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Direito Administrativo Prof. Gustavo Mello Knoplock ! /! 1 51
EU VOU PASSAR 
DIREITO ADMINISTRATIVO 
PROF. GUSTAVO KNOPLOCK 
Material básico para acompanhamento das aulas do Prof. Gustavo Knoplock. 
Para um estudo mais aprofundado, deve ser consultado o livro MANUAL DE DIREITO 
ADMINISTRATIVO – GUSTAVO KNOPLOCK – EDITORA GEN – 11ª EDIÇÃO – 2018, de 
onde foram retirados todos os quadros utilizados no curso. 
EVP 2018 www.gustavoknoplock.com.br 
Direito Administrativo Prof. Gustavo Mello Knoplock ! /! 2 51
1. ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA 
 
O Direito Administrativo, em síntese, é o ramo do Direito que procura estudar a Administração Pública, a sua 
composição, princípios a serem observados, deveres, e seu relacionamento com a coletividade. Nesse sentido 
torna-se imprescindível entender que a Administração Pública não se resume ao Poder Executivo, mas a todos 
os Poderes quando no desempenho de funções administrativas, em qualquer esfera de governo. 
! 
! 
• Desconcentração: criação de órgãos internos, sem personalidade jurídica, e com uma relação de 
subordinação hierárquica entre eles. 
• Descentralização: criação de entidades autônomas e independentes, com personalidade jurídica, que 
compõem a Administração Indireta, com uma relação de vinculação à Administração Direta. 
ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO DIRETA: União, Estados, Distrito Federal e Municípios. 
 
