Buscar

IDENTIFICAÇÃO DE FRAGMENTOS ESTRANHOS COMUMENTE ENCONTRADOS EM ALIMENTOS

Prévia do material em texto

INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO – IFPI
CAMPUS TERESINA CENTRAL
CURSO: TECNOLOGIA EM ALIMENTOS
DICIPLINA: MICROSCOPIA
PROFESSORA: FLOR DE MARIA MENDES CAMARA
 
IDENTIFICAÇÃO DE FRAGMENTOS ESTRANHOS COMUMENTE ENCONTRADOS EM ALIMENTOS
 Apolinário Filho
Eliete Teixeira
Giselle Matos 
Irismar Santos
Tháila Pimentel
TERESINA – PIAUÍ,
2018.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO
A microscopia tem como principal ferramenta analisar as características dos alimentos, drogas e ingredientes estranhos, a fim de detectar adulterações e verificar as condições sanitárias desses produtos. A microscopia alimentar é uma área de controle de qualidade que pesquisa a presença de elementos histológicos característicos de cada produto e outras matérias estranhas que possam estar presentes nos alimentos. 
Através de pesquisas destas matérias estranhas pode-se verificar a qualidade da matéria-prima utilizada, as condições higiênico-sanitárias empregadas no processo de fabricação, armazenamento e distribuição dos produtos alimentícios (Macé, 1891; Clayton, 1909; Wallis, 1965; Zamboni, 1986; Barbieri et al, 2001). 
Considera-se como sujidade alimentar a presença de insetos, ácaros, aranhas, fungos, pêlos, penas, areia, vidro, fragmentos metálicos e outras impurezas estranhas à sua composição original. Essas sujidades podem contaminar o alimento ao longo do caminho que ele percorre desde a lavoura até a mesa do consumidor (Peace & Gardiner, 1990). 
Algumas adulterações e fraudes, que acontecem nos alimentos também podem ser evidenciadas pela microscopia. Isto ocorre quando é possível comprovar a ausência de partes, de origem vegetal ou animal, características de um produto ou a adição intencional de outras estranhas ao mesmo (Macé, 1891; Clayton, 1909; Wallis, 1965; Zamboni, 1986; Barbieri et al, 2001). 
Essa pratica procurou objetivar a observação ao microscópio, e identificar diferentes fragmentos comumente encontrados em alimentos, assim como a descrição da morfologia do material observado. 
2. MATÉRIAIS E METODOS
2.1 Materiais:
Estereomicroscópio;
Microscópio óptico; 
Água;
Lamínula; 
Lamina; 
Pipeta descartável;
Insetos;
Pêlos de animais e humano;
Folha vegetal;
Placa de petri;
Pinça metálica.
2.2 Metodologia:
Com o auxílio da pinça colocou-se na placa de petri os insetos como: barata, pernilongo, moscas em geral e folha vegetal. E foram observados no estereomicroscópio sua estrutura. 
Na utilização do microscópio óptico: com o auxílio da pinça, colocou-se os pêlos dos animais e o cabelo humano na lamina, posteriormente pipetou-se uma gota de água na lamina e pressionou-se com a lamínula, ao colocar no microscópio óptico foram observadas com as objetivas 4X, 10X e 40X. 
Esses procedimentos foram feitos no Laboratório de Análises Clinicas no Instituto Federal do Piauí – Campus Teresina Central. 
3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
As amostras analisadas pelo estereomicroscópio foram baratas, folha vegetal e moscas. Pode-se observar as asas e uma pequena parte do corpo do animal, seu esqueleto como mostra nas figuras 1 e 2. 
	
