Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
A;-n CT61 EPISCOPUI,{ HABEMUS, REDAQAO / LA t'{O-A\7\./J | \-/ TION DE LA pSyCHOLOGiE, pAUL S1WEK, S. J. / AOS PAIS DE ALUNAS DUM COLEGIO CAT{LICO, P. ANTONIO ' i.rutt-t- / EM ToRNo Do "MovtMENTo Lt.TURGtco". FABto A.t_- + DE DALVA FOSSATI // I EPTSTOLA AO5 CORINTIOS, S CLEMEN-+* "" TE ROMAT-{O // REGTSTO // LTVROS E REVISTAS. 943 A N O X X I I i ' "-N. I PRACA i5 DI NOVTMBRO, IOI c. P, 249- RtC HAITILAO$ NOGUEIBA M o d l e o CTTNIOA IMDTCA c Alvafit Alvtm 3? Ed. 18o ad. Bel6 132t Te l . { 3 -161 { DR. .tORGlE DE LlIrf,A l [ o d l o o Consultas dlallas das 1? As 19 horas Consuultorlo . Pfaqa l'lorlano 66-- Tel . 22-9217 Itesltlencla - trav. Umbellaa, 14 -- tel. 26-8140 Dlabetes, Magireza, Obeslalaale, Esto&a8o 6 Intedtlndr QI1ITANDA 16.A 8s.la 45 Dn. rilf,lr,ro sll/va Mettleco tta Poltellnlco Geml do Itlo ito ilsnetro e de A.gsocla€eo Brasllclr* ds Inrpr€nse - Assbt€ntc do Dr. Iruls Nr€. Doonca! do Int€gtlnos . Roto o Anu! RUA RODRIGO STLVA' 1' 3.O ANDAR t€l i . {2.8180 - t6-0111 CONST'LTA.S DIARIAI \; ia DITS. i'OSf TIIOMAZ NABUCO DE Af,,AUJO { TJAI1T'EOI/OMTU. ANACTIMO A D V O G A D O s RUA DA ALFANDECIA 4t . 0o AND. Telefonee 28-6860 - U8-t860 ORDEM REVISTA DE CULTURA Reg i s t r aa la , no D . I P . sob o n . 10 ,1bT o Diretor-Responsevel - Alceu Amoroso Lima Redator-Chefe - Gustavo Corgio R.edator-Secret6rio - Fibio Alves Ribeiro Gerente - Amedeo Ferrario a Redag5o e .ddminis t raQeo: PRAQA 15 DE NOVEN{BRO, 101_2." Caixa Postal, 249 Tel. 42-80b5 A VENDA NAS SEGUINTES LIVRARIAS Ao Pinguim - Rua do Ouvidor 121 - Rio Livraria Inconfiddncia - Rua da Baia, 1022 - Belo Horizonte Livraria ,Cultura Brasileira - Rua Sio paulo 5b2 Belo Horizonte o ASSINATURA DE 12 NUMEROS Crg 25,00 Numero avulso CrS 2,b0 A G O S T O , 1 9 4 3 Fr L "D Centro Dom Vital 6'a maior afirmagio da in- teligdncia cristd em terras do Frasil". Cardial Leme, Arcebispo CENTRO DOM VITAL - DO RIO DE JANEIRO F.UNDADOR: JACKSON DE FIGUEIREDO DIRtrTORIA Presidente perpdtuo - Alceu Arnoroso Lima \rice.Presidente -- peril lo Gomes Secreti l io - \Vagner Antunes Dutra Tesoureiro - Jos6 Carlos de l\{ello e Souza CtrNTRO DOM VITAL - praga Caixa Postal 249 15 de Novernbro n. 101. 2. 'andar - Rio de Janeiro A ORDEM REVISTA Fundador Diretor-Responsivel Diretor-Proprietirio DE CULTURA - Jackson de Figueiredo - Alceu Amoroso Lima - Wagner Antunes Dutra Episcopum habemus t . T e m o s o n o s s o B i s p o ! E i s o g r i t o d e o l e g r i a q u e t e s s o a e m toda a Arquicliocese' nita finda a Orfandade' Mais uma' Dez sc processou, em nossu uida, o mistdrto da Morte e da Ressutrei' iUo, o passagelm da Orfandade d Paternid'ade' Temos de nouo o rrosso Bispo . Esta de nouo entre n6s' ac:Jma 'de nos' q testa da nosse comunidade, o enuiad'o d'o Senhot para pastoreat as- suas ouelhas. Desltimos o 'luto' para nos teuestfumos 'clos traies de gala. Os sinos repicam' O incenso sobe nos altares' O canto da Te-Deum ressla em todos os templos' E o cotagao d'os fieis re- jubi/a porque o Senhor uisitou suas ouelhas e troure p?la mao 0 nouo Pustor ! Que o nossrt primeiro pensamento seia para Deds' que as- sint quizc€ssosse o nossc piouaEao' E comegasse uma uida noua- A EIe nossa gratid'do' A Ele Qs r?ossos mals f eruorosas oroeoesl em unido com toda a Arquidiocese' com o seu Vigatio Capilulat' collt oS seus Bispos titulares, sua Hiera:rqrzic, sucs Familias Re- ligioscts, seus Fidis agrupados ou isolados' todos unidos no mes' ,io p"nro*ento de gt'atid'ao e de ueneragdo' Que o nosso pensamento se alongae' em seguida' ate a Son- to S,i, ate o Vigario de Jestis Cfisto' o Santo Padre Pio Xll ' que em sua altu sabedoriu'designou paro' nosso noDo Arcebispo wm hontem que pteenche"d'e modo cabal' fodos os tequisitos neces- sririos pata "carregqr o' sua crtrz"' como 6Ie o d'rsse numa pala' ura que define u'i ho^"*' com a alma totalmente uoltad& pQra essa cruz d.e martirio e de redenpdo, onde se encomtrdm todas as fiossos angrtsfias'transfiguradas e red'imidas pelo (lnico Santo' pelo Onico Justo, pelo unico Saluador do Mundo' Que o.,orro i"t ' smento ua ate Santa Ana' po4se na lage fria onde dorme o' 'ono d'a paz aquele que f oi ati ontEm o nosso Vigitante e hoie uigia, na eternidade' p'or nos' iunto ao trono do AGOSTO, 1943 A ORDEI\,I EPISCOPUM HABEMUS r')terno! A saudade cristd nd.o adorme:,ce nem dilacera. Mas tam- bem, jamais se apaga. Ndo choramos os nosto s mortos atd o de_ scspefo. Mas tambem, jamais os olVitdamos. Nc-o atrc"tucarflos cQ- belo|, nem rasgamos a toupa, quando o gladto da morte dos nos- sos queridos atraueisa os nossos coragSes. Mas tambem ndo ces- sam jamais de sangrar os nossos corapdes, pois os no.gsor mortos aiuem canosco, dtariomente, na celebragdo dos Mistefios Euca- risticos. E a cada momento temos presentes os nossos mortos, ,mos momentos mais ardentes de no'sa. uida. E i por isso que a alegria do nouo Pastor que chega, ndo i o esqudcimento do ae- Iho'Pastor que partiu. Ao contrar,ro. sd em nossd alegr[a redi- utua, esta EIe realmente uiuo e presente. A orfandade d uw esta- do inhumano. A uo,lta tr paternidad.e represdnta, porim, nd.o o a.pagamento do pai que'partiu, e sim a sue firapdo perene enr nosso memdria. Pois p{rssamos e uiuer mats fortemente ainda da sua uida, na comunhdo dos uioos e dos mortos, com o nosso Ar_ cebispo d. testa, praticando, com dnimo redobrado, as tarefas da nossa milicia religiosa. Pois o nosso rtlt imo pensomento, que i tambem o primeiro rta ondem das atiuidades praticas imediatas, uai paro o nosso nouo Pastor. Recebemo-lo como fi lhos. Recebemo-Io como fi lhos que se prostram alegremente a seus pds para pedir a bengam e protestar, com o coragdo aberto, a sua ftdeWdo.de mats perfeita e a sua disposigao mais ardente, a seruir com 6Ie, a colocar-se em suas mdos, "sicut ot)es,,, para' em tudo dar gloria a Deus e pelejar o bom combate. D. Jctime de Barros Cernara:, clue o nosso Cardial ja tinha prof eticamente denominedo ,,o Bispo incomparr,t)el',, d a homem talho)do pela Prouidincia para receber a heranpa de um Arcebis- pct como oquqle que uoltou aos Tabernctculos Eternos em 17 de Llutubro de 1g42. Hotnem moQo, feruoroso, de u,tda sobrenatu- ral, ndo conhece o cansago, ndo teme o's obstaculbs, ndo serue sttndo a Jesfis cristo. Em Mossoro deirou um rasto ru,mitioso de :;ua passagem, qu.e irradiou muito alim de sua p,roprla Diocese. Em Bel.em, tdo grande ja era e sue aura, d.a santidade e de apos- tolicidade, que pouco poude permanecer entre os paraenscs e AGOSTO, 1943 I,A NOTION DE I'A PSYCIIOLOGIE q o La notion de f a psychologie par FAUL SIWtrK S. J., profess,eur de I'Univ. Gr,drgorienne ir Rome et des Facul- tds Catholiques A Rio de Janeiro. (Especialmente para ,,A ,Orndem") 1. 'On ddfinit cornmundmept la psychologie ,,sc.ience de &' rtm e" .'cette dd f inition"rire's"f "$uE e_qu' ure trad,u ction li ttdrale cle son e{gmologie. En effet, le ffii*T";.h"logie,,, ainsi que on sait bien, doit son o'rigine d la comiposidion de ideux mo,ts grecs: " psgchA." , Arne, et " l6gost' , science . Mais i l y a ,cliff6rentes manireres (d'entendre l,dme. Voil i por-quoi i l y a l ieu de distinguer differentes especes d.e psgcho_ Iog ies. : 2. IIn effet, ,pour un gland nombre des philosophes, l,r ime est un 6tre sabslnnliel: lps faits..psychiques,qne nous d6voile NLt,,.: j .r ' : I ' intros,pection la plus biriaii i" '( i i i i 'eitections, vorit ions, tendan- ces, Affections, sensations, percerption) ne sont que tles prolon_ gements ,dynamdques de cet dtle, ses propres actions, ses ,,effe- ls:"; ce sont cesfaits psychiques, mobiles i I 'extrdrne et varia_ b les i l ' i n f i n i , qu i cons l i t u .en t l e con te r ru "de no t re co .nsc ienee . lorit6i"riit 'ra conscien..* n* tchniige prs au gri de r"';f i i ' i lt,tri., au,contraire, elle ggfiiin*gg_ a'.i-. ' etrange immobilit6, invaria_ bilitd: intellection' "o]il ig,lr.,ten.tlance, affection, sensation, per-ception, tout cela "*tjEgiebnbrdu m6me mol q,ui ne change pas;c 'est toujours Ie mof qui pense, c 'est toujo,urs le morlqui veut,_ et ai ,nsi de sui te. L i ce detfi le, i l est 6ninemment octif ' C'est polquoi moi ne dit pas "je sais qu'i l eriste en ce moment une douleur"' mais i l dit "je sens la douleur"; i l ne dit pas "je uofs pens€r"' mais i l dit "je gI-1- + toPq ce^s--'19tqq' le moi tacun d'eux Passe; lui ' i l dure' re sorte h-13-!.qi!. lo P(sse' e au prdsent, et mr6me au futur, puisque ainsi qu'i l 'd' it "je pe'nse"' "jerpensais", i l dit aussi bien "je penserai"' Ainsi i l est a la fois tin et multiPle. ,Mais comment une r6alite peut-elle poss6der deur attributs aussi disparates? Nle tomtre-t-on pas par-l i en con'fl i t avec le principe de contradiction? r - -:.-r. C e s c o n s i d . 