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UNIVERSIDADE PAULISTA Campus de Jaboticabal MÓDULO 2 Departamento de Produção Vegetal DISCIPLINA: TEMA: PROFESSORES: EDIÇÃO: 03 Silvicultura Dendrologia Rinaldo César de Paula Sérgio Valiengo Valeri Atualizada e ampliada 2 0 1 6 1. Dendrologia Dendrologia significa estudo das árvores. Do grego: dendro - árvore; logos – estudo, tratado. O termo foi proposto pelo naturalista italiano Ulisse Aldriovandi, em 1668 (SOUZA, 1973). Dendrologia é a parte da Silvicultura que inclui os estudos morfológicos, anatômicos, fisiológicos e de classificação sistemática das árvores. unesp FACULDADE DE CIÊNCIAS AGRÁRIAS E VETERINÁRIAS Árvore é um vegetal perene que produz lenho secundário e atinge altura mínima de oito metros na fase adulta. Partes integrantes da árvore: raiz, caule e copa 2. Componentes da Árvore Raízes pivotantes são aquelas em que há predominância do eixo principal sobre as raízes secundárias. A raiz principal penetra verticalmente no solo, emitindo raízes secundárias finas, em direção oblíqua. Ocorrem na maioria das essências florestais: eucalipto, jatobá, jequitibá, entre outras. Raízes superficiais são aquelas em que as raízes secundárias se desenvolvem com a mesma força que a principal, próximas à superfície do solo. As espécies que possuem este tipo de raízes podem ser plantadas em solo raso, mas dependem de chuvas regulares durante o ano. Espécies de coníferas são exemplos, como de gênero Pinus. O sistema radicular fixa a árvore ao solo de onde retira, por meio dos pelos absorventes, água e sais minerais indispensáveis à sua vida. 2 O estudo do sistema radicular das espécies florestais interessa ao silvicultor por lhe dar subsídios para a escolha do tipo de solo onde as mesmas devam ser cultivadas. A morfologia do caule está correlacionada principalmente com os aspectos de utilização comercial da madeira. O Fuste é a parte do caule comercializável, desprovida de ramos laterais. Além do caule, os demais componentes da árvore são considerados resíduos da exploração florestal. As características morfológicas das folhas, bem como a arquitetura da copa das árvores estão correlacionadas com aspectos fisiológicos, como aproveitamento da luz solar, que têm implicações na escolha de espaçamento de plantio. Tronco de angico Tronco de eucalipto Caule é a parte da árvore que fica entre as raízes e a copa. Tem as funções de sustentação (da copa), de condução (da seiva) e de armazenamento (de substancias de reserva). É a parte da árvore que fornece a madeira, sendo, portanto a mais importante. Copa é a parte da árvore constituída pelos ramos, flores, folhas e frutos. Tem as funções de fotossíntese, respiração e transpiração. farinha-seca Cupressus 3 3. Crescimento do Caule . Altura e diâmetro . Anéis de crescimento . Cerne e alburno . Planos de observação e composição do lenho O crescimento em altura ocorre graças aos meristemas apicais, que mantêm sua atividade durante toda a vida da árvore. O crescimento em diâmetro ocorre devido à atividade do câmbio, que é um tecido meristemático secundário. O câmbio produz células para o interior que formam o lenho ou xilema e também para o exterior, que formam o liber ou floema. A cada camada de lenho que o câmbio forma para dentro, ele vai sendo empurrado para fora, e o diâmetro do tronco é aumentado. A espessura do xilema é muito superior à do floema, porque são produzidas mais células de xilemas do que floema e porque após aproximadamente um ano, o floema perde sua atividade fisiológica e se desloca para o exterior, integrando-se à casca que se descama periodicamente. Anel de crescimento do lenho formado