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Apostila de Estatística
Biológicas / Saúde
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ou CENTIL: São valores de uma série que a dividem em 100 partes iguais. Cada parte ficará com 1% dos elementos da série. Assim temos: = 1º percentil: separa a seqüência ordenada deixando 1% dos valores a sua esquerda e 99% dos valores a sua direita. = 2º percentil: separa a seqüência ordenada deixando 2% dos valores a sua esquerda e 98% dos valores a sua direita. = 3º percentil: separa a seqüência ordenada deixando 3% dos valores a sua esquerda e 97% dos valores a sua direita. . . = 98º percentil: separa a seqüência ordenada deixando 98% dos valores a sua esquerda e 2% dos valores a sua direita. = 99º percentil: separa a seqüência ordenada deixando 99% dos valores a sua esquerda e 1% dos valores a sua direita. !---!---!---!---!---!---!---!---!---!---! P10 P20 P30 P40 P50 P60 P70 P80 P90 Cálculo do PERCENTIL É o mesmo cálculo de mediana sendo que deve ser substituído por , onde k é o número de ordem do percentil. � Exemplo: Considerando a tabela de distribuição de freqüência por intervalo de classe, calcule P8. (classe 1) Podemos notar que os quartis, quintis e decis podem ser expressos em termos dos precentis. Q1=P25 K1=P20 D1=P10 Q2=P50 K2=P40 D2=P20 Q3=P75 K3=P60 D3=P30 K4=P80 D4=P40 D5=P50 D6=P60 D7=P70 D8=P80 D9=P90 � CAPITULO 5: MEDIDAS DE DISPERSÃO OU VARIABILIDADE As medidas de dispersão ou variabilidade servem para avaliar o quanto os dados são semelhantes, descreve então o quanto os dados distam do valor central. Dessas medidas, estudaremos as seguintes: - Medidas de variação absoluta: Amplitude total, Variância e o Desvio Padrão. - Medidas de variação relativa: Coeficiente de Variação. (1) MEDIDAS DE VARIAÇÃO ABSOLUTA Amplitude Total: É a diferença entre o maior e o menor valor observado. Tem o inconveniente de só levar em conta os dois valores extremos da série, não levando em consideração os valores intermediários. Ela é apenas uma indicação aproximada da dispersão ou variabilidade. AT = L (Max) – l (min) Variância e Desvio Padrão: A variância e o desvio padrão são medidas que levam em consideração a totalidade dos valores da variável em estudo, o que faz delas índices de variabilidade bastante estáveis e, por isso mesmo, os mais geralmente empregados. Cálculo da Variância ( ): A variância é a média aritmética do quadrado dos desvios (em relação à média). Etapas do cálculo da Variância: - Calcular a média aritmética - Subtrair a média de cada valor do conjunto , o que chamamos de desvio; - Elevar cada desvio ao quadrado - Somar os quadrados dos desvios - Dividir a soma por (n-1) quando se tratar de dados amostrais, ou simplesmente por n se os dados representam todos os valores de uma população. Sendo a variância calculada a partir dos quadrados dos desvios, ela é um número em unidade quadrada em relação à variável em questão, o que, sob o ponto de vista prático, é um inconveniente. Por isso mesmo, imaginou-se uma nova medida que tem a interpretação prática, denominada desvio padrão, definida como a raiz quadrada da variância. Desvio Padrão: Observação: (1) O desvio padrão sempre será positivo! (2) O desvio padrão de uma série indica o quanto os dados estão afastados da média e, que se os dados são iguais, o valor da medida é zero. Exemplo 7: Em uma turma de aluno, verificaram-se através da análise das notas de 15 alunos (amostra), os seguintes desempenhos: Alunos Conceito na Prova 1 4,3 9,1204 2 4,5 7,9524 3 9 2,8224 4 6 1,7424 5 8 0,4624 6 6,7 0,3844 7 7,5 0,0324 8 10 7,1824 9 7,5 0,0324 10 6,3 1,0404 11 8 0,4624 12 5,5 3,3124 13 9,7 5,6644 14 9,3 3,9204 15 7,5 0,0324 Total 109,8 44,16 Média 7,32 3,155 Variância Desvio Padrão 1,77 � Observamos no exemplo, que a média das provas, foi estimada em 7,32 com desvio padrão em 1,77. Concluímos que a maioria das notas concentrou-se em 9,09 e 5,55. Exercício: Calcular a média aritmética e o desvio padrão dos seguintes dados relativos à dosagem de hemoglobina verificada numa amostra de 12 animais bovinos (mg). 