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Produção Gráfica

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PRODUPRODUÇÇÃO GRÃO GRÁÁFICAFICA
Prof.ª Ana Luiza Cerbino
Conteúdo
� Unidade 1 – Histórico
1.1 Comunicação impressa
1.2 A Bíblia de Gutenberg
1.3 Noções básicas de Tipografia
� Unidade 2 – Noções Fundamentais
2.1 As divisões de trabalho na indústria gráfica
2.2 Etapas da produção gráfica
2.3 Preparação de originais
2.4 Traço, meio-to e retícula
2.5 Lineatura
� Unidade 3 – Cor
3.1 Conceito: Luz X Pigmento
3.2 Síntese aditiva e subtrativa de formação de cores
3.3 Cores primárias, secundárias, terciárias e complementares
3.4 Impressão em P&B e monocromia
3.5 Policromia
3.6 Duotone, tritone e quadritone
3.7 Cores de seleção e de escala
3.8 Cores especiais
� Unidade 4 – Impressão
4.1 Especificações de entradas em máquina
4.2 Fotogravura e fotolito
4.3 Produção de fotolitos, CTP e DTP
4.4 Provas de pré-impressão
4.5 Elementos da matriz gráfica
4.6 Classificação dos processos de impressão
4.7 Relevografia
4.8 Encavografia
4.9 Olanografia
4.10 Permeografia
4.11 Digitais diversos / Eletrográficos e Híbridos
4.12 Inovações tecnológicas em impressão
� Unidade 5 – Papel
5.1 História do papel
5.2 Processo de fabricação do papel
5.3 A escolha do papel
5.4 Propriedades e características do papel
5.5 Formatos de fábrica e direção das fibras do papel
5.6 Tipos de papel
5.7 Cálculo de consumo e aproveitamento de papel
5.8 Outros suporte relevantes
� Unidade 6 – Acabamentos
6.1 Acabamentos tradicionais (corte reto, dobras etc)
6.2 Encadernações
6.3 Impressões adicionais
6.4 Efeitos sobre o papel
� Unidade 7 – Orçamento Gráfico
7.1 Especificações técnicas para pedidos de orçamento
7.2 Orçamento para lâminas soltas e paginados sem diferença entre capa e 
miolo
7.3 Orçamento para paginados com diferenciação entre capa e miolo
Para que serve o produtor grPara que serve o produtor grPara que serve o produtor grPara que serve o produtor grááááfico?fico?fico?fico?
- É o profissional responsável por coordenar todas as fases da 
produção industrial de um impresso. Cuida para que esse seja 
adequadamente desenvolvido atendendo as necessidades das 
diferentes etapas da fabricação de produtos gráficos, sendo feito 
ainda de acordo com as determinações do cliente (custo, prazo, 
entrega, etc.). 
PENSAR UM IMPRESSO ---- Significa saber como transformar uma 
idéia visual em uma realidade impressa. 
- A melhor forma de se “pensar um impresso” é entender que ele não 
é feito de várias partes separadas, mas que é algo único e, que essa 
unidade, é conseqüência de uma série de operações. Ou seja, o 
produto impresso é resultado de um conjunto interligado de ações e 
produções. 
� Etapas da produção de um impresso
� Criação / Projeto gráfico / diagramação e lay-out / artefinalização.
Ocorre na agência e termina ao se concluir os originais que serão 
impressos. Até a década de 1980 esses originais eram em papel e se 
chamavam artes-finais. Atualmente, são arquivos gerados em 
computador.
� Pré-impressão: Digitalização e edição de imagens / geração e 
provas dos fotolitos.
Em geral é processada no birô de pré-impressão. Sua principal tarefa 
é a produção dos fotolitos que são “máscaras” utilizadas para a 
produção das matrizes da maioria dos processos gráficos. Os fotolitos, 
porém, tendem a ser abandonados à medida que estes processos 
estão cada vez mais informatizados. 
� Impressão 
Gravação da matriz / provas de impressão / impressão.
É iniciada com a produção da matriz, em geral na própria gráfica 
onde se dará essa etapa. 
