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Atualização no tratamento das infecções por bactérias multirresistentes Dr. Clóvis Arns da Cunha Professor de Infectologia da UFPR Chefe do Serviço de Infectologia do Hosp. N. Sra. das Graças, Curitiba-PR Especialista em Infectologia pela Universidade de Minnesota, EUA Tópicos Impacto das bactérias multirresistentes (MDR) Impacto da escolha do antibiótico correto no paciente com infecção grave, incluindo novos critérios de sepse Como tratar as bactérias multirresistentes ? Stewardship program é o melhor caminho para enfrentar as bactérias MDRs Tópicos Impacto das bactérias multirresistentes (MDR) Impacto da escolha do antibiótico correto no paciente com infecção grave, incluindo novos critérios de sepse Como tratar as bactérias multirresistentes Stewardship program é o melhor caminho para enfrentar as bactérias MDRs Consequências da Resistência Antimicrobiana (AMR = Antimicrobial Resistance) • Atraso na terapia apropriada • Aumento da morbidade e mortalidade • Aumento do tempo de hospitalização (LOS = length of stay • Hospital, UTI • Aumento dos custos de saúde (health care costs) • Aumento do uso de antibióticos de amplo espectro • Interferência em outros tratamentos médicos O’Neill J. (Wellcome Trust, UK Government) Em 2050 as infecções por patógenos MDR serão a principal causa de morte no mundo com 10 milhões de óbitos O’Neill J. (Wellcome Trust, UK Government) Em 2050 ocorrerá uma infecção por patógeno MDR a cada 3 segundos ! O’Neill J. (Wellcome Trust, UK Government) United Nations Responds to MDROs UN has met only 4 times in its 70-y history re: health crisis1 2001: AIDS virus 2011: Noncommunicable diseases 2014: Ebola virus 2016: MDROs “It is not that it may happen in the future. It is a very present reality— in all parts of the world...”2 UN Secretary-General, Ban Ki-moon Tópicos Impacto das bactérias multirresistentes (MDR) Impacto da escolha do antibiótico correto no paciente com infecção grave, incluindo novos critérios de sepse Como tratar as bactérias multirresistentes Stewardship program é o melhor caminho para enfrentar as bactérias MDRs “Everyone prescribing antibiotics should consider both their clinical and public health responsibilities.”1 1Dryden M et al. J Antimicrob Chemother 2011;66:2441-2443 “The only dose of an antimicrobial proven to save a patient’s life is the first one.”2 (“golden dose”) 2Martin CA et al. Am J Health-Syst Pharm 2011;68:109-110 Wisdom for a Paradigm Change 1Kumar A et al. Crit Care Med 2006;34:1589-1596 2Ferrer R et al. Crit Care Med 2014;42:1749-1755 3Sterling SA et al. Crit Care Med 2015;43:1907-1915 Time To Appropriate Antimicrobial Therapy Following Onset of Hypotension (Hours) Retrospective analysis in 165 global ICUs with a total of 28,150 patients with severe sepsis or septic shock2 • Survival benefit demonstrated with prompt antibiotics even in patients with only severe sepsis without shock Systematic review and meta-analysis questioning the above-stated benefits3 Survival in 2,731 patients with septic shock1 82% 77% 70% 61% 57% 50% 43% 32% 26% 19% 9% 5% Impact of Timing of Antimicrobial Agents on Survival in Sepsis Mortalidade de 7,6% POR HORA, se a escolha do antibiótico for errada no choque séptico Sepsis-3: New Criteria for Sepsis Sepsis = life-threatening disease qSOFA: melhor critério de SÉPSIS fora da UTI “SEPSIS = Life-threatening disease !” Novos critérios de Sepse: qSOFA = quick