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Feridas e Curativos

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10 de outubro de 2018 
Feridas e Curativos 
- É muito importante, para o paciente, analisar o contexto geral no qual ele se encontra e não apenas fazer o curativo, 
pois alguns outros fatores, como a nutrição e alguns medicamentos, podem interferir no processo de cicatrização. 
- Em geral, os curativos vão ser importantes para a manutenção e prevenção de infecções nos locais das ferida. 
- Quando temos uma lesão que gera uma 
perda da integridade da pele, podemos 
ter um comprometimento em varios 
níveis, e são esses níveis de lesão que 
classificam as feridas. 
 
- A ferida é qualquer interrupção da integridade da pele, levando ao comprometimento de diferentes camadas, 
podendo, então, ser mais profunda ou superficial, fechada ou aberta, simples ou complexas, aguda ou crônica, 
intencional, como as cirúrgicas, ou as não intencionais, como as causadas por acidentes, traumáticas, ou de doenças 
de base. 
- Sabendo disso, a primeira etapa para a classificação da 
ferida é saber sua etiologia, ou seja, se foi acidental ou 
traumática, intencional ou cirúrgica, iatrogênicas ou por 
causas externas, para, no final, saber qual o melhor 
tratamento indicado para a paciente. 
Obs: Feridas iatrogênicas são causadas por tratamentos ou 
procedimentos mal executados, gerando um dano para o 
paciente. 
HABILIDADES MÉDICAS - DANIELA GERMANO !1
-Quanto à evolução, as feridas podem ser classificadas 
como agudas ou crônicas. As feridas agudas são 
geradas, na sua maioria, por algum trauma. Já as 
feridas crônicas são feridas que tem uma longa duração 
e, mesmo quando tratadas, tendem a voltar, pois não 
são consequências de um descuido com o curativo, mas 
de uma doença de base, como uma hipertensão arterial, 
doença venosa crônica ou diabetes. 
- Quanto a presença de infecção, as feridas 
podem ser classificadas como: limpa, limpa 
contaminada, contaminada e infectada. 
- É importante ressaltar que toda ferida que 
vamos tratar, independente se ela está 
contaminada, com presença de pus ou secreção, 
deve ser tratada com técnica asséptica, como 
uma forma de tentar reduzir o número de 
infecções locais pois, muitas vezes, a ferida ja 
está contaminada por si só. Sabendo disso, 
como médicos, quando nos deparamos com 
algum paciente que possui uma ferida crônica e 
resistente ao tratamento, precisamos fazer um 
swab da ferida para saber qual medicamento o 
paciente deve utilizar, pois só realizar os 
curativos não será eficiente. 
- As lesões podem ser suturadas em até 6h 
após a lesão. Passado esse período, a sutura 
pode oferecer riscos a saúde do paciente, pois é 
muito provável que a ferida ja esteja contaminada. 
 
-Quanto ao comprometimento tecidual 
da ferida, elas podem ser classificadas em 
4 estágios, sendo que a ferida diabética é 
classificada até o estagio 3. 
- O primeiro estagio leva a um 
comprometimento tecidual apenas da 
epiderme. No estagio 2 temos lesão da 
epiderme e da derme. No terceiro, além 
d e s s e s d o i s t e c i d o s , t e m o s o 
comprometimento do tecido subcutâneo. 
Por fim, o estagio quarto é tão profundo 
que atinge todos os demais tecidos, além 
da fáscia muscular com exposição óssea. 
- É importante lembrar que a ferida não 
cicatriza de fora para dentro, mas de 
dentro para fora. 
HABILIDADES MÉDICAS - DANIELA GERMANO !2
- Para saber, de acordo com a profundidade, 
qual o estagio da ferida que vamos analisar, 
podemos utilizar uma régua. Com essa régua, 
podemos acompanhar o proces so de 
cicatrização, analisar a profundidade e o 
diâmetro da ferida e ver se ela está se fechando. 
Outra forma de acompanhar o processo de 
cicatrização é por meio de fotografia, mas é 
muito importante que a foto seja tirada com a 
mesma técnica, mesmo ângulo, mesma 
iluminação e mesma distância. As feridas 
também podem ser avaliada por meio da 
instilação, que é um processo que consiste em 
injetar com uma seringa 5ml de soro fisiológico dentro da ferida, e anotar no prontuário quanto de soro entrou por 
completo na ferida. Depois de 15 dias esse processo é repetido e, se não for possível injetar a mesma quantidade de 
soro antes injetada, isso nos indicará que a ferida não está tão profunda e que o processo de cicatrização está 
ocorrendo. 
-No estágio 1 é possível notar a hiperemia, com um leve 
comprometimento da epiderme. Esse é o inicio de uma úlcera, ou 
seja, se não for tratada vai evoluir para os próximos estágios. 
 
