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Diagnostico social

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Diagnostico social
Capitulo I – que é um diagnostico social?
a) Etimologia do termo
Considerações gerais
O termo diagnostico vem do grego “diagnostikos”
Dia = através
gnosis = caminho apto para conhecer
A palavra diagnostico é utilizada em diferentes circunstancias para fazer referencia á caracterização de uma situação mediante a análise de alguns sintomas. Enquanto termo técnico-profissional te sido muito empregue na medicina. Progressivamente este termo passou também a ser usado noutros campos, nomeadamente nas Ciências sociais, onde veio a constituir um dos elementos chave de intervenção social.
Diagnostico clínico (medicina): procedimentos utilizados para averiguar o estado de saúde de uma pessoas o carácter da sua doença, mediante o exame da sua sintomatologia a fim de prescrever o tratamento mais adequado.
b) Uso do conceito de diagnostico no campo da medicina e a sua transposição para as ciência sociais e metodologias de intervenção social
Avaliação do profissional medico
Quando atende um paciente leva consigo: toda a sua bagagem de conhecimentos teóricos: toda a sua experiência pessoal.
Quando está com o paciente: examina-o fisicamente; faz-lhe perguntas para obter informação sobre o que o paciente sente; recorre á sua historia clínica (antecedentes)
Detectada a doença (o problema) procede a: determinar os factores que originaram; estabelece o que se passaria com o paciente.
Em alguns casos encarrega a análise sobre questões pontuais a outros especialistas.
Com estas informações e tendo em conta as observações realizadas de maneira directa, o medico procede á avaliação: avaliação da situação do paciente;classificar a doença segundo os sintomas; considerar os meios ou formas de cura.
Tem em conta os recursos e os meios disponíveis, incluindo desde o potencial genético da pessoa até á sua situação socioeconómica, passando pelo seu meio ambiente, ou a tecnologia sanitária disponível.
Aspectos ater em consideração para fazer um bom diagnósticos, apoia-se num conjunto de conhecimentos científicos e de carácter profissional, tem também uma experiência profissional acumulada, na qual haverá incorporado elementos positivos mas também negativos.
Processo de comunicação na relação profissional-utente: trata-se de um processo interactivo entre duas pessoas que vai muito alem do intercâmbio de informação. Se esta interacção se dá num ambiente de respeito, de empatia, não só se dá uma maior satisfação ao utente e em si mesma uma forma de terapia, sendo que cria também as condições para que o paciente se manifeste mais livre e profundamente, pelo que facilitará a tarefa de realização do diagnostico.
Melhorar as habilidades e qualidades do profissional para relacionar-se com o paciente é também melhorar a capacidade para fazer diagnósticos. para fazer um bom diagnostico não basta saber qual é a informação necessária, é necessário também saber como consegui-la.
Uma boa relação humana profissional-utente permite obter mais informação para elaborar o diagnostico. Para que isto seja possível é preciso:
1. Estabelecer boas relações;
2. Desenvolver um processo de rectroalimentação na interacção profissional-utente;
3. Ter capacidade de escuta activa e empatia;
4. Excluir todo o preconceitoque ponha em causa o respeito pelo utente, seja pela sua classe social, raça, religião, sexo, etc.,
5. Estimular a sua participação a fim de que a pessoas esteja predisposta a identificar os seus problemas e encontrar vias de soluciona-lo.
c) O uso do termo diagnóstico em um dos textos fundacionais do trabalho social
O primeiro livro que sistematiza o método de intervenção social foi publicado em 1917 e escrito por mary richmond e intitula-se de diagnostico social. este livro representa uma marca fundamental na historia do trabalho social.
o diagnostico social (no qual também se inclui o tratamento), esta concebido de acordo com o modelo de actuação profissional na medicina o que não é de estranhar, já que Mary Richmond realizou boa parte do seu trabalho junto a um medico.
