Buscar

Diferenças entre Auditoria Operacional e Contábil

Prévia do material em texto

Introdução
Principais diferenças entre Auditoria Operacional e Contábil
A auditoria operacional é focada na eficiência, na efetividade e no custo-benefício dos programas e atividades governamentais, com o objetivo principal de melhorar a gestão pública.
Segundo Barzelay, M. 1996, o termo auditoria operacional é uma designação incorreta, pois, não é um tipo de auditoria e não compartilha dos elementos de uma auditoria tradicional, pois, os objetivos e os modos de trabalho são diferentes em pontos cruciais. Partindo desse ponto de vista, a auditoria operacional é uma atividade de avaliação; já, a auditoria tradicional é a verificações de informações.
No livro Introdução à Auditoria Operacional”, Araújo, Inaldo da P.S. 2006, apresentou, para facilitar o entendimento, um quadro comparativo entre auditoria operacional e auditoria contábil.
	Diferença em relação a
	Operacional
	Contábil
	Escopo dos exames
	Amplo ou abrangente
	Demonstrações contábeis
	Área examinada
	Todas relevantes
	Financeiras relevantes
	Realização do planejamento
	Concentra no campo
	Concentra no escritório
	Modificação dos programas
	Constantemente
	Raramente
	Concurso de especialista
	Normalmente
	Raramente
	Questionários de avaliação
	Raramente
	Normalmente
	Utilização de entrevistas
	Normalmente
	Algumas vezes
	Procedimentos adotados
	Alguns definidos e outros a serem definidos
	Completamente definidos
	Critérios
	Alguns definidos e outros a serem definidos
	Completamente definidos
	Conhecimentos e habilidades
	Especiais
	Específicos da área
	Quantidade de pessoal
	Varia muito
	Não varia
	Fontes de evidências
	Diversas
	Registros e documentos
	Relatório produzidos
	Não possui modelo padronizado
	Modelo padronizado denominado parecer
	Conteúdo do relatório
	Comentários
	Opinião
	Normas adotadas
	Adota algumas normas da auditoria contábil
	Definidas pelos órgãos de classe
	Periodicidade dos trabalhos
	Oportunidade definida em parceria com a administração
	Anualmente, conforme a data de elaboração das demonstrações contábeis
	Prazo de realização
	Normalmente são longos
	Normalmente são curtos
	Áreas auditadas
	Diversas
	Financeira
	Enfoque dos exames
	Passado, presente e futuro
	Passado
No mesmo diapasão, o Provimento n.º 01/99 da Corregedoria Geral do TCE/MS diferenciou os tipos de fiscalizações em:
- a contábil compreende a verificação dos atos e fatos administrativos levados a registro pelos serviços de contabilidade;
- a financeira engloba a análise dos fluxos financeiros, mensurando o grau de confiabilidade, segurança e adequação às reais necessidades exigidas;
- a orçamentária compreende o exame da compatibilização do orçamento com PPA e LDO, o exame da execução orçamentária, a verificação da legalidade e o controle dos créditos adicionais abertos;
- a fiscalização patrimonial tem como objeto o conhecimento real do patrimônio da unidade; e
- a operacional visa avaliar o grau de cumprimento dos objetivos e metas previstos, e determinar a eficiência, eficácia e economicidade.
As diferenças apresentadas demonstram que existe um grande caminho a ser percorrido pelo Tribunal até realizar as auditorias de grande escopo; ou seja, auditorias que agregam a tradicional com a operacional.
DIFERENÇAS BÁSICAS ENTRE A AUDITORIA INTERNA E A AUDITORIA EXTERNA
De forma global, o trabalho executado pela Auditoria Interna é idêntico aquele executado pela Auditoria externa. Ambas realizam seus trabalhos utilizando-se das mesmas técnicas de auditoria; ambas têm sua atenção voltada para o controle interno como ponto de partida de seu exame e formulam sugestões de melhorias para as deficiências encontradas, ambas modificam a extensão de seu trabalho de acordo com as suas observações e a eficiência dos sistemas contábeis e de controles internos existentes.
Entretanto, os trabalhos executados pelos Auditores Internos e Externos têm suas diferenças básicas caracterizadas por:
	Auditoria Interna
	Auditoria Externa
	A auditoria é realizada por um funcionário da empresa
	A auditoria é realizada através de contratação de um profissional independente
	O objetivo principal é atender as necessidades da administração
	O objetivo principal é atender as necessidades de terceiros no que diz respeito à fidedignidade das informações financeiras
	A revisão das operações e do controle interno é principalmente realizado para desenvolver aperfeiçoamento e para induzir ao cumprimento de políticas e normas, sem estar restrito aos assuntos financeiros
	A revisão das operações e do controle interno é principalmente realizado para determinar a extensão do exame e a fidedignidade das demonstrações financeiras
	O trabalho é subdividido em relação às áreas operacionais e às linhas de responsabilidade administrativa
	O trabalho é subdividido em relação às contas do balanço patrimonial e da demonstração do resultado
	O auditor diretamente se preocupa com a detecção e prevenção de fraude
	O auditor incidentalmente se preocupa com a detecção e prevenção fraudes, a não ser que haja possibilidade de substancialmente afetar as demonstrações financeiras
	O auditor deve ser independente em relação às pessoas cujo trabalho ele examina, porém subordinado às necessidades e desejos da alta administração.
	O auditor deve ser independente em relação à administração, de fato e de atitude mental
	A revisão das atividades da empresa é contínua
	O exame das informações comprobatórias das demonstrações financeiras é periódica, geralmente semestral ou anual.
	
