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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
 
NOMOFOBIA: UMA SÍNDROME NO SÉCULO XXI 
 
 
LUANA DE ANDRADE PINHEIRO BORGES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2015 
 
 
LUANA DE ANDRADE PINHEIRO BORGES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
NOMOFOBIA: UMA SÍNDROME NO SÉCULO XXI 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Coordenação do curso de graduação em 
Administração da Universidade Federal do Rio 
Grande do Norte, como requisito parcial para a 
obtenção do título de Bacharel em Administração. 
 
Orientadora: Prof
a
. Ma.Thelma Pignataro 
 
 
 
 
 
 
NATAL/RN 
2015 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Catalogação da Publicação na Fonte. 
UFRN / Biblioteca Setorial do CCSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Borges, Luana de Andrade Pinheiro. 
 Nomofobia: uma síndrome no século XXI/ Luana de Andrade 
Pinheiro Borges. – Natal, RN, 2015. 
 69f. 
 Orientador: Prof.ª Me. Thelma Pignataro. 
 Monografia (Graduação em Administração) – Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte. Centro de Ciências Sociais Aplicadas. 
Departamento de Ciências Administrativas. 
 1. Administração – Monografia. 2. Tecnologia da informação – 
Monografia. 3. Nomofobia - Síndrome no século XXI - Monografia. 4. 
Saúde - Uso abusivo do celular – Monografia. I. Pignataro, Thelma. II. 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. III. Título. 
RN/BS/CCSA CDU 658:004:621
 
 
 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE 
CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS 
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS 
CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO 
 
 
 
LUANA DE ANDRADE PINHEIRO BORGES 
 
 
 
NOMOFOBIA: UMA SÍNDROME NO SÉCULO XXI 
 
 
 
 
Monografia apresentada e aprovada em 09/12/2015, pela banca examinadora composta pelos 
seguintes membros: 
 
______________________________________ 
Profª M. Sc. Thelma Pignataro 
Orientadora 
 
_______________________________________ 
Profº M. Sc. Francisco de Assis Medeiros 
Examinador 
 
________________________________________ 
Profº M. Sc. Ruan Costa 
Examinador 
 
Natal, 09 de Dezembro de 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Dedico este trabalho a minha querida mãe que 
sempre lutou e buscou oferecer uma excelente 
educação acompanhado de muito amor e carinho. 
 
 
 
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Primeiramente a Deus, por ser tão justo e bom, cuidando de mim e fortalecendo meu 
ser em todos os dias de minha vida. 
Ao meu Santo Expedito, capaz de resolver tudo aquilo que não consigo. 
Em especial a minha mãe, por ter se dedicado tanto a mim com o seu afeto e seu doce 
carinho. 
À Universidade Federal do Rio Grande do Norte, tão sonhada e almejada por mim, e 
que conseguiu superar todas as minhas expectativas. 
 Ao meu noivo, Fábio Henrique P. Cabral, por suportar e me ajudar todos os finais de 
semana na conclusão do meu curso. 
A minha madrinha, Adriana Seabra, que me ajudou no momento em que mais precisei; 
e a Heitor Marinho por tornar meus domingos melhores. 
A Dayllane Carvalho, por me dar tanta força e me fazer acreditar em minha 
capacidade nessa monografia. 
A minha orientadora, que me ajudou e me incentivou neste trabalho e se tornou uma 
amiga para mim neste momento de conclusão de curso. 
Enfim, a todos que direta ou indiretamente contribuíram e torcem por meu sucesso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
RESUMO 
 
Com base na fundamentação teórica, por ser um assunto recente e recorrente na mídia nos 
dias atuais, e na percepção da pesquisadora em ter notado o uso abusivo dos celulares, 
observou-se a necessidade de explorar a temática nomofobia. Dando ênfase aos sintomas da 
síndrome, para alertar os leitores dos prejuízos a saúde física e mental. Para melhor recorte do 
tema, o estudo é exploratório-descritivo, tendo como objetivo geral analisar a síndrome entre 
os estudantes de graduação do Centro de Ciências Sociais Aplicadas, da Universidade Federal 
do Rio Grande do Norte. E como objetivos específicos: identificar o perfil socioeconômico 
dos entrevistados; determinar o curso mais comprometido pela síndrome; assim como, quais 
sintomas da síndrome são mais presentes no CCSA-UFRN. Como tratamento estatístico, 
utilizou a análise multivariada (teste qui-quadrado, nível de significância, p - valor e software 
R). Os dados obtidos foram digitados e armazenados no Excel versão 2010. Além disso, foi 
criado uma escala para os cinco sintomas da síndrome Nomofobia: segurança e excitação, 
relevância, tolerância, abstinência e conflitos na vida real; a fim de identificar se as variações 
presentes no trabalho (sexo, idade e curso) eram detentores da doença psicológica. Após a 
análise dos dados, verificou-se que os seguintes aspectos se sobressaem: maioria da amostra 
do sexo masculino, com idades que variam entre os anos 1978 a 1994 e renda média salarial 
de até três salários mínimos. Dentre os sintomas físicos associados às variáveis, observa-se 
que não existe relação entre o sexo e o sintoma relevância. Por sua vez, relacionando ano em 
que nasceu com os sintomas, nota-se a presença de todas as dimensões citadas. Em relação ao 
curso, o sintoma relevância também não está presente entre os entrevistados. Por fim, é 
importante destacar que o curso com maiores índices de sintomas está presente na graduação 
em Turismo; por sua vez, a graduação em tecnólogo em gestão de cooperativas apresenta os 
índices de sintomas mais baixo. 
 
Palavras-chave: nomofobia, sintomas, síndrome, saúde. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
Based on the theoretical foundation, being a recent and recurring theme in the media today, 
and perception of the researcher to have noticed the misuse of mobile phones, there is a need 
to explore the Nomophobia theme. Emphasizing the symptoms of those who have the 
syndrome to alert readers of harm to physical and metal health. To better study Subject 
Cropping is exploratory and descriptive to a survey to analyze the syndrome among the 
graduate students of the Center for Health Sciences, Federal University of Rio Grande do 
Norte with mobile devices - smartphones. Having thus, the following objectives: determine 
the most committed course for the syndrome;identify the socioeconomic profile of 
respondents and identify syndrome symptoms are more present in the CCSA / UFRN. For the 
statistical analysis we used the multivariate analysis (chi-square test, significance level, value 
- eg R software). Data were entered and stored in Excel version 2010. In addition, a range for 
the five symptoms of Namophobia syndrome was created: security and excitement, relevance, 
tolerance, withdrawal and conflicts in real life; in order to identify whether changes in the 
labor (gender, age and course) were holders of psychological illness. After analyzing the data, 
it was found that the following stand out: Most of the male sample, with ages ranging 
between the years 1978 to 1994 and average wage income up to three minimum salaries. 
Among the physical symptomsassociated variables, it is noted that there is no relationship 
between sex and symptom relevance. In turn, relating year you were born with the symptoms, 
there is the presence of all these dimensions. Regarding the ongoing relevance also the 
symptom is not present among respondents. Also, it is important to note that the course with 
higher rates of symptoms is a graduate in Tourism, ep lowest level is the technologist in 
cooperative management. 
 
Keywords: Nomophobia, symptoms , syndrome, health. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O mais importante não é conquistar a vitória, e 
sim merecê-la.” 
Apócrifo 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
Tabela 1: Classificação dos níveis dos sintomas.............................................................. 34 
Tabela 2: Gênero do entrevistado.................................................................................... 36 
Tabela 3: Ano de nascimento.......................................................................................... 37 
Tabela 4: Renda média da família.................................................................................... 38 
Tabela 5: Curso............................................................................................................... 39 
Tabela 6: Você possui Smartphone? ................................................................................ 40 
Tabela 7: Quantos você possui? ...................................................................................... 41 
Tabela 8: Gênero/nível de excitação e segurança............................................................ 42 
Tabela 9: Gênero/nível de relevância................. ............................................................. 43 
Tabela 10: Gênero/nível de tolerância.............................................................................. 43 
Tabela 11: Gênero/nível de abstinência........................................................................... 43 
Tabela 12: Gênero/nível de conflito................................................................................ 43 
Tabela 13: Ano que nasceu/nível de excitação e segurança............................................ 44 
Tabela 14: Ano que nasceu/nível de relevância.............................................................. 44 
Tabela 15: Ano que nasceu/nível de tolerância............................................................... 44 
Tabela 16: Ano que nasceu/nível de abstinência............................................................. 45 
Tabela 17: Ano que nasceu /nível de conflito.................................................................. 45 
Tabela 18: Curso/nível de excitação e segurança.......................................................... 45 
Tabela 19: Curso/nível de relevância............................................................................. 46 
Tabela 20: Curso/nível de tolerância............................................................................. 46 
Tabela 21: Curso/nível de abstinência........................................................................... 47 
Tabela 22: Curso/nível de conflito................................................................................. 47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1: Vendas no Brasil............................................................................................. 15 
Gráfico 2- Gênero dos entrevistados................................................................................. 37 
Gráfico 3- Ano que nasceu............................................................................................... 38 
Gráfico 4- Renda média.................................................................................................... 39 
Gráfico 5- curso................................................................................................................ 40 
Gráfico 6- Possui Smartphone?........................................................................................ 41 
Gráfico 7- Quantos Smartphones você possui?................................................................ 42 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1: Alunos dos cursos de graduação do CCSA....................................................... 16 
Quadro 2: Seis sintomas.................................................................................................... 27 
Quadro 3: Recomendações para o uso do celular em sala de aula................................... 29 
Quadro 4: Liberar ou banir o uso do celular...................................................................... 30 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LISTA DE FIGURAS: 
 
Figura 1: Estratégia utilizada pelo CCSA........................................................................... 17 
Figura 2: As cinco dimensões............................................................................................. 18 
Figura 3: Ano que nasceu/excitação e segurança................................................................ 48 
Figura 4: Curso/excitação e segurança................................................................................ 49 
Figura 5: Gênero/relevância................................................................................................ 50 
Figura 6: Ano que nasceu/relevância.................................................................................. 51 
Figura 7: Curso/relevância.................................................................................................. 52 
Figura 8: Curso/tolerância .................................................................................................. 53 
Figura 9: Ano que nasceu/abistinência................................................................................ 54 
Figura 10: Curso/abistinência............................................................................................. 55 
Figura 11: Ano que nasceu/conflito................................................................................... 56 
Figura 12: Curso/ conflito.................................................................................................. 57 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................... 13 
1.1 Tema e delimitação do tema.......................................................................................... 14 
1.2 Caracterização da Organização...................................................................................... 15 
1.3 Problema da Pesquisa..................................................................................................... 18 
1.4 Objetivos do Estudo....................................................................................................... 19 
1.4.1 Geral............................................................................................................................ 19 
1.4.2 Específicos.................................................................................................................. 19 
1.5 Justificativa do estudo....................................................................................................19 
2 REFERENCIAL TEÓRICO.......................................................................................... 20 
2.1 Tecnologia da informação.............................................................................................. 20 
2.2 A evolução dos aparelhos móveis.................................................................................. 23 
2.3 Nomofobia e seus sintomas............................................................................................ 24 
2.4 O uso demasiado do celular em sala de aula relacionado à gestão educacional............ 28 
2.4.1 Um mundo mágico...................................................................................................... 31 
3 METODOLOGIA........................................................................................................... 32 
3.1Caracterização da pesquisa............................................................................................. 32 
3.2 População e amostra....................................................................................................... 33 
3.3 Instrumentos e coleta de dados...................................................................................... 33 
3.4 Tratamento estatístico e forma de análise..................................................................... 34 
3.4.1 Teste Qui-Quadrado.................................................................................................... 34 
3.4.2 Nível de significância................................................................................................. 35 
3.4.3 Valor-p ou p-valor...................................................................................................... 35 
3.4.4 Software.................................................................................................................... 
4 RESULTADOS............................................................................................................... 
35 
36 
4.1 Associações.................................................................................................................... 43 
4.2 Análise de correspondência............................................................................................ 48 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................................... 58 
REFERÊNCIAS................................................................................................................... 60 
APÊNDICES........................................................................................................................ 66 
 
