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07/01/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 1/9 EFICIÊNCIA ENERGÉTICA NESTE TÓPICO DISCUTE-SE EFICIÊNCIA ENERGÉTICA: SE NÃO VIVEMOS SEM ENERGIA, COMO PODEMOS USÁ-LA DE MODO RACIONAL? AUTOR(A): PROF. AMARILIS LUCIA CASTELI F GALLARDO O QUE é EFICIêNCIA ENERGéTICA? A eficiência energética pode ser traduzida como o uso inteligente e racional da energia em todo o seu ciclo desde a geração até o consumo final. Muito tem sido discutido recentemente sobre o tema eficiência energética, como uma maneira de reduzir custos e de promover a sustentabilidade também social e econômica, visto os impactos associados a todo o ciclo de vida de uma fonte de energia, inclusive fontes renováveis. Do próprio site do Governo do Estado de São Paulo, no site da Secretaria de Energia e Mineração (http://www.energia.sp.gov.br/energia-eletrica/eficiencia-energetica/ (http://www.energia.sp.gov.br/energia-eletrica/eficiencia-energetica/)), destacam-se as ações governamentais para promover a eficiência energética e consequentemente alcançar o aumento da oferta de energia. Essas ações remetem a: “campanhas educativas sobre o uso racional dos recursos para criar uma cultura de combate ao desperdício; estímulo de ações voltadas aos consumidores enquadrados na categoria da Tarifa Social; inclusão do tema “Uso inteligente dos recursos e os impactos ambientais” nas escolas de ensino fundamental estaduais; inclusão da disciplina “Eficiência Energética” na grade curricular das Etecs e Fatecs do Centro Paula Souza e nas demais escolas de ensino médio e superior das redes pública e privada – com a finalidade de formar profissionais para a área de gestão da energia; implantação da gestão energética voltada ao uso racional dos recursos nas unidades do poder público estadual.” EXEMPLO DE EFICIêNCIA ENERGéTICA Um exemplo para ilustrar eficiência energética refere-se à troca de lâmpadas incandescentes por lâmpadas LED. Entretanto, a LED de 7 W de potência consegue iluminar o mesmo que um lâmpada de 60 W, o que representa um economia de quase 90% na conta final de luz! 07/01/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 2/9 A busca por eficiência energética nos faz refletir sobre a nossa necessidade de uso intensivo das várias formas de energia que utilizamos. Nós usamos energia desde aparelhos simples como em sistemas complexos seja equipamentos, veículos e até plantas industriais. Esses sistemas transformam a energia para o uso e uma parte é sempre perdida nesse processo. Por simples analogias poderíamos avaliar a eficiência energética do combustível usado em um veículo para seu deslocamento com a energia que foi abastecida como combustível nesse veículo; ou comparar a energia proporcionada por uma luz acesa à energia elétrica consumida para se usar essa lâmpada. Equipamentos com uso inadequado, má manutenção também geram desperdícios e servem como exemplos para avaliar eficiência energética. A eficiência energética de uma lâmpada incandescente comparada com uma fluorescente ou LED varia muito, o preço das mesmas também, então a busca por eficiência energética obriga a uma tomada de decisão para que se identifique a melhor relação custo benefício entre melhor rendimento e balanço de custos. Essas decisões não são triviais e muitas vezes requerem ferramental de matemática financeira o que seguramente não é do domínio da maioria dos consumidores, por isso, a importância em se discutir a busca por eficiência energética para além daqueles que trabalham com energia. AçõES DO GOVERNO PARA EFICIêNCIA ENERGéTICA. O Governo tem promovido ações para alcançar eficiência energética: Desde 1985, com o intuito de incentivar o uso eficiente de energia elétrica e impedir o desperdício foi criado o Procel - Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica - é um programa de governo coordenado pelo Ministério de Minas e Energia e executado pela Eletrobras, empresa de energia vinculada ao governo. Essa agenda positiva do governo tem contribuído para o aumento da eficiência dos bens e serviços, para o desenvolvimento de hábitos e conhecimentos sobre o consumo eficiente da energia e contribuem para retardar