	Auditoria Operacional;
O que Auditoria Operacional?
É uma atividade especializada exercida nas empresas, que compreende o levantamento de dados e análise da produtividade e a rentabilidade das empresas; custos das operações, do equilíbrio e do crescimento estrutural e patrimonial da empresa, incluindo a situação financeira e a viabilidade econômico financeira dos projetos de ampliação dos negócios.
Quais suas vantagens e seus objetivos?
Acesso imediato à tecnologias, metodologias e ferramentas de última geração;
Concentração nas atividades fins da empresa;
Participação de especialistas no desenvolvimento dos trabalhos;
Compartilhamento de conhecimento, informações e experiências;
Redução de custos (viagens, equipamentos, tecnologia, etc.;
Instrumento externo para identificar oportunidades de mudanças; 
Através da presente pesquisa busca-se atingir objetivos gerais e objetivos específicos com o intuito de responder a questão levantada acerca da importância da Auditoria Interna para as sociedades mercantis.
Porque você contrataria uma auditoria operacional?
As empresas, de uma forma geral, não importando seu porte, sua atividade ou o mercado de atuação, visam lucros. Nesse sentido, podem e devem fazer uso de diversas ferramentas existentes no mercado para auxílio na gestão de seus negócios, entre as quais destacamos a auditoria operacional.
É um processo de avaliação de riscos e de sistemas de controles internos inerentes à atividade operacional, comparado com o esperado, o que propicia, inevitavelmente, a apresentação de recomendações destinadas a melhorar o desempenho e aumentar o êxito da organização, à luz das mais modernas técnicas de execução desses serviços.
Pela necessidade de obter conhecimentos e verificar se os recursos disponíveis estão sendo utilizados de forma eficiente, eficaz e com economicidade.
Auditoria Contábil,;
Dentro da estrutura contábil (balanço e DRE) o que é possível analisar através de uma auditoria contábil?
As demonstrações contábeis são o conjunto de informações que devem ser obrigatoriamente divulgadas, anualmente, segundo a lei 6404/76, pela administração de uma sociedade por ações e representa a sua prestação de contas para os sócios e acionistas. A prestação anual de contas é composta pelo Relatório da Administração, as Demonstrações Contábeis e as notas explicativas que as acompanham, o Parecer dos Auditores Independentes (casohouver) e o Parecer do Conselho fiscal (caso existir). As demonstrações contábeis são relatórios extraídos da contabilidade após o registro de todos os documentos que fizeram parte do sistema contábil de qualquer entidade (empresa) em um determinado período. Essas demonstrações servirão para expressar a situação patrimonial da empresa, auxiliando assim os diversos usuários no processo de tomada de decisão. As demonstrações contábeis deverão obedecer aos critérios e formas expostos na Lei 6404/76, onde estão estabelecidas quais as demonstrações que deverão ser elaboradas pelas empresas, sejam de capital aberto ou não. A Lei 6404/76 estabelece que as empresas de capital aberto devam publicar as suas demonstrações contábeis ao final de cada exercício social.
Após analisar, o que o auditor deve fazer com os resultados apurados ?
A auditoria contábil pode concluir que os processos atuais estão adequados e vêm sendo bem executados ou pode identificar erros ou fraudes. No primeiro caso, seus apontamentos se dão no sentido de contribuir para a manutenção das melhores práticas. Já quando um problema é detectado, as ações variam conforme sua gravidade:
 O auditor deve mencionar, no seu parecer, as responsabilidades da administração e as suas, evidenciando que: 
a) a administração é responsável pela preparação e pelo conteúdo das demonstrações contábeis, cabendo ao contabilista que as assina a responsabilidade técnica; e
b) o auditor é responsável pela opinião que expressa sobre as demonstrações contábeis objeto dos seus exames.
5. O auditor deve, no seu parecer, declarar se o exame foi efetuado de acordo com as normas de auditoria.
