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TECNICO DO INSS 
Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
1 
DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
 
CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS - 1 
 
Seguridade Social. 1.1 Origem e evolução 
legislativa no Brasil. 1.2 Conceituação. 1.3 
Organização e princípios constitucionais. 2 
Legislação Previdenciária. 2.1 Conteúdo, 
fontes, autonomia. 2.3 Aplicação das normas 
previdenciárias. 2.3.1 Vigência, hierarquia, 
interpretação e integração. 3 Regime Geral de 
Previdência Social. 3.1 Segurados obrigatórios, 
3.2 Filiação e inscrição. 3.3 Conceito, 
características e abrangência: empregado, 
empregado doméstico, contribuinte individual, 
trabalhador avulso e segurado especial. 3.4 
Segurado facultativo: conceito, características, 
filiação e inscrição. 3.5 Trabalhadores 
excluídos do Regime Geral. 
 
4 Empresa e empregador doméstico: conceito 
previdenciário. 5 Financiamento da Seguridade 
Social. 5.1 Receitas da União. 5.2 Receitas das 
contribuições sociais: dos segurados, das 
empresas, do empregador doméstico, do 
produtor rural, do clube de futebol profissional, 
sobre a receita de concursos de prognósticos, 
receitas de outras fontes. 5.3 Salário-de-
contribuição. 5.3.1 Conceito. 5.3.2 Parcelas 
integrantes e parcelas não-integrantes. 5.3.3 
Limites mínimo e máximo. 5.3.4 
Proporcionalidade. 5.3.5 Reajustamento. 5.4 
Arrecadação e recolhimento das contribuições 
destinadas à seguridade social. 
 
5.4.1 Competência do INSS e da Secretaria da 
Receita Federal do Brasil. 5.4.2 Obrigações da 
empresa e demais contribuintes. 5.4.3 Prazo 
de recolhimento. 5.4.4 Recolhimento fora do 
prazo: juros, multa e atualização monetária. 6 
Decadência e prescrição. 7 Crimes contra a 
seguridade social. 8 Recurso das decisões 
administrativas. 9 Plano de Benefícios da 
Previdência Social: beneficiários, espécies de 
prestações, benefícios, disposições gerais e 
específicas, períodos de carência, salário-de-
benefício, renda mensal do benefício, 
reajustamento do valor dos benefícios. 
10 Manutenção, perda e restabelecimento da 
qualidade de segurado. 11 Lei n.° 8.212, de 
24/07/1991 e alterações posteriores. 12 Lei n.º 
8.213, de 24/07/1991 e alterações posteriores. 
13 Decreto n.° 3.048, de 06/05/1999 e 
alterações posteriores; 14 Lei de Assistência 
Social – LOAS: conteúdo; fontes e autonomia 
(Lei n° 8.742/93 e alterações posteriores; 
Decreto nº. 6.214/07 e alterações posteriores). 
 
 
 
 
 
 
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SLIDES PARTE I 
 
NORMAS CONSTITUCIONAIS DA 
SEGURIDADE SOCIAL – ARTIGOS 194/204. 
 
CAPÍTULO II 
DA SEGURIDADE SOCIAL 
Seção I 
DISPOSIÇÕES GERAIS 
 
 Art. 194. A seguridade social 
compreende um conjunto integrado de ações 
de iniciativa dos Poderes Públicos e da 
sociedade, destinadas a assegurar os direitos 
 
 
 
 
 
 
 
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TECNICO DO INSS 
Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
2 
relativos à saúde, à previdência e à assistência 
social. 
 
Parágrafo único. Compete ao Poder Público, 
nos termos da lei, organizar a seguridade 
social, com base nos seguintes objetivos: 
 
I - universalidade da cobertura e do 
atendimento; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios 
e serviços às populações urbanas e rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação 
dos benefícios e serviços; 
IV - irredutibilidade do valor dos benefícios; 
V - eqüidade na forma de participação no 
custeio; 
VI - diversidade da base de financiamento; 
VII - caráter democrático e descentralizado da 
administração, mediante gestão quadripartite, 
com participação dos trabalhadores, dos 
empregadores, dos aposentados e do Governo 
nos órgãos colegiados. 
 
 
Princípio da Solidariedade; 
 
Princípio da Precedência da Fonte de Custeio 
(artigo 195, §5º); 
 
Princípio do Orçamento Diferenciado (artigo 
165, §5º, inciso III). 
 
Dentro da seguridade social coexistem dois 
subsistemas: de um lado o subsistema 
contributivo, composto apenas pela previdência 
social, que pressupõe o pagamento (real ou 
presumido) de contribuições previdenciárias 
dos segurados para a sua cobertura e dos seus 
dependentes. 
 
Do outro, o subsistema não contributivo, 
integrado pela saúde pública e pela assistência 
social, pois ambas são custeadas pelos tributos 
em geral (especialmente as contribuições 
destinadas ao custeio da seguridade social) e 
disponíveis a todas as pessoas que delas 
necessitarem, inexistindo a exigência de 
pagamento de contribuições específicas dos 
usuários para o gozo dessas atividades 
públicas. 
 