TIPOS DE ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA: autarquias, fundações públicas, empresas públicas, 
sociedades de economia mista. 
• AUTARQUIA: Pessoa jurídica de direito público, criada por lei, com capacidade de auto-administração, 
para o desempenho de serviço público descentralizado, mediante controle administrativo exercido nos 
limites da lei. Deve atuar em atividade típica de Estado. 
UU EE MM
PE PL PJ PE PL PJ PE PLPE PL PJ PE PL PJ PE PL
Administração Pública: Administração Pública: 
-- Abrange os três Abrange os três PoderesPoderes, nas suas funções , nas suas funções 
administrativas.administrativas.
UNIÃOUNIÃO ADM. DIRETAADM. DIRETA
Pres. República ADM. INDIRETA Pres. República ADM. INDIRETA 
Min. Fazenda Min. Fazenda BACENBACEN
SecSec. Receita Federal. Receita Federal
Divisão do I.RDivisão do I.R
DESCONCENTRAÇÃODESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃODESCENTRALIZAÇÃO
Órgãos Órgãos EntidadesEntidades
Sem personalidade jurídica Sem personalidade jurídica Com personalidade jurídicaCom personalidade jurídica
Subordinação hierárquicaSubordinação hierárquica VinculaçãoVinculação
Controle hierárquicoControle hierárquico Controle finalísticoControle finalístico
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Direito Administrativo Prof. Gustavo Mello Knoplock ! /! 3 51
• FUNDAÇÃO PÚBLICA: Patrimônio dotado de personalidade jurídica, destinado por lei ao desempenho 
de atividades do Estado na ordem social (saúde, educação, cultura, meio ambiente, assistência...), 
com capacidade de auto-administração e mediante controle da Administração Pública, nos limites da 
lei. Atua em atividades atípicas de Estado. 
• EMPRESA PÚBLICA: Pessoa jurídica de direito privado, estruturada sob qualquer das formas 
admitidas em direito, com capital inteiramente público. 
• SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA: Pessoa jurídica de direito privado, estruturada sob a forma de 
Sociedade Anônima, com capital majoritariamente público. A maioria das ações com direito a voto 
(capital votante) deve ser público. 
! 
! 
 CF 88 Art. 37 XIX - somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição 
de empresa pública, de sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste 
último caso, definir as áreas de sua atuação; 
Características comuns às Características comuns às 
entidades da Administração entidades da Administração 
IndiretaIndireta
Exigência de concurso público Exigência de concurso público 
Exigência de licitação públicaExigência de licitação pública
Proibição de acumulação de cargosProibição de acumulação de cargos
Criação e extinção por lei Criação e extinção por lei 
(CUIDADO!!)(CUIDADO!!)
Art. 37, XIX da CF:Art. 37, XIX da CF:
Somente por lei específica poderá ser: Somente por lei específica poderá ser: 
-- CriadaCriada autarquiaautarquia
-- AutorizadaAutorizada a criação de empresa pública, a criação de empresa pública, 
sociedade de economia mista e fundaçãosociedade de economia mista e fundação
Apenas as autarquias são de fato CRIADAS por Apenas as autarquias são de fato CRIADAS por 
lei, as demais têm a sua criação apenas lei, as demais têm a sua criação apenas 
AUTORIZADA por lei; de qualquer forma, a AUTORIZADA por lei; de qualquer forma, a 
criação de todas criação de todas dependerá de lei prévia.de lei prévia.
EVP 2018 www.gustavoknoplock.com.br 
Direito Administrativo Prof. Gustavo Mello Knoplock ! /! 4 51
! 
! 
! 
Direito Público X Direito PrivadoDireito Público X Direito Privado
Direito privado: Estuda as relações entre Direito privado: Estuda as relações entre 
pessoas que se encontram no mesmo pessoas que se encontram no mesmo 
nível de direitos e obrigações: Direito civil, nível de direitos e obrigações: Direito civil, 
empresarial;empresarial;
Direito público: Estuda as relações entre Direito público: Estuda as relações entre 
pessoas que NÃO se encontram no pessoas que NÃO se encontram no 
mesmo nível, pessoas que têm mesmo nível, pessoas que têm 
prerrogativas especiais: Direito prerrogativas especiais: Direito 
administrativo, constitucional...administrativo, constitucional...
Diferenças entre as entidades da Diferenças entre as entidades da 
Administração IndiretaAdministração Indireta
AUTARQUIAS E AUTARQUIAS E 
FUNDAÇÕESFUNDAÇÕES
Prestam serviço públicoPrestam serviço público
Sem fins lucrativosSem fins lucrativos
Personalidade jurídica de Personalidade jurídica de 
direito público (regra)direito público (regra)
Pessoal:Pessoal:
Servidor (estatutário)Servidor (estatutário)
Empregado (celetista) *Empregado (celetista) *
EMPRESAS PÚBLICAS E EMPRESAS PÚBLICAS E 
SOCIEDADES DE SOCIEDADES DE 
ECONOMIA MISTAECONOMIA MISTA
Serviço público OU Serviço público OU 
atividade econômicaatividade econômica
Com OU sem lucroCom OU sem lucro
Personalidade jurídica de Personalidade jurídica de 
direito privadodireito privado
Pessoal:Pessoal:
Empregado (celetista)Empregado (celetista)
ComentáriosComentários
As fundações em regra são pessoas de As fundações em regra são pessoas de 
direito público, mas, devido ao texto do direito público, mas, devido ao texto do 
artigo 37, XIX da CF, poderão ser artigo 37, XIX da CF, poderão ser 
constituídas com personalidade jurídica de constituídas com personalidade jurídica de 
direito privado, sem prerrogativas.direito privado, sem prerrogativas.
A EC 19/98 alterou o caput do artigo 39 da A EC 19/98 alterou o caput do artigo 39 da 
CF, acabando com a obrigatoriedade do CF, acabando com a obrigatoriedade do 
RJU para o pessoal da Administração RJU para o pessoal da Administração 
Direta, autárquica e fundacional, mas essa Direta, autárquica e fundacional, mas essa 
alteração encontraalteraçãoencontra--se suspensa por se suspensa por 
liminar na ADI 2135/07liminar na ADI 2135/07
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Direito Administrativo Prof. Gustavo Mello Knoplock ! /! 5 51
! 
! 
! 
Diferenças entre autarquia e Diferenças entre autarquia e 
fundaçãofundação
AUTARQUIAAUTARQUIA
Atividade típica de Atividade típica de 
Estado (aquela que é Estado (aquela que é 
vedada à iniciativa vedada à iniciativa 
privada)privada)
Serviço público Serviço público 
personificadopersonificado
FUNDAÇÃOFUNDAÇÃO
Atividade atípica Atividade atípica 
mas de interesse mas de interesse 
público, na área público, na área 
social (educação, social (educação, 
pesquisa, saúde...)pesquisa, saúde...)
Patrimônio Patrimônio 
personificadopersonificado
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Direito Administrativo Prof. Gustavo Mello Knoplock ! /! 6 51
! 
As características de cada uma das espécies de entidades paraestatais, e as diferenças entre elas, devem ser 
estudadas com cuidado no livro MANUAL DE DIREITO ADMINISTRATIVO – GUSTAVO KNOPLOCK – 
EDITORA GEN. 
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Direito Administrativo Prof. Gustavo Mello Knoplock ! /! 7 51
2. PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 
 REGIME JURÍDICO-ADMINISTRATIVO: É o conjunto de normas e princípios que regem a atuação da 
Administração, conforme preceitos de Direito Público, demonstrando que a Administração está em posição de 
superioridade em relação ao particular. 
• PRINCÍPIOS BÁSICOS OU CONSTITUCIONAIS EXPRESSOS: Aparecem de forma expressa no 
texto constitucional, relativamente à Administração Pública: LIMPE: 
• Legalidade: O cidadão pode fazer tudo aquilo que a lei não proíbe, entretanto, a Administração só 
pode fazer aquilo que a lei autoriza. 
• Impessoalidade: O administrador só pode atuar de forma impessoal, visando alcançar o interesse 
público, nunca uma finalidade pessoal, particular; 
• Moralidade: atuar conforme a moral administrativa; 
• Publicidade: agir de forma pública, transparente; 
• Eficiência: Princípio acrescentado pela Emenda Constitucional 19/98, a reforma administrativa: 
A Administração e seus agentes devem ser eficientes em suas atividades; 
Conseqüências da exigência de eficiência ao servidor: Criou-se a possibilidade de perda do cargo do 
servidor (estável ou não) considerado ineficiente, a partir da alteração do artigo 41 da CF pela mesma 
emenda constitucional 19/98. 
! 
• PRINCÍPIOS GERAIS OU IMPLÍCITOS: Não aparecem expressamente no texto constitucional, mas a 
Administração deve obediência a eles. 
• Supremacia do interesse público sobre o interesse particular; 
• Indisponibilidade do interesse público: Nenhum agente público pode dispor da coisa pública; 
• Presunção de legitimidade de seus atos: A Administração não precisa mostrar que seus atos 
são legítimos, legais, isso já se presume (presunção relativa ou juris tantum); 
• Auto-executoriedade: A Administração pode executar seus próprios atos diretamente, sem 
necessidade de autorização prévia do Poder Judiciário; 
Eficiência do servidorEficiência do servidor
ESTÁVELESTÁVEL
Criação de uma nova Criação de uma nova 
hipótese de perda do hipótese de perda do 
cargo por cargo por “avaliação “avaliação 
periódica de periódica de 
desempenho, na forma desempenho, na forma 
da lei complementar”da lei complementar”
AINDA NÃO ESTÁVELAINDA NÃO ESTÁVEL
Aumento do tempo exigido Aumento do tempo exigido 
para aquisição de para aquisição de 
estabilidade, de 2 para 3 estabilidade, de 2 para 3 
anosanos
PassouPassou--se a exigir uma se a exigir uma 
avaliação especial de avaliação especial de 
desempenho nesse desempenho nesse 
período, como condição período, como condição 
para aquisição da para aquisição da 
estabilidadeestabilidade
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Direito Administrativo Prof. Gustavo Mello Knoplock ! /! 8 51
• Tutela e auto-tutela: (controle e autocontrole): a auto-tutela permite que a Administração controle 
seus próprios atos, desfazendo aqueles que verificar ilegais ou apenas inconvenientes. A tutela 
permite o controle da Administração por quem não a compõe, ou seja, um controle de forma 
externa, como pó exemplo o controle judicial; 
• Razoabilidade e proporcionalidade: A Administração deve ser razoável em sua atuação, não 
fazendo exigências e restrições absurdas, desnecessárias, desproporcionais ao caso em questão; 
• Motivação: A Administração deve motivar seus atos, demonstrar expressamente os motivos pelos 
quais está agindo de determinada forma; 
• Segurança jurídica: protege o particular de boa-fé que lida com a Administração. Proíbe que a 
Administração aplique retroativamente nova interpretação de alguma norma, em prejuízo ao 
particular; 
• Inafastabilidade do controle judicial; 
• Continuidade do serviço público (o serviço público não pode ser paralisado, deve ser contínuo). 
conseqüências: restrições à 
• Greve no serviço público 
• Exceptio non adimpleti contractus 
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Direito Administrativo Prof. Gustavo Mello Knoplock ! /! 9 51
3. PODERES DA ADMINISTRAÇÃO 
• PODER VINCULADO: Quando a lei determina exatamente a forma de atuação do agente, sem 
nenhuma margem de liberdade para julgar se deve ou não agir, como, quando e de que forma. Ele 
deve fazer exatamente aquilo que a lei determina em cada caso. Exemplo: atuação do fiscal de 
rendas. 
• PODER DISCRICIONÁRIO: Quando a lei confere ao agente certa liberdade para atuar. Ele pode 
tomar decisões, julgando a melhor maneira de atuar conforme a conveniência e oportunidade para a 
Administração. Exemplo: atuação do fiscal de vigilância sanitária. 
• PODER REGULAMENTAR: Capacidade de editar atos normativos para regulamentar, explicar o 
conteúdo das leis, sem ultrapassá-las. 
• PODER DISCIPLINAR: Permite que sejam aplicadas punições disciplinares a todos aqueles que 
estejam sujeitos às suas normas disciplinares, como os servidores públicos. 
• PODER HIERÁRQUICO: conseqüências: 
• Permite que o superior dê ordens aos subordinados, verifique e reveja seus atos 
• Delegação de competência 
• Avocação de competência 
• Poder disciplinar 
• PODER DE POLÍCIA: Poder de restringir as liberdades individuais em benefício da coletividade, 
fiscalizando bens e atividades. Nesse sentido, por exemplo, a polícia administrativa atuará sobretudo 
de forma preventiva, avaliando se deve ou não conceder licença de obras, mas também de forma 
repressiva, embargando obras feitas sem a necessária licença, de forma irregular. 
• ABUSO DE PODER: 
Quando o agente pratica um ato para o qual tem competência mas: 
• EXCESSO DE PODER: não respeita os limites da sua competência. 
• DESVIO DE PODER: busca uma finalidade que não é o interesse público 
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4. AGENTES PÚBLICOS – disposições constitucionais 
O ALUNO DEVERÁ ACOMPANHAR ESTE CAPÍTULO COM A LEITURA DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL EM 
SEUS ARTIGOS 37 A 41, DANDO MAIS ATENÇÃO ÀQUELES DETALHADOS EM SALA DE AULA 
AGENTES PÚBLICOS – Todos aqueles que, de forma ampla, estejam desempenhando uma função 
pública, e não uma atividade econômica privada, sem importar o tipo de vínculo que o agente possa ter com a 
Administração ou a sua remuneração. 
AGENTES POLÍTICOS: são as autoridades do alto escalão dos Poderes Executivo, Legislativo, 
Judiciário, Ministério Público e Tribunal de Contas. São eles o Presidente da República e os Ministros 
de Estado, Governador e os Secretários Estaduais, Prefeito e os Secretários Municipais, os Membros 
do Legislativo (Senadores, Deputados Federais, Deputados Estaduais e Vereadores), Magistrados, 
Membros do Ministério Público e dos Tribunais de Contas. Possuem regras próprias. 
AGENTES ADMINISTRATIVOS: têm uma relação continuada com a Administração. Abrange os 
servidores públicos estatutários, os empregados públicos celetistas e os funcionários temporários. 
AGENTES HONORÍFICOS: desempenham uma atividade pública em função da honra, como os 
mesários nas eleições e os jurados no Tribunal do Júri. 
AGENTES DELEGADOS: prestam serviço público por delegação. 
AGENTES CREDENCIADOS: são credenciados a representar a Administração. 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e 
eficiência e, também, ao seguinte: 
I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitos 
estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; 
II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas 
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista 
em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração; 
III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; 
IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de 
provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou 
emprego, na carreira; 
 