15 14 13 11 13 14 13,5 12 16 14,5 12 9 Resp.: Média = 13,083mg Variância = 3,583mg2 Desvio padrão = 1,892mg (2) MEDIDAS DE VARIAÇÃO RELATIVA O coeficiente de variação: . É a razão entre o desvio padrão e a média aritmética da série dos dados. Pode ser expresso em percentual . Usado para comparar a variabilidade de diferentes grupos de dados. Exercício: Os dados abaixo referem-se as medidas da altura de parafusos e do diâmetro de rolamentos. Determine o coeficiente de variação, para verificar em relação a qual medida (parafuso ou rolamento) a variabilidade é maior, sabendo-se que o desvio padrão dos parafusos é de 0,46 cm e dos rolamentos é de 0,27 cm? Parafusos (cm) 10,2 10,6 9,8 10,0 9,8 10,4 9,2 Rolamentos (cm) 2,2 2,5 1,8 1,9 2,0 1,7 1,9 Resposta: CVp = 4,6 e CVr = 13,5. Os rolamentos apresentam maior variabilidade. � CAPITÚLO 6: Experimento Aleatório, Espaço Amostral, Eventos E PROBABILIDADE. DEFINIÇÕES: EXPERIMENTO ALEATÓRIO: São aqueles que, mesmo repetidos várias vezes sob condições semelhantes, apresentam resultados imprevisíveis. Ex.: Em uma jogada de futebol, é provável que seu time: perca; que ele ganha; que ele empate. ESPAÇO AMOSTRAL (S): Cada experimento aleatório corresponde, em geral, a vários resultados possíveis. O conjunto desses resultados possíveis recebe o nome de espaço amostral ou conjunto universo, representado por S. Exemplo: Lançamento de uma moeda: S = {Ca, Co} Lançamento de um dado: S={1, 2, 3, 4, 5, 6} Cada um dos elementos de “S” que correspondem a um resultado recebe o nome de PONTO AMOSTRAL, por exemplo, 2 a S => 2 é um ponto amostral de S (no caso do lançamento do dado). EVENTOS (A): Chamamos de evento qualquer subconjunto do espaço amostral S de um experimento aleatório. Exemplo: Lançamento de um dado: Espaço amostral: S={1, 2, 3, 4, 5, 6} Eventos: a) Obter um número par na face superior: A={2, 4, 6} => , logo, A é um evento de S. � Seja S o seu espaço amostral. Se todos os elementos de S tem a mesma chance de acontecer, então, chamamos de PROBABILIDADE DE UM EVENTO A, , o número real P(A), tal que: , onde n(A) é o número de elementos de A e n(S) é o número de elementos de S. Exemplos: Considere o lançamento de uma moeda e o evento A “obter cara”. S= {Ca, Co} n(S) = 2 A = {Ca} n(A) = 1 P(A) = EVENTOS COMPLEMENTARES Exemplo: Pesquisa afirma que de um grupo de 100 pacientes fumantes aparecem as seguintes evidências�. Eventos (evidências): e1 = Normal; e2 = Bronquite; e3 = Câncer no Pulmão; e4 = Tuberculose Espaço Amostral: (= {Normal; Bronquite; Câncer no Pulmão; Tuberculose} Evidências Normal Bronquite Câncer no Pulmão Tuberculose Nº de Pacientes 25 60 10 5 Se a probabilidade de um paciente apresentar tuberculose é de 0,05. Então se abordarmos um paciente, ao acaso, qual a probabilidade de que ele tenha tuberculose ausente. Resolução: “e4”: paciente tem tuberculose: Como: Então, onde significa: paciente tem tuberculose ausente. Assim, a chance de abordarmos um paciente que tem tuberculose ausente é 95%. � EVENTOS MUTUAMENTE EXCLUSIVOS Se os mesmos elementos não podem ocorrer simultaneamente. P(A(B) = P(A) + P(B), a probabilidade de que um ou outro se realize é igual a soma das probabilidades. Exemplo: Considerando os dados do exemplo (1). Evidências Normal Bronquite Câncer no Pulmão Tuberculose Nº de Pacientes 25 60 10 5 Se abordarmos um