Art. 195. A seguridade social será 
financiada por toda a sociedade, de forma 
direta e indireta, nos termos da lei, 
mediante recursos provenientes dos 
orçamentos da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, e das 
seguintes contribuições sociais: 
 
I - do empregador, da empresa e da 
entidade a ela equiparada na forma da lei, 
incidentes sobre: 
a) a folha de salários e demais rendimentos 
do trabalho pagos ou creditados, a 
qualquer título, à pessoa física que lhe 
preste serviço, mesmo sem vínculo 
empregatício (CONTRIBUIÇÃO 
PREVIDENCIÁRIA PATRONAL); 
b) a receita ou o faturamento; (COFINS) 
c) o lucro; (CSLL) 
II - do trabalhador e dos demais segurados 
da previdência social, não incidindo 
contribuição sobre aposentadoria e pensão 
concedidas pelo regime geral de 
previdência social de que trata o art. 201; 
III - sobre a receita de concursos de 
prognósticos. 
IV - do importador de bens ou serviços do 
exterior, ou de quem a lei a ele equiparar 
 
CONCURSOS DE PROGNÓSTICOS 
 
Apesar de a Constituição tratá-la como 
contribuição para a seguridade social, não se 
trata tecnicamente de um tributo, e sim de 
repasses de recursos financeiros arrecadados 
pelo Poder Público em decorrência das 
apostas oficiais. 
 
O tema vem regulamentado pelos artigos 26 e 
27, da Lei 8.212/91, sendo definidos os 
concursos de prognósticos como todos os 
concursos de sorteios de números, loterias, 
apostas, inclusive aquelas realizadas em 
reuniões hípicas, no âmbito federal, estadual, 
distrital e municipal. 
 
Art. 26. Constitui receita da Seguridade Social 
a renda líquida dos concursos de prognósticos, 
excetuando-se os valores destinados ao 
Programa de Crédito Educativo. 
§ 1º Consideram-se concursos de prognósticos 
todos e quaisquer concursos de sorteios de 
números, loterias, apostas, inclusive as 
realizadas em reuniões hípicas, nos âmbitos 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
3 
federal, estadual, do Distrito Federal e 
municipal. 
§ 2º Para efeito do disposto neste artigo, 
entende-se por renda líquida o total da 
arrecadação, deduzidos os valores destinados 
ao pagamento de prêmios, de impostos e de 
despesas com a administração, conforme 
fixado em lei, que inclusive estipulará o valor 
dos direitos a serem pagos às entidades 
desportivas pelo uso de suas denominações e 
símbolos. 
 Quando o Poder Público for o 
organizador, será repassada à seguridade 
social a renda líquida, apurada após deduzidos 
os custos com o pagamento de prêmios, 
impostos e gestão, ressalvada uma parcela 
destinada ao crédito educativo. Por outro 
lado, quando o particular for autorizado a 
organizar as apostas, a exemplo dos prados de 
cavalos, serão destinados 5% do seu 
movimento global à seguridade social. Artigo 
212, do Decreto 3.048/99. 
 
Art. 27. Constituem outras receitas da 
Seguridade Social: 
I - as multas, a atualização monetária e os 
juros moratórios; 
II - a remuneração recebida por serviços de 
arrecadação, fiscalização e cobrança prestados 
a terceiros; 
III - as receitas provenientes de prestação de 
outros serviços e de fornecimento ou 
arrendamento de bens; 
IV - as demais receitas patrimoniais,industriais 
e financeiras; 
V - as doações, legados, subvenções e outras 
receitas eventuais; 
VI - 50% (cinqüenta por cento) dos valores 
obtidos e aplicados na forma do parágrafo 
único do art. 243 da Constituição Federal; 
VII - 40% (quarenta por cento) do resultado dos 
leilões dos bens apreendidos pelo 
Departamento da Receita Federal; 
VIII - outras receitas previstas em legislação 
específica. 
 
Parágrafo único. As companhias seguradoras 
que mantêm o seguro obrigatório de danos 
pessoais causados por veículos automotores 
de vias terrestres, de que trata a Lei nº 6.194, 
de dezembro de 1974, deverão repassar à 
Seguridade Social 50% (cinqüenta por cento) 
do valor total do prêmio recolhido e destinado 
ao Sistema Único de Saúde-SUS, para custeio 
da assistência médico-hospitalar dos 
segurados vitimados em acidentes de trânsito 
• § 1º - As receitas dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios 
destinadas à seguridade social 
constarão dos respectivos orçamentos, 
não integrando o orçamento da União. 
• § 2º - A proposta de orçamento da 
seguridade social será elaborada de 
forma integrada pelos órgãos 
responsáveis pela saúde, previdência 
social e assistência social, tendo em 
vista as metas e prioridades 
estabelecidas na lei de diretrizes 
orçamentárias, assegurada a cada 
área a gestão de seus recursos. 
 
Lei 8212/91 
 
Art. 8º As propostas orçamentárias anuais ou 
plurianuais da Seguridade Social serão 
elaboradas por Comissão integrada por 3 (três) 
representantes, sendo 1 (um) da área da 
saúde, 1 (um) da área da previdência social e 1 
(um) da área de assistência social. 
 