SOFA The Third International ConsensusDefinitions for sepsis (SEPSIS-3) Pelo menos 2 dos 3 seguintes maior risco de morte por infecção: 1. Altered mental status (Glasgow coma scale < 15); 2. Fast respiratory rate (RR > 22); 3. Low blood pressure (SBP < 100mmHg) Assessment of Clinical Criteria for Sepsis: For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3) JAMA. 2016;315(8):762-774. doi:10.1001/jama.2016.0288. Sepsis 3 , 2016 SOFA: melhor critério de SÉPSIS na UTI Assessment of Clinical Criteria for Sepsis: For the Third International Consensus Definitions for Sepsis and Septic Shock (Sepsis-3) JAMA. 2016;315(8):762-774. doi:10.1001/jama.2016.0288 SOFA: melhor critério de SÉPSIS na UTI Tópicos Impacto das bactérias multirresistentes (MDR) Impacto da escolha do antibiótico correto no paciente com infecção grave, incluindo novos critérios de sepse Como tratar as bactérias multirresistentes ? Stewardship program é o melhor caminho para enfrentar as bactérias MDRs Redefining ESKAPE…as ESCAPE • Proposed revisions capture additional pathogens Peterson LR. Clin Infect Dis. 2009;49:992. E Enterococcus faecium S Staphylococcus aureus C Clostridium difficile A Acinetobacter baumannii P Pseudomonas aeruginosa E Enterobacteriaceae Acknowledges the growing virulence of C. difficile Captures K. pneumoniae, Enterobacter sp., and other resistant species including E. coli and Proteus sp. Lance R. Peterson , Clin Infect Dis (2009) 49 (6): 992-993 “E.S.C.A.P.E.” Bugs: Novos antibióticos no início dos anos 2000 • Enterococcus faecium (VRE) • Staph. aureus (MRSA) • Clostridium difficile • Acinetobacter baumanii (MDR) • Pseudomonas (MDR) • Enterobacteriaciae (MDR) New drugs Few drugs Comparação das porcentagens de resistência entre os bacilos Gram-negativos mais frequentemente notificados como agentes etiológicos de IPCSL em pacientes adultos hospitalizados em UTIs (Brasil, 2012-2015) GVIMS/GGTES/ANVISA, 2016. KPC Carb-R Acineto Carb-R Pseudo “E.S.C.A.P.E.” Bugs: Novos antibióticos chegando no Brasil em 2017 • Enterococcus faecium (VRE) • Staph. aureus (MRSA) • Clostridium difficile • Acinetobacter baumanii (MDR) • Pseudomonas (MDR) • Enterobacteriaciae (MDR) New drugs New Drugs!!! Antibiótico empírico para neutropenia febril na realidade brasileira (HC-UFPR) Cefepima 2g IV 8/8h OUs Piperacilina-tazobactam 4,5g IV 6/6h OU Meropenem 1g IV 8/8h Quando acrescentar cobertura empírica para estafilococos resistentes à oxacilina ? Vanco ou dapto? Quando acrescentar polimixina B empírico ? maioria dos pacientes, monoterapia com: Antibioticoterapia Empírica: quando acrescentar antibiótico contra Gram-positivos multiR ? Vancomicina em situações específicas A-I Suspeita de Resistência: a) MRSA – Vancomicina, Linezolida, Daptomicina B-III b) VRE - Daptomicina( c)ESBL – Carbapenêmico B-III d) Acinetobacter: poli B e) KPC – Polimixina-colistina, aminoglicosídeo, tigeciclina B-III CID 2011;52(4) 56-e93 • Hemocultura + CGP • Choque séptico • Foco pele/tecidos moles • Inf no local de inserção do CVC • Paciente colonizado por MRSA ou VRE Redefining ESKAPE…as ESCAPE • Proposed revisions capture additional pathogens Peterson LR. Clin Infect Dis. 2009;49:992. E Enterococcus faecium (VRE)S Staphylococcus aureus C Clostridium difficile A Acinetobacter baumannii P Pseudomonas aeruginosa E Enterobacteriaceae Acknowledges the growing virulence of C. difficile Captures K. pneumoniae, Enterobacter sp., and other resistant species