Buscar

Revista Completa A Ordem Agosto 1943

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 52 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

A;-n CT61 EPISCOPUI,{ HABEMUS, REDAQAO / LA t'{O-A\7\./J | \-/ TION DE LA pSyCHOLOGiE, pAUL S1WEK, S. J.
/ AOS PAIS DE ALUNAS DUM COLEGIO CAT{LICO, P. ANTONIO
' i.rutt-t- / EM ToRNo Do "MovtMENTo Lt.TURGtco". FABto A.t_-
+ DE DALVA FOSSATI // I EPTSTOLA AO5 CORINTIOS, S CLEMEN-+*
"" TE ROMAT-{O // REGTSTO // LTVROS E REVISTAS.
943
A N O X X I I i
' "-N. 
I
PRACA i5 DI NOVTMBRO, IOI c. P, 249- RtC
HAITILAO$ NOGUEIBA
M o d l e o
CTTNIOA IMDTCA
c
Alvafit Alvtm 3? Ed.
18o ad. Bel6 132t
Te l . { 3 -161 {
DR. .tORGlE DE LlIrf,A
l [ o d l o o
Consultas dlallas das 1?
As 19 horas
Consuultorlo . Pfaqa l'lorlano
66-- Tel . 22-9217
Itesltlencla - trav. Umbellaa,
14 -- tel. 26-8140
Dlabetes, Magireza, Obeslalaale,
Esto&a8o 6 Intedtlndr
QI1ITANDA 16.A 8s.la 45
Dn. rilf,lr,ro sll/va
Mettleco tta Poltellnlco Geml
do Itlo ito ilsnetro e de
A.gsocla€eo Brasllclr* ds
Inrpr€nse - Assbt€ntc do
Dr. Iruls Nr€. Doonca!
do Int€gtlnos . Roto o
Anu!
RUA RODRIGO STLVA' 1'
3.O ANDAR
t€l i . {2.8180 - t6-0111
CONST'LTA.S DIARIAI
\;
ia
DITS. i'OSf TIIOMAZ NABUCO DE Af,,AUJO
{ TJAI1T'EOI/OMTU. ANACTIMO
A D V O G A D O s
RUA DA ALFANDECIA 4t . 0o AND.
Telefonee 28-6860 - U8-t860
ORDEM
REVISTA DE CULTURA
Reg i s t r aa la , no D . I P . sob o n . 10 ,1bT
o
Diretor-Responsevel - Alceu Amoroso Lima
Redator-Chefe - Gustavo Corgio
R.edator-Secret6rio - Fibio Alves Ribeiro
Gerente - Amedeo Ferrario
a
Redag5o e .ddminis t raQeo:
PRAQA 15 DE NOVEN{BRO, 101_2."
Caixa Postal, 249 Tel. 42-80b5
A VENDA NAS SEGUINTES LIVRARIAS
Ao Pinguim - Rua do Ouvidor 121 - Rio
Livraria Inconfiddncia - Rua da Baia, 1022 - Belo
Horizonte
Livraria ,Cultura Brasileira - Rua Sio paulo 5b2
Belo Horizonte
o
ASSINATURA DE 12 NUMEROS Crg 25,00
Numero avulso CrS 2,b0
A G O S T O , 1 9 4 3
Fr
L
"D Centro Dom Vital 6'a maior afirmagio da in-
teligdncia cristd em terras do Frasil".
Cardial Leme, Arcebispo
CENTRO DOM VITAL
-
DO RIO DE JANEIRO
F.UNDADOR: JACKSON DE FIGUEIREDO
DIRtrTORIA
Presidente perpdtuo - Alceu Arnoroso Lima
\rice.Presidente -- peril lo Gomes
Secreti l io - \Vagner Antunes Dutra
Tesoureiro - Jos6 Carlos de l\{ello e Souza
CtrNTRO DOM VITAL - praga
Caixa Postal 249
15 de Novernbro n. 101. 2. 'andar
- Rio de Janeiro
A ORDEM
REVISTA
Fundador
Diretor-Responsivel
Diretor-Proprietirio
DE CULTURA
- Jackson de Figueiredo
- Alceu Amoroso Lima
- Wagner Antunes Dutra
Episcopum habemus
t .
T e m o s o n o s s o B i s p o ! E i s o g r i t o d e o l e g r i a q u e t e s s o a e m
toda a Arquicliocese' nita finda a Orfandade' Mais 
uma' Dez sc
processou, em nossu uida, o mistdrto da Morte 
e da Ressutrei'
iUo, o passagelm da Orfandade 
d Paternid'ade' Temos de nouo o
rrosso Bispo . Esta de nouo entre n6s' ac:Jma 
'de nos' q testa da
nosse comunidade, o enuiad'o d'o Senhot 
para pastoreat as- suas
ouelhas. Desltimos o 'luto' para nos teuestfumos 
'clos traies de
gala. Os sinos repicam' O incenso sobe nos altares' 
O canto da
Te-Deum ressla em todos os templos' E o 
cotagao d'os fieis re-
jubi/a porque o Senhor uisitou suas ouelhas e troure p?la 
mao
0 nouo Pustor !
Que o nossrt primeiro pensamento 
seia para Deds' que as-
sint quizc€ssosse o nossc piouaEao' E comegasse 
uma uida noua-
A EIe nossa gratid'do' A Ele Qs r?ossos mals f 
eruorosas oroeoesl
em unido com toda a Arquidiocese' com o seu Vigatio 
Capilulat'
collt oS seus Bispos titulares, sua Hiera:rqrzic, 
sucs Familias Re-
ligioscts, seus Fidis agrupados ou isolados' todos 
unidos no mes'
,io p"nro*ento de gt'atid'ao e de ueneragdo'
Que o nosso pensamento se alongae' 
em seguida' ate a Son-
to S,i, ate o Vigario de Jestis Cfisto' o Santo 
Padre Pio Xll ' que
em sua altu sabedoriu'designou paro' nosso 
noDo Arcebispo wm
hontem que pteenche"d'e modo cabal' 
fodos os tequisitos neces-
sririos pata "carregqr o' sua crtrz"' como 6Ie o 
d'rsse numa pala'
ura que define u'i ho^"*' com a alma 
totalmente uoltad& pQra
essa cruz d.e martirio e de redenpdo, onde se 
encomtrdm todas as
fiossos angrtsfias'transfiguradas e red'imidas 
pelo (lnico Santo'
pelo Onico Justo, pelo unico Saluador do 
Mundo'
Que o.,orro i"t ' smento ua ate 
Santa Ana' po4se na lage
fria onde dorme o' 'ono d'a 
paz aquele que f oi ati ontEm o nosso
Vigitante e hoie uigia, na eternidade' p'or 
nos' iunto ao trono do
AGOSTO, 1943
A ORDEI\,I
EPISCOPUM HABEMUS
r')terno! A saudade cristd nd.o adorme:,ce nem dilacera. Mas tam-
bem, jamais se apaga. Ndo choramos os nosto s mortos atd o de_
scspefo. Mas tambem, jamais os olVitdamos. Nc-o atrc"tucarflos cQ-
belo|, nem rasgamos a toupa, quando o gladto da morte dos nos-
sos queridos atraueisa os nossos coragSes. Mas tambem ndo ces-
sam jamais de sangrar os nossos corapdes, pois os no.gsor mortos
aiuem canosco, dtariomente, na celebragdo dos Mistefios Euca-
risticos. E a cada momento temos presentes os nossos mortos,
,mos momentos mais ardentes de no'sa. uida. E i por isso que a
alegria do nouo Pastor que chega, ndo i o esqudcimento do ae-
Iho'Pastor que partiu. Ao contrar,ro. sd em nossd alegr[a redi-
utua, esta EIe realmente uiuo e presente. A orfandade d uw esta-
do inhumano. A uo,lta tr paternidad.e represdnta, porim, nd.o o
a.pagamento do pai que'partiu, e sim a sue firapdo perene enr
nosso memdria. Pois p{rssamos e uiuer mats fortemente ainda da
sua uida, na comunhdo dos uioos e dos mortos, com o nosso Ar_
cebispo d. testa, praticando, com dnimo redobrado, as tarefas da
nossa milicia religiosa.
Pois o nosso rtlt imo pensomento, que i tambem o primeiro
rta ondem das atiuidades praticas imediatas, uai paro o nosso
nouo Pastor. Recebemo-lo como fi lhos. Recebemo-Io como fi lhos
que se prostram alegremente a seus pds para pedir a bengam e
protestar, com o coragdo aberto, a sua ftdeWdo.de mats perfeita
e a sua disposigao mais ardente, a seruir com 6Ie, a colocar-se
em suas mdos, "sicut ot)es,,, para' em tudo dar gloria a Deus e
pelejar o bom combate.
D. Jctime de Barros Cernara:, clue o nosso Cardial ja tinha
prof eticamente denominedo ,,o Bispo incomparr,t)el',, d a homem
talho)do pela Prouidincia para receber a heranpa de um Arcebis-
pct como oquqle que uoltou aos Tabernctculos Eternos em 17 de
Llutubro de 1g42. Hotnem moQo, feruoroso, de u,tda sobrenatu-
ral, ndo conhece o cansago, ndo teme o's obstaculbs, ndo serue
sttndo a Jesfis cristo. Em Mossoro deirou um rasto ru,mitioso de
:;ua passagem, qu.e irradiou muito alim de sua p,roprla Diocese.
Em Bel.em, tdo grande ja era e sue aura, d.a santidade e de apos-
tolicidade, que pouco poude permanecer entre os paraenscs e
AGOSTO, 1943
I,A NOTION DE I'A PSYCIIOLOGIE
q o
La notion de f a psychologie
par FAUL SIWtrK S. J., profess,eur de
I'Univ. Gr,drgorienne ir Rome et des Facul-
tds Catholiques A Rio de Janeiro.
(Especialmente para ,,A ,Orndem")
1. 'On ddfinit cornmundmept la psychologie ,,sc.ience de
&' rtm e" .'cette dd f inition"rire's"f "$uE e_qu' ure trad,u ction li ttdrale cle
son e{gmologie. En effet, le ffii*T";.h"logie,,, ainsi que on sait
bien, doit son o'rigine d la comiposidion de ideux mo,ts grecs:
" psgchA." 
, Arne, et " l6gost' , science .
Mais i l y a ,cliff6rentes manireres (d'entendre l,dme. Voil i
por-quoi i l y a l ieu de distinguer differentes especes d.e psgcho_
Iog ies. 
:
2. IIn effet, ,pour un gland nombre des philosophes, l,r ime
est un 6tre sabslnnliel: lps faits..psychiques,qne nous d6voile NLt,,.: j .r ' :
I ' intros,pection la plus biriaii i" '( i i i i 'eitections, vorit ions, tendan-
ces, Affections, sensations, percerption) ne sont que tles prolon_
gements ,dynamdques de cet dtle, ses propres actions, ses ,,effe-
ls:"; ce sont cesfaits psychiques, mobiles i I 'extrdrne et varia_
b les i l ' i n f i n i , qu i cons l i t u .en t l e con te r ru "de no t re co .nsc ienee .
lorit6i"riit 'ra conscien..* n* tchniige prs au gri de r"';f i i ' i lt,tri.,
au,contraire, elle ggfiiin*gg_ a'.i-. ' etrange immobilit6, invaria_
bilitd: intellection' 
"o]il ig,lr.,ten.tlance, affection, sensation, per-ception, tout cela 
"*tjEgiebnbrdu m6me mol q,ui ne change pas;c 'est toujours Ie mof qui pense, c 'est toujo,urs le morlqui veut,_
et ai ,nsi de sui te.
L
i ce detfi le, i l est 6ninemment octif ' C'est polquoi 
moi ne dit pas
"je sais qu'i l eriste en ce moment une douleur"' mais 
i l dit "je
sens la douleur"; i l ne dit pas "je uofs pens€r"' mais 
i l dit "je
gI-1- + toPq ce^s--'19tqq' le moi
tacun d'eux Passe; lui ' i l dure'
re sorte h-13-!.qi!. lo P(sse' e au
prdsent, et mr6me au futur, puisque ainsi qu'i l 
'd' it "je pe'nse"'
"jerpensais", i l dit aussi bien "je penserai"' Ainsi i l 
est a la fois
tin et multiPle.
,Mais comment une r6alite peut-elle poss6der deur 
attributs
aussi disparates? Nle tomtre-t-on pas par-l i 
en con'fl i t avec le
principe de contradiction? r - -:.-r.