na Primavera e verão Traqueídeo de comprimento menor, maior largura e parede mais fina, componente do anel formado na primavera/verão, de coloração mais clara. Fonte: Lepage et al. (1986) Primavera/Verão - Gema apical produz maior quantidade de auxina - Crescimento vegetativo intenso - Células de maior diâmetro - Maior lúmem - Menor comprimento - Paredes mais finas - Menos denso - Anel primaveril, ou inicial ou precoce 4 Anel de crescimento do lenho formado outono e inverno Traqueídeo de comprimento maior, menor largura e parede mais grossa, componente do anel formado no outono/inverno, de coloração mais clara. Fonte: Lepage et al. (1986) 4. Composição do Caule O caule é composto de três partes, que aparecem num corte transversal, do interior para o exterior: medula, lenho e casca. Medula é um tecido meristemático primário, localizado na região central em toda a extensão do tronco. É de diâmetro reduzido, porque perde logo a capacidade de se dividir. É de pequena importância. Lenho ou Xilema é a parte do caule localizado entre a medula e a casca. É formado pelas células que o câmbio produz para o lado de dentro, onde o câmbio é um tecido meristemático secundário. Tem as funções de sustentação, armazenamento e condução de seiva bruta. É a parte mais importante do caule, fornecendo a madeira. Outono/Inverno Menor produção de auxina em relação à giberelina - Células de menor diâmetro - Menor lúmem - Maior comprimento - Paredes mais espessas - Mais denso - Anel outonal, ou tardio ou estival 5 Lenho ou Xilema Cerne - Parte interna do lenho - Fisiologicamente inativo - Impregnado de substâncias corantes - Células lignificadas - Em geral, mais escuro - Menos permeável - Mais comercial - Função mecânica - Em geral de maior densidade Alburno - Parte externa do lenho (lenho jovem - Fisiologicamente ativo (células vivas) - Função: condução e armazenamento - Mais claro - Mais permeável - Menos comercial - Susceptível a organismos deterioradores (xilófagos) - Menor densidade Componentes do caule em seção transversal, radial (no sentido das células do raio da medula à casca) e tangencial aos anéis de crescimento. Fonte: Burger e Richter (1991). 6 Fonte: Taylor at al. (1978) A casca é dividida em duas partes. A interna, denominada de floema, tem as funções de proteção ao lenho e de condução da seiva elaborada. A parte externa da casca é inativa fisiologicamente e provém do líber ou floema, também tem a função de proteção do lenho e recebe o nome de ritidoma. Ritidoma Floema Casca: Células do câmbio 7 5. Planos de Observaçãodo Caule Secção de caule (tronco) de uma conífera, mostrando os planos de corte e/ou observação: X - transversal, R - longitudinal radial, T - longitudinal tangencial. Fonte: Ilustração Kimura, L. (BOTOSSO, 2009). X - Secção Transversal ou de Topo, o corte é feito perpendicular às fibras e ao eixo maior do caule. Nesta secção, a disposição dos tecidos é melhor observada. Podem ser observados os raios, canais de resina (nas coníferas), parênquima radial e axial, traqueídeos e fibras librioformes dos anéis primaveril e outonal, poros (nas folhosas). R - Secção Longitudinal – radial, o corte é feito paralelo ao eixo maior do tronco, paralelo aos raios lenhosos em um plano passando pela medula e perpendicular aos anéis de crescimento. T - Secção Longitudinal – tangencial, o corte é feito paralelo ao eixo maior do caule, perpendicular à direção dos raios lenhosos e tangencial aos anéis de crescimento. Podem ser observados os traqueídeos e as fibras. 1 Siau (1971), citado por Lepage et al. (1986). 1. SIAU, J. F. Flow in wood. Syracuse,: Syracuse University Press, 1971. 