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Fredie Didier Jr. Apontamentos para a Concretização do Princípio da Eficiência do Processo Lex Doutrina

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2017­5­1 Apontamentos para a Concretização do Princípio da Eficiência do Processo ­ Lex Doutrina
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Doutrina
Apontamentos para a Concretização do Princípio da Eficiência do
Processo
 
Autor: 
DIDIER JR, Fredie 
RESUMO: Este pequeno ensaio tem o objetivo de apresentar algumas ideias para a concretização do projeto de novo Código
de Processo Civil que, por recente, carece de densidade.
PALAVRAS­CHAVE: Novo Código de Processo Civil. Eficiência do Processo.
A  última  versão  do  projeto  de  novo  Código  de  Processo  Civil,  apresentada  pelo  deputado  Sérgio  Barradas  Carneiro,  em
novembro de 2012, ratificou a proposta apresentada ainda no Senado, no sentido de prever enunciado expresso consagrando o
princípio  da  eficiência  do  processo  como  uma  norma  fundamental  processual. O  art.  6º  do  projeto  prescreve:  "Ao  aplicar  o
ordenamento jurídico, o juiz atenderá aos fins sociais e às exigências do bem comum, resguardando e promovendo a dignidade
da pessoa humana e observando a proporcionalidade, a razoabilidade, a legalidade, a publicidade e a eficiência".
Este pequeno ensaio tem o objetivo de apresentar algumas ideias para a concretização dessa norma, que, por recente, carece
de densidade.
O processo, para ser devido, há de ser eficiente. O princípio da eficiência, aplicado ao processo, é um dos corolários da cláusula
geral do devido processo legal(1). Realmente, é difícil conceber como devido um processo ineficiente.
Mas não só.
Ele resulta, ainda, da incidência do art. 37, caput, da CF/88(2). Esse dispositivo também se dirige ao Poder Judiciário ­ como
indica, aliás, a literalidade do enunciado, que fala em "qualquer dos Poderes".
Assim, o princípio do processo eficiente é resultado de uma combinação de dois dispositivos da Constituição Federal: arts. 5º,
LIV, e 37, caput.
"Há quem defenda que essa norma é um postulado, não um princípio, pois é norma que serve à aplicação de outras normas
(princípios e regras)(3). É uma metanorma, que estrutura o modo de aplicação de outras normas. Postulado é, então, uma norma
com estrutura e finalidade diversas, segundo o pensamento de Ávila. Para manter a coerência de seu pensamento, o autor opta
por considerar a eficiência administrativa como um postulado.
Optamos  pela  menção  a  'princípio  da  eficiência',  entretanto,  por  duas  razões:  a)  o  texto  constitucional  o  menciona
expressamente; b) norma é sentido que se dá a um texto; do dispositivo constitucional, pensamos que tanto se possa extrair um
postulado como um princípio ­ uma norma que vise à obtenção da eficiência, no caso uma gestão processual eficiente,  como
estado de coisas a ser alcançado."
O princípio repercute sobre a atuação do Poder Judiciário em duas dimensões: a) Administração Judiciária e b) a gestão de um
determinado processo.
a) Sobre  a  Administração  Judiciária.  O  Poder  Judiciário  também  pode  ser  encarado,  sob  uma  perspectiva,  como  ente  da
administração  ­  e  é  exatamente  por  isso  que  o  art.  37  da  CF/88  também  a  ele  se  refere.  A  Administração  Judiciária  ­
administração dos órgãos administrativos que compõem o Poder Judiciário ­ deve ser eficiente.
A criação do Conselho Nacional de Justiça, pela EC nº 45/04, corrobora essa dimensão do princípio da eficiência administrativa.