6 r a t i o n s o n t s u 9 9 6 1 6 a u x p h i l o s o p h e s a r ' i s t o t 6 l i - ciens et scholastiques I ' icl ie (reg'e ensuite paf ,rln granrl 'or'- Lre de philoso,phes) cle clistinguer' 'dans la vie psychiclue' detrrc cspe,ces de rinlit ist I 'une tlui cLurnge et posse' I 'autre qui reste; ia,,prernidre re,rttre-dans la classe des -"accicl ents" ' la dernitbre est une "s,bstancei', puisqu'elle" constitue-!s jgy-!i-g}} et ln 5irse d es actes g' gg,gqliol ( ' sub-stat" ) ' V o i l a l e s i d 6 e s t n a i . t r e s s e s d e l a , . p s y c h o l o g i e s u b . s t a n t i r r l i s - l e " ' don td i f f 6 r ' en t ssys ten r ' esph i l osoph iquesc leve lo l ; i pe ron td i f - f irem,ment les .detai,ls' 3. Cette psyctrologie tlouve de nos joulrs 'peu de s-vilr 'pa- , t h i e .On la , cons ldd reassezcon l ] l l l un6n len tco ln lne t l ne "cons t l t t - ction thioloEiqttr" destin6e i appuyer le dogme cle l ' i imrnortali- te de l 'Ame humaine ' Voici comment d'aprds ces auteurs' . i l f au- ,drait enten,dre les choses' Les objets p6ndtrent clans notre vre ,, t iens,ci 'ente par la porte de nos sen's' Ainsi par- exernple' la potn- 1ng s'lmLpose ir notre counarssairce lpar la couleur dont elle est 3el#, ipar l 'odeu'r qu'elle exhale' par- Lrn 6tat t letermin6 de 'du- ret6, ,de chaleur, "t". l-"t sens n'atteignent jamais le fond !m: .I2g3:qlg qui soutiendrait les qualit i i des corrps et constituerait leur substrcfrrm comm'um' la "subst(tnce" de la porrlune' Toute- fois comm'e nolls ne pouvons pas coluplende comment toutes ces qualit6s sensibles puissent sufrsister sans auoun aPpui et rse te- . ) . ' ' t . t ' , . ' " Acosro , lg4B ' / ' * ' " ' nir toujours g5-9-13ple sans un principe speciale d,unit,6, forcenous e'st de leur s,upposer un sabslrcfum substantiel, une ,,subs_ ,:l.nr.r". Jg,|g__!' 9.1igine de Ia thiorie sub,stantiatiste de l,6.me .C'est une fiction. En realitd nl,dme,, s e rnb I e d e s q u at i t i * i y.p.t ", d " rL+*! i :d J";:T'J::T::, ffi :H- ""gei-*-ggc.qg,Lrs; son uni'1,6 n'est qJ*ppu."ote; c,est une ,unit6 du i:::."!, ou rdu mof dont nous. coll\rrons les quatit6s en ques_ ' La psyc'hologie n,aura plus A s,occuper ,de Ia ,,subs,tan,ce,,de I'ALme ni de ses for,ces qu;o., 4pp"lle comrplais€filr'€rrt ,,facul_ 16s" ou "pui,ssance,s". Elle se ti_itera i etudier des ccles ps;r_chiques tels qu'i ls apparaissent A notre oonscience. On feraains i la psychologie, ,phdnomi,n is fs , , (phainomai , "np"r" r i " l ]en abandonnant la psychologie ,,substan,tialiste,, aux ,,th6oro_g iens " . La psychologie phdnomeniste por,te aujourd,hui assez uni,'r 'ersellement le nom de ,,theorie i 'actualitd,,. Ce nom se com_4lrend tout naturellement. Ce qui de la vie ,psy,chique ,,oppa_ rait" au r.egard de notre con,scienlce r " p u i s sance s ou f acu lt 6 s,, p sychi que., ";";;"".:TH:J[:;til::,tratum", rlrais uniquement cles ,,ac,tions ou actes,, psychigues. _ 4. Ce n,est pas le l ieu ic i lc l ,e ta ler , tous les argumientrs surtresquels se fonde la these ae fa s,rarf q:nt[alite d.e l,Ame. D,ail_ 1) . Notons seulement en passant s pr6occupat ions, , theologiques, , ychologie ph6no,mdniste,cro ient . 1ts d'ordre strictement scienli l i1u" ", philosophique' Nous avons rfait allusion i certains de ces angu-onent,s tout a I 'heure. Nous nous b,ornerons A_ prdsent d. certainesremarques d'ordre mithodologique. La 'phycholo'gie phino'rr.niste combat la psychorogie s,ubs-tantialiste au nome de ra "mdthode". lMais guelre est cette md-tthode idemanderons_nous? On nous rdpondra ,*{glt l,etpirien_ ce au sens, for t du mot : seules les choses qu,o" ] .ut " f " ; ; ; ; ; r 0 0 A ORDE.M LA NOTION DE I ,A PSYCI IOLOGID par l 'expdrience peuvent 6tre ad,urises par le psychologue. l\Iais ,nou,s insisterons: Cornment savez-vous que I'e:rperien'ce seule peu,t nous "T.e_ngf i la connaissance de la vie psychique?- Ce n'est pas, , , i r .9 ,up 9t t i , I 'erp i r ience qui vous d i t . S inon vous tomher iez 'cians le cercle uicieur ou bien vous engageriez dans le processus in infinitum, car vous ,devriez d'abord justif ier cet'te seconde experience, au moyen d'une nouvelle exp6rience I Et ainsi i I ' in- f in i !Ce n 'est don,c pas en ver tu,de I 'exp6r ience que vous chois is- sez I 'exp6riernce comme votre "mdthode" ir suivre dans les re- cherches ,psychologiques. Vo,tre m6tode est un sirnple-;rcsfulaf : vous sapposez qae,toute,r6alit6 psychique doit 6tre de nature i pouvoir 6tre atteinte par nos sens. Xlais corr:ment justi ' f iez-vous cette postulat? Car enfin le choix des ,postulats n'est indiff6rent ir la science. Les aventures de la m6tag6om6trie (,Lobaczewski, Riemann) son't ' irds instructives sur ce point: i l .,qgffisait de ,changer le cinquidme postulat pour arriver ir des g6ona6tries profondement td i f f6rentes, I 'une de I 'autre. Revenons donc j t notre quest ion. Sur quoi votre postu lat se base- t j l? L 'h is to i re de la ps5 'chologie nous r6,pond sans h6si tat ion: c 'est de la p/ r r - Iosophie senslsfe ou positiuisfe de Locke et de Hume que la psy- chologie a t i r6 ce pos, tu lat . Ce postu lat est donc un dogme meta- phgstque. C'est un pr.6jug6. 5. Pour met t re 'de I 'ordre dans la quest ion reprenons les choses d 'en haut . Ce que nous pouvons saisir de notre vie psychiqus ,par l 'oh- seruation dire,cte (soit exterieure soit m6me int6'rieure) ce sont ,toujours de "tfaits" ps}'chiques, des ttph6nomdines", des ttaotes". Nous ne pouyons pas sais i r a ins i les lpuissances, les facul t6s, et i plus forte raison le fondem,ent dernier des celles-ci (la subs- rtance) . . 'Si donc notre savoir devait se l imiter effe,c,tive,ment i ce'quin tomlbe f ormellemenf sous la prise de notre erpdrience, nous de- vrions nous attacher uniquement d I ' i tude des /aifs ou phino- rtines psychiques. C'est clair. Chercher qu,elque chose en de- hors de ces rdalit6s. ce serait vraiment s'aban'donner i la ,f iction. N{ais si ipar hasard, i l y a outre I 'exp6rien,ce encore d'au'tre / D - a , r , * r -cOSTO, 194g \+: : ' ' " \ " r ' ' ' " \ ' ) : ' : 'E - (1) Psychologia, M,etaphysica, Romae, 1939, pag. BgZ_890. - 9 II 1 1 0 37 0 L moye,ns de 'connaissance, moyens capables ,d',attein,dre la 16ali lt! qui ne serait rpas f orme\ement incluse dans I ' intuit ion de notre erpdrience ---- r6alit6 qui se trouverait derridr,e les aotes ou ph6: nomrdneq' corlme leur soutien et leur fond - alors se l imiter d la seule etude des ph6normdne,s ou actespsychiques c,est mutiler lc savoir, c'esL I'ap,p,auurir. Or les grands philosophes d,e tous temps ont rtoujours pr6_ tendu que I'ex,perience est loin cre ,constituer l 'unique moven rl 'att 'end're infail l iblement la v6ritd; qui notam,rnent le raisonne- ment au s'ens fort rdu mot, raisonnernent bas6 s'r res principes analytiques, universels, peut nous con,duire a la ddrcouvert,e de notre expdr ienco, de notre conscrence. cet te af f i rmat ion des phi losophes est-e i le fond6e? c 'est anx phi losc lphes eux-mdmes de rdsoucl re ce problc\me. Le ps l rcholo- p; t re qni , nne fo is , s 'est b loq,6 dans l '6 tude des phenont ines ou acfe.s psl'chiq*es n'a aucun moyen d'apporter q,elque lumidre srr r Ia q 'est ion. L ibre i . lu i de porsuivre ses recherches p. r6f6- r6es. Nla is i l ne lu i est pas ,permis c l ' in terc l i re aux aul res de s 'at ta 'cher i l 'e tude dont i l ne peut r rnontrer l ' i l l6g i t imi te. I l faut 6 i r :e consdquent I \ ro ic i a lors cotr l rnenr t on peut entendre les choses . Deur sc iences c i i f f i rentes auront ,pour objet la v ie psychique. L 'une s 'at tachera uniquenrent d l '6 tude d,es phdnomenes ou acfes psy_ chiqrres tels qu'i ls se r6vdle,nt ir notre erpiricnce. I-,autre, p,re_ nant le point c le ddpart dans les r6sul tats c les recher,ches fa i tes sur les ph6norndnes ou actes phychique par la prer ' icre sc ience, t: 'rchcrir i ie dicouvrir le dernier principe r6cl d'ou i ls d6coulent, t le c ldternr iner sa nc i lare et son es 'sence. c 'est i cet te dern idre scie' 're de nons dire si I 'arn,e hurnaine est un 6tre vraim,ent subs- Iontiel ou seulenrent un ensernble cle nos phinomdnes psychi_ clries;,c,'est i lui, encore de d6montret si I 'Ame hum,aine est si,rn_ ple, sp i r i tue l le , immorte l le , etc . Toutes ces quesf i ,ons_l i sont hors de l 'atteinte de la ps-vchologie qui se prorpose d:observer s i -u lentent ,des actes p,s5rchiques. Pour aiteindre leurs frns res,pectives, I 'une de ,ces deux sci_ ences de l 'erpdrience soit spont:rnie soit provo,qu6e (eNp6ri_ 1 0 - I ,A NOTION DE LA PSYCHOLOGIE rpent) ; elle proc6dera par I ' induction. L'aut're,, prenant pogr point d,e depart les conclusions dtablies par cette psycholggie (qui nous a'ppellerons provisoirement "rdescriiptive") aura recours ir toutes les tf'ormes l6gitinaes du' "trisonnement" hu'rnain. La premiere sera ainsi une sctence natutelle au sens fort du mot ou "science eracte" au mdme titre que par exemple la botanique, la zoologie, la min6ralogie; l 'autre constituera une branche s,p6ciale de la philosophie. La premidre pourra 6tre appellee psrgchologie tout 'court pour nous accomoder au langage couran't, ,et l 'on pourra donner a l 'autre le nom de phitosophie de la psgchologie em nous ins'pi- rant d,u mo! "philos<rphie de I 'histoire", "philosophie du droit" ' ' i 'outefois comme cette science s'o'ccupe fle "l 'Ame", sorrrce <les ph6nomdnes psgchiques, t ien ne nous ernp6che'de I 'appeler aus- si ,,psychologie". I\,fais pour eviter la confusion de terminologie, cn ajoutera au nom "rpsychologie" commun a rces deux sciences quelque mot res'trictif . La psychologie entendue colnlne science naturelle s'appelera " psgchologie positiue" ou " psgchologie em- pirique" on enfin " psllchologie erpdrimentc,le". Ainsi sera ne'tte- ment disign6e la m6thode positiue de recherches dont ell 'e se sert, qni est rprecisetnent "exp6rience" ("empetria", en grec et "l 'exp6riment". L'autre psychologie pourra recevoir, i juste ti- tre, le nom cle "psychologie m6taph,-l 'sique" potrr signifier ainsi que son objet dc,passe les objets de la nature sensib le (pt tgs is nature, metd) qui reruplissent le rnonde de notre expdrience. On iro'ur'ra aussi I 'appeler " psgchologie rstionnelle" conrne on avait I 'habitude de I 'appeler depuis Chr. \Volff ; car le raisonne- ment au sens fort du mot, raisonnement 'd6ductif, constitue la pantie la plus importante de son proc6de mithoditlue. Quelques uns lui donnent le norne ,rle " psgchologie specula- l iue". Nom particulidrement impropre, qui ,peut fa'cile,ment 'deve- nir la source 'des malentendus. rEn effet, le rnot latin "specula- ri", c'est i lpeu prds 'ce que dit le mot grec " theot€in"' . 