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1 1 - Instrumentalidade do Serviço Social

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Instrumentalidade do Serviço Social
Apresentação
A instrumentalidade é um assunto muito complexo, e as discussões que envolvem o tema vão além 
de considerá-la como os instrumentos necessários para a atuação profissional. Trata-se de uma 
capacidade constitutiva da profissão, a qual permite ao assistente social transformar seus objetivos 
profissionais em resultados.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você conhecerá um pouco mais sobre as diferenças entre 
instrumentalidade, instrumentos e técnicas do Serviço Social. Além disso, serão apresentados os 
principais instrumentos e técnicas que fazem parte do universo profissional dos assistentes sociais. 
Por fim, você poderá refletir sobre o uso dos instrumentos e das técnicas como suporte para a 
investigação social.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Definir instrumentos, instrumentalidade e técnicas do Serviço Social.•
Descrever os principais instrumentos e técnicas utilizadas pelo assistente social.•
Analisar a utilização de instrumentos e técnicas na investigação da realidade e na intervenção 
social.
•
Desafio
Instrumentos e técnicas fazem parte do trabalho profissional do assistente social. É nesses 
instrumentos e técnicas que o assistente social se apoia para desenvolver a sua atuação 
profissional, com vistas a capacitá-la e atingir suas finalidades.
Paciente e filho foram encaminhados para atendimento do Serviço Social. Elabore uma proposta de 
atendimento, analisando o instrumental do Serviço Social, assim como os instrumentos que podem 
ser utilizados nesse atendimento.
Infográfico
A entrevista é um dos instrumentais mais utilizados pelo Serviço Social, no entanto, esses 
profissionais precisam de um embasamento teórico para realizá-la da melhor forma possível, com 
vistas a atingir suas finalidades. Por meio da entrevista, o profissional de Serviço Social consegue se 
aproximar da demanda apresentada por seu usuário, estabelecendo estratégias para a resolução da 
situação apresentada.
Neste Infográfico, você vai ver um pouco mais sobre esse importante instrumento.
Aponte a câmera para o 
código e acesse o link do 
conteúdo ou clique no 
código para acessar.
https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/18f7b1f0-24f9-4815-b295-139001d8e77c/eb114138-1e55-4ae4-9e05-0010e0097fff.jpg
Conteúdo do livro
A instrumentalidade é um tema que perpassa toda a atuação do assistente social, tendo relação 
com a capacidade que a profissão vai adquirindo conforme concretiza objetivos. Este é um 
elemento importante, pois é por meio dele que os assistentes sociais modificam e alteram as 
condições sociais em um determinado nível de realidade.
No capítulo Instrumentalidade do Serviço Social, do livro Processo de trabalho em Serviço Social, 
base teórica desta Unidade de Aprendizagem, você vai aprender a definir instrumentos, 
instrumentalidade e técnicas do Serviço Social, assim como descrever os principais instrumentos e 
técnicas utilizadas pelo assistente social. Além disso, vai analisar a utilização de instrumentos e 
técnicas na investigação da realidade e na intervenção social.
Boa leitura.
PROCESSO DE 
TRABALHO EM 
SERVIÇO SOCIAL
Daniella Tech Doreto
Instrumentalidade 
do Serviço Social
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Definir instrumentos, instrumentalidade e técnicas do Serviço Social.
  Descrever os principais instrumentos e técnicas utilizadas pelo assis-
tente social. 
  Analisar a utilização de instrumentos e técnicas na investigação da 
realidade e na intervenção social.
Introdução
A instrumentalidade é um elemento constituinte do Serviço Social e repre-
senta a capacidade que a profissão possui de se transformar, de modificar 
a realidade e atingir suas finalidades. Os instrumentos, por sua vez, podem 
ser entendidos como os meios necessários para o desenvolvimento 
profissional do assistente social. Não raramente, instrumentalidade tem 
sido utilizada como sinônimo de instrumento, no entanto, são conceitos 
diferentes, conforme veremos a seguir. 
Neste capítulo, você conhecerá a diferença entre termos muito utili-
zados no Serviço Social: instrumentos, instrumentalidade e técnicas do 
Serviço Social. Além disso, serão apresentados os principais instrumentos 
e técnicas utilizados e a sua utilização no cotidiano profissional. 
Instrumentos, instrumentalidade e técnicas 
do Serviço Social
Iniciaremos nossas refl exões sobre este tema esclarecendo as diferenças entre termi-
nologias que ainda causam muitas dúvidas entre os assistentes sociais. A principal 
referência na área que discute a instrumentalidade é a autora Yolanda Guerra, e 
nos basearemos em seus estudos para apresentarmos nossas considerações.