C e s c o n s i d . 6 r a t i o n s o n t s u 9 9 6 1 6 a u x p h i l o s o p h e s a r ' i s t o t 6 l i -
ciens et scholastiques I ' icl ie (reg'e ensuite paf ,rln granrl 
'or'-
Lre de philoso,phes) cle clistinguer' 'dans la vie psychiclue' 
detrrc
cspe,ces de rinlit ist I 'une tlui cLurnge et posse' 
I 'autre qui reste;
ia,,prernidre re,rttre-dans la classe des 
-"accicl 
ents" ' la dernitbre
est une "s,bstancei', puisqu'elle" constitue-!s jgy-!i-g}} et ln 
5irse
d es actes g' gg,gqliol ( ' sub-stat" ) '
V o i l a l e s i d 6 e s t n a i . t r e s s e s d e l a , . p s y c h o l o g i e s u b . s t a n t i r r l i s -
l e " ' don td i f f 6 r ' en t ssys ten r ' esph i l osoph iquesc leve lo l ; i pe ron td i f -
f irem,ment les 
.detai,ls'
3. Cette psyctrologie tlouve de nos joulrs 
'peu de s-vilr 'pa-
, t h i e .On la , cons ldd reassezcon l ] l l l un6n len tco ln lne t l ne "cons t l t t -
ction thioloEiqttr" destin6e i appuyer le dogme cle 
l ' i imrnortali-
te de l 'Ame humaine ' Voici comment d'aprds ces auteurs' . i l 
f au-
,drait enten,dre les choses' Les objets p6ndtrent clans notre vre
,, t iens,ci 'ente par la porte de nos sen's' 
Ainsi par- exernple' la potn-
1ng s'lmLpose ir notre counarssairce lpar la couleur dont 
elle est
3el#, ipar l 'odeu'r qu'elle exhale' 
par- Lrn 6tat t letermin6 de 'du-
ret6, ,de chaleur, 
"t". 
l-"t sens n'atteignent jamais le fond !m:
.I2g3:qlg qui soutiendrait les qualit i i 
des corrps et constituerait
leur substrcfrrm comm'um' la "subst(tnce" de la porrlune' Toute-
fois comm'e nolls ne pouvons pas coluplende comment 
toutes ces
qualit6s sensibles puissent sufrsister sans auoun aPpui 
et rse te-
. ) . ' ' t . 
t ' , . ' "
Acosro , lg4B ' / ' * ' " '
nir toujours g5-9-13ple sans un principe speciale d,unit,6, forcenous e'st de leur s,upposer un sabslrcfum substantiel, une ,,subs_
,:l.nr.r". Jg,|g__!' 9.1igine de Ia thiorie sub,stantiatiste de l,6.me .C'est une fiction. En realitd nl,dme,,
s e rnb I e d e s q u at i t i * i y.p.t 
", 
d 
" 
rL+*! i :d J";:T'J::T::, ffi :H-
""gei-*-ggc.qg,Lrs; son uni'1,6 n'est qJ*ppu."ote; c,est une ,unit6 du
i:::."!, 
ou rdu mof dont nous. coll\rrons les quatit6s en ques_
' La psyc'hologie n,aura plus A s,occuper ,de Ia ,,subs,tan,ce,,de I'ALme ni de ses for,ces qu;o., 4pp"lle comrplais€filr'€rrt ,,facul_
16s" ou "pui,ssance,s". Elle se ti_itera i etudier des ccles ps;r_chiques tels qu'i ls apparaissent A notre oonscience. On feraains i la psychologie, ,phdnomi,n is fs , , (phainomai , 
"np"r" r i " l ]en abandonnant la psychologie ,,substan,tialiste,, 
aux ,,th6oro_g iens " .
La psychologie phdnomeniste por,te aujourd,hui assez uni,'r 'ersellement le nom de ,,theorie i 'actualitd,,. Ce nom se com_4lrend tout naturellement. Ce qui de la vie ,psy,chique ,,oppa_
rait" au r.egard de notre con,scienlce r
" p u i s sance s ou f acu lt 6 s,, p sychi que., 
";";;"".:TH:J[:;til::,tratum", rlrais uniquement cles ,,ac,tions ou actes,, psychigues.
_ 
4. Ce n,est pas le l ieu ic i lc l ,e ta ler , tous les argumientrs surtresquels se fonde la these ae fa s,rarf q:nt[alite d.e l,Ame. D,ail_
1) . Notons seulement en passant
s pr6occupat ions, , theologiques, ,
ychologie ph6no,mdniste,cro ient .
1ts d'ordre strictement scienli l i1u" 
",
philosophique' Nous avons rfait allusion i certains de ces angu-onent,s tout a I 'heure. Nous nous b,ornerons A_ prdsent d. certainesremarques d'ordre mithodologique.
La 'phycholo'gie phino'rr.niste combat la psychorogie s,ubs-tantialiste au nome de ra "mdthode". lMais guelre est cette md-tthode idemanderons_nous? On nous rdpondra ,*{glt l,etpirien_
ce au sens, for t du mot : seules les choses qu,o" ] .ut 
" f " ; ; ; ; ;
r 0 0 A ORDE.M
LA NOTION DE I ,A PSYCI IOLOGID
par l 'expdrience peuvent 6tre ad,urises par le psychologue. l\Iais
,nou,s insisterons: Cornment savez-vous que I'e:rperien'ce seule
peu,t nous 
"T.e_ngf i la connaissance de la vie psychique?- Ce n'est
pas, , , i r .9 ,up 9t t i , I 'erp i r ience qui vous d i t . S inon vous tomher iez
'cians le cercle uicieur ou bien vous engageriez dans le processus
in infinitum, car vous ,devriez d'abord justif ier cet'te seconde
experience, au moyen d'une nouvelle exp6rience I Et ainsi i I ' in-
f in i !Ce n 'est don,c pas en ver tu,de I 'exp6r ience que vous chois is-
sez I 'exp6riernce comme votre "mdthode" ir suivre dans les re-
cherches ,psychologiques. Vo,tre m6tode est un sirnple-;rcsfulaf :
vous sapposez qae,toute,r6alit6 psychique doit 6tre de nature i
pouvoir 6tre atteinte par nos sens. Xlais corr:ment justi ' f iez-vous
cette postulat? Car enfin le choix des ,postulats n'est indiff6rent
ir la science. Les aventures de la m6tag6om6trie (,Lobaczewski,
Riemann) son't ' irds instructives sur ce point: i l 
.,qgffisait de
,changer le cinquidme postulat pour arriver ir des g6ona6tries
profondement td i f f6rentes, I 'une de I 'autre. Revenons donc j t
notre quest ion. Sur quoi votre postu lat se base- t j l? L 'h is to i re
de la ps5 'chologie nous r6,pond sans h6si tat ion: c 'est de la p/ r r -
Iosophie senslsfe ou positiuisfe de Locke et de Hume que la psy-
chologie a t i r6 ce pos, tu lat . Ce postu lat est donc un dogme meta-
phgstque. C'est un pr.6jug6.
5. Pour met t re 'de I 'ordre dans la quest ion reprenons les
choses d 'en haut .
Ce que nous pouvons saisir de notre vie psychiqus ,par l 'oh-
seruation dire,cte (soit exterieure soit m6me int6'rieure) ce sont
,toujours de "tfaits" ps}'chiques, des ttph6nomdines", des ttaotes".
Nous ne pouyons pas sais i r a ins i les lpuissances, les facul t6s, et
i plus forte raison le fondem,ent dernier des celles-ci (la subs-
rtance) 
. 
.
'Si donc notre savoir devait se l imiter effe,c,tive,ment i ce'quin
tomlbe f ormellemenf sous la prise de notre erpdrience, nous de-
vrions nous attacher uniquement d I ' i tude des /aifs ou phino-
rtines psychiques. C'est clair. Chercher qu,elque chose en de-
hors de ces rdalit6s. ce serait vraiment s'aban'donner i la ,f iction.
N{ais si ipar hasard, i l y a outre I 'exp6rien,ce encore d'au'tre
/ D - a , r ,
* r -cOSTO, 194g \+: : ' ' " 
\ " r ' ' ' 
" 
\ ' ) : ' : 'E -
(1) Psychologia, M,etaphysica, Romae, 1939, pag. BgZ_890.
- 9
II
1
1 0 37 0 L
moye,ns de 'connaissance, moyens capables ,d',attein,dre la 16ali lt!
qui ne serait rpas f orme\ement incluse dans I ' intuit ion de notre
erpdrience ---- r6alit6 qui se trouverait derridr,e les aotes ou ph6:
nomrdneq' corlme leur soutien et leur fond - alors se l imiter d
la seule etude des ph6normdne,s ou actespsychiques c,est mutiler
lc savoir, c'esL I'ap,p,auurir.
Or les grands philosophes d,e tous temps ont rtoujours pr6_
tendu que I'ex,perience est loin cre ,constituer l 'unique moven
rl 'att 'end're infail l iblement la v6ritd; qui notam,rnent le raisonne-
ment au s'ens fort rdu mot, raisonnernent bas6 s'r res principes
analytiques, universels, peut nous con,duire a la ddrcouvert,e de
notre expdr ienco, de notre conscrence.
cet te af f i rmat ion des phi losophes est-e i le fond6e? c 'est anx
phi losc lphes eux-mdmes de rdsoucl re ce problc\me. Le ps l rcholo-
p; t re qni , nne fo is , s 'est b loq,6 dans l '6 tude des phenont ines ou
acfe.s psl'chiq*es n'a aucun moyen d'apporter q,elque lumidre
srr r Ia q 'est ion. L ibre i . lu i de porsuivre ses recherches p. r6f6-
r6es. Nla is i l ne lu i est pas ,permis c l ' in terc l i re aux aul res de
s 'at ta 'cher i l 'e tude dont i l ne peut r rnontrer l ' i l l6g i t imi te. I l faut
6 i r :e consdquent I
\ ro ic i a lors cotr l rnenr t on peut entendre les choses . Deur
sc iences c i i f f i rentes auront ,pour objet la v ie psychique. L 'une
s 'at tachera uniquenrent d l '6 tude d,es phdnomenes ou acfes psy_
chiqrres tels qu'i ls se r6vdle,nt ir notre erpiricnce. I-,autre, p,re_
nant le point c le ddpart dans les r6sul tats c les recher,ches fa i tes
sur les ph6norndnes ou actes phychique par la prer ' icre sc ience,
t: 'rchcrir i ie dicouvrir le dernier principe r6cl d'ou i ls d6coulent,
t le c ldternr iner sa nc i lare et son es 'sence. c 'est i cet te dern idre
scie' 're de nons dire si I 'arn,e hurnaine est un 6tre vraim,ent subs-
Iontiel ou seulenrent un ensernble cle nos phinomdnes psychi_
clries;,c,'est i lui, encore de d6montret si I 'Ame hum,aine est si,rn_
ple, sp i r i tue l le , immorte l le , etc . Toutes ces quesf i ,ons_l i sont
hors de l 'atteinte de la ps-vchologie qui se prorpose d:observer
s i -u lentent ,des actes p,s5rchiques.
Pour aiteindre leurs frns res,pectives, I 'une de ,ces deux sci_
ences de l 'erpdrience soit spont:rnie soit provo,qu6e (eNp6ri_
1 0 -
I ,A NOTION DE LA PSYCHOLOGIE
rpent) ; elle proc6dera par I ' induction. L'aut're,, prenant pogr
point d,e depart les conclusions dtablies par cette psycholggie
(qui nous a'ppellerons provisoirement "rdescriiptive") aura recours
ir toutes les tf'ormes l6gitinaes du' "trisonnement" hu'rnain.
La premiere sera ainsi une sctence natutelle au sens fort
du mot ou "science eracte" au mdme titre que par exemple la
botanique, la zoologie, la min6ralogie; l 'autre constituera une
branche s,p6ciale de la philosophie.
La premidre pourra 6tre appellee psrgchologie tout 'court
pour nous accomoder au langage couran't, ,et l 'on pourra donner
a l 'autre le nom de phitosophie de la psgchologie em nous ins'pi-
rant d,u mo! "philos<rphie de I 'histoire", "philosophie du droit" '
' i 'outefois comme cette science s'o'ccupe fle "l 'Ame", sorrrce <les
ph6nomdnes psgchiques, t ien ne nous ernp6che'de I 'appeler aus-
si ,,psychologie". I\,fais pour eviter la confusion de terminologie,
cn ajoutera au nom "rpsychologie" commun a rces deux sciences
quelque mot res'trictif . La psychologie entendue colnlne science
naturelle s'appelera " psgchologie positiue" ou " psgchologie em-
pirique" on enfin " psllchologie erpdrimentc,le". Ainsi sera ne'tte-
ment disign6e la m6thode positiue de recherches dont ell 'e se
sert, qni est rprecisetnent "exp6rience" ("empetria", en grec et
"l 'exp6riment". L'autre psychologie pourra recevoir, i juste ti-
tre, le nom cle "psychologie m6taph,-l 'sique" potrr signifier ainsi
que son objet dc,passe les objets de la nature sensib le (pt tgs is
nature, metd) qui reruplissent le rnonde de notre expdrience. On
iro'ur'ra aussi I 'appeler " psgchologie rstionnelle" conrne on
avait I 'habitude de I 'appeler depuis Chr. \Volff ; car le raisonne-
ment au sens fort du mot, raisonnement 'd6ductif, constitue la
pantie la plus importante de son proc6de mithoditlue.
