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Barragem de Rejeito Cecon 2012 Isaías Rodrigo Introdução Uma barragem de rejeito é uma estrutura de terra construída para armazenar resíduos de mineração, os quais são definidos como a fração estéril produzida pelo beneficiamento de minérios, em um processo mecânico e/ou químico que divide o mineral bruto em concentrado e rejeito. O rejeito é um material que não possui maior valor econômico, mas para salvaguardas ambientais deve ser devidamente armazenado. As características dos rejeitos variam de acordo com o tipo de mineral e de seu tratamento em planta (beneficiamento). Podem ser finos, compostos de siltes e argilas, depositados sob forma de lama, ou formados por materiais não plásticos, (areias) que apresentam granulometria mais grossa e são denominados rejeitos granulares (Espósito, 2000). Os rejeitos granulares são altamente permeáveis e contam com uma boa resistência ao cisalhamento, enquanto os rejeitos de granulometria fina, abaixo de 0.074mm (lamas), apresentam alta plasticidade, alta compressibilidade e são de difícil sedimentação. De acordo com Chammas (1989) o rejeito em forma de polpa passa por três etapas de comportamento: • Comportamento de lâmina líquida, com floculação das partículas de menor tamanho. • Em processo de sedimentação, apresentando comportamento semilíquido e semi-viscoso. • Em processo de adensamento, comportando-se como um solo. É importante mencionar que o rejeito não é propriamente um solo, mas para fins geotécnicos seu comportamento é considerado equivalente a de um solo com características de baixa resistência ao cisalhamento Muitas vezes em uma mineração é necessário aumentar a capacidade de armazenamento de uma barragem de rejeito existente, através da construção de alteamentos de acordo com os seguintes métodos construtivos: a) Método à montante; O método à montante em sua etapa inicial consiste na construção de um dique de partida, formado geralmente de materiais argilosos ou enrocamento compactado. b) Método à jusante; É um método mais conservador do que o método à montante, desenvolvido para reduzir os riscos de liquefação em zonas de atividade sísmica. Depois da construção do dique de partida, os alteamentos subsequentes são realizados à jusante do mesmo, até atingir a cota de projeto c) método da linha de centro. Este método é uma solução intermediária entre os dois métodos apresentados anteriormente, possuindo uma estabilidade maior que a barragem alteada somente com o método à montante, porém não requerendo um volume de materiais tão significativo como no alteamento somente com o método à jusante. Vida útil A previsão baseia-se no plano de lavra, no sistema de beneficiamento e no comportamento geotécnico dos rejeitos. Plano de lavra: geometria final e seu desenvolvimento no tempo Compatibilização do ritmo de produção e lançamento com as propriedades geomecânicas dos rejeitos (compressibilidade): velocidade de abertura de novas áreas de estocagem ou dos alteamentos da barragem Programas computacionais são utilizados para estimar vida útil, cotas intermediárias e finais, vazão de água liberada pelos rejeitos (a qual pode ser reaproveitada no processo produtivo ou descartada) e eficiência de medidas alternativas (como a construção de drenos adicionais). Permitem também simular lançamento contínuo, interrupções esporádicas, alternância de períodos de deposição, abandono de reservatório, capeamento com material estéril e considerações de drenagem de fundo (De Mello 2006). Barragem a seco proporciona umidade? Na qual fundamenta –se pelo material que se passa pelo grau de porcentagem de agua utilizada no processo de beneficiamento, pois esta umidade num proporciona uma seletiva retirada de 100% da porcentagem de agua, num ponto de estocagem sem processo de céu aberto ou seja mesmo sendo barragem a seco sem utilização de equipamentos específicos para tratamento deste rejeito pode proporciona baixa porcentagem de água, sendo assim há também o método a seco, ainda pouco comum no Brasil. Ao contrário dos outros métodos, que depositam a água juntamente com os rejeitos, no método a seco o rejeito é acumulado e armazenado na bacia de disposição, normalmente em áreas inclinadas para facilitar o escoamento. Eles são drenados e depositados em pilhas, que ficam expostas à secagem ao sol. Por meio de filtros a vácuo de disco vertical tem método de retirar umidade do material e sendo caminhado para pilha de estéril. - - Alguns principios de estudos barrafem de rejeito Atualmente uma das principais abrodagem em termos de disposição de rejeitos foi o ato da barragem da vale se romper na cidade brumadinho com uma resolução feita pela propria empresa que a anos a barragem não apresenta riscos de rompimento pois não estava recebendo rejeito para deposição. No