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Transparências do conhecimento de Filosofia e Sociologia

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Filosofia - Unidade IV – Ceticismo e Dogmatismo| Unidade VII - Do Mito à Razão | 
 
 
TEORIA DO CONHECIMENTO 
(Gnosiologia) 
 
OBRA | CHAUI, Marilena. Convite a filosofia. São Paulo: Ática, 2001. 
OBRA | CHARLOT, B. Da relação com o saber: elementos para uma teoria. Porto Alegre: 
Artmed, 2000. 
 
1. O que é conhecer? 
De modo simples, pode-se dizer que "conhecer é elaborar um modelo de realidade" e "projetar 
ordem onde havia caos" (CHARLOT, B., 1992, p. 13). 
 
2. Elementos necessários para que haja conhecimento: 
a) O sujeito, que é o ser que conhece; 
b) O objeto, aquilo que o sujeito investiga para conhecer; 
c) A imagem mental em forma de opinião, ideia ou conceito que resultam da relação sujeito-
objeto. 
3. O conhecimento pode ser: 
 
a) Assistemático - Empírico (vulgar) 
 
 Sua construção não segue um procedimento de rigor técnico; 
 É acrítico 
 É superficial 
 É impreciso 
 É autocontraditório 
 
b) Sistemático - Filosófico | Científico | Teológico 
 Permite ir além do fenômeno e compreender as causas e leis que o regem; 
 Busca explicar de forma sistematizada e racional, portanto lógica (objetividade); 
 É raciocinado, exato e reflexivo, baseado no estudo coordenado (pesquisa); 
 É um conhecimento apoiado na demonstração e na experimentação; 
 
 É metódico | sistemático: o pesquisador não ignora que os seres, as coisas e os fatos 
estão ligados entre si por certas relações. 
 
4. Os diversos tipos de conhecimento e saberes 
 
a) O saber da vida - baseia-se na vivência espontânea da vida e começa a ser construído 
tão logo o homem seja lançado no mundo. Ele vive esse processo até o dia de sua 
morte. 
b) O conhecimento mítico - modalidade de conhecimento baseado na intuição e que 
deriva do entendimento de que existem modelos naturais e sobrenaturais dos quais brota 
o sentido de tudo o que existe. 
c) Conhecimento filosófico - é racional | especulativo | busca da verdade | é sistemático, 
mas não experimental. 
d) Conhecimento científico - é racional e é produzido mediante a investigação da 
realidade, por meio de experimentos. 
e) Conhecimento técnico - é o saber fazer, a operacionalização. Tem como objeto o 
domínio do mundo e da natureza. 
f) O saber das artes - As artes e os saberes que elas possibilitam valorizam os 
sentimentos, a emoção e a intuição humana. 
 
 
1 
 
Filosofia - Unidade IV – Ceticismo e Dogmatismo| Unidade VII - Do Mito à Razão | 
 
 
CETICISMO E DOGMATISMO 
 
OBRA | CHAUI, Marilena. Convite a filosofia. Sâo Paulo: Atica, 2001. 
OBRA | ARANHA, Maria. Filosofando: introducão a filosofia.Sao Paulo: Moderna, 2004. 
 
1. Questão norteadora - A possibilidade ou não de o espírito humano atingir a certeza 
 
2. Dogmatismo 
 
2.1. Etimologia – Dogmatikós – do grego significa – o que se funda em princípios. 
 
2.2. O que é dogmatismo? Segundo Marilena Chauí 
 
 No senso comum, o dogmático é a pessoa que acredita ter a posse da verdade e se recusa ao 
diálogo, não admitindo o questionamento de suas certezas. 
 