Quelques uns lui donnent le norne ,rle " psgchologie specula-
l iue". Nom particulidrement impropre, qui ,peut fa'cile,ment 'deve-
nir la source 'des malentendus. rEn effet, le rnot latin "specula-
ri", c'est i lpeu prds 'ce que dit le mot grec " theot€in"' . 'O'r la psy-
chologie thiorittque S'op,pose A la psychologie prctttque; par
[.oirs6quent eltre ne coinci'de pas avec la psychologie metaphgsi-
que, car la p,sychologie exp6rim,entale est aussi une psychologie
A ORDEI,T
AGOSTO, 1943
1 0 4
th6or6tiq'ue. Toutefois co,mme la terminologie n'est, en soi, ni
vraie ni fausse (la v6rit6 ne se trouve que dans le jugement par
lequel on affirme ou on nie quelque'chose!) le nom "psy,cholo-
gie speculative" peut 6tre rparfaitement toldr6. I l veut dire que
la psychologie en questiori loin ,de se ,cbntenter de l 'exp6rience,
recourt i dirff6rents procddds "ratio,nnels", ,c'est-i l-dire, au rai-
sonnement au sens fort du mot.
6. Ainsi - on le voit bien - entre la rpsychologie erpdri-
n&ntale et la psychologie mdtaphgsiqae il n'y a, en droit, au-
rcune rivalit6, et i plus forte raison, aucune hosti l i te. ,Ces deux
psyohologies peuvent parfaitement coexister, I 'une i c6te de
I'autre. Elles ,peuven't se prdter mutuellement uin concours p,r6-
cieux: ,d'une 'part, la psycholo,gie exp6rimentale trouve son com-
pl6ment naturel, sa pl6nitude et son colrronnement, dans la psy-
chologie 'm6taph,ysique, qui prolonge ses recherche,s ,en qudte des
tternidres causes de la vie psl'chique. N{ais de I 'autre, la psyaho-
logie m6taphysique plonge ses racines dans la psychologie expe-
r i rnenta le: ce l le-c i const i tue sa base et son point de d6rpar t .
7. De ce que nous venons de dire tirons encore une con-
clusion pratique d'une g,rande irnportance pour la m'ethodologie.
Ce n'est ;pas la psychologie rn6taphysique qui doit 6tre trait6e Ia
premidre, rmais urce-zr€rsrr, rc'est par la psychologie exp6rimentale
qu'i l faut comilrencer I 'etude de la vie psychique. Celle.ci ne doit
en aucune rnaniere supposer les thdses de Ja phychologie rn6ta-
ph,ysique: ,elle doit rester une science siricte,rnent naturelle (sci-
ence, Naturwissenschaft) . Au contraire, la ipsyrchologie m6ta-
pt4ysique doit scru,puleusement tenir ,compte des ,conclusions
auxquelles est parvenue la psychologie eitpdrimentale. Si I 'on
n'o'bserve pas cet ordre, on tombe facile,ment dans I'aprioris,me,
on. t r isque de ,constru i re des f ic l ions. Plus ieurs ,psycholo,gues, et
pas les moindres, n'ont pas su 6viter ,ce danger. En invertant
arbitrairement I'ordre naturel ,des choses ils traitent tout d'abord.
de I'Ame - probldme par excelle,nce mdrtaphyLsique - et puis
des phenomenes psychiques des rnanifestations de la vie cons-
I ,A NOTI .ON DE LA PSYCI IOLOGIE 105
ciente. citons i t i tre d'exerqple H. Elrbinghaus (2), Hd,ffding
(.3), Tirtchener (4). Bt l 'on ne S'dtonnela ]pas 'de les voir tomh.er
dans ,des erreurrs grossidres. Maitres accomplis dans Ia 'descri-
tion des fcils phychiques et dans l'eurs analyses ils font vrai-
ment piti6 lonsqu'ils s'engagent irnprudenament a discuter 'des
probldmes m6taphVsique, 'qui ne sont pas 'de leur comtpetence'
(2) I1 par le de " . la nature" de I 'Ame d6jD- au premier chapi t re de
son ouvrage Pr6cis tle psychologlie, trail' frang ' Paris' 1910' p' 63-66 '
(3) O'est encore , -dans le pr€mier chapi t re de so'n cours (Esquisse
tl'une psychologie forrd6c sur l'exlr6ricnce, tracl' franQ" Paris' 1909' p'
3-12), et a,vant m6me cle c l iscuter 1e probldme de ]a m6thode 'en psycho-
logie, qu'iI abandonne l'6,rne D, la "rnythologie"'
(4) I {ous pouvons c l i re de lu i ce que nous venons c le d l re ' I€ Hi j f f -
d ing. Al 'ec une l6gerete deconcertante i l fa i t table rase de tous les pro-
blEmes d ' importance capi ta le pour le € ienre humain, qui ne se la issent pas
iEs.oudre au moyende la, seule exp6rience' Voir son Mamrcl de Psycho-
log: ie, Par is, 1932, p. 9 svv '
A ORDEM
AGOSTO. 1943
AOS PAIS DE ALIINAS DUM CGLEGIO CAToLICO 10?
Como, pois, seria errado, ver nuur Ginisio s6mente .um ins_
t i t u to ' pa ra adqu i r i r u rna ce r l a po rgdo de conhec imen los , ass i rn
tamh6rn seria urn engano e n6o menos g.rave, julgar que u,m Gi-
ndLsio possa cumprir sua rnissio de edu,car um rnenino, unla
1rrenina, sem se imporiar porn seu estado e seu prognesso inte-
lectual .
Chegamos aqui a u{ltt ponto que precisa ser esclarecido,
porque a experi6ncia prova qu€ a r,es,peito disto h6, as vezes,
rnalentendidos da parte dos pais, ,causa de ,muitos aborlecimen-
tos ,para eles mesmos, para sdas criangas e os professores.
A base do ensino siecund6Lrio i o programa do gov6r:no que
determina as ruat6rias assirn co,rnLo a extensSo e o greu de co_
nh'ecinentos que se devern atingir at6 o firn do ano letivo e do
curso inteiro. Niio temos de discutir; neste lugar, qual seria o
prograna mais perfei,to e rrnais conveniente. Fato 6, e ficarf
sempre que sem um minirno de conhecimentos nenhum aluno
ern nenhum Ginf,sio consegu,iria unra promoqio e, ao fim, um
dip loma.
'E aqui nos encontrarnos deante durm problema ,cle suma
inrportAncia: Tanto como 6 c,erto que cada joven tem urn di-
r 'eito sagrado de ser educado, tanto nio resta dtvida de que o
estudo secundArio e mais ainda o estu,do superior nio rpodern
dispensar de duas condig6es que s io:
1) qlre o aluno tenha vocaq5o (para estu,dar e
2) 'que ten,ha vontade de corres,ponde,r is exig6ncias de
seus estudos.
ad) 1) Nio potde haver a minima drivida de,que estudar 6.
uma uocaQao no pleno sentido da palavra. Ndo hi s6mente u,rna
vocaq5o para ser pa,dre (flato s6bre o qual todo mundo esti de
ac6rdo), mas tamb6m lpara ser m6dico, professor, f,uncion6rio
etc. E esta vo'cageo, conro j i l diz a ,palavra, Ndo uem de nds nern
dos nossos pais, mas vem de cima. N5o somos nos que decidi-
nros o caminho que. temos de ,tri lhar, mas Aquele que leva nas
suas mSos os ,dest inos dos povos como de cada um de n6s. Em
nossa 6poca, a luta pela vida aumenta necessariamente cada vez
m,ais as exigdncias que se p6em ir formaqio intelectual da moci-
i
Aos pais de afunas dum col6gio cat6f ieo
P. AN'T{ONIO TtrIILL
A crise universal em que estanros, invadiu num tal gr6utodas as camadas cla nossa sociedacre e to,do,s o,s planos da nos-sa exist6,ncia, q,r" ndo h6 ,mais ningu6m que n'o se sinta aba_lado pelos choques que, de todos os ladr_rs, ameaQam o equil itrrioda nossa v ida .
N5o i rnais preciso ser fi l6sofo para reconhec,er que a crisen5o d s6rnente um problema porit ico ou econ6mico ou racial oudo eqpago v i ta l ' E 'o homem mesrno que perdeu o dominio s6-bre si pr6prio. A crise atingiu at6 a cel.la vital, a fonte de todaregeneraeio: a familia. Ningudrn sente m,ais do que a,md{e e opar quanto, eln nossa dpoca, tudo se tornou problematico. Nin_gudnt sabe deante de quais problemas se encontrard arnanhilcom sua farn i l ia . E '
n-. is s'o e s tio d e,"u J,:' *o:.ffi 
t;:ff ' 
;;:';T::" *i'i: ;:rnstaveis a melhor Irhos 6 urna boa 
"."ffii:*l ffi"":';;1"r:::ffi_i?*il,:,";'",1",11 tJ;pala estes dois fins que confiarn seus fi lhos a um Coldga *",U_i i co .
C,onvidamos os prezados pais das nossas alunas
:.xlo_rmos o nosso ponto de vista sdbre os prtncip[os,l idades e os /zmifes durn ,Coldgio cal6lico.
para lhes
as possiDi.
Um Gin6sio cat6lico d ao mesmo tempo escola e educandA-rio, quer dizer, l.gar onde ao inesrno teqpo s,e ,ensina e s,e edu_ca. ,On,de se educa.ensinanclo e se rensin
se o int,electo e a mern6ria n5o pera 
",.n;j:il1T;;".E;;11ff--mar o coragSo e a vontad,e pela instruqdo do intrelepto. 'n, 
".tu 
aditferenga entre um GinAsio e uma Academia ou umia Univer_sidade.
7 1 -
AGOSTO, 1943 - t D
i#ftt
1 0 8
'dade e o caminho 'mais facil parece aquele que passa pelo Gin{-
sio, cujo diploma final abre a porta para todas as profiss6es l i-
1res. E' isto uma tentagSo para alguns pais que n'aturalmente de-
sejam para seus fi lhos e suas ,f i lhas urna vida mais ,facil do que
era a sua pr6pria. l\[as ndo se pode,conseguir u,m fim Sem eue-
rer os meios. Mas corr}o, se o divino Criador ndo dotou uma
crianga das faculdades intelectuais indispensaveis rpara u,m es_
tudo secundArio ou at6 superior?
Visto sob este d.ngulo, i is notas das provas e dos boletins fa_
lam uma linguagem que ,difere, as vezes, muito do parecer dos
pais ,que queriarn ver nelas ,o resultaclo de certas casualidades,
particularmiente a ,falihilidade dos professor'es. .f,tr6 boletins, que
jA no segundo mds do ano letivo ndo deixam a rninima duvida,
que agui falta simplesmente a vocagio para o estudo e que nio
seria s6 ,perd'er ternpo mas tamb6nr cometer u,ma injurstiga pe-
rante Deus de culpar disso o ,estabelecirnen'to ou o p,rofessor ou
a pr6pria menina. Se e verdade, que com todos os nossos cui-
dados ndo podemos acrescentar um c6vado ir nossa estatura
(Mt 6,27), tam,b6m a vocageo para o esiudo 6 um problema
eminentemente religioso que, eln todos os casoS, deve Ser exa-
minado com humildade, conci€ncia, 'e sinceridade. Um passo
errado neste assunto poderia ter coisequ6ncias funestas at6
para a salvagSo eterna duma crianga.
ad 2) Pode acontecer q,ue uma crianQa, apezar de ,su&s
6tinras ou pelo menos suficientes ,qualidades de espirito, nio
mostre ou mostre s6ment,e porlca vontade para o estudo. Uma
vez resolvida a questSo da vocag6o, to,dos os responsaveis t6m de
proceder conr energia, tp,erseveranga e, antes de tudo, com mri-
tua conf ianga.