'O'r la psy- chologie thiorittque S'op,pose A la psychologie prctttque; par [.oirs6quent eltre ne coinci'de pas avec la psychologie metaphgsi- que, car la p,sychologie exp6rim,entale est aussi une psychologie A ORDEI,T AGOSTO, 1943 1 0 4 th6or6tiq'ue. Toutefois co,mme la terminologie n'est, en soi, ni vraie ni fausse (la v6rit6 ne se trouve que dans le jugement par lequel on affirme ou on nie quelque'chose!) le nom "psy,cholo- gie speculative" peut 6tre rparfaitement toldr6. I l veut dire que la psychologie en questiori loin ,de se ,cbntenter de l 'exp6rience, recourt i dirff6rents procddds "ratio,nnels", ,c'est-i l-dire, au rai- sonnement au sens fort du mot. 6. Ainsi - on le voit bien - entre la rpsychologie erpdri- n&ntale et la psychologie mdtaphgsiqae il n'y a, en droit, au- rcune rivalit6, et i plus forte raison, aucune hosti l i te. ,Ces deux psyohologies peuvent parfaitement coexister, I 'une i c6te de I'autre. Elles ,peuven't se prdter mutuellement uin concours p,r6- cieux: ,d'une 'part, la psycholo,gie exp6rimentale trouve son com- pl6ment naturel, sa pl6nitude et son colrronnement, dans la psy- chologie 'm6taph,ysique, qui prolonge ses recherche,s ,en qudte des tternidres causes de la vie psl'chique. N{ais de I 'autre, la psyaho- logie m6taphysique plonge ses racines dans la psychologie expe- r i rnenta le: ce l le-c i const i tue sa base et son point de d6rpar t . 7. De ce que nous venons de dire tirons encore une con- clusion pratique d'une g,rande irnportance pour la m'ethodologie. Ce n'est ;pas la psychologie rn6taphysique qui doit 6tre trait6e Ia premidre, rmais urce-zr€rsrr, rc'est par la psychologie exp6rimentale qu'i l faut comilrencer I 'etude de la vie psychique. Celle.ci ne doit en aucune rnaniere supposer les thdses de Ja phychologie rn6ta- ph,ysique: ,elle doit rester une science siricte,rnent naturelle (sci- ence, Naturwissenschaft) . Au contraire, la ipsyrchologie m6ta- pt4ysique doit scru,puleusement tenir ,compte des ,conclusions auxquelles est parvenue la psychologie eitpdrimentale. Si I 'on n'o'bserve pas cet ordre, on tombe facile,ment dans I'aprioris,me, on. t r isque de ,constru i re des f ic l ions. Plus ieurs ,psycholo,gues, et pas les moindres, n'ont pas su 6viter ,ce danger. En invertant arbitrairement I'ordre naturel ,des choses ils traitent tout d'abord. de I'Ame - probldme par excelle,nce mdrtaphyLsique - et puis des phenomenes psychiques des rnanifestations de la vie cons- I ,A NOTI .ON DE LA PSYCI IOLOGIE 105 ciente. citons i t i tre d'exerqple H. Elrbinghaus (2), Hd,ffding (.3), Tirtchener (4). Bt l 'on ne S'dtonnela ]pas 'de les voir tomh.er dans ,des erreurrs grossidres. Maitres accomplis dans Ia 'descri- tion des fcils phychiques et dans l'eurs analyses ils font vrai- ment piti6 lonsqu'ils s'engagent irnprudenament a discuter 'des probldmes m6taphVsique, 'qui ne sont pas 'de leur comtpetence' (2) I1 par le de " . la nature" de I 'Ame d6jD- au premier chapi t re de son ouvrage Pr6cis tle psychologlie, trail' frang ' Paris' 1910' p' 63-66 ' (3) O'est encore , -dans le pr€mier chapi t re de so'n cours (Esquisse tl'une psychologie forrd6c sur l'exlr6ricnce, tracl' franQ" Paris' 1909' p' 3-12), et a,vant m6me cle c l iscuter 1e probldme de ]a m6thode 'en psycho- logie, qu'iI abandonne l'6,rne D, la "rnythologie"' (4) I {ous pouvons c l i re de lu i ce que nous venons c le d l re ' I€ Hi j f f - d ing. Al 'ec une l6gerete deconcertante i l fa i t table rase de tous les pro- blEmes d ' importance capi ta le pour le € ienre humain, qui ne se la issent pas iEs.oudre au moyende la, seule exp6rience' Voir son Mamrcl de Psycho- log: ie, Par is, 1932, p. 9 svv ' A ORDEM AGOSTO. 1943 AOS PAIS DE ALIINAS DUM CGLEGIO CAToLICO 10? Como, pois, seria errado, ver nuur Ginisio s6mente .um ins_ t i t u to ' pa ra adqu i r i r u rna ce r l a po rgdo de conhec imen los , ass i rn tamh6rn seria urn engano e n6o menos g.rave, julgar que u,m Gi- ndLsio possa cumprir sua rnissio de edu,car um rnenino, unla 1rrenina, sem se imporiar porn seu estado e seu prognesso inte- lectual . Chegamos aqui a u{ltt ponto que precisa ser esclarecido, porque a experi6ncia prova qu€ a r,es,peito disto h6, as vezes, rnalentendidos da parte dos pais, ,causa de ,muitos aborlecimen- tos ,para eles mesmos, para sdas criangas e os professores. A base do ensino siecund6Lrio i o programa do gov6r:no que determina as ruat6rias assirn co,rnLo a extensSo e o greu de co_ nh'ecinentos que se devern atingir at6 o firn do ano letivo e do curso inteiro. Niio temos de discutir; neste lugar, qual seria o prograna mais perfei,to e rrnais conveniente. Fato 6, e ficarf sempre que sem um minirno de conhecimentos nenhum aluno ern nenhum Ginf,sio consegu,iria unra promoqio e, ao fim, um dip loma. 'E aqui nos encontrarnos deante durm problema ,cle suma inrportAncia: Tanto como 6 c,erto que cada joven tem urn di- r 'eito sagrado de ser educado, tanto nio resta dtvida de que o estudo secundArio e mais ainda o estu,do superior nio rpodern dispensar de duas condig6es que s io: 1) qlre o aluno tenha vocaq5o (para estu,dar e 2) 'que ten,ha vontade de corres,ponde,r is exig6ncias de seus estudos. ad) 1) Nio potde haver a minima drivida de,que estudar 6. uma uocaQao no pleno sentido da palavra. Ndo hi s6mente u,rna vocaq5o para ser pa,dre (flato s6bre o qual todo mundo esti de ac6rdo), mas tamb6m lpara ser m6dico, professor, f,uncion6rio etc. E esta vo'cageo, conro j i l diz a ,palavra, Ndo uem de nds nern dos nossos pais, mas vem de cima. N5o somos nos que decidi- nros o caminho que. temos de ,tri lhar, mas Aquele que leva nas suas mSos os ,dest inos dos povos como de cada um de n6s. Em nossa 6poca, a luta pela vida aumenta necessariamente cada vez m,ais as exigdncias que se p6em ir formaqio intelectual da moci- i Aos pais de afunas dum col6gio cat6f ieo P. AN'T{ONIO TtrIILL A crise universal em que estanros, invadiu num tal gr6utodas as camadas cla nossa sociedacre e to,do,s o,s planos da nos-sa exist6,ncia, q,r" ndo h6 ,mais ningu6m que n'o se sinta aba_lado pelos choques que, de todos os ladr_rs, ameaQam o equil itrrioda nossa v ida . N5o i rnais preciso ser fi l6sofo para reconhec,er que a crisen5o d s6rnente um problema porit ico ou econ6mico ou racial oudo eqpago v i ta l ' E 'o homem mesrno que perdeu o dominio s6-bre si pr6prio. A crise atingiu at6 a cel.la vital, a fonte de todaregeneraeio: a familia. Ningudrn sente m,ais do que a,md{e e opar quanto, eln nossa dpoca, tudo se tornou problematico. Nin_gudnt sabe deante de quais problemas se encontrard arnanhilcom sua farn i l ia . E ' n-. is s'o e s tio d e,"u J,:' *o:.ffi t;:ff ' ;;:';T::" *i'i: ;:rnstaveis a melhor Irhos 6 urna boa "."ffii:*l ffi"":';;1"r:::ffi_i?*il,:,";'",1",11 tJ;pala estes dois fins que confiarn seus fi lhos a um Coldga *",U_i i co . C,onvidamos os prezados pais das nossas alunas :.xlo_rmos o nosso ponto de vista sdbre os prtncip[os,l idades e os /zmifes durn ,Coldgio cal6lico. para lhes as possiDi. Um Gin6sio cat6lico d ao mesmo tempo escola e educandA-rio, quer dizer, l.gar onde ao inesrno teqpo s,e ,ensina e s,e edu_ca. ,On,de se educa.ensinanclo e se rensin se o int,electo e a mern6ria n5o pera ",.n;j:il1T;;".E;;11ff--mar o coragSo e a vontad,e pela instruqdo do intrelepto. 'n, ".tu aditferenga entre um GinAsio e uma Academia ou umia Univer_sidade. 7 1 - AGOSTO, 1943 - t D i#ftt 1 0 8 'dade e o caminho 'mais facil parece aquele que passa pelo Gin{- sio, cujo diploma final abre a porta para todas as profiss6es l i- 1res. E' isto uma tentagSo para alguns pais que n'aturalmente de- sejam para seus fi lhos e suas ,f i lhas urna vida mais ,facil do que era a sua pr6pria. l\[as ndo se pode,conseguir u,m fim Sem eue- rer os meios. Mas corr}o, se o divino Criador ndo dotou uma crianga das faculdades intelectuais indispensaveis rpara u,m es_ tudo secundArio ou at6 superior? Visto sob este d.ngulo, i is notas das provas e dos boletins fa_ lam uma linguagem que ,difere, as vezes, muito do parecer dos pais ,que queriarn ver nelas ,o resultaclo de certas casualidades, particularmiente a ,falihilidade dos professor'es. .f,tr6 boletins, que jA no segundo mds do ano letivo ndo deixam a rninima duvida, que agui falta simplesmente a vocagio para o estudo e que nio seria s6 ,perd'er ternpo mas tamb6nr cometer u,ma injurstiga pe- rante Deus de culpar disso o ,estabelecirnen'to ou o p,rofessor ou a pr6pria menina. Se e verdade, que com todos os nossos cui- dados ndo podemos acrescentar um c6vado ir nossa estatura (Mt 6,27), tam,b6m a vocageo para o esiudo 6 um problema eminentemente religioso que, eln todos os casoS, deve Ser exa- minado com humildade, conci€ncia, 'e sinceridade. Um passo errado neste assunto poderia ter coisequ6ncias funestas at6 para a salvagSo eterna duma crianga. ad 2) Pode acontecer q,ue uma crianQa, apezar de ,su&s 6tinras ou pelo menos suficientes ,qualidades de espirito, nio mostre ou mostre s6ment,e porlca vontade para o estudo. Uma vez resolvida a questSo da vocag6o, to,dos os responsaveis t6m de proceder conr energia, tp,erseveranga e, antes de tudo, com mri- tua conf ianga. Nio parece inuti l lem,brar, que tamb6m aqui, dar os pas- sos necessirios, cabe em primeiro lugar ,aos pais. As criangas sio d,eles. Re,ce,beram-naS do seu divino Criador. Sdo sua,carne e seu sangue. N5o hA ningu6m que entre melhor do que eles nos segredos de seu corag6o. Ndo h6 ningu6m que tenha uma iuflu6ncia mais irnediata e mais direta na vontade das crian- gas. Sio os pais que, por iss,o, carregarrl antes de todos, a es- 1 6 - AOS PAIS DE ALUNAS DUM COLEGIO CAToLICO 109 ponsabil idade para o rurno que toma o pensar e o agir da cr ianQa. rOs prorfessores e educadores n5o seo senAo seus auxil iares, delegados rpelos pais ,cuja responsa'bil idade com' isto ndo dimi- nue, ,antes aurnenta. Responsabil idade nio 6 algo que se possa partir ou declinar. 