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* * Prof. Ms. Joselito Neto Exame do Coração * * Semiotécnica Inspeção Palpação Ausculta Posição: decúbito dorsal sentado DLE tórax inclinado * * Inspeção e palpação Abaulamentos Ictus cordis Analise de movimentos visíveis/palpáveis Palpação de bulhas Pesquisa de frêmitos * * Ausculta cardíaca * * Foco Aórtico (valva aórtica): segundo espaço intercostal na linha paraesternal direita. * * Ausculta cardíaca * * Foco Pulmonar (valva pulmonar): segundo espaço intercostal na linha paraesternal esquerda. * * Ausculta cardíaca * * Foco tricúspide (valva tricúspide): borda esternal esquerda inferior * * Ausculta cardíaca * * Foco mitral (valva mitral): quinto espaço intercostal na linha hemiclavicular esquerda. * * Primeira Bulha A primeira bulha (B1) é um som de curta duração originado do fechamento das valvas atrioventriculares, mitral (M1) e tricúspide (T1). É melhor percebida com o paciente em decúbito dorsal, com o diafragma do estetoscópio nos focos mitral e tricúspide. É identificada por ser a bulha que coincide com o pulso carotídeo. * * Segunda Bulha A segunda bulha cardíaca (B2) é um som de curta duração, que é gerado pelo fechamento das valvas semilunares, aórtica (A2) e pulmonar (P2). É usualmente examinada com o paciente em decúbito dorsal, mas muitas vezes precisa-se examiná-la com o paciente sentado, por exemplo para avaliação de desdobramentos e do sopro da insuficiência aórtica. Para o exame, usa-se o diafragma do estetoscópio posicionado nos focos aórtico (A2) e pulmonar (P2). Ao exame, ela é a bulha que não coincide como impulso do pulso carotídeo. * * Segunda Bulha Normalmente, a ausculta de B2 no foco aórtico (A2) gera um som de maior intensidade do que quando ausculta-se B2 no foco pulmonar (P2), ou seja, o componente aórtico de B2 é normalmente mais intenso que o componente pulmonar, daí retira-se a “regra” A2>P2. Isso se explica porque as pressões que a valva aórtica suporta são muito maiores que aquelas presentes no lado pulmonar. Quando no exame encontra-se P2>A2 significa que a circulação pulmonar encontra-se com uma pressão muito aumentada, caracterizando um quadro de Hipertensão Arterial Pulmonar. * * Terceira Bulha A terceira bulha pode ser fisiológica ou patológica (quando há cardiopatia associada). Em ambos os casos ela ocorre na mesma fase do ciclo – o enchimento rápido. Essa fase é a primeira fase de enchimento ventricular, que ocorre logo após a abertura das valvas atrioventriculares. Ela torna-se audível e presente quando o sangue proveniente do enchimento rápido vibra na parede do ventrículo. * * Terceira Bulha Fisiológica Ocorre em crianças e adultos jovens. Devido à proximidade do coração com a parede torácica. Maior velocidade do sangue na fase de enchimento ventricular. o Isso ocorre pelo fato do coração desses indivíduos apresentar um maior gradiente de pressão entre átrio e ventrículo, o que culmina na passagem mais veloz de sangue para este. Importante: A B3 fisiológica é melhor audível com o indivíduo em decúbito lateral esquerdo. É característico o seu desaparecimento quando o paciente está de pé ou sentado. Caso continue presente, deve-se pensar em cardiopatia. * * Quarta Bulha Fim da diástole Normal em crianças/adolescentes Contração atrial / desaceleração do fluxo * * Manobras Auxiliares Muitas vezes, o examinador ficará em dúvida ao auscultar um determinado som cardíaco, de modo que não consiga diferencia-lo de um outro som, ou que seja necessário amplificar esse som auscultado. Para tal, o profissional lança mão da ausculta dinâmica, que se caracteriza pelo uso de diversas manobras como mudança de posição ou respiração para melhorar a acurácia do exame. * * Inspiração profunda Quando o paciente inspira, a pressão intratorácica diminui, o que aumenta o retorno venoso e consequentemente aumenta o volume no lado direito do coração, por isso, essa manobra amplifica os fenômenos oriundos destas câmaras cardíacas, por exemplo na Insuficiência tricúspide. * * Müller Uma variante da inspiração profunda, onde o paciente irá inspirar mas com o dedo indicador de uma das mãos na boca e a outra mão “tapando” o nariz. Será como se o paciente estivesse “chupando o dedo”. O resultado é o mesmo que o da inspiração, com a vantagem de se eliminar os ruídos respiratórios. É particularmente indicada nos pacientes com a respiração muito ruidosa. * * Valsalva É o contrário da inspiração profunda, onde o paciente fará uma expiração com a glote fechada ou contra algum obstáculo que impeça a saída de ar dos pulmões, como a mão do próprio paciente. Nesse caso, a pressão intratorácica aumenta e diminui o retorno venoso, o que diminui o volume em todas a cavidades do coração. Essa manobra diminui a intensidade de todos os sopros do coração, mas aumenta o sopro da cardiomiopatia hipertrófica e antecipa o click e prolonga o sopro do prolapso mitral. Essas alterações serão explicadas melhor nas aulas de Estenose Aórtica e Insuficiência Mitral. Essa manobra é contraindicada no paciente com Síndrome coronariana ou Insuficiência Cardíaca. * * Mudança de posição do paciente de deitado para ortostático ou de cócoras para em pé Ambas as manobras reduzem o retorno venoso e portanto diminuem todos os sopros do coração, com exceção do sopro da cardiomiopatia hipertrófica e do prolapso mitral, que irão sofrer a mesma influência da manobra de Valsalva. * * Mudança de posição do paciente de em pé para cócoras Causa aumento do retorno venoso, aumentando o volume em todas as cavidades cardíacas, o que acentua ou não altera todos os sopros do coração, mas diminui o sopro da cardiomiopatia hipertrófica e atrasa o click e o sopro do prolapso mitral. * * Elevação passiva dos membros inferiores do paciente Aumenta o retorno venoso para o lado direito do coração, de modo que amplifica o fenômenos oriundos dessas câmaras. Por aumentar o volume no ventrículo esquerdo, essa manobra causa a diminuição no sopro da cardiomiopatia hipertrófica. * * Exercício isométrico Caracterizado pelo handgrip; pede-se para o paciente cerrar os punhos fortemente, isso aumenta a resistência vascular periférica, o que aumenta os sopros gerados no lado esquerdo do coração, com exceção do sopro da estenose aórtica. Isso explica-se pelo fato do aumento da pré-carga, diminuir a saída de sangue do ventrículo esquerdo, de modo que diminui a intensidade do sopro da estenose aórtica. Está contraindicado na doença coronariana. * * Exercício isotônico Caracterizado pela repetição de um exercício, como fazer polichinelos; isso aumenta o fluxo sanguíneo, o que aumenta os sopros originados do lado esquerdo do coração. * * Utilização de drogas vasoativas Caracteriza-se pelo uso de drogas vasoconstrictoras ou vasodilatadoras para estudo dos respectivos efeitos. Devido à insegurança da administração dessas drogas nos paciente e pela efetividade dos outros métodos, são muito pouco utilizadas. * * Ausculta cardíaca normal * * Estenose mitral * * Estenose aórtica * * Estenose pulmonar * * Insuficiência mitral * * Insuficiência Aórtica * * PCA * * CIV * *
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