• § 3º - A pessoa jurídica em débito com o 
sistema da seguridade social, como 
estabelecido em lei, não poderá contratar 
com o Poder Público nem dele receber 
benefícios ou incentivos fiscais ou 
creditícios. 
• § 4º - A lei poderá instituir outras fontes 
destinadas a garantir a manutenção ou 
expansão da seguridade social, obedecido o 
disposto no art. 154, I (LEI 
COMPLEMENTAR). 
• § 5º - Nenhum benefício ou serviço da 
seguridade social poderá ser criado, 
majorado ou estendido sem a 
correspondente fonte de custeio total 
(PRINCÍPIO DA PRECEDÊNCIA DA 
FONTE DE CUSTEIO). 
• § 6º - As contribuições sociais de que trata 
este artigo só poderão ser exigidas após 
decorridos noventa dias da data da 
publicação da lei que as houver instituído ou 
modificado, não se lhes aplicando o disposto 
no art. 150, III, "b". PRINCÍPIO DA 
NOVENTENA 
• § 7º - São “isentas” de contribuição para a 
seguridade social as entidades beneficentes 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Previdenciário 
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4 
de assistência social que atendam às 
exigências estabelecidas em lei (Lei 
12.101/09). 
• § 8º O produtor, o parceiro, o meeiro e o 
arrendatário rurais e o pescador artesanal, 
bem como os respectivos cônjuges, que 
exerçam suas atividades em regime de 
economia familiar, sem empregados 
permanentes, contribuirão para a 
seguridade social mediante a aplicação de 
uma alíquota sobre o resultado da 
comercialização da produção e farão jus aos 
benefícios nos termos da lei 
• § 9º As contribuições sociais previstas no 
inciso I do caput deste artigo poderão ter 
alíquotas ou bases de cálculo diferenciadas, 
em razão da atividade econômica, da 
utilização intensiva de mão-de-obra, do 
porte da empresa ou da condição estrutural 
do mercado de trabalho 
(PROGRESSIVIDADE). 
• § 10. A lei definirá os critérios de 
transferência de recursos para o sistema 
único de saúde e ações de assistência 
social da União para os Estados, o Distrito 
Federal e os Municípios, e dos Estados para 
os Municípios, observada a respectiva 
contrapartida de recursos 
• § 11. É vedada a concessão de remissão ou 
anistia das contribuições sociais de que 
tratam os incisos I, a, e II deste artigo, para 
débitos em montante superior ao fixado em 
lei complementar. 
• § 12. A lei definirá os setores de atividade 
econômica para os quais as contribuições 
incidentes na forma dos incisos I, b; e IV do 
caput, serão não-cumulativas (COFINS). 
• § 13. Aplica-se o disposto no § 12 inclusive 
na hipótese de substituição gradual, total ou 
parcial, da contribuição incidente na forma 
do inciso I, a, pela incidente sobre a receita 
ou o faturamento. 
 
Seção II 
DA SAÚDE 
 
• Art. 196. A saúde é direito de todos e dever 
do Estado, garantido mediante políticas 
sociais e econômicas que visem à redução 
do risco de doença e de outros agravos e ao 
acesso universal e igualitário às ações e 
serviços para sua promoção, proteção e 
recuperação. 
• Art. 197. São de relevância pública as ações 
e serviços de saúde, cabendo ao Poder 
Público dispor, nos termos da lei, sobre sua 
regulamentação, fiscalização e controle, 
devendo sua execução ser feita diretamente 
ou através de terceiros e, também, por 
pessoa física ou jurídica de direito privado. 
• Art. 198. As ações e serviços públicos de 
saúde integram uma rede regionalizada e 
hierarquizada e constituem um sistema 
único, organizado de acordo com as 
seguintes diretrizes: 
• I - descentralização, com direção única em 
cada esfera de governo; 
• II - atendimento integral, com prioridade 
para as atividades preventivas, sem prejuízo 
dos serviços assistenciais; 
• III - participação da comunidade. 
• § 1º. O sistema único de saúde será 
financiado, nos termos do art. 195, com 
recursos do orçamento da seguridade 
social, da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios, além de outras 
fontes. 
• § 2º A União, os Estados, o Distrito Federal 
e os Municípios aplicarão, anualmente, em 
ações e serviços públicos de saúde recursos 
mínimos derivados da aplicação de 
percentuais calculados sobre: 
• I – no caso da União, na forma definida 
nos termos da lei complementar prevista no 
§ 3º; 
• II – no caso dos Estados e do Distrito 
Federal, o produto da arrecadação dos 
impostos a que se refere o art. 155 e dos 
recursos de que tratam os arts. 157 e 159, 
inciso I, alínea a, e inciso II, deduzidas as 
parcelas que forem transferidas aos 
respectivos Municípios; 
 
III – no caso dos Municípios e do Distrito 
Federal, o produto da arrecadação dos 
impostos a que se refere o art. 156 e dos 
recursos de que tratam os arts. 158 e 159, 
inciso I, alínea b e § 3º. 
 