POSSIBILIDADE DE NOVO CONCURSO DURANTE O PRAZO DE VALIDADE DO ANTERIOR: 
V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos 
em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos 
previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
(lei poderá estabelecer casos 
exclusivos para servidores de 
carreira) 
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 Cargo em comissão: 
 Qualquer pessoa Direção 
 Chefia 
 Função de confiança: Assessoramento 
 Servidor efetivo 
VI - é garantido ao servidor público civil o direito à livre associação sindical; 
VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; 
VIII - a lei reservará percentual dos cargos e empregos públicos para as pessoas portadoras de deficiência e 
definirá os critérios de sua admissão; 
IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender a necessidade 
temporária de excepcional interesse público; 
 
• SISTEMA REMUNERATÓRIO DE PESSOAL: 
• REMUNERAÇÃO (ou vencimentos): regra para servidores: 
Vencimento (parcela fixa) + Vantagens (parcela variável) 
• SUBSÍDIO: Obrigatório para agentes políticos: 
 Parcela única, vedado acréscimo de gratificações, adicionais, etc. 
X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 4º do art. 39 somente poderão ser 
fixados ou alterados por lei específica, observada a iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão 
geral anual, sempre na mesma data e sem distinção de índices; 
XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e empregos públicos da administração 
direta, autárquica e fundacional, dos membros de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, dos detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, 
pensões ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as vantagens 
pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio mensal, em espécie, dos Ministros 
do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados 
e no Distrito Federal, o subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos 
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsídio dos Desembargadores do 
Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal, em 
espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos 
membros do Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; 
 
TETOS REMUNERATÓRIOS NA ADMINISTRAÇÃO: 
UNIÃO Ministro do STF 
 
 PE: Governador 
 ESTADOS PL: Deputado estadual 
 PJ: Desembargador do TJ 
 MUNICÍPIOS Prefeito 
 
 Desembargador do TJ 
 Membro do MPE 90,25% 
 Procurador estadual do Min. STF 
 Defensor público estadual 
“OBS: Outros parágrafos relacionados a este inciso XI: 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia 
mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal 
ou dos Municípios para pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
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§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do 
caput deste artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. 
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e 
ao Distrito Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei 
Orgânica, como limite único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal 
de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal 
dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se aplicando o disposto neste parágrafo aos 
subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores.” 
XII - os vencimentos dos cargos do Poder Legislativo e do Poder Judiciário não poderão ser superiores aos 
pagos pelo Poder Executivo; 
XIII - é vedada a vinculação ou equiparação de quaisquer espécies remuneratórias para o efeito de 
remuneração de pessoal do serviço público; 
 
 EQUIPARAÇÃO VINCULAÇÃO 
 
 
Analista TRT Analista TRE Analista TRT 
 
 Técnico TRT 
XIV - os acréscimos pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados para 
fins de concessão de acréscimos ulteriores; 
 
A EMENDA 19 PROIBIU O EFEITO CASCATA: 
Antes da EC 19/98: 
Depois da EC 19/98: 
XV - o subsídio e os vencimentosdos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado 
o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; 
Só pode reduzir: 
Se passar o teto (art. 37 XI) 
Para tirar efeito cascata (art. 37 XIV) 
Acréscimos sobre o subsídio (art. 39 § 4º) 
Tributação (arts. 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I) 
XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, quando houver compatibilidade de 
horários, observado em qualquer caso o disposto no inciso XI. 
a) a de dois cargos de professor; 
b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas; 
XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e abrange autarquias, fundações, empresas 
públicas, sociedades de economia mista, suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, 
pelo poder público; 
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ACUMULAÇÃO REMUNERADA DE CARGOS: PROIBIDA, SALVO: 
 - 
cargo + cargo - 
 - 
 
 - 
provento + cargo - 
 - 
mandato eletivo + cargo - 
! 
XVIII - a administração fazendária e seus servidores fiscais terão, dentro de suas áreas de competência e 
jurisdição, precedência sobre os demais setores administrativos, na forma da lei; 
XIX – somente por lei específica poderá ser criada autarquia e autorizada a instituição de empresa pública, de 
sociedade de economia mista e de fundação, cabendo à lei complementar, neste último caso, definir as áreas 
de sua atuação; 
XX - depende de autorização legislativa, em cada caso, a criação de subsidiárias das entidades mencionadas 
no inciso anterior, assim como a participação de qualquer delas em empresa privada; 
XXI - ressalvados os casos especificados na legislação, as obras, serviços, compras e alienações serão 
contratados mediante processo de licitação pública que assegure igualdade de condições a todos os 
concorrentes, com cláusulas que estabeleçam obrigações de pagamento, mantidas as condições efetivas da 
proposta, nos termos da lei, o qual somente permitirá as exigências de qualificação técnica e econômica 
indispensáveis à garantia do cumprimento das obrigações. 
XXII – as administrações tributárias da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, atividades 
essenciais ao funcionamento do estado, exercidas por servidores de carreiras específicas, terão recursos 
prioritários para a realização de suas atividades e atuarão de forma integrada, inclusive com o 
compartilhamento de cadastros e de informações fiscais, na forma da lei ou convênio. 
§ 1º - A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter 
educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que 
caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos. (princípio da impessoalidade) 
§ 2º - A não observância do disposto nos incisos II e III implicará a nulidade do ato e a punição da autoridade 
responsável, nos termos da lei. (problemas na aprovação no concurso ou fora do prazo) 
§ 3º - A lei disciplinará as formas de participação do usuário na administração pública direta e indireta, 
regulando especialmente: 
I - as reclamações relativas à prestação dos serviços públicos em geral, asseguradas a manutenção de 
serviços de atendimento ao usuário e a avaliação periódica, externa e interna, da qualidade dos serviços; 
II - o acesso dos usuários a registros administrativos e a informações sobre atos de governo, observado o 
disposto no art. 5º, X e XXXIII; (exceto sobre a privacidade de terceiros OU segurança nacional) 
SERVIDOR ESTATUTÁRIO SERVIDOR ESTATUTÁRIO 
ELEITO PARA MANDATOELEITO PARA MANDATO
REGRA: Servidor se afasta do cargo e REGRA: Servidor se afasta do cargo e 
recebe R$ do mandatorecebe R$ do mandato
EXCEÇÃO: MANDATOS MUNICIPAIS:EXCEÇÃO: MANDATOS MUNICIPAIS:
PREFEITO: pode optar pela remuneraçãoPREFEITO: pode optar pela remuneração
VEREADOR: se tiver horário, pode VEREADOR: se tiver horário, pode 
acumular, senão, pode optar pela acumular, senão, pode optar pela 
remuneraçãoremuneração
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Direito Administrativo Prof. Gustavo Mello Knoplock ! /! 14 51
III - a disciplina da representação contra o exercício negligente ou abusivo de cargo, emprego ou função na 
administração pública. 
§ 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função 
pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem 
prejuízo da ação penal cabível. 
§ 5º - A lei estabelecerá os prazos de prescrição para ilícitos praticados por qualquer agente, servidor ou não, 
que causem prejuízos ao erário, ressalvadas as respectivas ações de ressarcimento. 
§ 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços públicos 
responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o direito de 
regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
§ 7º A lei disporá sobre os requisitos e as restrições ao ocupante de cargo ou emprego da administração direta 
e indireta que possibilite o acesso a informações privilegiadas. 
§ 8º A autonomia gerencial, orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da administração direta e 
indireta poderá ser ampliada mediante contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder público, 
que tenha por objeto a fixação de metas de desempenho para o órgão ou entidade, cabendo à lei dispor sobre: 
I - o prazo de duração do contrato; 
II - os controles e critérios de avaliação de desempenho, direitos, obrigações e responsabilidade dos 
dirigentes; 
III - a remuneração do pessoal. 
§ 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às sociedades de economia mista, e suas 
subsidiárias, que receberem recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para 
pagamento de despesas de pessoal ou de custeio em geral. 
§ 10. É vedada a percepção simultânea de proventos de aposentadoria decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 
e 142 com a remuneração de cargo, emprego ou função pública, ressalvados os cargos acumuláveis na forma 
desta Constituição, os cargos eletivos e os cargos em comissão declarados em lei de livre nomeação e 
exoneração. 
§ 11. Não serão computadas, para efeito dos limites remuneratórios de que trata o inciso XI do caput deste 
artigo, as parcelas de caráter indenizatório previstas em lei. 
§ 12. Para os fins do disposto no inciso XI do caput deste artigo, fica facultado aos Estados e ao Distrito 
Federal fixar, em seu âmbito, mediante emenda às respectivas Constituições e Lei Orgânica, como limite 
único, o subsídio mensal dos Desembargadores do respectivo Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e 
vinte e cinco centésimos por cento do subsídio mensal dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, não se 
aplicando o disposto neste parágrafo aos subsídios dos Deputados Estaduais e Distritais e dos Vereadores. 
Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato 
eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: 
I - tratando-se de mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou 
função; 
II - investido no mandatode Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, sendo-lhe facultado optar 
pela sua remuneração; 
III - investido no mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu 
cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo compatibilidade, 
será aplicada a norma do inciso anterior; 
IV - em qualquer caso que exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será 
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; 
V - para efeito de benefício previdenciário, no caso de afastamento, os valores serão determinados como se 
no exercício estivesse. 
Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão conselho de política de 
administração e remuneração de pessoal, integrado por servidores designados pelos respectivos Poderes. 
• Antes da Emenda Constitucional 19/98, o caput desse artigo dispunha que “União, Estados, Distrito 
Federal e Municípios instituiriam Regime Jurídico Único para Administração Direta, Autárquica e 
Fundacional”. A nova redação do artigo 39 caput, dada pela emenda constitucional 19/98, encontra-se 
suspensa em função de liminar concedida pelo STF no julgamento de ADI sobre o tema. 
§ 1º A fixação dos padrões de vencimento e dos demais componentes do sistema remuneratório observará: 
I - a natureza, o grau de responsabilidade e a complexidade dos cargos componentes de cada carreira; 
II - os requisitos para a investidura; 
III - as peculiaridades dos cargos. 
§ 2º A União, os Estados e o Distrito Federal manterão escolas de governo para a formação e o 
aperfeiçoamento dos servidores públicos, constituindo-se a participação nos cursos um dos requisitos para a 
promoção na carreira, facultada, para isso, a celebração de convênios ou contratos entre os entes federados. 
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§ 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, 
XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando 
a natureza do cargo o exigir. 
§ 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de Estado e os Secretários Estaduais e 
Municipais serão remunerados exclusivamente por subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo 
de qualquer gratificação, adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, 
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. (Agentes Políticos) 
§ 5º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios poderá estabelecer a relação entre a 
maior e a menor remuneração dos servidores públicos, obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, XI. 
§ 6º Os Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário publicarão anualmente os valores do subsídio e da 
remuneração dos cargos e empregos públicos. 
§ 7º Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios disciplinará a aplicação de recursos 
orçamentários provenientes da economia com despesas correntes em cada órgão, autarquia e fundação, para 
aplicação no desenvolvimento de programas de qualidade e produtividade, treinamento e desenvolvimento, 
modernização, reaparelhamento e racionalização do serviço público, inclusive sob a forma de adicional ou 
prêmio de produtividade. 
§ 8º A remuneração dos servidores públicos organizados em carreira poderá ser fixada nos termos do § 4º. 
(Subsídio) 
 