Nio parece inuti l lem,brar, que tamb6m aqui, dar os pas-
sos necessirios, cabe em primeiro lugar ,aos pais. As criangas
sio d,eles. Re,ce,beram-naS do seu divino Criador. Sdo sua,carne
e seu sangue. N5o hA ningu6m que entre melhor do que eles
nos segredos de seu corag6o. Ndo h6 ningu6m que tenha uma
iuflu6ncia mais irnediata e mais direta na vontade das crian-
gas. Sio os pais que, por iss,o, carregarrl antes de todos, a es-
1 6 -
AOS PAIS DE ALUNAS DUM COLEGIO CAToLICO 109
ponsabil idade para o rurno que toma o pensar e o agir da
cr ianQa.
rOs prorfessores e educadores n5o seo senAo seus auxil iares,
delegados rpelos pais ,cuja responsa'bil idade com' isto ndo dimi-
nue, ,antes aurnenta. Responsabil idade nio 6 algo que se possa
partir ou declinar. 6, pai f ica pai e a mie fica mie da crianqa
mes,mp que a ti 'Vesse entregue ao,melhor Col6gio do mundo. A
autoridade do Coldgio, por isso, ndo pode ser maior do que a
dos propt' ios pafs. E a eficicia dos es,fo'rqos do Coldgio e de seus
,lrrofessores correspon,de pelfeitamente ao apoio que os pais lhes
ddo. Urn pai, por exernplo, uma nti ie, que diminuisse deante tle
seus fi lhos a autoridade do Col6gio ou de urn de seus 'professo-
res, t iraria-lhes o fundamento de seu trabalho e aos seu,s fi lhos
o motivo dos rnais eficazes dos seus esforqos. lConsequ6ncia 16-
gica'do tfato que o Col6gio recetreu sua aptoridade d.os pais como
eles a receherarn de Deus. E corno, no seio da familia, as vit i-
rnas de urn clesacordo entre o pai e a mde seo os pr6prios fi lhos,
assim larnb6m no caso de um dissentirnento a.berto entre os pais
e o Col6gio. A conf i ,anga 6 assim uma'das bases pr inc ipais da
educaqio. Nio s6mente a confianga entre o educador e a cri-
anQa, mas tambim a confianga dos educadores entre si.
Dito isto sdbre os pr,incipios da nossa educaqSo em geral,
r 'esta me dizer uma palavra soble o lugar clue a Religiio ocupa
em nossos t rabalhos.
Urn G inAs io t l ue j a po r scu no l l l c se up resen ta co rno edu -
cand6.rio essencialrnente c,at6lico, nho se.rpode contentar €nl pre:
parar seus aluuos para os exall les coul o intuito de lhes abrir '
prrr diplomas, o cltttt i trho 'para urn futuro pr6spero' Seria ' isto
rpuro rnaterialismo.
I.{em se pode contentar cle corresponder aoprograma didir-
t ico e educacioual do Govdrno.
Uma fo rmag io i nLe iec t t l a l e rno rc l ' b r i l han l ' i s s i n ras s6 n io
lhe diriarn 'ainda o direito de se charnar cle GinAsio cat6lico'
Por,q'ue, como diz o divino l\I 'estre: "Fazetn isto tamh6rn os pa-
gdos" (Mt 5,47) ; Refere-se, antes ao nosso trc'balho a palavra
clo,Mestre: "O vosso Pai ce leste sabe que haveis mister em tu 'do
A ORDEM
I
"i
AGOSTO, 1943
_ 1 7
A OR,DEM
is to. Buscai , ,pois , ern pr i rnei ro lugar o re ino de De,us e sua jus_tr' iga, e todas estas coisas vos serao acres,c,entadas,, (iN{t 6,82)Nurn ,Coldgio cat6lico, pois, que merece este nome no plenosentido da palavra, se ensina e se estuida, se nanda e se obede_
c€, rs11 primeiro lugar, nio rpor motivos de ordem ,naaterial, p,orrespeito humano ou por vaidade pesso,al 
.
O alvo dos esforgos do p,rofessor i, antes fazer corn que
suas alunas, passando pelo vasto campo dos conhecimento,s hu_rtanos, entendam as verdad,es eternas que ,16 se Tevelam como
"'por um espelho, em enigma" (I ,cor l l , l2) como o educador as-,pira descobrir na ahna de seu discipulo, os i,ntri i tos da d vinaprovid6ncia.
Aproximarmo-nos um po.uco mais do profundo mistdrio dasarbedoria e da bon,dade, da rmisericordia e da generosidade di_
vinas' isto d o rfirn primArio de todos os nossos esforgos did6ti-
cos e educativos, rernbrando-nos da rparavra do divino M,estreque: " Is to 6 a v ida eterna: conheoer ao pai , um s6 Deus ver .s , ladei ro, e a Jesf ,s Cr is to, a quem enviou, , (Joao 1Z,B).
Confessando isto franca e corajosarnente, continuamos sa_lientando que o nosso segunclo fim 6 de ,formar aqui cat6licos:r:5o s6 de nome, m,as tar*b6rn rde sgnyicq'o, e nio s6 de f 'rma_
€ao mas tambdm de v ida.
C) mundo de lroje nos oferece nurna extensio tdo assusta_ciora o esrpet:ictrro de inurneros interectuais cat6licos ndo pra-trcantes que a fo'rmagro de verdadeiros cat6ricos entre ,a ,nossa
Sente chamada crrlta. 6 para o catolicismo e o cristianismo nolnundo uma questio de vida e de m,orte
E o que adian,taria frequentar durante quatro e mais anoserm estabelecimento cat6lico, se a vdda acad6mica e u oiau p-.ar"u
.depois fossem uma negagdo ,da educagdo ,anterior?
E' por isso que urn Ginisio cat6,lico deve, de rrno,do eficaz,a'dotar e defender na sua atividade os princlpios de uma educa_q5o int,egralmente conforrrr-e com o espirito do Divino Mestreque nos,ensinou eu€ ,,nio aproveita ao home.m Su"Iru.-o *rrrAointeiro ,se se perder a sua alma,,. ({Mt 16,26)
ts por isso que aqui se reza antes e depois d,as aulas,, 6 por
1 3 -
AOS PAIS DE ALU'NAS DUM COI/6GIo CA.T6LICO 11I
isso que aqui se julga a aula de ReligiS.o ser a mais importante
de todas, 6 por isso, que, anrtes de tudo, aqui se in,sis,te que as
alunas assistam todo Domingo ao Sacrlfi'cio da lMissa e comun_
guem mensalmente. Cabe a Santa Missa um lugar primordial
tamh6nr, na vida interna do Ool6gio. Como N. S. 6 ,,o caminho,
a verda'de ,e ,a vida" ,e que ningu6ln chega ao ipai sendo por Ele
(Jolo 74,6),,assim tambdm a nossa vida quotidiana hA de passar
pela Santa Missa, continuagSo da vida, da paixdo e ressurreigio
do divi,no ,Nlestre. Otfert6rio, ConsagragSo e Comunhio sdo as
tr6s estagdes pelas quais tem de passar parti,cularm,en,te a obra
da ed,ucaQ5o. Temos de oferecer todo ,dia de novo os nossos es-
forgos diddticos e educativos ao Pai celeste pelo seu Filho, pe-
dindo que consagre nosso trabalho lpelo seu espirito ,e nos una a
n6s todos ,consigo, ,e por Ele, entre n6s. porque educaqdo nio
h5 sem comunhSo d,e iddias, das inteng6es e at6 da vida, rnas
que deve ser garantida pela comunhdo por exceldncia: ,a comu_
nhdo do hornem corni Deus.
E' rdo altar, ,Calv6rio dos nossos dias, eue emanam todas
as luzes e todas as forgas de fd, de confianqa ,e de amor s,eln a:i
q'uais to'dos os esforgos humanos ficam es'tereis. Lembrando-
nos di,sto n6s nos sentimos dignos continuadores daqueles gue
iniciaram por ,uima Miss,a sua obra n,esta terra dando_lh,e pare
sempre, nspirados por um santo orgulho, o nome d,e Terra. de
Santa Cruz.
I
j
AGosTo, 1943
- 1 0
ErM TORNO DO "MOVI \ IENTO L ITURGICO"
sus,peirta a sua l,egitimidade e ortodoxia' 'E'o que des'ejaria fa-
zer neste artigo, miuito embora ndo tenha rpr'ocuiageo para de-
fender quem quer que seja, 'um& v€z que no Erasil o "moYimen-
tc liturgico" designa ,rnais u'm estado ,dre espirito e um esforgo
comuns, do que mesmo uma organizagS'o colm chefes, orgSos' 'etc'
Falo pois em nom,e pr6prio, mas julgo nio 'defender i 'd6ias pes-
soais. Procurarlse-a antes argurnentar coln a autoridade das
fontes incontestadas ou de te6logos i lustres. Nern se veja nes'te
artigo o fr.uto de preferoncias ern mat6ria ,de or,dens roligiosas
ou de esti los de espiritualitdade. rN'resse 'te,rreno pode-se ter pre-
ferencias, rnas o que me 'nove aqui 6 o desejo de dar testemu-
nho l,eal, n5o no "fermento da ,malicia e da iniqui'dade" mas nos
"Szimos'da sin'ceridade e da ver' ldade'" e seria de eqperar que os
que o lerem' rrenham a faz6-lo I1o [leglno espirito.
Uma das acusaq6es 'feitas ,e que, para certas pessoas a l i-
turgia exerce 'uma agSo m'ecAnica e mirgica dispensando o esfor-
qo pessoal de quem dela part.icipa. Entretanto o que se tern afir-
,mado esti na l inha da mais autdntica ortodoxia e do magiste-
rio eclesiAstico tal s61e ele se manifesta nos concil ios, no ca-
tecismo e nas definig6es papais. "Si cluis dixelit, sacramenta
novae L,egis non ,continere gratiam, quam significant, aut gr-a-
tiam ipsarn non ponentibus o'bicem non coferte, quasi signe
tantu,m externa sint acceptae per fidem gratiae vel iustit iae, et
no,tae quaeclam christianae professionis, quibus apud honrines
dis 'cernentur f ide les ab in f idel ibus: A. S." (Conc' 'Tr id ' , Ca-
.rtones ,de sacram,entis in genere, 'can, 6 - Denzinger-Bannwart-
Umlberg, "Enchiridion symboloru,m, definit ionum et declaratio-
nurn de rebus f ide i et morum", 1937, 849) ' r t r : "Si quis 'd ixer i t '
non d.ari gratiam pe,r huiusmodi sacramenta serr4per et omni,bus,
quan'tu,m et ex ,parte Dei, etiamsi rite ea suscipiant, sed ali-
quando e ' t a l iqu ibus: A. S." (Can. 7.Den2. ,850) Ou: "Si quis
dixerit, per ipsa novae Legis sacramenta ex opere o,perato non
c,onf'erri gratiam, se,d solam fidei divinae pro,missionis ad gra-
tiatm consequ,endam su,ff i,cere: A.S." (,Can. 8 - Denz. 851)
O Catecis,mo ,Romano ensina que os sacramentos operam o
que sign,ificam. "Q'uar€, Lsf ,explicatius, ,quid sacramentum sit,
de,olaretu'r, do'cendu.m erit, rern esse sensibus subiectamr, ([uae'
Em torno do "movimento littngico,
FABIO A1LVES RIBIEIjRO
2 1 - AGOSTo, 1943
1 1 4 A ORDEM EM TO1+.NO DO "MO1rIMENTO I'ITURGICO'
T T D
I
ex Dei in'stitutione, sanctitatis et iustitiae tum significaqdae,
tum efficie,n'dae vim ha.bet" (tcatechisrnus ex rDecreto con,ci,lii
Tridentini ad Paroch,os * P. II, re,. I, 11). E continua noutro
Iu'gar: "Atque hi quidern ministri, quoniam in saora illa f,un_
ctione non suam, sed rC,trristi p,ersonam gerunt, ,ea re firt, ut, sive
boni, sive mali sint, modo ,ea ,forma e,t materia utantu,r, quam
ex 'Christi instituto semper eoclesia catholia,a servavit, ,idque fa_
oere prorponant, quod ecclesia in ea adrninistrratione facit. vere
sacramenta conficiant et conferant: iita ut gratiae fructu,m
nulla res impedi're ipgssit nisi qui ea suscipiunt ,se ipso,s tanto
trrono fraudare, et Spiritui sancto velint ohsistere,,. (p. IL C,.
r , 25 ) .
E os expositores da doutrina cristi dizem: (.ors sacramentos
produzem a graga por s,ua pr6pria virtude, e ndo pela do sujeito
que os re,cebe (. 
