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Esquema para Prova 1 de Direito Civil - Parte Geral

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ESQUEMA PARA PRIMEIRA PROVA DE PARTE GERAL DIREITO CIVIL (DIR 2017) 
 Sergio Somenzi Junior 
 
1 
 
ESQUEMA DE CAPACIDADES 
1. Esquema lógico para Venda de um Bem: 
a. Não tem legitimidade: Não pode vender. 
b. Tem legitimidade e Capacidade de direito: Depende da capacidade de exercício; 
i. Tem capacidade de exercício: Sim, pode vender. 
ii. Não tem capacidade plena de exercício: Depende; 
1. Incapacidade é relativa: Precisa de um Assistente ou Curador. 
2. Incapacidade é absoluta: Precisa de um Representante. 
2. Definição: Em direito, capacidade jurídica é a possibilidade de uma pessoa exercer pessoalmente os atos da vida civil - isto é, adquirir direitos e contrair deveres 
em nome próprio. Há três estados de capacidade jurídica: 
i. Capacidade plena; 
ii. Incapacidade Relativa (figura do assistente); 
iii. Incapacidade Absoluta (figura do representante). 
3. Quem é dotado de capacidade civil: Toda pessoa, desde o seu nascimento com vida. 
4. Quando inicia a capacidade: Com o nascimento com vida. 
5. Tipos de capacidade: (a) Direito e (b) Exercício; 
a. Capacidade de direito: 
i. É a Aptidão para adquirir e transmitir direitos; 
ii. Todos que têm personalidade jurídica também possuem capacidade jurídica*; 
 *A capacidade de dir. confunde-se com personalidade jurídica ou personalidade civil; 
b. Capacidade de exercício: 
i. É a capacidade de agir por si diretamente com eficácia jurídica em relação aos direitos patrimoniais. 
ii. Precisa-se de um mínimo de discernimento. 
iii. Não se relaciona com direitos de personalidade (vida honra, imagem, privacidade, integridade física), os quais para serem exercidos não 
precisam da capacidade de exercício. 
6. Legitimidade: É possuir direito subjetivo: “pertinência subjetiva” (ex. não posso vender um bem que não é meu) 
7. Incapacidade é: 
a. O Regramento de ordem pública que lista as exceções à regra geral da capacidade; 
b. São regras indisponíveis, mesmo a vontade das partes não pode afastar os preceitos legais. 
8. Relativamente Incapaz (necessário um assistente): 
i. Entre 16 e 18 anos (menores púberes); 
ii. Ébrios habituais; 
iii. Viciados em tóxicos; 
iv. Deficientes mentais com discernimento reduzido 
v. Excepcionais, sem desenvolvimento mental completo; 
vi. Pródigos. 
9. Absolutamente Incapaz (necessário um Representante): 
i. Menores de 16 anos (menores impúberes); 
ii. Com enfermidade ou deficiência mental sem necessário discernimento; 
iii. O que não puderem exprimir sua vontade devido à causa transitória. (ex. anestesia geral, coma induzido, reféns de sequestro) 
10. O idoso: É plenamente Capaz (via de regra) 
11. O analfabeto: É plenamente Capaz (via de regra) 
12. O índio: A lei 6.001/73 regula a capacidade indígena conforme classificação por de grau de integração com a sociedade. 
13. Os presos: São considerados capazes(via de regra, o que há são algumas restrições de direito político e exercício do poder familiar). 
14. Efeitos de sentença de interdição são: Ex Nunc. 
15. Ébrios: (1) Eventuais – Capaz; (2) Habituais – Relativamente Incapaz; (3) Patológicos – Pode ser enquadrado como Absolutamente incapaz. 
16. Pródigos: Interdição é parcial relativa aos atos de repercussão patrimonial. Demais atos da vida civil poderão ser livremente praticados pelo pródigo sem o 
assistente. 
17. Menores: 
a. Capacidade: 
i. Absolutamente Incapaz – Menores de 16 anos; 
ii. Relativamente incapaz – Entre 16 e 18 anos. 
b. Relativamente incapazes podem: 
(1)Ser procurador de pessoa maior; (2)Fazer testamento; (3)Casar com autorização dos pais; (4) Ser testemunha e (5) Celebrar contrato de trabalho; 
c. A maioridade: Com 18 anos adquire-se capacidade plena de exercício direto dos atos da vida civil (desde que não haja outra razão de incapacidade). 
d. A emancipação: 
i. Modo de antecipação da capacidade plena; 
ii. Equipara-se a maioridade; 
iii. Voluntária: Por ato dos pais de forma pública; 
iv. Judicial: Por sentença do juiz; 
v. É irrevogável, mas pode ser anulada. 
vi. Outras formas de emancipação: 
1. Casamento; 
2. Emprego público efetivo; 
3. Graduação Universitária; 
4. Estabelecimento civil ou comercial, ou pela existência de relação de emprego, desde que, em função deles, o menor com 
dezesseis anos completos tenha economia própria. 
vii. Os pais ainda continuam responsáveis pelos atos ilícitos causados pelo filho (STF). 
ESQUEMA PARA PRIMEIRA PROVA DE PARTE GERAL DIREITO CIVIL (DIR 2017) 
 Sergio Somenzi Junior 
 