 Obrigatório para agentes políticos 
Subsídio Obrigatório para alguns servidores 
 (de acordo com a CF: policial, defensor público, ...) 
 Facultativo para servidores de carreira 
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos 
Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo 
e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos 
pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo. 
 
CF 88 EC 20/98 EC 41/03 EC 47/05 EC 88/15 
 HOJE 
 Atualmente existem inúmeras regras de aposentadoria dos servidores efetivos, dependendo da data da sua 
entrada para o serviço público; Vamos nos preocupar com as regras de HOJE 
§ 1º Os servidores abrangidos pelo regime de previdência de que trata este artigo serão aposentados, 
calculados os seus proventos a partir dos valores fixados na forma do §§ 3° e 17: 
I - por invalidez permanente, sendo os proventos proporcionais ao tempo de contribuição, exceto se 
decorrente de acidente em serviço, moléstia profissional ou doença grave, contagiosa ou incurável, na forma 
da lei; 
II - compulsoriamente, com proventos proporcionais ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, 
ou aos 75 (setenta e cinco) anos de idade, na forma de lei complementar; 
III - voluntariamente, desde que cumprido tempo mínimo de dez anos de efetivo exercício no serviço público e 
cinco anos no cargo efetivo em que se dará a aposentadoria, observadas as seguintes condições: 
a) sessenta anos de idade e trinta e cinco de contribuição, se homem, e cinqüenta e cinco anos de idade e 
trinta de contribuição, se mulher; 
b) sessenta e cinco anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, com proventos 
proporcionais ao tempo de contribuição. 
 
 RESUMO DAS REGRAS ATUAIS DE APOSENTADORIA 
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§ 2º Os proventos de aposentadoria e as pensões, por ocasião de sua concessão, não poderão exceder a 
remuneração do respectivo servidor, no cargo efetivo em que se deu a aposentadoria ou que serviu de 
referência para a concessão da pensão. 
§ 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as 
remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que 
tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (EC 41, de 19/12/2003) 
§ 4º É vedada a adoção de requisitos e critérios diferenciados para a concessão de aposentadoria aos 
abrangidos pelo regime de que trata este artigo, ressalvados, nos termos definidos em leis complementares, 
os casos de servidores: 
I portadores de deficiência; 
II que exerçam atividades de risco; 
III cujas atividades sejam exercidas sob condições especiais que prejudiquem a saúde ou a integridade física. 
§ 5º Os requisitos de idade e de tempo de contribuição serão reduzidos em cinco anos, em relação ao 
disposto no § 1°, III, a, para o professor que comprove exclusivamente tempo de efetivo exercício das funções 
de magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio. 
§ 6º Ressalvadas as aposentadorias decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é 
vedada a percepção de mais de uma aposentadoria à conta do regime de previdência previsto neste artigo. 
§ 7º Lei disporá sobre a concessão do benefício de pensão por morte, que será igual: (EC 41, de 19/12/2003) 
I – ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite máximo estabelecido para os 
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da 
parcela excedente a este limite, caso aposentado à data do óbito; ou 
II – ao valor da totalidade da remuneração do servidor no cargo efetivo em quese deu o falecimento, até o 
limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral da previdência social de que trata o art. 201, 
acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. 
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, 
conforme critérios estabelecidos em lei. (EC 41, de 19/12/2003) 
§ 9º O tempo de contribuição federal, estadual ou municipal será contado para efeito de aposentadoria e o 
tempo de serviço correspondente para efeito de disponibilidade. 
§ 10. A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. 
§ 11. Aplica-se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive quando 
decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de outras atividades sujeitas a 
contribuição para o regime geral de previdência social, e ao montante resultante da adição de proventos de 
inatividade com remuneração de cargo acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado 
em lei de livre nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. 
§ 12. Além do disposto neste artigo, o regime de previdência dos servidores públicos titulares de cargo efetivo 
observará, no que couber, os requisitos e critérios fixados para o regime geral de previdência social. 
§ 13. Ao servidor ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e 
exoneração bem como de outro cargo temporário ou de emprego público, aplica-se o regime geral de 
previdência social. 
§ 14. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, desde que instituam regime de previdência 
complementar para os seus respectivos servidores titulares de cargo efetivo, poderão fixar, para o valor das 
aposentadorias e pensões a serem concedidas pelo regime de que trata este artigo, o limite máximo 
estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201. 
§ 15. O regime de previdência complementar de que trata o § 14 será instituído por lei de iniciativa do 
respectivo Poder Executivo, observado o disposto no art. 202 e seus parágrafos, no que couber, por 
intermédio de entidades fechadas de previdência complementar, de natureza pública, que oferecerão aos 
respectivos participantes planos de benefícios somente na modalidade de contribuição definida. 
§ 16. Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos §§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao 
servidor que tiver ingressado no serviço público até a data da publicação do ato de instituição do 
correspondente regime de previdência complementar. 
§ 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do benefício previsto no § 3º serão 
devidamente atualizados, na forma da lei. 
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§ 18. Incidirá contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime de 
que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de 
previdência social de que trata o art.201, com percentual igual ao estabelecido para os servidores titulares de 
cargos efetivos. 
§ 19. O servidor de que trata este artigo que tenha completado as exigências para aposentadoria voluntária 
estabelecidas no § 1º, III, a, e que opte por permanecer em atividade fará jus a um abono de permanência 
equivalente ao valor da sua contribuição previdenciária até completar as exigências para aposentadoria 
compulsória contidas no § 1º, II. 
§ 20. Fica vedada a existência de mais de um regime próprio de previdência social para os servidores titulares 
de cargos efetivos, e de mais de uma unidade gestora do respectivo regime em cada ente estatal, ressalvado 
o disposto no art. 142, § 3º, X. 
§ 21. A contribuição prevista no § 18 deste artigo incidirá apenas sobre as parcelas de proventos de 
aposentadoria e de pensão que superem o dobro do limite máximo estabelecido para os benefícios do regime 
geral de previdência social de que trata o art. 201 desta Constituição, quando o beneficiário, na forma da lei, 
for portador de doença incapacitante. 
Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento 
efetivo em virtude de concurso público. 
§ 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 
I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
II – mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
III – mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, 
assegurada ampla defesa. 
 