Salienta-se o processo que propõe mary richmond para realizar um diagnostico social, onde ela inclui no livro todas as fases do processo de intervenção social. Começa com o que ela chama de evidência social (os aspectos que tomados em conjunto, indicam a natureza das dificuldades sócias de um determinado utente e os instrumentos para a sua solução). Segue logo com as inferências que para mary richmond são o processo racional pelo qual passamos de factos conhecidos a factos desconhecidos. A partir de evidência e inferências inicia-se o processo até ao diagnóstico que explica através dos procedimentos que se utilizam e que comporta 4 fases:
1. Entrevista com o utente
2. Primeiros contactos com a família imediata do utente
3. Busca de outras fontes e uso de intuição
4.Cuidadosa ponderação de cada um dos itens estudados e a interpretação de todos os dados recolhidos.
mary richmond descreve o diagnostico social com o intuito de efectuar com a maior precisão possível uma definição da situação e personalidade de um ser humano com alguma carência social; é decidir, da sua situação e personalidade em relação com os demais seres humanos dos quais dependa em alguma medida ou que dependam dele e em relação também com as instituições sociais da comunidade.
d) “Conhecer para actuar” principio fundamental em que se baseia a necessidade de realizar um diagnostico
Todo o diagnóstico social representa uma das fases iniciais e fundamentais do processo de interacção social;
Constitui um dos elementos chave de toda a pratica social, na medida em que procura um conhecimento real e concreto de uma pessoa sobre a qual se vai realizar uma intervenção social e dos diferentes aspectos que é necessário ter em conta para resolvera situação-problema diagnosticada. ao fazer isto (o diagnostico) oferece uma maior garantia de eficácia na programação e execução de actividades.
Podemos dizer que o diagnostico deve servir para esclarecer o que fazer o profissional no manejo de problemas sociais específicas. Kurt Lewin)
Um diagnostico não se faz só para saber o que se passa. Elabora-se com dois propósitos:
1. Oferecendo uma informação básica que sirva para programar as acções concretas. Esta informação será mais ou menos ampla, segundo se trate de elaborar um plano, um programa, um projecto, ou simplesmente realizar determinadas actividades.
2. Trata-se de proporcionar um quadro de situação que sirva para solucionar asestratégias mais adequadas.
O diagnóstico social é um nexo entre a investigação e a programação. Sem investigação prévia, não pode haver diagnostico e sem apoiar-se num diagnostico, não se pode fazer uma boa programação.
Num diagnostico antes de mais há que compreender os problemas. isto supõe conhecer:
□ Quais são os problemas, o porque desses problemas em determinada situação;
□ Qual é o contexto que condiciona a situação-problema estudada;
□ Quais são os recursos e meios disponíveis para resolver o problema;
□ Quais são os factores mais significativos que influenciam, condicionam ou determinam a situação e os actores sociais implicados na mesma;
□ Quais são as tendenciais previsíveis no futuro, como se prevê que pode ir evoluindo a situação, segundo as diversas opções de intervenção na mesma.
□ Que decisões se devem adoptar acerca das prioridades e estratégias e intervenção,
□ Quais são os factores contingentes que condicionam a viabilidade e factibilidade de uma intervenção social.
2. Natureza do diagnostico social
a) O diagnóstico é uma fase ou momento dos métodos de intervenção social
Todas as formas ou modalidades de intervenção social estão configuradas pela integração ou fusão de diferentes fases ou momentos lógicos de uma estratégia de actuação. Estes momentos dão-se dentro e um processo retroactivo e não fásico. Por outro lado o processo pode ter início em qualquer destes momentos. Esta estrutura metódica subjacente comporta quatro aspectos principais, e é independentedo campo de intervenção: todos eles se relacionam com o diagnostico tal como:
1. Estudo – investigação que culmina num diagnosticoda situação-problema, que sistematiza os dados para a sua compreensão;
2. Programação – que se pois nos resultados do diagnostico, para formular propostas de intervenção com garantias de êxito e eficácia,
3. Execução – que tem em conta o diagnostico para estabelecer a estratégia operativa e a implementação das acções;
4. Avaliação – que se pode fazer sobre em diferentes momentos do processo, entre eles o diagnostico, enquanto expressa uma situação inicial que serve como ponto de referencia da situação, objectivo a que se quer chegar, ou como elemento de comparação para valorizar as mudanças produzidas.
b) Investigação como forma de utilizar os resultados de uma investigação paliçadas á acção
Investigação básica pura ou fundamenta, tem como objectivo principal acrescentar os conhecimentos teóricos para o progresso de determinada ciência, se interessar directamente nas suas possíveis aplicações ou consequências praticas. É mais formal e segue propósitos teóricos no sentido de aumentar o arquivo de conhecimentos de uma determinada teoria.