6, pai f ica pai e a mie fica mie da crianqa mes,mp que a ti 'Vesse entregue ao,melhor Col6gio do mundo. A autoridade do Coldgio, por isso, ndo pode ser maior do que a dos propt' ios pafs. E a eficicia dos es,fo'rqos do Coldgio e de seus ,lrrofessores correspon,de pelfeitamente ao apoio que os pais lhes ddo. Urn pai, por exernplo, uma nti ie, que diminuisse deante tle seus fi lhos a autoridade do Col6gio ou de urn de seus 'professo- res, t iraria-lhes o fundamento de seu trabalho e aos seu,s fi lhos o motivo dos rnais eficazes dos seus esforqos. lConsequ6ncia 16- gica'do tfato que o Col6gio recetreu sua aptoridade d.os pais como eles a receherarn de Deus. E corno, no seio da familia, as vit i- rnas de urn clesacordo entre o pai e a mde seo os pr6prios fi lhos, assim larnb6m no caso de um dissentirnento a.berto entre os pais e o Col6gio. A conf i ,anga 6 assim uma'das bases pr inc ipais da educaqio. Nio s6mente a confianga entre o educador e a cri- anQa, mas tambim a confianga dos educadores entre si. Dito isto sdbre os pr,incipios da nossa educaqSo em geral, r 'esta me dizer uma palavra soble o lugar clue a Religiio ocupa em nossos t rabalhos. Urn G inAs io t l ue j a po r scu no l l l c se up resen ta co rno edu - cand6.rio essencialrnente c,at6lico, nho se.rpode contentar €nl pre: parar seus aluuos para os exall les coul o intuito de lhes abrir ' prrr diplomas, o cltttt i trho 'para urn futuro pr6spero' Seria ' isto rpuro rnaterialismo. I.{em se pode contentar cle corresponder aoprograma didir- t ico e educacioual do Govdrno. Uma fo rmag io i nLe iec t t l a l e rno rc l ' b r i l han l ' i s s i n ras s6 n io lhe diriarn 'ainda o direito de se charnar cle GinAsio cat6lico' Por,q'ue, como diz o divino l\I 'estre: "Fazetn isto tamh6rn os pa- gdos" (Mt 5,47) ; Refere-se, antes ao nosso trc'balho a palavra clo,Mestre: "O vosso Pai ce leste sabe que haveis mister em tu 'do A ORDEM I "i AGOSTO, 1943 _ 1 7 A OR,DEM is to. Buscai , ,pois , ern pr i rnei ro lugar o re ino de De,us e sua jus_tr' iga, e todas estas coisas vos serao acres,c,entadas,, (iN{t 6,82)Nurn ,Coldgio cat6lico, pois, que merece este nome no plenosentido da palavra, se ensina e se estuida, se nanda e se obede_ c€, rs11 primeiro lugar, nio rpor motivos de ordem ,naaterial, p,orrespeito humano ou por vaidade pesso,al . O alvo dos esforgos do p,rofessor i, antes fazer corn que suas alunas, passando pelo vasto campo dos conhecimento,s hu_rtanos, entendam as verdad,es eternas que ,16 se Tevelam como "'por um espelho, em enigma" (I ,cor l l , l2) como o educador as-,pira descobrir na ahna de seu discipulo, os i,ntri i tos da d vinaprovid6ncia. Aproximarmo-nos um po.uco mais do profundo mistdrio dasarbedoria e da bon,dade, da rmisericordia e da generosidade di_ vinas' isto d o rfirn primArio de todos os nossos esforgos did6ti- cos e educativos, rernbrando-nos da rparavra do divino M,estreque: " Is to 6 a v ida eterna: conheoer ao pai , um s6 Deus ver .s , ladei ro, e a Jesf ,s Cr is to, a quem enviou, , (Joao 1Z,B). Confessando isto franca e corajosarnente, continuamos sa_lientando que o nosso segunclo fim 6 de ,formar aqui cat6licos:r:5o s6 de nome, m,as tar*b6rn rde sgnyicq'o, e nio s6 de f 'rma_ €ao mas tambdm de v ida. C) mundo de lroje nos oferece nurna extensio tdo assusta_ciora o esrpet:ictrro de inurneros interectuais cat6licos ndo pra-trcantes que a fo'rmagro de verdadeiros cat6ricos entre ,a ,nossa Sente chamada crrlta. 6 para o catolicismo e o cristianismo nolnundo uma questio de vida e de m,orte E o que adian,taria frequentar durante quatro e mais anoserm estabelecimento cat6lico, se a vdda acad6mica e u oiau p-.ar"u .depois fossem uma negagdo ,da educagdo ,anterior? E' por isso que urn Ginisio cat6,lico deve, de rrno,do eficaz,a'dotar e defender na sua atividade os princlpios de uma educa_q5o int,egralmente conforrrr-e com o espirito do Divino Mestreque nos,ensinou eu€ ,,nio aproveita ao home.m Su"Iru.-o *rrrAointeiro ,se se perder a sua alma,,. ({Mt 16,26) ts por isso que aqui se reza antes e depois d,as aulas,, 6 por 1 3 - AOS PAIS DE ALU'NAS DUM COI/6GIo CA.T6LICO 11I isso que aqui se julga a aula de ReligiS.o ser a mais importante de todas, 6 por isso, que, anrtes de tudo, aqui se in,sis,te que as alunas assistam todo Domingo ao Sacrlfi'cio da lMissa e comun_ guem mensalmente. Cabe a Santa Missa um lugar primordial tamh6nr, na vida interna do Ool6gio. Como N. S. 6 ,,o caminho, a verda'de ,e ,a vida" ,e que ningu6ln chega ao ipai sendo por Ele (Jolo 74,6),,assim tambdm a nossa vida quotidiana hA de passar pela Santa Missa, continuagSo da vida, da paixdo e ressurreigio do divi,no ,Nlestre. Otfert6rio, ConsagragSo e Comunhio sdo as tr6s estagdes pelas quais tem de passar parti,cularm,en,te a obra da ed,ucaQ5o. Temos de oferecer todo ,dia de novo os nossos es- forgos diddticos e educativos ao Pai celeste pelo seu Filho, pe- dindo que consagre nosso trabalho lpelo seu espirito ,e nos una a n6s todos ,consigo, ,e por Ele, entre n6s. porque educaqdo nio h5 sem comunhSo d,e iddias, das inteng6es e at6 da vida, rnas que deve ser garantida pela comunhdo por exceldncia: ,a comu_ nhdo do hornem corni Deus. E' rdo altar, ,Calv6rio dos nossos dias, eue emanam todas as luzes e todas as forgas de fd, de confianqa ,e de amor s,eln a:i q'uais to'dos os esforgos humanos ficam es'tereis. Lembrando- nos di,sto n6s nos sentimos dignos continuadores daqueles gue iniciaram por ,uima Miss,a sua obra n,esta terra dando_lh,e pare sempre, nspirados por um santo orgulho, o nome d,e Terra. de Santa Cruz. I j AGosTo, 1943 - 1 0 ErM TORNO DO "MOVI \ IENTO L ITURGICO" sus,peirta a sua l,egitimidade e ortodoxia' 'E'o que des'ejaria fa- zer neste artigo, miuito embora ndo tenha rpr'ocuiageo para de- fender quem quer que seja, 'um& v€z que no Erasil o "moYimen- tc liturgico" designa ,rnais u'm estado ,dre espirito e um esforgo comuns, do que mesmo uma organizagS'o colm chefes, orgSos' 'etc' Falo pois em nom,e pr6prio, mas julgo nio 'defender i 'd6ias pes- soais. Procurarlse-a antes argurnentar coln a autoridade das fontes incontestadas ou de te6logos i lustres. Nern se veja nes'te artigo o fr.uto de preferoncias ern mat6ria ,de or,dens roligiosas ou de esti los de espiritualitdade. rN'resse 'te,rreno pode-se ter pre- ferencias, rnas o que me 'nove aqui 6 o desejo de dar testemu- nho l,eal, n5o no "fermento da ,malicia e da iniqui'dade" mas nos "Szimos'da sin'ceridade e da ver' ldade'" e seria de eqperar que os que o lerem' rrenham a faz6-lo I1o [leglno espirito. Uma das acusaq6es 'feitas ,e que, para certas pessoas a l i- turgia exerce 'uma agSo m'ecAnica e mirgica dispensando o esfor- qo pessoal de quem dela part.icipa. Entretanto o que se tern afir- ,mado esti na l inha da mais autdntica ortodoxia e do magiste- rio eclesiAstico tal s61e ele se manifesta nos concil ios, no ca- tecismo e nas definig6es papais. "Si cluis dixelit, sacramenta novae L,egis non ,continere gratiam, quam significant, aut gr-a- tiam ipsarn non ponentibus o'bicem non coferte, quasi signe tantu,m externa sint acceptae per fidem gratiae vel iustit iae, et no,tae quaeclam christianae professionis, quibus apud honrines dis 'cernentur f ide les ab in f idel ibus: A. S." (Conc' 'Tr id ' , Ca- .rtones ,de sacram,entis in genere, 'can, 6 - Denzinger-Bannwart- Umlberg, "Enchiridion symboloru,m, definit ionum et declaratio- nurn de rebus f ide i et morum", 1937, 849) ' r t r : "Si quis 'd ixer i t ' non d.ari gratiam pe,r huiusmodi sacramenta serr4per et omni,bus, quan'tu,m et ex ,parte Dei, etiamsi rite ea suscipiant, sed ali- quando e ' t a l iqu ibus: A. S." (Can. 7.Den2. ,850) Ou: "Si quis dixerit, per ipsa novae Legis sacramenta ex opere o,perato non c,onf'erri gratiam, se,d solam fidei divinae pro,missionis ad gra- tiatm consequ,endam su,ff i,cere: A.S." (,Can. 8 - Denz. 851) O Catecis,mo ,Romano ensina que os sacramentos operam o que sign,ificam. "Q'uar€, Lsf ,explicatius, ,quid sacramentum sit, de,olaretu'r, do'cendu.m erit, rern esse sensibus subiectamr, ([uae' Em torno do "movimento littngico, FABIO A1LVES RIBIEIjRO 2 1 - AGOSTo, 1943 1 1 4 A ORDEM EM TO1+.NO DO "MO1rIMENTO I'ITURGICO' T T D I ex Dei in'stitutione, sanctitatis et iustitiae tum significaqdae, tum efficie,n'dae vim ha.bet" (tcatechisrnus ex rDecreto con,ci,lii Tridentini ad Paroch,os * P. II, re,. I, 11). E continua noutro Iu'gar: "Atque hi quidern ministri, quoniam in saora illa f,un_ ctione non suam, sed rC,trristi p,ersonam gerunt, ,ea re firt, ut, sive boni, sive mali sint, modo ,ea ,forma e,t materia utantu,r, quam ex 'Christi instituto semper eoclesia catholia,a servavit, ,idque fa_ oere prorponant, quod ecclesia in ea adrninistrratione facit. vere sacramenta conficiant et conferant: iita ut gratiae fructu,m nulla res impedi're ipgssit nisi qui ea suscipiunt ,se ipso,s tanto trrono fraudare, et Spiritui sancto velint ohsistere,,. (p. IL C,. r , 25 ) . E os expositores da doutrina cristi dizem: (.ors sacramentos produzem a graga por s,ua pr6pria virtude, e ndo pela do sujeito que os re,cebe (. . . ) Nio que as disposigdes do sujeito nio servi_ riam de nada. A'lgumas sdo absolutarnente requeridas, como a atrigdo ou o estado de graga, conforme se tratar dos sa,oramen_ tos dos morlos ou dos sacramentos dos vivos. As disposiqdes tam umafunqdo neoesshria: afastar os obsti,culos e rtornar a ahna d6cil i agSo da,graqa. euanto mais fervorosas, tanto mais a alma se santif ica. ,Mas elas ndo produzem a graga; s6 o sacra_ rntento ipode faz6-lo; s6 ele pode caus6._1a". (,paul Vrigu6, di,retor gragas". ( Ih id. , p . 