Apesar da expressão ‘SÓ’ do § 1º, o servidor estável poderá perder o cargo em mais uma hipótese, de 
acordo com o artigo 169: 
 Por necessidade de redução de gastos com pessoal, quando o ente federado ultrapassar o limite 
máximo definido em lei complementar. Medidas: 
1º. Deverão ser reduzidas as despesas com cargos em comissão e funções de confiança em pelo menos 
20 %; 
2º. Reduzidas pelo menos 20% das despesas supracitadas e não sendo suficiente, poderão ser exonerados 
servidores não estáveis; 
3º. Exonerados todos os servidores não estáveis e ainda não sendo suficiente, poderão ser exonerados 
servidores estáveis. 
§ 2º Invalidada por sentença judicial a demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual 
ocupante da vaga, se estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em 
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de serviço. 
§ 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com 
remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro cargo. 
§ 4º Como condição para a aquisição da estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por 
comissão instituída para essa finalidade. 
 
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5. IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA 
O ALUNO DEVERÁ ACOMPANHAR ESTE CAPÍTULO COM A LEITURA DA LEI 8.429/92 E COM OS 
QUADROS APRESENTADOS NOS SLIDES DAS AULAS 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
ART. 37 § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda 
da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em 
lei, sem prejuízo da ação penal cabível. 
• Atos de improbidade administrativa: Atos praticados por qualquer pessoa (agente público ou terceiro) 
contra a Administração direta ou indireta, dos 3 Poderes, U, E, DF ou M, que causem ENRIQUECIMENTO 
ILÍCITO, PREJUÍZO AO ERÁRIO ou ATENTEM CONTRA OS PRINCÍPIOS DA ADMINISTRAÇÃO 
PÚBLICA. 
! 
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6. RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO 
O ALUNO DEVERÁ ACOMPANHAR ESTE CAPÍTULO COM OS QUADROS APRESENTADOS NOS 
SLIDES DAS AULAS 
CONSTITUIÇÃO FEDERAL 
ART.37 § 6º - As pessoas jurídicas de direito público e as de direito privado prestadoras de serviços 
públicos responderão pelos danos que seus agentes, nessa qualidade, causarem a terceiros, assegurado o 
direito de regresso contra o responsável nos casos de dolo ou culpa. 
Responsabilidade 
 PJ Dir. Público 
 Objetiva PJ Dir. Priv. prest. serv. púb. 
 Subjetiva Agente 
• Responsabilidade objetiva da Administração: ela responde pelos danos causados por seus agentes, 
independentemente de este ter agido com culpa ou dolo. 
• Responsabilidade subjetiva do agente: em caso de dolo ou culpa do agente, a Administração moverá ação 
regressiva contra ele e a obrigação de repasse se estende aos herdeiros, no limite da herança. 
RESPONSABILIDADE CIVIL (OU EXTRACONTRATUAL) DO ESTADO: 
 
! 
• Teoria da culpa administrativa ou anônima: Existe a responsabilização estatal desde que o particular 
prove a culpa administrativa ou culpa anônima do Estado. A culpa administrativa, ou anônima, ocorre 
quando a prestação de determinado serviço público falha, porque o serviço não existe, funciona mal ou é 
prestado com atraso. É aceito no Brasil em relação à omissão do Estado, e, nessa hipótese, a sua 
responsabilidade será subjetiva. 
• Teoria do risco administrativo: É a regra atual no Brasil, com presunção relativa, juris tantum, da 
responsabilidade da Administração, a menos que esta possa provar a culpa total ou parcial do lesado, 
quando então a responsabilidade estatal poderá ser afastada ou ao menos atenuada (são as causas 
excludentes ou atenuantes de responsabilidade do Estado, que incluem ainda caso fortuito e força maior). 
Ocorre a inversão do ônus da prova, em relação às teorias anteriores, vez que cabe agora à 
Administração provar que o lesado é quem foi culpado pelo fato. 
A responsabilidade objetiva está relacionada a uma ação administrativa, ou seja, um ato comissivo do 
agente. 
RESPONSABILIDADE CIVIL DO RESPONSABILIDADE CIVIL DO 
ESTADO ESTADO -- TEORIASTEORIAS
IRRESPONSABILIDADEIRRESPONSABILIDADE
CivilCivil
CULPACULPA
(subjetiva)(subjetiva) Administrativa, anônimaAdministrativa, anônima
Administrativo (presunçãoAdministrativo (presunção
RISCORISCO relativa)relativa)
(objetiva)(objetiva) Integral (presunção absoluta)Integral (presunção absoluta)
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7. ATOS ADMINISTRATIVOS 
ATO ADMINISTRATIVO: Toda manifestação UNILATERAL, COM EFEITO JURÍDICO e DE DIREITO 
PÚBLICO da vontade da Administração. 
ATRIBUTOS, CARACTERÍSTICAS: 
• PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE (relativa, juris tantum): presume-se que todo ato 
administrativo seja legítimo, até prova em contrário. 
• IMPERATIVIDADE: os atos administrativos são, em regra, imperativos, impondo algo ao 
particular, coercitivamente. 
• AUTO-EXECUTORIEDADE: os atos podem ser executados pelo próprio agente diretamente, 
sem necessidade de prévia autorização judicial. 
• TIPICIDADE: são tipificados, padronizados, na forma estabelecida previamente em lei. 
ELEMENTOS OU REQUISITOS DE VALIDADE: O ato só será válido se: 
• COMPETÊNCIA: o agente que editou o ato tiver competência para tal, definida em lei. 
• FINALIDADE: a finalidade visada pelo ato for de interesse público, e nunca pessoal. 
• FORMA: o ato tiver sido editado na forma exigida em lei. 
• MOTIVO: o pressuposto de fato que serviu de fundamento para o ato for verdadeiro. 
• OBJETO: o seu conteúdo, o efeito produzido for lícito e moral. 
MÉRITO ADMINISTRATIVO: capacidade da Administração de decidir se deve ou não editar 
determinado ato discricionário julgando conforme a sua conveniência e oportunidade. A discricionariedade 
reside no motivo e no objeto do ato administrativo. 
MOTIVAÇÃO: É a exposição dos motivos da edição daquele ato; em regra os atos administrativos 
devem ser motivados. 
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES OU VINCULANTES: Quando a Administração motiva um 
ato ela fica presa, vinculada ao motivo alegado, sob pena de anulação do mesmo. 
FORMAS DE EXTINÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS 
ANULAÇÃO – por motivo de ilegalidade 
REVOGAÇÃO – por motivo de inconveniência 
CASSAÇÃO – quando, APÓS a edição do ato, o destinatário descumpre alguma obrigação. 
CADUCIDADE – quando, APÓS a edição do ato, é editada uma LEI que impede aquele ato. 
CONTRAPOSIÇÃO ou DERRUBADA – quando, APÓS a edição do ato, é editado um novo ATO que 
se contrapõe ao ato inicial. 
 CO FI FO MO OB EXEMPLO
ATO VINCULADO LICENÇA
ATO DISCRICIONÁRIO AUTORIZAÇÃO
 REVOGAÇÃO ANULAÇÃO
Motivo inconveniência e 
inoportunidade
ilegalidade
Ato discricionário pode pode
Ato vinculado Não pode pode
Competência Administração Adm./ Judiciário
Poder Discricionário Vinculado
Efeito Ex nunc Ex tunc
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 Autorização de camelô Revogação 
 