- A imagem ao lado mostra uma ferida em estágio 2. É 
interessante observar que o que caracteriza o estagio de uma 
ferida não é seu tamanho, mas sua profundidade. Nesse caso a 
ferida é pequena mas gerou uma perda na integridade da 
epiderme e da derme. 
 
- As imagens ao lado mostram feridas em estágio 3, 
com comprometimento da epiderme, derme e tecido 
subcutâneo. Apesar de possuirem tamanhos de 
bordas diferente, são classificadas no mesmo estágio 
por possuirem a mesma profundidade. 
-Quando falamos que a ferida possui bordas 
maceradas, nos referimos a borda esbranquiçada da 
lesão. Para que seja possível uma ferida se fechar, as 
bordas precisam ter força de tensão para se 
HABILIDADES MÉDICAS - DANIELA GERMANO !3
aproximar e crescer. Se essas bordas forem mantidas muito úmidas, elas perdem essa força de tensão maceram e 
rompem, aumentando ainda mais o diâmetro da ferida. Sendo assim, quando as feridas estão muito grandes, evita-
se deixá-las úmidas e utiliza-se uma quantidade precisa de medicamentos para que não ocorra esse processo de 
maceração. Da mesma forma, quando a ferida possui muita secreção/exsudado a recomendação é que a troca de 
curativos deve ser feita com uma maior frequência, para manter a ferida bem sequinha. 
- Quando a borda possui um diâmetro muito grande, ela passa pelo processo de cicatrização, mas não ocorre a 
aproximação das bordas, sendo necessária a realização de enxerto. 
OBS: O enxerto só pode ser realizado após o processo de cicatrização, quando o medico tem certeza que o 
paciente não possui nenhum tipo de infecção, caso contrario o paciente pode rejeitar o implante. 
-O tecido vermelho da imagem é chamado de tecido de granulação 
desvitalizado. O tecido de granulação é um tecido bem avermelhado 
e indica que está havendo um processo de cicatrização no local. Já o 
tecido amarelo caracteriza a necrose de liquefação. 
- Os grandes queimados possuem muita fibrina. Sendo assim, se essa 
ferida não for limpa, ela evolui para necrose de liquefação, que é essa 
necrose amarelada. Quando não há a limpeza dessa necrose amarela 
ela evolui para a necrose coagulativa, que é preta, compacta e seca, e 
muito desfavorável para o processo de cicatrização. 
- É muito importante saber classificar as feridas quanto a sua coloração, para saber qual a melhor forma de 
tratamento para o paciente. Por exemplo, a ferida coagulativa deve ser tratada com um medicamento cicatrizante, 
para favorecer a cicatrização, pois esse é um tecido vascularizado e em processo de reconstituição. Não devemos 
usar um desbridante nesse tecido vermelho, uma vez que esse produto vai destruir o tecido viável. Há alguns anos 
atrás, acreditava-se que o melhor tratamento para feridas era "fazer sangrar”, hoje sabemos que isso leva à morte do 
tecido de granulação, retardando o processo de cicatrização. 
- O Swab é importante para descobrir se há algum microorganismo patogênico na ferida, muitas vezes 
alterando a coloração (verde/marrom), odor característico e secreção. 
-A escala de Braden, utilizada por 
profissionais da saude, serve para indicar 
o nível de comprometimento do paciente 
e avaliar o risco para o desenvolvimento 
de escaras (ulceras de pressão/decúbito), 
permitindo que o profissional saiba quais 
os cuidados primordiais com cada 
paciente. 
HABILIDADES MÉDICAS - DANIELA GERMANO !4
- As feridas crônicas têm uma tendenciaa causar 
deformidades ósseas, seja devido a uma osteomielite ou por 
causa da situação mais debilitada do paciente que o 
impossibilita de andar ou ele anda com mais dificuldade, 
fazendo mais força em uma perna. 
 