� Pós-impressão / Acabamento
Dobras / revestimentos / vernizes / refiles / cortes especiais /
encadernação / empacotamento.
Essa etapa pode ou não ser realizada por outros fornecedores que
não sejam a própria gráfica onde o impresso será produzido. Inclui 
tudo aquilo que é posterior à impressão e anterior ao empacotamento 
dos impressos: corte, refile, aplicação de vernizes e revestimentos, 
grampeamento, encadernação, etc.
� Conta-fios
Instrumento utilizado pelo 
produtor gráfico para 
avaliar e aprovar, ou não, 
os resultados das provas 
e das impressões. 
Trata-se de uma lente que 
possui uma distância focal 
ideal, que facilita a 
visualização de retículas, 
das cores, ou mesmo de 
erros ocorridos durante os 
processos de impressão.
Unidade I - HISTHISTHISTHISTÓÓÓÓRICORICORICORICO
- Considera-se que o primeiro livro impresso ocidental 
tenha sido a “Bíblia de 42 linhas”, editada por 
Gutenberg, entre 1454 e 1456, utilizando para isso 
uma nova técnica : caracteres móveis ajustáveis 
gravados em metal, permitindo que um modelo 
produzido fosse usado várias vezes. O tipo de metal 
reproduzia a escrita gótica, que era o estilo da época 
utilizado em manuscritos bíblicos e litúrgicos. 
- A rápida reprodução de textos com tipos móveis foi um 
acelerador decisivo para a difusão das idéias 
humanistas. Além disso, a efervescência renascentista 
criou novos públicos que consumia a informação 
escrita. Transformações culturais e tecnológicas 
alteraram profundamente as formas da representação 
da escrita, fazendo da tipografia uma importante e 
sofisticada atividade.
Página da Bíblia de 42 linhas, 
impressa por Gutenberg. 
Exemplo de manuscrito medieval que 
serviu de modelo para os livros 
impressos com a técnica dos tipos 
móveis de metal.
Iluminura de uma letra “P” capitular da 
Bíblia de Malmesbury, livro manuscrito 
medieval.
- A partir do início do século XVI, tipógrafos italianos e franceses 
utilizaram como modelo a caligrafia com minúsculas (caixa baixa), 
derivadas das cursivas humanísticas, e também incorporaram os 
modelos baseados na escrita monumental, derivadas das lapidares 
romanas (caixa alta), para formar o conjunto tipográfico usado 
atualmente.
- Livros impressos por Aldo Manuzio, editor e tipógrafo veneziano, que 
ao utilizar a escrita humanística, torna a página impressa mais leve, 
limpa e legível, com maior espacejamento entre as palavras. Utilizava 
para isso alfabetos completos, com a caixa alta combinando com a
caixa baixa, todas dentro do mesmo estilo.
- Primeiros tipos metálicos (liga de chumbo 
e estanho) fabricados por Gutenberg. Sua 
grande invenção foi fundir uma quantidade 
sem limite de letras a partir de moldes 
reutilizáveis (matrizes).
COMPONEDOR
Espaço entre 
palavras
Lingote
Tipo
Bloco de texto pronto 
para ser fixo na galé.
Fôrma tipográfica 
Prensa manual de 
madeira
- O termo fonte, deriva do latim fundere (fundir), técnica empregada 
para a confecção de tipos de metal. Embora hoje defina-se fonte 
como “um arquivo digital, com instruções para que monitores e 
impressoras produzam imagens com propriedades métricas”, esse e 
muitos outros termos em uso, como entrelinha, corpo, caixa alta e 
baixa, etc., derivam do desenvolvimento das técnicas de impressão 
por tipos móveis.
- O trabalho do tipógrafo dos tipos de metal era voltado aos interesses 
do leitor. Cabeçalhos, notas de rodapé, pontuação, quebra de 
parágrafos, negritos, itálicos, etc., são apenas alguns dos recursos 
ausentes dos manuscritos que foram incorporados à página 
impressa, ajudando a reordenar o pensamento do leitor.