124) . 2? -- N6o se d,iz portanto 'que a litur'gia possue efeitos migicos e .*u.arnioo, (1). O que se procura evitale oorrigir 6 cel'ta ft 'en- ;;;;t. 'da rnentalido'd" "l"od""'a qpontada por Donrr Vonier: "iPe- riddicarn6nte o homem se torna mais e m'ais 'concentrado ern si in,esmo. Quer to'mar nas pr6prias imSos 'o magno negocio da sua sa,ntiticagSo' Revolta-se 'oontra os instrumentos 'de salvagSo j6'- estab,elecidos e permanentes que lhe sio apreesn'tados ' As 6po- cas artisticas assim 'co'mo as tittererias nunca tiv'eram I'rande ernror aos Sacramentos' O pr6prio mistico inclina-se a conside- , (1) Os prot€stantes consider 'am o "opus operatum" dos nossos sa- cramentos como algo cfe rn6g[co' Diel<amp - Iloffmann respondem da" seguinte maneira a esta acusaglo: ,,Causalitas sacrarmentorum gratias conferens rrragica quidem esset- si aleitas virtute qua'lam mystica' secundum se acl hunc effectum protlu- cend.um omnino insuf f ic ient i ' grat ia l r r conf erre cogleretur ' Graeci qui- dem et Gnost ic i ta l i modo de omnlpotent ia myster iorum' bene' l ic t ionutn ,et formularum cogrrab'ant ' Ipsa autem sacrament i not ione cathol ica ' omnino exclucl i tur , quod ' Ie i tas v l magica r i tuum et verborum omnl 'po- tent ium ad grat iam dandam cogatur ' Sacramenta ex opere ol lerato n ih i l z" l iual causant n is i quod ipse I )eus miser icorc l i sua benevolent ia ips is cau- sar.e conturit et cluod ipse ut causa prin,cipali fJer sacramenta ut instru- rnenta sua ef f icere ' lecrevi t ' Vi r tus ac mer i tum Dei-hominis Redempto- r is , quia ea inst i tut t , in fa l l ib i l i cer t i tu ' l ine in e is operantur ' Per termi- num "opus operatum" in sensu vero cathol ico sunptum val id iss ime ex- I , r imi tur hominem Deo s impl ic i ter int l ig ;ere necnon Deum esse pr imans' ac supremam causam gratiae " ' Aal iante af i rmam: "{Jno verbo' cum dic imus sacrament& ex operre operato grat iam conferre, opus operant is nul tatenus excludimus' Im(} opus operant is in adul t is est condi t io nec'essar io l l raerequis i ta pro grat ia ' sa 'cra,mental i recip iencla" Ic I unum negamus' opus operant l5 s55g rat io- nem pr incipalem, cur sacramenta necip ient ibus Brat iam largiantur ' vel pr incip ium, unde sacramenLa v i r tutem sanct i f icandi desumat ' "Quanti momenti sit pra€paratio activa suscipientis sacramentum' inde quoque patet, qup'al secundum doctrinam catholicarn rneDsura gratiae a, gr:aalu huius praepara,tionis quoquc clcpen'tet' Secundum Concilinm Tri- a lent inum grat iam bapt ismalem accip imus et "secundum mensuram' quana spir i tus sanctus part i tur s ingul is , prout vul t ( I Cor ' 12 '11) 'et secunduna propr iam cujusque al isposi t ionem et coopera' t ionem"' (S' 6 ' cp ?) ' " (F ' Diekamp e A. ru. l lo f fmann, o ' P ' , "Theologiae Dogmat icae Manuale"" v o l . I V , 1 9 3 4 , p p . 3 9 e 4 0 ) . AGOSTO, 1943 1 t 6 A ORDtr\ I nar a sallt idade adquirida por rneio deles como u,rna sanLidade de qualidade inferio,r que ndo rnereerc ser conrparada com os es- Blendores do contato imediato cor', Deus nas gragas extraordi- nhrias da oragSo. Assim, e para aclmirar ,qu,e atrav6s de todas as orgulhosas evolug6es da raziio hnmana, a Igreja ,cat6lica te- nha podido conservar uma fe tio viva no ,poder dos sacramen- tos". (Dorn Ansc6rio Vonier, O. S. B., Abalde d.e B,uckfast, ,,A nova e eterna alianga ou o catolicisno cl6.ssico" tradugd.o de Dom Joaquirn G. de I_, luna, O. S. 8. , 1943, p. 112) . N,outro ponto do livro Do,na vonier ichama a ^tenqio para os dois ,extremos a evitar ne'sse 'palti,curar: "Ndo 6 preciso exagerar f cooperaqdo pessoal da ,,pessoa ,que ,recebe o Sacramento, rpois chegar_se_ia a 'consideri-la corno a irnice causa rnerit6ria da rgraga. NJe,n rtio pouco deve o sacraimento ser recebido com tanta frieza e indi- {crenqa que tirem a esse ato de r-eligido o seu valor dum ato de t' irrtude". (pp. 229 e 230) . o res'ltado daquele conceito rnigico e rnecanico da ,l i tur- g ia ser ia, no d izer dos acusaclores, o esqueci rnento das tentaqdes <lo demdnio e 'das cons€qudncias do percrado original, aconse- I t r rando-se a f requ6ncia aos cassinos, pra ias, bai les, etc . Despre_ zar-se-i. a rnortif icagio, dirninuindo o. extinguindo o pa,pel da coop'eracio hurnana na obra da graqa. combater-se-ia o exame t je conci6. ,c ia, os le t i ros, o " tesour inho espi r i tua l " e outras pr-6" t icas,pecul iares,das espi r i tua l idades,nrL:od.ernas. pr .efer i r -se- ia v6r o Cristo sempre corno vencqclor glorioso a contemplal os.e,pi_ s6dios dolorosos da sua vi,da. Um cat6 l ico n5o pode rnenosprezar as consequdncias do pe_ cado or ig inal nem a mo' t i f icagio. Sid paulo escreveu: , ,For urn s6 hornem entrou o pe,cado no mundo, e, pelo pe,cado, a rnorte; e assinl passou a morte a todos os homens, iporque todos p,eca_ tram", (Aos Rorn., V, 12) ,,Se viverdes segun{al,o a carne, morre_ reis; mas, se pelo estrir ito morti ' f icardes os ap,etites da carne, vi- Tereis". (Aos Rom., VIII; 1B) . ,,Mortif icai, por,tanto, o qure h6 de terreno e'rn vossos rmerrlbros; a l ibertinagem, a impureza, a pai_ xdo, os desejos,r r&us, a cobiqa, que 6 uma idolat r ia . por ,causa disto 6 que a ira d,e Deus.i"em soibr,e os fi lhos da rebeldia. Tam- 2 4 - E M T O R N O D O ' ' I , I O V I M E N T O L I T U R G I C O ' ' b,e'm v6s andaveis entregues, otttLora, a esses vicios, quando vi- vieis no meio deles. Agora, por6m, rdespojai-vos de tudo isto: da ira, da indignagdo, da mialicia, da blasfdmia e das ,palavras torpes de vossa boca". (Aos rCol . I I I , 5-9 - sdbre a mort i f ica- Eao vdr P. Monier , "La v ie chr6t ienne d 'apres Saint -Paul" , 1938, pp . 78 e segu . ) O que se procura evitar 6 urna concepqio es,treita da vida cr is tS, ,cr i t icada pelos te6logos mais seguros e eminentes. I )orn Vonier por exemplo: "A vida crist5, a vilda ernr Cristo, exige cer:- tamente uma grande pureza moral, mas es'ta prueza ndo 6 nern a coisa principal nem o essencial ir profiss5o ,clist6. Ela nio e mais do que a irradiaq5o de uma santidade mais profunda que 6 o pr6rprio Cristo - vida substancial da nossa al,rna" ("rd. null e eterna a l ianqa" ob. c i t . p . 30) . E ' ,exata, rnente o que se teur em S5o lPaulo: "Acaso ignorais que todos n6s, qu.e fomos b 'at i - za,dos em, Cristo.Iesirs, fomos batiza,dos na slla ruorte? Pelo ba- t ismo fomos pois sepul ta ldos com ele na suA morte, ,pala que as- sirn como Cristo ressuscitou da rnorte pela gloria do Prri, r1l mesrna forma v ivamos uma v ida nova. Pois se fomos t 'co ln- p lanta,dos" com ele (cornplantat i fact i su l r t ls , sumphutoi ) (2) , pela semelhanqa com sua morte, cla rnesma folrna o seianos pellr semelhanga corn s l la ressurre igSo. Pois sab,emos que fo i c i 'uc i - f rcado em n6s o hornern velho, para que seja destru ic lo o,colpo de pecado, e doravante j i n io s i rvarnos ao pecado. Pois c luem rl torreu, est i just i f icado do pecado". (Aos Rom., Vtr , l l -9) . Por ti se v6 que a mo,rtif icagio e a ascese crlslds niio consisteln ape- nas em rpre ' t icas rnora is . A sua ra iz 6. a paix5o, rnol te e lessur ' - reigSo de rCristo, de cujos frntos nos tornamos partici lpantes pelo hal t ismo. O pr imeiro ato de mort i f icaqSo,do,cr is tSo 6 "ser m,er- 'gulhado na morte de Cristo", i sepultar o velho homem lcoln -rCristo, ressus,citandocom este para uma vida nova (3). Essa ( 2 ) O P , P re r - t t r aduz " sumphu to i " po r " an imados dum l nesmo pr i nc i p i o v i t a , l " (X ' . P ra t , S . J . , " La t heo log ie , de Sa i r l t Pau l " , 1 " vo l ' I 9 3 4 , p . 2 6 6 ) . o f r u t o d o C a l v a r i o . N e l e J e s f s C r i s t o ent re tan to rea l , a sua mor te e a sua v ida 717 ( 3 ) " O b a t i s m o n o s a p l i c a nos assoc ia , dum modo mis t i co e A G O S T O , 1 9 4 3 - 2 5 1t i i A ORDEN{ realidade de ordem mistico-sacra'mental 6 que ir6 irrarl iar na periferia moral, cru,ci,f ibanpo a carne e as suas paixdes, ,,forni_ catio, irn,mu,ndirtia, impu,dicit ia, luxuria, idolorum servitus, ve- ';neficia, inim'icit iae,'contentiones, ae'rurationes, irae, rixae, dis- ,senssio,nes, sectae, invidiae, horni,cidia, ebrietart,es, conlrl l1€ss&_ tiones, et his simil ia" (Aos Gal ., V, lg_22) _ e t,endo parte con_ sequentenrente na exaltagio e na gl6ria do ,Cristo. Dorn \rionier continua rnostrando as tencl.ncias err6neas da teriorrnente, espi,ritualmente, despojado do seu egois,mo. ,E, isto o aplacar da c6l,era divina, a rinica l ibertag6o real da tirania d,e SatAnaz". (ob. cit., pp. 47-48) "ipodem os autores do as,cretrsmo cristdo esc.ever volumes acerca da vida espiritual, acer,ca ,das r,irtudes e dos es,forgos do hom,ern nas vias lda perfeigio, trrlas para qlre seus ensinamentos estejam ,de acdrdo conl a doutrina ra causa deste semi-peragianismo larvar, devemos sem dirvida 1-'rocurf-la no enfraquecirnento da ,consirleragdo das grandes ver'dades cristds, el-,c." (Karl Adam, ,,Cristo nosso irmdo,,. tra- Assoc iando-nos d sua mor te , neut ra l i za o p r inc ip io t le a t i v ida lde que o pe_ cado t inha de ixac lo em n6s e que cons t i tu ia o homem ve lho ; assoc ian ,do_ n os i sua v ida , des t roe todos os € ie rmes c le mor te ,e nos conf e re o p r iv i_ Icg io duma v ida sem f im: v ida da a lma e v ida , do corpo , v ia la ,da graqa e v i d a . d a g 1 6 r i a , , . ( F , p r a t , S . J . , o b . c i t . , 1 . o v o t . , p . 