Assim, de acordo com Guerra (2000), é importante esclarecer que, quando 
falamos em instrumentalidade, não estamos nos referindo ao uso dos instrumentos 
necessários à prática profissional e por meio dos quais o assistente social pode 
transformar seus objetivos profissionais em resultados. Segundo a autora, basta 
analisarmos o termo instrumentalidade, uma vez que “[...] idade tem a ver com 
a capacidade, qualidade ou propriedade de algo” (GUERRA, 2000, documento 
on-line). Sobre a instrumentalidade, Guerra (2000, documento on-line) afirma que: 
[...] foi dito que a instrumentalidade é uma propriedade e/ou capacidade 
que a profissão vai adquirindo na medida em que concretiza objetivos. Ela 
possibilita que os profissionais objetivem sua intencionalidade em respostas 
profissionais. É por meio desta capacidade, adquirida no exercício profissio-
nal, que os assistentes sociais modificam, transformam, alteram as condições 
objetivas e subjetivas e as relações interpessoais e sociais existentes num 
determinado nível da realidade social: no nível do cotidiano. Ao alterarem o 
cotidiano profissional e o cotidiano das classes sociais que demandam a sua 
intervenção, modificando as condições, os meios e os instrumentos existentes, 
e os convertendo em condições, meios e instrumentos para o alcance dos 
objetivos profissionais, os assistentes sociais estão dando instrumentalidade 
às suas ações. Na medida em que os profissionais utilizam, criam, adequam 
às condições existentes, transformando-as em meios/instrumentos para a 
objetivação das intencionalidades, suas ações são portadoras de instrumenta-
lidade. Deste modo, a instrumentalidade é tanto condição necessária de todo 
trabalho social quanto categoria constitutiva, um modo de ser, de todo trabalho. 
As discussões sobre a instrumentalidade na profissão percorrem toda a história 
do Serviço Social, uma vez que este se constitui como profissão em um momento 
histórico, em que os setores dominantes da sociedade — Estado e empresários — 
começam a fazer intervenções nas expressões da Questão Social, principalmente 
por meio de políticas sociais (SOUSA, 2008). Dessa forma, o autor nos mostra que o 
Serviço Social se constitui em uma profissão eminentemente interventiva, ou seja, 
capaz de produzir mudanças na vida dos seus usuários. Guerra (2000, documento 
on-line), por sua vez, aponta que: “[...] a utilidade social de uma profissão advém 
das necessidades sociais. Numa ordem constituída por duas classes fundamen-
tais [...] tais necessidades, vinculadas ao capital e/ou ao trabalho são não apenas 
diferentes, mas antagônicas”. Nesse sentido, a utilidade de uma profissão consiste 
em responder às necessidades das classes sociais que se alteram na dinâmica da 
sociedade por meio de mediações e demandas à profissão. 
Guerra (2007) menciona que é importante contextualizar a instrumentali-
dade, ou seja, o papel que o componente instrumental ocupa no Serviço Social. 
“Para além das definições operacionais (o que faz, como faz), necessitamos 
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compreender ‘para que’ (para quem, onde e quando fazer)e analisar quais 
as consequências que no nível ‘mediato’ as nossas ações profissionais se 
produzem” (GUERRA, 2007, p. 30). 
Segundo ela, nesse mesmo nível, do mediato, percebe-se que os pro-
fissionais vislumbram uma “modalidade de razão” que permite que eles 
lidem com as situações sob as quais a prática profissional e sua intervenção 
se realizam, sejam elas de dificuldades, limitações, constrangimentos e 
tantas outras situações, e, ainda, utilizem os dados reunidos na intervenção 
profissional e os transformem em possibilidades de ação como projetos e 
propostas. A autora complementa: 
[...] é atuar sobre as limitações, com uma modalidade de razão que mantenha 
seu foco voltado às finalidades e não apenas para as dificuldades; e ainda, 
que ao defrontar com elas possa estabelecer um plano de ação capaz de se 
constituir no meio para o alcance da finalidade (GUERRA, 2007, p. 30).
Guerra (2007, p. 37) discute a função da mediação na instrumentalidade do 
Serviço Social, e menciona que é necessário dimensionar de forma adequada 
a função da mediação que a instrumentalidade:
[...] encerra sob pena de esconder e subsumir a dimensão ético-política da pro-
fissão, uma vez que essas mediações, necessárias à objetivação da intervenção 
profissional, não se reduzem ao acervo técnico-instrumental, tampouco nos 
conhecimentos técnicos e habilidades específicas dos sujeitos.
 A autora conclui que a instrumentalidade:
 [...] coloca-se não apenas como a dimensão constituinte e constitutiva da profis-
são mais desenvolvida, referenciada pela prática social e histórica dos sujeitos 
que a realizam, mas, sobretudo, como campo de mediação no qual os padrões 
de racionalidade e as ações instrumentais se processam (GUERRA, 2007, p. 37).
Ao falarmos em instrumentalidade do Serviço Social, é importante destacar-
mos as dimensões ético-política, técnico-operativa e teórico-metodológica, que 
contribuem para o entendimento das particularidades da instrumentalidade na 
profissão. De maneira ampla, podemos considerar que a dimensão ético-política 
se refere aos objetivos e à finalidade das ações baseadas em princípios éticos 
e valores humanos; a dimensão técnico-operativa diz respeito à capacidade 
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de articular os meios e os instrumentos para concretizar os objetivos da ação 
profissional, e a dimensão teórico-metodológica refere-se à capacidade de 
relacionar método e teoria com a prática profissional. 