2 
 
ESQUEMA SOBRE INTRODUÇÃO AO DIREITO CIVIL 
1- Conceito de direito civil: Base do Ordenamento Jurídico de todas as sociedades; Conjunto de Normas, princípios, categoria e institutos jurídicos; Disciplina relações 
jurídicas comuns de natureza privada. Regulas pessoas na sua existência e atividade, família e matrimônio; Tem por objeto as pessoas e suas relações com as 
demais; É o direito comum das pessoas; Regulação mínima para pessoas viverem em sociedade. 
2- São Sujeitos de direito: Pessoas Naturais (ou Pessoa Física), Pessoas jurídicas e os entes despersonalizados; 
3- Entes despersonalizados são: Condomínios, massa falida, espólio e outros. 
4- Relação jurídica: É o vínculo intersubjetivo que contém direitos e deveres das pessoas. 
5- Conteúdo do Direito Civil e do CC: Conteúdo do Dir. Civil é maior que o CC, pois há outras fontes além do CC, por exemplo: Constituição, Leis, Estatutos... 
6- Divisão do CC: Parte Geral (Pessoas, Bens e Fatos Jurídicos) e Parte Especial ( Obrigações, Dir. da Empresa, das coisas e da família e sucessões) 
7- Conteúdo da Parte Geral: Princípios, conceitos e regras comuns à Parte Especial; 
8- Características do Direito Civil: Formação Histórica remete a Roma; Estável – Institutos não mudaram muito com o tempo; Personalista – Proteger a Pessoa. 
9- Processo Evolutivo do Direito Civil 
a. Direito Romano – Legado: Princípios de liberdade e Autonomia de Vontade; propriedade; testamento; obrigações... 
b. Direito Medieval – Fusão Dir. Romano (individualista), Germânico (social – bem comum) e Canônico. 
c. Direito Moderno – Revigorada a ideia de codificação com a edição do Cód. Civil Francês em 1804. Disputa pela edição do BGB na Alemanha. 
d. Direito Contemporâneo – Acrescentou aspecto social e dignidade da pessoa humana ao Dir. Moderno visando corrigir distorções do modelo liberal. Ex.: legisl. 
previdenciária, trabalhista e do consumidor. 
10- Marcos históricos da Codificação no Brasil – Demora da codificação devido choque ideais da Rev. Francesa e uma sociedade escravocrata, e adoção de monarquia 
após independência. 1º CC iniciado em 1858 e publicado em 1916 (Clóvis Beviláqua). O 2º CC iniciado em 1960 e publicado em 2002 (Miguel Reale). 
11- Modelo do Código Civil Brasileiro: Sistema aberto e móvel. Mobilidade é obtida com as cláusulas gerais (ex. boa-fé objetiva, função social do contrato). 
12- Cláusulas Gerais: são normas que apresentam um conceito jurídico que precisa ser valorado e preenchido pelo intérprete. O intérprete precisa fazer a 
CONCREÇÃO do conceito (preencher o conteúdo da norma). Ex. “Art. 422. Os contratantes são obrigados a guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua 
execução, os princípios de probidade e boa-fé”. 
13- Relação entre Direito Civil e o Direito Constitucional – A partir da 2ª GMa constituição passou a servir de guia valorativo na aplicação do direito civil (as 
constituições passaram a conter um “programa de valores” fundamentais como a dignidade da pessoa humana). Como o CC do BR é de 2002 ele já contem valores 
sociais como é o caso das cláusulas gerais. 
ESQUEMA SOBRE PESSOA NATURAL 
1) O QUE É PESSOA? Todo ser humano nascido com vida. 
a. Art. 1 CC: Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. 
b. Art. 2 CC: A personalidade civil da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. 
2) Personalidade jurídica – Capacidade para possuir direitos e contrair obrigações. Só adquire com nascimento com vida. 
3) Sujeito de direito – Quem participa da relação jurídica. Pode ser Pessoa Natural, Jurídica ou ente despersonalizado. 
4) Entes Despersonalizados – espólio, condomínio, herança jacente (falta de herdeiros logo após a morte), herança vacante (falta de herdeiros após arrecadação 
dos bens), massa falida. 
5) Nascituro - Não tem personalidade jurídica, mas há um sistema de proteção para o nascituro. 
6) Teorias para explicar a figura do nascituro 
a. Natalistas – Expectativa de direito. 
b. Condicionalistas – Personalidade civil tem início a partir da concepção, mas com condição suspensiva de direito. Se nascer com vida, consolida-se o 
direito. 
c. Concepcionistas – Nascituro já tem personalidade jurídica desde a concepção. 
7) Brasil e concepção do nascituro: 
a. ADIN 3.510 aproxima o Brasil da Teoria Natalista (Ação Direta de Inconstitucionalidade que questionou a Lei de Biossegurança e que decidiu pela 
possibilidade das pesquisas e utilização terapêutica das células-tronco embrionárias); 
b. REsp 1.120.676 (julgamento sobre caso DPVAT) e REsp 399.028 aproxima o Brasil da Teoria Concepcionista; 
c. Conclui-se que não há um entendimento consolidada no país sobre o assunto. 
ESQUEMA SOBRE MORTE 
1- Morte significa – o término da existência da pessoa natural e sua personalidade jurídica. 
2- Art. 6 CC – “A existência da pessoa natural termina com a morte; presume-se esta, quanto aos ausentes, nos casos em que a lei autoriza a abertura de sucessão 
definitiva". 
3- Momento da morte é importante aos efeitos como da transmissão da herança. Para o dir. brasileiro, a morte se dá com a paralisação da atividade encefálica. 
4- Morte Natural - causada por doença ou estado mórbido. 
5- Morte Não-Natural - homicídios, suicídios, acidentes, mortes suspeitas. 
6- Cremação - A manifestação de vontade de ser cremado não precisa ser expressa e por escrito. Caso não haja vontade expressa, os parentes poderão autorizar a 
cremação. "A cremação de cadáver somente será feita daquele que houver manifestado a vontade de ser incinerado ou no interesse da saúde pública e se o 
atestado de óbito houver sido firmado por 2 (dois) médicos ou por 1 (um) médico legista e, no caso de morte violenta, depois de autorizada pela autoridade 
judiciária". 
7- Morte Presumida: Art. 7o Pode ser declarada a morte presumida, sem decretação de ausência: 
a. Se for extremamente provável a morte de quem estava em perigo de vida; 
b. Se alguém, desaparecido em campanha ou feito prisioneiro, não for encontrado até dois anos após o término da guerra. 
 “A declaração da morte presumida, nesses casos, somente poderá ser requerida depois de esgotadas as buscas e averiguações, devendo a sentença fixar a 
data provável do falecimento.” 
c. Para casos de catástrofes, acidentes, naufrágios, incêndios, etc. 
Pode haver certeza sobre a morte, mas dúvida quanto ao momento. 
O juiz declara a morte presumida depois de esgotadas as buscas e averiguações. 
 