 
 
 
 
 
 
APRESENTAÇÃO 
 
Toda atividade prazerosa tem um potencial aditivo, porém somente aquelas não 
aprovadas socialmente representam dependências em vez de serem vistas como hábitos. A 
Nomofobia passou a ser considerada como doença psicológica há pouco tempo. 
O que antes passava despercebido, por ser uma situação corriqueira da maioria das 
pessoas durante o dia, atualmente é notícia recorrente entre os meios de comunicação. A partir 
desse ponto, o pesquisador observou que no dia a dia durante a sala de aula, são poucos os 
professores que conseguem reter a atenção dos alunos, no conteúdo que está sendo exibido. É 
tarefa quase impossível trazê-los de volta desse mundo fantasioso e distante que o dispositivo 
móvel proporciona. 
Além disso, as pesquisas científicas sobre o assunto são recentes e muitas pessoas 
desconhecem e/ou não se classificam como um nomofóbico. Dessa forma, a pesquisa tem por 
objetivo analisar a síndrome entre os estudantes de graduação do CCSA/UFRN, assim como, 
identificar o perfil socioeconômico dos entrevistados, determinar o curso mais comprometido 
pela síndrome; e quais sintomas da síndrome - excitação e segurança, relevância, abstinência, 
tolerância e conflito (INSTITUTO DELETE, 2015) são mais presentes entre os entrevistados. 
Para melhor exposição do tema foi definido cinco tópicos para o referencial teórico. O 
primeiro, “tecnologia da informação”, teve como papel principal mostrar sua evolução, assim 
como, aplicações para fins administrativos. O segundo tópico, “a evolução dos aparelhos 
móveis”, buscou exemplificar o desenvolvimento dos celulares, expondo as diversas 
funcionalidades que surgiram com o passar dos anos. O terceiro, “nomofobia e seus sintomas” 
exemplificou o desenvolvimento da síndrome, classificou sintomas e expôs estudos 
científicos sobre o caso. 
O quarto, “o uso demasiado do celular em sala de aula relacionado à gestão 
educacional” propôs alternativas para que o uso exacerbado do telefone móvel, por parte dos 
alunos, pudesse ser convertido pelos professores em aprendizagem. Além disso, nesse tópico 
pode ser observado alternativas contra e à favor da usabilidade da ferramenta. Por fim, o 
quinto tópico, “um mundo mágico”, demonstra o quão os celulares são encantadores, através 
da busca da realidade em situações virtuais. 
 
 
13 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
Seja em casa, na escola, no caminho para o trabalho, ou até mesmo em um momento 
de maior privacidade, celulares e tablets complementam cada vez mais o aparato mínimo de 
sobrevivência moderna. As lembranças se confundem, e o virtual acaba sendo real. Ou 
melhor, o real acaba sendo virtual. Afinal, quantos episódios interessantes já aconteceram na 
vida das pessoas em apenas um clique? Esses dispositivos são tão valorizados na área da 
informação que o uso excessivo deles tem causado uma série de problemas psicológicos. Mas 
esse problema não se desenvolveu à toa. Antes as funcionalidades dos aparelhos celulares 
eram restritas. Atualmente com o surgimento dos Smartphones, diversas funções foram 
reinventadas e outras surgiram para encurtar tempo e distância; assim como, possibilitar maior 
flexibilidade e interação entre as pessoas; informar em tempo real endereços, opções de lazer, 
ou até mesmo pagamento de boleto através dos aplicativos de transações bancárias. Chegou a 
era digital. Tudo isso em decorrência da tecnologia. É a vida profissional e pessoal na palma 
da mão em um único dispositivo. 
Se por um lado a facilidade as ferramentas de informações trouxeram vários 
benefícios, já que a internet é algo inegavelmente útil, por outro o uso demasiado desses 
dispositivos vem preocupando muita gente e sendo caso de estudo entre as universidades em 
diversos países. A Nomofobia, ou seja, o medo de ficar sem celular e/ou tecnologia cresce a 
cada dia de forma rápida entre crianças, jovens e adultos. Para os indivíduos mais jovens a 
tecnologia começa a ser como ar: essencial, porém invisível (TAPSCOTT, 2010). Apesar do 
cigarro e o álcool levar a fama de vilão o que vem preocupando os estudiosos é a “dificuldade 
de desligar”. De acordo com a revista eletrônica Isto é (2013) essa dificuldade de desconectar 
já virou transtorno psicológico que vem avançando e disseminando-se no mundo. O IAD 
(Internet Addiction Disorder) é a sigla em inglês criada para aqueles que possuem um 
distúrbio de dependência em internet. De acordo com a publicação, os entrevistados 
apresentaram sintomas de abstinência no mesmo grau que os apresentados por dependentes 
em droga ou em jogo, de quando privados do objeto de sua compulsão (ISTO É, 2013). 
Com as diversas funções presentes no aparelho móvel a presença física se confunde, e 
a facilidade que a tecnologia proporciona acaba tornando ação rotineira. Power, pensando na 
dificuldade que muitos sentem em ficar sem internet, propõe que seja considerado um 
convívio: 
 
14 
 
“Entendemos aos poucos, de uma forma visceral alto custo 
de estar sempre conectado. Ao mesmo tempo, como agora 
estávamos distantes costumeira, demos valor a suautilidade e passamos a aproveitá-la melhor.” (Powers, 2012, 
p. 200). 
 
O mundo real acaba se entrelaçando com o virtual e passam a ser vividos 
simultaneamente. De acordo com Lévy (2010) “é virtual toda entidade ‘desterritorializada’, 
capaz de gerar diversas manifestações concretas em diferentes momentos e locais 
determinados, sem, contudo estar ela mesma presa a um lugar ou tempo em particular” 
(LÉVY, 2010, p. 54). 
Dessa forma, com base nos conceitos vistos e com o intuito de contribuir com os 
estudos na área de ensino da Administração, este trabalho busca analisar se a Nomofobia está 
presente entre os alunos em graduação do CCSA – Centro de Ciências Sociais Aplicadas - da 
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Observando assim, se os entrevistados 
possuem sintomas que possam detectar a síndrome. Para que isso ocorra, conforme trata 
Beuren (2008) a metodologia adotada é a exploratório-descritiva, uma vez que busca 
aprofundar os conhecimentos junto aos materiais já existentes sobre o assunto e descrever as 
características da população foco do estudo. A realização da pesquisa contou com a 
elaboração de um instrumento de coleta entre os dias 16 e 26 de outubro de 2015, sendo 
entrevistados 353 estudantes. 
 
1.1 TEMA E DELIMITAÇÃO DA PESQUISA 
 
Neste cenário atual de facilidade de conexão contínua, os desejados Smartphones – 
celulares com diversas funcionalidades que podem ser estendidas por meio de programas 
executados em um sistema operacional (OS), chamados de apps - passam a ser utensílio 
obrigatório entre as pessoas. Segundo dados divulgados pela ANATEL (Agência Nacional de 
Telecomunicações) o Brasil terminou Julho de 2015 com 281,5 milhões de celulares e 
densidade de 137,65 cel/100 hab. Além disso, o mês de Julho de 2015 apresentou adições 
líquidas de um milhão de celulares. (TELECO, 2015). Esses dados só confirmam o que já é 
notório e bastante frequente: independente do objetivo, seja ele para trabalhar, pesquisar, 
jogar, fazer amigos, realizar pagamentos, se promover; o celular tornou-se ferramenta 
indispensável na vida da população. Dados da Anatel apontam que este ano a IDC 
(International Data Corporation) Brasil espera a venda de cerca de 63,3 milhões de aparelhos 
em 2015. O estudo da IDC aponta também que o número fique entre 30% e 35% de aparelhos 
15 
 
vendidos em 2015. (TELECO, 2015). O Gráfico1 mostra o resultado de vendas no Brasil do 
uso dos Smartphones comparado com os celulares tradicionais entre 2011 a 2014. 
 
Gráfico 1:Vendas de celulares no Brasil, 2011-14 (em milhões de unidades) 
 
Fonte: TELECO, 2014. 
 
A influência das tecnologias digitais de informação e comunicação proporciona um sedutor 
mundo digital através de telas e cria a ilusão de um refúgio considerado como “ideal” em um 
ambiente distante, levando muitos casos a várias doenças psicológicas, como a nomofobia. De 
acordo com Powers (2012), “a melhor criatividade humana só se manifesta quando há espaço e 
tempo mental para pegar um pensamento novo e segui-lo para onde quer que ele leve. No mundo 
das telas, elas seriam “instrumentos de liberdade, crescimento, e do melhor tipo de união, como 
devem ser. A questão é: como será possível fazer isso?” (POWERS, 2012, p.68). Dessa forma, por 
meio de pesquisa exploratória-descritiva, levanta-se dados sobre a questão, verificando, ainda, a 
doença relacionada e seus sintomas. 
 
1.2 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 
 
De acordo com informações recolhidas do portal do CCSA, o Centro de Ciências 
Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte foi criado em 13 de 
novembro de 1973, mediante o Decreto Federal nº 73144 e reformulado pelo Decreto Federal 
nº 74211, de 24 de junho de 1974. Constituído por departamentos acadêmicos (ciências 
administrativas, biblioteconomia, ciências contábeis, ciência da informação, direito privado, 
16 
 
direito público, economia, serviço social, turismo) responsáveis por difundirem áreas 
específicas para o crescimento do conhecimento humano. Já os programas de pós-graduação 
são nas áreas de administração, direito, serviço social e educação. 
Além das unidades acadêmicas, o CCSA possui quatro unidades suplementares 
responsáveis por apoiarem as atividades de ensino e pesquisa: prática forense, núcleo de 
educação infantil, núcleo da seca e oficina de tecnologia educacional. Além disso, o Centro 
tem como órgão máximo deliberativo, normativo e consultivo em matéria acadêmica, 
científica, cultural e artística, e sobre matéria administrativa, orçamentária, financeira e de 
recursos humanos o Conselho de Centro e, como órgão executivo, a direção. Compõem o 
Conselho de Centro: a diretora, o vice-diretor, e oito coordenadores de cursos de graduação. 
Já nos programas de pós-graduação, o Centro conta com sete coordenadores e os chefes de 
departamentos acadêmicos, bem como representantes do corpo docente, discente e técnico-
administrativo. 
 Na área da graduação, o CCSA possui um total de 4.792 alunos, incluindo neste 
montante os alunos do ensino a distância, distribuídos nos cursos de graduação. Na relação 
aluno/professor o Centro está acima do ideal considerado pelo MEC (18 alunos por professor) 
totalizando 23,49 (vinte e três inteiros e quarenta e nove centésimos) de alunos por professor. 
(CCSA, 2014). A seguir pode-se verificar a distribuição com a quantidade de aluno por curso 
ofertado: 
Quadro 1: Alunos dos cursos de graduação do CCSA 
 
CURSO DE GRADUAÇÃO NÚMERO DE ALUNOS 
Administração 952 
Administração Pública à 
Distância 
529 
Biblioteconomia 210 
Ciências Contábeis 867 
Ciências Econômicas 330 
Direito 1121 
Serviço Social 417 
Turismo 322 
Tecnólogo em Gestão de 
Cooperativas 
44 
TOTAL 4792 
Fonte: Sigaa-Ufrn, 2014. 
 
