Metanfetamina: história, estrutura e efeitos

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metanfetamina
Acadêmicas: Elizianne Burton e michelle carvalho
Manaus/AM, 2018
Universidade do Estado do Amazonas – UEA
Escola Superior de Ciências da Saúde – ESA 
Curso de Farmácia 
INtrodução
Procura por alternativas para aumentar a sensação de prazer e diminuir o desconforto.
Abuso de substâncias psicoativas tem sido alvo de preocupação na sociedade.
Estas drogas psicotrópicas são usualmente denominadas club drugs. 
O efeito estimulante no sistema nervoso central é caracterizado por euforia, acrescido de estado de alerta, aumento de energia e intensa emotividade[10]. 
A metanfetamina, um derivado da anfetamina com efeitos similares a esta, foi banida em vários países, incluindo o Brasil. 
Abordada na serie Breaking Bad.
Chega a ser 3x mais potente que cocaína e mais barata.
Nos UEA, estima-se que 60% dos que consumem, tornam-se viciados.
Dos que entram em reabilitação, mais da metade tem recaídas.
Consumida por trabalhadores, militares que buscavam ter mais energia e ficar acordado.
https://allthatsinteresting.com/pervitin-nazi-drugs
https://www.dellastoriadempoli.it/il-pervitin-tra-le-truppe-tedesche-finalmente-uno-studio-serio-claudio-biscarini/
https://www.news.com.au/lifestyle/health/health-problems/the-strange-history-of-methamphetamines/news-story/b82f848ee30767a69ae6fff719f122da
https://writingisfun-damental.com/tag/japan/
1919: Síntese de metanfetamina no Japão(depois de ter descoberto a efedrina)
1920: Patente
A metanfetamina foi patenteada e registada pela farmacêutica Burroughs Wellcome
1938: Produção na Alemanha
A farmacêutica Temmler, sediada em Berlim, inicia a produção de metanfetamina sob o nome Pervitin(uma pílula de “coragem”)
1939-1945: Utilização de metanfetamina na II Guerra Mundial (marketing inspirado na Coca-Cola Company, muito mais barato que café)
Distribuída pelas tropas alemãs, de modo a melhorar o seu desempenho e concentração, tornando-se conhecida como Pilot’s chocolate. A partir de 1942, a metanfetamina foi fornecida aos pilotos e indústrias de guerra japoneses sob o nome Philopon.
1940: Comercialização nos Estados Unidos
A Burroughs Wellcome and Co. introduziu a metanfetamina nos Estados Unidos sob o nome Methedrine.
Finais dos anos 40: Produção e utilização de metanfetamina pela população em geral
Para uma grande variedade de desordens, incluindo depressão, déficit de atenção, alcoolismo, obesidade e anorexia.
1964: Drogas (Prevenção de Uso Indevido) - Ato de restrição de anfetaminas (meth) no Reino Unido
A lei introduziu o delito de posse ilegal de drogas semelhantes às anfetaminas, além de as importar sem licença.
1965: Primeira restrição às vendas de (met) anfetaminas nos Estados Unidos.
A Emenda de Controle do Abuso de Drogas foi a primeira proibição direta de um medicamento decretado pelo Governo Federal. Referia-se a anfetaminas, barbitúricos e LSD (acrescentado em 1968) como "drogas perigosas" e permitia ao FDA controlá-los e outras drogas relacionadas que mais tarde poderiam ser consideradas um problema.
1971 , Global Primeira restrição internacional sob a Convenção das Nações Unidas sobre a Sunstance Psicotrópica
Convenção da ONU
Anfetaminas e metanfetaminas estão listadas no Anexo II da Convenção das Nações Unidas sobre as Condições Psicotrópicas, que contém “Substâncias que apresentam um risco de abuso, representando uma séria ameaça à saúde pública que são de baixo ou moderado valor terapêutico”.
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1980- Uso de metanfetamina volta a crescer devido à produção clandestina em laboratórios, principalmente mexicanos que a exportam para os EUA. Os precursores químicos usados como a efedrina e pseudoefedrina são também regulamentados nos EUA. [1,2,3,4]
2011: A cadeia de distribuição: laboratórios clandestinos de metanfetamina por todo o mundo.O número de laboratórios clandestinos de metanfetamina tem vindo a aumentar exponencialmente a nível mundial.
O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime declara que 2011 registrou o mais alto nível de apreensão policial de estimulantes do tipo anfetamina na história. As apreensões aumentaram em todas as regiões, com a Ásia, América do Norte e Europa registrando aumentos dramáticos. O aumento geral das apreensões de ATS deve-se principalmente ao aumento das apreensões de metanfetaminas, que cresceram 73%, de 51 toneladas em 2010 para 88 toneladas em 2011.
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metodologia
Trata-se de um trabalho de revisão da literatura, em que foram pesquisados os descritores: metanfetamina, substâncias psicoativas, psicotrópicos e drogas psicoestimulantes, nas seguintes bases de dados: Scielo, SciFinder, PubMed e PubChem e DrugBank. Foram utilizados efetivamente oito artigos indexados em revistas científicas, um artigo de revisão e uma dissertação. 
A METANFETAMINA
C10H15N 
Speed, Ice (quando fumada), Chalk, Meth, Crystal, Glass, Tina, Yaba e Anfes.
