Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Vetores Ana Maria Basei Engenharia Ambiental Universidade Federal da Fronteira Sul 26 de fevereiro de 2015 Geometria Analítica A geometria analítica é uma conexão entre duas áreas da matemática: Geometria e Álgebra. Geometria Analítica Pierre Fermat e René Descartes, no século 17, identificaram o plano físico com pares de números reais; pontos do espaço físico com ternas ( ternos) de números reais. Assim, linhas e superfícies, no plano e no espaço, são descritas por meio de equações. • Esta identificação permite tratar algebricamente muitas questões geométricas e • Reciprocamente, interpretar de forma geométrica certas situações algébricas. Geometria Analítica VELOCIDADE INSTANTÂNEA • A interconexão entre Geometria e Álgebra obtida por este método foi responsável por extraordinários progressos na matemática e suas aplicações. Geometria Analítica • A eficácia desta conexão cresce com a introdução da noção de vetor. • A noção de vetor possibilita realizar operações com entidades geométricas. Geometria Analítica Vetor • Vetores são representados por flechas • A seta transmite a ideia de deslocamento ( ou translação). Podemos imaginar um ponto se deslocando de A para B. O deslocamento é retilíneo, nos dando uma ideia de uma direção associada a uma reta. • A extremidade da seta nos dá ideia do sentido • O comprimento da seta nos mostra, segundo uma unidade, a distância entre os pontos A e B. Vetor A B Vetor Esta seta que estamos imaginando não é um vetor, mas sim um representante de um vetor. O termo vetor é oriundo do verbo latino vehere ( transportar, levar). No caso específico da matemática, podemos dizer que um vetor é um transportador de três informações: direção, sentido e magnitude. Ou ainda, que um ponto A é transportado ( pelo vetor) até um ponto B. Vetor • Vetores servem principalmente para deslocar pontos, ou mais precisamente, efetuar translações. • E deslocando- se cada um dos pontos de uma figura, efetua-se uma translação da figura. Vetor Grandezas Escalares e Grandezas Vetoriais Grandezas Físicas: Tudo que pode ser medido Grandezas Escalares Grandezas Vetoriais TEMPO ENERGIA TRABALHO TEMPERA TURA MASSA ESCALAR VELOCI DADE CAMPO ELÉTRICO CAMPO MAGNÉTICO ACELERA ÇÃO FORÇA VETORIAL Direção e Sentido • Direção: determinada pela inclinação da reta. A direção pode ser vertical, horizontal ou oblíqua. Quando a direção é oblíqua, normalmente está associada a um ângulo de referência. Direção e Sentido • Retas paralelas tem mesma direção 1r 2r 3r Direção e Sentido • Sentido • Dada uma reta e dois pontos A e B nesta reta, pode-se definir dois sentidos: • De A para B ou • De B para A BA Segmentos Equipolentes Consideremos segmentos de reta orientados ( quando se escolhe uma direção de percurso) . Segmentos orientados com mesma direção, sentido e comprimento são chamados segmentos equipolentes. Vetor • Segmento orientado AB • O vetor é o conjunto de todos os segmentos de reta orientados equipolentes a AB • Notação alternativa v AB v B A A B Vetor Para citarmos um vetor basta citar ( ou desenhar) qualquer um dos seus representantes . Não esquecer que AB e são objetos matemáticos distintos. AB A B v Vetor • Quando escrevemos estamos afirmando que o vetor é determinado pelo segmento AB. • Porém, qualquer outro segmento de mesmo comprimento, mesma direção e mesmo sentido de AB representa o mesmo vetor v AB v A B v Vetor Livre • Assim, cada ponto no espaço pode ser considerado origem de um segmento orientado que é representante do vetor • Vetor livre: o representante pode ter sua origem colocada em qualquer ponto. v A B v D C v v Vetor Não esquecer que AB e são objetos matemáticos distintos. AB A B A B v Vetor : direção, sentido e comprimento • o comprimento, a direção e o sentido do vetor são o comprimento, a direção e o sentido de qualquer um de seus representantes. • De um modo geral, conceitos geométricos envolvendo vetores são definidos “ pondo-se a culpa nos representantes”. Módulo do vetor O módulo ( comprimento) do vetor é o módulo de qualquer um dos seus representantes. Indica-se módulo de por : vv 3v Casos Particulares de Vetores • Vetores Paralelos : Dois vetores são paralelos se seus