Isso posto, remetemos nossa análise para as contribuições de Sousa (2008), 
que, ao considerar as dimensões citadas, complementa afirmando que a ativi-
dade humana está diretamente relacionada ao momento histórico em que ela 
se desenvolve, isto é, apesar de o profissional ter objetivos a serem alcançados 
durante a prática profissional, isso não significa que eles serão atingidos, pois 
há vários fatores que irão condicioná-la. Para o autor, o conhecimento também 
se constitui em um elemento essencial, pois é por meio dele que o profissional 
pode planejar sua ação com vistas a transformar a realidade. Dessa forma, o 
assistente social elabora suas estratégias de ação utilizando-se de instrumentos 
e técnicas de intervenção na realidade. 
De acordo com Martinelli e Koumrouy (1994 apud SOUSA, 2008), entende-
-se por instrumental o conjunto articulado de instrumentos e técnicas que 
possibilitam a intervenção profissional. Em outras palavras, o instrumental 
pode ser considerado como a estratégia por meio da qual a ação se realiza, e 
a técnica, por sua vez, é a habilidade no uso do instrumento. No desenvolvi-
mento da prática profissional, os instrumentos podem ser utilizados de forma 
a atender a determinados interesses, associando intervenção profissional ao 
acesso aos direitos sociais, por exemplo. Guerra (2007) menciona que o uso 
dos instrumentos de forma isolada não favorece uma intervenção profissional 
qualificada, sendo necessário associá-lo aos eixos ético-político, teórico-
-metodológico e técnico-operativo que constituem o Serviço Social, e somente 
assim a intervenção passa a ser vista como qualificada, crítica e questionadora. 
Antes de mais nada, o profissional de Serviço Social deve ter claro quais 
instrumentais podem ser utilizados na sua prática e as especificidades de cada 
um. O assistente social deve ter, ainda, autonomia para definir quais instru-
mentos melhor atendem às suas necessidades e que o ajudarão a atingir os 
seus objetivos profissionais. Entretanto, é imprescindível que, na definição de 
instrumental, o profissional relacione teoria e prática, para que sua intervenção 
não seja baseada no senso comum, e sim dotada de conteúdo e contexto. Dessa 
forma, a escolha do instrumental adequado a ser utilizado contribuirá para 
que o profissional possa conhecer e intervir na realidade que se apresenta. 
Quanto às técnicas, podemos dizer que, enquanto habilidades, estas se 
aprimoram a partir da prática profissional e conforme os instrumentos vão 
sendo utilizados. Isso ocorre ainda mediante as necessidades impostas pela 
intervenção profissional, ou seja, com o objetivo de atender às demandas 
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apresentadas no cotidiano. A técnica pode ser entendida como uma qualidade 
que, aliada ao instrumental, o torna o mais efetivo possível. Em outras palavras, 
podemos dizer que, ao falarmos sobre as técnicas, estamos nos referindo sobre 
como aplicar o instrumento, como, por exemplo, técnica de coleta de dados, 
técnica de aproximação da realidade dos sujeitos, técnica de aplicação de 
dinâmicas de grupo, entre outras. No Serviço Social, como veremos a seguir, 
os instrumentos mais utilizados são entrevista, observação, visita domiciliar, 
entre outros. O uso desses instrumentos está associado à importância do registro 
dos dados, ou seja, da documentação das informações que darão subsídios 
para a prática profissional reflexiva e transformadora. 
Dessa forma, podemos inferir que os instrumentos e as técnicas são impor-
tantes aliados da prática profissional, uma vez que, além de possibilitarem a 
compreensão da realidade, também oferecem elementos para o enfrentamento 
das demandas impostas diariamente aos profissionais. É importante destacar 
que o instrumento não pode ser utilizado isoladamente do contexto, pois é por 
meio dele que se complementa e responde ao Projeto Ético-Político Profissional. 
Instrumentos e técnicas utilizados 
no Serviço Social 
O Serviço Social vem ampliando o seu campo de trabalho e conquistando 
espaços ao longo dos seus 80 anos de existência como profi ssão, passando a 
atuar na área dos direitos, da família, do trabalho, da saúde, da educação e dos 
segmentos idosos, crianças e adolescentes, pessoas com defi ciência, além dos 
grupos étnicos que vivenciam constantes situações de preconceito, das questões 
ambientais, da discriminação de gênero e etnia e outras formas de violação de 
direitos (CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL, 2003). Essas situa-
ções demandam dos profi ssionais uma atuação qualifi cada que supere o imediato. 
