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4.3.1 – Introdução O projeto de pavimentação visa à definição e o detalhamento de uma estrutura que possa, economicamente, suportar as solicitações impostas pelo tráfego, em condições de conforto e segurança para o usuário, num período de 10 anos. 4.3.2 - Elementos Básicos Foram considerados como elementos básicos para o dimensionamento do projeto, os Estudos de Tráfego e os Estudos Geotécnicos: Estudos de Tráfego Elaborado a partir do eixo padrão rodoviário de 8,2tf descrito no Capitulo 3.5 - Estudos de Tráfego, a tabela a seguir mostra o valor do número “N” de projeto para o período de 10 anos: Tabela 1 - Informações Número N PERÍODO DE PROJETO USACE 10 anos (2019 – 2029) 9,93 x 106 Estudos Geotécnicos O ISC do subleito foi determinado com base nos estudos geotécnicos da região. A partir da análise do ISC do subleito e das características das ocorrências dos materiais disponíveis para utilização na pavimentação, o valor do ISC de projeto se encontra na tabela a seguir: Tabela 2 - CBR de projeto TRECHO CBR (%) BR-401/RR – LOTE 01 9,00% 4.3.3 - DETALHES DOS SERVIÇOS DE PAVIMENTAÇÃO a) Sub-base de solo estabilizado granulometricamente sem mistura: A sub-base será em solo estabilizado granulometricamente, devendo ser executada, com espessura de 20 cm, utilizando-se do material das Jazidas J-01a e J-01. A sub-base deverá ser compactada com a energia do Proctor Intermediário (26 golpes por camada). c) Base: A base será de do tipo solo melhorado com areia, com mistura em usina de 90% de solo e 10% de areia, com espessura de 15,0 cm, empregando-se o material da Jazidas J-02a e J-03a. A base deverá ser compactada com a energia do Proctor modificado (52 golpes por camada). d) Imprimação: Para imprimação da superfície da base indica-se a utilização de asfalto diluído do tipo CM-30. Esta emulsão poderá ser adquirida em Manaus/AM, e estocado em tanques localizados no canteiro de obras. e) Tratamento Superficial Duplo: O tratamento superficial duplo será utilizado nos acostamentos. Para execução deste item indica-se a utilização dos seguintes materiais: Material Betuminoso : RR-2C, a ser adquirido em Manaus/AM; Agregado Miúdo : Pedrisco proveniente da Pedreira P-01. f) Pintura de Ligação: Para a pintura de ligação indica-se a utilização de emulsão asfáltica tipo RR-1C. Esta emulsão poderá ser adquirida em Manaus/AM, e estocada em tanques localizados no canteiro de obras. g) Revestimento: O revestimento da pista de rolamento deverá ser executado em Concreto Betuminoso Usinado a Quente, com espessura total de 5,0 cm. Para execução do revestimento indica-se a utilização dos seguintes materiais: Material Betuminoso : CAP-50/70, a ser adquirido em Manaus/AM; Agregado Miúdo : Areia proveniente do Areal A-01; Agregado Graúdo : Material pétreo proveniente da Pedreira P-01; Cimento : a ser adquirido em Boa Vista/RR. 4.3.4 – Dimensionamento O pavimento foi dimensionado pelo "método de Projeto de Pavimentos Flexíveis" de autoria do Engº Murilo Lopes de Souza (DER/1996). A figura a seguir, que consta no Manual de Pavimentação do DNIT página 149, mostra o valor de H20 (altura da camada de base mais a camada do revestimento) e Hn (altura da camada total do pavimento) em relação ao valor do CBR das respectivas camadas de base e subleito: Figura 1- Determinação de espessuras do pavimento Com a referência do valor do Número "N” determinado no Capitulo 3.5 - Estudos de Tráfego e analisando a tabela da página 147 do Manual de Pavimentação do DNIT, o valor da espessura mínima de revestimento betuminoso pode ser determinado. Neste caso, o valor de N igual a 9,93 x 106 gera uma espessura mínima de 5,0 cm de revestimento que será admitida para o dimensionamento deste projeto. Figura 2 - Espessura mínima de revestimento betumisonoso Para determinação dos valores dos coeficientes de equivalência estrutural, a tabela a seguir, da página 146 do Manual de Pavimentação do DNIT, nos permite de acordo com as propriedades do material usado, determinar os valores de referência. Neste caso, o valor do coeficiente para o revestimento (Kr) será 2 devido ao revestimento ser composto por material betuminoso e para a Base o valor admitido será 1,0, pois trata-se de uma camada puramente granular. Figura 3 - Coeficiente de equivalência estrutural Na tabela abaixo, são representados os cálculos de cada camada do pavimento e os respectivos valores de coeficientes k adotados: Tabela 3 - Parâmetros para cálculo da estrutura do pavimento DIMENSIONAMENTO LOTE 01 N R Kr ISs ISb ISn ISm H20 HN HM Kb Ks Kref 2,42E+06 5 2 20 60 - 8,62 26 - 44 1 1 - Onde: N: Número equivalente de operações do eixo-padrão ou parâmetro de tráfego; R: Espessura do revestimento – Tratamento superficial duplo; Kr: Coeficiente estrutural para o revestimento; ISs: Índice de Suporte Califórnia da camada de sub base; ISb: Índice de Suporte Califórnia da camada de base ISn: Índice de Suporte Califórnia da camada de reforço do sub leito; ISm: Índice de Suporte Califórnia de sub leito; H20: Somatória das camadas de base e revestimento; HN: Somatória das camadas de revestimento, base e sub base; HM: Somatória das camadas de revestimento, base, sub base e reforço do sub leito; Kb: Coeficiente estrutural para a base; Ks: Coeficiente estrutural para a sub base; Kref: Coeficiente estrutural para reforço do sub leito; A tabela abaixo mostra um resumo com os valores de projeto para as espessuras de Base, Sub Base e Revestimento. Tabela 4 - Espessuras das camadas do pavimento LOTE 01 PISTA DE ROLAMENTO CAMADA ESPESSURA (cm) Revestimento CBUQ – Faixa C 5,0 Base 90% Solo + 10% Areia 15,0 Sub base Solo estabilizado sem mistura 20,0 ACOSTAMENTO CAMADA ESPESSURA (cm) Revestimento TSD 2,5 Base 90% Solo + 10% Areia 15,0 Sub base Solo estabilizado sem mistura 20,0 4.3.5 – QUANTITATIVOS A memória de cálculo dos quantitativos e o quadro de quantidades de pavimentação com as soluções indicadas anteriormente são apresentadas a seguir neste volume.
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