17 
 
 Entre as várias ações realizadas pelo centro acadêmico com o intuito de diminuir a 
deficiência, melhorar a aprendizagem e aproximar o aluno, criou-se um mapa estratégico. A 
figura 1, a seguir, expõe essa estratégia: 
 
Figura 1: Estratégias utilizadas pelo CCSA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: Portal CCSA, 2014. 
 
De acordo com o mapa acima é cabível afirmar que o Centro desenvolve várias ações 
que contribuem para o processo ensino-aprendizado. Entre elas, podem ser citadas a 
preocupação do mesmo com programas que aumentem a oferta de cursos, estruturas de apoio 
para desenvolvimento de pesquisa, modernização do Centro desde infraestrutura ao acervo 
literário, dentre outros. Como é do conhecimento de todos os usuários do Centro, sejam eles 
alunos, professores ou colaboradores o acesso à internet wifi é livre para todos em toda a área 
do mesmo. Afinal, não podia ser diferente com o cenário atual. Por outro lado, o CCSA não 
possui ações voltadas para coibir o uso abusivo do celular em sala de aula. O único projeto 
voltado para está atividade situa-se nos laboratórios de informática dos Setores I e V em que 
sites indesejados, como redes sociais, por exemplo, são bloqueadas quando há acesso por 
parte dos usuários dos computadores. Por outro lado, a falta de bloqueio de sites que não 
condizem com a aprendizagem acadêmica em todo Centro, pode aumentar o uso exacerbado 
do aparelho no ambiente de aula, uma vez que não existe nenhum tipo de punição por parte do 
mesmo. 
ATENDIMENTO ESTUDANTIL 
COMUNICAÇÃO COM A SOCIEDADE 
RESPONSABILIDA DE SOCIAL 
ATIVIDADE S DE ENSINO PESQUISA E EXTENSÃO 
GESTÃO 
SUSTENTABILIDADE FINANCEIRA 
18 
 
 
1.3 PROBLEMA DA PESQUISA 
 
Verificar mensagens a cada minuto, “curtir” uma foto de um amigo, atualizar a rede 
social, seguir famosos, ser desafiado porjogos, assistir a vídeos, ver imagens, falar de forma 
instantânea com quem está a quilômetros de distância, tirar fotos; são situações cotidianas 
comuns durante o dia de quem é adepto ao uso do Smartphone. O problema não está no uso 
frequente do aparelho, e sim, da perda do controle de sua utilização. De acordo com Eduardo 
Guedes, diretor do Instituto Delete da UFRJ (2015), “usar muito esses dispositivos não 
configuram necessariamente uma dependência. A síndrome está relacionada à perda de 
controle das cinco dimensões”, representadas na figura 2 a seguir: 
 
Figura 2: As cinco dimensões 
Excitação e segurança 
Relevância 
Tolerância 
Abstinência 
Conflitos da vida real 
Fonte: Instituto Delete, 2015. 
 
Na figura 2 acima de acordo com o Instituto delete, o sintoma “excitação e segurança” 
pode estar presente na tentativa de esquecer problemas pessoais, buscando a tecnologia como 
um meio melhor ou mais seguro. Primeiro indício normalmente mascarado com a falsa 
sensação de satisfação experimentada ao utilizar a tecnologia. Por sua vez, “relevância” pode 
ser reconhecida como a importância que dá à necessidade de se conectar e usar dispositivos. 
Ocorre quando não consegue desligar o pensamento de forma que a tecnologia começa a 
dominar lentamente o comando da sua vida. Já “tolerância” encontra-se no tempo dedicado e 
nível de controle que se tem dela. Gastam cada vez mais horas para buscar as mesmas 
sensações experimentadas antes. Perde o controle e substitui os programas reais do dia por 
maior tempo na tecnologia. 
O sintoma “abstinência”, é identificado quando os dependentes não estão conectados 
ou não conseguem usar certos dispositivos ou aplicativos, tornam-se irritados, ansiosos e com 
medo, podendo gerar alterações no padrão do sono ou alimentação e ainda sinais de 
19 
 
depressão. Por fim, “conflitos na vida real” estar presente quando o uso excessivo 
compromete as relações na vida real. Este é o momento em que percebem a evidência do 
problema, mas sentem-se incapazes de reduzir ou parar, podendo comprometer a educação, 
desempenho profissional e social. (INSTITUTO DELETE, 2015). 
 Assim, pode-se considerar que o comportamento de cada indivíduo é a ação 
responsável pelo desenvolvimento da nomofobia. De acordo com uma publicação exibida no 
site Publicitários Social Club (2015): “Não há como desplugarmos dos nossos celulares, pois 
eles fazem parte do nosso dia a dia, porém utilizar dessa ferramenta como um aliado é 
fundamental para a qualidade de vida de todos nós. Se tornar um escravo do celular, não 
compensa…já que a única pessoa que perde com isso é você.” Um ponto relevante notado é o 
período em que esses adeptos da tecnologia nasceram. Geralmente, os usuários mais 
frequentes ao uso da ferramenta são jovens. Dessa forma, foi realizada uma pesquisa de 
carácter quantitativa (entrevistas estruturadas) nos Setores I e V do CCSA-UFRN para 
responder à seguinte questão: A síndrome nomofobia está presente nos alunos do Centro de 
Ciências Sociais Aplicadas na Universidade Federal do Rio Grande do Norte? 
 
 
 
1.4 OBJETIVOS 
 
1.4.1 Geral 
Analisar a síndrome da nomofobia entre os alunos do CCSA-UFRN. 
 
1.4.2 Específicos 
 
Identificar o perfil socioeconômico dos entrevistados; 
Determinar o curso mais comprometido pela síndrome; 
Identificar quais sintomas da síndrome são mais presente no CCSA. 
 
1.5 JUSTIFICATIVA DO ESTUDO 
 
É inquestionável que o uso da tecnologia encurta fronteiras, diminui o tempo, facilita 
escolhas. Afinal, com a explosão dos Smartphones o mundo está nas mãos de qualquer 
pessoa, seja aquele que possui um simples ou um sofisticado celular. Além disso, devido ao 
20 
 
uso constante, o aparelho deixa de ser objeto e passa a ser praticamente o melhor amigo dos 
usuários. Mas com o crescente uso, uma síndrome está se desenvolvendo de forma quase que 
instantânea entre os indivíduos. No Brasil, já existem até centros de desintoxicação 
vinculados às Universidades Federais, que oferecem tratamento para o problema neurológico 
por meio de terapia, remédios e intervenção familiar. Um exemplo desses centros, é o 
Instituto Delete, criado dentro do Núcleo de Psiquiatria da UFRJ, com o objetivo de ajudar os 
dependentes com ações voltadas para a pesquisa científica, tratamento e programas de 
conscientização junto a empresas e a sociedade. (INSTITUTO DELETE, 2015). 
A razão da escolha do tema deve-se ao fato dos estudos sobre a dependência virtual 
serem relativamente novos, e apesar das pesquisas documentarem que se trata de um 
problema crescente de atendimento à saúde, o entendimento científico do problema ainda está 
em evolução. Segundo DEBORD, 1997, p.15: 
A sociedade que repousa sobre a indústria moderna não é fortuitamente ou 
superficialmente espetacular, ela é fundamentalmente espetaculista. No espetáculo 
da imagem da economia reinante, o fim não é nada, o desenvolvimento é tudo. O 
espetáculo não quer chegar a outra coisa senão a si mesmo. (DEBORD,1997, p.15) 
 
Além disso, o “medo de desligar” está presente entre a geração que já nasceu na era 
digital. “Talvez em poucos anos, a tecnologia barata e flexível dos celulares estará avançada 
de tal forma a não mais podermos deixar de integrá-la nos processos de ensino-aprendizagem 
exercidos na escola.” (GARCIA, 2009, p.313). 
É exatamente o que acontece com a UFRN, a Universidade que dispõe de um 
excelente sinal de internet acessível a todos que frequentam o Centro, mas não possuem 
controle sobre o conteúdo acessado (com exceção das salas de laboratório). Por fim, a 
pesquisadora observou que enquanto os professores dão aula muitos alunos estão conectados 
não com a aula em si, mas com o mundo fora de sala. Sendo assim, a pesquisa foi realizada 
para sanar e informar aos leitores sobre a existência da doença psicológica propriamente dita, 
em que muitas pessoas acham que não tem e/ou não existe. 
 
 
 
2.0 REFERENCIAL TEÓRICO 
 
2.1 TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO 
 
21 
 
É fato que a Tecnologia da Informação surgiu para organizar, controlar e processar 
toda a informação recebida nas mais diversas áreas de atuação. Seja no mundo dos negócios, 
na educação, saúde, segurança, comunicação através dos celulares e tablets, entre outros; a TI 
reformulou e melhorou o potencial de qualidade, assim como, o acesso. Devido as diversas 
formas de utilização e as várias funções, existem várias definições para a ferramenta do uso 
de informação. Um dos primeiros conceitos que definem a TI são dos teóricos Porter e Millar 
(1985). De acordo com eles, a tecnologia da informação é mais do que apenas computadores. 
“Além dos computadores, os equipamentos de reconhecimento de dados, tecnologias de 
comunicação, automação de fábrica, e outro hardware e serviços estão envolvidos na 
ferramenta”. (PORTER E MILLAR,1985). Silva (2003) enfatiza o surgimento na década de 
90 como ferramenta de apoio à gestão das empresas sendo entendida como a “integração das 
operações da empresa e entre empresas, com ganhos de agilidade e redução nos custos 
operacionais” (SILVA, 2003, p.15). 
Existem alguns autores que relacionam a TI com empresas. É o caso de Gonçalves & 
Filho. Eles afirmam que: 
A informação é hoje poderoso recurso das organizações, permitindo a estas perfeito 
alinhamento estratégico - mediante constantes fluxos bidirecionais entre a empresa e 
o macroambiente, e criando condições para que se viabilizem seus objetivos e se 
cumpra sua missão corporativa. As empresas têm, no fluxo informacional, o elo que 
une e coordena seus componentes, o que propicia a manutenção do equilíbrio e da 
integração (Gonçalves & Filho 1995, p. 22). 
 