including E. coli and Proteus sp. Lance R. Peterson , Clin Infect Dis (2009) 49 (6): 992-993 Como tratar VRE (enterococo R à vancomicina) ? Enterococcus faecalis ampicilina/amoxicilina/piperacilina- tazobactam Entererococcus faecium: a maioria é R a ampi e vanco Urinário, Sítio cirúrgico (intra-abdominal), Sangue (Bacteremia) Escolha do antibiótico depende do sítio de infecção: daptomicina (bacteremia), tigeciclina (intra-abdominal), linezolida ou daptomicina (pele e tecidos moles) Redefining ESKAPE…as ESCAPE • Proposed revisions capture additional pathogens Peterson LR. Clin Infect Dis. 2009;49:992. E Enterococcus faecium (VRE) S Staphylococcus aureus (MRSA) C Clostridium difficile A Acinetobacter baumannii P Pseudomonas aeruginosa E Enterobacteriaceae Acknowledges the growing virulence of C. difficile Captures K. pneumoniae, Enterobacter sp., and other resistant species including E. coli and Proteus sp. Lance R. Peterson , Clin Infect Dis (2009) 49 (6): 992-993 Opções terapêuticas para MRSA: IDSA guidelines (2014) Vancomicina Daptomicina Linezolida Ceftarolina Obs. Telavancina (N/D no Brasil); tigeciclina e teicoplanina não são citadas IDSA guidelines Clin Infect Dis 2014 Jul 15;59(2):e10-52 Como tratar infecções por S. aureus resistente à oxacilina (MRSA) ? Vancomicina tem sido a referência há quase 6 décadas. Continua útil; tem algumas limitações. Usar 15mg/kg (e não dose fixa de 1g) IV 12/12h (dose de ataque 25mg/kg ?) Vancocinemia: “trough level” de 15-20mg/l (µg/mL) é o “alvo” IDSA Guidelines for the treatment of MRSA infections Clin Inf Dis 2011;52:13 Vancomicina: quase 6 décadas depois Discrepância dos resultados in vitro e in vivo, particularmente com falhas em bacteriemia por MRSA com MIC > 1 µg/ml (NÃO USAR VANCO) Nefrotoxicidade da vancomicina: aprox. 10% Se MIC = 2 µg/ml, aumentando a dose (para 1g IV 8/8h ou 2g IV 12/12h) aumenta a toxicidade e não atinge ¨target farmacológico¨ (total AUC ⁄ MIC > 345) Infusão prolongada ou contínua também não parece ser útil Kuti et al Clin Microbiol Infect 2008; 14: 116–123 Clin Infect Dis 2006:42 (Suppl 1);S3-57 Indicações da daptomicina (Cubicin): EUA, Europa e Brasil Aprovado no Brasil em 2008 para o tratamento de IPPMc (4mg/kg IV 1x/dia) causadas por Gram- positivos, bacteriemia com ou sem endocardite infecciosa direita(6mg/kg IV 1x/dia) por S.aureus Daptomicina (cubicin) não está indicado para o tratamento de pneumonia1,2 Tendência atual de usar dose maiores para endocardite ( > 8mg/Kg IV 1x ao dia) * Posologias aprovadas: IPPM 4 mg/kg; BSA/EID 6 mg/kg 1. Cubist Pharmaceuticals. Cubicin Prescribing Information 2007 2. Novartis Europharm Ltd. Cubicin Summary of Product Characteristics 2007 33 22nd European Congress of Clinical Microbiology and Infectious Diseases Eficácia da daptomicina para pacientes com malignidades hematológicas END POINT PRIMÁRIO Resposta Clínica TOC (população ITT) p=0,057 p=0,033 p=0,023 p=0,022 92,2% 88,5% 92,9% 88% 94,4% 90,4% 94,5% 89,7% ITT MITT CE ME Zyvox Vanco Weigelt J et al AAC 2005; 49(6):2260-2266 Linezolida (Zyvox) x vancomicina em Infecções complicadas de Pele e Tecidos moles Vancomicina x Linezolida (Zyvox) em pneumonia hospitalar por MRSA (Zephyr 2012) Linezolida mostrou maior eficácia e menor nefrotoxicidade do que a vancomicina no tratamento de pneumonia hospitalar por MRSA sem as limitações dos estudos anteriores: vanco 15mg/kg IV q12h, ajustado pela função renal e nível sérico ; estudo e análise