§ 3º Lei complementar, que será reavaliada 
pelo menos a cada cinco anos, estabelecerá 
 
• I – os percentuais de que trata o § 2º; 
• II – os critérios de rateio dos recursos da 
União vinculados à saúde destinados aos 
Estados, ao Distrito Federal e aos 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Previdenciário 
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5 
Municípios, e dos Estados destinados a 
seus respectivos Municípios, objetivando a 
progressiva redução das disparidades 
regionais 
• III – as normas de fiscalização, avaliação e 
controle das despesas com saúde nas 
esferas federal, estadual, distrital e 
municipal; 
• IV – as normas de cálculo do montante a ser 
aplicado pela União. 
• § 4º Os gestores locais do sistema único de 
saúde poderão admitir agentes comunitários 
de saúde e agentes de combate às 
endemias por meio de processo seletivo 
público, de acordo com a natureza e 
complexidade de suas atribuições e 
requisitos específicos para sua atuação. 
• § 5º. Lei federal disporá sobre o regime 
jurídico, o piso salarial profissional nacional, 
as diretrizes para os Planos de Carreira e a 
regulamentação das atividades de agente 
comunitário de saúde e agente de combate 
às endemias, competindo à União, nos 
termos da lei, prestar assistência financeira 
complementar aos Estados, ao Distrito 
Federal e aos Municípios, para o 
cumprimento doreferido piso salarial (EC 
63/2010). 
• § 6º. Além das hipóteses previstas no § 1º 
do art. 41 e no § 4º do art. 169 da 
Constituição Federal, o servidor que exerça 
funções equivalentes às de agente 
comunitário de saúde ou de agente de 
combate às endemias poderá perder o 
cargo em caso de descumprimento dos 
requisitos específicos, fixados em lei, para o 
seu exercício. 
• Art. 199. A assistência à saúde é livre à 
iniciativa privada. 
• § 1º - As instituições privadas poderão 
participar de forma complementar do 
sistema único de saúde, segundo diretrizes 
deste, mediante contrato de direito público 
ou convênio, tendo preferência as entidades 
filantrópicas e as sem fins lucrativos. 
• § 2º - É vedada a destinação de recursos 
públicos para auxílios ou subvenções às 
instituições privadas com fins lucrativos. 
• § 3º - É vedada a participação direta ou 
indireta de empresas ou capitais 
estrangeiros na assistência à saúde no País, 
salvo nos casos previstos em lei. 
• § 4º - A lei disporá sobre as condições e os 
requisitos que facilitem a remoção de 
órgãos, tecidos e substâncias humanas para 
fins de transplante, pesquisa e tratamento, 
bem como a coleta, processamento e 
transfusão de sangue e seus derivados, 
sendo vedado todo tipo de comercialização. 
• Art. 200. Ao sistema único de saúde 
compete, além de outras atribuições, nos 
termos da lei: 
• I - controlar e fiscalizar procedimentos, 
produtos e substâncias de interesse para a 
saúde e participar da produção de 
medicamentos, equipamentos, 
imunobiológicos, hemoderivados e outros 
insumos; 
• II - executar as ações de vigilância sanitária 
e epidemiológica, bem como as de saúde do 
trabalhador; 
• III - ordenar a formação de recursos 
humanos na área de saúde; 
• IV - participar da formulação da política e da 
execução das ações de saneamento básico; 
• V - incrementar em sua área de atuação o 
desenvolvimento científico e tecnológico; 
• VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, 
compreendido o controle de seu teor 
nutricional, bem como bebidas e águas para 
consumo humano; 
• VII - participar do controle e fiscalização da 
produção, transporte, guarda e utilização de 
substâncias e produtos psicoativos, tóxicos 
e radioativos; 
• VIII - colaborar na proteção do meio 
ambiente, nele compreendido o do trabalho. 
 
Seção III 
DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
Art. 201. A previdência social será organizada 
sob a forma de regime geral, de caráter 
contributivo e de filiação obrigatória, 
observados critérios que preservem o equilíbrio 
financeiro e atuarial, e atenderá, nos termos da 
lei, a: 
 