ESQUEMA PARA PRIMEIRA PROVA DE PARTE GERAL DIREITO CIVIL (DIR 2017) 
 Sergio Somenzi Junior 
 
3 
 
8- Ausência: pessoa que desaparece de seu domicílio sem deixar notícias e sem deixar representante. Serve para resolver problemas patrimoniais. Características: 
a. Desaparecimento da pessoa física de seu domicílio; 
b. Tempo longo do desaparecimento; 
c. Falta de notícias sobre a pessoa; 
d. Abandono da administração de seus bens; 
Etapas da Ausência: 
i. Etapa 1: Nomeado curador para administrar os bens; 
ii. Etapa 2: Sucessão provisória; 
iii. Etapa 3: Sucessão definitiva. Nesta terceira fase há a presunção de morte do ausente. 
9- Comoriência: “Se dois ou mais indivíduos falecerem na mesma ocasião, não se podendo averiguar se algum dos comorientes precedeu aos outros, presumir-se-
ão simultaneamente mortos”. 
a. Importância de regular o assunto é devida ao direito sucessório e recebimento de heranças. 
ESQUEMA DO TEXTO LEITURA OBRIGATÓRIA – ARTIGO CLÁUSULAS GERAIS (Fabiano Menke) 
1- O Brasil consagrou as cláusulas gerais com o Código Civil de 2002 e anteriormente com o advento do Código de Defesa do Consumidor; 
 
2- Cláusulas gerais: 
 Técnica legislativa baseada no estabelecimento de normas carecedoras de valoração a serem preenchidas pelo intérprete; 
 São vagas, por serem sempre expressas e por promoverem um reenvio a outros espaços do sistema; 
 Função principal fazer justiça no caso concreto, não sendo recomendável o exagero na utilização do precedente judicial (Ralph Weber); 
 Também impõem limites ao julgador, que não poderá preenchê-las apenas com base no seu livre arbítrio; exige-se do magistrado fundamentação 
racional e convincente para a finalidade de afastar os abusos. 
 
