promover essa mudança. 94 Isso quer dizer que a nossa própria ciência está nos dizendo que quando temos um sentimento em nosso coração estamos realmente criando ondas eletromagnéticas que mudam a qualidade dos átomos do mundo ao nosso redor. As emoções literalmente interrompem o fluxo do tempo-espaço e reorganizam as coisas de que este mundo é feito. E na medida em que somos treinados e condicionados para mudar nosso campo eletromagnético, afetamos as circunstancias que ocorrem em nossa realidade, para algumas pessoas isso é algo mínimo, no entanto, para outras parece algo milagroso, alinhar-se a tudo isso é o que as tradições antigas sempre disseram. Somos convidados a sentir os sentimentos dentro do nosso coração, para as coisas que gostaríamos de experimentar em nossas vidas, sentir como se elas estivessem acontecendo em vez de focar as emoções nas situações e coisas da qual não gostamos. 95 Diante desses sentimentos de impotência em nosso mundo, que todos temos o hábito de cultivar, a ciência está mostrando que existe um novo contexto, há textos de 5 mil anos de idade onde foram tiradas essas instruções que nos dizem claramente: “Quando você quiser mudar algo em seu corpo ou em seu mundo, ao invés de sentir o que você não tem, sinta o que gostaria de ter como se já o tivesse realizado.” Isso pode não parecer fazer muito sentido e na verdade inicialmente foi pouco compreendido por muitos cientistas, até entenderem que quando temos esses sentimentos o que estamos literalmente fazendo é criar um modelo eletromagnético sobre nós. É a planta em nosso coração onde o material quântico imprime em torno de nós e nos devolve a realidade que corresponde ao que sentimos, nossa vibração energética, por enquanto, todos nós fazemos isso na maioria das vezes em nível de inconsciência pois não fomos condicionados a esse conhecimento. 96 A física clássica newtoniana, que negava ao homem a unidade com seu mundo exterior, dando a impressão de que somos meros dados jogados de um lado para o outro por forças universais, despertou a obsessão em massa, pela matéria fixa, pela separação do homem e sua natureza, pelo medo da movimentação do tempo e principalmente ampliou o vazio da falta de sentido em viver. Esses reflexos claros, comprovam, segundo a física e filosofa americana Danah Zohar, que ainda hoje os conceitos da física newtoniana tendem a controlar a maioria dos comportamentos humanos. A partir do século XX, a língua da física quântica tem aproximado dois grandes modos de conhecimento, dois grandes caminhos, a ciência e a espiritualidade, deixando-as juntas em uma única sabedoria que se torna maior do que qualquer uma delas separadas, nos ajudando a sermos pessoas melhores e enfrentar com mais consciência os desafios que iremos encontrar. 97 Existe um campo inteligente de energia que permeia nossa realidade física, esse campo é chamado de energia não-convencional pois não funciona como eletricidade comum, os equipamentos que eram usados para medi-la eram os mesmos que usamos para medir coisas como sinais de televisão ou ondas de rádios e a energia descoberta não trabalha dessa forma. Somente no final dos anos 90 e início dos anos 2000, os cientistas tiveram a ampla disseminação e acesso a novas tecnologias para realizar esse tipo de medição, isso se tornou aceito nos últimos anos e então, ciência e espiritualidade, podem realmente servir uma a outra. As antigas tradições e as nossas tradições espirituais indígenas, começaram a partir desse ponto, eles sabiam que tudo estava conectado. 98 É comum as pessoas dizerem que os pensamentos tem força, e não estão erradas, no entanto, não são apenas os pensamentos que criam a realidade, eles são importantes mas estudos recentes estão mostrando que os campos eletromagnéticos criados pelo cérebro humano são relativamente fracos em comparação aos criados pelo coração. O coração é cerca de 100 vezes mais forte eletricamente do que o cérebro humano, e o coração é cerca de 5 mil vezes mais forte magneticamente do que o cérebro humano, por isso, para criar um campo eletromagnético que afeta a nossa realidade, é necessário combinar a ação entre pensamento e sobretudo o sentimento. 