 
 Posse Estabilidade Anulação 
CLASSIFICAÇÕES: 
1- QUANTO AO VÍCIO: 
NULOS – vício insanável 
ANULÁVEIS – vício sanável: pode aceitar a CONVALIDAÇÃO, desde que não prejudique: 
o interesse público 
terceiros de boa-fé 
INEXISTENTES – usurpador de função 
2- QUANTO À POSIÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO 
IMPÉRIO – Administração se coloca em posição de superioridade em relação ao particular 
GESTÃO – Administração praticamente se nivela ao particular 
EXPEDIENTE – atos de tramitação burocrática 
3- QUANTO À EXEQUIBILIDADE 
 
 válido ou nulo 
 Perfeito 
 eficaz ou ineficaz (pendente de termo ou condição) 
 
Imperfeito 
 Consumado 
Ato perfeito: Aquele que já cumpriu todo o seu ciclo de formação, todas as suas etapas, chegando à 
publicidade. 
Ato válido: Aquele que está em conformidade com todos os seus requisitos de validade. 
Ato eficaz: Aquele que, após a sua publicação, já pode gerar efeitos imediatamente, não se 
encontrando pendente. 
Ato consumado: Aquele que já exauriu todos os efeitos que deveria gerar. 
4- QUANTO AO ALCANCE 
INTERNO – âmbito interno da repartição 
EXTERNO – alcance externo à repartição 
5- QUANTO À FORMAÇÃO DA VONTADE 
SIMPLES 
COMPLEXO 
COMPOSTO 
SIMPLES: 
(1 só órgão) 
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COMPLEXO: 
(2 órgãos 
pelo menos) 
COMPOSTO: 
(2 órgãos 
pelo menos) 
ESPÉCIES DE ATOS ADMINISTRATIVOS: 
NORMATIVOS – Criam normas abstratas para explicar o conteúdo das leis – 
decreto, regulamento, resolução, regimento, deliberação e instrução normativa 
ORDINATÓRIOS – Dão ordens internas a seus próprios servidores – 
ofício, despacho, aviso, ordem de serviço, portaria... 
NEGOCIAIS – Não criam imposições aos particulares, apenas concedem aquilo que era 
desejado pelo particular - licença, autorização, permissão... 
ENUNCIATIVOS – Enunciam, atestam, demonstram alguma situação de fato – 
certidão, parecer, atestado, apostila... 
PUNITIVOS – Aplicam algum tipo de punição a alguém – 
demissão, suspensão, multa, embargo, cassação... 
• DECRETOS: atos de competência do chefe do Poder Executivo 
• REGULAMENTOS: regras gerais explicando determinados assuntos complexos, colocados em 
vigor por um decreto (decreto regulamentar) 
DECRETO: Art. 84 CF: Compete privativamente aoPres. da 
República:
REGULAMENTAR, 
DE EXECUÇÃO 
 (só explica a lei) 
IV- ...editar decretos para fiel execução das leis 
AUTÔNOMO, 
INDEPENDENTE 
 (independe de lei)
VI- Dispor mediante decreto: 
 .Organização da Administração Pública 
federal 
 .Extinção de cargos vagos 
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8. LICITAÇÃO PÚBLICA 
O ALUNO DEVERÁ ACOMPANHAR ESTE CAPÍTULO COM A LEITURA DAS LEIS 8.666/93 E 10.520/02, 
DANDO MAIS ATENÇÃO ÀQUELES ARTIGOS DETALHADOS NAS AULAS 
LICITAÇÃO: Procedimento pelo qual a Administração convoca os interessados a contratar com ela e escolhe 
a proposta mais vantajosa 
PRINCÍPIOS: 
VINCULAÇÃO AO INSTRUMENTO CONVOCATÓRIO – o instrumento convocatório, que em regra é o 
edital, salvo na modalidade de convite, na qual não haverá edital, utilizado para convocar os 
interessados a participar do certame, vincula, obriga tanto os licitantes quanto a própria Administração. 
JULGAMENTO OBJETIVO – o julgamento deve ser feito objetivamente, conforme o critério definido no 
edital, não podendo ser levadas em consideração ofertas não previstas no instrumento convocatório. 
IGUALDADE ou COMPETITIVIDADE – o edital não deve fazer exigências ou restrições 
desnecessárias, de modo a reduzir a quantidade de licitantes e limitar a competição. 
SIGILO DAS PROPOSTAS – o conteúdo das propostas deve ser sigiloso, até a abertura dos 
envelopes pela comissão de licitação. 
ADJUDICAÇÃO COMPULSÓRIA – a Administração, ao adjudicar o objeto licitado, não poderá faze-lo 
a outro que não o vencedor da licitação. 
MODALIDADES DE LICITAÇÃO: 
 LEI 8.666/93: concorrência, tomada de preços, convite, concurso e leilão. 
 LEI 10.520/02: pregão 
“Lei 8.666/93, Art. 22. São modalidades de licitação: 
 I - concorrência; 
 II - tomada de preços; 
 III - convite; 
 IV - concurso; 
 V - leilão. 
 § 1o Concorrência é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados que, na fase inicial de 
habilitação preliminar, comprovem possuir os requisitos mínimos de qualificação exigidos no edital para 
execução de seu objeto. 
 § 2o Tomada de preços é a modalidade de licitação entre interessados devidamente cadastrados ou 
que atenderem a todas as condições exigidas para cadastramento até o terceiro dia anterior à data do 
recebimento das propostas, observada a necessária qualificação. 
 § 3o Convite é a modalidade de licitação entre interessados do ramo pertinente ao seu objeto, 
cadastrados ou não, escolhidos e convidados em número mínimo de 3 (três) pela unidade administrativa, a 
qual afixará, em local apropriado, cópia do instrumento convocatório e o estenderá aos demais 
cadastrados na correspondente especialidade que manifestarem seu interesse com antecedência de até 
24 (vinte e quatro) horas da apresentação das propostas. 
 § 4o Concurso é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para escolha de trabalho 
técnico, científico ou artístico, mediante a instituição de prêmios ou remuneração aos vencedores, 
conforme critérios constantes de edital publicado na imprensa oficial com antecedência mínima de 45 
(quarenta e cinco) dias. 
 § 5º Leilão é a modalidade de licitação entre quaisquer interessados para a venda de bens móveis 
inservíveis para a administração ou de produtos legalmente apreendidos ou penhorados, ou para a 
alienação de bens imóveis prevista no art. 19, a quem oferecer o maior lance, igual ou superior ao valor 
da avaliação.” 
MODALIDADE PARTICIPANTES
CONCORRÊNCIA Qualquer um
T O M A D A D E 
PREÇOS
Licitantes cadastrados 
Quem atender as condições até 3 dias antes
CONVITE Convidados, no mínimo 3 (cadastrados ou não) 
Cadastrados que manifestarem interesse até 24 h. antes
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“Art. 23. As modalidades de licitação a que se referem os incisos I a III do artigo anterior serão 
determinadas em função dos seguintes limites, tendo em vista o valor estimado da contratação: 
 I - para obras e serviços de engenharia: 
 a) convite - até R$ 150.000,00 (cento e cinqüenta mil reais); 
 b) tomada de preços - até R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); 
 c) concorrência - acima de R$ 1.500.000,00 (um milhão e quinhentos mil reais); 
 II - para compras e serviços não referidos no inciso anterior: 
 a) convite - até R$ 80.000,00 (oitenta mil reais); 
 b) tomada de preços - até R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais 
 c) concorrência - acima de R$ 650.000,00 (seiscentos e cinqüenta mil reais).” 
PREGÃO: 
Para bens e serviços comuns (de simples especificação no edital) 
Licitante de menor preço e os até 10% acima dão lances verbais (no mínimo 3 licitantes) 
Pregoeiro pode negociar o preço 
Habilitação é posterior ao preço 
As principais características do pregão são: 
• Aquisição de bens e serviços comuns (aqueles que podem ser definidos objetivamente no edital, com 
especificações usuais de mercado) independentemente do valor. 
• O Pregoeiro e a equipe de apoio serão servidores do órgão ou entidade e a equipe de apoio será formada 
na maioria por servidores efetivos ou empregados, de preferência do quadro permanente. 
• A Publicação do Aviso do Pregão será no Diário Oficial do Ente (e se for grande vulto, também em jornal 
de grande circulação), com antecedência mínima de 8 dias úteis. 
• Procedimento: Propostas e Lances em Sessão Pública. Todos os participantes entregam envelopes com 
propostas de preços. A licitante de menor preço e as que estiverem com preço até 10% superior são 
chamadas a oferecerem lances verbais até a escolha do menor preço. Se não houver no mínimo 3 
empresas na situação anterior, chama as seguintes melhor classificadas até atingir 3 licitantes. 
• A abertura do envelope de habilitação é posterior. Se a melhor proposta não for habilitada, chama as 
seguintes na ordem de classificação. 
• As empresas que tiverem interesse em recorrer devem manifestar intenção imediatamente, sob pena de 
decadência, tendo prazo de 3 dias úteis para apresentar as razões. As demais empresas poderão 
apresentar contra-razões no prazo de 3 dias úteis após o prazo anterior. 
• São vedadas: Exigência de garantia, exigência de aquisição de edital e pagamento de taxas e 
emolumentos. 
• É possível a realização de pregão por meio de recursos de tecnologia da informação, ou seja, o pregão 
eletrônico, realizado virtualmente pela internet. 
LICITAÇÃO PÚBLICALICITAÇÃO PÚBLICA
OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA:OBRAS E SERVIÇOS DE ENGENHARIA:
R$ 150.000,00R$ 150.000,00 R$ 1.500.000,00R$ 1.500.000,00
CONVITECONVITE TOMADA DE PREÇOSTOMADA DE PREÇOS CONCORRÊNCIACONCORRÊNCIA
COMPRAS E SERVIÇOS (EXCETO DE ENGENHARIA):COMPRAS E SERVIÇOS (EXCETO DE ENGENHARIA):
R$ 80.000,00R$ 80.000,00 R$ 650.000,00R$ 650.000,00
CONVITECONVITE TOMADA DE PREÇOSTOMADA DE PREÇOS CONCORRÊNCIA CONCORRÊNCIA 
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• Existe a previsão da sanção, em caso de faltas graves previstas na lei, de impedimento de licitar e 
contratar com a Administração pelo prazo de até 5 anos.• Aplicam-se subsidiariamente as normas da Lei 8.666/93. 
 