• I - cobertura dos eventos de doença, 
invalidez, morte e idade avançada; 
• II - proteção à maternidade, especialmente à 
gestante; 
• III - proteção ao trabalhador em situação de 
desemprego involuntário; 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
6 
• IV - salário-família e auxílio-reclusão para os 
dependentes dos segurados de baixa renda; 
• V - pensão por morte do segurado, homem 
ou mulher, ao cônjuge ou companheiro e 
dependentes, observado o disposto no § 2º. 
• § 1º. É vedada a adoção de requisitos e 
critérios diferenciados para a concessão de 
aposentadoria aos beneficiários do regime 
geral de previdência social, ressalvados os 
casos de atividades exercidas sob 
condições especiais que prejudiquem a 
saúde ou a integridade física e quando se 
tratar de segurados portadores de 
deficiência, nos termos definidos em lei 
complementar 
• § 2º Nenhum benefício que substitua o 
salário de contribuição ou o rendimento do 
trabalho do segurado terá valor mensal 
inferior ao salário mínimo. 
• § 3º Todos os salários de contribuição 
considerados para o cálculo de benefício 
serão devidamente atualizados, na forma da 
lei. 
• § 4º É assegurado o reajustamento dos 
benefícios para preservar-lhes, em caráter 
permanente, o valor real, conforme critérios 
definidos em lei. 
• § 5º É vedada a filiação ao regime geral de 
previdência social, na qualidade de 
segurado facultativo, de pessoa participante 
de regime próprio de previdência 
• § 6º A gratificação natalina dos aposentados 
e pensionistas terá por base o valor dos 
proventos do mês de dezembro de cada 
ano. 
• § 7º É assegurada aposentadoria no regime 
geral de previdência social, nos termos da 
lei, obedecidas as seguintes condições: 
• I - trinta e cinco anos de contribuição, se 
homem, e trinta anos de contribuição, se 
mulher; artesanal 
• II - sessenta e cinco anos de idade, se 
homem, e sessenta anos de idade, se 
mulher, reduzido em cinco anos o limite para 
os trabalhadores rurais de ambos os sexos 
e para os que exerçam suas atividades em 
regime de economia familiar, nestes 
incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o 
pescador 
• § 8º Os requisitos a que se refere o inciso I 
do parágrafo anterior serão reduzidos em 
cinco anos, para o professor que comprove 
exclusivamente tempo de efetivo exercício 
das funções de magistério na educação 
infantil e no ensino fundamental e médio. 
• § 9º Para efeito de aposentadoria, é 
assegurada a contagem recíproca do tempo 
de contribuição na administração pública e 
na atividade privada, rural e urbana, 
hipótese em que os diversos regimes de 
previdência social se compensarão 
financeiramente, segundo critérios 
estabelecidos em lei. 
• § 10. Lei disciplinará a cobertura do risco de 
acidente do trabalho, a ser atendida 
concorrentemente pelo regime geral de 
previdência social e pelo setor privado. 
• § 11. Os ganhos habituais do empregado, a 
qualquer título, serão incorporados ao 
salário para efeito de contribuição 
previdenciária e conseqüente repercussão 
em benefícios, nos casos e na forma da lei 
• § 12. Lei disporá sobre sistema especial de 
inclusão previdenciária para atender a 
trabalhadores de baixa renda e àqueles sem 
renda própria que se dediquem 
exclusivamente ao trabalho doméstico no 
âmbito de sua residência, desde que 
pertencentes a famílias de baixa renda, 
garantindo-lhes acesso a benefícios de valor 
igual a um salário-mínimo. 
• § 13. O sistema especial de inclusão 
previdenciária de que trata o § 12 deste 
artigo terá alíquotas e carências inferiores 
às vigentes para os demais segurados do 
regime geral de previdência social 
• Art. 202. O regime de previdência privada, 
de caráter complementar e organizado de 
forma autônoma em relação ao regime geral 
de previdência social, será facultativo, 
baseado na constituição de reservas que 
garantam o benefício contratado, e regulado 
por lei complementar. 
• § 1° A lei complementar de que trata este 
artigo assegurará ao participante de planos 
de benefícios de entidades de previdência 
privada o pleno acesso às informações 
relativas à gestão de seus respectivos 
planos 
• § 2° As contribuições do empregador, os 
benefícios e as condições contratuais 
previstas nos estatutos, regulamentos e 
planos de benefícios das entidades de 
previdência privada não integram o contrato 
de trabalho dos participantes, assim como, à 
exceção dos benefícios concedidos, não 
 
 
 
 
 
 
 
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Direito Previdenciário 
Frederico Amado 
7 
integram a remuneração dos participantes, 
nos termos da lei. 
• § 3º É vedado o aporte de recursos a 
entidade de previdência privada pela União, 
Estados, Distrito Federal e Municípios, suas 
autarquias, fundações, empresas públicas, 
sociedades de economia mista e outras 
entidades públicas, salvo na qualidade de 
patrocinador, situação na qual, em hipótese 
alguma, sua contribuição normal poderá 
exceder a do segurado 
• § 4º Lei complementar disciplinará a relação 
entre a União, Estados, Distrito Federal ouMunicípios, inclusive suas autarquias, 
fundações, sociedades de economia mista e 
empresas controladas direta ou 
indiretamente, enquanto patrocinadoras de 
entidades fechadas de previdência privada, 
e suas respectivas entidades fechadas de 
previdência privada. 
• § 5º A lei complementar de que trata o 
parágrafo anterior aplicar-se-á, no que 
couber, às empresas privadas 
permissionárias ou concessionárias de 
prestação de serviços públicos, quando 
patrocinadoras de entidades fechadas de 
previdência privada 
• § 6º A lei complementar a que se refere o § 
4° deste artigo estabelecerá os requisitos 
para a designação dos membros das 
diretorias das entidades fechadas de 
previdência privada e disciplinará a inserção 
dos participantes nos colegiados e 
instâncias de decisão em que seus 
interesses sejam objeto de discussão e 
deliberação. 
 
Seção IV 
DA ASSISTÊNCIA SOCIAL 
 
• Art. 203. A assistência social será prestada 
a quem dela necessitar, independentemente 
de contribuição à seguridade social, e tem 
por objetivos: 
• I - a proteção à família, à maternidade, à 
infância, à adolescência e à velhice; 
• II - o amparo às crianças e adolescentes 
carentes; 
• III - a promoção da integração ao mercado 
de trabalho; 
• IV - a habilitação e reabilitação das pessoas 
portadoras de deficiência e a promoção de 
sua integração à vida comunitária; 
• V - a garantia de um salário mínimo de 
benefício mensal à pessoa portadora de 
deficiência e ao idoso que comprovem não 
possuir meios de prover à própria 
manutenção ou de tê-la provida por sua 
família, conforme dispuser a lei 
• Art. 204. As ações governamentais na área 
da assistência social serão realizadas com 
recursos do orçamento da seguridade 
social, previstos no art. 195, além de outras 
fontes, e organizadas com base nas 
seguintes diretrizes: 
• I - descentralização político-administrativa, 
cabendo a coordenação e as normas gerais 
à esfera federal e a coordenação e a 
execução dos respectivos programas às 
esferas estadual e municipal, bem como a 
entidades beneficentes e de assistência 
social; 
• II - participação da população, por meio de 
organizações representativas, na 
formulação das políticas e no controle das 
ações em todos os níveis. 
• Parágrafo único. É facultado aos Estados e 
ao Distrito Federal vincular a programa de 
apoio à inclusão e promoção social até cinco 
décimos por cento de sua receita tributária 
líquida, vedada a aplicação desses recursos 
no pagamento de: 
 
