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Psicologia Jurídica no Brasil, campos de atuação

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Psicologia Jurídica, campos de atuação no Brasil 
Thállita Simão Vaz Batista, graduanda de psicologia Faculdade de Iporá – FAI. 
 
O grande marco para o desenvolvimento da psicologia junto ao direito teve início quando a 
profissão psicólogo foi reconhecida em 27 de agosto de 1962, com a LEI Nº 4.119. Sendo este um 
ponto importante, onde foi permitindo que a psicologia alcançasse todos os aspectos que o ser 
humano está envolvido. 
Segundo Caio Correia, é impossível estabelecer uma data oficial para o nascimento da 
psicologia jurídica, pois não existe um registro histórico exato. Além disso, o processo não foi 
imediato, o trabalho foi muitas vezes informal através de profissionais voluntários que se dispuseram 
a ajudar, demarcado um mercado de trabalho que foi estabelecido aos poucos no decorrer dos anos. 
(LAGO et al.,2009). 
Entre os poucos documentos antigos sobre psicologia e direito, percebe-se que a união de 
ambos se deu com a implantação das medidas socioeducativas previstas para menores infratores, a 
psicologia então passa a ser fundamental ao buscar orientar, apoiar e socializar crianças e jovens 
após um delito. Nesses momentos a psicologia vai se consolidando e abrangendo dentro da área 
forense. (MAGALHÃES). 
Na atualidade, o psicológico jurídico pode atuar no direito penal, direito da família, direito civil, 
direito da criança e adolescente e no direito do trabalho. É essencial salientar que no seu trabalho 
em processos jurídicos, o papel do psicólogo não é impor uma decisão ou influenciar diretamente o 
veredito, isso é responsabilidade do Juiz, o psicólogo exerce a função de entrevistador, avaliador e 
apresentador de dados e laudos (quando solicitado). 
No direito penal, o psicólogo atua nos estudos do crime e do criminoso. Também pode ser 
solicitado para averiguar perigo do indivíduo em sociedade, condição de discernimento ou se o 
indivíduo está em sanidade mental (sendo este apenado ou em processo de julgamento). (LAGO et 
al.,2009). 
Já em relação ao direito civil, o psicólogo atua em casos de indenização por causa de danos 
psíquico, onde a vítima pode ter sido traumatizada psicologicamente e emocionalmente. E também 
em processos de averiguação de capacidade mental, problemas psicológicos, deficiências e distúrbios 
psicopatológicos. (LAGO et al.,2009). 
O psicólogo no direito da família tem o papel de atuar em divórcios litigiosos (conflituosos), 
sendo um mediador para se chegar a um acordo em que ambas as partes fiquem satisfeitas. Atua 
também na disputa pela guarda e na regulamentação da guarda compartilhada, avaliando quais dos 
genitores tem melhores condições de cuidar dos menores, apresentando os fatos ao juiz. 
Direito de crianças e adolescentes, o psicólogo atua no processo de adoção, destituição de 
poder familiar e na área pericial com acompanhamento e medidas socioeducativas. O psicólogo na 
adoção trabalha junto com os casais que querem adotar, com a criança e por fim com todos juntos, 
buscando ser um apoio nesse processo de transição e de aceitação. A destituição familiar são casos 
previstos na Lei onde os pais perdem seus poderes sobre os filhos, e estes são encaminhados para a 
tutela de uma outra família até a maioridade civil. Nas medidas socioeducativas com menores 
infratores o psicólogo tem o papel de trabalhar com esses jovens, ajudando-o a refletir sobre o crime 
e socializa-lo novamente, demostrando que é possível viver uma vida diferente, e o essencial nesses 
casos é acreditar no menor, acreditar na sua capacidade, estabelecendo um relacionamento positivo 
com o mesmo. 
No direito do trabalho o psicólogo pode atuar em perícias para avaliar a relação entre as 
condições de trabalho e a saúde mental do trabalhador. Ou seja em casos de acidentes, e também de 
idenizações em relação a estes. 
Desde épocas atrás a junção dessas duas áreas de conhecimento (jurídico e psicológico) tem 
gerado grandes benefícios para os envolvidos. Dessa forma a psicologia utiliza de seus 
conhecimentos, teorias, práticas e técnicas para ajudar a resolver conflito, e mediar soluções da 
melhor forma possível. 
 
Referências 
LAGO,Vivian et al. Um breve histórico da psicologia jurídica no Brasil e seus campos de atuação. 
Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/estpsi/v26n4/09.pdf> Acesso em: 17 de janeiro de 2019. 
MAGALHÃES, Caio. A psicologia jurídica no Brasil e seus ramos de atuação. Disponível em: 
<http://www.unicerp.edu.br/revistas/rumos/2017-v2/ART-06-RUMOS-2017-2.pdf> Acesso em: 15 de 
janeiro de 2019.

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