Assim, o fato de que os assistentes sociais podem ocupar diferentes espaços 
sócio-ocupacionais exige desses profissionais reflexões críticas sobre os instru-
mentos e técnicas a serem utilizados no cotidiano, pois a escolha deve ser baseada 
na razão, a ponto de assegurar que o indivíduo tenha seus direitos garantidos e 
não cerceados para não ampliar a exclusão muitos já sofrem.
Nesse contexto, podemos entender os instrumentos como formas de des-
vendar a realidade, aprimorar o trabalho e atingir finalidades em resposta às 
demandas apresentadas. Isso nos faz pensar que a definição do instrumento 
mais adequado a ser utilizado passa pela natureza do trabalho realizado pelo 
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assistente social a partir de sua inserção nas instituições. É importante destacar 
que os instrumentos não devem ser vistos de maneira estática, pois “Eles são 
criados e recriados de acordo com os objetivos e com as exigências da ação 
profissional” (MIOTO, 2001, p. 148).
A seguir, apresentaremos os principais instrumentos utilizados no 
Serviço Social.
Entrevista
Trata-se de um instrumento muito utilizado pelo Serviço Social tanto na 
abordagem individual quanto grupal, e seu uso é registrado desde o início 
do exercício profi ssional. A entrevista se constitui em um instrumento que 
possibilita o levantamento de dados e informações que favorecerão o conheci-
mento de uma dada realidade. Há alguns tipos de entrevistas, e o profi ssional 
deve optar pelo tipo que favorecerá o alcance de seus objetivos. Dentre eles: 
entrevista estruturada, que consiste em perguntas previamente elaboradas 
e formuladas mediante questionário; e entrevista semiestruturada. em que 
são realizadas questões abertas e fechadas, sendo este um tipo de entrevista 
bastante utilizado pelos profi ssionais de Serviço Social, uma vez que favorece 
a aproximação entre entrevistador e entrevistado. 
Habitualmente, ao falarmos em entrevista, imaginamos tratar-se apenas de um 
conjunto de perguntas para o qual não se requer preparo ou planejamento. Todavia, 
tal visão não corresponde à realidade, uma vez que é a partir da entrevista que 
o profissional desenvolve outros instrumentos que fará uso na prática cotidiana.
Observação 
A observação é um instrumento que, articulado aos outros, tem colaborado 
para a realização do desenvolvimento da prática profi ssional do assistente 
social. Segundo Portes e Portes, a observação, enquanto instrumento profi s-
sional, é algo que ultrapassa o simples “ver ou olhar”, ocorrendo por meio de 
um planejamento, de uma ação refl etida e com fi nalidades defi nidas, e está 
presente nos demais instrumentos, operacionalizando em conjunto. As autoras 
esclarecem, ainda, que a observação proporciona: 
[...] a articulação entre o dizível e o indizível, viabilizando assim um olhar atento, 
cuidadoso, ético, comprometido, acolhedor. Observar, portanto, é interagir, pois 
tanto o profissional quanto o usuário produzem inferências sobre as situações 
que vivenciam e isso implica uma interação (PORTES; PORTES, 2016, p. 71).
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Sousa (2008) aponta que a observação consiste em adquirir conhecimento 
por meio de um olhar atento a uma dada realidade. Ele destaca, ainda, que 
um dos tipos de observação mais conhecidos e utilizados no Serviço Social 
é a observação participante, pois, a partir do momento em que o assistente 
social executa algum tipo de intervenção, ele participa do conhecimento da 
realidade que está sendo observada e que produz conhecimento, e, assim, 
além de observar, o profissional também interage com o usuário, participando 
ativamente da observação. 
Visita domiciliar
Este é outro instrumento frequentemente utilizado pelos assistentes sociais 
como forma de conhecimento mais aprofundado sobre a realidade dos usuários, 
pois possibilita o contato com o ambiente em que estes vivem e com a dinâmica 
familiar e comunitária. Tem como objetivo “[...] conhecer as condições (resi-
dência, bairro) em que vivem tais sujeitos e apreender aspectos do cotidiano 
das suas relações, aspectos esses que geralmente escapam às entrevistas de 
gabinete” (MIOTO, 2001, p. 148).
Reunião
Este instrumento é utilizado frequentemente pelos profi ssionais e consiste em 
um espaço para troca de informações e conhecimentos entre profi ssionais que 
atuam junto com o objetivo de apresentar, discutir, buscar soluções para as 
demandas apresentadas e decidir coletivamente sobre questões importantes 
que dizem respeito ao grupo como um todo. 
Estudo social
De acordo com o Conselho Federal de Serviço Social (2003, p. 42), o estudo social: 
[...] é um processo metodológico específico do Serviço Social, que tem por 
finalidade conhecer com profundidade, e de forma crítica, uma determinada 
situação ou expressão da questão social, objeto da intervenção profissional – 
especialmente nos seus aspectos sócio-econômicos e culturais. 
Podemos afirmar, também, que é constituído por um instrumento elencado 
pelo profissional, mais adequado para atingir o objetivo proposto. 