I - despesas com pessoal e encargos sociais; 
II - serviço da dívida;) 
III - qualquer outra despesa corrente não 
vinculada diretamente aos investimentos ou 
ações apoiados 
 
SLIDES PARTE II 
 
PARTE GERAL DA PREVIDÊNCIA SOCIAL 
 
PREVIDÊNCIA SOCIAL NO BRASIL: 
 
01- Planos básicos 
 1.1. Regime Geral de 
Previdência Social – RGPS (art. 201, da CRFB; 
Leis 8.212/91, 8.213/91 e Decreto 3.048/99); 
 1.2. Regimes Próprios de 
Previdência Social – RPPS’s (art. 40, da CRFB, 
Leis 9.717/98 e 10.887/2004. 
 
02- Planos Complementares: 
 
 
 
 
 
 
 
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 2.1. Regime Público 
Complementar (§§14, 15 e 16, do art. 40, da 
CRFB); 
 2.2. Regime Privado 
Complementar (artigo 202, da CRFB; Leis 
Complementares 108 e 109/2001): 
 
 2.2.1. Fechado 
 2.2.2. Aberto 
 
EVOLUÇÃO DA PREVIDÊNCIA 
 
 Aponta-se majoritariamente como o 
marco inicial mundial da previdência social no 
mundo a edição da Lei dos Seguros Sociais, na 
Alemanha, em 1883, perpetrada pelo chanceler 
Otto Von Bismarck, que criou o seguro-doença, 
seguida por outras normas que instituíram o 
seguro de acidente de trabalho (1884), o de 
invalidez (1889) e o de velhice (1889), em 
decorrência de grandes pressões sociais de 
época. 
 Registre-se, inicialmente, que a 
Constituição de 1891 foi a primeira brasileira a 
prever diretamente um benefício previdenciário, 
pois o seu artigo 75 garantia a aposentadoria 
por invalidez aos funcionários públicos que se 
tornaram inválidos a serviço na nação, mesmo 
sem existir o pagamento de contribuições 
previdenciárias. 
 Deveras, a Constituição Imperial (1824) 
apenas garantiu formalmente os “socorros 
públicos” (artigo 179, inciso XXXI), de pouca 
regulamentação em razão da doutrina liberal 
de época. 
 Em 1821, o Decreto de 1º de outubro 
concedeu aposentadoria aos mestres e 
professores após 30 anos de serviço. Já em 
1888, criou-se a Caixa de Socorros para os 
trabalhadores das estradas de ferro de 
propriedade do Estado (Lei 3.397) e o Decreto 
9.912-A previu a aposentadoria dos 
empregados dos Correios, após 30 anos de 
serviço e 60 anos de idade. 
 Em 1919 foi editada a Lei de Acidentes 
de Trabalho (Lei 3.724), que criou o seguro de 
acidente de trabalho para todas as categorias, 
a cargo das empresas, introduzindo a noção do 
risco profissional. 
 No Brasil, prevalece doutrinariamente 
que a previdência social nasceu com o advento 
da Lei Elói Chaves, em 1923 (Decreto-lei 
4.682), que determinou a criação das caixas de 
aposentadorias e pensões para os ferroviários, 
mantidas pelas empresas. 
 Nesse sentido, o dia da Previdência 
Social no Brasil é comemorado oficialmente no 
dia 24 de janeiro, justamente porque nessa 
data começou a vigorar a Lei Elói Chaves. 
 Na realidade, a previdência pública 
brasileira apenas iniciou-se em 1933, através 
do Decreto 22.872, que criou o Instituto de 
Previdência dos Marítimos – IAPM, pois gerida 
pela Administração Pública, surgindo 
posteriormente os seguintes Institutos: dos 
comerciários e bancários (1934); dos 
industriários (1936); dos servidores do estado e 
dos empregados de transportes e cargas 
(1938). 
 
A Constituição de 1934 deu a sua contribuição 
ao prever o tríplice custeio da previdência 
social, mediante recursos do Poder Público, 
dos trabalhadores e das empresas, passando, 
em termos constitucionais, do plano apenas da 
assistência social para o seguro social, 
lançando mão da expressão “Previdência”. 
 Por sua vez, a Constituição de 1946 
contemplou pela primeira vez no país a 
expressão “Previdência Social”, tratando da 
sua cobertura no artigo 157. 
 Em 1960, foi promulgada a Lei Orgânica 
da Previdência Social – LOPS (Lei 3.807), que 
unificou o plano de benefícios dos Institutos. 
 Já em 1965, a Emenda 11 alterou a 
Constituição de 1946 para criar o Princípio da 
Precedência de Fonte de Custeio para a 
instituição ou majoração dos benefícios 
previdenciários e assistenciais, existente até 
hoje e aplicável a toda a seguridade social. 
 Em 1967, ocorreu à unificação da 
previdência urbana brasileira, vez que os 
Institutos foram fundidos, nascendo o INPS – 
Instituto Nacional de Previdência Social, 
através do Decreto-lei 72/1966, que também 
trouxe o seguro de acidente do trabalho para o 
âmbito da Previdência Pública. 
 
