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ÉTICA CRISTÃ NO NOVO TESTAMENTO
Quando nós falamos sobre ética nós devemos analisar o comportamento do padrão que serve como regra normativa para a vida, a conduta de qualquer grupo ou sociedade, porem, quando nós falamos de ética cristã, estamos falando da pratica que Deus exige para que os fieis do seu reino vivam este reino em conformidade com a sua vontade, quando nós analisamos a oração do Pai Nosso, nós observamos o que Jesus disse ali, ele no final da oração diz: “venha a nós o teu Reino” ele esta dizendo, até que nós sejamos levados para o céu, para estar com o Senhor no dia do arrebatameto, a nossa oração deve ser esta: “Que o Reino de Deus venha, seja estabelecido aqui, e nós como fieis deste reino, como pessoa que amamos a Deus, que adoramos a Deus, que queremos viver com Deus, vivemos em conformidade com a vontade de Deus. É aqui que nós vamos demonstrar a vida cristã, a bondade de Deus, a vontade de Deus, as pessoas ao mundo, é aqui que nós precisamos viver, lá na morada prometida será fácil viver, por que lá, não existirá pecado, não haverá dor, não haverá constrangimento, não haverá nenhum tipo de coisas que nos leva a sair do propósito central de Deus. 
O problema esta aqui, então pra nós vivermos aqui, a oração de Jesus é que venha o teu Reino a nós, e nos venhamos viver dentro deste Reino, então quando nós olhamos para este reino, nós compreendemos e entendemos quais são as vontades de Deus, e a maneira que nós devemos nos portar dentro desta vontade de Deus.
A Ética se mostrou juntamente com a fé se encarnou na vida de um povo, como modo de proceder peculiar, de alta qualidade humana. Trata-se de mostrar, agora, como o caminho aberto por Jesus leva adiante e radicaliza a tradição ética de Israel, num projeto de vida proposto às comunidades cristãs, as do Novo Testamento e as de todos os tempos.
As palavras e os gestos de Jesus configuraram um ethos particular no âmbito da religiosidade de Israel. Três palavras sintetizam sua ação: continuidade, ruptura e superação. Tudo quanto fez e ensinou situava-se no âmbito da ética israelita, forjada ao longo dos séculos. Nela se enraizava, dando-lhe continuidade. Entretanto, colocou-se na contramão de certas tendências da época, focadas na submissão aos ditames da Lei, sem comungar-lhe com o espírito. 
O Mestre Jesus é apresentado em contínuo conflito com a ala legalista do movimento farisaico, sem se dar conta de haver, também, uma vertente distinta, feita de piedade verdadeira. Pode-se afirmar que nem todo fariseu o é da maneira como se fala dos fariseus nos Evangelhos. Jesus, porém, quis ir além e apresentar um modo de proceder inteiramente centrado no querer do Pai, para além da letra da Lei. A síntese desse intento encontra-se em Mt 5,20: “Eu vos digo: se vossa justiça não for maior que a dos escribas e dos fariseus, não entrareis no Reino dos Céus”. Assim, Jesus pretendeu forjar uma ética superior àquela praticada por certos grupos, apontando para o querer do Pai como absoluto na vida do discípulo do Reino.
A tradição cristã abriu novas perspectivas para a ética de Israel. Diferentemente dos rabinos e suas escolas para o ensino da interpretação da Lei Mosaica, Jesus transmitiu aos discípulos uma sabedoria de vida, uma ética centrada no Reino de Deus e sua justiça, a serem buscados em primeiros lugar (Mt 6,33). Escolheu um método existencial “Aprendei de mim” (Mt 11,29) para transmitir um modo de ser e de agir com o testemunho de vida, palavras e atos. A linguagem parabólica foi a maneira de pregar o evangelho do Reino. “Nada lhes falava a não ser em parábolas” (Mc 4,34). A vida e o mundo foram as escolas onde os discípulos de Jesus se confrontavam com uma “justiça superior à dos escribas e à dos fariseus” (Mt 5,20).
Jesus não inventou uma nova ética. Antes, foi capaz de mergulhar nas raízes da fé de Israel e, deste tesouro, “tirar coisas novas e velhas” (Mt 13,52). Seu contexto ético-religioso exigia uma guinada. A prevalência da mentalidade de certas correntes do movimento dos escribas e fariseus deu origem a uma religião legalista, donde resultava uma ética feita de submissão aos 613 mandamentos e proibições, nos quais a Torá fora codificada. A religião e, com ela, a ética, tornaram-se um fardo pesado, um jugo esmagador, sem espaço para a liberdade. Jesus denunciava os opositores por causa da conduta imprópria. “Amarram fardos pesados e os põem sobre os ombros dos homens, mas eles mesmos nem com um dedo se dispõem a movê-los” (Mt 23,4). Criavam normas para os outros, sem assumi-las para si.
Entretanto, o novo ethos introduzido por Jesus exigia dos discípulos profunda renovação interior. A continuidade com a tradição de Israel comportava, também, descontinuidade. Jesus usou duas parábolas para falar da disposição para acolher a novidade de sua proposta. “Ninguém põe remendo de pano novo em roupa velha, porque o remendo repuxa a roupa e o rasgão torna-se maior. Nem se põe vinho novo em odres velhos; caso contrário, estouram os odres, o vinho se entorna e os odres ficam inutilizados. Portanto, o vinho novo se põe em odres novos; assim ambos se conservam” (Mt 9,16-17). Sua proposta ética não podia ser confundida com o legalismo farisaico. O Reino de Deus requeria grande abertura de coração para ser acolhido sem reservas. Só assim se poderia captar a novidade ética do Mestre de Nazaré, o Senhor Jesus.

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