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AULA 1 - FISIOLOGIA DIGESTÓRIA

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FISIOLOGIA DIGESTÓRIA - AULA 1 23/10/2018
SISTEMA GASTROINTESTINAL
Formado por:
Trato Gastrointestinal (TGI): Cavidade oral, Faringe, Esôfago, Estômago, Intestino Delgado, Intestino Grosso.
Órgãos anexos ao TGI: Glândulas Salivares, Pâncreas, Fígado, Vesícula Biliar. (Produzem as secreções)
Funções: nutrição, manutenção da homeostase energética, manutenção da homeostase hidroeletrolítica (por causa da ingestão e absorção de água) e imunológica.
Processos básicos: motilidade, secreção, digestão, absorção e excreção.
 As funções só acontecem porque existem esses processos básicos.
 O alimento é ingerido, ocorre o processo de digestão, para que ocorra esse processo é importantíssimo as secreções que estão representadas pela seta rosa. Então ocorre a mistura do alimento com as secreções que promove a digestão e também ocorre a absorção, representada pelas setas azuis. Por causa da motilidade todo esse conteúdo é protelido da boca até o ânus e lá ocorre a excreção das fezes.
MECANISMOS PRINCIPAIS DO TRATO GASTRO INTESTINAL
Mecanismos reguladores endócrinos – liberação de um hormônio que cai na corrente sanguínea e atinge uma célula alvo.
Mecanismos reguladores neurócrino – envolve neurônio e neurotransmissor, que age numa célula alvo.
Mecanismos reguladores parácrino – a célula secreta um sinal e ele age nas células vizinhas (ao redor da célula que produziu o sinal).
HORMÔNIOS DO TRATO GASTROINTESTINAL E SUAS PRINCIPAIS FUNÇÕES
Grelina – hormônio produzido no estômago, que cai na corrente sanguínea, vai para o SNC e ativa a produção de neuropeptídeos lá no hipotálamo que vão levar o aumento da ingestão de alimentos
GLP1/GLP2 – GLP1 (peptídeo relacionado ao glucagon), aumentam a secreção de insulina. Após a alimentação os nutrientes que chegam no intestino, vão sinalizar a liberação desses hormônios (GLP1). Isso acontece, pois vai abaixar o nível glicêmico do sangue.
Entre outros...
ESTRUTURA DA SECÇÃO LONGITUDINAL DA PAREDE GASTROINTESTINAL
Mucosa
Epitélio – monoestratificado e heterocelular (uma camada de células diferentes existentes);
Lâmina própria – é o tecido conjuntivo que tem várias células imunológicas, vasos sanguíneos e linfáticos;
Muscular da mucosa – fina camada de célula muscular que vai sustentar toda essa estrutura.
Submucosa
É o tecido conjuntivo que sustenta a mucosa. Contém vasos sanguíneos e linfáticos e uma rede de células nervosas (plexo submucoso – estrito à submucosa dos intestinos delgado e grosso).
Muscular externa
Constituída de músculo liso e redes nervosas (plexo nervoso mioentérico – está entre as camadas de músculo – estende do esôfago superior ao esfíncter anal externo).
Músculo circular: espesso fibras orientadas em padrão circular em torno do tubo. Promove a contração produz encurtamento do lúmen. 
Músculo longitudinal: sua contração encurta o tubo.
Os músculos são importantes pois aumentam a possibilidade de movimento, que é importante para a mistura do alimento e impulsionar ele até o ânus
Serosa
REGULAÇÃO NEURAL DO FUNCIONAMENTO GASTROINTESTINAL
Os plexos são o Sistema Nervoso Entérico 
Sistema Nervoso Intrínseco ou Sistema Nervoso Entérico (SNE):
É uma rede neural localizada na parede do trato gastrintestinal;
É bastante complexa;
Regula funções motoras, secretoras e endócrinas do SGI;
“O segundo cérebro: nosso sistema nervoso entérico”;
Porque existem células da Glia, muitos neurônios e neurotransmissores =, produz 50% de toda a dopamina do corpo e produz 95% de toda serotonina do corpo.