Mais adiante, em 1971, ocorreu a inclusão 
previdenciária dos trabalhadores rurais, que 
passaram a ser segurados previdenciários com 
regência pela Lei Complementar 11, que 
instituiu o Pró-Rural (Programa de Assistência 
ao Trabalhador Rural), mantido pelos recursos 
do Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural 
 
 
 
 
 
 
 
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– FUNRURAL, que ganhou natureza jurídica de 
autarquia federal. 
 Os empregados domésticos tiveram a 
sua vez em 1972, passando a ser segurados 
da previdência por força da Lei 5.859. 
 Em 1977, foi permitida a criação da 
previdência complementar privada, através das 
entidades abertas e fechadas, por intermédio 
da Lei 6.435, começando a nascer os grandes 
fundos de pensão das empresas estatais, a 
exemplo da PREVI e da PETROS. 
 Ainda em 1977 foi instituído o SINPAS – 
SistemaNacional de Previdência e Assistência 
Social, que abarcava as seguintes entidades: 
A) IAPAS (Instituto de Administração 
Financeira da Previdência e Assistência Social 
– arrecadação e fiscalização das 
contribuições); 
B) INAMPS (Instituto Nacional de Assistência 
Médica da Previdência Social); 
C) INPS (Instituto Nacional de Previdência 
Social – responsável pela gestão dos 
benefícios previdenciários); 
D) LBA (Fundação Legião Brasileira de 
Assistência – cuidava dos idosos e gestantes 
carentes); 
E) FUNABEM (Fundação Nacional do Bem-
Estar do Menor – responsável pelo menores 
carentes); 
F) CEME (Central de Medicamentos - 
fabricação de medicamentos de baixo custo); 
G) DATAPREV (Empresa de Tecnologia e 
Informações da Previdência Social - controle 
de dados) 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS 
PREVIDENCIÁRIOS 
 
• Quanto à contributividade, os sistemas 
previdenciários serão classificados em: 
• A) Não contributivos - custeados com os 
tributos em geral, inexistindo contribuições 
específicas, como ocorre no primeiro pilar 
da previdência da Dinamarca; 
• B) Contributivos – custeados por 
contribuições previdenciárias; 
B.1) Capitalização – Exige a cotização durante 
certo prazo para fazer jus aos benefícios, em 
fundo individual ou coletivo, sendo os valores 
investidos pelos administradores (Previdência 
Privada no Brasil); 
B.2) Repartição – Em regra, a ausência de 
contribuição durante determinado tempo não 
retira o direito ao benefício, salvo os casos de 
carência, existindo um fundo único 
(Previdência Pública do Brasil). 
 
 Quanto ao responsável pela gestão, 
adota-se a seguinte classificação: 
 
A) Pública - O Poder Público assume a 
responsabilidade da administração do regime 
previdenciário; 
B) Privada – O gerenciamento é feito pela 
iniciativa privada, como no Chile, desde a 
reforma de 1981; 
C) Mista – Adota-se uma gestão pública e 
privada, a depender do plano, como ocorre no 
Brasil, onde há planos públicos e privados. 
 
CARACTERÍSTICAS GERAIS DO RGPS: 
 
• * público; 
• * contributivo; 
• * prima pelo equilíbrio financeiro e 
atuarial; 
• de filiação obrigatória para os 
trabalhadores em geral; 
• de repartição (fundo único); 
• solidário; 
• de gestão quadripartite (Poder Público, 
empregadores, trabalhadores e 
aposentados); 
• de custeio tripartite (Poder Público, 
trabalhadores e 
empresas/empregadores). 
 
A administração do RGPS foi atribuída ao 
Ministério da Previdência Social, órgão 
integrante da União, sendo exercida pelos 
demais órgãos e entidades a ele 
vinculados, tendo sido criado pela Lei 
8.029/90 o Instituto Nacional do Seguro 
Social - INSS, autarquia federal, fruto da 
fusão do IAPAS - Instituto de Administração 
Financeira da Previdência e Assistência 
Social com o INPS - Instituto Nacional de 
Previdência Social, com principal função 
administrativa na atualidade gerir o plano 
de benefícios do RGPS. 
 
 De acordo com o artigo 1º do 
Regimento do INSS, aprovado pelo Decreto 
7.556/2011, “o Instituto Nacional do Seguro 
Social-INSS, autarquia federal, com sede em 
Brasília - Distrito Federal, vinculada ao 
 
 
 
 
 
 
 
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Ministério da Previdência Social, instituída com 
fundamento no disposto no art. 17 da Lei no 
8.029, de 12 de abril de 1990, tem por 
finalidade promover o reconhecimento, pela 
Previdência Social, de direito ao recebimento 
de benefícios por ela administrados, 
assegurando agilidade, comodidade aos seus 
usuários e ampliação do controle social”. 
 
 Além desta função principal, caberá ao 
INSS, ainda, nos termos do artigo 5º, da Lei 
11.457/2007: 
 
 “I - emitir certidão relativa a tempo de 
contribuição; 
II - gerir o Fundo do Regime Geral de 
Previdência Social; 
III - calcular o montante das contribuições 
referidas no art. 2o desta Lei e emitir o 
correspondente documento de arrecadação, 
com vistas no atendimento conclusivo para 
concessão ou revisão de benefício requerido”. 
 