A simples leitura do § 4º do art. 103­B é suficiente para demonstrar o que se afirma:
"§  4º  ­  Compete  ao Conselho  o  controle  da  atuação  administrativa  e  financeira  do Poder  Judiciário  e  do  cumprimento  dos
deveres funcionais dos juízes, cabendo­lhe, além de outras atribuições que lhe forem conferidas pelo Estatuto da Magistratura:
I  ­  zelar  pela  autonomia  do  Poder  Judiciário  e  pelo  cumprimento  do  Estatuto  da  Magistratura,  podendo  expedir  atos
regulamentares, no âmbito de sua competência, ou recomendar providências;
II  ­  zelar  pela  observância  do  art.  37  e  apreciar,  de  ofício  ou  mediante  provocação,  a  legalidade  dos  atos  administrativos
praticados por membros ou órgãos do Poder Judiciário, podendo desconstituí­los, revê­los ou fixar prazo para que se adotem as
providências necessárias ao exato cumprimento da lei, sem prejuízo da competência do Tribunal de Contas da União;
III  ­  receber  e  conhecer  das  reclamações  contra  membros  ou  órgãos  do  Poder  Judiciário,  inclusive  contra  seus  serviços
auxiliares, serventias e órgãos prestadores de serviços notariais e de registro que atuem por delegação do poder público ou
 
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oficializados, sem prejuízo da competência disciplinar e correcional dos tribunais, podendo avocar processos disciplinares em
curso e determinar a remoção, a disponibilidade ou a aposentadoria com subsídios ou proventos proporcionais ao tempo de
serviço e aplicar outras sanções administrativas, assegurada ampla defesa;
IV ­ representar ao Ministério Público, no caso de crime contra a administração pública ou de abuso de autoridade;
V ­ rever, de ofício ou mediante provocação, os processos disciplinares de juízes e membros de tribunais julgados há menos de
um ano;
VI  ­  elaborar  semestralmente  relatório  estatístico  sobre  processos  e  sentenças  prolatadas,  por  unidade  da  Federação,  nos
diferentes órgãos do Poder Judiciário;
VII ­ elaborar relatório anual, propondo as providências que julgar necessárias, sobre a situação do Poder Judiciário no País e
as atividades do Conselho,  o  qual  deve  integrar mensagem do Presidente do Supremo Tribunal Federal  a  ser  remetida ao
Congresso Nacional, por ocasião da abertura da sessão legislativa."
O princípio, nesse sentido, é norma de direito administrativo, sem qualquer especificidade digna de nota pelo fato de ser dirigido
ao Poder Judiciário. Essa dimensão do princípio da eficiência não será examinada neste ensaio.
b)  A  dimensão  do  princípio  da  eficiência  que  ora  nos  interessa  é  a  outra.  O  princípio  da  eficiência,  aplicado  ao  processo
jurisdicional, impõe a condução eficiente de um determinado processo pelo órgão jurisdicional.
O  princípio,  aqui,  dirige­se  ao  órgão  do  Poder  Judiciário,  não  na  condição  de  ente  da  administração,  mas,  sim,  de  órgão
jurisdicional, responsável pela gestão de um processo (jurisdicional) específico. Assim, é norma de direito processual.
A  compreensão  da  eficácia  processual  do  princípio  da  eficiência  impõe,  ainda,  que  se  levem  em  consideração  algumas
premissas.
i) Esse princípio se relaciona com a gestão do processo.
O órgão jurisdicional é, assim, visto como um administrador: administrador de um determinado processo. Para tanto, a lei atribui­
lhe poderes de condução (gestão) do processo. Esses poderes deverão ser exercidos de modo a dar o máximo de eficiência ao
processo.  Trata­se,  corretamente,  o  serviço  jurisdicional  como  uma  espécie  de  serviço  público(4).  Para  a  compreensão  do
princípio do processo jurisdicional eficiente, é imprescindível, então, o diálogo entre a Ciência do Direito Processual e a Ciência
do Direito Administrativo.
Essa  é  a  primeira  premissa:  o  princípio  da  eficiência  dirige­se,  sobretudo,  a  orientar  o  exercício  dos  poderes  de  gestão  do
processo pelo órgão jurisdicional, que deve visar à obtenção de um determinado "estado de coisas": o processo eficiente.
ii)  A  aplicação  doprincípio  da  eficiência  ao  processo  é  uma  versão  contemporânea  (e  também  atualizada)  do  conhecido
princípio  da  economia  processual(5).  Muda­se  a  denominação,  não  apenas  porque  é  assim  que  ela  aparece  no  texto
constitucional, mas, sobretudo, como uma técnica retórica de reforço da relação entre esse princípio e a atuação do juiz como
um administrador(6) ­ ainda que administrador de um determinado processo(7).
iii) Exatamente por conta disso, pode­se sintetizar a "eficiência", meta a ser alcançada por esse princípio, como o resultado de
uma atuação que observou dois deveres: a) o de obter o máximo de um fim com o mínimo de recursos (efficiency); b) o de, com
um meio, atingir o fim ao máximo (effectiveness)(8).
Eficiente  é  a  atuação  que  promove  os  fins  do  processo  de  modo  satisfatório  em  termos  quantitativos,  qualitativos  e
probabilísticos.  Ou  seja,  na  escolha  dos meios  a  serem  empregados  para  a  obtenção  dos  fins,  o  órgão  jurisdicional  deve
escolher meios que os promovam de modo minimamente intenso (quantidade ­ não se pode escolher um meio que promova
resultados  insignificantes) e certo (probabilidade ­ não se pode escolher um meio de resultado duvidoso), não sendo  lícita a
escolha  do  pior  dos  meios  para  isso  (qualidade  ­  não  se  pode  escolher  um  meio  que  produza  muitos  efeitos  negativos
paralelamente ao resultado buscado)(9). A eficiência é algo que somente se constata a posteriori: não se pode avaliar a priori se
a conduta é ou não eficiente.