os investimentos no setor elétrico. Desse modo, contribuem para reduzir os impactos ambientais da obtenção de fontes de energia e para o desenvolvimento sustentável. As ações do Procel contribuem para garantir eficiência energética em diversos segmentos da economia, economizando elétrica e gerando benefícios para a sociedade. Os resultados atingidos pelo Procel no período de 1986 a 2016 contabilizam 107 bilhões de kWh. Segundo o Procel Info (http://www.procelinfo.com.br/main.asp? Team=%7B505FF883%2DA273%2D4C47%2DA14E%2D0055586F97FC%7D (http://www.procelinfo.com.br/main.asp? Team=%7B505FF883%2DA273%2D4C47%2DA14E%2D0055586F97FC%7D)) consistem em áreas de atuação do Procel: equipamentos: identificar pelo selo Procel equipamentos eletrodomésticos mais eficientes; edificações: uso eficiente de energia no setor da construção civil em edificações comerciais, públicas e residenciais; 07/01/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 3/9 iluminação pública (Reluz): apoio às prefeituras para o planejamento e implantaçãoo de projetos de substituição de equipamentos públicos de iluminação e melhorias nos existentes, bem como semáforos; poder público: suporte ao planejamento e implantação de projetos com menor consumo de energia em municípios e uso eficiente de eletricidade e água no saneamento; indústria e comércio: treinamentos, uso de manuais e ferramentas para reduzir o desperdício de energia nos setores industrial e comercial, otimizando sistemas produtivos; conhecimento: produção de informação fidedigna acerca de eficiência energética, por meio de ações de educação no ensino formal ou por meio de divulgação ao público geral. A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) recomenda alguns indicadores para eficiência energética, conforme o quadro 1. GERAçãO DISTRIBUíDA Quando se fala em eficiência energética há um outro conceito bastante importante envolvido – a geração distribuída. A geração distribuída remete a empreendimentos de geração de energia de porte diversos que são acoplados um atendimento preponderante para o consumidor final, em que há ou não excedentes elétricos que podem ser exportados à rede de distribuição de energia. A geração distribuída vai desde aos projetos mais tradicionais como os de cogeração de energia na indústria até aqueles de pequeno porte instalado em residências. Segundo o Instituto Nacional de Eficiência Energética (http://www.inee.org.br/forum_ger_distrib.asp? Cat=gd), a geração distribuída designa a geração elétrica contígua ou próxima dos consumidores independentemente da potência a ser gerada, da tecnologia e da fonte de energia envolvida. As tecnologias têm inclusive evoluído para incluir potências cada vez mais diminutas. A geração distribuída pode incluir cogeração, geração que usam como fonte de energia resíduos combustíveis do processo; geradores de emergência; painéis foto-voltáicos e pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). 07/01/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 4/9 Essas soluções associadas à geração distribuída tem ganhado força desde o final do monopólio da energia elétrica, na década de 1980, incentivadas pelo desenvolvimento de tecnologias. As vantagens da geração distribuída sobre a geração centralizada está relacionada com as economias dos investimentos em transmissão e com a redução de perdas nesses sistemas. Embora não seja uma solução nova, era bastante utilizada antes da década de 1940 no país, há um crescimento previsto grande para a geração distribuída e com certeza ela permitiráaumentar a eficiência energética. POLíTICAS BRASILEIRAS DE EFICIêNCIA ENERGéTICA Altoé et al. (2017) discutem as principais políticas brasileiras de eficiência energética. A Figura 1 apresenta uma linha do tempo dos principais marcos regulatórios brasileiros na área de eficiência energética. De acordo com o trabalho de Altoé et al. (2017), a criação da Lei 10.295/2010 que é o principal marco legal na área de eficiência energética surgiu exatamente durante o ‘apagão”, ou a grande crise no setor de energia elétrica ocorrida em 2010. Essa crise foi superada pela gestão da demanda, como mudanças nos hábitos de consumo e a substituição de equipamentos de