131p. il. X R T Siau (1971) 1 8 6. Estrutura Anatômica do Lenho Madeira de Coníferas Pinus sylvestris Fonte: Taylor et al. (1978). Lenho de conífera. Fonte: Panshin e Zeeuw (1970) 1 , citado por IPT (1988). 1 - PANSHIN, A. J.; ZEEUW, C. Textbook of wood technology. 3. ed. New York: McGraw-Hill, 1970, v. 1 (McGraw-Hill Series in Forest Resourses). 9 A organização estrutural das madeiras de coníferas é relativamente simples. É constituída de traqueídeos (90 a 95% do volume) e de parênquima axial e radial. Traqueídeos ou fibra-traqueídeos são células alongadas sem perfurações nas extremidades e providas de pontuações em suas paredes. Têm as funções de condução e sustentação. As fibras de coníferas são considerados fibras-longas, cujo comprimento varia de 2 a 6 mm e a largura de 35 a 45 , podendo chegar a 10 mm (Araucaria). Fonte: 1 Siau (1971), citado por Lepage et al. (1986) 1. SIAU, J. F. Flow in wood. Syracuse,: Syracuse University Press, 1971. 131p. il. 10 Lenho de uma conífera nos três planos de observação. Fonte: Taylor et al. (1978). 11 Madeiras de Folhosas As folhosas representam um estágio mais evoluído no Reino Vegetal. Têm tecidos mais especializados e estrutura mais complexa do que as coníferas, pois apresentam um maior número de tipos de células em sua composição. A função de sustentação é desempenhada pelas fibras, enquanto que a de condução é desempenhada pelos vasos. Lenho de uma folhosa nos três planos de observação. Fonte: Esau (1974). 12 Lenho de uma folhosa nos três planos de observação. Fonte: Taylor et al. (1978). 13 Fibra da Madeira de Folhosa As fibras de folhosas são células alongadas com as extremidades afuniladas, havendo as fibras libriformes que apresentam pontuações simples, e os fibros-traqueídeos com pontuações areoladas, extremidades mais arredondadas e paredes mais finas. São consideradas fibras curtas, cujas dimensões variam de 0,7 a 1,5 mm de comprimento e de 15 a 25 de largura. A estrutura de madeira de eucalipto é composta por 65% de fibras (fibras librioformes e fibro-traqueídeos), 17% de vasos e 18% de células parenquimatosas (axial e radial). Elementos constituintes do xilema de uma folhosa: A, B, C – elementos de vaso largos; D, E, F – elementos de vaso estreitos; G - traqueídeos; H - fibro-traqueídeos; I - fibra-libriforme; J - células de parênquima radial; K – células de parênquima axial. Os elementos vasculares apresentam as extremidades perfuradas, através das quais ligam-se a outros elementos vasculares, formando tubulações longitudinais chamadas vasos. São vistos na secção transversal do caule como poros. Fonte: Esau (1974). 14 Fonte: Sjöstrom (1981) 1 , citado por Lepage et al. (1986) Do exterior para o interior de uma fibra (célula da madeira), aparecem a lamela média, a parede celular propriamente dita e o lúmen. A parede celular é subdividida em parede primária e secundária. A lamela média está localizada entre as células, sendo formada basicamente por lignina. A parede primária contém pequena porcentagem de celulose (5 a 10%) e alta porcentagem de lignina (60 a 75%). A parede secundária é formada de 3 camadas, denominadas S1, S2 e S3. As camadas S1 e S3 são de espessura equivalente, muito menor que a espessura da camada S2. Como a maior parte da parede celular é formada pela camada S2, as características dessa camada influem nas características da madeira. A parede secundária apresenta em torno de 50% de celulose, 30% de hemiceluloses e 20% de lignina. 1. SJÖSTROM, E. Wood chemistry: fundamentals and applications. New York: Academic Press, 1981. 