entanto a procura de resposta para haver o que tinha acontecido para a barragem se romper e causar um desastre de porte grande na historia da empresa. No entender procuramos tentar descrever o que pode ter ocorrido, no contexto acima fala como são feitos as estruturas das barragens como descrevemos a seguir: Uma barragem de rejeito é uma estrutura de terra construída para armazenar resíduos de mineração, os quais são definidos como a fração estéril produzida pelo beneficiamento de minérios, em um processo mecânico e/ou químico que divide o mineral bruto em concentrado e rejeito. A barragem funciona como uma barreira, onde são depositados os rejeitos. À medida que o rejeito é depositado, a parte sólida se acomoda no fundo da barragem. A água decantada na parte superior é então drenada e tratada, com parte sendo reutilizada noprocesso de mineração e o restante devolvido ao meio ambiente. Com o passar do tempo, a barragem vai “secando”, até que deixa de receber rejeitos. Estruturas da barragem 1 – Dique principal ou barramento: estrutura construída no fundo de um vale, com a função de conter os rejeitos. É o ponto mais baixo da barragem. 2 - Crista: local onde começa o depósito do rejeito. É o ponto mais alto da barragem. 3 - Reservatório de rejeito: local onde ocorre o depósito de rejeito. 4 – Diques auxiliares: estruturas laterais que delimitam as áreas de depósito de rejeitos. 5 – Ombreira: terreno natural onde a barragem se encaixa. 6 - Vertedouro: estrutura que permite a saída de água do reservatório no alto da barragem. 7 – Drenagem interna: estrutura que canaliza a água no fundo da barragem. A barragem da mineradora Vale que estourou na sexta-feira (25) em Brumadinho, Minas Gerais, usava uma tecnologia de construção bastante comum nos projetos de mineração iniciados nas últimas décadas, mas considerada por especialistas uma opção menos segura e mais propensa a acidentes. O método chamado de alteamento a montante, utilizado tanto no reservatório I da Mina Córrego do Feijão da Vale como na barragem de Fundão da Samarco, em Mariana, que rompeu em 2015, permite que o dique inicial seja ampliado para cima quando a barragem fica cheia, utilizando o próprio rejeito do processo de beneficiamento do minério como fundação da barreira de contenção. No entanto a relevancia para o rompimento desta barragens pode ser associado ao proprio planejamento na qual a parte de geologia e planejamento determinasse pontos desta construção baseando em principios de nivies de mediante de ponto maritimos. No entanto alguns pontos pode ser anotados que ao passar dos anos houve algumas mudança baeando em foto e videos a mudança estrutural por exemplo : Com pontosadotados no relevo de instalação da barragem pode ter ocorrido mudanças estruturais do prorio terreno, feiro pelo proprio material depositado apartir de pontos onde a barragem foi instalado e definida como ponto a montande. Com base nas fotos relativas ao processo de relação dos fatos que a barragem não recebia rejeito a um tempo pode ter ocorrido alguns fatores que estaria ou não sendo corrigidos, sendo feitos analises de processo , situando no interior de desposição do rejeito pode ter ocorrido o seguinte : Ao passar do tempo pelo fato que não havia em tese a manipulação do material depositado , proprio abondono da barragem em termos de manutenção e uma analise efetiva pelo processo geotecnologia para analisar o comportamento da barragem , pode te ocorrido fissuras internamente nos diques de sustenção apartir de pontos ocorrido por algum tipo de trabalho de desmonte pela carga execessiva de explosivos, e ate mesmo pelo comportamento do material ou rejeitos Segundo detalhe é associar a semelhança do começo do rompimento com base a detalhes a fatos de relação a tectonica gravitacional faz a transformação no processo das fissuras da estrutura de montante a jusante, subaérea, ao longo de talude inclinado (no caso, o relevo onde foi acumulado o rejeito teria uma inclinação no sentido jusante). Percebe-se que a pilha de rejeito apresenta-se mais alta a montante do que a jusante, criando o campo de forças diferenciado entre a parte superior e inferior. A massa se desestabiliza por completo, formando estruturas compressionais no sopé do talude (imediatamente na frente da barragem) segundo André Danderfer e processo. Terceira parte eventualmente ocorrido todo processo a montante pode ocorrer um processos denominado de acordo com tipo de construção dentre eles processo de liquefação que é reforçada pelas inúmeras rupturas ocorridas em barragens, taludes naturais e fundações de obras civis que são atribuídas a este mecanismo de colapso do solo. Devidamente em pontos de operação existia fatores intermediários que se proponha ao processo de despejo do rejeito tendo em vista a falta de monitoramento