. . ) Nio que as disposigdes do sujeito nio servi_
riam de nada. A'lgumas sdo absolutarnente requeridas, como a
atrigdo ou o estado de graga, conforme se tratar dos sa,oramen_
tos dos morlos ou dos sacramentos dos vivos. As disposiqdes
tam umafunqdo neoesshria: afastar os obsti,culos e rtornar a
ahna d6cil i agSo da,graqa. euanto mais fervorosas, tanto mais
a alma se santif ica. ,Mas elas ndo produzem a graga; s6 o sacra_
rntento ipode faz6-lo; s6 ele pode caus6._1a". (,paul Vrigu6, di,retor
gragas". ( Ih id. , p . 124) .
2? --
N6o se d,iz portanto 'que a litur'gia possue 
efeitos migicos e
.*u.arnioo, (1). O que se procura evitale oorrigir 6 cel'ta ft 'en-
;;;;t. 'da rnentalido'd" "l"od""'a 
qpontada por Donrr Vonier: "iPe-
riddicarn6nte o homem se torna 
mais e m'ais 'concentrado ern si
in,esmo. Quer to'mar nas pr6prias imSos 
'o magno negocio da sua
sa,ntiticagSo' Revolta-se 'oontra os 
instrumentos 'de salvagSo j6'-
estab,elecidos e permanentes que 
lhe sio apreesn'tados ' As 6po-
cas artisticas assim 'co'mo as tittererias 
nunca tiv'eram I'rande
ernror aos Sacramentos' O pr6prio mistico 
inclina-se a conside-
, (1) Os prot€stantes consider 'am o "opus operatum" 
dos nossos sa-
cramentos como algo cfe rn6g[co' Diel<amp 
- Iloffmann respondem da"
seguinte maneira a esta acusaglo:
,,Causalitas sacrarmentorum gratias conferens rrragica 
quidem esset-
si aleitas virtute qua'lam mystica' secundum 
se acl hunc effectum protlu-
cend.um omnino insuf f ic ient i ' 
grat ia l r r conf erre cogleretur ' Graeci qui-
dem et Gnost ic i ta l i modo de omnlpotent ia 
myster iorum' bene' l ic t ionutn
,et formularum cogrrab'ant ' Ipsa autem sacrament i 
not ione cathol ica '
omnino exclucl i tur , quod ' Ie i tas v l magica 
r i tuum et verborum omnl 'po-
tent ium ad grat iam dandam cogatur ' Sacramenta 
ex opere ol lerato n ih i l
z" l iual causant n is i quod ipse I )eus miser icorc l i sua benevolent ia 
ips is cau-
sar.e conturit et cluod ipse ut causa prin,cipali fJer 
sacramenta ut instru-
rnenta sua ef f icere ' lecrevi t ' Vi r tus ac mer i tum 
Dei-hominis Redempto-
r is , quia ea inst i tut t , in fa l l ib i l i cer t i tu ' l ine in 
e is operantur ' Per termi-
num "opus operatum" in sensu vero cathol ico 
sunptum val id iss ime ex-
I , r imi tur hominem Deo s impl ic i ter 
int l ig ;ere necnon Deum esse pr imans'
ac supremam causam gratiae " '
Aal iante af i rmam: "{Jno verbo' cum dic imus sacrament& 
ex operre
operato grat iam conferre, opus operant is nul tatenus 
excludimus' Im(}
opus operant is in adul t is est condi t io nec'essar io l l raerequis i ta 
pro grat ia '
sa 'cra,mental i recip iencla" Ic I unum negamus' opus 
operant l5 s55g rat io-
nem pr incipalem, cur sacramenta necip ient ibus Brat iam 
largiantur ' vel
pr incip ium, unde sacramenLa v i r tutem sanct i f icandi desumat '
"Quanti momenti sit pra€paratio activa suscipientis 
sacramentum'
inde quoque patet, qup'al secundum doctrinam catholicarn 
rneDsura gratiae
a, gr:aalu huius praepara,tionis quoquc clcpen'tet' Secundum 
Concilinm Tri-
a lent inum grat iam bapt ismalem accip imus et "secundum mensuram' 
quana
spir i tus sanctus part i tur s ingul is , prout vul t ( I Cor ' 12 '11) 'et secunduna
propr iam cujusque al isposi t ionem et coopera' t ionem"' (S' 6 ' cp ?) ' " 
(F '
Diekamp e A. ru. l lo f fmann, o ' P ' , "Theologiae Dogmat icae 
Manuale""
v o l . I V , 1 9 3 4 , p p . 3 9 e 4 0 ) .
AGOSTO, 1943
1 t 6 A ORDtr\ I
nar a sallt idade adquirida por rneio deles como u,rna sanLidade
de qualidade inferio,r que ndo rnereerc ser conrparada com os es-
Blendores do contato imediato cor', Deus nas gragas extraordi-
nhrias da oragSo. Assim, e para aclmirar ,qu,e atrav6s de todas
as orgulhosas evolug6es da raziio hnmana, a Igreja ,cat6lica te-
nha podido conservar uma fe tio viva no ,poder dos sacramen-
tos". (Dorn Ansc6rio Vonier, O. S. B., Abalde d.e B,uckfast, ,,A
nova e eterna alianga ou o catolicisno cl6.ssico" tradugd.o de Dom
Joaquirn G. de I_, luna, O. S. 8. , 1943, p. 112) . N,outro ponto
do livro Do,na vonier ichama a ^tenqio para os dois ,extremos
a evitar ne'sse 'palti,curar: "Ndo 6 preciso exagerar f cooperaqdo
pessoal da ,,pessoa ,que ,recebe o Sacramento, rpois chegar_se_ia a
'consideri-la corno a irnice causa rnerit6ria da rgraga. NJe,n rtio
pouco deve o sacraimento ser recebido com tanta frieza e indi-
{crenqa que tirem a esse ato de r-eligido o seu valor dum ato de
t' irrtude". (pp. 229 e 230) .
o res'ltado daquele conceito rnigico e rnecanico da ,l i tur-
g ia ser ia, no d izer dos acusaclores, o esqueci rnento das tentaqdes
<lo demdnio e 'das cons€qudncias do percrado original, aconse-
I t r rando-se a f requ6ncia aos cassinos, pra ias, bai les, etc . Despre_
zar-se-i. a rnortif icagio, dirninuindo o. extinguindo o pa,pel da
coop'eracio hurnana na obra da graqa. combater-se-ia o exame
t je conci6. ,c ia, os le t i ros, o " tesour inho espi r i tua l " e outras pr-6"
t icas,pecul iares,das espi r i tua l idades,nrL:od.ernas. pr .efer i r -se- ia
v6r o Cristo sempre corno vencqclor glorioso a contemplal os.e,pi_
s6dios dolorosos da sua vi,da.
Um cat6 l ico n5o pode rnenosprezar as consequdncias do pe_
cado or ig inal nem a mo' t i f icagio. Sid paulo escreveu: , ,For urn
s6 hornem entrou o pe,cado no mundo, e, pelo pe,cado, a rnorte;
e assinl passou a morte a todos os homens, iporque todos p,eca_
tram", (Aos Rorn., V, 12) ,,Se viverdes segun{al,o a carne, morre_
reis; mas, se pelo estrir ito morti ' f icardes os ap,etites da carne, vi-
Tereis". (Aos Rom., VIII; 1B) . ,,Mortif icai, por,tanto, o qure h6 de
terreno e'rn vossos rmerrlbros; a l ibertinagem, a impureza, a pai_
xdo, os desejos,r r&us, a cobiqa, que 6 uma idolat r ia . por ,causa
disto 6 que a ira d,e Deus.i"em soibr,e os fi lhos da rebeldia. Tam-
2 4 -
E M T O R N O D O ' ' I , I O V I M E N T O L I T U R G I C O ' '
b,e'm v6s andaveis entregues, otttLora, a esses vicios, quando vi-
vieis no meio deles. Agora, por6m, rdespojai-vos de tudo isto:
da ira, da indignagdo, da mialicia, da blasfdmia e das ,palavras
torpes de vossa boca". (Aos rCol . I I I , 5-9 - sdbre a mort i f ica-
Eao vdr P. Monier , "La v ie chr6t ienne d 'apres Saint -Paul" , 1938,
pp . 78 e segu . )
O que se procura evitar 6 urna concepqio es,treita da vida
cr is tS, ,cr i t icada pelos te6logos mais seguros e eminentes. I )orn
Vonier por exemplo: "A vida crist5, a vilda ernr Cristo, exige cer:-
tamente uma grande pureza moral, mas es'ta prueza ndo 6 nern a
coisa principal nem o essencial ir profiss5o ,clist6. Ela nio e
mais do que a irradiaq5o de uma santidade mais profunda que
6 o pr6rprio Cristo - vida substancial da nossa al,rna" ("rd. null
e eterna a l ianqa" ob. c i t . p . 30) . E ' ,exata, rnente o que se teur
em S5o lPaulo: "Acaso ignorais que todos n6s, qu.e fomos b 'at i -
za,dos em, Cristo.Iesirs, fomos batiza,dos na slla ruorte? Pelo ba-
t ismo fomos pois sepul ta ldos com ele na suA morte, ,pala que as-
sirn como Cristo ressuscitou da rnorte pela gloria do Prri, r1l
mesrna forma v ivamos uma v ida nova. Pois se fomos t 'co ln-
p lanta,dos" com ele (cornplantat i fact i su l r t ls , sumphutoi ) (2) ,
pela semelhanqa com sua morte, cla rnesma folrna o seianos pellr
semelhanga corn s l la ressurre igSo. Pois sab,emos que fo i c i 'uc i -
f rcado em n6s o hornern velho, para que seja destru ic lo o,colpo
de pecado, e doravante j i n io s i rvarnos ao pecado. Pois c luem
rl torreu, est i just i f icado do pecado". (Aos Rom., Vtr , l l -9) . Por
ti se v6 que a mo,rtif icagio e a ascese crlslds niio consisteln ape-
nas em rpre ' t icas rnora is . A sua ra iz 6. a paix5o, rnol te e lessur ' -
reigSo de rCristo, de cujos frntos nos tornamos partici lpantes pelo
hal t ismo. O pr imeiro ato de mort i f icaqSo,do,cr is tSo 6 "ser m,er-
'gulhado na morte de Cristo", i sepultar o velho homem lcoln
-rCristo, ressus,citandocom este para uma vida nova (3). Essa
( 2 ) O P , P re r - t t r aduz " sumphu to i " po r " an imados dum l nesmo
pr i nc i p i o v i t a , l " (X ' . P ra t , S . J . , " La t heo log ie , de Sa i r l t Pau l " , 1 " vo l '
I 9 3 4 , p . 2 6 6 ) .
o f r u t o d o C a l v a r i o . N e l e J e s f s C r i s t o
ent re tan to rea l , a sua mor te e a sua v ida
717
( 3 ) 
" O b a t i s m o n o s a p l i c a
nos assoc ia , dum modo mis t i co e
A G O S T O , 1 9 4 3 - 2 5
1t i i A ORDEN{
realidade de ordem mistico-sacra'mental 6 que ir6 irrarl iar na
periferia moral, cru,ci,f ibanpo a carne e as suas paixdes, ,,forni_
catio, irn,mu,ndirtia, impu,dicit ia, luxuria, idolorum servitus, ve-
';neficia, inim'icit iae,'contentiones, ae'rurationes, irae, rixae, dis-
,senssio,nes, sectae, invidiae, horni,cidia, ebrietart,es, conlrl l1€ss&_
tiones, et his simil ia" (Aos Gal ., V, lg_22) _ e t,endo parte con_
sequentenrente na exaltagio e na gl6ria do ,Cristo.
Dorn \rionier continua rnostrando as tencl.ncias err6neas da
teriorrnente, espi,ritualmente, despojado do seu egois,mo. ,E, isto
o aplacar da c6l,era divina, a rinica l ibertag6o real da tirania d,e
SatAnaz". (ob. cit., pp. 47-48) "ipodem os autores do as,cretrsmo
cristdo esc.ever volumes acerca da vida espiritual, acer,ca ,das
r,irtudes e dos es,forgos do hom,ern nas vias lda perfeigio, trrlas
para qlre seus ensinamentos estejam ,de acdrdo conl a doutrina
ra causa deste semi-peragianismo larvar, devemos sem dirvida
1-'rocurf-la no enfraquecirnento da ,consirleragdo das grandes
ver'dades cristds, el-,c." (Karl Adam, ,,Cristo nosso irmdo,,. tra-
Assoc iando-nos d sua mor te , neut ra l i za o p r inc ip io t le a t i v ida lde que o pe_
cado t inha de ixac lo em n6s e que cons t i tu ia o homem ve lho ; assoc ian ,do_
n os i sua v ida , des t roe todos os 
€ ie rmes c le mor te ,e nos conf e re o p r iv i_
Icg io duma v ida sem f im: v ida da a lma e v ida , do corpo , v ia la ,da graqa e
v i d a . d a g 1 6 r i a , , . ( F , p r a t , S . J . , o b . c i t . , 1 . o v o t . , p . 2 6 b ) .