7Instrumentalidade do Serviço Social
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Relatório social
Refere-se ao relato das informações coletadas e das intervenções realizadas pelo 
profi ssional de Serviço Social no desenvolvimento de sua prática. O relatório 
pode se referir a dados coletados, utilizando-se de um dos instrumentos, ou 
pode descrever todas as atividades realizadas pelos profi ssionais. Em outras 
palavras, trata-se de um instrumento de registro de dados coletados.
Parecer social
Trata-se do resultado do esclarecimento e de análises baseadas em conhecimentos 
específi cos do Serviço Social sobre uma questão que se deve tomar uma decisão. 
Em outras palavras, refere-se à manifestação sucinta, enfatizando a situação-
-problema analisada, e aos objetivos do trabalho realizado, apoiados em funda-
mentos éticos e técnicos específi cos do Serviço Social (CONSELHO FEDERAL 
DE SERVIÇO SOCIAL, 2003). Há que se considerar, ainda, que o parecer social 
deve ser propositivo, pois, a partir do que é relatado, analisado, são propostas 
possibilidades para superação das expressões da Questão Social identifi cadas. 
É importante salientar que o assistente social pode encontrar dificuldades 
para operacionalizar os instrumentos em alguns momentos específicos. Isso 
pode ser observado no caso da visita domiciliar, por exemplo, uma vez que há 
limites e possibilidades características desse tipo de instrumento. O limite pode 
ser o fato de o profissional não conseguir identificar previamente situações 
que possam comprometer a efetividade da visita. A identificação do melhor 
instrumento cabe ao profissional, que deve estar atento aos imprevistos e rea-
lizar a sua intervenção sempre de forma compromissada com os valores éticos. 
Castro e Oliveira (2012) salientam que, para escolher o instrumental mais 
adequado às necessidades dos usuários, o assistente social deve, antes de mais 
nada, conhecer o seu objeto de trabalho, relacionando-o com a realidade social 
para definir o seu trabalho. Para as autoras, ainda, a atuação profissional tem 
como base um direcionamento teórico-metodológico e ético-político, que ob-
jetiva uma atuação profissional que favoreça alcançar os objetivos desejados e 
consolidar o compromisso com os usuários. Portanto, de acordo com Trindade 
(2001 apud CASTRO; OLIVEIRA, 2012), deve-se ter em mente que o instru-
mental não é autônomo, visto que faz parte do projeto profissional como parte 
das ações profissionais e da direção teórico-política da atuação profissional. 
Diante do exposto, percebe-se que o assistente social possui à sua disposição 
vários instrumentos que o auxiliam na compreensão da realidade social que se 
apresenta no seu cotidiano de trabalho. O uso dos instrumentos e das técnicas 
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permite qualificar a atuação profissional e contribui para que sejam provocadas 
mudanças na vida dos usuários dos serviços sociais, baseadas nos princípios 
contidos no Código de Ética Profissional e no Projeto Ético-Político Profissional. 
A utilização dos instrumentos e técnicas na 
investigação da realidade e na intervenção social
A realidade social se constitui em um fenômeno complexo e dinâmico que 
deve ser compreendido na sua essência, o que exige competências e compro-
misso por parte do assistente social para atingiressa fi nalidade. Perin (2008, 
p. 2) aponta que: “[...] a realidade social […] se traduz a partir de movimentos 
complexos, os quais nem sempre são possíveis de serem identifi cados, de 
forma imediata, pois para tal, se faz necessário que possamos alcançar o mais 
próximo possível da vida do sujeito”. 
Para a autora, a relação entre sujeito e realidade nem sempre acontece de 
forma clara, sendo necessário compreender o que não é dito ou o que não está 
tão aparente. A autora aponta, ainda, que a realidade se manifesta a partir de 
fenômenos, que, muitas vezes, não são apreendidos no imediato, e a essência 
destes é que torna possível desvendar a realidade. 
É por meio da apreensão da realidade social que as demandas que se apre-
sentam ao Serviço Social podem ser trabalhadas de forma ampla. É importante 
destacar que o que definirá a intervenção profissional, aqui entendida como os 
instrumentos e técnicas utilizados, são as finalidades a serem atingidas, ou seja, 
a atuação profissional requer o planejamento prévio para a execução dessa ação. 
O uso do instrumental no desenvolvimento da prática profissional, além de exigir 
habilidade no manejo de cada um, pressupõe que o profissional faça constantemente 
uma avaliação, pois é por meio dela que será possível verificar se os instrumentais 
escolhidos estão adequados, se conseguem atingir aos objetivos propostos e se 
os profissionais estão conseguindo trabalhar e desenvolvê-los adequadamente. A 
autonomia profissional é outro elemento que impacta a escolha dos instrumentos, 
e, nesta perspectiva, deve-se considerar a influência das instituições em que estão 
inseridos os assistentes sociais e o quanto elas influenciam na dinâmica profissional. 
Seguindo essa perspectiva, Guerra (2007) salienta que, no campo ins-
titucional, o trabalho do assistente social esbarra em limites impostos pela 
instituição, e essa condição faz o profissional reduzir sua atuação profissional. 