1121p. Estrutura da parede celular de uma fibra: ML – lamela média; P – parede primária; S1 – camada externa; S2; camada secundária média; S3 – camada secundária interna; W – verugas cerosas do lúmen. Industrialmente, celulose é conceituada como uma pasta composta por fibras de madeira. Dependendo do processo de fabricação da celulose a pasta é mecânica ou química. 15 7. Ramificação Os ramos laterais de uma árvore se desenvolvem a partir de gemas existentes nas axilas das folhas. A morfologia do caule é amplamente determinada pela ramificação, que pode ocorrer de duas maneiras: monopodial e simpodial. A ramificação monopodial ocorre quando durante o desenvolvimento da árvore predomina sempre o eixo principal, por atividade de uma única gema, a apical, a exemplo das espécies dos gêneros Eucalyptus, Pinus e Araucaria. A ramificação simpodial ocorre quando cessa em determinada época a atividade da gema apical e desenvolvem-se sucessivamente várias gemas secundárias. À pequena altura do solo, o caule se divide em dois ou mais ramos, que por sua vez se ramificam várias vezes. Ocorre com a maioria das espécies florestais brasileiras, como os ipês, pau-ferro, paineira e fruteiras como a mangueira. 8. Forma das Árvores Forma específica: A árvore apresenta forma específica quando cresce isoladamente, recebendo luz plenamente; os ramos laterais são bem desenvolvidos e persistentes. A árvore adquire a forma típica da espécie. Eucalipto-de-flor-vermelha, Jardim Escola Secundária Domingos Sequeira- Leiria, Portugal. Ramificação monopodial Ramificação simpodial 16 Povoamento de Corymbia citriodora (ex Eucalyptus citriodora), sob regime de regeneração: talhadia sob alto fuste. As árvores de talhadia são provenientes de rebrota com idade de 10 anos e as arvores de alto fuste são provenientes de mudas por sementes com idade de 36 anos. O eucalipto na forma de povoamento adensado adquire a forma florestal e a ramificação tende a ser monopodial, possui raízes profundas e a raiz principal é pivotante, sendo assim, deve ser cultivado em solos com mais de 2 m de profundidade, dependendo da espécie, pois já aos cinco anos de idade, o eucalipto apresenta raízes de mais de dois metros de comprimento Andrade (1961). De modo geral as espécies de eucalipto são exigentes em fertilidade do solo. Copa de Corymbia citriodora na forma florestal, arboreto FCAV/Unesp em 2014. A árvore apresenta forma florestal quando cresce integrando um maciço florestal; ela apresenta um fuste longo, livre de ramos laterais até determinada altura do solo, encimado por uma pequena copa. 17 Folhosa: Machaerium scleroxylon Caviúna-com-espihos, no Arboreto da FCAV em 2014. Mesmo em ambiente de floresta artificial adensada, pela alta herdabilidade quanto à forma de ramificação, apresenta ramificação simpodial. 18 19 Espécies do gênero Pinus possui raízes fasciculadas e exploram um rio de mais de 13 m de solo ao redor da árvores, podendo ser cultivado em solos mais rasos e de menor fertilidade do que o eucalipto. Assim, o Pinus é mais frugal do que o eucalipto. 20 9. Classificação das Essências Florestais . Quanto à Longevidade . Quanto à Sociabilidade . Quanto à Frugalidade . Quanto à Naturalidade . Quanto à Tolerância . Quanto à Resistência . Quanto à Morfologia . Quanto ao Grupo Ecológico Classificação das Essências Florestais Quanto à longevidade (capacidade da espécie de se manter com vida): pequena longevidade (vivem menos de 100 anos), longevidade média (vivem de 100 a 200 anos) e de grande longevidade (vivem mais de 200 anos). Quanto à sociabilidade: sociais, quando possuem a capacidade de formar povoamentos homogêneos. Angico, pinheiro-brasileiro, pinus e eucalipto são espécies sociais. As essências disseminadas não formam povoamentos homogêneos, como o cedro (sua população é controlada pela broca da mariposa Hypsiphyla grandella Zeller, que se alimenta dos meristemas apical e dos ramos. Quanto à frugalidade (exigência da espécie em fertilidade do solo) : as espécies frugais são de pequeno consumo de nutrientes, como angico, faveiro, barbatimão e pinus. As espécies de frugalidade média são de consumo médio de nutrientes, como aroeira, angico, gonçalo-alves. Uma espécie não frugal é de grande consumo de nutrientes do solo, como cedro, peroba e jequitibá. Quanto à naturalidade: as espécies nativas ou indígenas são aquelas integrantes da vegetação natural do país. As espécies exóticas são aquelas trazidas de outros países. Uma espécie nativa ou exótica pode ser classificada como introduzida, caso seja plantada fora de sua zona de ocorrência natural. As espécies introduzidas podem ser adaptadas ou não adaptadas, em função do seu comportamento na nova região de plantio. Quanto à tolerância (habilidade das espécies de sobreviverem e crescerem à sombra de outras): as espécies tolerantes se adaptam à sombra ou à luz difusa, como cedro, cinamomo e guarantã. As espécies intolerantes exigem bastante luz ou luminosidade para se 21 desenvolverem, como pinus e eucalipto. Quanto à resistência: as essências florestais podem ser resistentes, de resistência média e não resistentes aos diversos fatores como seca, vento, calor, frio, geada, fogo, solos úmidos, pragas e moléstias. Quanto à morfologia: as essências são classificadas em dois grandes grupos morfológicos: coníferas e folhosas. As coníferas são também chamadas de resinosas, por possuírem, no tronco, canais especializados no armazenamento de resinas. Possuem folhas persistentes e com limbo pouco desenvolvido. De formato simples, são geralmente lineares e com a forma de agulha sendo conhecidas como acículas. Produzem falsos frutos com forma simples e característica, como o estróbilo e o cone ou pinha. As coníferas não se regeneram do toco após o corte da árvore, havendo entretanto exceções como a Cunninghamia lanceolata. Produzem madeira clara e mole, com fibras longas. As folhosas ou latifoliadas possuem folhas persistentes ou caducas, com limbo bem desenvolvido e de diferentes formas. Possuem frutos verdadeiros e de diferentes formas como cápsula, vagem e sâmara. As folhosas se regeneram da touça após o corte e geralmente produzem madeira mais escura e dura, com fibras curtas. Coníferas Folhosas - Resinosas - Folhas - persistentes - limbo pouco desenvolvido - simples - lineares ou em forma de agulhas - Falso fruto (estróbilo e o cone ou pinha) - Não se regeneram do toco, com algumas exceções, como Cunninghamia lanceolata. - Madeira clara e macia - Fibras longas. 2 a 6 mm - Latifoliadas - Folhas - persistentes ou caducas - limbo desenvolvido - forma variada - Frutos verdadeiros e de diferentes formas - Regeneram do toco - Madeira mais escura - Fibras curtas: 0,7 a 1,5 mm 22 Grupos Ecológicos 1. Pioneiras: • Sementes – pequenas; dormentes; alta longevidade; dispersão por animais; necessitam de luz para germinar; banco de sementes do solo. • Plântula/Planta: rápido crescimento; produção contínua de sementes; ciclo de vida curto; pequeno porte; modificadoras do ambiente; Ex.: Cecropia; Croton sp; Mimosa scabrella, Trema micrantha. 