Capazes de agir de modo autônomo em relação a inervação extrínseca (SNC);
Os mecanorreceptores e quimiorreceptores dos neurônios do SNE, que vão perceber diferenças mecânicas, químicas, no momento em que o bolo alimentar está presente. Os neurônios aferentes levam e percebem a informação. Os neurônios ficam todos presentes na parede do trato gastrointestinal.
Existem neurônios aferentes, ou seja, que expressam os mecanorreceptores e quimiorreceptores que vão perceber o estímulo (presença do alimento). E transmitem a informação a interneurônios que vão estimular uma ação através dos neurônios eferentes. (Pode modular a secreção de células endócrinas, a contração do músculo liso do SGI)
Os interneurônios vão estimular neurônios motores que podem ser excitatórios ou inibitórios. Dessa forma, os neurônios motores podem aumentar ou diminuir a contração do músculo, levando a propulsão do bolo alimentar.
RESUMINDO... O neurônio aferente tem o mecanorreceptor e o quimiorreceptor que percebem a presença do bolo alimentar, leva essa informação a interneurônios. Os interneurônios vão ativar os neurônios motores excitatórios, promovendo a contração. Os neurônios motores inibitórios fazem relaxar o músculo, fazendo o bolo ir em direção céfalo-caudal.
Doença de Hirschsprung: ausência de nervos entéricos na porção distal do cólon;
Causa: mutações genéticas que não produzem os sinais necessários para que os nervos embrionários migrem para o cólon;
Sintomas: O principal sintoma é a incapacidade do recém-nascido de evacuar dentro de 48 horas após o nascimento. Outros sintomas incluem barriga inchada e vômitos.
Tratamento: Remoção cirúrgica da porção do cólon que não contém os nervos entéricos.
Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático e Simpático (SISTEMA NERVOSO EXTRÍNSECO)
Os neurônios do SNE fazem sinapses com fibras nervosas aferentes e eferentes do SNA parassimpático e simpático, que desempenham função modulatória sobre o SNE. 
 
	(+) motilidade 
	(-) motilidade
	(+) secreções gastrointestinais 
	(-) secreções gastrointestinais
	↑ digestão
	↓ digestão
Sistema Nervoso Autônomo Parassimpático 
As fibras partem do SNC e vão inervar as nossas vísceras.
Inervação parassimpática do Sistema Gastrointestinal: 
Nervo vago – inerva as vísceras do trato gastrointestinal (Esôfago, estômago, vesícula biliar, pâncreas, intestino delgado, cólon proximal)
Funções: ativação da secreção e movimento peristáltico do estômago e intestino; relaxamento dos esfíncteres digestivos; aumento da secreção de enzimas digestivas pelo pâncreas.
No coração e pulmão: redução da frequência cardíaca e atividade contrátil do coração; aumento da secreção e constrição brônquica; 
Nervo pélvico – inerva a região distal do intestino grosso (Parte distal do cólon e esfíncter anal interno)
Sistema Nervoso Autônomo Simpático 
As fibras pré-ganglionares simpáticos encontram-se nos níveis tóraco-lombar. Daí saem as fibras parassimpáticas que vão inervam as vísceras e o TGI. Essas fibras fazem as sinapses e ocorre a inervação do TGI.
Na função digestiva, a estimulação simpática tem efeito inibitório, promove relaxamento da musculatura lisa, redução do peristaltismo do trato gastrointestinal; aumento da contração da musculatura dos esfíncteres gastrointestinais (fechamento dos esfíncteres); 
SISTEMA NERVOSO PARASSIMPÁTICO E SIMPÁTICO EFERENTE PARA O SGI E SUA INTERRELAÇÃO COM O SNE
 Os plexos fazem parte do SNE. A estimulação parassimpática que parte do nervo vagal e da medula espinal através do nervo pélvico, ela vai inervar o SNE. Não inerva diretamente as estruturas do TGI. Inerva o SNE que vai modular o TGI (o músculo liso, as células secretoras, células endócrinas e vasos sanguíneos).
 A inervação parassimpática sai do SNC e ela inerva o SNE. Então, não existe inervação parassimpática direto na parede do TGI. O que o sistema nervoso parassimpático faz é inervar as células nervosas do SNE, modula o funcionamento dessas células e assim se tem as modificações com relação ao músculo liso, secreções de hormônios do TGI.