 Dogmatismo é a doutrina segundo é possível atingir a certeza; 
 
 É uma opinião estabelecida por decreto e ensinada como uma doutrina, sem contestação; 
 
 Um dogma é tomado como uma verdade que não pode ser contestada nem criticada; 
 
 Exemplo: “É assim porque é assim e porque tem que ser assim”; 
 
 O dogmatismo é uma atitude autoritária e submissa. Autoritária porque não admite dúvida, 
contestação e crítica. Submissa, porque se curva às opiniões estabelecidas; 
 
 Dogmatismo é uma atitude muito natural e muito espontânea que temos, desde a infância; 
 
 É nossa crença de que o mundo existe e que é exatamente tal como percebemos; 
 
 Temos essa crença porque somos seres práticos, isto é, nos relacionamos com a realidade como 
um conjunto de coisas, fatos e pessoas que são úteis ou inúteis para nossa sobrevivência; 
 
 Os seres humanos, porque são seres culturais, trabalham; 
 
 Constroem casas, fabricam vestuário e utensílios, produzem objetos técnicos e de consumo, 
inventam meios de transporte, de comunicação e de informação; 
 
 Os seres humanos organizam-se social e politicamente; 
 
 Os seres humanos criam instituições sociais (família, escola, agricultura, comércio, indústria, 
relações entre grupos e classes, etc.); 
 
 Os seres humanos criam instituições políticas (o Estado, o poder executivo, legislativo e 
judiciário, as forças militares profissionais, os tribunais e as leis); 
 
 Na atitude dogmática, tomamos o mundo como já dado, já feito, já pensado, já transformado; 
 
 A realidade natural, social, política e cultural forma uma espécie de moldura de um quadro em 
cujo interior nos instalamos e onde existimos; 
 
 Uma pausa para Reflexão – Por que os acontecimentos da novela servem apenas para confirmar 
e reforçar o que já sabíamos e o que já esperávamos; 
2 
 
Filosofia - Unidade IV – Ceticismo e Dogmatismo| Unidade VII - Do Mito à Razão | 
 
 
 
 Quando a novela termina, os bons foram ?????????, os maus foram ?????, os pobres bons 
ficaram ???????, os ricos maus ficaram ???????, a mocinha casou com o ????????, a família boa 
se ??????? e a família má se???????. 
 
 As crises, as dificuldades e os impasses da razão mostram, assim, o oposto do dogmatismo. 
Indicam atitude reflexiva e crítica; 
 
 A atitude dogmática ou natural se rompe quando somos capazes de uma atitude de 
estranhamento diante das coisas que nos pareciam familiares. 
 
3. Ceticismo 
 
3.1. Etimologia – vem do grego sképsis, que significa – investigação, procura: a sabedoria não 
consiste em alcançar a verdade, mas somente em procurá-la; 
 
3.2. O que é ceticismo? 
 
 O cético, no sentido comum, é aquele que desconfia de tudo, que não acredita nas possibilidades 
que estão à sua frente; 
 “O ceticismo foi desenvolvido inicialmente por Pirro (367-275 a.C.) (...) Segundo Pirro, o 
homem não é capaz de atingir qualquer verdade no âmbito da ciência ou da filosofia”; 
 
 As únicas “verdades” são de caráter subjetivo e não podem ser consideradas propriamente 
verdades, pois não passam de simples impressões, que não nos garantem a certeza; 
 
 Não temos acesso à essência das coisas, conhecemos somente as suas aparências; 
 
 “Assim, cético é o que observa, desconfia, e espera o desenrolar dos fatos para, só então, se 
pronunciar (em grego, sképsis significa o olhar de quem analisa, considera)”. (HRYNIEWICZ, 
2001, p. 288); 
 
 Um filósofo cético é aquele que coloca suas crenças e as dos outros sob exame, a fim de 
verificar se elas são realmente dignas de crédito ou não; 
 
 
 Corrente de pensamento que duvida de toda e qualquer possibilidade de se chegar ao 
conhecimento verdadeiro; 
 
 A atitude cética é típica das épocas de crise de paradigmas, quando verdades estabelecidas são 
destruídas, sem que se tenham, ainda, propostos novos princípios sobre os quais fundamentar o 
conhecimento e as ações; 
 
 Nesses momentos, coloca-se tudo em dúvida, examinam-se todas as certezas, opiniões e 
crenças, numa busca de solo seguro sobre o qual construí um novo saber; 
 