99 Essa ação é uma tecnologia interna poderosa, que aparentemente está adormecida entre os homens e mulheres de nosso tempo, agora os cientistas estão começando a entender que são as nossas crenças, a maneira como sentimos e as limitações que temos aceito culturalmente, por meio de nossas famílias ao longo da história, que nós afastam da possibilidade de pensar em nós mesmos como os seres capacitados que somos. E independentemente de estarmos conscientes disso ou não, a crença subconsciente, de que nós somos vítimas sem poder neste mundo, tem uma tremenda influencia em tudo o que fazemos. Portanto, observe suas emoções pois elas estão criando as circunstancias que a vida tem devolvido para você, de modo que seu campo eletromagnético só pode atrair para si, situações que se assemelham as vibrações emitidas por ele. 100 Exercício do lição n° 4 Em decorrência, de tudo que foi esclarecido nos parágrafos acima, ressalto a importância de considerar suas emoções em qualquer que seja o momento pelo qual esteja vivendo, pois elas definem não apenas o seu momento presente mas também os momentos que virão em suas experiências. Observe a si mesmo e analise de forma consciente: Qual campo eletromagnético, eu tenho criando para minha vida? Que emoções eu estou emitido ao meu redor, na maior parte do meu dia? Agora que você sabe o poder que os sentimentos tem sobre os acontecimentos em seu mundo, busque se afastar de pensamentos que resultem em emoções de baixo autoestima, incapacidade, ansiedade ou críticas internas. Sempre que sentir estar se pondo pra baixo: 101 Mude e busque se lembrar de algo que você tenha feito no passado que te deu uma excelente sensação de bem estar e que você gostaria de repetir; Pense em algo que te deixaria feliz se estivesse acontecendo naquele instante. Evite, ouvir em excesso músicas depressivas e que aumentam o seu sentimento de solidão. Além de não te ajudar em nada isso irá piorar seu campo eletromagnético, atraindo para você mais situações e experiências que lhe cause tristeza, solidão e desencorajamentos. Fique atento ao seu vocabulário, as palavras que você diz, também são capazes de influenciar na forma como se sente pois elas dão significado as suas experiências. 102 Faça caminhadas ou algum tipo de exercício físico pois nem preciso dizer o quanto é recomendado para movimentar as energias do seu corpo e liberar as substancias que estimulam o bem estar no seu organismo. Faça passeios em locais arborizados, a sensação de estar mais perto da natureza estimula bons sentimentos. 103 LIÇÃO N° 5: TENHA UM PROPÓSITO 104 No último passo desse e-book, a recomendação é “tenha um propósito”, se você não sabe o que significa ter um propósito nos estudos e naquilo que você faz, darei uma breve explicação. É muito comum ver pessoas jovens escolherem suas futuras profissões ou aquilo em que gostariam de fazer, tendo como base índices de resultados econômicos, o famoso “aquilo que dá mais dinheiro”. Não há nada de errado em querer ganhar dinheiro, afinal de contas ninguém vive de energia solar, o dinheiro é uma peça muito importante e necessária em nossas vidas. No entanto, o equívoco desse pensamento está em apenas esperar os resultados, como se eles fossem, assim que o diploma chegar, se fazerem sozinhos. 105 É importante considerar que muitas vezes quando vemos alguém bem sucedido e que desfruta de certo conforto, estamos apenas olhando o lugar onde ele chegou, sem considerar o lugar de onde ele tenha começado. Nessa perspectiva, não repare tanto onde as pessoas que admira na sua futura profissão estão no momento, busque observar o caminho que percorreram e se estará disposto a se desenvolver da mesma forma para poder conquistar resultados semelhantes. Se a sua depressão, ansiedade e frustração está sendo fruto da insatisfação em fazer aquilo que está cursando, repense seu caminho, é hora de mudar a rota, parar de se enganar e admitir que precisa mudar a direção é a decisão mais eficaz para abandonar sentimentos tão autodestrutivos. 