Investigação aplicada guarda intima relação com a anterior pois depende das descobertas e avanços da investigação básica. Trata-se de investigações que se caracterizam pelo seu interesse na aplicação utilização e consequências praticas dos conhecimentos que se adquirem. Pode-se dizer que a investigação aplicada procurar o “conhecer para fazer” para actuar ou seja com o propósito de modificar, manter, reformar algum aspecto da realidade social. Preocupa-se com a aplicação mais ou menos imediata dos conhecimentos adquiridos acerca de uma realidade circunstancial. Não está orientada ao aumento do arquivo científicou/ ao desenvolvimento do discurso teórico.
Todo o diagnóstico apoia-se sempre numa investigação aplicada. Trata-se de realizar um estudo com a finalidade de ter conhecimentos para produzir mudanças induzidos e/ou planificados ou com o objectivo de resolver problemas, satisfazer necessidades, desenvolver potencialidades, ou para actuar sobre algum aspecto da realidade social.
c) O diagnostico como unidade de analise e síntese da situação problema
O diagnóstico social deve ser uma unidade de análise e síntese de uma situação-problema que serve de referência para a elaboração de um programa de acção. Consequentemente o diagnostico deve fazer uma descrição dos elementos e aspectos integrantes de uma realidade que é motivo de estudo. Mas ao mesmo tempo há que estabelecer a inter conexão e interdependência dos mesmos de modo a que as partes sejam estudadas como constituindo um todo estruturado e indissolúvel.
Trata-se de aplicar simultaneamente os métodos lógicos: a analise e a síntese. Assim o diagnostico é um conjunto de conhecimentos analíticos/sintéticos, pertencentes a uma realidade concreta e delimitada sobre a qual se querem realizar determinadas acções, planificadas e com um preposição concreto.
d) Um diagnostico nunca é algo terminado é um instrumento aberto
Um diagnostico deve estar aberto a incorporar novos dados e informações novos ajustes derivados de novas relações e interdependências que se estabelecem a partir de dados disponíveis ou de novos dados que se vão obtendo.
O diagnóstico constitui uma fase ou momento do processo metodológico uma vez que é um instrumento operativo que se vai completando e enriquecendo permanentemente.Toda a intervenção na realidade gera uma dinâmica que origina novas interrogações, vai reformulando problemas e vai fazendo luz sobre questões que não foram consideradas os suficientes, ou simplesmente eram lacunas do diagnóstico.
este carácter de “instrumento aberto” ou de ferramenta de trabalho não terminada que tem todo o diagnostico, conduz a uma reelaboração permanente do mesmo, enriquecendo por sua vez por uma relação entre assistente social e as pessoas com as que e para os quais trabalha.
e) O diagnostico adquire significado pleno na mediada em que se faz uma adequada contextualização da situação-problema diagnosticado.
o problema em si que tenha sido estudado e investigado, deve ser contextualizado como um aspecto da totalidade social da qual faz parte. Para esta contextualização é necessária uma abordagem sistémico/ecológica/dialéctica.
3. Finalidade do diagnostico social
Não se faz só para saber o que se passa. Realiza-se também para saber o que fazer, daí que sejam dois propósitos, ou finalidades do diagnóstico.