2 6 b ) . 2 t _ EIM TORNO DO "MOVIMENTO LITURG.ICO" duqio ,de Tasso da ,Silveira, 1939, P. 57). Vieujean aponta, corrro ufil ,dos perigos pa'ra a nossa vida ,espir,itual, a tenddncia a considerA-la "como o r,esultado de nossos esforgos ,e n5o de l€r ne,la a obra realizada ern n6s pela graQa, pela Igreja, qpelo Cristo, por Deus", E continua: "rAs consequd'ncias desse erro sdo mul- tiplas. Citemos antes d,e tudo um voltar-seescrurpuloso sobre si nlesmo, uma ,meticulosidade vendadeiramente excessiva na puri- ficagSo da con,ci6ncia, uma esp6cie de ginirs,tica artificial e com- plicada para a aquisigSo das virtud,es, em resuno, uma falta de flexibil idade e ,de l iberidade nos nrovimentos ,da alma. E' ,o que foj denominado, se ndo me engano, o asceticismo. Consequdn- cia m,ais grave, 6 ,consi'derar nossa vida espiritual como um ffun em si e ter a atengdo fixada e me,smo lmobil izada sobre nossa pr6pria perfeiqSo, sobre a expansSo de nossa altna, a ponto ,de esquecer Deus nisso, quase, e de cair ldesse modo num verda{ei- ro antropocentrismo. E' enfim idesviar-se num rcetto nat'uralis- mo, vendo na perfeiqSo a expansiio de um eu puranlente hurna- no, e n5o de um eu inconporado ao Cristo, assimilado ao Cristo e elevado at6 Deus pelo pr6prio Deus. O que ndo seria mais a perfeigio cristi i mas u,ma espi'cie de estoicistno ou de budismo". (I{. Vieujean, assistente ,geral da Association ,Catholique rde la . feunesse Belge, "La l i turg ie est " la d idascal ie d,e I 'Egl ise" B. Par sa doctr ine spi r i tue l le" , in Cours et Conf6rences des Senai- nes L,iturgiques, Torne XIV, Nlons. 1937 - p. 126). T,ratando.se ,das dou,trinas err6neas sobre a perfeiq[o da vida cristi Garri- gou-Lagrange refele-se i que faz consistir essa lper,feiqdo na atividade exterior, nos jeiuns e nas praticas ,de rpenitAncia e ndo na caridalde. confundindo desse rrr:odo os meios e o fim. (P. R6S. Garrigou.Lagran,ge, O. P., "Perfection chr6tienne et contennplat ion" , 1,923, pp. 155-156 e 159 e segu.) A prop6sito das crirt icas a certas prit icas ipeculiares is es- piritualidades mqdernas, veja,mos o que 412 s rte6logo doruini- cano na mesma oLrra, ao tratar dos obstir,culos i contemplag5o: l ' 'Em outras almas o obsticulo estf no espirito; elas pletendem tudo analisar psi,cologicamente, tudo regtstrar, af,irm de avaliar os seus ipequenos progressos. Assim elas se olhanr, a si mesrnas' 1 1 9 AGOSTO, 1943 1 1 8 A ORDENI realidade de ordem mistico-sacramental e que iri irradiar na periferia moral, cru,cif icanpo a carne e as suas paixSes, "forni- catio, irnmu'nditia, impu,dicit ia, luxuria, idolorum servitus, ve- neficia, inim,icit iae,,contentiones, aernttlationes, irrae' rixae, dis- senssiones, sectae, invidia,e, homi'cidia, ebrietates, comillessa- tiones, el his simil ia" (Aos Gal ., V, 19-2.2) - e tendo rparte con- sequenternente na exaltag6o e na g,l6ria do Cristo. Dom \r,oni;er ,contin'ua mostrando as ;tenddncias ,errdneas da lnentalidade mdderna: "Tem-se desvirtuado o sentido das gran- cles frases tecnicas da teologia, afim de que elas signifiquem ex- ciusivamen'be a conversio moral dos individuos. "Que 6 a Re- tlenqio, 'dizem os "modernistas", senSo o hontern convertido in- terriorrnente, espi,ritualmente, despojado do seu egois'mo. E' isto o aplacar da c6l'era ,divina, a rini,ca l ibertagSo real da tirania de Satanaz". (ob. cit., pp. 47-48) "lPodem os autores do as'cretismo cristiro escrever volumes acerca da vida espiritual, acer,ca. das virtudes e dos esforqos do hom'ern nas vias 1da perfeigSo, trnas para qu,e seus ensinamentos estejam de acdrdo coru a dott 'tr ina cat6lica 6 necess6rio que eles pressuponham gragas, siocorros, inqpiraq6es e luzes superiores ).s forqas naturais do homern, pois seln esses auxil ios diretos de Deus 6 impossivel uma vida ver- dadeiramente sobrenatural . O autor de ob,ra espiritual que niio tonla l em consideragio esses dons ,de Deus pode ser um tnola- l is ta pag5o, rnas ndo cat6 l ico" . (pp. 167-168). E o Padre Adam cbservn o aparecimento na piedade cristi iprivada, de "atitudes, uas cluais a unidade orgAnica da natu'reza e da graga se torna excessivamente frouxa, e em que a atividade glessoal rda alma se sr ih i ra i i in f ludncia sobrenatura l " . E conl inua: "A verdadei- ra causa deste semi-pelagianism,o larr' 'nr, devemos sem duvida procurfr-la no enfraquecirnento da consideragSo ,das grandes ve'rdades cristds, et'c." (Karl Adam, "'Cristo nosso irmdo", tra- Assoc iando-nos h . sua mor te , neut ra l i za o p r in ,c ip io de a t i v idade que o pe- cado t inha de ixado em n6s e que co t rs t i tu ia o homem ve lho ; assoc ianc lo - ros d , sua v ia la , des t roe todos os germes de mor te ,q nos c 'on fere o p r iv i - leg io a luma v i ,da sem f im: v ida da a lma e v id .a do corpo , v ida 'a la g raga e v i d a d a g l 6 r i a " . ( F . P r a t , S . J . , o b . c i t . , 1 . o v o ] . , p . 2 6 5 ) . EM TORNO DO 'MOVIMENTO LITTRG'ICO" duq6o de Tasso da Silveira, 1939, p' 57) ' Vieujean aponta, corlro urrrl d,os perigos para a nossa vida espiritual, a tenddncia a considera-la ,,como o r,es,ultado de nossos esforgos ,e ndo de l€r ne,la a obra r'ealizada ern n6s pela'graga, pela Igr'eja, pelo Cristo' p,or Deus". E ,cOntinua: ",As ,conse;quencias desse erro sao mul- iiptur. ,Citemos antes rde tudo um voltar-se ,escrurp'uloso sobre si ,. iu.*o, uma meti,culosidade verdadeiramente,excessiva'na puri- ficagao da ,con,ci6ncia, nlna espdcie de ginistica artificial e ,corm- plicada par,a a aquisigio das virtudes, em resumo' uma falta de flexitri l idade e,de l i 'beridade,nos rnovimentos 'da alma' E''o queibi denominado, se n6o me en,gano, o asceticisrno. consequan- cia m,ais grave, 6 ,considera,r nossa vida ,espiritual rcomo um ffun e.m si e ter a atenglo fixada e rneslno iLrnobilizada sobre nossa pr6pria perf,eigSo, so,bre a expansdo de nossa ahrra, a ponto de esqfuecer Deus nisso, quase, e de 'cair ldesse modo num verda{ei- ro antro,pocentrismo. E' enrfim idesviar-se nurn rcerto nat'uralis- mo, vendb na ,perfeig5o a expansio de urn eu puranlente hurna- no, e n5o de um eu incorporado ao 'Cristo, assimilado ao C,risto e e levado at6 Deus pelo pr6pr io Deus. 'O que ndo ser ia mais a perfeigio cristi mas uma esp6'cie de estoicisrno ou de budismo"' (X{. Vieujean, assistente ,geral da Association 'Catholique ide la .feunesse Belge, "La l iturgie es't "la didnscali,e ,de l ' l lgl ise" B. Par sa doctrine spirituelle", in Cours et Conf6rences des Semai- nes L i turg iques, Torne XIV, ,Mons. 1937 - p. 126) . Tratan 'dorse ,das doutrinas err6neas sobre a ,perfeig:Io da vida cristd Garri- gou-Lagrange 'refere-se i que faz consistir essa rperfeigSo na atividade exterior, nos jejuns e nas prit icas ,de penitdncia e ndo na caridalde, confundindo desse rniodo os meios e o fim. (P. Rdg. Garrigou.Lagran,ge, O. P., "Perfection chr6tienne et conterm,plation", 1,923, pp. 155-156 e 159 e segu.) A prop6si to das cr i t icas a cer tas prAt icas pecul iares is es- piritualidades modernas, vejamos o que diz o lte6lo,go donrini- €ano na mesma obra, ao tratar dos obstflculos i contemplagSo: "'Em outras almas o obsticulo estdL no espirito; elas pretendem 'tudo analisar psi,cologi,cam,ente, tudo regtstrar, afim de avaliar os seus ipequenos 'progressos. Assirn elas se olhan a si mesmas, AGOSTO, 1943 1 1 9 720 A ORDEM eryyez de olhar para Deus. Sem duvida que o conhocim,ento de si 'rnes'mo 6 sempre ,necessSrio, rnesmo nos ,estados mais el,eva- [los, mas esse olhar sobre si lnestno n5o rdeve ser separado do clhar ,para Deus. A rnelhor rnaneira de se eiaminar ndo 6 di- zer ,do fundo do coragio: que ficar6. ,escrrito ,deste dia no ,l ivro c la v ida?" (Gr i fos do au, tor ; pp. 493-494) (4) S6bre a questi lo do ,Cristo rdololoso ou jdo C,risto glorioso, 6 necessario ,fazer no,tal antes de mais nada que a tenddncia ob- servada entre os que trabalham ipela volta ir l i turgia nada tern de exclusivista, uma vez que a vis5o integral ,do ,HomemlDeus Clisto Jesirs inciue os dois aspectos de ,exinaninaqSo e exalta- q5o ("semet ipsutn ex inaniv i t . . . ipropter quod et Deus exal tav i t i l lun, etc . " ; vOr 'Aos Fi l . \ r 12) - - e mui to rnenos de errdnea. Conta l far i ta in que l . re i Hunbert lCl6r issac, rO. P. , te6logo de yalor incontestaclo, "pleferia o Cristo pantocrator dos Bizanti- no 's ao cruc i f ixo nais dolorosamente humnno de nossa idade nredia" . ( rPrefac io a "Le mystdre de l '6g l ise" , 4. ' ed. p. XIX) . Quais as raz6es , teol6gicas ,dessa prcferdncia? Donr Vonier n6- las dll: "PcNclem os cristiros deste naundo imaginar ,que Jesus aincla sofra. Conservarn a lemJ.rranqa de ,todas as agr',nras da sua ,paix i io e morte. Os sofr imentos de ,Cr is to, pode d izer-se, cstio gravados no seu espiri lo, t i lo l lresentes os t6m na n-lern6- lin. Alirn disto, CrisLo i clesconheci,do, blas,feru,:l|do, perseguido. C) sen anrcir nio 6 correspondido; os hornens, enr vez de arn6-lo, sro pro l :nndarncnte ingratos p{r la coru e le. iO cr is t io p iedoso so- f re com esta indi ferenca e ingrat id l io . Ele sc ident i f i ,c ,a nt is l ica- rnente cor1l .Iesus e atribue a Jesirs as suas prdprias ,penas. En- trelanto, pecaria gravern,ente contra a ,f6 se esquecesse que Cris- to, na sua prripria pessoa, esti infinitanente acima de todo e c;ualquer sofr i rnento. E ' Cl is to o re i da g l6r ia . Ele governa o 'nrun'do com irresistivel rpoder, com virga f6r'rea, como o ates- tarn as ,Sagradas Letras" . (Dom Asci r io Vonier , C) . S. B. , ( 4 ) Dieu et a u t o r , 2 8 - V6r ,duas formas de exame la C ro i x de J6sus " , t omo I , d e c o n c i d n c i a e m " L ' A m o u r d e 1 9 2 9 , p p . 