No entanto, as características da demanda estruturam o trabalho do assistente 
9Instrumentalidade do Serviço Social
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social, e para que este modelo seja norteado pelos princípios profissionais, é 
necessário que o profissional encontre estratégias eficazes para mediar sua 
intervenção institucionalmente. Iamamoto (2007, p. 21) complementa:
Responder a tais requerimentos exige uma ruptura com a atividade burocrática e 
rotineira que reduz o trabalho do assistente social a mero emprego, como se este 
se limitasse ao cumprimento burocrático de horário, à realização de um leque 
de tarefas as mais diversas, ao cumprimento de atividades preestabelecidas. Já o 
exercício da profissão é mais do que isso. É uma ação de um sujeito profissional 
que tem competência para propor, para negociar com a instituição os seus projetos, 
para defender o seu campo de trabalho, sua qualificação e funções profissionais. 
O Serviço Social é uma profissão interventiva, e a maneira como os assistentes 
sociais têm direcionado as respostas às suas demandas materializa a forma como a 
profissão será reconhecida. Segundo Castro e Oliveira (2012, documento on-line): 
[...] no exercício profissional, os instrumentos e técnicas são os elementos que 
efetivam a ação profissional e por isso, seu manejo deve estar articulado aos funda-
mentos e princípios ético-políticos do Serviço Social. Estes encontram sustentação 
no Código de Ética que possui entre seus princípios a democracia, participação.
Guerra (2007) chama a atenção para outro ponto que também merece des-
taque: a apreensão da realidade por parte dos profissionais. Segundo ela, a 
apreensão da realidade constitui-se como dimensão diagnóstica presente na 
prática e é um componente necessário para que os profissionais compreendam 
a realidade em suas sucessivas aproximações com a Questão Social. O que a 
autora chama por apreensão da realidade envolve a instrumentalidade do Serviço 
Social, e, portanto, envolve procedimentos, como entrevistas, visitas, observação, 
entre outros, como as estratégias e mediações teóricas. Tais questões implicam 
no modo de ler a realidade, de explicar a sociedade, com base em uma teoria 
que direciona a leitura da realidade e a formação dos profissionais.
Costa (2008) salienta que as demandas que surgem aos profissionais 
de Serviço Social são fruto de uma dinâmica complexa advinda de uma 
sociedade que se funda na contradição, e, nesta perspectiva, respostas pu-
ramente instrumentais não conseguem suprir essa complexidade, pois não 
ultrapassam a aparência, a fim de descobrir a essência dos fenômenos em sua 
singularidade. Assim, a autora complementa afirmando que os instrumentos 
devem ser considerados como potencializadores do trabalho e ter seu uso 
aprimorado constantemente, de forma a serem úteis ao objeto e ao objetivo 
do trabalho (COSTA, 2008). 
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Neste sentido, a análise do instrumental na sua articulação com os 
espaços sócio-ocupacionais e com os projetos profissionais direciona para a 
compreensão da profissão a partir de duas categorias, sendo a primeira delas 
que as demandas sociais exigem iniciativas de intervenção social, das quais 
os assistentes sociais participam, e a segunda, a construção de respostas 
profissionais quando há a participação dos profissionais na elaboração das 
respostas (COSTA, 2008). É importante destacar que a instrumentalidade 
deve exigir que o profissional invista em criação e articulação dos meios 
e instrumentos necessários para obter suas finalidades.
Ainda sobre a análise do uso do instrumental, vale destacar que a avalia-
ção sobre a efetividade do método utilizado é um requisito essencial para o 
profissional de Serviço Social, uma vez que pode contribuir para a escolha do 
método mais adequado em determinada situação ou para melhorar ou aprimorar 
alguma condição não desenvolvida satisfatoriamente, ou, ainda, para qualificar 
ainda mais o uso do instrumental. Destaca-se que os instrumentos e técnicas, 
enquanto ferramentas de trabalho do assistente social, devem ser articulados 
e não estarem isolados um do outro. Um exemplo de técnica é o acolhimento, 
considerado como um espaço de escuta humanizada e que diz respeito ao 
contato entre profissional e usuário, favorecendo a interação e a constituição 
do vínculo. A escolha da técnica ou de como fazer e aplicar o instrumento 
depende do conhecimento do profissional acerca do assunto, bem como dos 
objetivos que este pretende alcançar em sua intervenção profissional. 
Magalhães (2006) aponta que a diversidade e as características dos espa-
ços sócio-ocupacionais do assistente social determinam a constante revisão 
da prática profissional, da comunicação, das técnicas utilizadas e de outros 
elementos constitutivos do processo de trabalho. Para Magalhães (2006, p. 9):
As tramas do cotidiano somadas à burocracia e ao imediatismo numérico, ou 
seja, “atender o maior número de pessoas” nos trazem conflitos diários que 
vão se incorporando, muitas vezes de maneira imperceptível. Quando nos 
damos conta, nos percebemos “(...) transmutando hábitos e, mesmo ‘vícios’ 
em normas do agir? Quantas vezes esquecemos de rever e de questionar nossa 
ação, em todos os aspectos que a abrangem, incluindo aqueles que dizem 
respeito à instrumentalidade que serve de ponto de apoio ao nosso trabalho?”.