O trechoacima publicado há 10 anos, é relativamente antigo, por outro lado, é o que 
acontece atualmente. A TI é de fundamental importância no desenvolvimento de diversas 
áreas. É sinônimo de uma modernidade necessária e essencial em que a aplicação cresce cada 
vez mais. Em uma publicação exibida pela revista Exame, a TI é diretamente relacionada ao 
uso dos celulares. Na mesma publicação, Gonçalves e Filho já afirmavam que a tecnologia da 
informação surgiu como ferramenta de redução de custos e agilizadora do processamento de 
informação, e passou cada vez mais a ser aplicada em todos os ramos da atividade humana, 
devido ao crescimento exponencial de seus recursos e habilidades. (GONÇALVES E FILHO, 
1995, p.22). 
Outros autores enfatizam a palavra informação com a sociedade. É o caso de Valentim 
(2012); “a sociedade da informação traz paradigmas da economia, como produtividade e 
qualidade, cria novos caminhos para o desenvolvimento e exige uma nova postura diante das 
mudanças sociais. Gerar, obter e aplicar conhecimento passa a ser item básico para enfrentar 
essas mudanças.” 
22 
 
Concordando com o conceito, Luftman (1992, p.43) viabiliza a Tecnologia da 
Informação, com a inclusão dos sistemas de informação, do uso de hardware e software, 
telecomunicações, automação, recursos multimídia, utilizados pelas organizações para 
fornecer dados, informações e conhecimento. Em uma edição mais nova, Luftman (1996, 
p.200), afirma que a evolução da TI está dividida em três eras: era do controle de recursos, ou 
era da automação, onde o planejamento dos sistemas de informação era focado na automação 
de processos e o papel do administrador era apenas prover o controle dos recursos funcionais. 
Laurindo (2001, p.161), “a T.I evoluiu de uma orientação tradicional de suporte 
administrativo para um papel estratégico dentro da organização. A visão da TI como arma 
estratégica competitiva tem sido discutida e enfatizada, pois não só sustenta as operações de 
negócio existentes, mas também permite que se viabilizem novas estratégias empresariais.” 
Se por um lado, a TI se desenvolveu aos poucos, por outro é cabível afirmar que o uso 
da ferramenta desencadeou uma onda de inovações tecnológicas em coletar, armazenar, 
processar, transmitir e apresentar informações. Os responsáveis por criar e desenvolver essas 
ferramentas são os profissionais de TI que atuam em diversas áreas, assim como, a própria 
tecnologia. Entre os segmentos estão: banco de dados, desenvolvimento, infraestrutura, redes, 
segurança, gestão de recursos, entre outros. Desta forma, a TI oferece várias opções de 
empregabilidade, a maioria com o intuito de melhorar, desenvolver, corrigir erros, selecionar, 
diminuir tempo, fidelizar clientes, entre outros. 
Quando o assunto é o ramo empresarial, em contrapartida, com as teorias de sucesso, 
HENDERSON & VENKATRAMAN (1993, p.472) geram dúvidas sobre a existência de 
ganhos significativos de produtividade através da Tecnologia da Informação ao se considerar 
o agregado global da economia. Ou seja, a TI só se torna eficaz se aplicada a um considerável 
investimento financeiro. 
Já na gestão do conhecimento, CARVALHO (2000, p.34) afirma que “o papel principal 
da Tecnologia da Informação na Gestão do Conhecimento consiste em ampliar o alcance e acelerar a 
velocidade de transferência do conhecimento. As ferramentas de Gestão do Conhecimento pretendem 
auxiliar no processo de captura e estruturação do conhecimento de grupos de indivíduos, 
disponibilizando este conhecimento em uma base compartilhada por toda a organização. As 
organizações que têm no conhecimento seu insumo de negócios não devem mantê-lo em sistemas 
fechados e inacessíveis, sob pena de perderem sua eficácia empresarial.” 
A TI aplicada ao uso dos celulares “possibilita comunicação em tempo real, com fotos, 
imagens e comentários, o que pode aproximar as pessoas e colocá-las a par dos 
acontecimentos familiares, de relacionamentos e de acontecimentos de interesse público, 
23 
 
mesmo a longa distância.” (GAZETA DO POVO, 2014). Ainda de acordo com a publicação, 
existem várias aplicações para a ferramenta. A TI é benéfica sim, mas também pode ter seus 
malefícios. De acordo com a revista Gazeta do povo, “devemos aprender a dosar o uso das 
novas tecnologias de comunicação para que seus benefícios possam ser aproveitados de 
maneira a contribuir para a real aproximação e compartilhamento entre as pessoas, com 
liberdade e não como escravidão e dominação”. 
 
2.2 EVOLUÇÃO DOS APARELHOS MÓVEIS 
 
Em 16 de outubro de 1956, foi criado o primeiro celular, o sistema automático de 
telefonia móvel ou MTA, como ficou conhecido. Pesando cerca de 40kgs a tecnologia da 
época deveria ser instalado de forma permanente em um veículo. (Minilua, 2013). “Os 
aparelhos foram sofisticando-se e com o passar dos anos, em 22 de outubro de 2008, surgiu o 
primeiro aparelho Android, o HTC Dream G1. Possuindo funcionalidades bastante avançadas 
para a época, como a janela de notificações, a integração profunda com o Gmail e o uma 
central para download de aplicativos em abril de 2009 surgiu o Android Market. A versão 1.5 
do Android foi liberada pela Google, com o nome de Cupcake. Estavam entre as novidades do 
sistema operacional: o teclado virtual, os aplicativos de terceiros (milhares de apps criados 
por desenvolvedores), integração com o Youtube e capacidade de realizar os comandos 
“copiar e colar”. Em setembro do mesmo ano, o Android 1.6 foi lançado com o apelido de 
Donut (sempre um nome de doce, seguindo a ordem alfabética). Apesar de ser apenas uma 
evolução do Cupcake, ele apresentou grandes novidades, como uma caixa de pesquisa rápida, 
compatibilidade com câmeras, gravador de voz, galeria de fotos e indicador de nível de 
bateria. A versão 4.0 (Ice Cream Sandwich) foi liberada no dia 19 de outubro de 2011 e, 
atualmente, é considerada a melhor plataforma móvel do mundo. 
Em um estudo sobre os Cenários prospectos para a telefonia celular no Brasil: 2008-
2016, exibido na revista eletrônica Gestão e Regionalidade, destacam-se as principais 
tendências consolidadas da época, entre as expostas as que chamam atenção são: a penetração 
da tecnologia 3G; a forte ampliação dos serviços disponíveis via celular; aparelhos celulares 
cada vez mais funcionais, poderosos e integrados; telefone celular com recurso de inclusão 
social. Essa característica já pode ser reconhecida como consolidada no Brasil. Um exemplo 
disso é o sistema operacional do Google que passou a oferecer maior facilidade de 
compartilhamento de arquivos, calendário unificado, opções de alinhamento de câmera, 
desbloqueio por reconhecimento facial e um centro de análise de dados”. (SUPER 
24 
 
INTERESSANTE, 2015). Esse trecho da Revista online Super interessante é apenas uma das 
representações da evolução do sistema operacional do aparelho-móvel. 
 É fato que a tecnologia oferecida pelos celulares é algo inegavelmente útil à 
população. Essa pode ser uma das razões do aumento do consumo do aparelho entre as 
pessoas. Se antes o celular era usado apenas para localizar pessoas, agora é ferramenta quase 
que indispensável pelo alto grau de funcionalidades que oferece. 
 
2.3 NOMOFOBIA E SEUS SINTOMAS 
 
O primeiro estudo sobre dependência em internet aconteceu em 1996 pela Dra. 
Kimberly Yong nos Estados Unidos da América. No estudo realizado, ela apresentou seus 
achados sobre 600 sujeitos que satisfaziam uma versão modificada dos critérios considerados 
para os viciados em jogos de azar. Seu artigo “Internet Addiction: The emergence of new 
disorder” no início provocou controvérsias, mas depois as pesquisas sobre a dependência 
nessa área só aumentaram com o passardos anos. Em 1999, a maior pesquisa feita sobre o 
assunto foi realizada com 17.000 pessoas detectando a dependência presente em 6% da 
população entrevistada nos Estados Unidos. (YONG, 1996, p.240). 
Depois desse fato, foi disseminado o assunto e rapidamente a dependência virtual foi 
identificada como um problema nacional nos Estados Unidos da América, China, Coréia do 
Sul e Taiwan. Segundo a revista eletrônica Suíte 101: 
“No passado, pensava-se que quando o mundo veio para o ano de 2000 não haveria 
novas doenças e que, com o aumento de ciência e tecnologia doenças seria parte da 
história, mas hoje a realidade é muito diferente; como eles começam a aparecer 
apenas novas doenças que vêm do lado da ciência e das novas tecnologias” (Suíte 
101, 2013). 
 
Nos últimos anos, o fenômeno clínico avançou, e as pesquisas desencadearam a nova 
forma de usar a internet através dos telefones móveis. E com isso, o surgimento de um novo 
termo nasceu na Inglaterra: nomofobia – palavra recente que surgiu do inglês, nomo 
significando nomobile, ou seja, falta do dispositivo móvel e fobia significando medo. Ou seja, 
o medo ou a fobia de ficar sem o aparelho móvel. 
Conforme Greenfield, (2008) neurocientista e professora de farmacologia na 
Universidade de Oxford, há um grande risco de as pessoas passarem a viver suas vidas 
exclusivamente em ambientes virtuais. A neurocientista ainda afirma que assim como as 
produtoras de tabaco negavam o poder viciante do cigarro, o mesmo ocorre hoje com as 
companhias que lucram com o uso das redes sociais e videogames. Além disso, os viciados 
25 
 