2. Secundárias: • Sementes - aladas; curta longevidade; poucas reservas; dispersão por vento ou animais; não dormentes; oportunistas de clareira; banco de plântulas. • Plântulas/Plantas - necessitam de luz para desenvolver. Ex.: Centrolobium tomentosum, Chorisia speciosa; Inga sp; Tabebuia chrysotricha 3. Climácicas: • Sementes – grandes; baixa longevidade; em geral não dormentes; germinam à sombra. • Plântula/Planta - crescimento lento; tolerantes; precisam de luz para a fase reprodutiva. Ex: Hymenaea sp; Lecythis pisonis, Genipa americana. Familia: Taxodiaceae Sinónimos: Cunninghamia lanceolata Nombre común: Cuningamia Lugar de origen: Especie originaria de China. Etimología: Cunninghamia, género dedicado a James Cunninghame, cirurgião chinês, que enviou plantas à Inglaterra. Lanceolata, do latim lanceolatus-a-um, de forma lanceolada, referindo-se às suas folhas. Cupuaçu (Theobroma grandiflorum) Ocorrência– Região Amazônica, principalmente no Estado do Pará. Outros nomes - cupuaçu-verdadeiro, Características – espécie com altura de 4 a 8 m (até 15 m na mata alta), dotada de copa alongada ou piramidal. 23 Fontes de Imagens Eucalipto-de-flor-vermelha: http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://bp0.blogger.com/__Cp74pn- pns/Ro2VyWxYKUI/AAAAAAAAC4I/gX_8Gl9e3e8/s400/DSC_0050.JPG&imgrefurl= http://dispersamente.blogspot.com/2007_07_01_archive.html&usg=__472SJsMubnfy_F WbUvXWo-gVqeA=&h=400&w=266&sz=40&hl=pt- BR&start=81&tbnid=LCZedJVXGKP- pM:&tbnh=124&tbnw=82&prev=/images%3Fq%3DEucalipto%2Bisolado%26gbv%3D2 %26ndsp%3D20%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DN%26start%3D80 Eucalipto na forma específica: http://images.google.com.br/images?gbv=2&hl=pt- BR&q=Eucalipto+isolado&sa=N&start=0&ndsp=20 Embaúba: http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://img208.imageshack.us/img208/2521/e mbaubathumb1.jpg&imgrefurl=http://natural.enternauta.com.br/plantas- medicinais/embauba-propriedades- medicinais/&usg=__BS35ZGrVPWHRuNZWH2L8lMVZrRU=&h=247&w=244&sz=29 &hl=pt- BR&start=6&tbnid=oixPH_EV_dvg_M:&tbnh=110&tbnw=109&prev=/images%3Fq%3 DEmba%25C3%25BAba%26gbv%3D2%26hl%3Dpt-BR%26sa%3DG Referências e Bibliografia Básica ANDRADE, E. 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Para objetivos comerciais (p.ex.: serraria, produção de celulose ou carvão, dentre outros), é mais interessante que a espécie tenha ramificação monopodial ou 25 simpodial? Justifique. 11. Por que as espécies arbóreas, em geral, diferem quanto à forma específica e florestal? 12. Por que para algumas espécies arbóreas não é possível formar florestas comerciais monoespecíficas? 13. Por que para algumas espécies arbóreas há grande mortalidade quando se efetua o plantio a pleno sol? Em qual grupo ecológico isto é mais comum? 14. Que espécie é mais frugal? Angico-do-cerrado ou angico vermelho? Eucalyptus sp ou Pinus sp? 15. A que grupo ecológico pertencem as árvores de alta longevidade? 16. Qual a origem da denominação “coníferas” para algumas espécies arbóreas? 17. Por que as coníferas produzem “falsos frutos”? 18. A que grupo morfológico pertencem as espécies que produzem celulose de fibras longas? 19. Como se dá o processo de regeneração natural/sucessão ecológica? 20. Por que o cedro não apresenta sociabilidade? 21. O cupuaçu é uma árvore? Morfologicamente, a que classe de essência florestal se enquadra? Teste de Asserção e Razão Responda as questões de 1 a 15, preenchendo os espaços entre parênteses do quadro final de respostas com as letras: (A) Se as duas proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda justifica a primeira; (B) Se as duas proposições (P1 e P2) forem corretas e a segunda não justifica a primeira; (C) Se a primeira proposição (P1) for correta e a segunda (P2) incorreta; (D) Se a primeira proposição (P1) for incorreta e a segunda (P2) correta; (E) Se a primeira (P1) e a segunda (P2) proposições forem incorretas. 