Assim como o princípio da adequação, o princípio da eficiência impõe ao órgão jurisdicional o dever de adaptar ou "arquitetar",
na expressão de Eduardo José da Fonseca Costa, regras processuais, com o propósito de atingir a eficiência. Mas enquanto a
adequação é atributo das regras e do procedimento, a eficiência é uma qualidade que se pode atribuir apenas ao procedimento
­ encarado como ato(10). Embora se conceba um procedimento a priori (em tese) adequado ­ um procedimento definido pelo
legislador, com a observância dos critérios objetivo, subjetivo e teleológico ­, um procedimento eficiente é inconcebível a priori: a
eficiência resulta de um juízo a posteriori, como se disse, sempre retrospectivo.
Note que, assim, podemos distinguir eficiência e efetividade.
Efetivo  é  o  processo  que  realiza  o  direito  afirmado  e  reconhecido  judicialmente.  Eficiente  é  o  processo  que  atingiu  esse
resultado  de  modo  satisfatório,  nos  termos  acima.  Um  processo  pode  ser  efetivo  sem  ter  sido  eficiente  ­  atingiu­se  o  fim
"realização do direito" de modo insatisfatório (com muitos resultados negativos colaterais e/ou excessiva demora, por exemplo) ­,
mas jamais poderá ser considerado eficiente sem ter sido efetivo: a não realização de um direito reconhecido judicialmente é
quanto basta para a demonstração da ineficiência do processo.
Estabelecidas as premissas, podemos, agora, visualizar algumas aplicações do princípio da eficiência no processo.
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I) O dever de eficiência impõe­se na escolha do meio a ser utilizado para a execução da sentença (art. 461, § 5º, do CPC). O
meio executivo deve promover a execução de modo satisfatório, nos termos mencionados acima.
II) O princípio da eficiência exerce uma função  interpretativa. Os enunciados normativos da  legislação processual devem ser
interpretados de modo a observar a eficiência. Dispositivos relacionados à suspensão do processo, por exemplo, que impõem
um limite temporal máximo para a suspensão (art. 265, §§ 3º e 5º, do CPC), devem ser interpretados com temperamento: em
certas  situações,  o  prosseguimento  do  processo,  após  o  vencimento  do  prazo máximo  de  suspensão,  é medida  que  pode
revelar­se extremamente ineficiente, sob o ponto de vista da administração do processo.
III)  Do  princípio  da  eficiência  pode­se  extrair  a  permissão  de  o  órgão  jurisdicional  estabelecer  uma  espécie  de  "conexão
probatória" entre causas pendentes, de modo a unificar a atividade instrutória, como forma de redução de custos, mesmo que
isso não implique a necessidade de julgamento simultâneo de todas elas.
Imagine­se o caso em que um mesmo fato é afirmado em várias causas pendentes ­ nocividade de um determinado produto, por
exemplo  ­,  que  não  podem  ser  reunidas  para  julgamento  simultâneo,  porque  cada  uma  delas  possui,  ainda,  suas  próprias
peculiaridades  fáticas. Pode o órgão  jurisdicional, nesse caso, determinar uma perícia única,  cujos custos seriam  repartidos
entre os sujeitos interessados de todos os processos.
IV) O princípio da eficiência é fundamento para que se permita a adoção, pelo órgão jurisdicional, de técnicas atípicas (porque
não previstas expressamente na lei) de gestão do processo, como o calendário processual (definição de uma agenda de atos
processuais, com a prévia intimação de todos os sujeitos processuais de uma só vez), ou outros acordos processuais com as
partes,  nos  quais  se  promovam  certas  alterações  procedimentais,  como  a  ampliação  de  prazos  ou  inversão  da  ordem  de
produção de provas.
Notas
(1)Assim, também, CUNHA, Leonardo José Carneiro da. A previsão do "princípio da eficiência" no projeto do novo Código de
Processo Civil brasileiro. Artigo inédito, gentilmente cedido pelo autor.
(2)Art. 37 da Constituição Federal: "A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência
e, também, ao seguinte".
(3)ÁVILA,  Humberto. Moralidade,  razoabilidade  e  eficiência  na  atividade  administrativa.  In: Revista  Eletrônica  de  Direito  do
Estado. Salvador,  Instituto de Direito Público da Bahia, n. 4, 2005, p. 24. Disponível em: <http://www.direitodoestado.com.br>.
