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Química Farmacêutica

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CLASSIFICAÇÃO DE FÁRMACOS
Dada a complexidade dos processos envolvidos, há vários sistemas de
classificação.
Os mais comuns têm em consideração:
1) A origem do fármaco
Essencialmente 3 tipos de fontes:
a) Naturais
i) Inorgânicas (ex., enxofre, iodo, fosfatos, cálcio, sódio, magnésio,
ferro, sais de bismuto);
ii) Animais (ex., hormonas – insulina, óleos de fígado de peixe –
vitaminas A e E, sais biliares como precursores para a hemissíntese de
esteróides – corticóides, hormonas sexuais);
iii) Vegetais (ex., alcalóides, glicósidos cardiotónicos, algumas
drogas anticancerígenas – taxol). Constituem a maioria dos fármacos de
origem natural;
b) Via sintética
Fornece análogos sintéticos, eventualmente melhorados ou
simplificados, cuja produção não depende de fornecimentos botânicos
algo imprevisíveis.
c) Origem intermédia
Produtos de fermentação (ex., vitaminas, antibióticos, aminoácidos)
e resultantes de engenharia genética (ex., insulina recombinante).
2) O modo de acção
a) Fármacos que tratam a causa de uma doença – fármacos
etiológicos (são medicamentos ‘verdadeiros’);
 b) Fármacos que compensam a deficiência de uma substância
(fármacos de substituição);
c) Fármacos que aliviam os sintomas da doença (fármacos
sintomáticos).
Os fármacos etiológicos pertencem quase todos à classe dos agentes
quimioterapêuticos, usados para tratar doenças infecciosas (agentes
antibacterianos, antifúngicos e antivirais) e doenças provocadas por
parasitas.
Princípio de acção – toxicidade selectiva (destruição do invasor sem
destruição do hospedeiro).
Pertencem a este grupo substâncias usadas por pessoas saudáveis a
título de quimioprevenção (vacinoterapia, aspirina para prevenir enfartes
cardíacos, vitaminas e antioxidantes contra doenças neurodegenerativas).
Também podem ser considerados neste grupo agentes que alteram
temporariamente um processo fisiológico (ex., contraceptivos esteroidais).
Os fármacos de substituição tomam o lugar de uma substância em falta.
A deficiência pode dever-se a dietas pobres (ex., deficiências vitamínicas)
ou a uma perturbação fisiológica (ex., insulina na diabetes, estrogénios na
menopausa). O tratamento de substituição pode ser temporário (ex., re-
hidratação intravenosa em casos de hemorragia ou diarreia) ou
permanente (ex., tratamento hormonal na doença de Addison).
Os tratamentos sintomáticos são utilizados para atenuar ou neutralizar
perturbações resultantes de um estado patológico. Eliminam sintomas
‘gerais’ (ex., febre, dor, insónias). A sua actividade pode ser dirigida para
sistemas particulares (ex., cardiovascular, neuropsiquiátrico, respiratório,
digestivo).
Em regra, o tratamento sintomático não cura o doente – apenas torna a
vida mais confortável e prolonga a vida.
De notar que a distinção entre as várias classes é ténue – ex., os agentes
anti-hipertensivos diminuem os sintomas associados à hipertensão arterial
mas também previnem contra complicações cardiovasculares associadas
à hipertensão.
3) A natureza da enfermidade
 A classificação fisiológica foi adoptada pela Organização Mundial de
Saúde em 1968. Classifica os fármacos pelo sistema do organismo sobre
o qual actuam (ex., drogas que afectam o sistema nervoso central, o tracto
genitourinário, etc.).
As enfermidades são classificadas de acordo com um esquema constante
do Manual of the International Statistical Classification of Diseases (OMS,
1977). Há 17 categorias principais de fármacos e cada doença individual é
representada por um número com 3 dígitos (ex., a cólera é a 001; a
perturbações mentais encontram-se nas entradas 295 a 299).