ambas prospectivas (e não análise retrospectiva de subgrupo): 1º estudo randomizado (evidência A1) CID 2012:54 (1 March) R G Wunderink et al Redefining ESKAPE…as ESCAPE • Proposed revisions capture additional pathogens Peterson LR. Clin Infect Dis. 2009;49:992. E Enterococcus faecium (VRE) S Staphylococcus aureus (MRSA) C Clostridium difficile A Acinetobacter baumannii P Pseudomonas aeruginosa E Enterobacteriaceae Acknowledges the growing virulence of C. difficile Captures K. pneumoniae, Enterobacter sp., and other resistant species including E. coli and Proteus sp. Lance R. Peterson , Clin Infect Dis (2009) 49 (6): 992-993 Dicas práticas sobre Clostridium difficile Todo paciente com diarreia e uso recente ou atual de antibióticos pense em C. diff (C antibiotics: clindamicina, ciprofloxacino, cefalosporinas, carbapenêmicos) Melhor método laboratorial: PCR para C. diff nas fezes Tratamento: metronidazol oral (casos leves e moderados) e vancomicina oral (formas graves). Vanco IV não tem ação, metronidazol IV pode ser usado concomitante com VO. Transplante de fezes ou transferência de microbiota fecal ou fezes em cápsulas • Verumgruppe Early termination Van Nood 2013 NEJM Redefining ESKAPE…as ESCAPE • Proposed revisions capture additional pathogens Peterson LR. Clin Infect Dis. 2009;49:992. E Enterococcus faecium S Staphylococcus aureus C Clostridium difficile A Acinetobacter baumannii P Pseudomonas aeruginosa E Enterobacteriaceae Acknowledges the growing virulence of C. difficile Captures K. pneumoniae, Enterobacter sp., and other resistant species including E. coli and Proteus sp. “Bad bugs, no drugs: no ESCAPE¨ ! Acinetobacter spp. na UTI Patógeno frequente em PAV bacteriemia A maioria das cepas é R a ampicilina-sulbactam e carbapenêmicos Polimixina B IV + por via “aerossolizada” ? Polimixina B + tigeciclina ? Tige em dose dobrada ? 100mg IV 12/12h ? Zavascki AP, et al. Expert Ver Anti Infect Ther 2010;8(1):71-93 Berger PJ, et al. Curr Opin Infect Dis 2012; 25(6):626-633. Boucher HW, et al. Clin Infect Dis 2013; 56(12): 1685-1694 Tratamento de Pseudomonas aeruginosa: 2 antibióticos é melhor que 1 ? No tratamento direcionado (patógeno identificado), vale a regra: “one bug one drug” ! Terapia combinada só foi melhor que monoterapia, quando aminoglicosídeo foi usado como único antibiótico (72% vs. 29%; P < 0,001). Com β-lactâmico, não houve diferença (72% vs. 71%). Se Pseudomonas S a β-lactâmico, use-o em monoterapia ! Pranita DT, Cosgrove SE, Maragakis LS. Combinationation Therapy for Treatment of Infections with Gram-Negative Bacteria. Clin Microb Reviews 2012;25:450-470. Lodise TP Jr, et al. Clin Infect Dis. 2007;44:357-63. APACHE II < 17 N=115 Mortality in 14 days: 5.2% Median hospitalization: 18 days APACHE II ≥ 17 N=79 Mortality in 14 days: 21.5% Median hospitalization: 22.5 days INFUSION 4H N=51 Mortality in 14 days 6.6% Median hospitalization 18 days INFUSION 30 MIN N=54 Mortality in 14 days 3.7% Median hospitalization 18 days INFUSION 4H N=41 Mortalityin 14 days 12.2% Median hospitalization 21 days INFUSION 30 MIN N=36 Mortality in 14 days 31.6% Median hospitalization 38 days p=0.5 for mortality p=0.5 for hospitalization p=0.04 for mortality 14 days p=0.02 for duration of hospitalization Tratamento de Pseudomonas: infusão 30min x 4h Enterobactérias multirresistentes 1. Enterobactérias produtoras de -lactamase amp C ou cromossômico-induzíveis (grupo “CESP”: Enterobacter é a mais comum) 