representantes tiverem mesma direção. Indica-se Na figura u e v / /u v / / / /u v w Casos Particulares de Vetores u / /u v v Casos Particulares de Vetores • Vetores Iguais : Dois vetores são iguais se e somente se tiverem mesma direção, mesmo sentido e mesmo comprimento. Indica-se u e v u v Casos Particulares de Vetores • Vetor nulo: Os segmentos orientados com origem coincidente com a extremidade determinam o vetor nulo. Indica-se * Como o vetor nulo não possui direção e sentido definidos, é considerado paralelo a qualquer vetor. * 0 ou AA 0 0 Casos Particulares de Vetores • Vetor oposto: A cada vetor não – nulo, corresponde um vetor oposto De mesma direção e comprimento de Mas com sentido contrário. Se então v v v AB v BA v BA v Casos Particulares de Vetores • Vetor unitário: Um vetor é unitário se é tem comprimento ( módulo ) 1. v 1v Casos Particulares de Vetores • Versor de um vetor não nulo é o vetor unitário de mesma direção e mesmo sentido de . e v v 1u 2u 1u v são ambos vetores unitários. Mas somente é o versor de . Casos Particulares de Vetores • Vetores ortogonais: dois vetores são ortogonais se algum representante de formar um ângulo reto com um representante de • Indica-se u e v v u Considera-se o vetor nulo ortogonal a qualquer vetor. u v v u v Casos Particulares de Vetores • Vetores coplanares: Dois ou mais vetores São coplanares se possuem representantes Pertencentes a um mesmo plano. Casos Particulares de Vetores Os três vetores representados não são coplanares. Exemplos V V V V V V V V V V V V V V V V V V Exemplo: Operações com Vetores Caso 1: Vetores com mesma direção. Quando somamos dois ou mais vetores temos como resultado um novo vetor, chamado vetor soma ou resultante. Adição de Vetores u v A v Caso 1: Vetores com mesma direção. Quando somamos dois ou mais vetores temos como resultado um novo vetor, chamado vetor soma ou resultante.Adição de Vetores u v A v Adição de Vetores u Caso 2: Vetores com direções diferentes ( não paralelos): Regra do paralelogramo: Devem ter origem comum. Adição de Vetores 1) 3) 2) O vetor resultante executa o mesmo trabalho dos vetores que o resultaram. Adição de Vetores Adição de Vetores Regra do paralelogramo Deve-se escolher representantes de e , respectivamente AB e AD, com origem em A e construir um paralelogramo ABCD. v u v u u v A B C D v Adição de Vetores Regra do Polígono: Considere e dois vetores, com representantes dados pelos segmentos orientados AB e BC, respectivamente. A soma de com , denotada por , é o vetor que tem o segmento orientado AC como representante. u v u vu v A C B u v u v v Adição de Vetores Para adicionarmos dois vetores pelo método do polígono translada-se um dos vetores colocando sua origem na extremidade do outro vetor formando um “caminho”. O vetor resultante terá sua origem comum ao primeiro vetor e sua extremidade comum à extremidade do último vetor. O resultante fecha um polígono com os vetores somados. Adição de Vetores Resultante de três vetores: • O método do paralelogramo se aplica apenas no caso de soma de dois vetores. • Já o método do polígono se aplicada a uma quantidade finita qualquer de vetores numa única operação. Adição de Vetores QUAL É O VETOR RESULTANTE DO SISTEMA DE VETORES ABAIXO? u v w QUAL É O VETOR RESULTANTE DO SISTEMA DE VETORES ABAIXO? r u v w u v w QUAL É O VETOR RESULTANTE DO SISTEMA DE VETORES ABAIXO? u v w u v w r Propriedades (Adição): Sejam , e vetores quaisquer. Valem: 1) (Associativa) 2) (Comutativa) 3) (Elemento Neutro) 4) Existe , tal que (Elemento Oposto) u v w u v w u v v u 0 0u u u 0u u u u u Operações Com Vetores u v w Diferença entre vetores 1 2 1 2( )f f f f Diferença entre vetores Assim, as diagonais do paralelogramo representam a soma e a diferença entre e . 