- Para avaliar uma ferida é preciso analisar seu 
tamanho, localização anatômica, sua profundidade, 
se suas bordas são planas ou irregulares e se 
possuem secreção/exsudado. 
 
-A secreção pode ser do tipo transparente (secreção do próprio 
organismo), purulenta (com pus), sanguinolenta, com odor fétido ou não, 
e a colocação pode ser verde, amarela, marrom ou preta. 
- A classificação de odor é muito importante pois feridas arteriais, 
venosas, diabéticas e traumáticas possuem odores característicos. 
 
- Existe uma classificação internacional, baseada na avaliação 
visual, que avalia as cores das feridas, classificando-as em 
vermelha, amarela ou preta. 
HABILIDADES MÉDICAS - DANIELA GERMANO !5
- Na ferida vermelha, temos um tecido vitalizado, portanto, o objetivo é favorecer a cicatrização, mantendo o 
ambiente da ferida úmido (a umidade é necessária para favorecer o processo de cicatrização, nas etapas de 
maturação, cicatrização e proliferação) e depois manter as bordas secas, cuidando da perilesão. Como essa ferida 
possui um tecido de granulação, ela deve ser lavada com soro fisiológico e tratada com um produto cicatrizante. 
Obs: toda ferida deve ser lavada com soro fisiológico, inicialmente, para retirar os resíduos da ferida do dia 
anterior e depois ser tratada com o melhor produto de acordo com a indicação de cor de cada ferida. 
- A ferida amarela possui fibrina, então, para tratá-la, precisamos desbrida-la. Esse método pode ser feito no 
leito do paciente. Entretanto, devemos ser cautelosos pois, se a ferida for muito grande e profunda o paciente vai 
sentir muita dor, por isso devemos prescrever um analgésico 40min antes do procedimento. Depois disso, realizamos 
o desbridamento mecânico, que consiste em pega um bisturi e limpar a ferida. Além do desbridamento mecânico, 
também temos o cirúrgico, que consiste em sedar o paciente e aplicar a técnica no ambiente cirúrgico. Por fim, 
temos o desbridamento enzimático, com a utilização de fármacos específicos. 
- A ferida preta apresenta necrose, com formação de escaras espessas e necessita de remoção, pois a cicatrizacao 
não ocorre por cima do tecido com necrose coagulativa. 
- Nós avaliamos as feridas de vermelho à preto, mas na 
hora de tratar precisamos tratar da preta para a vermelha. 
Portanto, devemos sempre proteger a ferida vermelha, 
limpar a amarela e desbridar a preta, se não limparmos a 
amarela, corre o risco dela evoluir para a preta. 
 
-É muito difícil tratar as feridas muito grandes, pois na maioria das vezes 
ela possui muita secreção, mantendo a ferida muito úmida, mais propensa 
à aumentar cada vez mais. 
HABILIDADES MÉDICAS - DANIELA GERMANO !6
 
-Nesse tipo de necrose, não adianta utilizar nenhum tipo de 
medicamento cicatrizante. A melhor medida é retirar toda esse tecido 
necrosado no centro cirúrgico e reiniciar o processo de cicatrização. 
OBS: o tecido adulto não se reintegra 100% após uma ferida. Sendo 
assim, é muito comum acharmos um tecido fino, avermelhado e 
brilhante nos idosos, isso significa que aquela região ja possuiu uma 
ferida de profundidade, que ja cicatrizou mas não alcançou 100% da 
integridade da pele e, por conta disso, essa região é mais sensível e pode 
facilmente se lesionar novamente. 
- A necrose de coagulação é muito comum em pacientes 
diabéticos e a ferida pode se iniciar com uma lesão na unha e evoluir 
para esse tipo de necrose. 
 