baixa eficiência energética. Esse protocolo não deveria ser seguido somente em momentos de crise, mas também adotado de modo contínuo. O próprio planejamento de energia de longo prazo, o Plano Nacional de Energia (PNE) 2030 aponta para um potencial médio de aplicação de medidas de eficiência energética crescente para o futuro considerando os diferentes setores e cenários macroeconômicos. Ainda segundo Altoé et al. (2017), quanto maior for o crescimento de economia poderá se maior o campo para aplicação de medidas de conservação de energia. Os autores analisam esses perspectivas apresentadas no PNE 2030 e consolidam as mesmas na Figura 2. 07/01/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 5/9 Pela Figura 2, observa-se que o setor industrial apresenta maior consumo de energia e o segundo potencial médio de economia caso medidas de eficiência energética sejam aplicadas, as medidas requerem o uso de equipamentos mais eficientes e um maior controle do setor. O setor de transportes apresentou o segundo maior consumo e o maior potencial para eficiência energética, as medidas passam por outros modais e busca por veículos mais eficientes. Os setores residencial, comercial e de serviços não devem ser desprezados embora tenham apresentado menor potencial para economia com medidas de eficiência energética. Segundo Altoé et al. (2017), há uma série de medidas de conservação de energia que podem ser implementadas como: i) certi cac?a?o energe?tica de edifi?cios; ii) uso de eletrodome?sticos e cientes; iii) gerac?a?o des- centralizada de energia ele?trica e te?rmica por fontes renova?veis, como energia eo?lica, solar fotovoltaica e solar te?rmica; e iv) promoc?a?o de campanhas de conscientizac?a?o da populac?a?o quanto ao uso racional de energia. Há muito a ser desenvolvido no Brasil em termos de eficiência energética. O Brasil posiciona-se muito aquém nesse tema se comparado a países desenvolvidos como EUA e os da União Europeia. Os sistemas fotovoltaicos conectados à rede (grid-tie) vem sendo considerados sistemas de energia que promovem a eficiência energética, como mostra a Figura 3. 07/01/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 6/9 SITES DE INTERESSE: Procel – Programa Nacional de Conservação de Energia Ele - (http://www.procelinfo.com.br/main.asp? Team=%7B505FF883%2DA273%2D4C47%2DA14E%2D0055586F97FC%7D (http://www.procelinfo.com.br/main.asp? Team=%7B505FF883%2DA273%2D4C47%2DA14E%2D0055586F97FC%7D) INEE – Instituto Nacional de Eficiência Energética: http://www.inee.org.br/forum_sobre_gd_cg.asp?Cat=gd (http://www.inee.org.br/forum_sobre_gd_cg.asp?Cat=gd) QUESTãO PARA REFLEXãO Como o Brasil pode avançar em termos de gestão distribuída de energia para promover eficiência energética comparável aos países mais desenvolvidos? ATIVIDADE FINAL Assinale a alternativa INCORRETA: A. A eficiência energética pode ser traduzida como o uso inteligente e racional da energia em todo o seu ciclo desde a geração até o consumo final. 07/01/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 7/9 B. As ações do Procel contribuem para garantir eficiência energética em diversos segmentos da economia, economizando elétrica e gerando benefícios para a sociedade, com resultados de 107 bilhões de kWh. C. Os sistemas fotovoltaicos conectados à rede (grid-tie) vêm sendo considerados sistemas de energia que promovem a eficiência energética, mas não são exemplos de geração distribuída pelo baixo volume de energia que movimentam. D. A geração distribuída remete a empreendimentos de geração de energia de porte diversos que são acoplados a um atendimento preponderante para o consumidor final, em que há ou não excedentes elétricos que podem ser exportados à rede de distribuição de energia. REFERÊNCIA ALTOÉ, Leandra; COSTA, José Márcio ; OLIVEIRA FILHO, DELLY ; MARTINEZ, FRANCISCO JAVIER REY ; FERRAREZ, ADRIANO HENRIQUE ; VIANA, LUCAS DE ARRUDA . Políticas públicas de incentivo à eficiência energética. Estudos Avançados, v. 31, p. 285-297, 2017. 07/01/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 8/9 07/01/2019 AVA UNINOVE https://ava.uninove.br/seu/AVA/topico/container_impressao.php 9/9
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