6. O parecer deve, ainda, conter a descrição concisa dos trabalhos executados pelo auditor, compreendendo: planejamento dos trabalhos, considerando a relevância dos saldos, o volume de transações e o sistema contábil e de controle interno da entidade; execução dos procedimentos com base em teses; avaliação das práticas e das estimativas contábeis adotadas, bem como da apresentação das demonstrações contábeis tomadas em conjunto.
7. O parecer deve expressar, clara e objetivamente, se as demonstrações contábeis auditadas, em todos os aspectos relevantes, na opinião do auditor, estão adequadamente representadas ou não, consoante as disposições contidas no item 11.1.1.1, da NBC T 11.
Normas da profissão de auditor;
Quais são os requisitos para se tornar um auditor?
Para trabalhar na área de auditoria é preciso ser formado em Ciências Contábeis. Na atividade de auditoria independente e a relevância da atuação profissional, para isso tem como valores: Ética; Independência; Transparência; Coerência e continuidade de propósitos; Trabalho em equipe; Liderança pelo exemplo; e Excelência.
O auditor tem obrigações a serem cumpridas perante CFC ? Quais ? de exemplos dessas obrigações e também exemplo das dispensas dessas obrigações.
O grande parâmetro utilizado como norma encontra-se na Resolução do Conselho Federal de Contabilidade – CFC 781/95 de 24 mar. 1995 e CFC 986/03 de 21 nov. de 2003, que aprovou as Normas Profissionais do Auditor Interno. 
Além destas normas emitidas por órgãos reguladores nacionais, também existem as normas internacionais de auditoria, emitidas pela Federação Internacional de Contadores – IFAC, que conta com a participação de mais de 140 países, incluindo a participação do Brasil. 
A normatização visa questões de ética, de educação e de auditoria, para que as empresas, tanto de auditoria quanto auditadas, possam melhor enfrentar os problemas nacionais e internacionais.
O contador, na função de auditor independente, deve manter seu nível de competência profissional pelo conhecimento atualizado dos Princípios Fundamentais de Contabilidade e das Normas Brasileiras de Contabilidade, das técnicas contábeis, especialmente na área de auditoria, da legislação inerente à  profissão, dos conceitos e técnicas administrativas e da legislação específica aplicável à entidade auditada.
O auditor, para assumir a responsabilidade por uma auditoria das demonstrações contábeis, deve ter conhecimento da atividade da entidade auditada, de forma suficiente para que lhe seja possível identificar e compreender as transações realizadas pela mesma e as práticas contábeis aplicadas, que possam ter efeitos relevantes sobre a posição patrimonial e financeira da entidade, e o parecer a ser por ele emitido sobre as demonstrações contábeis.
O auditor deve recusar os serviços sempre que reconhecer não estar adequadamente capacitado para desenvolvê-los, contemplada a utilização de especialistas noutras áreas, em face da especialização requerida e dos objetivos do contratante.
a) vínculo conjugal ou de parentesco consanguíneo em linha reta, sem limites de grau, em linha colateral até o 3º grau e por afinidade até o 2º grau, com administradores, acionistas, sócios ou com empregados que tenham ingerência na sua administração ou nos negócios ou sejam responsáveis por sua contabilidade;
b) relação de trabalho como empregado, administrador ou colaborador assalariado, ainda que esta relação seja indireta, nos dois últimos anos;
c) participação direta ou indireta como acionista ou sócio;
	
Bibliografia:
Referencia: Material dado em sala de aula
8º Edição atualizada pelas Leis - 11.638/07 e 11.941/09 
José Hernandes Perez Junior – Luis M. de Oliveira
Auditoria – Serviço de auditoria e asseguração na pratica
Iris C Stuart
https://tce-ms.jusbrasil.com.br/noticias/2159629/principais-diferencas-entre-auditoria-operacional-e-contabil:>> acesso em 28/03/17
http://www.portaldeauditoria.com.br/tematica/auditoriainterna_diferencasbasicasentreauditoria.htm: acesso em 28/03/17
https://www.ufmg.br/auditoria/images/stories/documentos/manual_2a_verso_revisado.pdf: acesso em 25/03/17

Continue navegando