Acesso  em:  22  dez.  2012.  Nesse  sentido,  COSTA,  Eduardo  José  da  Fonseca.  As  noções  jurídico­processuais  de  eficácia,
efetividade  e  eficiência.  In: Revista  de Processo.  São Paulo: RT,  2005,  n.  121,  item  6,  p.  292­296; CUNHA,  Leonardo  José
Carneiro  da.  A  previsão  do  "princípio  da  eficiência"  no  projeto  do  novo  Código  de  Processo  Civil  brasileiro.  Artigo  inédito,
gentilmente cedido pelo autor.
(4)CADIET, Loïc; JEULAND, Emmanuel. Droit  judiciaire privé.  7.  ed. Paris:  Lexis Nexis,  2011.  p.  35 e 38; CAPONI, Remo. O
princípio da proporcionalidade na justiça civil: primeiras notas sistemáticas. In: Revista de Processo. São Paulo: RT, 2011, n. 192,
p. 400­401.
(5)CONRADO, Paulo César. Introdução à teoria geral do processo civil. São Paulo: Max Limonad, 2003. p. 58 e segs.
(6)A eficiência como uma qualidade que contemporaneamente se busca atribuir à atividade administrativa ­ que se pretende
uma  administração  gerencial  ­  foi  bem  percebida  por  CUNHA,  Leonardo  José  Carneiro  da.  A  previsão  do  "princípio  da
eficiência" no projeto do novo Código de Processo Civil brasileiro. Artigo inédito, gentilmente cedido pelo autor.
(7)Em sentido diverso, Eduardo José da Fonseca Costa: "O postulado da eficiência processual é norma sobre a produção de
outras  normas,  é  norma  de  segundo  grau,  norma  que  imputa  ao  juiz  o  dever  estrutural  de  arquitetar  criativamente  regras
procedimentais  individuais e concretas que, uma vez efetivadas, produzam o estado  fático desejado pelos princípios que as
inspiram. Já o princípio da economia processual é norma de comportamento, é norma de primeiro grau, é norma que fixa como
fim  prático  desejado  um  processo  civil  em  que  se  obtém  o  máximo  de  proveito  com  o  mínimo  de  atividade  dos  sujeitos
envolvidos.É bem verdade que a doutrina hodierna vem tentando dar ao princípio da economia processual um novo apelido,
chamando­o de 'princípio da eficiência'. Trata­se de modernice dispensável, porém. A inovação terminológica tão somente se
justifica se o  inovador estiver cônscio da grave distinção entre  'princípio da eficiência' e  'postulado da eficiência'. Todavia, a
semelhança  entre  essas  locuções  só  traz mais  perturbações,  motivo  pelo  qual  a  antiquada  'economia  processual'  ainda  é
preferível  à  'eficiência'  para  designar  o  princípio".  (COSTA,  Eduardo  José  da  Fonseca.  As  noções  jurídico­processuais  de
eficácia, efetividade e eficiência, cit., p. 294.)
(8)ÁVILA, Humberto. Moralidade, razoabilidade e eficiência na atividade administrativa, cit., p. 19.
(9)ÁVILA, Humberto. Moralidade, razoabilidade e eficiência na atividade administrativa, cit., p. 23­24.
(10)Em sentido diverso, Eduardo José da Fonseca Costa, para quem a eficiência é um atributo das regras. O autor entende que
não existe um princípio da eficiência, mas, sim, um postulado; esse postulado "não impõe o dever jurídico de promover­se um
fim, mas estrutura, mediante a produção de regras jurídicas, a aplicação do dever de promover­se os fins que as infundiram. Não
prescreve diretamente um comportamento, mas, sim, uma maneira de elaboração das regras, na qual se concorda ao máximo o
conteúdo delas com os valores que  lhe  justificaram a produção e que devem estar nelas  imbricados. Enfim, o postulado da
eficiência é um dever de estruturação, que estabelece uma vinculação entre princípios e regras jurídicas e que estabelece uma
relação de otimização no processo de concretização dos princípios pelas regras. Definitivamente, quanto mais a criação duma
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regra estiver centrada na finalidade que dá suporte ao seu criador, ou nos princípios que lhe devam estar subjacentes, tanto
mais eficiente será essa regra". (COSTA, Eduardo José da Fonseca. As noções jurídico­processuais de eficácia, efetividade e
eficiência,  cit.,  p.  293.)  Nessa  linha,  é  difícil  demarcar  as  áreas  de  incidência  dos  princípios  da  adequação  ­  sobretudo  a
adequação teleológica ­ e da eficiência, que acabam por confundir­se. O próprio Eduardo José da Fonseca Costa entende que o
postulado da eficiência opera sobre a criação de regras jurídicas ainda não existentes (cit., p. 293) ­ exatamente o que aqui se
defende pelo nome de princípio da adequação. Essa é mais uma razão para relacionarmos a eficiência à economia processual.
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