3 2 9 e s e g u , . , ' d o m e s m o EM I 'ORNO DO ' t r i rovr \TENTO LTT0RGTCO" 72r "Viitdria de Cristo", Tlad' de Dorn Joaquim G' de L'una' O' S' 3 . , t g 3 9 ; P ' 1 7 ) ' Na irnesma obra Dorn Vonier afirma: "fO ascetismo cristdo .6 essenciahnente otinaista. Em todos os tempos ressoou o cen- ti,co do ,povo inumeravel que' vestido de branio' com palmas de vit6rias nas mios, est6 'diante \do rCordeiro"' ( 'p' 167) E e'm "A n o v a e e t e r n a a l i a n q a ' ' ( o b . c i t . ) : . . M u i t o s i a u t o r e s p i e d o s o s , an imadosdeboa in tenq io , rnasned ioc res r te6 logos ' r t r 6mexage - rado a intensidade das aq6es humanas de Nosso Senhor' consi- rierando-as inTinitas ou quase infinitas' afi 'm de da'r razdo sufi- c i en teaop ro 'd i ' g i osova lo rdosseusso f r i r nen tos 'Ce r tosesp i ' r i t os tdm difi 'cul 'dade dm compreender. que haja 'grande m6rito onde rrSo hFr esforgo. A teologia da R'e'den96o ser6 semlpre parr eles um livro 'fechado, porque o valor das aq6es redentoras neo vem em :primeiro tugar do esforqo volunt6rio realizado por Oristo' nras do estado mesmo da sua Pessoa, da presenga da Divind'a'de em 'Cristo, da uniio da sua Humaniclade com a Divindade: e e- n e n t o ' e s j t a v e l q . u e c o n f e r e L l m \ r a l o f i n f i n i . t o . i s a g 6 e s e a o s S o . f r imentos de Nosso Senhor" ' (p ' 123) ' ' "Ao t ratar 'da forna modefna de certos autores da vida de cristo que sublinham coll-r prazer o que eles chaman o seu 'fracasso' sinlo pisar nuln ter- l 'eno em,que brotam ate as rnais del i '3a 'das f lores da p ie idade' N5o pocle ser condena'da em geral urna forma tle aruoli ' cheia de compaixeo para coll1 lNosso Senhor, que tern pol utattlr ' ia cons- f tante de ned. i taqio os pretendidos f rac lssos do rd iv ino Salvador ' Q t e 6 l o g o n 6 o t e r r r o d i r e i . t o d e o r i t i c a r s e n t i r n e n t o s r e l i g i o s o s a n5o ser evidentemente que esses sentitnentos dirninuan a gl6ria do Filho de Deus. Acontece muita vez que uma esrPecie de alnor ,compassivo paLa coln os sofritr lentos do tl ivino '\ ' Iestre esteja de perfeita ,conformidacle, no contego' coln a si doutrina; mas com ,a continuagio d.o ternpo, pessoas pouco instruidas ern reliF4ieo ,desvirtuam esse sentirnento e o aplicanr' mal' A sensib'i l idade ,dessas pessoas 6 mais poderosa'do que araz5'o ' 'E is porque 6 ne- cessario expor es'ta questao com toda a lfranqtreza"' (pp' 136- r37 ) . Os que trabalham ,pela , I LGOSTO, 1913 trbeisd"*".. volta ir l i turgia sdo tambem acusa- - 2 5 A ORDEWI ctos de combater a orageo privada, bem corno as prit icas extra- l ittrgicas co''o o rosario, a visita ao santissimo S,acramen,to e a via-sacra. Evidentemente unn aat6lico nio pode comibater es- sas manirfestaq6es da pi,edade ,cristd. Nessa questdo o ltrabalho da renovag5o litr irgica coincide conl o rpensamento do palpa pio XI, manifestado em audi6ncia concedida a D. Bernard Capelle a 12 de dezenbro de 1985: , ,A Igre ja e mui to larga. rE, mesmo de uma larrgu'eza por vezes sur,preendente. Aceita modos de orar que sdo rnnito deficientes s i,m,perfeitos, ,porque tem rpiedade da fraqueza dos ,pohres homens. ,,eue seja assim, diz ela, j6 qoe n5o podeis iezar de out,ra forma, rezai assim mesmo, contanto c1'e rezeis verdadeirarnente!" I\{as quan,do se quer saber como compreende ela a oragio, entio 6 outt,ra coisa: d a l irturgia que n6-rlo ensiirar6.. E'rpre,ciso imitar a santa Igreja e nio proibir o que ela condescende ern aceitar em mat6ria de oraqio - n1as, 6 preci'so elevai' pouco a pouco os fieis e ensinar-rhes a rezar corn ela. A l i turg ia 6 a lgo de grande. E 'o mais importante o, rg io dornagist6r io ord inar io da Igre ja ' , . (D. B. Capel le , O. S. . B. , Abade Coadjutor de Mont.Cisar, Louvain, ,,A Santa 56 e o rno_ virnento l itfrgico", "A, O4flsm'r cle setemb,ro de lg3g _ C,ours et Conf6rences des ,semaines Liturgiques, Tolme XIV, Mons, 1g{17, ,p' 256 e 273 e segu.) Em car.ta ao cardear Minorertti, arcebispo cie Genova, por ocasii io do I ,Cenglesso liturrgico nacional italia_ no, o ent'o cardeal pacell i, hoje papa pio XII g,loriosam,ente reinante dizia: ,,( . . . ) longe de proscrever fo,rmas de rpiedade quer,privada quer popular, admiti ldas e reoomendadas pela Igre-ja, procura (o programa ,do ,movimento l itt irgi,co) for,t if icar a fidelidade tanto do espirito religioso ,quanto da pr6ti,ca, A nobre c' secular tradig5o do culto eolesiistico, {favorecendo no i lero o zelo por 'uma perfei 'ta celeb'rag5o idas fung6es sacras, e nos fi6is, uma assistdncia fervorosa e inteligente". (v16r ,,A orclem,,, n. c i t ' , p . 20o - - ' rexto or ig inal em rcours et confdrences des Se- maines I - , i turg iques, i tomo XIV, ob. c i t . , p . 258) . rO C6digo de Dir'eito ,Can6ni,cro pres,creve aos Ordinarios ouidaremr afim de que o respectivo clero pratique a oraga0 privada, a visita ao santissi- rno ,Sacq:amento, o rosario e o exame de conciOncia (c . l}b) . 3 0 _ - EM TORNO DO "MOVIMENTO LITURGICO" Ora o C.LC. n5o poderia recornendar ipr'6Lticas nocivas ou mes- mo indifer,entes. Lo'go a oraqSo privada, as priLticas ex'tra-li- trirrgi,cas e o exame de concidncia const'ituem um elemento da p,erfeigSo e,spiritual do ,cl6rigo ou sacer'dote, como tamhem do fiel . (Vejam-se as jus'tas observaqdes de Fr. Raymundo $. Cintrra O. P. n*A Ordem" de julho pr6ximo,passado, secgSo de Corresponrddncia) . Na iPastoral coletiva do episcqpado da pro- vincia eolesiSstica de B,elo iHlorizonte afirnla-se: "E evidente que o espirito littirgico ndo sofre nenhu,ma ,colisd.o com as de- vog6es parrticulares, at6 porque a Igreja, que determina as no'r- rnas Jit i lrgicas, tarinbem aprova as devog6es". Para a arquidio- cese do Rio de Janeiro temos no mesmo ,sentido as determina- g6es do sr. Vigdrio Capituln'r s6hre a l iturgia eras prft icas extra- l itur.gicas (r'6r "A Ordem" de ju,lho pr6ximo 'passado). O que se crit ica e procura evitar sio certos desvicis verif i- cados na piedade cristi. Uns sflo rfru,to da igno'rAncia religiosa. C) Cardeal Le'rne, de feliz me,m6r'ia, referia-rse a esses em sua pas- toral de Olinda, quan,cio afirnava quo para muitos fi6is "o santo 6 tudo; Deus quase que a nlrda se toduz". "Vio ir igreja, visitaur toidos os altares. . . s6 nio visitam o Santissimo Saoramcnto". Ou: t 'N io perdern "no\ .enas" e t ' tergos" . . . esquecem o sacr i f i - c io au,gusto da missa". (Ed. Vozes, p. 61) . D. lMar io de iNI i - I 'anda Vilas-Boas, I l ispo de Garanhuns, em sua prim'eira calta pastoral, dizia: "Quantos cat6licos que ignolam o divino sen'ti- do da 'I\[ issa: - renovaqdo incruenta, uras verdadeira, do sa- cr i , f ic io da cruz, fonte de nossa salvagSo ?! ( . . . ) Mas por que deixar os fi6is, na Igreja, alheiados ao santo Sacrif icio, rezando nouenas o'u, entdo, roantando al,gumas dessas coisas bArbaras a qu'e se convencionou ,chamar htnos sacros, quan'do o que se ope- 'Ia no altar 6 a realizaqio ine,favel dos planos da divina econonria restaurando a adopgdo sob,renatural do homem pelo mrinist6rio r-edentor rde Jesus rCr is to!? ( . . . ) Quantas vezes, nossas I igre jas, oos grandes dias, d5o-nos a tragica irqpressSo de um clube de festas, pelo'profano e ridiculo da de,corag5o, rf lores de papel, nenr sernpre a,rlisticas, e fitas e ,lagos e lanternas e todo um 1 2 3 AGOSTO, 1943 @.-;.. - 3 1 r24 A ORDET,I rnundo ,de quinqui lhar ias fute is e inexpressivasl z ;es , r pp . 58 , 59 e 60 ) . " (Ed. \ 'o- rNen-l sempre por6rn esses desvios sdo fruto apenas da igno_ ,r4ncia religiosa. Manifestarn-se as \rezes em pessoas ,conhece- d.tras da doutrina ,cristi, mas dominadas pe,lo devocionismo e pelo sentimentalisnuo. Mons. Harscouet, em ,,L,es d6votions tra- ditionelles" (confer6ncia na primeira semana litr irgica da ide Louvain) distingue a "devotio" da l iturgia que ,6 a ,,devotio" oficial da Igreja, e as devog6es extra-l iturgicas, aprovadas, reco- mendadas e enriquecidas ,de indulgdncias pe,la Santa S,e idas tlevoq6es anttl i tt irgtcos, ou ,devocionismo. E afirrna: "Exagera- clas, estas ,devogSes, abafarn o culto, transtornam a ordem, igno- lam a Liturgia, ou, se acaso curnprem as suas fung6es, des,co- nhecern a sua virtude, relegarn-na rpara um canto da vida espi- r i tua l , en vez de a colooar no seu rcentro. E 'o ca,so doB f i6 is que pre,f 'elern as Benqdos do Santissirnro is V6speras, do sacer'- dote que se acusa de nio ter dito as or.ag6es da manhd, quarrdo de fato j , i rezou Pr i rna. ( . . . ) - L l las, ern segundo lugar , o 'de- vocionisrno teur u,nt outro aspecto: consiste ,Lam,bern na i.nven- q"[o de novas f6rnrnlas; e o exolusivismo rciurnento, a piedacie a gavetas e lpor pequenos ernbrulhos. ,Conduz i superst ig io ,da cJual a lgr,eja ndo 6 responsavel como o ndo e da impiedade. No i 'no passado, Mons. Deplo ige ,d iz ia rnui to bern a este respei to: "'\handonadas a si r11esmas, as aspirag6es religiosas dos fi6is, se nno se apagatn, satisfazern-se, collto podern, cour ,devog6es lnes- qr-rinhas, em que a imaginagio caprichosa representa urn lpapel preponderante". Pril 'ado do alirnenlo l it irrgico, o lpo\ro entrega- se lorqosarnenle ao 'c levocionismo. ( . . . ) ,Q sent imen' ta l ismo (. . . ) r.6de-o eslaclear'-se na l iter.atura ,das primeiras colnunh6es, t lo mds de rnaio e das pequenas devog6es ( . . . ) Os r i tos de que ,estas pequenas rdevoq6es se reyestem guardarn vest ig ios da sua or igern indi ' i ' idual is ta ( . . . ) . A causa da sua f raqueza d ev i rden- te. p io ao sent i rnento uma par te demasiado grande. O pensa- rnento