digitais não acreditam que existe o problema e que ele deve ser tratado “o ambiente digital 
está alterando nosso cérebro de forma inédita. Estamos cada dia mais dependentes de redes 
sociais e videogames”. No livro de Private life of the brain, ela ainda prevê “um futuro 
sombrio para os "nativos digitais", geração que passará a vida inteira online”. Outras teorias 
abordam o perigo de “viver uma vida virtual”. (GREENFIELD, 2008, p.36). 
O estudo sobre a nomofobia disseminou-se rapidamente na América e logo tornou-se 
assunto em grandes revistas de estudos psicológicos. É o caso da revista inglesa Discover 
Magaine (2011) em entrevista a Susan Greenfield, apontou a utilização da substância 
dopamina relacionada ao uso do aparelho. De acordo com a especialista, “a nomofobia ocorre 
precisamente por causa da má regulação da dopamina, associada à utilização do smartphone. 
Na verdade, cada vez que recebe uma notificação, em nosso cérebro leva um pequeno 
aumento de dopamina devido à possibilidade de que há algo interessante. E isso leva o 
cérebro a relacionar a ação como algo prazeroso.” (DISCOVER MAGAINE, 2011). 
Assim como Greenfield, a revista especializada em doenças de carácter psicológico, 
Psiconlinews (2015), acredita que o vício no smartphone pode ser relacionado com a 
molécula do prazer e circuito da recompensa, a dopamina. A publicação enfatiza que o uso do 
aparelho provoca sensações de tolerância, abstinência e exclusividade, ou seja, participação 
iguais da dopamina em processos bioquímicos. Eles ainda ressaltam que “o uso exagerado do 
aparelho pode causar inúmeros problemas de saúde física como: problemas de coluna, 
torcicolo, tendinites, insônia, estresse, ressecamento da retina, perdas auditivas, dentre outros” 
(PSICONLINEWS, 2015). 
Por sua vez, existem teóricos que acredita que os avanços tecnológicos trazem 
problemas de perda do conceito de fronteiras causada pela globalização. Harvey afirma que 
há várias formas de compreender o espaço temporal na atual fase da mobilidade e das redes 
sem fio, para ele os indivíduos estão imersos em uma nova relação com o tempo, com o 
espaço e com os diversos territórios. (HARVEY, 1992, P.30). Lemos (2006), confirma o 
mesmo pensamento e diz que as tecnologias móveis se desenvolveram e trouxeram problemas 
nos processos de territorialização e de desterritorialização. (LEMOS, 2006, P.4). 
Mas para Nardi, Quevedo e Silva (2013), antes de titular uma pessoa como 
dependente, é preciso diferenciar o termo “dependência”, para que não haja dúvida quanto a 
conotação. Para eles a “dependência normal é aquela que permite ao indivíduo tirar proveito 
de toda tecnologia para crescimento pessoal, profissional, social.” Por sua vez, a dependência 
patológica “acompanha uma inadequação e precisa haver sintomas para ser estabelecida. O 
comportamento nomofóbico (sensação de angústia, desconforto, ansiedade e nervosismo 
26 
 
quando da impossibilidade de se comunicar por intermédio desses ambientes virtuais) que 
leva o indivíduo a depender do TC sinaliza a existência de um possível transtorno, que deve 
ser investigado e tratado”. (NARDI, QUEVEDO & SILVA, 2013. P.68) 
Ainda segundo os autores citados acima, o uso constante do telefone celular é 
relacionado com a agorafobia, ou seja, um comportamento provocado por lugares ou 
situações de escape difícil ou embaraçoso caso ocorra um ataque de pânico ou mal-estar. 
“Nessas situações, o indivíduo pode desenvolver a dependência patológica do TC para se 
sentir mais seguro”. (NARDI, 2013, p.68). 
Entre as várias edições publicadas sobre o assunto, uma das mais respeitadas 
atualmente é o manual e guia de avaliação escrito pela primeira difusora do assunto. Yong e 
Abreu, especialista em dependência virtual de renome internacional, destacaram os fatores 
etiológicos que causam a doença. No livro, Yong e Abreu, 2011, p. 22, definem como 
dependência: 
“As dependências são definidas como a compulsão 
habitual a realizar certas atividades ou 
utilizaralguma substância,apesar das 
consequências desvastadoras sobre o bem-estar 
físico, social, espiritual, mental e financeiro do 
individuo.” 
 
Uma das formas de tratar a síndrome está presente na Terapia Conginitivo 
Comportamental conhecida entre os estudiosos como TCC. “A TCC é um tratamento muito 
conhecido, baseado na premissa de que os pensamentos determinam os sentimentos. Em um 
estudo com 114 pacientes, a TCC foi usada para ensiná-los a monitorar seus pensamentos,e 
identificar aqueles que desencadeavam novas habilidades de manejo e maneiras de evitar 
recaída. A TCC requereu três meses de tratamento,ou aproximadamente 12 sessões semanais 
de uma hora. O primeiro estagio da terapia é comportamental, visando àqueles 
comportamentos e situações específicos em que o transtorno do controle dos impulsos 
provoca a maior dificuldade. Conforme a terapia progride, o foco passa para as suposições e 
distorções cognitivas desenvolvidas e para os efeitos do comportamento compulsivo”. 
(YONG & ABREU, 2011, p.23). 
Em uma reportagem exibida pela revista Veja (2015) a forma como o Smartphone é 
utilizado pode ser um retrato fiel da depressão de seus usuários. Ainda segundo a reportagem, 
pesquisadores da Universidade de Chicago, nos Estados Unidos, usaram dados do GPS do 
celular e o tempo gasto com jogos ou aplicativos para detectar os sintomas do distúrbio com 
27 
 
bastante precisão. De acordo com eles, Indivíduos depressivos ficam 68 minutos por dia 
ligados no telefone e visitam poucos lugares. (VEJA, 2015). 
Segundo os autores Abreu, Eisensteins, Graciela e Estefenon (2013) o vício em celular 
entraria em casos do Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (DSM-IV-TR). 
Este por sua vez, controlaria os implusos do transtorno para aqueles com vício em jogos 
patológicos. Conforme a publicação existem projeções para tratamento daqueles que são 
dependentes sem ingerir substâncias, ou seja, as dependências comportamentais classificariam 
no manual DSM-5. (VIVENDO ESSE MUNDO DIGITAL, 2013, p.334). 
No livro Vivendo esse mundo digital, os autores adaptaram umaclassificação feita por 
Brown, Griffiths e Huant, enumeram não só cinco sintomas, como consta no Instituto Delete 
da UFRJ, e sim, seis sintomas que estariam presentes nos dependentes do telefone móvel, que 
podem ser vistos a seguir no quadro 2: 
 
Quadro 2: Seis sintomas 
Saliência Cognitiva Quando o uso do telefone domina os 
pensamentos e os comportamentos do individuo 
Alteração do humor Euforia ou alívio de curto prazo, isto é uma 
sensação de prazer por está usando o aparelho 
celular 
Tolerância O individuo necessita passar cada vez mais 
tempo usando o celular para obter o mesmo 
prazer obtido anteriormente 
Abstinência Desconforto apresentado quando o sujeito se 
encontra impossibilitado de usar seu telefone 
celular 
Conflito O uso do celular criando conflitos com outras 
pessoas (em geral pessoas do entorno mais 
próximo, como conjugue e/ou familiares) e 
também gerando conflitos com outras 
atividades no cotidiano. 
Recaída Ocorre quando o sujeito apresenta tentativas 
malsucedidas de diminuir o uso de celular, 
voltando a usar o aparelho com a mesma 
frequência anterior aumentando ainda mais 
ouso 
Fonte: Vivendo em um Mundo Digital, 2013. 
 
Muitos estudiosos afirmam que a síndrome está relacionada ao uso das redes sociais. É 
o caso da publicação do site Revista direito legal, em que uma médica psiquiátrica afirma que: 
A internet e as redes sociais trazem uma quantidade enorme de conteúdos 
estimulantes, divertidos, prazerosos, capazes de produzir dependência. Além 
disso, a tecnologia faz com que esses conteúdos sejam de fácil e rápido 
28 
 
acesso, de qualquer lugar em que estejam. Ou seja, hoje em dia, com os 
Smartphones, tablets, notebooks e outros dispositivos, temos a sensação de 
uma disponibilidade de conteúdo interminável e constante, 24 horas por dia, 
7 dias por semana. Toda atividade que causa prazer tende a ser repetida, pois 
estimula uma parte do cérebro passa a “pedir” que o mesmo prazer seja 
encontrado o tempo todo, o que leva as pessoas com essa dependência a 
perderem o controle do tempo que passam na rede”. (REVISTA DIREITO 
LEGAL). 
 
Para outros autores a tecnologia é a principal causadora da dependência, é o caso de 
King, Valença e Nardi (2010): 
 As interferências tecnológicas no comportamento humano requerem 
acompanhamento constante, a fim de que seja possível avaliar passo a passo 
as modificações e consequências resultantes. A convivência diária do 
indivíduo com os veículos modernos de comunicação vem revelando 
respostas “boas e ruins”, as quais precisam ser ininterruptamente estudadas 
para que possam ser compreendidas. Podem-se observar conveniência, 
conforto, segurança e bem-estar ao se dispor desses aparelhos, em contraste 
com dependência patológica, medo e angústia, entre outros sentimentos, 
causados quando da impossibilidade de uso de tais dispositivos.” 
(KING, VALENÇA & NARDI, 2010). 
 
 
Os relatos e estudos científicos mostram que a dependência existe e já é fator 
preocupante em diversos países. O problema é que não é reconhecido pelos adeptos a vida 
virtual e apenas considerado como “engraçado”, sendo assim, descartado pela falta de 
importância. 
 
2.4 O USO DEMASIADO DO CELULAR EM SALA DE AULA RELACIONADO À 
GESTÃO EDUCACIONAL 
 
Professores versus celulares. Atualmente, um sério embate em sala de aula. A geração 
que já nasceu na época digital. Herda, do mundo moderno, o maior interesse pelo que não é 
real e acaba ausentando-se em sala para navegar pelo envolvente mundo da internet. Por outro 
lado, a tecnologia que o celular proporciona pode ser aliado do aprendizado em sala de aula. 
Segundo o documento “Diretrizes de políticas para a aprendizagem móvel” do ano de 2013, 
da Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco) os celulares 
podem “permitir a aprendizagem a qualquer hora, em qualquer lugar”, “minimizar a 
interrupção em aulas de conflito e desastre” e “criar uma ponte entre a educação formal e a 
não formal”. (UNESCO, 2013). As recomendações feitas pela organização sobre o uso do 
celular aliado à gestão educacional, estão descritas no quadro 3 a seguir: 
 
 
29 
 
Quadro 3: Recomendações para o uso do celular em sala de aula 
Promover os usos das tecnologias móveis que fortalecem o sistema 
 
Encorajar as escolas e os educadores individuais a se comunicarem, com estudantes e pais, 
por meio de aparelhos móveis. 
 
Ampliar o alcance e a efetividade dos sistemas de informação e de gestão educacional, 
integrando o suporte para as tecnologias móveis 
Considerar o apoio das tecnologias móveis na coleta de informações educacionais, após um 
conflito ou um desastre 
Fonte: Unesco, 2013 
 
É notório que o processo ensino-aprendizagem é complexo e exige muito da formação 
de seus docentes e o comprometimento de seus discentes para o sucesso. Segundo Luck, “o 
necessário reforço que se dá a gestão visa, em última instância, a melhoria das ações e 
processos educacionais, voltados para a melhoria da aprendizagem dos alunos e sua formação, 
sem o que aquela gestão se desqualifica e perde a razão de ser. Em suma, aperfeiçoa-se e 
qualifica-se a gestão para maximizar as oportunidades de formação e aprendizagem dos 
alunos. A boa gestão é, pois, identificada, em última instância, por esses resultados”. (LUCK, 
2000, p. 17-18). Este conceito exprime a importância da utilização de mecanismos e 
instrumentos gerenciais em todos os setores da dinâmica escolar, além da relevância do 
planejamento para que exista um enfoque de visão de conjunto e orientação estratégica de 
futuro. Isso se tornou mais fácil depois das difusões das novas tecnologias em sala de aula 
através das Tic’s, que pode ser definida como uma: 
 “Ferramenta que podem contribuir com o acesso universal da educação, a equidade 
na educação, a qualidade de ensino e aprendizagem, o desenvolvimento profissional 
de professores, bem como melhorar a gestão, a governança e a administração 
educacional ao fornecer a mistura certa e organizada de políticas, tecnologias e 
capacidades”. (UNESCO, 2014). 
 