A anfetamina e a metanfetamina foram, pela primeira vez, sintetizadas em 1893 pelo químico japonês Nagayoshi Nagai. A intenção era criar um novo fármaco para substituir a efedrina. [9]
Várias são as alterações da estrutura básica da anfetamina. Por exemplo, a adição de um segundo grupo metil ao grupo amina da cadeia lateral transforma a anfetamina em metanfetamina, que apresenta ações biológicas mais potentes. [2]
Para a síntese de MA faz-se necessária a utilização de equipamentos laboratoriais diferenciados e laboratórios especiais. [2]
Esta droga possui administração por via oral, intravenosa (injetável), inalatória, tópica (através das mucosas – anal e vaginal), porém é majoritariamente consumida por fumo. [5]
Cloridrato de metanfetamina
Esta droga atravessa facilmente a barreira hematoencefálica e atinge as suas concentrações máximas nos rins, pulmões, líquido cefalorraquidiano e cérebro. 
Fonte das imagens: DrugAbuse.com
A MA tem um segundo grupo metil, que aumenta seu perfil lipídico e atividade no SNC, aumentando acentuadamente a quantidade dos neurotransmissores dopamina (DA), noradrenalina (NA) e serotonina (5-HT) na fenda sináptica, aumentando a neurotransmissão monoaminérgica. [8]
A MA tem um segundo grupo metil, que aumenta seu perfil lipídico e atividade no SNC, aumentando acentuadamente a quantidade dos neurotransmissores dopamina (DA), noradrenalina (NA) e serotonina (5-HT) na fenda sináptica, aumentando a neurotransmissão monoaminérgica. [8]
Metabolismo
O tempo de meia-vida média é de 9 a 15 horas, sendo eliminada por via renal de forma majoritária. A excreção urinária começa cerca de 3 horas e pode prolongar-se durante 4 a 7 dias, dependendo da dose administrada e do pH da urina, tendo a maior meia-vida prolongada em urina alcalina. [6]
Discussão: como reconhecer?
ansiedade
Foto por Dozenist / CC BY-SA
Boca Meth
Acidose metabólica, rabdomiólise secundária, insuficiência renal e choque cardiogênico, que podem provocar a morte, se não tratados rapidamente podem indicar sinais de intoxicação por metanfetamina. [5]
tratamento
Tratamento: A abordagem da intoxicação aguda por MA é muito semelhante àquela que deve ser feita no caso da MDMA. O controle da agitação psicomotora e da hipertermia é prioritário. No caso de agitação psicomotora grave, os benzodiazepínicos intravenosos são o tratamento de eleição, podendo também ser utilizados antipsicóticos atípicos ou butirofenonas como terapêutica adjuvante, quando a dose de benzodiazepínicos não é suficiente. [9]
conclusão
Utilização de drogas em geral representa um dos maiores problemas que a sociedade enfrenta. 
Drogas psicoestimulantes são responsáveis por afetar uma imensa parcela da população. 
O consumo de metanfetamina tem efeitos tóxicos preocupantes. 
A utilização da metanfetamina permite o acúmulo de monoaminas (MAO) na fenda sináptica.
As sensações vivenciadas parecem ser recompensadoras no início, mas muito provavelmente o indivíduo se torna dependente 
A estratégia do tráfico. 
superestimulando vias dopaminérgicas, serotoninérgicas e noradrenérgicas. 
18Referências bibliográficas
ALVES, B. E. P.; CARNEIRO E. O. 2011. Drogas psicoestimulantes: uma abordagem toxicológica sobre cocaína e metanfetamina. IFAR – Instituto de Estudos Farmacêuticos. GO. 
ERNST, T.; CHANG, L.; LEONIDO-LEE, M.; e SPECK, O.; 2000. Evidência de neurotoxicidade a longo prazo associada ao abuso de metanfetaminas: um estudo de 1H MRS. Neurology 54 (6): 1344-1349. 
GUERREIRO, D. F.; CARMO, A. L.; SILVA, J. A.; NAVARRO, R. GOIS C. 2011. CLUB DRUGS: Um Novo Perfil de Abuso de Substâncias em Adolescentes e Jovens Adultos. Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental. Hospital de Santa Maria. Lisboa. Acta Med Port. 2011; 24(5):739-756 
HUNT D, KUCK S, TRUITT L. 2006. Methamphetamine Use: Lessons Learned, final report to the National Institute of Justice. Washington. 
MARTINS, E. R. C.; CORRÊA, A. K. 2004. Lidar com substâncias psicoativas: o significado para o trabalhador de enfermagem. Revista Latino-americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 12. 
MENDES, S. M. D. 2012. Influência do exercício físico na neurodegenerescência causada pela metanfetamina no córtex frontal do murganho. Dissertação de Mestrado em Patologia Experimental. Coimbra. 
NORDAHL TE, SALO R, LEAMON M. 2003. Neuropsychological effects of chronic methamphetamine use on neurotransmitters and cognition: a review. Summer J Neuropsychiatry Clin Neurosci; 15(3): 317-325 
SULZER D, SONDERS MS, POULSEN NW, GALLI A. 2005. Mechanisms of neurotransmitter release by amphetamines: a review. Prog Neurobiol. 75(6): 406-433 
ZWEBEN JE, COHEN JB, CHRISTIAN D et al. 2004. Psychiatric symptoms in methamphetamine users. Am J Addict;13(2):181-190 
Loss of Dopamine Transporters in Methamphetamine Abusers Recovers with Protracted Abstinence
Nora D. Volkow et al. Journal of Neuroscience, 1 de Dezembro de 2001, 21 (23) 9414-9418; DOI: https://doi.org/10.1523/JNEUROSCI.21-23-09414.2001