3- Subsunção: 
 A subsunção pode ser vista como um encaixe entre conceitos; 
 O Direito é aplicado exclusivamente por meio da lógica; 
 Raciocínio lógico por meio do qual se chega à conclusão a partir da confrontação entre premissa maior e premissa menor; 
 Não deve ser considerado o método para a interpretação das cláusulas gerais; 
 Método apto para a interpretação das normas que encerram tipos fechados, estanques, compostos por estatuições diretas, que não demandem 
qualquer, ou quase nenhuma, integração valorativa; 
 No auge do positivismo jurídico do século XIX vigorava uma "aplicação mecânica da lei (...) em que o Direito é o Direito escrito". Vigorando a 
subsunção tem lugar um tipo de pensamento onde o sistema é fechado e imóvel, fundado numa dimensão a-histórica do Direito. (Humberto 
Bergmann Ávila e análise da origem e a operatividade do raciocínio subsuntivo); 
 Trata-se do tradicional argumento, composto por três partes: a premissa maior, a premissa menor e a conclusão, donde, a partir da confrontação 
entre a premissa maior (o tipo legal) e a premissa menor (os fatos postos no caso concreto), chega-se à conclusão, à consequência legal para a 
hipótese fática vertente. 
4- Concreção: 
 Método para a interpretação das cláusulas gerais; 
 A partir dele constrói-se o tipo legal carecedor de valoração por meio do exame da totalidade do contexto que circunda o caso concreto; 
 Esforço intelectual do operador do direito que trabalha com normas abertas, como o são as cláusulas gerais complementação valorativa, o 
intérprete se vê obrigado a buscar em outros espaços do sistema, ou até mesmo fora dele, a fonte que inspirará e fundamentará a sua decisão; 
 Na aplicação do direito por meio da concreção, o juiz analisa o caso concreto em toda a sua potencialidade. Não parte apenas da compreensão da 
norma para perquirir se os fatos colocados em questão nela se encaixam; 
 Ocorre "uma mescla de indução e dedução", onde são analisadas todas as circunstâncias do caso: o conteúdo da norma, os precedentes judiciais e 
quaisquer outros elementos que venham a ser considerados relevantes (Humberto Ávila); 
 "Na apreciação do caso concreto, o juiz não tem apenasde 'generalizar' o caso; tem também de individualizar até certo ponto o critério; e 
precisamente por isso, a sua atividade não se esgota na subsunção" (Larenz); 
 A individualização do critério regulador do caso concreto no qual ocorre efetiva criação judicial para a hipótese fática em questão é o ponto 
considerado o mais importante para a compreensão do processo de concreção; 
 Por meio da concreção faz-se a fundamentação da operação dado as normas de textura aberta; 
 Para legitimação da sentença faz-se necessário à fundamentação extensa e racional da decisão (Hassemer); 
 Humberto Ávila alinha cinco elementos que integram a aplicação do direito na concreção: 
(1) Finalidade concreta da norma; (2) Pré-compreensão; (3) Valoração judicial dos resultados da decisão; (4) Consenso como 
fundamento parcial da decisão; (5) Precedente judicial (+ importante). 
 
5- Atuação do Julgador no método de Concreção: 
 Deve levar em consideração alguns elementos como a (1) Finalidade concreta da norma; (2) Pré-compreensão; (3) Valoração judicial dos resultados 
da decisão; (4) Consenso como fundamento parcial da decisão; (5) Precedente judicial (+ importante). 
 
6- O precedente judicial x Grupos de casos: 
 O precedente adquire maior relevância com a adoção das cláusulas gerais; 
 Grupos de casos é um método reúne precedentes que são similares; 
 Grupo de casos tem desempenhado um importante papel na Alemanha para: 
(i) Criação de institutos jurídicos; (ii) Melhoria da qualidade das leis futuras, e (iii) Estabelecimento de efetiva parceria entre o julgador e o legislador; 
 
7- Método de Grupo de Casos: 
 Compara-se o caso a ser decidido com os casos isolados que integram um grupo de casos já julgados sobre determinada norma; 
 Caso haja identidade fático-normativa entre os casos, será possível agregar o novo caso ao grupo já consolidado. 
 E no que toca à sua fundamentação, bastará a indicação de que pertence ao grupo, de maneira que ocorre um verdadeiro reaproveitamento das 
razões já expendidas nas hipóteses assemelhadas. Parece ter lugar uma nova configuração da argumentação, no sentido de que ela não busca a 
justificação da adequação de determinada cláusula geral ao caso em questão, mas sim a possibilidade de comparação entre o novo caso com os já 
decididos. 
 
8- O papel da doutrina no contexto das cláusulas gerais: 
 A doutrina elaborada com cunho crítico-construtivo pode funcionar como efetivo meio de controle das decisões judiciais que extrapolarem os 
limites impostos pelo sistema jurídico.

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