1. Servir de base para programações concretas;
2. Proporcionar um quadro da situação que sirva para seleccionar e estabelecer estratégias de actuação.
Quando falamos de servir de base para programações concretas, estas acções podem ser parte de uma plano de um programa de um projecto, um serviço ou simplesmente de um conjunto de actividade mais ou menos articuladas entre si. Por outras palavras: a partir dos dados sistematizados do diagnóstico, desenham-se as operações e acções que permitem enfrentar de maneira permanente (com a maior organizações e racionalidade possível) os problemas e necessidadesdetectados em si.
Mas o diagnostico há-se ser também fundamento das estratégias que hão-de servir á pratica concreta, em conformidade com as necessidades e aspirações manifestadas pelos próprios interessados (família, grupo, organização) e influencia dos diferente factores que incidem e actuam de forma positiva, negativa ou neutra, em função dos objectivo propostos e na realização das acções.
a planificação deve ser flexível para poder adaptar as pessoas ás decisões que reclama cada conjuntura, mas para isto o diagnostico deve orientar a tomada de decisões com a finalidade de manter ou corrigir o conjunto das actividades na direcção da situação objectivo.
4. Definição operativa de diagnostico social
o diagnostico social é um processo de elaboração e sistematização de informação qie implica conhecer e compreender os problemas e necessidades dentro de um contexto, suas causas e evolução a longo prazo, assim como os factores condicionantes e de risco e as suas tendências previsíveis; permitindo uma descriminação dos mesmos segundo a sua importância, leva ao estabelecimento de prioridades e estratégias de intervenção, de forma a determinar de antemão o seu grau de viabilidade e objectividade, considerando tanto os meios disponíveis como as forças e actores sociais incluídos nas mesmas.
Um bom diagnostica para ser verdadeiramente útil deve ser:
Completo: incluindo toda a informação relevante e significativa;
Claro: excluindo detalhes desnecessários e evitando excessos de informação, empregando uma linguagem objectiva e facilmente compreensível, utilizando quadros e esquemas quando for necessário;
Preciso: isto é que estabeleça e distinga cada umadas dimensões e factores do problema, discrimine e ofereça informação útil para orientar a acção, de forma concreta, incluindo todos os aspectos necessários e suficientes;
Oportuno: realizar-se ou actualizar-se num momento em que possa ser utilizado para tomar decisões que afectem a actuação presente e futura, pois caso contrario os dados poderiam ficar desactualizados e perder validade.
Síntese ( aula):
Um bom diagnostico deve permitir:
Tomar decisões;
Aplicar a solução da melhor maneira possível,
Conceber melhor o problema,
Capitulo II – como fazer um diagnostico social
Um diagnostico social está bem feito e completo, quando cumpre as seguintes funções ou requisitos:
1. Informa sobre os problemas e necessidades existentes;
2. Responde ao porque desses problemas, tentando compreender as suas causas e efeitos assim como os seus condicionamentos apontando possíveis tendências;
3. Identifica recursos e meios para actuar segundo o tipo de ajuda ou atenção necessária;
4. Determina prioridades de intervenção de acordo com critérios científicos-tecnicos;
5. Estabelece estratégias de acção de forma a responder á mudanças de comportamento das variáveis externas;6. Dá conta dos factores que podem aumentar a objectividade da dita intervenção (pois não vale a pena construir uma intervenção apoiados em coisas subjectiva).
Para o cumprimento destas funções ou requisitos o diagnostico social implica, na prática, a realização de uma série de tarefas ou acções chave. Ao todo são sete:
1. Identificação das necessidades,problemas, centros de interesse e oportunidades de melhoria.
No diagnóstico quer se trate de um grupo, família ou comunidade é preciso distinguir e diferenciar as necessidades dos problemas. Antes de tudo é conveniente identificar os centros de interesse e as necessidades de mudança ou oportunidades de melhoria que determinada situação apresenta.
a) Necessidades e satisfactores
Necessidades humanas fundamentais: conjunto de condições de carência e privação claramente identificados e de validade universal inerentes á natureza humana e para cuja resolução este tem potencialidades. a sua satisfação integral é essencial e dá-se mediante um processo de intervenção cujo produto irá definir a qualidade de vida dos indivíduos e grupos sociais. As privações de qualquer destas necessidades universais pode desencadear patologias diversas e a privação de vários ou de todos eles pode produzir um efeito sinérgico ou potenciador do impacto dessas privações.
satisfactores: modos particulares que cada sociedade ou sistema utiliza para satisfazer as necessidades universais. Cada cultura tem um certo tipo, quantidade e qualidade de satisfactores socialmente definidos. As diferenças nas possibilidades de acesso aos diversos satisfactores de cada uma das necessidades humanas, provoca diferenças culturais e sociais nas condições de vida das populações.