CONSELHO NACIONAL DA PREVIDÊNCIA 
SOCIAL 
 
O Conselho Nacional da Previdência Social – 
CNPS, integrante da estrutura do Ministério da 
Previdência Social, constitui-se em órgão 
superior de deliberação colegiada, contando 
com composição que atende ao Princípio da 
Gestão Quadripartite da Seguridade Social, 
nos moldes do artigo 3º, da Lei 8.213/91: 
 
“I - seis representantes do Governo Federal; 
II - nove representantes da sociedade civil, 
sendo: 
a) três representantes dos aposentados e 
pensionistas; 
b) três representantes dos trabalhadores em 
atividade; 
c) três representantes dos empregadores” 
 § 1º Os membros do CNPS e seus 
respectivos suplentes serão nomeados pelo 
Presidente da República, tendo os 
representantes titulares da sociedade civil 
mandato de 2 (dois) anos, podendo ser 
reconduzidos, de imediato, uma única vez. 
 § 2º Os representantes dos trabalhadores em 
atividade, dos aposentados, dos empregadores 
e seus respectivos suplentes serão indicados 
pelas centrais sindicais e confederações 
nacionais. 
§ 3º O CNPS reunir-se-á, ordinariamente, 
uma vez por mês, por convocação de seu 
Presidente, não podendo ser adiada a 
reunião por mais de 15 (quinze) dias se 
houver requerimento nesse sentido da 
maioria dos conselheiros. 
§ 4º Poderá ser convocada reunião 
extraordinária por seu Presidente ou a 
requerimento de um terço de seus 
membros, conforme dispuser o regimento 
interno do CNPS. 
§ 5º (Revogado pela Lei nº 9.528, de 1997) 
§ 6º As ausências ao trabalho dos 
representantes dos trabalhadores em 
atividade, decorrentes das atividades do 
Conselho, serão abonadas, computando-se 
como jornada efetivamente trabalhada para 
todos os fins e efeitos legais. 
 
§ 7º Aos membros do CNPS, enquanto 
representantes dos trabalhadores em 
atividade, titulares e suplentes, é 
assegurada a estabilidade no emprego, da 
nomeação até um ano após o término do 
mandato de representação, somente 
podendo ser demitidos por motivo de falta 
grave, regularmente comprovada através 
de processo judicial. 
 
• Compete ao CNPS (ARTIGO 4º, DA LEI 
8213/91): 
 
• I - estabelecer diretrizes gerais e 
apreciar as decisões de políticas 
aplicáveis à Previdência Social; 
• II - participar, acompanhar e avaliar 
sistematicamente a gestão 
previdenciária; 
• III - apreciar e aprovar os planos e 
programas da Previdência Social; 
• IV - apreciar e aprovar as propostas 
orçamentárias da Previdência Social, 
antes de sua consolidação na proposta 
orçamentária da Seguridade Social; 
• V - acompanhar e apreciar, através de 
relatórios gerenciais por ele definidos, a 
execução dos planos, programas e 
orçamentos no âmbito da Previdência 
Social; 
• VI - acompanhar a aplicação da 
legislação pertinente à Previdência 
Social; 
 
 
 
 
 
 
 
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• VII - apreciar a prestação de contas 
anual a ser remetida ao Tribunal de 
Contas da União, podendo, se for 
necessário, contratar auditoria externa; 
• VIII - estabelecer os valores mínimos 
em litígio, acima dos quais será exigida 
a anuência prévia do Procurador-Geral 
ou do Presidente do INSS para 
formalização. 
 
PRINCÍPIOS – ARTIGO 2º-LEI 8213/91 
 
 Art. 2º A Previdência Social rege-se pelos 
seguintes princípios e objetivos: 
 
I - universalidade de participação nos planos 
previdenciários; 
II - uniformidade e equivalência dos benefícios 
e serviços às populações urbanas e rurais; 
III - seletividade e distributividade na prestação 
dos benefícios; 
IV - cálculo dos benefícios considerando-se os 
salários-de-contribuição corrigidos 
monetariamente; 
V - irredutibilidade do valor dos benefíciosde 
forma a preservar-lhes o poder aquisitivo; 
VI - valor da renda mensal dos benefícios 
substitutos do salário-de-contribuição ou do 
rendimento do trabalho do segurado não 
inferior ao do salário mínimo; 
VII - previdência complementar facultativa, 
custeada por contribuição adicional; 
VIII - caráter democrático e descentralizado da 
gestão administrativa, com a participação do 
governo e da comunidade, em especial de 
trabalhadores em atividade, empregadores e 
aposentados. 
 
Art. 9º A Previdência Social compreende: 
 
I - o Regime Geral de Previdência Social; 
II - o Regime Facultativo Complementar de 
Previdência Social 
§ 1o O Regime Geral de Previdência Social - 
RGPS garante a cobertura de todas as 
situações expressas no art. 1o desta Lei, exceto 
as de desemprego involuntário, objeto de lei 
específica, e de aposentadoria por tempo de 
contribuição para o trabalhador de que trata o § 
2o do art. 21 da Lei no 8.212, de 24 de julho de 
1991. 
§ 2º O Regime Facultativo Complementar de 
Previdência Social será objeto de lei especifica 
Art. 10. Os beneficiários do Regime Geral de 
Previdência Social classificam-se como 
segurados e dependentes, nos termos das 
Seções I e II deste capítulo.

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