 Atualmente, alguns céticos defendem o probabilismo ou falibilismo, ou seja, na impossibilidade 
de encontrarmos verdades absolutas, seja pelas limitações de nossos sentidos e intelecto, seja 
pela complexidade da realidade, devemos tratar nossas crenças sempre como provisórias; 
 
 Como diria Kant, o cético é aquele que nos desperta do nosso sono dogmático para lembrar-nos 
que pensar não é um fim, mas uma atividade; 
 
 
3 
 
Filosofia - Unidade IV – Ceticismo e Dogmatismo| Unidade VII - Do Mito à Razão | 
 
 
Os primeiros Padres da Igreja | Intelectuais Cristãos 
| Filósofos da Igreja 
 
Primeiros Padres: Santo Irineu, Clemente de Alexandria,Gregório de Nazianzo. 
Principal Teórico: Santo Agostinho. 
 
1. Objetivo – Mostrar a superioridade da verdade cristã sobre a tradição filosófica. 
 
2. Estratégia - Adaptaram as ideias filosóficas à religião cristã e fizeram surgir uma filosofia cristã. 
 
3. Tradições Metafísicas e Cristianismo - as duas grandes tradições metafísicas incorporadas pelo 
cristianismo foram o platonismo e o aristotelismo 
 
4. Metafísica Cristã | Uma reelaboração da metafísica grega 
 
Para os Gregos Para os Cristãos 
 
a) O mundo é eterno; 
b) A divindade é uma força cósmica racional 
impessoal; 
c) Homem ser natural, dotado de corpo e 
alma; 
d) A liberdade é uma força de ação, é 
racional; 
 
e) O conhecimento é uma atividade do 
intelecto 
 
a) O mundo foi criado por Deus 
b) Deus é pessoal, é a unidade de três 
pessoas e dotado de vontade; 
c) O homem ser misto, natural e imortal 
por sua alma; 
d) O homem é livre porque sua vontade é 
uma capacidade para escolher tanto o 
bem quanto o mal; 
e) A razão humana é limitada e imperfeita; 
 
5. A Patrística 
 
A patrística é a filosofia dos chamados Padres da Igreja, que teve início no período de decadência do 
Império Romano, quando o cristianismo se expandia. 
 
5.1. Objetivo - no esforço de converter os pagãos combater as heresias e justificar a fé. 
 
5.2. Características distintivas | elementares |estruturantes | de legitimidade 
 
a) Doutrina ortodoxa, no sentido de resguardarem a tradição apostólica; 
b) Vidas santificadas, no sentido de terem uma conduta ética e moral; 
c) Aprovação eclesiástica, no sentido de serem aceitos pelas igrejas e comunidades de fé na 
época como autoridades para ensinar; 
d) Antiguidade, no sentido de pertencerem ao primeiro período pós-apostólico. 
 
5.3. O método / estratégia de trabalho dos apologistas 
a) Elaborar o diálogo / ponto de conexão entre as ideias filosóficas da época e a fé cristã; 
b) Assinalavam-se as fraquezas, incoerências e elementos contraditórios de certas ideias e teorias 
para demonstrar que o pensamento filosófico também podia ser questionado pela crítica 
racional; 
c) Por último, argumentava-se que a revelação em Cristo realizava o desejo interior do ser humano 
de descobrir a verdade, destacando as singularidades da fé cristã em comparação com outras 
correntes de pensamento e crenças. 
4 
 
Filosofia - Unidade IV – Ceticismo e Dogmatismo| Unidade VII - Do Mito à Razão | 
 
 
5.4. A defesa | os argumentos dos apologistas 
 
a) Os efeitos morais do cristianismo sobre a sociedade romana, em especial no que concerne à 
caridade e à fraternidade; 
b) Acesso as fontes, as profecias dos escritos testamentários (coleções dos livros proféticos 
encontravam-se à disposição desses escritores do século II); 
 c) A antiguidade das Escrituras e da fé cristã (uma vez que o Antigo Testamento se realiza na 
vida e nos escritos da Igreja), sendo que Moisés era anterior aos filósofos e poetas gregos; 
d) O cristianismo é apresentado como a verdadeira filosofia (a revelação divina, expressa 
parcialmente na filosofia grega e no Velho Testamento, completa-se de modo absoluto 
apenas em Cristo). 
 