Por outro lado, o uso do celular no ambiente escolar é algo tão recorrente que o livre 
acesso a rede pode trazer prejuízos em sala de aula, pelo simples fato dos alunos acessarem 
conteúdos que não condizem com o que está sendo tratado em determinado momento. Com a 
finalidade de saber se o uso do aparelho móvel no ambiente escolar prejudicaria o 
aprendizado, a Universidade London School of Economics, situada na Inglaterra, avaliou 
estudantes ingleses através de uma pesquisa. O estudo intitulado “Technology, distraction and 
30 
 
performance of student” realizada em maio deste ano afirma que os alunos das escolas 
inglesas que retiraram os telefones celulares durante o período de aula melhoraram 14% de 
rendimento escolar. Por outro lado, a pesquisa afirmou que o fato aconteceu apenas com 
aqueles que apresentavam notas mais baixas. “Na Inglaterra, não há uma legislação sobre o 
uso de Smartphones nas escolas. Cada colégio define sua própria política”. (FOLHA UOL, 
2015). 
No Brasil, o assunto se tornou lei que segue em vigor nos estados do Rio de Janeiro, 
São Paulo, Ceará, Minas Gerais, Rio grande do Sul, Santa Catarina, Amazonas, no município 
de Recife e no Distrito Federal. Todas essas leis variam entre o ano de 2002 a 2012. (Celular 
com câmera, ano). Neste ano já está tramitando em Brasília o projeto de lei chamado PL 
104/15. A mesma proíbe o uso de aparelhos eletrônicos portáteis, como celulares e tablets, 
nas salas de aula da Educação Básica e Superior de todo o país. A justificativa do projeto diz 
que “para preservara essência do ambiente pedagógico” cabe a proibição de todos os 
equipamentos que “desviam a atenção do aluno do trabalho didático desenvolvido pelo 
professor”. A lei também estabelece que aparelhos só sejam permitidos em sala de aula se 
fizerem parte das atividades didático-pedagógicas e forem autorizados pelos professores. De 
qualquer maneira, professores discutem se a proibição é a melhor maneira de tratar do assunto 
em sala de aula e se a lei não vai na contramão das discussões sobre uso da tecnologia para 
aprendizagem e sobre a necessidade de formação dos professores nesta área.” (NOVA 
ESCOLA, 2015). 
Segundo uma reportagem exibida no site da Folha de São Paulo neste ano, existem 
diversos motivos para liberar e/ou banir o uso do celular em sala de aula conforme o quadro 4: 
 
Quadro 4: Liberar ou banir o celular? 
POR QUE LIBERAR O USO DO 
CELULAR? 
 
POR QUE BANIR O USO DO CELULAR? 
 É preciso trabalhar com os alunos 
diferentes mídias, formatos e 
competências, como o uso eficiente de 
aplicativos nos celulares 
 
 Ter acesso fácil ao celular faz com o que aluno 
tenha mais chance de distração, o que pode 
levar a notas mais baixas 
 
 Apps como o Star Chart (usado em aulas 
de astronomia, que mostra estrelas da 
região do céu que você apontar) deixam a 
aula mais interessante 
 
 Adolescentes ainda não têm maturidade para 
usar nos momentos apropriados 
 
Quando o professor menciona um evento  Em ambientes liberados, é muito difícil para o 
31 
 
histórico, é possível pesquisar sobre ele 
imediatamente e trazer dúvidas e 
novidades 
 
professor monitorar a sala toda 
 
 A distração sempre existiu, causada por 
conversas com o colega ou desenhos no 
caderno. O celular é só mais uma maneira 
de perder o foco. 
 
 A distração do smartphone é muito pior do que 
desenhar no caderno, por exemplo, porque o 
aluno entra um 'universo paralelo. 
 Professores e coordenadores são contra o 
aparelho, muitas vezes, pois têm medo 
que o aluno surja com questões que não 
saberão responder. 
 
 Muitos colégios, mesmo particulares, ainda não 
têm a estrutura para abrigar ferramentas 
tecnológicas, como sinal wi-fi comum ou com 
controle à navegação. 
 
Fonte: Folha de São Paulo, 2015 
 
De acordo com Teruya, Felipe Takara (2011, p.82) “as relações dos sujeitos da 
juventude no espaço escolar são complexas e exigem compreensão das culturas juvenis que 
são múltiplas e compostas por inúmeros saberes que se combinam, se rejeitam e se 
completam. Isso só afirma aquilo que já vem sendo implementado em sala de aula desde os 
primeiros anos de vida escolar à acadêmica: O uso da tecnologia aliado ao aprendizado de 
forma rápida. Assim, os alunos são preparados para o futuro com o desenvolvimento social e 
cultural na medida certa. 
Quando se pensa em uso da tecnologia em sala de aula, a primeira ideia remetida é o 
uso para fins educacionais. O MEC é um dos responsáveis dessa “socialização” entre os 
indivíduos da rede pública de ensino. De acordo com uma matéria publicada no portal Ig 
(2011), desde 2012 o MEC vem investindo na distribuição de tablets entre os docentes nas 
escolas públicas. (IG,2011). Afinal, é mais fácil o ensino quando os meios diferem do 
“convencional”. 
 
2.4.1 Um mundo “mágico” 
 
“O território geográfico, nem o das instituições ou dos Estados, mas um espaço 
invisível dos conhecimentos, dos saberes, das forças de pensamento no seio da qual se 
manifestam e se alteram as qualidades do ser, os modos de fazer sociedade” (LÉVY, 1997, 
p.17). Provavelmente, um dos maiores atrativos que fazem os indivíduos fugirem da realidade 
e mergulharem de cabeça no mundo virtual seja a possibilidade da criação de um novo 
universo. Pessoas que são tímidas “pessoalmente” aparecem desinibidas diante de fotos e/ou 
32 
 
vídeos e se orgulham das “curtidas” que recebem. Há ainda aqueles que se sentem desafiados 
pelos jogos e são estimulados à competição acirrada que as fases proporcionam. Esse é apenas 
um dos exemplos que o mundo paralelo da internet estimula. De acordo com Campos (2009, 
p.14), “Os celulares convergem fetiches tecnológicos com conexões midiáticas. Eles 
concentram os acervos de conteúdo com o ponto de ligação entre o indivíduo e o social”. 
A obra “O devaneio”, de Freud (1908/1987) pode ser comparado com as relações 
virtuais, entre os habitantes do ciberespaço, nas redes sóciais de conversação, ou seja, uma 
fantasia que é criada através de um conceito de extrema relevância para pensar. 
(PSICOLOGADO, 2013). Para muitos “no mundo virtual estão todos aqueles jogos, 
atividades e diversões que não pedem para sair de casa nem para tomar um pouco de sol. 
Todo um mundo que inventamos para a diversão, mas que pouco a pouco foi nos absorvendo 
e retirando nossa capacidade para as relações reais.” (ALETEIA, 2013). 
 
 
 
3 METODOLOGIA 
 
3.1 CARACTERIZAÇÃO DA PESQUISA 
 
Tratando-se de uma pesquisa exploratório-descritiva, buscou-se analisar e detectar os 
sintomas que auxiliassem na compreensão e verificação da ocorrência da nomofobia no 
Centro de Ciências Sociais Aplicadas da UFRN. A Estatística Descritiva é utilizada na etapa 
inicial das análises quando se toma contato com os dados pela primeira vez, com o objetivo de 
explorar os dados pesquisados. Porém, muitas vezes é preciso utilizar outras técnicas como: 
testes de associações, comparação de médias etc, para retirar informações sobre o fenômeno 
estudado. 
Em outras palavras, segundo Magalhães (2010, p.3) a estatística descritiva pode ser 
definida como um conjunto de técnicas destinadas a descrever e resumir os dados, a fim de 
que se possa tirar conclusões a respeito das características de interesse. Segundo Yin (2005) 
trata-se de uma forma de se fazer pesquisa investigativa de fenômenos atuais dentro de seu 
contexto real, em situações em que as fronteiras entre o fenômeno e o contexto não estão 
claramente estabelecidas. Com base em Vergara (1997), para auxiliar na concretização deste 
projeto, utilizou-se ampla pesquisa bibliográfica, desenvolvida a partir de materiais 
33 
 
publicados em livros, revistas, periódicos, a fim de subsidiar o referencial teórico e 
metodológico, além do uso de formulários/ entrevistas na investigação de campo. 
 
3.2 POPULAÇÃO E AMOSTRA 
 
A fim de abordar as seguintes técnicas de amostragem, é importante a compreensão de 
alguns conceitos básicos, como população e amostra. Malhotra, (2012) define população 
como: A população de uma pesquisa é o conjunto total de elementos, itens, objetos ou pessoas 
que possuem as informações buscadas pelos pesquisadores e sobre os quais serão realizadas 
inferências. 
Malhotra (2012, p.275) define amostragem probabilística como um "processo de 
amostragem em que cada elemento da população tem uma chance fixa de ser incluído na 
amostra”, ou seja, unidades amostrais são escolhidas aleatoriamente. 
A partir da abordagem do problema, o presente trabalho teve como objetivo tentar 
identificar os sintomas da nomofobia investigando os estudantes que compõem o Centro de 
Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Foi feito um 
cálculo do tamanho da amostra utilizando confiança de 95%, que resultou em uma amostra de 
354 estudantes da UFRN dos cursos de Administração, Biblioteconomia, Ciências Contábeis, 
Ciências Econômicas, Direito, Serviço Social, Turismo e Tecnólogo em Gestão de 
Cooperativas que se dispuseram a responder o questionário entre os dias 16 e 26 de outubro 
de 2015. Trabalhou-se com uma amostra não-probabilística por conveniência através de um 
questionário em papel. 
 
3.3INSTRUMENTO E COLETA DE DADOS 
 
Para se realizar a coleta dos dados da pesquisa, foi elaborado um questionário, 
(Apêndice 1), capaz de identificar cinco sintomas (Segurança e excitação, relevância, 
tolerância, abstinência e conflitos na vida real); relacionados a síndrome nomofobia. Foram 
trinta e quatro questões adaptadas do questionário original “Mobile Phone Problem Usage”, 
estruturadas em uma combinação de diversos tipos de perguntas encadeadas, com escala de 
diferencial e fechadas, em conformidade com os objetivos do estudo. Foram elaboradas 
questões que permitiram identificar os fatores socioeconômicos dos entrevistados (questões 
de um a sete), assim como alternativas (8 a 34) de atividades cotidianas que classificavam os 
níveis de sintomas propostos de acordo com a Tabela 1 a seguir: 
34 
 
 
Tabela 1: Classificação dos níveis dos sintomas 
Nível Excitação e 
Segurança 
Relevância Tolerância Abstinência Conflitos 
Baixo 0 – 1 0 – 2 0 – 1 0 – 1 0 – 1 
Médio 2 – 3 3 – 5 2 – 3 2 – 3 2 – 3 
Alto 4 – 5 6 – 7 4 – 6 4 – 6 4 – 5 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
A aplicação ocorreu no mês de outubro de 2015, sendo informado aos entrevistados do 
CCSA tratar-se de uma pesquisa sem quaisquer efeitos avaliativos individuais e/ou 
institucionais e que as respostas seriam anônimas e confidenciais, garantindo-se o anonimato 
e a confidencialidade dos dados obtidos. 
 