- Estudaremos os curativos fechados, pois, no 
ambiente hospitalar, não é viável deixar a 
ferida aberta, mas existem alguns casos em que 
é indicado fazer curativo com a ferida exposta, 
pois, as vezes, a ferida abafada pode retardar o 
processo de cicatrização. 
-A técnica realizada é uma técnica estéril. A 
luva não é, mas todo o restante do material 
tem que ser, caso não haja nenhuma pinça 
estéril, a luva precisa ser. 
 
HABILIDADES MÉDICAS - DANIELA GERMANO !7
- Devemos manter a ferida úmida no caso de feridas nas quais houve perda da integridade da pele. Feridas de 
incisão cirúrgica, por exemplo, não deve ficar úmida. Pois a cicatrização depende da aproximação, união, e adesão 
das bordas. Se mantivermos a ferida úmida, retardamos esse processo. 
- Entretanto, feridas com perda da integridade da pele precisam ser mantidas úmidas, pois a cicatrização ocorre 
de dentro o fora. 
- O curativo deve ser retirado sem trauma. Muitas vezes, as feridas abertas sangram ou possuem muita 
secreção, então, o curativo fica grudado na ferida. Para retirar o curativo sem causar nenhum trauma, devemos 
jogar soro fisiológico, umedecendo o local, para depois retirar o curativo lentamente. 
- Devemos sempre fazer o registro das feridas no prontuário. 
Colocando a data, horário e os detalhes da ferida. 
 
- Quando a ferida é limpa, com bordas bem 
próximas, como nas incisões cirúrgicas, ela possuiu 
uma primeira intenção de cicatrização. Nesse caso, 
é preciso juntar as bordas, fazer a sutura, manter 
sempre limpo com álcool 70% para diminuir os 
riscos de infecções. Esse tipo de ferida cicatriza de 7 
a 10 dias. 
- As feridas de segunda intenção são feridas que 
geraram uma perda da integridade da pele e possui 
sinais de infecção. Esse tipo de paciente é tratado, 
mas não se recomenda realizar a sutura. 
- As feridas de terceira intenção são feridas que 
possuem algum fator que retarda o processo de 
cicatrização, como a alimentação, usos de 
medicamentos etc. Em geral, são essas feridas que 
exigem a utilização de dreno. 
 
-Na imagem ao lado possuímos fatores que podem 
prejudicar o processo de cicatrização. o paciente, por 
exemplo, que possui uma ferida do lado direito, não 
pode ficar deitado do lado direito, pois a pressão 
exercida no local vai interferir na cicatrização. 
Ambientes secos para feridas abertas, também retardam 
o processo de cicatrização pois a ferida deve se manter 
úmida. 
Eliminações fisiológicas, como pacientes acamados, com 
dores, que urinam varias vezes na ferida (nesse caso o 
paciente precisa utilizar uma sonda vesical, para 
favorecer a cicatrização). 
HABILIDADES MÉDICAS - DANIELA GERMANO !8
- Os medicamentos responsáveis por retardar o processo de 
cicatrização são, principalmente, aqueles que causam 
imunossupressão. 
 
- O curativo primário realizado acima não deve ter sido realizado no leito do paciente, mas em ambiente 
cirúrgico, pois no leito não é realizado esse campo (técnica mais asséptica). 
- No curativo primário, a gaze fica em contato com a ferida e o produto. Depois de realizar o curativo primário, 
fazemos o curativo secundário, que consiste em colocar um algodão mais seco acima do curativo primário e fechar 
com atadura. 
- O uso de esparadrapo depende do tempo que o paciente vai usar o curativo e a frequência para a troca dele, 
pois o esparadrapo pode causar lesões na pele e alergias, piorando a cicatrização. 
HABILIDADES MÉDICAS - DANIELA GERMANO !9

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