6. Escolástica 
 
6.1. Recorte Temporal: do século XIII ao século XIV 
 
6.2. Objetivo – Devido às mudanças do Renascimento Urbano - a escolástica surgiu como nova 
expressão da filosofia cristã. 
 
6.3. Características de legitimidade da fé 
 
 Nesse período, persistiu a aliança entre razão e fé, em que a razão continua como "serva da 
teologia"; 
 As investigações científicas e filosóficas não poderiam contrariar as verdades estabelecidas 
pela fé católica; 
 A prova da existência de Deus e da imortalidade da alma, ou seja, a prova racional da 
existência do criador e do espírito imortal; 
 
Filósofos: Santo Anselmo, Pedro Abelardo, etc. 
 
Principal Teórico – Santo Tomás de Aquino 
 
6.2. A Questão dos Universais | ou Ideias 
6.2.1.Origen: remonta à Grécia antiga, quando Sócrates teria afirmado a existência real das 
ideias, ou conceitos, posteriormente denominados “universais”; 
6.2.2. Definição : é o conceito, a ideia, a essência comum a todas as coisas. Ex.: a) “homem”, 
“beleza”, “justiça”, “bondade” etc; 
6.2.3. Problemática: A controvérsia em torno da natureza das ideias dominou, de certo modo, a 
reflexão filosófica medieval. As especificidades existenciais entre espécies (cão / gato / baleia) e 
os gêneros (animais). 
6.3. Soluções / Olhares / argumentações 
a) Realistas | Santo Anselmo - o universal tem realidade objetiva (são res, ou seja, “coisa”) 
– influencia Platão; 
b) Realismo moderado | Tomas de Aquino - os universais só existem formalmente no 
espírito – influencia Aristóteles; 
5 
 
Filosofia - Unidade IV – Ceticismo e Dogmatismo| Unidade VII - Do Mito à Razão | 
 
 
c) Nominalistas | Roscelino - universal é apenas o que é expresso em um nome, são 
palavras / símbolos. A única realidade são os indivíduos e os objetos individualmente 
considerados; 
d) Conceptualista | Pedro Aberlado – meio termo entre o realismo e o nominalismo. Os 
universais são conceitos, entidades mentais, que existem somente no espírito. As ideias 
teriam uma existência simbólica na mente, e outra, concreta, nas coisas. 
 
6.4. Mentalidade Dualista 
 
 Misticismo medieval 
 
 Os Realistas |representação de mundo onde valorizavam: uma visão de mundo 
espiritual. Categorias: o universal, a tradição, a autoridade, a verdade eterna da fé – 
Pensamento aristocrático; 
 
 Os nominalistas | representação de mundo onde valorizavam: uma visão de mundo mais 
concreta e (anti) espiritual das coisas. Categorias: o individual, a racionalidade – 
Pensamento burguês; 
 
 Nominalismo Atual - os neokantianos, os neopositivistas, os idealistas e pragmatistas; 
 
7. Exercício reflexivo: Identifique a tendência na qual poderíamos incluir frei Guilherme a 
propósito da questão dos universais | Filme | Libro “Em Nome da Rosa” 
 
6 
 
Filosofia - Unidade IV – Ceticismo e Dogmatismo| Unidade VII - Do Mito à Razão | 
 
 
 
REFORMA PROTESTANTE 
Definição: movimento religioso que rompeu com a autoridade da Igreja Católica, dando origem a novas 
religiões cristãs; 
Quando: a partir do século XVI; 
Onde: o movimento reformista teve mais força na ALEMANHA, SUIÇA e INGLATERRA; 
1. Antecedentes/Causas: 
 Corrupção do clero e afastamento de seus membros das concepções originais do cristianismo 
(humildade, fraternidade, caridade). 
a) Venda de indulgências; 
b) Venda de relíquias sagradas; 
c) Venda de cargos no clero; 
 Fortalecimento da burguesia x condenação do lucro pela Igreja. 
 Fortalecimento das monarquias nacionais x aumento do poder intromissão clerical em assuntos de 
estado; 
 Renascimento cultural (questionamento de alguns valores tipicamente medievais). 
 Leitura e interpretação da Bíblia restrita aos membros do clero (Só existir versão da Bíblia em latim). 
 