2. Enterobactérias produtoras de -lactamase de espectro estendido (“ESBL ou BLEE”): Klebsiella spp., E. coli e Enterobacter spp. são as principais 3. Enterobactérias produtoras de carbapenemase: KPC e NDM Klebsiella pneumoniae é a principal BGNs multiR: amp C = grupo CESP ou “SPiCE bugs” Enterobactérias produtoras de β-lactamase (Cefalosporinases) amp C (portadoras do gen amp C) ou cromossômico-induzíveis “SPiCE bugs x SPICE girls” NÃO USAR CEFALOPORINA DE 3A GERAÇÃO, MESMO QUE SENSÍVEL IN VITRO Cefepima ou piperacilina-tazobactam são os mais usados oC oE oS oP itrobacter nterobacter erratia roteus indol + (Proteus vulgaris) Extended spectrum beta-lactamase (ESBL)- producing organisms ou BGNs produtores de BLEE (β-lactamase de espectro estendido) ESBLs são enzimas que conferem resistência a todas penicilinas, cefalosporinas e aztreonam. São vistos principalmente em Klebsiella pneumoniae, Klebsiella oxytoca, E. coli e Proteus mirabilis. Fatores de risco: hospitalização em instituições com alta incidência de ESBL e uso de antibióticos recentemente (últimos 3 meses) Aumentando a prevalência em ITUs comunitárias Carbapenêmicos: meropenem ou ertapenem são os antibióticos de 1ª linha Bacilos Gram-negativos Produtores de CARBAPENEMASES Classificação Enzima Bactéria mais comum Classe A KPC, SME, IMI, NMC, GES Enterobacteriaceae (relatos também em P. aeruginosa) Classe B (metalo-β- lactamase) IMP, VIM, GIM, SPM, NDM P. aeruginosa Enterobacteriacea Acinetobacter spp. Classe D OXA(48) Acinetobacter spp. Dicas práticas para tratamento de KPC MICs para meropenem, gentamicina, polimixina e tigeciclina são cruciais Uso de meropenem em altas dose (2g 8/8h em infusão prolongada de 3 a 4h) desde que MIC ≤ 8mg/l + polimixina B 25.000-30.000 UI/kg dose ataque, seguida por 12.500-15.000 UI/kg 12/12h), sem ajuste pela função renal Evitar polimixina B em monoterapia Expert Ver Anti Infect Ther. 2013;11(2):159-177. Efeito “suicida” do ertapenem Terapia com duplo-carbapenêmico para KPC resistente a polimixinas CPE, carbapenemase-producing Enterobacteriaceae Relatos de casos de sucesso com duplo carbapenêmico para KPC Reference Source Infection Drugs and MICs (μg/ml)b Days of Therapy & Outcome Giamarellou et al. Greece Blood, urine, CVC ERT (1 g q24h IV) + DOR (2 g q8h IV) 20-d Recovered 10 m Blood, urine ERT (1 g q24h IV) + MER (1 g q8h IV) 14-d Recovered 3-wk Urine ERT (1 g q24h IV) + MER (2 g q8h IV) 10 d Recovered 6 m Ceccarelli et al. Italy Blood, endotracheal aspirate ERT (0.5–1 g q24h IV) + DOR (0.25–1 g q8h) 21-d Recovered 1 m Oliva et al. Italy Blood ERT (1 g q24h IV) + MER (2 g q8h IV) 21-d Recovered Blood ERT (0.5 g q24h IV) + MER (1 g q12h IV) 48 h Death heart failure 4-d Blood ERT (1 g q24h IV) + MER (2 g q8h IV) 24-d Recovered CVC, central venous catheter; DOR, doripenem; ERT, ertapenem; IV, intravenous; MER, meropenem Camargo JF, et al. Antimicrob Agents Chemother. 2015;59:5903-8. Giamarellou H, et al. Antimicrob Agents Chemother. 2013;57:2388-90. Spectrum of New Antibiotics Falagas et al. Expert Rev Antimicrob Ther. 2016 Ceftolozana/Tazobactam (Brazil) = ceftotolozane/tazobactam (USA and Europe) Novel cephalosporin and beta-lactamase inhibitor with broad-spectrum activity Ceftolozane stable in the presence of the 3 chromosomal mechanisms of resistance in P aeruginosa 1. Solomkin J et al. Clin Infect Dis. 2015;60(10):1462-1471. 