Falamos da importância de se aprofundar o conhecimento sobre a realidade 
social na qual estão inseridos os usuários do Serviço Social, o que pode ser 
obtido por meio do uso dos instrumentais. Assim, há que se destacar que a 
técnica também é importante, uma vez que é por meio dela que os instrumentos 
serão aprimorados ou o mais adequado deles será escolhido. 
11Instrumentalidade do Serviço Social
Com base no exposto, podemos inferir que a apreensão da realidade por 
parte do assistente social é algo bastante complexo e não realizado com base no 
imediatismo, pois exige o contato com a essência. Somentecom a apreensão da 
realidade é possível ao assistente social pensar a prática profissional e definir 
as melhores estratégias e instrumentos a serem utilizados. 
CASTRO, M. M. C. ; OLIVEIRA, L. M. L. Serviço social e saúde: os instrumentos e técnicas 
em questão. Lusíada, n. 39, 2012. Disponível em: <http://canaldoassistentesocial.com.
br/wp-content/uploads/2018/04/instrumentalidade-e-ss.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2019.
COSTA, F. S. de. M. Instrumentalidade do Serviço social: dimensão teórico-metodológica, 
ético-político e técnico-operativa e exercício profissional. Dissertação (Mestrado), 2008.
CONSELHO FEDERAL DE SERVIÇO SOCIAL (Org.). O Estudo Social em perícias, laudos e 
pareceres técnicos: contribuições ao debate no judiciário, na penitenciária e na previ-
dência social. São Paulo: Cortez, 2003.
GUERRA, Y. Instrumentalidade do processo de trabalho e serviço social. Revista Serviço 
Social e Sociedade, n. 62, 2000. Disponível em: <http://canaldoassistentesocial.com.br/
wp-content/uploads/2018/04/instrumentalidade-e-ss.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2019.
GUERRA, Y. A instrumentalidade do serviço social. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
IAMAMOTO, M. V. O serviço social na contemporaneidade: trabalho e formação profis-
sional. 13. ed. São Paulo: Cortez, 2007.
MAGALHÃES, S. M. Avaliação e linguagem: relatórios, laudos e pareceres. 2. ed. São 
Paulo: Veras, 2006.
MIOTO, R. C. T. Perícia social: proposta de um percurso operativo. Serviço Social e 
Sociedade, n. 67, v. 22, 2001.
Instrumentalidade do Serviço Social12
PERIN, S. D. A visita domiciliar como instrumento de apreensão da realidade. In: EN-
CONTRO NACIONAL DE SERVIÇO SOCIAL NO MINISTÉRIO PÚBLICO, 2., Brasília, 2008. 
Anais..., Brasília, 2008. 
PORTES, L. F.; PORTES, M. F. Os instrumentos e técnicas enquanto componentes da 
dimensão técnico-operativa do Serviço Social: aproximações acerca da observação e 
da abordagem. In: LEVORATTI, C.; COSTA, D. (Org). Instrumentos técnico-operativos no 
serviço social: um debate necessário. Ponta Grossa: Estúdio Texto, 2016.
SOUSA, C. T. A prática do assistente social: conhecimento, instrumentalidade e in-
tervenção profissional. Emancipação, n. 8, v. 1, 2008. Disponível em: <http://www.
revistas2.uepg.br/index.php/emancipacao/article/view/119>. Acesso em: 16 jan. 2019.
Leitura recomendada
BAVARESCO, R.; GOIN, M. Instrumentalidade profissional do serviço social: as mediações 
da prática profissional. [2016]. Disponível em: <http://www.fema.com.br/sitenovo/wp-
-content/uploads/2016/09/4-Instrumentalidade-Profissional-do-Servi%C3%A7o-Social-As-
-Media%C3%A7%C3%B5es-da-Pr%C3%A1tica-Profissional.pdf>. Acesso em: 16 jan. 2019.
13Instrumentalidade do Serviço Social
Conteúdo:
 
Dica do professor
As dimensões teórico-metodológicas, técnico-operativas e ético-políticas são trabalhadas no 
Serviço Social no âmbito da instrumentalidade, sendo, portanto, consideradas como elementos 
constitutivos da prática profissional.
Nesta Dica do Professor, você vai ver um pouco mais sobre essas três dimensões, a fim de 
compreender a sua importância para a prática profissional.
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Exercícios
1) A instrumentalidade é um elemento constitutivo do Serviço Social, sendo a partir dela que 
os assistentes sociais modificam, transformam e alteram as condições objetivas e subjetivas, 
assim como as relações interpessoais e sociais existentes no cotidiano.
Sendo assim, o que é instrumentalidade?