2 t _
EIM TORNO DO "MOVIMENTO LITURG.ICO"
duqio ,de Tasso da ,Silveira, 1939, P. 57). Vieujean aponta,
corrro ufil ,dos perigos pa'ra a nossa vida ,espir,itual, a tenddncia
a considerA-la "como o r,esultado de nossos esforgos ,e n5o de l€r
ne,la a obra realizada ern n6s pela graQa, pela Igreja, qpelo Cristo,
por Deus", E continua: "rAs consequd'ncias desse erro sdo mul-
tiplas. Citemos antes d,e tudo um voltar-seescrurpuloso sobre si
nlesmo, uma ,meticulosidade vendadeiramente excessiva na puri-
ficagSo da con,ci6ncia, uma esp6cie de ginirs,tica artificial e com-
plicada para a aquisigSo das virtud,es, em resuno, uma falta de
flexibil idade e ,de l iberidade nos nrovimentos ,da alma. E' ,o que
foj denominado, se ndo me engano, o asceticismo. Consequdn-
cia m,ais grave, 6 ,consi'derar nossa vida espiritual como um ffun
em si e ter a atengdo fixada e me,smo lmobil izada sobre nossa
pr6pria perfeiqSo, sobre a expansSo de nossa altna, a ponto ,de
esquecer Deus nisso, quase, e de cair ldesse modo num verda{ei-
ro antropocentrismo. E' enfim idesviar-se num rcetto nat'uralis-
mo, vendo na perfeiqSo a expansiio de um eu puranlente hurna-
no, e n5o de um eu inconporado ao Cristo, assimilado ao Cristo
e elevado at6 Deus pelo pr6prio Deus. O que ndo seria mais a
perfeigio cristi i mas u,ma espi'cie de estoicistno ou de budismo".
(I{. Vieujean, assistente ,geral da Association ,Catholique rde la
. feunesse Belge, "La l i turg ie est " la d idascal ie d,e I 'Egl ise" B.
Par sa doctr ine spi r i tue l le" , in Cours et Conf6rences des Senai-
nes L,iturgiques, Torne XIV, Nlons. 1937 - p. 126). T,ratando.se
,das dou,trinas err6neas sobre a perfeiq[o da vida cristi Garri-
gou-Lagrange refele-se i que faz consistir essa lper,feiqdo na
atividade exterior, nos jeiuns e nas praticas ,de rpenitAncia e
ndo na caridalde. confundindo desse rrr:odo os meios e o fim.
(P. R6S. Garrigou.Lagran,ge, O. P., "Perfection chr6tienne et
contennplat ion" , 1,923, pp. 155-156 e 159 e segu.)
A prop6sito das crirt icas a certas prit icas ipeculiares is es-
piritualidades mqdernas, veja,mos o que 412 s rte6logo doruini-
cano na mesma oLrra, ao tratar dos obstir,culos i contemplag5o:
l ' 'Em outras almas o obsticulo estf no espirito; elas pletendem
tudo analisar psi,cologicamente, tudo regtstrar, af,irm de avaliar
os seus ipequenos progressos. Assim elas se olhanr, a si mesrnas'
1 1 9
AGOSTO, 1943
1 1 8 A ORDENI
realidade de ordem mistico-sacramental e que iri irradiar na
periferia moral, cru,cif icanpo a carne e as suas paixSes, "forni-
catio, irnmu'nditia, impu,dicit ia, luxuria, idolorum servitus, ve-
neficia, inim,icit iae,,contentiones, aernttlationes, irrae' rixae, dis-
senssiones, sectae, invidia,e, homi'cidia, ebrietates, comillessa-
tiones, el his simil ia" (Aos Gal ., V, 19-2.2) - e tendo rparte con-
sequenternente na exaltag6o e na g,l6ria do Cristo.
Dom \r,oni;er ,contin'ua mostrando as ;tenddncias ,errdneas da
lnentalidade mdderna: "Tem-se desvirtuado o sentido das gran-
cles frases tecnicas da teologia, afim de que elas signifiquem ex-
ciusivamen'be a conversio moral dos individuos. "Que 6 a Re-
tlenqio, 'dizem os "modernistas", senSo o hontern convertido in-
terriorrnente, espi,ritualmente, despojado do seu egois'mo. E' isto
o aplacar da c6l'era ,divina, a rini,ca l ibertagSo real da tirania de
Satanaz". (ob. cit., pp. 47-48) "lPodem os autores do as'cretismo
cristiro escrever volumes acerca da vida espiritual, acer,ca. das
virtudes e dos esforqos do hom'ern nas vias 1da perfeigSo, trnas
para qu,e seus ensinamentos estejam de acdrdo coru a dott 'tr ina
cat6lica 6 necess6rio que eles pressuponham gragas, siocorros,
inqpiraq6es e luzes superiores ).s forqas naturais do homern, pois
seln esses auxil ios diretos de Deus 6 impossivel uma vida ver-
dadeiramente sobrenatural . O autor de ob,ra espiritual que niio
tonla l em consideragio esses dons ,de Deus pode ser um tnola-
l is ta pag5o, rnas ndo cat6 l ico" . (pp. 167-168). E o Padre Adam
cbservn o aparecimento na piedade cristi iprivada, de "atitudes,
uas cluais a unidade orgAnica da natu'reza e da graga se torna
excessivamente frouxa, e em que a atividade glessoal rda alma
se sr ih i ra i i in f ludncia sobrenatura l " . E conl inua: "A verdadei-
ra causa deste semi-pelagianism,o larr' 'nr, devemos sem duvida
procurfr-la no enfraquecirnento da consideragSo ,das grandes
ve'rdades cristds, et'c." (Karl Adam, "'Cristo nosso irmdo", tra-
Assoc iando-nos h . sua mor te , neut ra l i za o p r in ,c ip io de a t i v idade que o pe-
cado t inha de ixado em n6s e que co t rs t i tu ia o homem ve lho ; assoc ianc lo -
ros d , sua v ia la , des t roe todos os germes de mor te ,q nos c 'on fere o p r iv i -
leg io a luma v i ,da sem f im: v ida da a lma e v id .a do corpo , v ida 'a la g raga e
v i d a d a g l 6 r i a " . ( F . P r a t , S . J . , o b . c i t . , 1 . o v o ] . , p . 2 6 5 ) .
EM TORNO DO 'MOVIMENTO LITTRG'ICO"
duq6o de Tasso da Silveira, 1939, p' 57) ' Vieujean aponta,
corlro urrrl d,os perigos para a nossa vida espiritual, a tenddncia
a considera-la 
,,como o r,es,ultado de nossos esforgos ,e ndo de l€r
ne,la a obra r'ealizada ern n6s pela'graga, pela Igr'eja, pelo Cristo'
p,or Deus". E ,cOntinua: ",As ,conse;quencias desse erro sao mul-
iiptur. ,Citemos antes rde tudo um voltar-se ,escrurp'uloso sobre si
,. iu.*o, uma meti,culosidade verdadeiramente,excessiva'na puri-
ficagao da ,con,ci6ncia, nlna espdcie de ginistica artificial e ,corm-
plicada par,a a aquisigio das virtudes, em resumo' uma falta de
flexitri l idade e,de l i 'beridade,nos rnovimentos 'da alma' E''o queibi denominado, se n6o me en,gano, o asceticisrno. consequan-
cia m,ais grave, 6 ,considera,r nossa vida ,espiritual rcomo um ffun
e.m si e ter a atenglo fixada e rneslno iLrnobilizada sobre nossa
pr6pria perf,eigSo, so,bre a expansdo de nossa ahrra, a ponto de
esqfuecer Deus nisso, quase, e de 'cair ldesse modo num verda{ei-
ro antro,pocentrismo. E' enrfim idesviar-se nurn rcerto nat'uralis-
mo, vendb na ,perfeig5o a expansio de urn eu puranlente hurna-
no, e n5o de um eu incorporado ao 'Cristo, assimilado ao C,risto
e e levado at6 Deus pelo pr6pr io Deus. 'O que ndo ser ia mais a
perfeigio cristi mas uma esp6'cie de estoicisrno ou de budismo"'
(X{. Vieujean, assistente ,geral da Association 'Catholique ide la
.feunesse Belge, "La l iturgie es't "la didnscali,e ,de l ' l lgl ise" B.
Par sa doctrine spirituelle", in Cours et Conf6rences des Semai-
nes L i turg iques, Torne XIV, ,Mons. 1937 - p. 126) . Tratan 'dorse
,das doutrinas err6neas sobre a ,perfeig:Io da vida cristd Garri-
gou-Lagrange 'refere-se i que faz consistir essa rperfeigSo na
atividade exterior, nos jejuns e nas prit icas ,de penitdncia e
ndo na caridalde, confundindo desse rniodo os meios e o fim.
(P. Rdg. Garrigou.Lagran,ge, O. P., "Perfection chr6tienne et
conterm,plation", 1,923, pp. 155-156 e 159 e segu.)
A prop6si to das cr i t icas a cer tas prAt icas pecul iares is es-
piritualidades modernas, vejamos o que diz o lte6lo,go donrini-
€ano na mesma obra, ao tratar dos obstflculos i contemplagSo:
"'Em outras almas o obsticulo estdL no espirito; elas pretendem
'tudo analisar psi,cologi,cam,ente, tudo regtstrar, afim de avaliar
os seus ipequenos 'progressos. Assirn elas se olhan a si mesmas,
AGOSTO, 1943
1 1 9
720 A ORDEM
eryyez de olhar para Deus. Sem duvida que o conhocim,ento de
si 'rnes'mo 6 sempre ,necessSrio, rnesmo nos ,estados mais el,eva-
[los, mas esse olhar sobre si lnestno n5o rdeve ser separado do
clhar ,para Deus. A rnelhor rnaneira de se eiaminar ndo 6 di-
zer ,do fundo do coragio: que ficar6. ,escrrito ,deste dia no ,l ivro
c la v ida?" (Gr i fos do au, tor ; pp. 493-494) (4)
S6bre a questi lo do ,Cristo rdololoso ou jdo C,risto glorioso, 6
necessario ,fazer no,tal antes de mais nada que a tenddncia ob-
servada entre os que trabalham ipela volta ir l i turgia nada tern
de exclusivista, uma vez que a vis5o integral ,do ,HomemlDeus
Clisto Jesirs inciue os dois aspectos de ,exinaninaqSo e exalta-
q5o ("semet ipsutn ex inaniv i t . . . ipropter quod et Deus exal tav i t
i l lun, etc . " ; vOr 'Aos Fi l . \ r 12) - - e mui to rnenos de errdnea.
Conta l far i ta in que l . re i Hunbert lCl6r issac, rO. P. , te6logo de
yalor incontestaclo, "pleferia o Cristo pantocrator dos Bizanti-
no 's ao cruc i f ixo nais dolorosamente humnno de nossa idade
nredia" . ( rPrefac io a "Le mystdre de l '6g l ise" , 4. ' ed. p. XIX) .
Quais as raz6es , teol6gicas ,dessa prcferdncia? Donr Vonier n6-
las dll: "PcNclem os cristiros deste naundo imaginar ,que Jesus
aincla sofra. Conservarn a lemJ.rranqa de ,todas as agr',nras da
sua ,paix i io e morte. Os sofr imentos de ,Cr is to, pode d izer-se,
cstio gravados no seu espiri lo, t i lo l lresentes os t6m na n-lern6-
lin. Alirn disto, CrisLo i clesconheci,do, blas,feru,:l|do, perseguido.
C) sen anrcir nio 6 correspondido; os hornens, enr vez de arn6-lo,
sro pro l :nndarncnte ingratos p{r la coru e le. iO cr is t io p iedoso so-
f re com esta indi ferenca e ingrat id l io . Ele sc ident i f i ,c ,a nt is l ica-
rnente cor1l .Iesus e atribue a Jesirs as suas prdprias ,penas. En-
trelanto, pecaria gravern,ente contra a ,f6 se esquecesse que Cris-
to, na sua prripria pessoa, esti infinitanente acima de todo e
c;ualquer sofr i rnento. E ' Cl is to o re i da g l6r ia . Ele governa o
'nrun'do com irresistivel rpoder, com virga f6r'rea, como o ates-
tarn as ,Sagradas Letras" . (Dom Asci r io Vonier , C) . S. B. ,
( 4 )
Dieu et
a u t o r ,
2 8 -
V6r ,duas formas de exame
la C ro i x de J6sus " , t omo I ,
d e c o n c i d n c i a e m " L ' A m o u r d e
1 9 2 9 , p p . 3 2 9 e s e g u , . , ' d o m e s m o
EM I 'ORNO DO ' t r i rovr \TENTO LTT0RGTCO" 72r
"Viitdria de Cristo", Tlad' de Dorn 
Joaquim G' de L'una' O' S'
3 . , t g 3 9 ; P ' 1 7 ) '
Na irnesma obra Dorn Vonier afirma: "fO ascetismo cristdo
.6 essenciahnente otinaista. 