3.4 TRATAMENTO ESTATÍSTICO E FORMA DE ANÁLISE 
 
Para analisar as múltiplas variáveis (idade, sexo, renda, curso) dos estudantes foi 
realizada uma Análise Multivariada. Segundo Mingoti (2005) qualquer método que permita a 
análise simultânea de duas ou mais variáveis pode ser considerado como multivariado. Na 
presente pesquisa, foram feitas várias perguntas para cada indivíduo e com isso, existe certa 
dependência entre as respostas. 
 
3.4.1 Teste qui-quadrado 
 
 Com o objetivo de avaliar a dependência estudada na pesquisa, utiliza-se um teste de 
associação denominado teste Qui-Quadrado. O teste Qui-Quadrado é simbolizado pelo 
símbolo 𝜒2 , é um teste não paramétrico, ou seja, não é preciso estimar parâmetros 
populacionais como média e variância da população. O teste 𝜒2 pode ser utilizado quando se 
tem interesse em verificar associação entre duas variáveis qualitativas. Basicamente, o teste 
compara frequências esperadas com as observadas e verifica se existe alguma divergência 
significativa entre elas. (SIEGEL, 1976). Entretanto, uma das suposições do teste é que no 
máximo 25% dos valores esperados nas células das tabelas sejam menor que 5, quando isso 
ocorrer será utilizado o teste de Fisher que é um teste alternativo com a mesma finalidade. 
Nesse contexto, o teste de Fisher é usado para verificar a existência de associação 
entre alguns sintomas da nomofobia com questões relacionas ao perfil dos estudantes como o 
35 
 
curso, sexo e outras características. Após a realização do teste 𝜒2, quando a hipótese nula é 
rejeitada, não se sabe quais categorias de variáveis estão associadas e, com isso, é necessário 
realizar uma análise gráfica para identificar quais categorias estão associadas. A análise feita 
para encontrar essas associações é a Análise de Correspondência. O objetivo desta técnica, é 
mostrar geometricamente as variáveis e suas categorias observadas na base de dados em um 
espaço de baixa dimensão, com o intuito de indicar associação entre as linhas e colunas da 
tabela (MINGOTI, 2005). Essa análise só é utilizada quando a hipótese 𝐻0 é rejeitada e com 
isso, podem-se encontrar as associações. (MINGOTI, 2005). 
As hipóteses foram tratadas das seguinte forma: 𝐻0: não existe associação entre as 
variáveis versus 𝐻1 : existe associação entre as variáveis. Sendo assim, foi utilizada as 
Hipóteses para o teste Qui-Quadrado. Partindo do princípio, que para se testar algo é 
necessário estabelecer uma hipótese nula e uma alternativa, sendo ambas antagônicas. São 
elas: a hipótese nula denotada por 𝐻0: é uma hipótese tida como verdadeira, até que provas 
estatísticas indiquem o contrário. Neste trabalho são testados se alguns sintomas da 
nomofobia estão associados com questões relacionadas aos perfis dos estudantes. E a hipótese 
alternativa 𝐻1: deve ser oposta à hipótese nula. A hipótese alternativa sempre supõe 
desigualdade, ou seja, não existem associações entre os sintomas da Nomofobia com questões 
relacionadas ao perfil dos estudantes. 
 
3.4.2 Nível de significância 
 
Para concluir o resultado do teste estatístico foi adotado o nível se significância α. 
Segundo Vieira (2010) esse valor representa a probabilidade da hipótese nula 𝐻0 ser rejeitada, 
quando na verdade ela é verdadeira. É recomendável que o valor de α seja pequeno, 
geralmente é utilizado α=5% ou 10%. 
 
3.4.3 Valor-p ou p-valor 
 
O valor-p corresponde à probabilidade de se encontrar um valor tão extremo quanto 
encontrado na estatística. Esse teste é realizado quando a hipótese nula é verdadeira. Caso o 
valor p seja menor que α, diz-se que a hipótese nula é rejeitada ao nível de significância α. 
(MAGALHÃES & LIMA, 2010). 
 
3.4.4 Software 
36 
 
 
Por fim, o software utilizado foi o R (R Development Core Team, 2015). Uma 
linguagem de programação é um ambiente para computação estatística e gráfica. Trata-se de 
uma linguagem de programação especializada em computação com dados. O R apesar de ser 
gratuito, é uma ferramenta bastante poderosa e utilizada por pesquisadores pelo mundo 
inteiro. Os dados obtidos foram digitados e armazenados no programa Excel versão 2010. O 
banco de dados foi exportado para o software R versão 3.2.1, em que nele foram feitas todas 
as análises estatísticas como: gráficos, cálculos matemáticos e outros. 
 
 
 
 
4. RESULTADOS 
 
No presente estudo, com o objetivo de identificar a síndrome nomofobia e seus 
sintomas entre os participantes foi realizada uma amostra de 354 alunos extraída da fatalidade 
de alunos dos cursos do CCSA da UFRN. Os dados a seguir sintetizam as respostas dadas ao 
questionário. Com o objetivo de traçar um perfil dos entrevistados, foram elaboradas 
perguntas relacionadas ao sexo, idade, renda e curso. Considerando a variável sexo, é possível 
observar na Tabela 2, que os usuários do sexo masculino participaram com maior frequência 
na pesquisa, com um percentual de 51,13%. 
 
Tabela 2: Gênero do entrevistado 
Gênero Frequência % 
Feminino 173 48,87 
Masculino 181 51,13 
Total Geral 354 100,00 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015 
 
Para melhor visualização dos dados da tabela 2, pode-se observar no gráfico 2: 
 
37 
 
Gráfico 2: Sexo do entrevistado 
 
Fonte: Pesquisa de campo 2015 
 
Posteriormente, perguntou-se sobre a idade. Foi possível verificar que a faixa etária 
com maior destaque para a variação entre os anos 1978 a 1994 com 53,67%. De acordo com a 
tabela 3: 
 
Tabela 3: Ano que nasceu. 
Ano Frequência % 
1948 a 1964 7 1,98 
1967 a 1977 16 4,52 
1978 a 1994 190 53,67 
1995 a 2010 141 39,83 
Total Geral 354 100,00 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
 
Para melhor visualização dos dados da tabela 3, verifica-se no gráfico 3: 
 
48,87 
51,13 
Feminino Masculino
38 
 
Gráfico 3: Ano de nascimento 
 
Fonte: Pesquisa de campo 2015 
 
Quando a pergunta foi sobre renda, pôde-se observar que 31,92% dos entrevistados 
têm uma renda média de 3 salários mínimos, conforme exposto na Tabela 4: 
 
Tabela 4: Qual é a renda média da sua família? 
Renda Frequência % 
Até 1 salário mínimo 31 8,76 
Até 3 salários mínimos 113 31,92 
Até 5 salários mínimos 77 21,75 
Até 7 salários mínimos 40 11,30 
Mais de 8 saláriosmínimos 93 26,27 
Total Geral 354 100,00 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
 
Para melhor visualização dos dados da tabela 4, observa-se no gráfico 4: 
 
1948 a 1964 1967 a 1977 1978 a 1994 1995 a 2010
1,98 
4,52 
53,67 
39,83 
39 
 
Gráfico 4: Renda média. 
 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
 
Questionados sobre o curso de graduação, pode-se notar que a maior quantidade de 
respostas respondidas foi de Direito com 26,27% e Administração com 22,32%, 
correspondendo 26,27% e 22,32%, respectivamente; de acordo com a Tabela 5: 
 
Tabela 5: Curso. 
Curso Frequência % 
Administração 79 22,32 
Biblioteconomia 17 4,80 
Contábeis 72 20,34 
Direito 93 26,27 
Economia 27 7,63 
Gestão de Cooperativas 4 1,13 
Serviço Social 35 9,89 
Turismo 27 7,63 
Total Geral 354 100,00 
 
 
Para melhor visualização dos dados da tabela 5, nota-se no gráfico 5: 
Até 1 salário mínimo
Até 3 salários mínimos
Até 5 salários mínimos
Até 7 salários mínimos
Mais de 8 salários mínimos
8,76 
31,92 
21,75 
11,30 
26,27 
40 
 
Gráfico 5: Curso. 
 
Fonte: Pesquisa de campo 2015 
 
Os resultados abaixo estão relacionados à percepção dos alunos do CCSA a respeito 
do uso dos telefones móveis. Considerando, a opinião dos alunos sobre ter o Smartphones, na 
tabela 6, pode-se observar que 95,48% dos alunos entrevistados possuem esse tipo de 
aparelho, afirmando a vasta propagação do celular entre os estudantes: 
 
Tabela 6: Você possui Smartphone? 
Possui Frequência % 
Sim 338 95,48 
Não 16 4,52 
Total Geral 354 100,00 
 
Para melhor visualização dos dados da tabela 6: 
 
Administração
Biblioteconomia
Contábeis
Direito
Economia
Gestão de Cooperativas
Serviço Social
Turismo
22,32 
4,80 
20,34 
26,27 
7,63 
1,13 
9,89 
7,63 
41 
 
Gráfico 6: Possui Smartphone. 
 
Fonte: Pesquisa de campo 2015 
 
Com relação a afirmação “quantos Smartphones você possui”, de acordo com a tabela 
7, a grande maioria dos estudantes entrevistados 85,31%, possui apenas um Smartphone. 
 
Tabela 7: Quantos Smartphones você possui? 
Quantidade Frequência % 
Não possui 19 5,37 
Um 302 85,31 
Dois 30 8,47 
Três ou mais 3 0,85 
Total Geral 354 100,00 
Fonte: pesquisa de campo, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
95,48 
4,52 
Sim Não
42 
 
Para melhor visualização dos dados da tabela 7: 
 
Gráfico 7 – Quantos Smartphones. 
 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
 
4.1 ASSOCIAÇÕES 
 
As hipóteses testadas foram as variáveis: Gênero, Curso e Ano de nascimento. As 
mesmas independem dos sintomas: Excitação e Segurança, Relevância, Tolerância, 
Abstinência e Conflito, ou seja, não há associação entre essas elas. Os níveis de significância 
usados para esses testes foram de 5% e 10%. Pode-se notar que a única variável que não está 
associada ao gênero é o nível de relevância, ou seja, a importância que o dependente dá à 
necessidade de se conectar e usar o dispositivo, ao nível de significância de 5% e 10%. Todos 
os outros níveis não apresentaram associação com a variável gênero. Para melhor 
entendimento, nas tabelas 8, 9, 10, 11 e 12, respectivamente, pode-se notar esses resultados: 
 
Tabela 8: Gênero/nível de excitação e segurança 
Sexo 
Nível de Excitação e Segurança Valo p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
Feminino 41 48,24 81 46,55 51 53,68 173 
0,530 Masculino 44 51,76 93 53,45 44 46,32 181 
Total 85 100,00 174 100,00 95 100,00 354 
Fonte: pesquisa de campo, 2015. 
5,37 
85,31 
8,47 
0,85 
Não possui Um Dois Três ou mais
43 
 
 
Tabela 9: Gênero/nível de relevância 
Sexo 
Nível de Relevância Valo p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
Feminino 63 42,28 96 51,89 14 70,00 173 
0,033 Masculino 86 57,72 89 48,11 6 30,00 181 
Total 149 100,00 185 100,00 20 100,00 354 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
 
Tabela 10: Gênero/nível de tolerância 
Sexo 
Nível de Tolerância Valo p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
Feminino 97 51,87 61 43,88 15 53,57 173 
0,316 Masculino 90 48,13 78 56,12 13 46,43 181 
Total 187 100,00 139 100,00 28 100,00 354 
Fonte: Pesquisa de campo,2015. 
 