1. (P1) Dendrologia é a parte da Silvicultura que inclui os estudos morfológicos, anatômicos e de classificação sistemática das árvores. (P2) Estes estudos são importantes para escolha de espécies, definir técnicas silviculturais como plantio, condução e exploração florestal, e tratamento preservativo da madeira. 2. (P1) Pinus apresenta raiz pivotante profunda. (P2) Eucalipto produz raízes superficiais e não apresenta raiz pivotante principal. 3. (P1) A morfologia do caule está correlacionada com os aspectos de uso comercial da madeira. O fuste é a parte do caule comercializável, desprovida de ramos laterais (P2). 4. (P1) O crescimento em altura da árvore ocorre graças ao câmbio. (P2) O câmbio é um tecidomeristemático secundário. 5. (P1). O câmbio é responsável pelo crescimento em diâmetro das árvores (P2) O câmbio produz mais células para o interior que forma o xilema do que para o exterior que forma o floema. 6. (P1) O floema perde a sua função de transporte da seiva elaborada após aproximadamente um ano e se desloca para o exterior. (P2) Ritidoma é a casca espessa e persistente resultante da morte do floema, e tem a função de proteção do lenho. 26 7. (P1) O anel de crescimento de inverno tem maior densidade do que o anel de verão. (P2) No inverno, a baixa temperatura podendo estar associada à seca, há menor atividade biológica da árvore, há menor produção de auxina em relação à giberelina, as paredes das células são mais espessas. 8. (P1) O anel primaveril ou de verão é formado por células de paredes mais finas e o tecido é menos denso do que o anel de inverno. (P2) No verão o crescimento vegetativo é intenso, a gema apical produz maior quantidade de auxina. 9. (P1) O alburno é a parte interna do lenho. (P2) O alburno é mais escuro e apresenta maior densidade do que o cerne. 10. (P1) O cerne tem função mecânica e apresenta células lignificadas. (P2) O cerne tem menor valor comercial do que o alburno para construção civil. 11. (P1) Os anéis de crescimento são observados principalmente no corte tangencial do caule. (P2) As coníferas apresentam fibras mais longas do que as folhosas. 12. (P1) As características da camada S2 das fibras influem nas características da madeira. (P2) A maior parte da parede celular é formada pela camada S2, que apresenta cerca de 50% de celulose, 30% de hemicelulose e 20% de lignina nas madeiras de folhosas. 13. (P1) As madeiras de folhosas, como do gênero Eucalyptus, produzem celulose de qualidade para papéis de escrita, pois apresentam fibras curtas. (P2) As madeiras de coníferas, como do gênero Pinus sp, produzem celulose de qualidade para papéis higiênicos e de embalagens (sacolas e sacos de lojas e supermercados), pois apresentam fibras longas. 14. (P1) Fruteiras como a mangueira e árvores das espécies brasileiras como ipês e paineira apresentam ramificação monopodial. (P2) Espécies de Araucária, Pinus e Eucalyptus apresentam ramificação simpodial. 15. (P1) A ramificação monopodial ocorre quando durante o desenvolvimento da árvore predomina sempre o eixo principal. (P2) Nesse tipo de crescimento do caule há predomínio de atividade de uma única gema, a apical. Quadro de Respostas 1. ( ) 2. ( ) 3. ( ) 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) 7. ( ) 8. ( ) 9. ( ) 10. ( ) 11. ( ) 12. ( ) 13. ( ) 14. ( ) 15. ( ) ATENÇÃO: Quando as duas alternativas são corretas, procure responder as questões colocando um porque entre as afirmativas P1 e P2 para verificar se a segunda justifica a primeira. Só consulte o gabarito, na página seguinte, após preencher o quadro de respostas acima. 27 Gabarito 1. ( A ) 2. ( E ) 3. ( B ) 4. ( D ) 5. ( A ) 6. ( B ) 7. ( A ) 8. ( A ) 9. ( E ) 10. ( C ) 11. ( D ) 12. ( A ) 13. ( B ) 14. ( E ) 15. ( A )
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