106 A mudança de escolha pode não ser algo fácil mas sem dúvidas o efeito à longo prazo de fazer aquilo que te amedronta e não te agrada, será muito mais prejudicial quanto, enfrentar as evidencias agora e buscar enxergar as coisas que realmente fazem sentido e que se conectam com a sua verdadeira essência. Percorrer um caminho que leve ao sucesso, dependerá para além de um possível diploma, da habilidade que você tem em realizar aquilo que se propõe, e essa habilidade deve estar mais atrelada a ideias, que se preocupem com o impacto de valor que possam gerar na vida de outras pessoas, do que necessariamente pelo condicionamentos fixo em cima dos resultados. 107 O físico Albert Einstein, entre seus em inúmeros vislumbres de conhecimentos fez a seguinte citação “Não tente ser uma pessoa de sucesso. Em vez disso, seja uma pessoa de valor”, consequentemente isso leva a crer que, quem trabalha sem valor olhando fixamente apenas para o ponto onde estará um provável resultado, perde a conexão com aquilo que realiza. Isso seria o equivalente, a uma pessoa que pretende fazer uma fogueira mas antes de acender o fogo exige ser aquecida primeiro, o mesmo acontece com quem acredita precisar de resultados antes de gerar valor com o próprio trabalho. 108 Então este é o ponto, como alguém pode gerar valor sem estar de fato entusiasmado por aquilo que escolheu como profissão? No início pode até surgir uma empolgação movida pela novidade da experiência mas em pouco tempo a facilidade de entrar no piloto automático será o equivalente a sua falta de paixão por aquilo que estará fazendo. As pessoas só conseguem gerar valor enquanto forem capazes de enxergar o sentido no que estão fazendo e a quem aquilo que fazem estará beneficiando. Quando você descobre o seu propósito é quando sua vida realmente começa, pense nisso, há uma afirmação que diz o seguinte: “Há dois dias importantes em sua vida, o dia em que você nasceu e o dia em que você descobre porque nasceu”. 109 Seu propósito é sua razão de viver, é o motivo pelo qual você sai da cama pela manhã, é a razão que lhe faz levantar e seguir em frente. Agora, sem um propósito, você estará apenas vagando por aí, sem direção, lembre-se, seu propósito é sua razão de viver. Qual é o seu propósito? No entanto, se as pessoas tiverem dificuldade em saberem seu propósito, eu vou te dizer como fazer isso, sente-se e pegue uma caneta e um bloco de papel, toda manhã, talvez leve uns 15 minutos, e faça isso até descobrir seu propósito: Pergunte a si mesmo o que eu realmente amo fazer? É aonde você vai encontrar o seu propósito, entenda que seu propósito é aquilo que você realmente ama fazer, veja, eu sinceramente acredito que cada um de nós, tem a habilidade de fazer alguma coisa, há algo que temos um talento, uma capacidade dentro de nós que só vai florescer quando encontrarmos, e isso é muito importante. 110 Muitos estudantes, estão cursando coisas para qual não tem nenhuma paixão, estão cumprindo acordos com as expectativas dos pais ou da sociedade, sobre como deveriam agir ou o que deveriam ser, mas o grande problema é que sem paixão sobre aquilo que fazem será impossível gerar valor com suas atividades. Sobretudo que gerar valor não é algo aprendido nos locais onde conseguimos nossos títulos, valor é algo percebido de dentro pra fora, é como podemos oferecer o melhor de nós para quem precisa da nossa colaboração, de forma direta ou indireta na sociedade. 111 Podemos pensar que vivemos em um mundo com infinitas possibilidades e muitas oportunidades podem aparecer em seu caminho, porem tome cuidado para não estar perdendo muito do seu tempo, olhando para oportunidades em que não está nem um pouco interessado ou que não condizem com o valor e impacto que pretende gerar para as pessoas ao seu redor. Busque por propósito, visão e objetivos, seu propósito é o porquê você está vivendo, sua visão é uma visão de longo alcance, de uma multiplicidade de coisas que você quer realizar e que são todas extensão do seu propósito e seu objetivo é captar essa visão. 112 Não fique nem mais um dia em uma vida onde o que você pensa, estuda e faz, soa como algo sem sentido,
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