Em todos os tempos ressoou o cen-
ti,co do ,povo inumeravel que' vestido de branio' 
com palmas de
vit6rias nas mios, est6 'diante \do 
rCordeiro"' ( 'p' 167) E e'm "A
n o v a e e t e r n a a l i a n q a ' ' ( o b . c i t . ) : . . M u i t o s i a u t o r e s p i e d o s o s ,
an imadosdeboa in tenq io , rnasned ioc res r te6 logos ' r t r 6mexage -
rado a intensidade das aq6es humanas de Nosso Senhor' 
consi-
rierando-as inTinitas ou quase infinitas' afi 'm de da'r 
razdo sufi-
c i en teaop ro 'd i ' g i osova lo rdosseusso f r i r nen tos 'Ce r tosesp i ' r i t os
tdm difi 'cul 'dade dm compreender. que haja 'grande m6rito onde
rrSo hFr esforgo. A teologia da R'e'den96o ser6 semlpre parr 
eles
um livro 'fechado, porque o valor das aq6es redentoras neo 
vem
em :primeiro tugar do esforqo volunt6rio realizado por Oristo'
nras do estado mesmo da sua Pessoa, da presenga da Divind'a'de
em 'Cristo, da uniio da sua Humaniclade com a Divindade: e 
e-
n e n t o ' e s j t a v e l q . u e c o n f e r e L l m \ r a l o f i n f i n i . t o . i s a g 6 e s e a o s S o .
f r imentos de Nosso Senhor" ' (p ' 123) ' ' "Ao t ratar 'da forna
modefna de certos autores da vida de cristo que sublinham coll-r
prazer o que eles chaman o seu 'fracasso' sinlo pisar nuln ter-
l 'eno em,que brotam ate as rnais del i '3a 'das f lores da p ie idade'
N5o pocle ser condena'da em geral urna forma tle aruoli ' cheia de
compaixeo para coll1 lNosso Senhor, que tern pol utattlr ' ia cons-
f tante de ned. i taqio os pretendidos f rac lssos do rd iv ino Salvador '
Q t e 6 l o g o n 6 o t e r r r o d i r e i . t o d e o r i t i c a r s e n t i r n e n t o s r e l i g i o s o s a
n5o ser evidentemente que esses sentitnentos dirninuan a gl6ria
do Filho de Deus. Acontece muita vez que uma esrPecie de alnor
,compassivo paLa coln os sofritr lentos do tl ivino '\ ' Iestre esteja de
perfeita ,conformidacle, no contego' coln a si doutrina; mas com
,a continuagio d.o ternpo, pessoas pouco instruidas ern reliF4ieo
,desvirtuam esse sentirnento e o aplicanr' mal' A sensib'i l idade
,dessas pessoas 6 mais poderosa'do que araz5'o ' 'E is porque 6 ne-
cessario expor es'ta questao com toda a lfranqtreza"' (pp' 136-
r37 ) .
Os que trabalham ,pela
, 
I LGOSTO, 1913
trbeisd"*"..
volta ir l i turgia sdo tambem acusa-
- 2 5
A ORDEWI
ctos de combater a orageo privada, bem corno as prit icas extra-
l ittrgicas co''o o rosario, a visita ao santissimo S,acramen,to e
a via-sacra. Evidentemente unn aat6lico nio pode comibater es-
sas manirfestaq6es da pi,edade ,cristd. Nessa questdo o ltrabalho
da renovag5o litr irgica coincide conl o rpensamento do palpa pio
XI, manifestado em audi6ncia concedida a D. Bernard Capelle
a 12 de dezenbro de 1985: , ,A Igre ja e mui to larga. rE, mesmo
de uma larrgu'eza por vezes sur,preendente. Aceita modos de orar
que sdo rnnito deficientes s i,m,perfeitos, ,porque tem rpiedade da
fraqueza dos ,pohres homens. ,,eue seja assim, diz ela, j6 qoe
n5o podeis iezar de out,ra forma, rezai assim mesmo, contanto
c1'e rezeis verdadeirarnente!" I\{as quan,do se quer saber como
compreende ela a oragio, entio 6 outt,ra coisa: d a l irturgia que
n6-rlo ensiirar6.. E'rpre,ciso imitar a santa Igreja e nio proibir o
que ela condescende ern aceitar em mat6ria de oraqio - n1as, 6
preci'so elevai' pouco a pouco os fieis e ensinar-rhes a rezar corn
ela. A l i turg ia 6 a lgo de grande. E 'o mais importante o, rg io dornagist6r io ord inar io da Igre ja ' , . (D. B. Capel le , O. S. . B. ,
Abade Coadjutor de Mont.Cisar, Louvain, ,,A Santa 56 e o rno_
virnento l itfrgico", "A, O4flsm'r cle setemb,ro de lg3g _ C,ours et
Conf6rences des ,semaines Liturgiques, Tolme XIV, Mons, 1g{17,
,p' 256 e 273 e segu.) Em car.ta ao cardear Minorertti, arcebispo
cie Genova, por ocasii io do I ,Cenglesso liturrgico nacional italia_
no, o ent'o cardeal pacell i, hoje papa pio XII g,loriosam,ente
reinante dizia: ,,( . . . ) longe de proscrever fo,rmas de rpiedade
quer,privada quer popular, admiti ldas e reoomendadas pela Igre-ja, procura (o programa ,do ,movimento l itt irgi,co) for,t if icar a
fidelidade tanto do espirito religioso ,quanto da pr6ti,ca, A nobre
c' secular tradig5o do culto eolesiistico, {favorecendo no i lero o
zelo por 'uma perfei 'ta celeb'rag5o idas fung6es sacras, e nos fi6is,
uma assistdncia fervorosa e inteligente". (v16r ,,A orclem,,, n.
c i t ' , p . 20o - - ' rexto or ig inal em rcours et confdrences des Se-
maines I - , i turg iques, i tomo XIV, ob. c i t . , p . 258) . rO C6digo de
Dir'eito ,Can6ni,cro pres,creve aos Ordinarios ouidaremr afim de que
o respectivo clero pratique a oraga0 privada, a visita ao santissi-
rno ,Sacq:amento, o rosario e o exame de conciOncia (c 
. l}b) .
3 0 _ -
EM TORNO DO "MOVIMENTO LITURGICO"
Ora o C.LC. n5o poderia recornendar ipr'6Lticas nocivas ou mes-
mo indifer,entes. Lo'go a oraqSo privada, as priLticas ex'tra-li-
trirrgi,cas e o exame de concidncia const'ituem um elemento da
p,erfeigSo e,spiritual do ,cl6rigo ou sacer'dote, como tamhem do
fiel . (Vejam-se as jus'tas observaqdes de Fr. Raymundo $.
Cintrra O. P. n*A Ordem" de julho pr6ximo,passado, secgSo de
Corresponrddncia) . Na iPastoral coletiva do episcqpado da pro-
vincia eolesiSstica de B,elo iHlorizonte afirnla-se: "E evidente
que o espirito littirgico ndo sofre nenhu,ma ,colisd.o com as de-
vog6es parrticulares, at6 porque a Igreja, que determina as no'r-
rnas Jit i lrgicas, tarinbem aprova as devog6es". Para a arquidio-
cese do Rio de Janeiro temos no mesmo ,sentido as determina-
g6es do sr. Vigdrio Capituln'r s6hre a l iturgia eras prft icas extra-
l itur.gicas (r'6r "A Ordem" de ju,lho pr6ximo 'passado).
O que se crit ica e procura evitar sio certos desvicis verif i-
cados na piedade cristi. Uns sflo rfru,to da igno'rAncia religiosa.
C) Cardeal Le'rne, de feliz me,m6r'ia, referia-rse a esses em sua pas-
toral de Olinda, quan,cio afirnava quo para muitos fi6is "o santo
6 tudo; Deus quase que a nlrda se toduz". "Vio ir igreja, visitaur
toidos os altares. . . s6 nio visitam o Santissimo Saoramcnto".
Ou: t 'N io perdern "no\ .enas" e t ' tergos" . . . esquecem o sacr i f i -
c io au,gusto da missa". (Ed. Vozes, p. 61) . D. lMar io de iNI i -
I 'anda Vilas-Boas, I l ispo de Garanhuns, em sua prim'eira calta
pastoral, dizia: "Quantos cat6licos que ignolam o divino sen'ti-
do da 'I\[ issa: - renovaqdo incruenta, uras verdadeira, do sa-
cr i , f ic io da cruz, fonte de nossa salvagSo ?! ( . . . ) Mas por que
deixar os fi6is, na Igreja, alheiados ao santo Sacrif icio, rezando
nouenas o'u, entdo, roantando al,gumas dessas coisas bArbaras a
qu'e se convencionou ,chamar htnos sacros, quan'do o que se ope-
'Ia no altar 6 a realizaqio ine,favel dos planos da divina econonria
restaurando a adopgdo sob,renatural do homem pelo mrinist6rio
r-edentor rde Jesus rCr is to!? ( . . . ) Quantas vezes, nossas I igre jas,
oos grandes dias, d5o-nos a tragica irqpressSo de um clube de
festas, pelo'profano e ridiculo da de,corag5o, rf lores de papel,
nenr sernpre a,rlisticas, e fitas e ,lagos e lanternas e todo um
1 2 3
AGOSTO, 1943
@.-;..
- 3 1
r24 A ORDET,I
rnundo ,de quinqui lhar ias fute is e inexpressivasl
z ;es , r pp . 58 , 59 e 60 ) .
" (Ed. \ 'o-
rNen-l sempre por6rn esses desvios sdo fruto apenas da igno_
,r4ncia religiosa. Manifestarn-se as \rezes em pessoas ,conhece-
d.tras da doutrina ,cristi, mas dominadas pe,lo devocionismo e
pelo sentimentalisnuo. Mons. Harscouet, em ,,L,es d6votions tra-
ditionelles" (confer6ncia na primeira semana litr irgica da ide
Louvain) distingue a "devotio" da l iturgia que ,6 a ,,devotio"
oficial da Igreja, e as devog6es extra-l iturgicas, aprovadas, reco-
mendadas e enriquecidas ,de indulgdncias pe,la Santa S,e idas
tlevoq6es anttl i tt irgtcos, ou ,devocionismo. E afirrna: "Exagera-
clas, estas ,devogSes, abafarn o culto, transtornam a ordem, igno-
lam a Liturgia, ou, se acaso curnprem as suas fung6es, des,co-
nhecern a sua virtude, relegarn-na rpara um canto da vida espi-
r i tua l , en vez de a colooar no seu rcentro. E 'o ca,so doB f i6 is
que pre,f 'elern as Benqdos do Santissirnro is V6speras, do sacer'-
dote que se acusa de nio ter dito as or.ag6es da manhd, quarrdo
de fato j , i rezou Pr i rna. ( . . . ) - L l las, ern segundo lugar , o 'de-
vocionisrno teur u,nt outro aspecto: consiste ,Lam,bern na i.nven-
q"[o de novas f6rnrnlas; e o exolusivismo rciurnento, a piedacie a
gavetas e lpor pequenos ernbrulhos. ,Conduz i superst ig io ,da
cJual a lgr,eja ndo 6 responsavel como o ndo e da impiedade. No
i 'no passado, Mons. Deplo ige ,d iz ia rnui to bern a este respei to:
"'\handonadas a si r11esmas, as aspirag6es religiosas dos fi6is, se
nno se apagatn, satisfazern-se, collto podern, cour ,devog6es lnes-
qr-rinhas, em que a imaginagio caprichosa representa urn lpapel
preponderante". Pril 'ado do alirnenlo l it irrgico, o lpo\ro entrega-
se lorqosarnenle ao 'c levocionismo. ( . . . ) ,Q sent imen' ta l ismo
(. 