n5o recehe nenhuma sat is faqSo. iA vontade n io haure nenhurrna energia. Quem levar urn lpouco longe a ani l ise des- tas devoq6es, acabari por confessar que nelas a f6 'para pouclo EM TOR,NO DO 'MOVIMENTO LITORGICO' ' t25 sefv€. s6,o antes d.e tudo um exercicio de imaginagS.o e de sen- sibil idade em volta dum objeto,religioso". (Gt. p'elo P. Antdnio Coelho, "tCu,rso de liturgia romana", vol . I, 1926, pp ' 275-277) ' ciarrigou-Lagrmse, mrostrando como o estudro da teologia pre- serva a vida interior cle dois glaves defeitos, o subjetiuismo pie- ,d,oso e o pa:rtipularismo, r.efere-se a esse Inesirno sentimentalis- ,rno,, cujro druto 6 ulna vida de piedade rdirnrinuida e superficial . (5) Dorn Lambert Beaud'u in, O'S.B. , a f i rma: " ( " ' ) a p iedade cristd isolando-se torna,se facilrnente fantasista e perde-se no ilreio dos exercicios acessdrios, com preiuizo da devoqdo funda- rnental. (...) Faz-se, no entanto, grande confusao quando se acusa ,a pie'da'de litrirgica de inimiga das 'devog6es particulares - E' ver'dade que, nesse dominio, ela se mostra t'ra'dicional, dis- creta, e extrejrna{nente reservada. Esse desejo insaciAvel e doen- tio de descobrir s€m,pre novas prAticas de piedade a inq'uieta e com razdo, a ela ,que 6 a inimiga rde to'do devocionismo. Longe por6,rn 'de destruir as devog6es privadas, tradicionais e aut6nti- cas, traz-lhes um acrdscimo de vigor e virilidade. Estranha a todos os sentimentalismos, alimentada por uma sd e puna dou- tri,na, larga e generosa, ao tornarise o alimento principal da alma eristS, transfonrnardl a piedade privada, impri,mir-lhe-i novo irnpulso e a intensificara ao ,rnesmo ternpo gue a manter6 em seu ver'dadeiro lugar". ("Vida litrirgica", tradugdo de J, Il larques de O,liveira, 1938, pp. 32-33). (5) "subjet iv ismus quoa/d pi€tatem saepe vocatur hodie "sent imen- tali"smus", est quaedam affectatio amoris, absque v€ro et profundo a,moreDei et anirnarum. IIic defectus provenit ex hoc quo,al in oratione praeva- let natural is inc l inat io sensi t r i l i ta t is nostrae, secundum uniuscujusque int lo lem. Praeva, Iet quaedam emot io sensib i l i tat is , quae quancloque quo- dam lyrismo exprimitur, seal absque solido veritatis funtlamento. Hodie plu!'es psychologi increduli, ut Bergson in Gallia, putant quod mysticis- mus et iam cathol ieus proveniet ex praevalent ia, a l icujus nobi l is emot io- llis quae ex subconscientia oriretur, quaeque postea in id€is €t iualiciis rlrysticorum exprimeretur. Sed semper remanet tlubium de lferita,te reali horum iudiciorum, quae sub pressione subconscientiae et affectus orta, sunt" . (Reginalc lus Garr igou-Lagrang€, O. P. , "De Deo IJno. Commen- ta r i um i n p r imam pa r t em S , Thomae , , , 193? , pp . 30 -31 ) . AcosTo, 1948 . AGOSTO, 1943 li8g,g;*, 7.26 A ORDEIM Dom Vonier, I lor outro lado, afirma: "rMuitas \€zes, as de- vog6es particulares revelam lamentavel ignorAncia o'u esqueci- rnento culpavel das princi,pais 'doutrinas da vida sob'renatural . ("Vit6ria de Cristo", ob. cit., p. 27) "Prefer,em-se devog6es e pfiticas religiosas ,cheias dum ,certo humanis,mo ,e individualis- m,o is formas antigas e puras do culto cat6lico. (. . . ) Realmen- te, tem-se a tentagdo, nos tempos atuais, de duvidar da exatidSo tlum grande nfme,ro de l ivros'religiosos escritos, segundo as fo,r- {nas primitivas do catolicismo, por termos sido edu,cados numa atrn,osfera saturada de devoq6es particulares. Tornarno-nos as- sim inc4pazes de sim,patizar com os habitos da piedade dos tem- pos passados". ( "A nova e,eterna a l ianga", ob. c i t . , pp. 219 e 235). E na ediqSo,francesa do l ivro que acabarnos de citar o tra- durtor, cdnego L. Lain6, idoutor ern teologia e ar,ci,preste de 1116- guier ,4ponta algu'mas tenddncias desviadas que se infiltrara,rn rra'piedade de muitos cat6li,cos (6). Finalmente D,om B. Capelle, ,uum estudo a pr6posito ,d"lO espirito da l iturgia" de Guardini afi,rrna: "A formula de Guardini:,6 preciso cons,ervar isto e aqui- (6) "Cremos ut i l designar a lgumas dessas fa lsas tend6ncias: "1 ' O mora l i smo , i s t o 6 o p r imado ,dado es v i r t udes mora i s , em de - - t r imento das v i rLudes teologais que s5.o as mais c l iv inas, as ma, is sobrena- turar is , as mais cr is tS"s de todas as v i r tudes, as que exigem mais humi lda- de, as c lue destroem de modo mais radical o veneno alo amor-pr6pr io e do egoismo, e que sd,o entretanto verdadeiras fontes de conf ianea e de au- dacia apost6l ica; O psicologismo, ou o abuso, o excesso da psicologia, da anal ise tr)s icol6gica, da introspecgS,o, ,do voi tar-se sobre s i mesmo, que mata a con f i anqa ; O sent imental ismo, ou o abuso do sent imento: e da se,nsib i l ic tade, c. .mbinado com a. ignorancia 6ss Sagradas Escr i turas e alas def in ie6es dos Conci l ios; nd.o se ser5, sensivel , por €xemplo, senio aos ,sofr imentos pas- sados de Nosso Senhor; comprazer-se-a em na,o sep,ar6- lo da cruz, como se diz, mas se O separa da gl6r ia e da beat i tude def in i t ivas, que sua Res. surreigS,o ,e AscengS.o Lhe aclquir l i ram para sempre; comprazer-se-a em considera-Lo como sempr.e passivel e sofredor em sua pr6pr ia, pessoa, em Si mesmo, e exper imentar-se-6, a necEssidade de consold,-Lo ,em lugar d.e €antar com a Igreja a sua, realeza 'et 'erna: , ,por Nosso Senhor Jest is Cr is- to c lue v ive e re ina com o Pai por toalos os s6culos alos s6culos, ' . ( .La f r r ouve l l e e t e te r r r e l l e a l l i ance " , 7gBZ , p . 24 , em no ta ) , 3 4 - EM TORNO DO "MOVIMENTO LITTIRGICO" L 2 7 lo, a piedade liturgica e a d'evogeo popular, 6 por certo verdadei- ra, c6mt' con'diQ6o todavia de n6o ald'mitir .emeo a hoa quali- dade e de observar a hierarquia dos valores". E ,continua: " (o rnovi.rnento liturgico) neo tem nenhum 'desejo de dest'ruin o que que rquese janemd im inu i rnenhuma l i be r ' d ' ade lg i t ima 'Que- **o, restaurar, Mas n6o se restaura'In las linhas Ln,tegras rle u m m o n u m e n , t o s e m a r r a n c a r a s p l a n t a s e s t r , a n h a s q l u e o r e . sobriram. A experioncia rde varios s6culos este ai Bara rnos'trar' que a piedade individual e privada, lpor suas introrniiss6es' pre- judioou ,os grandes atos do culto". (cours et conf6renc,es des Semaines Liturgiques, Tome XIV ,ob. cit ' , p' 173) ' Entre as aausaQ6es figura ainda a de firenosrprezo ou corn- bdte ir escolestica e ao tomis'mo. S'e 'no 'esforQo pela volta a Ii- turgia alrguem se manifestou idesse mo'do sobre a teologia daque- l e q u e 6 o D o u t o ' r C o m u m d a L g r e j a , c e r t a m ' e n t e q u e e r r r o u ' P o i s a renovag5o litirrgica nio se pode isolar ou opor i renovagto tomista, da qual recebera a base indispensavel capaz de liberta- la da confusio dos sistemas conternlporeneos. O fat'o 'de se voltar aos santos 'Padres n6o pode significar esquercimenlto ou oposi- gio ao tomismo, pois o Anjo das Es'colas e seus autdnticos dis- cipulos e representantes, 'Caietano, Jo6o de S5o Torrnds, ou hoje Garrigtou - Lagrange e Maritain, s[o, na 'era mo'derna, os for- nruldd,ores e continuadores fieis da tradigflo antiga. E o traba- lho contemporineo no plano da teologia positiva s6 alcanqal'f, a sua plena significagio quando integrado no 'plano da teologia es- peoulativa escolAstico - rtomista. rTermina aqui este longo artigo, 9ue, 6 mais um frabalho de cdpia ou traduqdo, pois ,quiz ,f le rprop6sito evitar asserg6es purl- , inente pessoais. E n5o o fago sem lennbrar que ndo se preten- deu ,de modo algu,m negar ou ser indulgente para corn os erros que se ho'uvessem verirf i,cado ou que realmente se verif icalanr' Porisso s6 nos pode,mos alegrar comt a intervengSo 'da autorid:r- de eclesiistica, advertindo os faltosos e lanqando mio das medi- das necessarias a represseo dos abu'sos. Justamelnte acalla de chegarrnos a no,ticia da ultima enciclica de Sua Santidade o - 3 5 1 l l 128 A ORDBM Papa Pio XII, "Mystici corporis :CtrriSti", de 29 de junho'pr6xi- nro passado, na qu,al sf,o apontadas diversas conoe'p96es erradas q.r" a" ,infiltraram ,entle os crist6o,s, co,mo sejam u,m falso misti- cismo a respei'to do corpo mistico de Cristo, oerto quietismo ou preguiga espil-itual, d,eprimente "liturgismo" .ne'gador da pie- ,dade individual etc. (veja-se a nota div,ulgada pela carna,ra Ecle- siistic.a da Arquidio,cese'do Rio de Janeiro - (A 'Craz" de 11 de j,u'lho pr6xirno passado). ,A n'ova enclclice vir'6 por certo escla- reoer os p,rob,lernas e pdr fim irs 'dissens6es e inco'm'preens5es' ll esrtejamos cerrtos de que se alguem errou, saber6 submet€r-se com a rnaior simplicidade' E gue todos havemos de alegrar-nos corni a palavra do Pai comum. Pois ness'e esforgo pela re'staura- gflo da vida crisrt6 a que nos entregamos ndo 'nos lnove nenhum espirito de competigio orgu-lhosa' trnas unicamente o amor A Santa Igreja de Deus, na qual llueremos todos viver e morrer' i la de mi bautismo DIMAS ANTUfiA 1 trl'la de mi bautismo, circunferencia Y oct6gono' sePul'cro de Piodra Y fuente d'e la resurreoci6n: 'aqui nos engendra eI Verbo, aqui la I,glesia concibe ' Conforrne al Paz, 'Peoecillos naoen del agua. La corriente los gotrierna, el srista,l los ilumina Y un brote dentro ellos, vena viva' Los vuelve al Padre. 2 Nacen los hij'os' nacen del agua. Nac.en del bautismo semejantes al Hijo. ' Semejantes al Htijo los que nacen de esta agua han muerto, Y viven. Santo Sepulcro, aqui rruere el hom,bre y se levanta 'Cristo. Fuente de piedra, de vida, " aqui concibe Ia Iglesia . , ; A.GOSTO, 19483 6 - - 3 r .A.,ORDNM rOomo la Virgen. Concibe del Espiritu y los guo xraoen de esta agua ,han muerto, y viven. 3 Pila de mii,bautismo,
Compartilhar