A) São os instrumentos necessários para o desenvolvimento da prática profissional.
B) Propriedade e/ou capacidade que a profissão vai adquirindo à medida que concretiza 
objetivos.
C) É a transformação das finalidades em objetivos profissionais.
D) São os meios necessários para realizar a atividade profissional.
E) São as condições oferecidas na sociedade para que o assistente social possa trabalhar.
2) Quando o assunto é a instrumentalidade, também é importante refletir sobre as dimensões 
constitutivas da profissão: dimensão ético-política, técnico-operativa e teórico-
metodológica.
Sobre essa última dimensão, qual alternativa melhor representa a sua definição?
A) Refere-se aos objetivos e às finalidade das ações baseadas em princípios éticos e valores 
humanos.
B) Refere-se à capacidade de relacionar método e teoria com a prática profissional.
C) Refere-se à forma como o profissional organiza a sua atuação baseado nos princípios contidos 
no Código de Ética profissional. 
D) Refere-se à articulação das três dimensões, as quais são complementares entre si.
E) Refere-se ao entendimento das particularidades da profissão.
O assistente social deve ter claro quais instrumentos devem ser utilizados no 
desenvolvimento da sua prática profissional.
3) 
Sendo assim, o que se entende por instrumental?
A) Conjunto articulado de instrumentos e técnicas que possibilitam a intervenção profissional.
B) Habilidade em utilizar os meios necessários para a realização do trabalho.
C) Forma de realizar a prática profissional sem que esta seja baseada no senso comum.
D) Aquele que melhor contribui para a intervenção na realidade profissional.
E) Aquele que melhor contribui para a intervenção na realidade social.
4) Os instrumentos podem ser vistos como forma de desvendar a realidade, aprimorar o 
trabalho e atingir finalidades em resposta às demandas apresentadas. Um desses 
instrumentos é a visita domiciliar.
Qual é a característica desse tipo de instrumento?
A) Forma de conhecimento mais aprofundada sobre a realidade dos usuários, pois possibilita o 
contato com o ambiente em que vive e a dinâmica familiar e comunitária.
B) Consiste na ação de perceber e conhecer um fato que auxilie na compreensão da realidade, 
objeto de trabalho.
C) Processo metodológico específico do Serviço Social, que tem por finalidade conhecer com 
profundidade, e de forma crítica, uma determinada situação ou expressão da questão social, 
objeto da intervenção profissional.
D) Consiste em um espaço para troca de informações e conhecimentos entre profissionais que 
atuam junto com o objetivo de apresentar, discutir e buscar soluções para as demandas 
apresentadas, além de decidir coletivamente sobre questões importantes, as quais dizem 
respeito ao grupo.
E) Constitui-se em um instrumento que possibilita o levantamento de dados e informações que 
favorecerão ao conhecimento de uma dada realidade.
5) O assistente social utiliza instrumentos e técnicas, realizando sua intervenção com base na 
realidade social de seu usuário.
Sendo assim, o que se pode entender por realidade social dos usuários?
A) É possível entender como a vida do sujeito que está aparente ao profissional.
B) Trata-se da vida do individuo, considerando sua família, seu trabalho e sua renda.
C) É possível entender como a vida do sujeito, a qual está aparente ao profissional.
D) Trata-se de movimentos complexos, os quais nem sempre são possíveis de serem 
identificados de forma imediata, sendo necessário buscar a essência dos fenômenos para 
desvendá-la.
E) A realidade social não é composta por elementos ocultos aos olhos, somente ao que é 
aparente.
Na prática
O instrumental ligado ao Serviço Social pode ser considerado como uma estratégia, por meio da 
qual a ação se realiza. Há uma variedade de instrumentos disponíveis na literatura, sendo 
necessário que o profissional tenha domínio desses instrumentos, a fim de favorecer a atuação 
profissional.
Neste Na Prática, você vai ver um exemplo do uso dos instrumentos na atuação profissional.
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https://statics-marketplace.plataforma.grupoa.education/sagah/b06b6f3f-3aad-4971-b9e9-d173090f2cef/50f76e0d-643e-4c15-abe2-1d179a106e32.jpg
Saiba +
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixoas sugestões do professor:
Aspectos sociofamiliares constitutivos do estudo social de 
adolescentes com fissura labiopalatina
Leia o seguinte artigo, no qual as autoras apresentam os dados de uma pesquisa em que o estudo 
social foi utilizado para conhecer a realidade dos adolescentes usuários de um serviço público de 
saúde.
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Política social e Serviço Social: os desafios da intervenção 
profissional
Neste artigo, as autoras discutem política social e Serviço Social, assim como os desafios que essa 
relação apresenta para a intervenção profissional.
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A Instrumentalidade na prática do Assistente Social
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https://cienciasdasaude.famerp.br/index.php/racs/article/view/31/25
https://periodicos.ufsc.br/index.php/katalysis/article/view/26181
https://blog.gesuas.com.br/a-instrumentalidade/

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