Figura 1. Asa da barata.			 Figura 2. Esqueleto da barata. 
Na figura 3 observou-se uma folha vegetal com suas pontas possivelmente queimadas pela incidência do calor. 
Figura 3. Folha vegetal visualizada pelo estereomicroscópio.
Na utilização do microscópio óptico utilizou-se as objetivas de 4X, 10X e 40X. Os elementos observados foram pêlos de gatos e cachorros e fio de cabelo humano. Na figura 4 e 5 foram analisadas o pelo de um gato Siamês, utilizando-se as objetivas 4X e 10X.
	 Figura 5. Pelo de gato visualizado pela objetiva 10X.
Figura 4. Pelo de gato visualizado pela objetiva 4X.
Nas figuras 6, 7 e 8 mostra um cabelo humano ao qual foram utilizados as objetivas 4X, 10X e 40X, podendo ser visto com mais nitidez a fibra capilar. 
 	Figura 7. Cabelo humano visualizado pela objetiva 10X.	
Figura 6. Cabelo humano visualizado pela objetiva 4X.
			Figura 8. Cabelo humano visualizado pela objetiva 40X.
Na observação do pelo de cachorro pode-se ver umas bolinhas, essas bolinhas são bolhas que ao ser colocado o pelo na lamínula não foi retirada corretamente essas bolhas. Na figura 9, 10 e 11 foram utilizadas as objetivas 4X, 10X e 40X para visualizar o pelo. 
				Figura 10. Pelo de cachorro visualizado pela objetiva 10X
Figura 9. Pelo de cachorro visualizado pela objetiva 4X.		
		 Figura 11. Pelo de cachorro visualizado pela objetiva 40X.
As imagens acima mostra alguns elementos que podem conter nos alimentos e segundo a Resolução RDC n° 175, de 08 de julho de 2003, são considerados impróprios para o consumo os produtos que apresentam matéria prejudicial à saúde humana (como, por exemplo, insetos ou outros animais, vivos ou mortos, inteiros ou em partes, reconhecidos como vetores mecânicos; parasitos; excrementos; objetos rígidos, pontiagudos e/ou cortantes, entre outros), por poder causar danos à saúde do consumidor.
A presença de insetos vivos assim como de ácaros e pêlos de roedor é um fator de risco, pois podem veicular bactérias e fungos, além do fato dos ácaros serem alergênicos.
Sabe-se que todo alimento deve atender a padrões de identidade e qualidade de forma a garantir que o consumidor adquira não somente um produto que não ofereça riscos à saúde humana, mas também que não lhe cause nenhum tipo de repulsa em decorrência da presença de alguma matéria estranha e que tenha sido fabricadas dentro dos princípios de Boas Práticas Agrícolas (BPA), Boas Práticas de Fabricação (BPF) e do sistema de Análises de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC), entre outros.
4. CONCLUSÃO
Baseando-se nos resultados e discussões acima expostas pode-se concluir que, as análise estudadas são consideradas as principais responsáveis pelo grande índice de sujidade presente nos alimentos rotulados e embalados. 
Portanto, podemos identificar e diferenciar esses fragmentos estranhos nos alimentos em analises microscópicas ajuda a facilitar a padronização dos alimentos e contribui para uma qualidade dos produtos ofertados para o consumidor. 
REFERÊNCIAS
BARBIERI, M. K.; Athié, I.; Paula, D. C.; Cardozo, G.M. B. Q. Microscopia em alimentos: identificação histológica e material estranho. 2. Ed. Campinas: Centro de Informação em Alimentos/ ITAL, 2001. 
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução RDC nº 175, de 08 de julho de 2003.
CLAYTON, E. G. A compendium of food – microscopy. London: Baillière, Tindall & Conx, 1909. 2 v.
MACÉ, E. Lês substances alimentaires ètudiées au microscope. Paris: J.- B. Baillière et fils, 1891. 2 v.
PEACE, D. McClymont. Key for identification of mandebles of strored-food insects. Arlington, Virginia: AOAC International, 1985. 
PEACE, D. McClymont; Gardiner, M. A. Extraneus matter in foods: detection identification and evaluation. Ottawa, Canada: Polyscience Publications, 1990.
WALLIS, T. E. Analytical microscopy: its aims and methods in relation to food, water, spices and drugs. 3. Ed. London: J. and A. Churchill, 1965.
ZAMBONI, C. Q. Aulas teóricas de microscopia alimentar. In: CURSO DE BROMATOLOGIA PARA TÉCNICOS DO MINISTERIO DA SAÚDE. Apostila de microscopia alimentar. São Paulo: Instituo Adolfo Lutz, 1986.

Continue navegando