2. Zerbaxa (ceftolozane and tazobactam) [prescribing information]. Whitehouse Station, NJ: Merck Sharp & Dohme Corp; 2015. Clinical Cure Rates per Pathogen (cIAI)1 Clinical Cure Rates per Pathogen (cUTI)2 Ceftazidime/Avibactam Phase 3 RECLAIM1 and RECAPTURE2 Trials (Ceftazidima/avibactam, Brasil) Indication Design Regimen Outcome cIAI1 2 identical, randomized, double-blind, trials N=1066 patients hospitalized with cIAI Ceftazidime/avibactam 2000 mg/500 mg + metronidazole 500 mg, each IV q8h for 5 to 14 d vs meropenem 1000 mg IV q8h for 5 to 14 d Noninferior clinical cure rate at TOC visit Effective in treating ceftazidimenonsusceptible pathogens Similar AEs: diarrhea, nausea, vomiting, fever cUTI2 Randomized, multicenter, double-blind, doubledummy, parallel-group, comparative trials N=1033 patients hospitalized with cUTI/ acute pyelonephritis Ceftazidime/avibactam 2000 mg/500 mg IV q8h vs doripenem 500 mg IV Q8h Possible antibiotic switch after ≥5 d Noninferior to doripenem for patientreported symptom resolution at Day 5 and combined symptom resolution/ microbiological eradication at TOC Highly effective empiric treatment, cUTI Similar AEs: headache, nausea, constipation, diarrhea) TOC, test of cure 1. Mazuski JE et al. Clin Infect Dis. 2016; 62(11):1380-1389. 2. Wagenlehner FM et al. Clin Infect Dis. 2016;63(6):754-762.. REPROVE study (CFZ-AVI vs. MEROPENEM in HAP) Primary efficacy endpoint* Ceftazidima-avibactam para Pneumonia Hospitalar Patients, n/N (%) Ceftazidime–avibactam Meropenem Difference, % (95% CI) Clinical cure at TOC cMITT population 245/356 (68.8) 270/370 (73.0) –4.2 (–10.76,2.46) VAP 83/118 (70.3) 95/128 (74.2) –3.9 (–15.11,7.31) Non-VAP 162/238 (68.1) 175/242 (72.3) –4.2 (–12.41,3.95) CE population 199/257 (77.4) 211/270 (78.1) –0.7 (–7.86,6.39) VAP 62/80 (77.5) 63/83 (75.9) 1.6 (–11.55,14.63) Non-VAP 131/177 (77.4) 148/187 (79.1) –1.7 (–10.30,6.75) *No formal statistical analysis was performed on subgroups or secondary endpoints CE, clinically evaluable; CI, confidence interval; cMITT, clinically modified intention to treat; TOC, test of cure; VAP, ventilator-associated pneumonia. Torres A, et al. OS0603: abstract presented at ECCMID 2017. Vienna, Austria. 22–25 April 2017. PP-ZVA-GLB-0101 Date of preparation: June 2017 Ceftazidime–avibactam was non-inferior to meropenem for the primary endpoint of clinical cure at test-of-cure in the cMITT (p=0.007) and CE (p<0.001) populations What Can We Do ? Tópicos Impacto das bactérias multirresistentes (MDR) Impacto da escolha do antibiótico correto no paciente com infecção grave, incluindo novos critérios de sepse Como tratar as bactérias multirresistentes ? Stewardship program é o melhor caminho para enfrentar as bactérias MDRs Como tratar e prevenir bactérias multirresistentes ? Antimicrobial Stewardship (AMS) Higienização das mãos Álcool 70% Stewardship program (uso racional de antimicrobianos): Tratamento empírico, baseado na epidemiologia local; Isolado o patógeno, de-escalonar (step down), switch IV-PO, alta hospitalar (Homecare), reduzir duração de tratamento “4 Ds”: Right drug, right dose, right duration, de-escalation Take home messages As bactérias multiR (= MDR, ESCAPE bugs) representam grande desafio quanto ao diagnóstico, tratamento e prevenção. BGNs produtores de carbapenemase são atualmente a MAIOR AMEAÇA NOVOS ANTIBIÓTICOS ESTÃO CHEGANDO (2017 !!) Temos que usá-los adequadamente OBRIGADO ! HNSG Curitiba - PR HC - UFPR Curitiba - PR
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