constante tendo-se em vista pontos como: . A superfície crítica de ruptura passa pelos rejeitos sedimentados, porém não devidamente compactados . Há risco de ruptura provocado pela liquefação da massa de rejeitos, por efeito de sismos naturais ou induzidos e vibrações causadas por explosões ou movimentação de equipamentos. . Os rejeitos devem ter fração arenosa, para favorecer a drenagem e serem lançados com uma concentração de sólidos que possibilite a segregação do material próximo à crista da barragem . Em áreas que ocorram vibrações, sejam de origem tectônica (sismos naturais) ou provocadas por desmonte com explosivo na mina ou, ainda, por passagem de veículos (sismos induzidos), recomenda-se que o alteamento por este método seja descartado.9 Fontes 2010 - A falta de planejamento dessa estrutura que, independentemente de fatores externos, entra em colapso em razão dos erros de cálculos dos técnicos responsáveis. • Problemas de drenagem; • Liquefação do material; e • Acúmulo de lama onde deveria ter rejeito arenoso. • Classificação de grau de risco das barragens de rejeito e problemas no sistema de monitoramento e sinal sonoro ser aplicado com exatidão Pois os problemas na barragem, como as trincas ou o acumulo de lama no maciço, não ocorreram de uma hora para outra, ou seja, são eventos e situações que foram ocorrendo ao longo dos anos. - elevação excessiva do nível freático: precipitação intensa, com conseqüente aumento da umidade do material no reservatório, ou devido ao gerenciamento inadequado do ciclone. - Galgamento: o nível d’água ultrapassa a crista da barragem, causando esforços adicionais e erodindo a crista e o talude de jusante. - “Piping”: ocorrência de erosão interna tubular no corpo da barragem (ruptura geral). ◼ velocidade de construção muito elevada (pode acarretar o aumento excessivo de pressões neutras no corpo da barragem). Segundo Pimenta e Espósito, os conceitos básicos de um projeto de barragem de rejeitos são apresentados a seguir: As barragens de contenção de rejeitos devem ser projetadas tendo como base as características dos rejeitos, dos outros materiais constituintes para o aterro, dos fatores específicos de localização, tais como, topografia, geologia, hidrologia, sismicidade e custo; A localização da barragem deve contemplar as considerações físicas (volume de rejeitos e área requerida para a deposição), as considerações financeiras (quantidade e custo dos materiais de preenchimento e métodos de deposição) e as considerações ambientais; A topografia natural é uma das considerações principais para o volume de rejeitos definido em projeto. Vales naturais e outras topografias em depressão devem ser investigados inicialmente, pois o ideal é a máxima capacidade de armazenamento com uma menor quantidade de aterro; A geologia local influencia na fundação da barragem, na taxa de fluxo de percolação e na viabilidade dos materiais de empréstimo para a construção da barragem. Camadas menos resistentes na fundação necessitam ser investigadas, pois podem contribuir para a ruptura do talude da barragem. Com essa pesquisa, obteve-se conclusões que: O conceito de risco, que para fins de classificação de barragens de contenção de rejeitos por categoria de risco aplicado pelo DNPM é definido, somente, segundo a dimensão probabilística. Que entre tantas empresas com apto de exploração propõe investimento para extração de bem comum e não que será descartado em depósitos chamado de barragem de rejeitos. Atualmente as empresas fala -se que custo de manutenção de elevado pois necessita de vários processos como controle com sistema de proteção que verifica as condições interna da barragem , manutenção em diques principal, capas de proteção de compactação , alarmes sonoro ao todo meio ,manutenção em meio filtrantes e até mesmo a própria limpeza da barragem para evitar acúmulo de material decantado, verificação dos meios filtrantes natural e etc. , no entanto se houvesse fiscalização mais precisa sem modificar o grau de risco. As barragens não deverão ter grande altura, e a velocidade de alteamento fica condicionada às propriedades dos rejeitos, visto que a segurança da barragem depende da resistência mobilizável dos rejeitos, que é condicionada pelas pressões neutras. Estas pressões estão relacionadas à velocidade de aumento das sobrecargas provocado pela velocidade de alteamento da barragem e pela velocidade de dissipação das pressões neutras. Antes, acreditava-se que a liquefação estava restrita apenas a depósitos de areia. Entretanto, tem sido observada a liquefação em siltes não plásticos e até em pedregulhos, tanto em laboratório quanto no campo (CÁRDENAS, 2004). A ocorrência do fenômeno em solos grossos está associada à presença de camadas adjacentes menos permeáveis impedindo a dissipação do excesso de poropressões.