1f 2f Multiplicação de Um Número Real por Vetor v u Dado um vetor não nulo e um número real chama-se produto do número real pelo vetor , o vetor tal que: a) Se então tem mesma direção ( é paralelo ) e sentido de e b) Se então tem mesma direção de , sentido oposto e 0 v v 0 v v v v 0 v v v Multiplicação de Um Número Real por Vetor v u Dado um vetor não nulo e um número real chama-se produto do número real pelo vetor , o vetor tal que: a) Se então tem mesma direção ( é paralelo ) e sentido de e b) Se então tem mesma direção de , sentido oposto e 0 v v 0 v v v v 0 v v v Multiplicação de Um Número Real por Vetor • Um número pode multiplicar o comprimento e/ou sentido de um vetor, mas não sua direção. Multiplicação de Um Número Real por Vetor 1 v 2 v vVetor e seus múltiplos escalares. Multiplicação de Um Número Real por Vetor 1 v 2 v Todos os vetores acima tem mesma direção de Logo todos vetores acima são paralelos. v Multiplicação de Um Número Real por Vetor Se dois vetores e ( não nulos) são paralelos então existe um número real (não nulo) tal que u k v v u Multiplicação de Um Número Real por Vetor Considere os escalares e os vetores São válidas as propriedades: 1) 2) 3) 4) u v u v u u u 1v v u u u , , eu v w Multiplicação de Um Número Real por Vetor • A cada vetor não nulo pode-se associar um vetor unitário paralelo a v v Versor • O vetor unitário De mesmo sentido de é o versor de . v 1 v v ou v v v Versor • Por exemplo, se Então o versor de é v 3v v 3 v Versor • Por exemplo, se Então o versor de é v 3v v 3 v • Por exemplo, se Então o versor de é Versor v 1 2 v v 2v 2v • Por exemplo, se Então o versor de é Versor 10v v 10 v v 10 v Exemplo Com base na figura do exercício1, determinar os vetores abaixo, expressando- os com origem no ponto A: Exemplos Exemplos Exemplos Ângulo de Dois Vetores v u 0 ( em radianos) 0 180 0 vu u v • e tem mesma direção e mesmo sentido • e tem m mesma direção e sentido contrário Ângulo de Dois Vetores v u 0 v u u v Tratamento Algébrico Vetores – Tratamento Algébrico Página 20 As operações com vetores podem ser definidas utilizando um sistema de coordenadas cartesianas. Vetores – Tratamento Algébrico Considere o sistema de coordenadas cartesianas. Considere alguns dos representantes de um vetor. Vetores – Tratamento Algébrico v Considere um representante deste vetor com origem na origem do sistema. Definine-se as componentes de como as coordenadas da extremidade deste representante. •Escreve-se simplesmente Vetores – Tratamento Algébrico ( , )v x y ( , )x yv Vetores – Tratamento Algébrico v v (2,1)v Exemplo: Se o representante de tem origem em (0,0) e extremidade no ponto P( 3,1), segue que Vetores – Tratamento Algébrico (3,1)v v •Em particular, o vetor nulo, 0 (0,0) Vetor no plano é um par ordenado de números reais (x,y) Vetores – Tratamento Algébrico •Vetores canônicos Vetores – Tratamento Algébrico (1,0)i (0,1)j Observação: Todo vetor do plano pode ser escrito em função dos vetores Por exemplo: )(3, 5) 3(1,0) 5(0,1) 3 5 )(0, 3) 0.(1,0) 3.(0,1) 0 3 3 ) 4 ( 4,0) a i j b i j j c i (1,0) (0,1)i e j Cada ponto P(x,y) do plano corresponde a um vetor Vetores – Tratamento Algébrico Dois vetores ( , )v OP x y O plano pode ser encarado como um conjunto de pontos ou um conjunto de vetores. Vetores – Tratamento AlgébricoIgualdade de Vetores Dois vetores são iguais se , e somente se, Escreve-se 1 1 2 2( , ) ( , )u x y e v x y 1 2 1 2x x e y y u v (2,2) , (4,1) (6,3) u v u v u v u v Operações Com Vetores Considere Define-se 1 2 1 2 1 1 1 1 1) ( , ) 2) ( , ) ( , ) u v x x y y u x y x y 1 1 2 2( , ) , ( , )u x y v x y e Consideremos o vetor de origem no ponto e extremidade no ponto Vetor Definido Por Dois Pontos AB 1 1( , )A x y 2 2( , )B x y Vetor Definido Por Dois Pontos 2 1 2 1( , )AB x x y y C(1,2) Vetor Definido Por Dois Pontos Sempre que tivermos O Vetor “transporta” o ponto inicial A até o ponto Extremo B. v AB ou v B A B A v ou B A AB v Vetor Definido Por Dois Pontos ( 2,3) (3,1) (1,4) (1,2) (3,1) (4,3) (0,0) (3,1) (3,1) B A v D C v P O v C(1,2) O vetor é “livre”, ele não tem posição fixa ao contrário do segmento orientado. •o vetor esta representado por um segmento orientado com a origem em C(1,2) . Mas, poderia ser representado por um segmento orientado cujo ponto inicial poderia estar em qualquer outro ponto. (3,1)v C(1,2) (1,2) ( 2,2) (1, 4) (0,0)u v w Considere o segmento de extremos e o ponto médio de AB 1 2 1 2, 2 2 x x y y M Ponto Médio 1 1( , )A x y 2 2( , )B x y ( , )M x y Paralelismo de dois Vetores Se dois vetores são paralelos, existe um número real tal que ou 1 1 2 2( , ) ( , )u x y e v x y u kv 1 1 2 2 x y k x y Módulo de um vetor 2 2 2 2 2 ( , )v x y v x y v x y
Compartilhar