2. O Luteranismo - ALEMANHA: 
 Martinho Lutero (monge agostiniano) critica costumes clericais (luxo, corrupção, etc.); 
 Em 1517 – divulga as 95 teses contrárias aos atos ou dogmas da Igreja (Wittemberg); 
 É excomungado e condenado a morte – protegido em castelo de nobre alemão. 
 
2.1. Princípios básicos do luteranismo: 
 Salvação pela fé, tradução, leitura e livre interpretação da Bíblia, eliminação de santos e imagens, 
fim do celibato para sacerdotes, etc.; 
 Apoio dos nobres (interessados em terras da Igreja); 
 Apoio de camponeses (também interessados em terras e no fim dos impostos feudais) – sem 
reconhecimento de Lutero; 
 Guerra civil: NOBRES* (Lutero – apoio ao massacre de camponeses) x camponeses (Thomas 
Münzer – Anabatistas); 
Imperador (Carlos V) apoia o papa (Alemanha dividida entre católicos e luteranos); Após a derrota de Carlos V, assume Fernando I – é assinada a PAZ DE Augsburg (1555): cada 
governante (príncipe – nobre) escolhe a religião dos súditos. 
 Alemanha – luterana; Áustria – católica. 
 
 
 
7 
 
Filosofia - Unidade IV – Ceticismo e Dogmatismo| Unidade VII - Do Mito à Razão | 
 
 
2. O Calvinismo - Suíça: 
 João Calvino (francês influenciado por Lutero, radicado na Suíça). 
 Teoria da Predestinação Absoluta (trabalho, pureza, cumprimento de deveres e progresso 
econômico = sinais divinos). 
 Apoio da burguesia. 
 Crescimento do capitalismo (valorização do trabalho e da poupança). 
 Na Inglaterra = Puritanos, na França = Huguenotes, na Escócia = Presbiterianos. 
 
3. O Anglicanismo - Inglaterra: 
 Atrito entre o rei da Inglaterra e o papa; 
 Henrique VIII* (ING) X Clemente VII (Papa); 
 Interesse do rei em terras eclesiásticas; 
 Ato de Supremacia: Rei = chefe da Igreja na ING. 
 Negação do papa para o rei conseguir anulação de seu casamento com Catarina de Aragão para casar-
se com Ana Bolena; 
 Terras da Igreja confiscadas e vendidas aos nobres (fortalecimento político do rei). 
 Culto e hierarquia semelhantes ao catolicismo; 
 Autoridade do papa não é aceita e latim é abolido dos cultos; 
 Fusão de elementos católicos com elementos calvinistas. 
4. A Contra Reforma ou Reforma Católica: 
O Concílio de Trento (1545 – 63): reafirmação dos dogmas do catolicismo, criação de seminários e 
do catecismo, criação do INDEX, reativação dos Tribunais do Santo Ofício; 
Companhia de Jesus (Inácio de Loyola - ESP): ordem dos jesuítas, busca de novos fiéis (América), 
educação e catequese; 
Tribunais do Santo Ofício ou da Santa Inquisição: tribunais religiosos que julgavam e 
condenavam “hereges” ou “infiéis” (não católicos) com extrema violência. Atuaram principalmente 
na Espanha, Portugal e Itália; 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
8 
 
Filosofia - Unidade IV – Ceticismo e Dogmatismo| Unidade VII - Do Mito à Razão | 
 
 
 
AS MUDANÇAS NA MODERNIDADE 
(Renascimento – Século XVIII) 
 
1. NOVOS CONTORNOS 
 
a) Idade Média – uma reflexão filosófica dominada pela religião – A teologia supera a filosofia. 
 
b) Renascimento - o mundo científico olhou para trás para, depois, pavimentar os novos caminhos 
que viriam pela frente. 
c) Século XVII - o pensamento científico começa a se objetivar com o Empirismo. 
 