Quando falamos de necessidades – em sentido restrito referimo-nos á carência ou falta de Maios adequados para satisfazer uma ou várias necessidades.
Ex. A falta de alimentos saudáveis e nutritivos (satisfactor: o meio de atender uma necessidade) impede uma resposta adequada á necessidade de subsistência.
Também falamos denecessidades para fazer referencia á existência de satisfactores inadequados ou falsos satisfactores de uma necessidade.
Ex. Uma assistência sanitária fortemente medicada pode ser um satisfactor da necessidade de protecção (face á doença) já que a sua utilização pode gerar outro tipo de problemas em detrimento de uma adequada promoção da saúde.
Para altera e responder a cada uma das necessidades humanas, existem diversos satisfactores. Estes podem ser:
Violadores ou destruidores: quando como pretexto de satisfazer uma necessidade aniquilam na realidade a possibilidade de faze-lo.
Ex. Quando alteramos a trajectória profissional de uma pessoas, eliminar a possibilidade de concretizar o seu sonho de trabalhar naquilo que deseja).
pseudo-satisfactores : são os que estimulam uma falsa sensação de satisfação da necessidade.
Ex. Esmola em relação á necessidade de subsistência (por isso é que devemos ter uma postura legitimada).
Inibidores: pela forma como satisfazem uma necessidade dificultam seriamente a possibilidade de satisfazer outras.
Ex. Uma escola autoritária no que respeita á necessidade de entendimento inibe as necessidades de participação, criatividade ou liberdade).
sinergéticos: ao satisfazerem uma necessidade estimulam e ajudam á satisfação simultânea de outras necessidades.
Ex. Jogos didácticos, organizações comunitárias democráticas, etc.
No diagnostico é preciso identificar quais são as necessidades para as quais não existem satisfactores sinergeticos nem singulares, podendo havê-los. isto implica, portanto não só conhecer o que falta e de que carece, no modo como se atendeessas necessidades das pessoas e o papel que essa atenção cumpre no desenvolvimento humano, entendendo as causas que coordenam a esse modo de satisfação.
b) Problemas sociais
é preciso identificar os problemas existentes que não estão necessariamente relacionados com a insatisfação de uma necessidade. pode ser frequente que uma necessidade insatisfeita ou mal satisfeita – porque se utilizam satisfactores não adequados (violadores, inibidores ou pseudo-satisfactores) – que termine gerando um problema.
Problema é diferente de necessidade insatisfeita ou mal satisfeita.
Ex.
Necessidade – se num bairro existem 350 crianças em idade escolar, e só existe uma escola com 250 vagas, podemos dizer que existe uma carência ou falta de postos escolares que não permite uma satisfação adequada da necessidade de educação formal.
Problema – se num bairro onde todas as crianças podem ir á escola exitem 30% que falta regularmente ás aulas, então o que há é um problema de abandono escolar ou de absentismo.
Esta situação é a chave para o diagnostico se, se quer abordar uma solução efectiva dos mesmos (necessidades ou problemas).
Aspectos básicos a considerar na identificação de necessidades e problemas
Esta primeira tarefa do diagnóstico deve levar-se a cabo, assinalando três aspectos básicos e fundamentais de cada uma deles:
Natureza do problema ou necessidade – isto é definir e descrever o mais concreta e especificamente possível de que tipo de problema e/ou necessidade se trata. Trata-se de responder com precisão a perguntas: de que se trata? e em que consiste o problema? Analisando as suas distintas dimensões ou aspectos.

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