 E o sistema nervoso simpático também vai inervar o SNE e os vasos sanguíneos. Então, ao contrário do parassimpático, ele pode inervar diretamente alguns vasos sanguíneos (diminuindo o fluxo sanguíneo, diminuindo o volume das secreções, inibindo os processos digestivos).REFLEXO CURTO - O bolo alimentar passa na luz gastrointestinal, que irá se modificar mecanicamente. Os quimiorreceptores, mecanorreceptores ou osmorreceptores vão perceber esse estímulo. Percebendo isso, existe uma resposta que é desenvolvida pelo SNE, para o músculo liso e para glândula.
RESUMINDO... estímulo percebido no SNE e a resposta gerada no SNE.
REFLEXO LONGO – O bolo alimentar passa na luz gastrointestinal, que irá se modificar mecanicamente. Os quimiorreceptores, mecanorreceptores ou osmorreceptores vão perceber esse estímulo. O estímulo é percebido por neurônios aferentes do SNC, chega uma informação no SNC, em consequência tem uma eferência que modula o SNE levando uma resposta.
NEUROTRANSMISSORES DO SISTEMA GASTROINTESTINAL
	Neurotransmissor/Origens
	Ações no SGI
	Acetilcolina (ACh)/
Parassimpático, SNE
	Contração da musculatura lisa; Relaxamento do esfíncter pilórico; Aumento das secreções; Aumento do fluxo sanguíneo.
	Norepinefrina (NE) /
Simpático
	Relaxamento da musculatura lisa; Contração do esfíncter pilórico; Vasoconstrição e diminuição secundária das secreções; Aumento do fluxo sanguíneo; Efeito trófico sofre as glândulas salivares
	Peptídeo Vasoativo Intestinal (VIP) / Parassimpático, SNE
	Relaxamento da musculatura lisa; Relaxamento do esfíncter esofágico inferior; Aumento da secreção pancreática
	Peptídeo Liberador de Gastrina / Parassimpático
	Aumento da liberação de gastrina
	Encefalinas / Parassimpático, SNE
	Contração da musculatura lisa
	Óxido Nítrico / Parassimpático, SNE
	Relaxamento da musculatura
	Neuropeptídeo Y / SNE
	Relaxamento da musculatura lisa
	Substância P / Parassimpático
	Contração da musculatura lisa; Aumento da secreção salivar.
INIBITÓRIOS
NÃO É EM RELAÇÃO À MUSCULATURA LISA E SIM A LIBERAÇÃO DE GASTRINA
EXCITATÓRIOS
MÚSCULO LISO GASTROINTESTINAL
Função: Misturar com as secreções, impulsionar, propulsão e digestão enzimática e mecânica.
Tipos de contração da musculatura lisa: 
Fásica: São ciclos periódicos de contrações e relaxamentos que ocorrem em poucos segundos ou minutos. Ex.: corpo do esôfago, corpo e antro do estômago intestino delgado e grosso.
Tônica: Mantida ou sustentada, em que a musculatura se mantém tonicamente contraída por minutos ou horas, constituindo o que se denomina “tônus”. Ex.: Esfíncteres e porção fúndica do estômago.
 Musculatura lisa é encontrada em quase todo o trato gastrointestinal, com exceção de cavidade oral, faringe, terço superior do esôfago e esfíncter anal externo, que têm musculatura estriada.
Características:
Unitário: População de fibras pequenas; Gap junctions promovem comportamento sincicial. Cada feixe é inervado por um neurônio, cada célula é inervada por um neurônio, há o acoplamento elétrico e passagem de segundos mensageiros. São células diferentes que se comportam como uma só. Ex.: músculo TGI
Multiunitário: Estimulação independente de cada célula do músculo liso. Funcionamento isolado uma da outra, enquanto uma pode ser excitada, a outra pode não ser. Ex.: íris dos olhos
Células de Cajal:
 São responsáveis por causar despolarizações, de forma espontânea do potencial de membrana. As vizinhas também irão despolarizar, pois estão acopladas as junções. Isso é chamado de potencial marca-passo, e elas fazem isso em um ritmo ordenado. 