Bens móveis: 
Compra: convite, tomada de preços, concorrência ou pregão. 
Venda: Regra: leilão 
 Exceção: concorrência (valor acima de R$ 650.000,00) 
 
Bens imóveis: 
Compra: concorrência 
Venda: Regra: concorrência 
Exceção: leilão (se o imóvel é derivado de procedimentos 
judiciais ou de dação em pagamento, poderá ser vendido por 
leilão ou concorrência). 
 
Requisitos para a venda de bens: 
 Demonstração de interesse público; 
 Avaliação prévia; 
 Licitação; 
 Autorização legislativa (só para imóveis da Administração Direta, 
autarquias e fundações) 
FASES DA LICITAÇÃO: 
Elaboração do instrumento convocatório → Publicidade → Recebimento das propostas → Julgamento 
(habilitação, prazo para recursos, proposta de preços, prazo para recurso) → Homologação → Adjudicação 
HOMOLOGAÇÃO: ATO administrativo pelo qual a Administração reconhece a legalidade de todo o 
procedimento já efetuado. 
ADJUDICAÇÃO: ATO administrativo pelo qual a Administração declara o vencedor da licitação, atribuindo-lhe o 
objeto licitado. 
TIPOS DE LICITAÇÃO: São os critérios para a definição do vencedor do certame 
 Menor preço 
 Maior lance ou oferta 
 Melhor técnica 
 Técnica e preço Serviços predominantemente intelectuais 
 
EXCEÇÕES AO DEVER DE LICITAR 
INEXIGIBILIDADE: quando há inviabilidade de competição 
DISPENSA: quando há possibilidade de competição, mas alguma situação 
específica justifica a contratação direta 
INEXIGIBILIDADE: quando há inviabilidade de competição, em especial (art. 25): 
Fornecedor exclusivo; 
Serviço técnico especializado (artigo 13); de natureza singular; empresa de notória 
especialização; o serviço não é de publicidade ou divulgação; 
Artista consagrado pela crítica ou pelo público. 
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“Art. 25. É inexigível a licitação quando houver inviabilidade de competição, em especial: 
 I - para aquisição de materiais, equipamentos, ou gêneros que só possam ser fornecidos por 
produtor, empresa ou representante comercial exclusivo, vedada a preferência de marca, devendo 
a comprovação de exclusividade ser feita através de atestado fornecido pelo órgão de registro do 
comércio do local em que se realizaria a licitação ou a obra ou o serviço, pelo Sindicato, Federação ou 
Confederação Patronal, ou, ainda, pelas entidades equivalentes; 
 II - para a contratação de serviços técnicos enumerados no art. 13 desta Lei, de natureza 
singular, com profissionais ou empresas de notória especialização, vedada a inexigibilidade para 
serviços de publicidade e divulgação; 
 III - para contratação de profissional de qualquer setor artístico, diretamente ou através de 
empresário exclusivo, desde que consagrado pela crítica especializada ou pela opinião pública.” 
“Art. 13. Para os fins desta Lei, consideram-se serviços técnicos profissionais especializados os 
trabalhos relativos a: 
I - estudos técnicos, planejamentos e projetos básicos ou executivos; 
II - pareceres, perícias e avaliações em geral; 
III - assessorias ou consultorias técnicas e auditorias financeiras ou tributárias; 
IV - fiscalização, supervisão ou gerenciamento de obras ou serviços; 
V - patrocínio ou defesa de causas judiciais ou administrativas; 
VI - treinamento e aperfeiçoamento de pessoal; 
VII - restauração de obras de arte e bens de valor histórico. 
§ 1o Ressalvados os casos de inexigibilidade de licitação, os contratos para a prestação de serviços 
técnicos profissionais especializados deverão, preferencialmente, ser celebrados mediante a 
realização de concurso, com estipulação prévia de prêmio ou remuneração.” 
 