- Ao assumir o trabalho de editor e organizador do texto impresso, o 
impressor torna possível uma formatação racional da informação a 
ser fixada no papel. Quando o texto, a informação, passa a ser 
difundida de forma idêntica e simultânea, não apenas uma nova 
maneira de perceber a palavra escrita surge, como transforma a vida 
intelectual da sociedade ocidental.
- Durante séculos a tipografia esteve 
atada aos princípios de 
representação da escrita, sendo 
apenas reconhecida como produtora 
de valor lingüístico. 
- No final do século XIX, surgiram os 
tipos bastão, muito utilizados em 
anúncios impressos, e chamadosde 
comercial. Criaram-se letras ilegíveis, 
páginas diagramadas totalmente 
desalinhadas, margens 
desproporcionais aos textos, etc.
Anúncios produzidos para jornais, do final do 
século XIX, usando a técnica da tipografia, e 
que mostra a variedade de tipos usados.
- Em 1796, Aloys Senefelder criou o processo planográfico de 
impressão, ou a litografia. A litografia transferia a imagem de uma 
superfície plana, ao contrário da prensa de Gutenberg, que imprimia a 
partir de uma matriz em relevo. Sua importância deve ser 
compreendida, principalmente, no âmbito dos impressos comerciais e 
publicitários do século XIX.
- Com o surgimento da cromolitografia (várias cores), no final do século 
XIX, a litografia teve seu momento de maior aprimoramento. Esse 
processo consistia na separação das cores a serem impressas em 
diferentes matrizes (pedras), permitindo uma qualidade de reprodução 
colorida que até então não havia sido conseguida.
- Essa inovação vai ao encontro do aumento da demanda de impressos 
alimentada pela crescente população urbana e pelas atividades culturais 
que cercavam seu cotidiano. Cartazes, rótulos, revistas ilustradas e 
produtos publicitários foram as principais mídias que encontraram na 
litografia o sistema ideal de impressão. 
Pedras de impressão litográfica (lithos = pedra).
PROCESSO: A imagem desejada é desenhada na pedra (matriz) 
com crayon gorduroso, e a superfície, após o término do desenho, é
submetida a um banho de ácido, corroendo e sensibilizando a área, 
exceto onde o crayon foi usado. A pedra é colocada na prensa e 
entintada com uma tinta espessa e gordurosa que entra em contato
com o papel: a tinta se fixa na área que o crayon marcou. Matrizes 
separadas são necessárias para cada cor em uma impressão colorida. 
Acima e ao lado, rótulos 
nacionais impressos com a 
técnica da litografia. 
Final do século XIX.
- A grande vantagem da litografia 
estava na possibilidade de criação –
incluindo o desenho da letra – sobre 
a matriz. A composição podia ser, 
ao mesmo tempo, pensada e 
impressa, o que promoveu o 
imbricamento entre imagem e texto. 
O texto passou a ser tratado 
como imagem.
� - Quando o objetivo da comunicação impressa é a transmissão de 
idéias, o texto ainda deve observar padrões de legibilidade. A 
esses parâmetros de linearidade e conforto de leitura, 
estabelecidos durante séculos, se contrapõem experimentos nos 
campos editoriais e publicitários. 
� - O que se lê e se vê hoje é resultado direto das mudanças 
causadas pelo computador. A tipografia atual faz parte de um 
processo evolutivo que já teve outros saltos significativos e 
transformadores da realidade social. 
� - Explorar as características do meio digital significa familiarizar-se 
com os detalhes técnicos envolvidos na criação de uma fonte 
digital, pois qualquer fonte que tenha como objetivo o seu uso em 
documentos eletrônicos ou impressos deve levar em consideração 
os limites impostos pela resolução das telas e para sua impressão.
TIPOGRAFIA
� Do grego typos – forma e graphein – escrita.
� É a arte e o processo de crição na composição de um 
texto. O objetivo principal da tipografia é dar ordem 
estrutural e forma à comunicação impressa. Por 
analogia, tipografia também passou a ser um modo de 
se referir à gráfica que usa uma prensa de tipos 
móveis, processo de impressão bastante usado até
meados do século XX.
ELEMENTOS 
CONSTITUINTES 
DE UM TIPO

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