Ondas lentas ou ritmo elétrico básico (R.E.B)
 Por causa da presença das células de Cajal, existe no músculo liso as chamadas ondas lentas ou ritmo elétrico básico. O potencial de membrana das fibras lisas viscerais sofre oscilações ou despolarizações subliminares, resultando em variações do potencial de membrana: ondas lentas ou ritmo elétrico básico (R.E.B); 
 Contrações da musculatura ocorrem em fase com as ondas lentas, desde que as depolarizações alcancem o limiar contrátil da fibra. As células de Cajal que geram e ditam o ritmo das despolarizações, que são transmitidas as células do músculo liso.
 A célula despolariza, mas não significa que irá contrair, só irá contrair se atingir o limiar contrátil. Se ativar o potencial de ação a contração é mais forte.
EXERCÍCIO
Explique a regulação neural do trato gastrintestinal. Aborde na sua resposta a anatomia e funcionamento do sistema nervoso entérico (SNE). Como o SNE é modulado pelo sistema nervoso extrínseco. Ações do parassimpático e simpático. Neurotransmissores envolvidos. 
As células da parede gastrointestinal são formadas por 4 partes: 
Mucosa – que é dividida em 3 partes: Epitélio – monoestratificado e heterocelular (uma camada de células diferentes existentes); Lâmina própria – é o tecido conjuntivo que tem várias células imunológicas, vasos sanguíneos e linfáticos; Muscular da mucosa – fina camada de célula muscular que vai sustentar toda essa estrutura.
Submucosa – é o tecido conjuntivo que sustenta a mucosa. Contém vasos sanguíneos e linfáticos e uma rede de células nervosas (plexo submucoso).
Muscular externa: é constituída de músculo liso e redes nervosas (plexo nervoso mioentérico – está entre as camadas de músculo). Nela há 2 tipos de músculo: Músculo circular: fibras orientadas em padrão circular em torno do tubo. Promove a contração produz encurtamento do lúmen; Músculo longitudinal: sua contração encurta o tubo.
Serosa.
O neurônio aferente tem o mecanorreceptor e o quimiorreceptor que percebem a presença do bolo alimentar, leva essa informação a interneurônios. Os interneurônios vão ativar os neurônios motores excitatórios, promovendo a contração. Os neurônios motores inibitórios fazem relaxar o músculo, fazendo o bolo ir em direção céfalo-caudal.
Os plexos fazem parte do SNE. A estimulação parassimpática que parte do nervo vagal e da medula espinal através do nervo pélvico, ela vai inervar o SNE. Não inerva diretamente as estruturas do TGI. Inerva o SNE que vai modular o TGI. O que o sistema nervoso parassimpático faz é inervar as células nervosas do SNE, modula o funcionamento dessas células e assim se tem as modificações com relação ao músculo liso, secreções de hormônios do TGI.
 E o sistema nervoso simpático também vai inervar o SNE e os vasos sanguíneos. Então, ao contrário do parassimpático, ele pode inervar diretamente alguns vasos sanguíneos (diminuindo o fluxo sanguíneo, diminuindo o volume das secreções, inibindo os processos digestivos).
Pode acontecer 2 reflexos a partir do estímulo do bolo alimentar:
REFLEXO CURTO - O bolo alimentar passa na luz gastrointestinal, que irá se modificar mecanicamente. Os quimiorreceptores, mecanorreceptores ou osmorreceptores vão perceber esse estímulo. Percebendo isso, existe uma resposta que é desenvolvida pelo SNE, para o músculo liso e para glândula.
RESUMINDO... estímulo percebido no SNE e a resposta gerada no SNE.
REFLEXO LONGO – O bolo alimentar passa na luz gastrointestinal, que irá se modificar mecanicamente. Os quimiorreceptores, mecanorreceptores ou osmorreceptores vão perceber esse estímulo. O estímulo é percebido por neurônios aferentes do SNC, chega uma informação no SNC, em consequência tem uma eferência que modula o SNE levando uma resposta.
Há diversos neurotransmissores que participam dessa regulação, que são: Acetilcolina, Norepinefrina, Peptídeo Vasoativo Intestinal, Peptídeo Liberador de Gastrina, Encefalinas, Óxido Nítrico, Neuropeptídeo Y e Substância P.

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