DISPENSA: quando há possibilidade de competição, mas alguma situação 
específica justifica a contratação direta: 
DISPENSADA: a lei determina a dispensa de licitação; todos para 
alienações de bens (artigo 17) 
DISPENSÁVEL: a lei faculta a dispensa de licitação; hipóteses de 
aquisições (hipóteses expressamente previstas no artigo 24) 
 Lei 8.666/93 Art. 24 – É dispensável a licitação: 
        I - para obras e serviços de engenharia de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", 
do inciso I do artigo anterior, desde que não se refiram a parcelas de uma mesma obra ou serviço ou ainda 
para obras e serviços da mesma natureza e no mesmo local que possam ser realizadas conjunta e 
concomitantemente; 
 II - para outros serviços e compras de valor até 10% (dez por cento) do limite previsto na alínea "a", do 
inciso II do artigo anterior e para alienações, nos casos previstos nesta Lei, desde que não se refiram a 
parcelas de um mesmo serviço, compra ou alienação de maior vulto que possa ser realizada de uma só vez; 
Parágrafo único. Os percentuais referidos nos incisos I e II do caput deste artigo serão 20% (vinte 
por cento) para compras, obras e serviços contratados por consórcios públicos, sociedade de 
economia mista, empresa pública e por autarquia ou fundação qualificadas, na forma da lei, como 
Agências Executivas. 
 V - quando não acudirem interessados à licitação anterior e esta, justificadamente, não puder ser repetida 
sem prejuízo para a Administração, mantidas, neste caso, todas as condições preestabelecidas (licitação 
deserta); 
 VII - quando as propostas apresentadas consignarem preços manifestamente superiores aos praticados 
no mercado nacional, ou forem incompatíveis com os fixados pelos órgãos oficiais competentes, casos em 
que, observado o parágrafo terceiro do art. 48 desta Lei e, persistindo a situação, será admitida a adjudicação 
direta dos bens ou serviços, por valor não superior ao constante do registro de preços, ou dos serviços 
(licitação fracassada); 
 X - para a compra ou locação de imóvel destinado ao atendimento das finalidades precípuas da 
administração, cujas necessidades de instalação e localização condicionem a sua escolha, desde que o preço 
seja compatível com o valor de mercado, segundo avaliação prévia; 
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 XI - na contratação de remanescente de obra, serviço ou fornecimento, em conseqüência de rescisão 
contratual, desde que atendida a ordem de classificação da licitação anterior e aceitas as mesmas condições 
oferecidas pelo licitante vencedor, inclusive quanto ao preço, devidamente corrigido; 
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9. CONTRATOS ADMINISTRATIVOS: 
O ALUNO DEVERÁ ACOMPANHAR ESTE CAPÍTULO COM A LEITURA DA LEI 8.666/93, DANDO MAIS 
ATENÇÃO ÀQUELES ARTIGOS DETALHADOS NAS AULAS 
DEFINIÇÃO: 
Contratos administrativos são aqueles que a Administração, nessa qualidade, celebra com pessoas 
físicas ou jurídicas para a consecução de fins públicos, segundo regime jurídico de direito público, agindo com 
todo o seu poder de império, utilizando-se das suas cláusulasexorbitantes. 
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CLÁUSULAS EXORBITANTES: 
• Exigência de garantia contratual: A Administração PODERÁ exigir garantia contratual para 
assinatura do contrato, de até 5% do valor contratual, em uma das espécies (a ser escolhida pelo 
contratado): caução, seguro garantia, fiança bancária. 
• Aplicação de sanções ao contratado: Em inadimplência do contratado, podem ser aplicadas a 
advertência, multa, suspensão temporária de contratar com a Administração por até 2 anos e 
declaração de inidoneidade (só pelo ministro ou secretário estadual ou municipal: para contratar com a 
Administração enquanto perdurarem os motivos ). A multa pode ser acumulada com outras punições. 
• Restrições ao uso da exceptio non adimpleti contractus pelo contratado contra a 
Administração: Somente após 90 dias de atraso de pagamento poderá o contratado interromper a 
execução do contrato. 
• Alteração unilateral do Contrato pela Administração: Só para cláusulas regulamentares, de 
serviços (não pode alterar preço e forma de pagamento) e alteração das quantidades. O contrato pode 
ser alterado unilateralmente pela Administração, quando houver modificação do projeto ou modificação 
do quantitativo, até 25 % para mais ou para menos, ou até 50 % para mais em caso de reforma de 
edifícios ou de equipamentos. Para redução além de 25 %, o contratado tem que concordar. 
• Rescisão unilateral do Contrato pela Administração: Por inadimplência do contratado, por 
interesse público (mas aí não pode contratar outra pessoa) ou por motivos de fatos imprevistos. 
CONTRATO ADMINISTRATIVOCONTRATO ADMINISTRATIVO
Regido por normas Regido por normas (supletivamente(supletivamente
de direito públicode direito público o o direito privado)direito privado)
cláusulas exorbitantescláusulas exorbitantes
((direito públicodireito público
Contratos de direito privado:Contratos de direito privado: no que couber)no que couber)
Seguro e financiamentoSeguro e financiamento
Locação (Adm. como locatária)Locação (Adm. como locatária)
Administração como usuária Administração como usuária 
de serviço públicode serviço público
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A lei 8.666/93 dispõe: 
 “Art. 77. A inexecução total ou parcial do contrato enseja a sua rescisão, com as conseqüências 
contratuais e as previstas em lei ou regulamento. 
 Art. 78. Constituem motivo para rescisão do contrato: 
 I - o não cumprimento de cláusulas contratuais, especificações, projetos ou prazos; 
 II - o cumprimento irregular de cláusulas contratuais, especificações, projetos e prazos; 
 III - a lentidão do seu cumprimento, levando a Administração a comprovar a impossibilidade da conclusão 
da obra, do serviço ou do fornecimento, nos prazos estipulados; 
 IV - o atraso injustificado no início da obra, serviço ou fornecimento; 
 V - a paralisação da obra, do serviço ou do fornecimento, sem justa causa e prévia comunicação à 
Administração; 
 VI - a subcontratação total ou parcial do seu objeto, a associação do contratado com outrem, a cessão ou 
transferência, total ou parcial, bem como a fusão, cisão ou incorporação, não admitidas no edital e no contrato; 
 VII - o desatendimento das determinações regulares da autoridade designada para acompanhar e 
fiscalizar a sua execução, assim como as de seus superiores; 
 VIII - o cometimento reiterado de faltas na sua execução, anotadas na forma do § 1o do art. 67 desta Lei; 
 IX - a decretação de falência ou a instauração de insolvência civil; 
 X - a dissolução da sociedade ou o falecimento do contratado; 
 XI - a alteração social ou a modificação da finalidade ou da estrutura da empresa, que prejudique a 
execução do contrato; 
 XII - razões de interesse público, de alta relevância e amplo conhecimento, justificadas e determinadas 
pela máxima autoridade da esfera administrativa a que está subordinado o contratante e exaradas no 
processo administrativo a que se refere o contrato; 
 XIII - a supressão, por parte da Administração, de obras, serviços ou compras, acarretando modificação 
do valor inicial do contrato além do limite permitido no § 1o do art. 65 desta Lei; 
 XIV - a suspensão de sua execução, por ordem escrita da Administração, por prazo superior a 120 
(cento e vinte) dias, salvo em caso de calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, ou 
ainda por repetidas suspensões que totalizem o mesmo prazo, independentemente do pagamento obrigatório 
de indenizações pelas sucessivas e contratualmente imprevistas desmobilizações e mobilizações e outras 
previstas, assegurado ao contratado, nesses casos, o direito de optar pela suspensão do cumprimento das 
obrigações assumidas até que seja normalizada a situação; 
 XV - o atraso superior a 90 (noventa) dias dos pagamentos devidos pela Administração decorrentes de 
obras, serviços ou fornecimento, ou parcelas destes, já recebidos ou executados, salvo em caso de 
calamidade pública, grave perturbação da ordem interna ou guerra, assegurado ao contratado o direito de 
optar pela suspensão do cumprimento de suas obrigações até que seja normalizada a situação; 
 XVI - a não liberação, por parte da Administração, de área, local ou objeto para execução de obra, 
serviço ou fornecimento, nos prazos contratuais, bem como das fontes de materiais naturais especificadas no 
projeto; 
 XVII - a ocorrência de caso fortuito ou de força maior, regularmente comprovada, impeditiva da execução 
do contrato. 
 XVIII – descumprimento do disposto no inciso V do art. 27, sem prejuízo das sanções penais cabíveis. 
CONTRATO ADMINISTRATIVOCONTRATO ADMINISTRATIVO
RESCISÃO CONTRATUAL RESCISÃO CONTRATUAL 
UNILATERAL P/ ADM.UNILATERAL P/ ADM.
“Culpa” do contratado“Culpa” do contratado
Interesse públicoInteresse público
Caso fortuito/força maiorCaso fortuito/força maior Direito aDireito a
indenizaçãoindenização
AMIGÁVELAMIGÁVEL “Culpa” da“Culpa” da dos prejuízosdos prejuízos
JUDICIALJUDICIAL AdministraçãoAdministração
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 Parágrafo único. Os casos de rescisão contratual serão formalmente motivados nos autos do processo, 
assegurado o contraditório e a ampla defesa. 
 Art. 79. A rescisão do contrato poderá ser: 
 I - determinada por ato unilateral e escrito da Administração, nos casos enumerados nos incisos I a XII e 
XVII do artigo anterior; 
 II - amigável, por acordo entre as partes, reduzida a termo no processo da licitação, desde que haja 
conveniência para a Administração; 
 III - judicial, nos termos da legislação; 
 § 1o A rescisão administrativa ou amigável deverá ser precedida de autorização escrita e fundamentada 
da autoridade competente. 
 § 2o Quando a rescisão ocorrer com base nos incisos XII a XVII do artigo anterior, sem que haja culpa do 
contratado, será este ressarcido dos prejuízos regularmente comprovados que houver sofrido, tendo ainda 
direito a: 
 I - devolução de garantia; 
 II - pagamentos devidos pela execução do contrato até a data da rescisão; 
 III - pagamento do custo da desmobilização. 
• OBS : Quando há rescisão do contrato, sem culpa do contratado, ele é indenizado pelos prejuízos e 
custos de desmobilização. São motivos para a rescisão do contrato quando

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