. . ) r.6de-o eslaclear'-se na l iter.atura ,das primeiras colnunh6es,
t lo mds de rnaio e das pequenas devog6es ( . . . ) Os r i tos de que
,estas pequenas rdevoq6es se reyestem guardarn vest ig ios da sua
or igern indi ' i ' idual is ta ( . . . ) . A causa da sua f raqueza d ev i rden-
te. p io ao sent i rnento uma par te demasiado grande. O pensa-
rnento n5o recehe nenhuma sat is faqSo. iA vontade n io haure
nenhurrna energia. Quem levar urn lpouco longe a ani l ise des-
tas devoq6es, acabari por confessar que nelas a f6 'para pouclo
EM TOR,NO DO 'MOVIMENTO LITORGICO' ' t25
sefv€. s6,o antes d.e tudo um exercicio de imaginagS.o e de sen-
sibil idade em volta dum objeto,religioso". (Gt. p'elo P. Antdnio
Coelho, "tCu,rso de liturgia romana", vol . I, 1926, pp ' 275-277) '
ciarrigou-Lagrmse, mrostrando como o estudro da teologia pre-
serva a vida interior cle dois glaves defeitos, o subjetiuismo pie-
,d,oso e o pa:rtipularismo, r.efere-se a esse Inesirno sentimentalis-
,rno,, cujro druto 6 ulna vida de piedade rdirnrinuida e superficial .
(5) Dorn Lambert Beaud'u in, O'S.B. , a f i rma: " ( " ' ) a p iedade
cristd isolando-se torna,se facilrnente fantasista e perde-se no
ilreio dos exercicios acessdrios, com preiuizo da devoqdo funda-
rnental. (...) Faz-se, no entanto, grande confusao quando se
acusa ,a pie'da'de litrirgica de inimiga das 'devog6es particulares -
E' ver'dade que, nesse dominio, ela se mostra t'ra'dicional, dis-
creta, e extrejrna{nente reservada. Esse desejo insaciAvel e doen-
tio de descobrir s€m,pre novas prAticas de piedade a inq'uieta e
com razdo, a ela ,que 6 a inimiga rde to'do devocionismo. Longe
por6,rn 'de destruir as devog6es privadas, tradicionais e aut6nti-
cas, traz-lhes um acrdscimo de vigor e virilidade. Estranha a
todos os sentimentalismos, alimentada por uma sd e puna dou-
tri,na, larga e generosa, ao tornarise o alimento principal da
alma eristS, transfonrnardl a piedade privada, impri,mir-lhe-i
novo irnpulso e a intensificara ao ,rnesmo ternpo gue a manter6
em seu ver'dadeiro lugar". ("Vida litrirgica", tradugdo de J,
Il larques de O,liveira, 1938, pp. 32-33).
(5) 
"subjet iv ismus quoa/d pi€tatem saepe vocatur hodie "sent imen-
tali"smus", est quaedam affectatio amoris, absque v€ro et profundo a,moreDei et anirnarum. IIic defectus provenit ex hoc quo,al in oratione praeva-
let natural is inc l inat io sensi t r i l i ta t is nostrae, secundum uniuscujusque
int lo lem. Praeva, Iet quaedam emot io sensib i l i tat is , quae quancloque quo-
dam lyrismo exprimitur, seal absque solido veritatis funtlamento. Hodie
plu!'es psychologi increduli, ut Bergson in Gallia, putant quod mysticis-
mus et iam cathol ieus proveniet ex praevalent ia, a l icujus nobi l is emot io-
llis quae ex subconscientia oriretur, quaeque postea in id€is €t iualiciis
rlrysticorum exprimeretur. Sed semper remanet tlubium de lferita,te reali
horum iudiciorum, quae sub pressione subconscientiae et affectus orta,
sunt" . (Reginalc lus Garr igou-Lagrang€, O. P. , "De Deo IJno. Commen-
ta r i um i n p r imam pa r t em S , Thomae , , , 193? , pp . 30 -31 ) .
AcosTo, 1948
. 
AGOSTO, 1943
li8g,g;*,
7.26 A ORDEIM
Dom Vonier, I lor outro lado, afirma: "rMuitas \€zes, as de-
vog6es particulares revelam lamentavel ignorAncia o'u esqueci-
rnento culpavel das princi,pais 'doutrinas da vida sob'renatural .
("Vit6ria de Cristo", ob. cit., p. 27) "Prefer,em-se devog6es e
pfiticas religiosas ,cheias dum ,certo humanis,mo ,e individualis-
m,o is formas antigas e puras do culto cat6lico. (. . . ) Realmen-
te, tem-se a tentagdo, nos tempos atuais, de duvidar da exatidSo
tlum grande nfme,ro de l ivros'religiosos escritos, segundo as fo,r-
{nas primitivas do catolicismo, por termos sido edu,cados numa
atrn,osfera saturada de devoq6es particulares. Tornarno-nos as-
sim inc4pazes de sim,patizar com os habitos da piedade dos tem-
pos passados". ( "A nova e,eterna a l ianga", ob. c i t . , pp. 219 e
235). E na ediqSo,francesa do l ivro que acabarnos de citar o tra-
durtor, cdnego L. Lain6, idoutor ern teologia e ar,ci,preste de 1116-
guier ,4ponta algu'mas tenddncias desviadas que se infiltrara,rn
rra'piedade de muitos cat6li,cos (6). Finalmente D,om B. Capelle,
,uum estudo a pr6posito ,d"lO espirito da l iturgia" de Guardini
afi,rrna: "A formula de Guardini:,6 preciso cons,ervar isto e aqui-
(6) "Cremos ut i l designar a lgumas dessas fa lsas tend6ncias:
"1 ' O mora l i smo , i s t o 6 o p r imado ,dado es v i r t udes mora i s , em de -
- t r imento das v i rLudes teologais que s5.o as mais c l iv inas, as ma, is sobrena-
turar is , as mais cr is tS"s de todas as v i r tudes, as que exigem mais humi lda-
de, as c lue destroem de modo mais radical o veneno alo amor-pr6pr io e do
egoismo, e que sd,o entretanto verdadeiras fontes de conf ianea e de au-
dacia apost6l ica;
O psicologismo, ou o abuso, o excesso da psicologia, da anal ise
tr)s icol6gica, da introspecgS,o, ,do voi tar-se sobre s i mesmo, que mata a
con f i anqa ;
O sent imental ismo, ou o abuso do sent imento: e da se,nsib i l ic tade,
c. .mbinado com a. ignorancia 6ss Sagradas Escr i turas e alas def in ie6es dos
Conci l ios; nd.o se ser5, sensivel , por 
€xemplo, senio aos ,sofr imentos pas-
sados de Nosso Senhor; comprazer-se-a em na,o sep,ar6- lo da cruz, como
se diz, mas se O separa da gl6r ia e da beat i tude def in i t ivas, que sua Res.
surreigS,o ,e AscengS.o Lhe aclquir l i ram para sempre; comprazer-se-a em
considera-Lo como sempr.e passivel e sofredor em sua pr6pr ia, pessoa, em
Si mesmo, e exper imentar-se-6, a necEssidade de consold,-Lo ,em lugar d.e
€antar com a Igreja a sua, realeza 'et 'erna: , ,por Nosso Senhor Jest is Cr is-
to c lue v ive e re ina com o Pai por toalos os s6culos alos s6culos, ' . ( .La
f r r ouve l l e 
e t e te r r r e l l e a l l i ance " , 7gBZ , p . 24 , em no ta ) ,
3 4 -
EM TORNO DO "MOVIMENTO LITTIRGICO" L 2 7
lo, a piedade liturgica e a d'evogeo popular, 6 por certo verdadei-
ra, c6mt' con'diQ6o todavia de n6o ald'mitir .emeo a hoa quali-
dade e de observar a hierarquia dos valores". E 
,continua: 
" 
(o
rnovi.rnento liturgico) neo tem nenhum 'desejo de dest'ruin o que
que rquese janemd im inu i rnenhuma l i be r ' d ' ade lg i t ima 'Que-
**o, restaurar, Mas n6o se restaura'In las linhas Ln,tegras rle
u m m o n u m e n , t o s e m a r r a n c a r a s p l a n t a s e s t r , a n h a s q l u e o r e .
sobriram. A experioncia rde varios s6culos este ai Bara rnos'trar'
que a piedade individual e privada, lpor suas introrniiss6es' pre-
judioou ,os grandes atos do culto". (cours et conf6renc,es des
Semaines Liturgiques, Tome XIV ,ob. cit ' , p' 173) '
Entre as aausaQ6es figura ainda a de firenosrprezo ou corn-
bdte ir escolestica e ao tomis'mo. S'e 'no 'esforQo pela volta a Ii-
turgia alrguem se manifestou idesse mo'do sobre a teologia daque-
l e q u e 6 o D o u t o ' r C o m u m d a L g r e j a , c e r t a m ' e n t e q u e e r r r o u ' P o i s
a renovag5o litirrgica nio se pode isolar ou opor i renovagto
tomista, da qual recebera a base indispensavel capaz de liberta-
la da confusio dos sistemas conternlporeneos. O fat'o 'de se voltar
aos santos 'Padres n6o pode significar esquercimenlto ou oposi-
gio ao tomismo, pois o Anjo das Es'colas e seus autdnticos dis-
cipulos e representantes, 'Caietano, Jo6o de S5o Torrnds, ou hoje
Garrigtou - Lagrange e Maritain, s[o, na 'era mo'derna, os for-
nruldd,ores e continuadores fieis da tradigflo antiga. E o traba-
lho contemporineo no plano da teologia positiva s6 alcanqal'f, a
sua plena significagio quando integrado no 'plano da teologia es-
peoulativa escolAstico - rtomista.
rTermina aqui este longo artigo, 9ue, 6 mais um frabalho de
cdpia ou traduqdo, pois ,quiz ,f le rprop6sito evitar asserg6es purl-
, inente pessoais. E n5o o fago sem lennbrar que ndo se preten-
deu ,de modo algu,m negar ou ser indulgente para corn os erros
que se ho'uvessem verirf i,cado ou que realmente se verif icalanr'
Porisso s6 nos pode,mos alegrar comt a intervengSo 'da autorid:r-
de eclesiistica, advertindo os faltosos e lanqando mio das medi-
das necessarias a represseo dos abu'sos. Justamelnte acalla de
chegarrnos a no,ticia da ultima enciclica de Sua Santidade o
- 3 5
1
l
l
128 A ORDBM
Papa Pio XII, "Mystici corporis :CtrriSti", de 29 de junho'pr6xi-
nro passado, na qu,al sf,o apontadas diversas conoe'p96es erradas
q.r" a" ,infiltraram ,entle os crist6o,s, co,mo sejam u,m falso misti-
cismo a respei'to do corpo mistico de Cristo, oerto quietismo ou
preguiga espil-itual, d,eprimente "liturgismo" .ne'gador da pie-
,dade individual etc. (veja-se a nota div,ulgada pela carna,ra Ecle-
siistic.a da Arquidio,cese'do Rio de Janeiro - 
(A 
'Craz" de 11 de
j,u'lho pr6xirno passado). ,A n'ova enclclice vir'6 por certo escla-
reoer os p,rob,lernas e pdr fim irs 'dissens6es e inco'm'preens5es'
ll esrtejamos cerrtos de que se alguem errou, saber6 submet€r-se
com a rnaior simplicidade' E gue todos havemos de alegrar-nos
corni a palavra do Pai comum. Pois ness'e esforgo pela re'staura-
gflo da vida crisrt6 a que nos entregamos ndo 'nos lnove nenhum
espirito de competigio orgu-lhosa' trnas unicamente o amor A
Santa Igreja de Deus, na qual llueremos todos viver e morrer'
i la de mi bautismo
DIMAS ANTUfiA
1
trl'la de mi bautismo,
circunferencia Y oct6gono'
sePul'cro de Piodra Y fuente
d'e la resurreoci6n:
'aqui nos engendra eI Verbo,
aqui la I,glesia concibe '
Conforrne al Paz, 'Peoecillos
naoen del agua.
La corriente los gotrierna,
el srista,l los ilumina
Y un brote dentro ellos, vena viva'
Los vuelve al Padre.
2
Nacen los hij'os'
nacen del agua.
Nac.en del bautismo
semejantes al Hijo.
' Semejantes al Htijo
los que nacen de esta agua
han muerto, Y viven.
Santo Sepulcro,
aqui rruere el hom,bre
y se levanta 'Cristo.
Fuente de piedra, de vida,
" 
aqui concibe Ia Iglesia
. , ; A.GOSTO, 19483 6 -
- 3 r
.A.,ORDNM
rOomo la Virgen.
Concibe del Espiritu
y los guo xraoen de esta agua
,han muerto, y viven.
3
Pila de mii,bautismo,

Continue navegando