 
Das leis “divinas” para as leis da natureza 
 
2. CONHECIMENTO CIENTÍFICO 
a) Descobrir os princípios explicativos de organização, classificação e ordenação da natureza. 
b) Compreender e controlar os objetos/fatos/fenômenos. 
c) Utilizar a racionalidade para propor uma forma sistemática, metódica, crítica para desvelar o 
mundo, compreendê-lo, explicá-lo e dominá-lo. 
 
3. UM NOVO OLHAR A CIÊNCIA MODERNA 
 
 A partir do séc. XVII, surgem a astronomia de Copérnico e a física de Galileu, que inauguram 
um novo tipo de racionalidade – a matemática. 
 
 Configurou-se num empreendimento, como analisa Bauman (1999), voltado para sustentação da 
ordem e a supressão do acaso e da contingência. 
 
 É um mundo em que procuramos obsessivamente eliminar a angústia da imprevisibilidade. 
 
 A ciência moderna apoiou-se na ideia de uma realidade externa constituída fundamentalmente de 
regularidades, regida por leis matemáticas independentes do sujeito do conhecimento. 
 
 Conhecer tornou-se sinônimo de dividir, classificar o que foi separado para, então, serem 
traçadas relações sistemáticas entre os vários elementos identificados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9 
 
Filosofia - Unidade IV – Ceticismo e Dogmatismo| Unidade VII - Do Mito à Razão | 
 
 
 
Francis Bacon (1561 – 1623) 
(Empirismo) 
 
René Descartes (1596 – 1650) 
(Racionalismo) 
 
 
 O termo empirismo tem sua origem no grego 
empeiria, que significa “experiência” 
sensorial; 
 
 Fundador do método indutivo; 
 Acumulação / sistemática de conhecimento 
 
 Formulação de hipóteses 
 
 
 A palavra racionalismo deriva do latim 
ratio, que significa razão; 
 
 A evidência racional; 
 A análise | A síntese | O controle; 
 A dúvida como um processo metódico; 
 
 Distinguir o conhecimento verdadeiro do 
falso 
 
 
4. O PARADIGMA DA MODERNIDADE 
 
O paradigma cartesiano se caracteriza por propor uma visão mecanicista do conhecimento, composto 
de várias partes menores que se unem e se entrelaçam. 
 
Para entender o funcionamento da máquina, é preciso desmontá-la ou dividi-la em suas partes. Isto é, 
fragmentar para conhecer. 
 
4.1. Está crença condiciona uma percepção da realidade: 
 
 
a) Mecanicista 
b) Dicotômico 
c) Reducionista 
d) A coisificação da natureza/homem 
 
 
10 
 
	TEORIA DO CONHECIMENTO
	(Gnosiologia)
	1. O que é conhecer?
	4. Os diversos tipos de conhecimento e saberes
	a) O saber da vida - baseia-se na vivência espontânea da vida e começa a ser construído tão logo o homem seja lançado no mundo. Ele vive esse processo até o dia de sua morte.
	b) O conhecimento mítico - modalidade de conhecimento baseado na intuição e que deriva do entendimento de que existem modelos naturais e sobrenaturais dos quais brota o sentido de tudo o que existe.
	c) Conhecimento filosófico - é racional | especulativo | busca da verdade | é sistemático, mas não experimental.
	d) Conhecimento científico - é racional e é produzido mediante a investigação da realidade, por meio de experimentos.
	e) Conhecimento técnico - é o saber fazer, a operacionalização. Tem como objeto o domínio do mundo e da natureza.
	f) O saber das artes - As artes e os saberes que elas possibilitam valorizam os sentimentos, a emoção e a intuição humana.
	OBRA | CHAUI, Marilena. Convite a filosofia. Sâo Paulo: Atica, 2001.

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