Classificação Internacional das Doenças (OMS)
1 Doenças infecciosas e parasíticas
2 Neoplasmas (cancros)
3 Doenças endócrinas, nutricionais, metabólicas e do sistema
imunitário
4 Doenças do sangue e órgãos produtores de sangue
5 Doenças mentais
6 Doenças do sistema nervoso e órgãos sensoriais
7 Doenças do sistema circulatório
8 Doenças do sistema respiratório
9 Doenças do sistema digestivo
10 Doenças do sistema genitourinário
11 Complicações da gravidez, parto e período perinatal
12 Doenças da pele e do tecido subcutâneo
13 Doenças do sistema musculo-esqueletal e do tecido conjuntivo
14 Anomalias congénitas
15 Problemas com origem no período pré-natal
16 Sintomas, manifestações e condições mal-definidos
17 Ferimentos e envenenamentos
4) A estrutura química
De interesse para os profissionais envolvidos em investigação
farmacêutica.
Permite uma triagem de fármacos análogos, derivados de um mesmo
composto-guia e facilita o establecimento de correlações estrutura-
actividade.
CLASSIFICAÇÕES DE ORDEM PRÁTICA
O sistema de classificação de fármacos mais poderoso e mais útil é uma
solução de compromisso –
Sistema ATC (Anatómico – Terapêutico – Químico)
Divide os fármacos em 14 grupos, consoante o sistema sobre o qual
actuam: A (alimentar), B (sangue e órgãos produtores de sangue, etc.).
CLASSIFICAÇÃO DE FÁRMACOS POR GRUPOS ANATÓMICOS
Código Tipo Exemplos
A Tracto alimentar e
metabolismo
Anticolinérgicos, antidiarreicos,
antieméticos,
hipoglicémicos,vitaminas
B Sangue e órgãos
produtores de sangue
Anticoagulantes, trombolíticos
C Sistema cardiovascular Fármacos cardiovasculares
D Dermatológico Antifúngicos, antibióticos,
corticosteróides
G Sistema genito-urinário
e hormonas sexuais
Antibacterianos,
corticosteróides, hormonas
sexuais
H Outras hormonas
sistémicas
Glucocorticóides, terapia da
tiróide
J Anti-infecciosos
sistémicos gerais
Antibióticos, antivirais,
antifúngicos
L Antineoplásicos e
imunosupressores
Antineoplásicos
M Sistema musculo-
esqueletal
Corticosteróides, agentes
antigota, NSAIDs, relaxantes
musculares
N Sistema nervoso central Psicotrópicos, drogas
neurológicas (ex., anti-
Parkinson), analgésicos
P Antiparasíticos Drogas para doenças tropicais
R Sistema respiratório Anti-histamínicos,
antiasmáticos, antitússicos
S Órgãos sensoriais
V Vários
Classificação mais simples:
Distingue 4 classes principais de fármacos –
1) Agentes que actuam sobre o sistema nervoso central (SNC) –
drogas psicotrópicas e neurológicas
O SNC compreende o cérebro e a espinal medula.
Psicotrópicos – antidepressivos, anti-psicóticos, ansiolíticos, psico-
miméticos;
Neurológicos – anticonvulsivos (epilepsia), sedativos, hipnóticos,
analgésicos, drogas anti-Parkinson
2) Agentes farmacodinâmicos – afectam os processos dinâmicos
normais do corpo
Ex: Anti-arrítmicos, agentes antiangina, vasodilatadores, diuréticos,
antitrômbicos, anti-hipertensivos
Directa ou indirectamente afectam o coração ou a circulação san-
guínea.
Também: Fármacos antialérgicos e fármacos actuando sobre os
sistemas gastrointestinal, respiratório e urogenital.
3) Agentes quimioterapêuticos – originalmente eram agentes de
prevenção selectiva dos efeitos de agentes infecciosos (ex., protozoários,
bactérias, fungos, vírus).
No contexto de toxicidade selectiva – drogas anticancerígenas.
4) Agentes actuando sobre doenças metabólicas e funções
endócrinas
Ex: Anti-inflamatórios, hormonas esteroidais
Conclusão
a) A classificação é arbitrária.
b) Nenhum fármaco tem uma actividade biológica única.
c) Comunidades diferentes têm necessidades de classificação diferentes
(ex., química versus médica).
NCl
NH
CH3
N CH3
CH3
CLOROQUINA
Agente antimalária
Activo como anti-inflamatório
N
N
+
Cl
O
-
NH CH3
N
NCl
O
CH3
 LIBRIUM (1960) VALIUM (1963)
Benzodiazepinas
Ansiolíticos
Propriedades anti-epilépticas

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