Tabela 11: Gênero/nível de abstinência 
Sexo 
Nível de Abstinência Valo p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
Feminino 90 46,39 59 53,64 24 48,00 173 
0,474 Masculino 104 53,61 51 46,36 26 52,00 181 
Total 194 100,00 110 100,00 50 100,00 354 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
 
 
Tabela 12: Gênero/nível de conflito 
Sexo 
Nível de Conflito Valor p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
Feminino 114 50,00 52 46,02 7 53,85 173 
 Masculino 114 50,00 61 53,98 6 46,15 181 0,376 
Total 228 100,00 113 100,00 13 100,00 354 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
 
44 
 
Quando associado a variável ano de nascimento aos sintomas propostos, resultou a 
associação com a maioria dos níveis de significância de 5% e 10%, ou seja, existem 
associações entre o ano de nascimento com os níveis de excitação e segurança, relevância, 
tolerância, abstinência e conflito. Demostrando, assim, “o limite entre o hábito corriqueiro e o 
comportamento patológico, ou seja, o início de prejuízos e de sofrimentos causados pelo 
comportamento doentio.” (DRADNET). De acordo com as tabelas 13, 14, 15, 16 e 17 a 
seguir: 
 
Tabela 13: Ano que nasceu/nível de excitação e segurança 
Ano 
Nível de Excitação e Segurança Valo p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
1948 a 1964 7 8,24 0 0,00 0 0,00 7 
<0,01 
1967 a 1977 9 10,59 7 4,02 0 0,00 16 
1978 a 1994 47 55,29 103 59,20 40 42,11 190 
1995 a 2010 22 25,88 64 36,78 55 57,89 141 
Total 85 100,00 174 100,00 95 100,00 354 
Fonte: pesquisa de campo, 2015. 
 
Tabela 14: Ano que nasceu/nível de relevância 
Ano 
Nível de Relevância Valo p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
1948 a 1964 7 4,70 0 0,00 0 0,00 7 
<0,01 
1967 a 1977 12 8,05 4 2,16 0 0,00 16 
1978 a 1994 87 58,39 94 50,81 9 45,00 190 
1995 a 2010 43 28,86 87 47,03 11 55,00 141 
Total 149 100,00 185 100,00 20 100,00 354 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
 
Tabela 15: Ano que nasceu/nível de tolerância 
Ano 
Nível de Tolerância Valo p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
1948 a 1964 6 3,21 1 0,72 0 0,00 7 
0,362 1967 a 1977 12 6,42 4 2,88 0 0,00 16 
1978 a 1994 98 52,41 78 56,12 14 50,00 190 
45 
 
1995 a 2010 71 37,97 56 40,29 14 50,00 141 
Total 187 100,00 139 100,00 28 100,00 354 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
 
 
Tabela 16: Ano que nasceu/nível de abstinência 
Ano 
Nível de Abstinência Valo p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
1948 a 1964 6 3,09 0 0,00 1 2,00 7 
0,013 
1967 a 1977 13 6,70 2 1,82 1 2,00 16 
1978 a 1994 110 56,70 60 54,55 20 40,00 190 
1995 a 2010 65 33,51 48 43,64 28 56,00 141 
Total 194 100,00 110 100,00 50 100,00 354 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
 
Tabela 17: Ano que nasceu/nível de conflito 
Ano 
Nível de Conflito Valo p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
1948 a 1964 7 3,07 0 0,00 0 0,00 7 
 1967 a 1977 13 5,70 3 2,65 0 0,00 16 
 1978 a 1994 133 58,33 49 43,36 8 61,54 190 <0,01 
1995 a 2010 75 32,89 61 53,98 5 38,46 141 
 Total 228 100,00 113 100,00 13 100,00 354 
Fonte: pesquisa de campo, 2015. 
 
Em relação ao curso, pode-se notar que não houve associação entre esse fator com o 
nível de relevância, ou seja, a tecnologia não domina a vida dos entrevistados, aos níveis de 
5% e 10%. Entretanto, houve associação entre os níveis de excitação e segurança, tolerância, 
abstinência e conflitoao nível de 10% e o nível de excitação e segurança aos níveis de 5% e 
10%. Esses resultados traduzem alguns prejuízos para a vida dos entrevistados, como por 
exemplo qualidade de vida. Nas tabelas 19, 20, 21, 22 e 24 a seguir: 
 
Tabela 18: Curso/nível de excitação e segurança 
Curso Nível de Excitação e Segurança Valo p do 
46 
 
Baixo % Médio % Alto % Total teste 𝝌𝟐 
Administração 15 17,65 45 25,86 19 20,00 79 
0,012 
Biblioteconomia 7 8,24 9 5,17 1 1,05 17 
Contábeis 19 22,35 33 18,97 20 21,05 72 
Direito 16 18,82 44 25,29 33 34,74 93 
Economia 8 9,41 17 9,77 2 2,11 27 
Gestão de Cooperativas 3 3,53 1 0,57 0 0,00 4 
Serviço Social 11 12,94 16 9,20 8 8,42 35 
Turismo 6 7,06 9 5,17 12 12,63 27 
Total 85 100,00 174 100,00 95 100,00 354 
Fonte: pesquisa de campo, 2015. 
 
Tabela 19: Curso/nível de relevância 
Curso 
Nível de Relevância Valo p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
Administração 32 21,48 46 24,86 1 5,00 79 
0,167 
Biblioteconomia 10 6,71 7 3,78 0 0,00 17 
Contábeis 26 17,45 41 22,16 5 25,00 72 
Direito 39 26,17 47 25,41 7 35,00 93 
Economia 16 10,74 11 5,95 0 0,00 27 
Gestão de Cooperativas 3 2,01 1 0,54 0 0,00 4 
Serviço Social 15 10,07 17 9,19 3 15,00 35 
Turismo 8 5,37 15 8,11 4 20,00 27 
Total 149 100,00 185 100,00 20 100,00 354 
Fonte: pesquisa de campo, 2015. 
 
 
 
Tabela 20: Curso/nível de tolerância 
Curso 
Nível de Tolerância Valo p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
Administração 36 19,25 37 26,62 6 21,43 79 
0,097 
Biblioteconomia 12 6,42 5 3,60 0 0,00 17 
47 
 
Contábeis 37 19,79 29 20,86 6 21,43 72 
Direito 54 28,88 36 25,90 3 10,71 93 
Economia 15 8,02 10 7,19 2 7,14 27 
Gestão de Cooperativas 3 1,60 1 0,72 0 0,00 4 
Serviço Social 21 11,23 10 7,19 4 14,29 35 
Turismo 9 4,81 11 7,91 7 25,00 27 
Total 187 100,00 139 100,00 28 100,00 354 
Fonte: pesquisa de campo, 2015. 
 
Tabela 21: Curso/nível de abstinência 
 
Nível de Abstinência Valo p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
Administração 47 24,23 25 22,73 7 14,00 79 
0,085 
Biblioteconomia 15 7,73 1 0,91 1 2,00 17 
Contábeis 35 18,04 25 22,73 12 24,00 72 
Direito 47 24,23 30 27,27 16 32,00 93 
Economia 19 9,79 6 5,45 2 4,00 27 
Gestão de Cooperativas 3 1,55 1 0,91 0 0,00 4 
Serviço Social 18 9,28 13 11,82 4 8,00 35 
Turismo 10 5,15 9 8,18 8 16,00 27 
Total 194 100,00 110 100,00 50 100,00 354 
Fonte: Pesquisa de campo,2015. 
 
 
 
Tabela 22: Curso /nível de conflito 
Curso 
Nível de Conflito Valo p do 
teste 𝝌𝟐 Baixo % Médio % Alto % Total 
Administração 53 23,25 25 22,12 1 7,69 79 
0,066 
Biblioteconomia 15 6,58 2 1,77 0 0,00 17 
Contábeis 41 17,98 26 23,01 5 38,46 72 
Direito 54 23,68 35 30,97 4 30,77 93 
Economia 22 9,65 5 4,42 0 0,00 27 
48 
 
Gestão de Cooperativas 4 1,75 0 0,00 0 0,00 4 
Serviço Social 26 11,40 7 6,19 2 15,38 35 
Turismo 13 5,70 13 11,50 1 7,69 27 
Total 228 100,00 113 100,00 13 100,00 354 
Fonte: pesquisa de campo, 2015. 
 
4.2 ANÁLISE DE CORRESPONDÊNCIA 
 
Como foi dito anteriormente, após o teste de associação seja ele o 𝝌𝟐 ou o de Fisher, 
se a hipótese nula for rejeitada; ou seja, se houver associação entre o cruzamento de duas 
variáveis; não se sabe onde estão as associações nos níveis de cada categoria. Com isso, foi 
realizado essa análise para identificar onde essas associações se encontram. Na figura 3 a 
seguir, pode-se perceber a dimensão com nível sintomático mais elevado. Abaixo, é notório 
que os estudantes que nasceram entre os anos de 1948 a 1964 estão associados com o baixo 
nível de excitação e segurança. Já para os que nasceram entre 1978 a 1994, possuem um nível 
médio do sintoma. Por fim, para aqueles considerados mais jovens, existem um alto nível 
desse sintoma. 
 
 
 
Figura 3: ANO QUE NASCEU/EXCITAÇÃO E SEGURANÇA 
 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
49 
 
 
Em relação ao curso, pode-se notar que os alunos de Turismo estão associados com o 
alto nível de excitação e segurança, demonstrando assim, o primeiro indício normalmente 
mascarado com a falsa sensação de satisfação. Já os alunos dos cursos de Economia e 
Administração com o nível médio desse sintoma; e para os alunos de Gestão de Cooperativas 
com o baixo nível sintomático. Por sua vez, para os outros cursos, não existem associações 
com as outras categorias. Conforme figura 4: 
 
 Figura 4: CURSO/EXCITAÇÃO E SEGURANÇA
 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
 
De acordo com a figura 5 abaixo, nota-se que o sexo masculino está associado com o 
baixo nível de relevância, conseguindo, assim desligar-se da tecnologia sem sentir-se mal 
psicologicamente, enquanto o gênero feminino com o nível médio. 
 
Figura 5: GÊNERO/RELEVÂNCIA 
 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
 
Em relação ao ano de nascimento, é notório que os alunos que nasceram entre 1995 e 
2010 estão associados com o nível médio de relevância. Já para os mais velhos, nascidos entre 
os anos de 1948 e 1964, e 1967 e 1977 possuem um nível com teor baixo. Por sua vez, os 
alunos que nasceram entre 1978 e 1994 não estão associados com nenhuma categoria do nível 
de relevância. Conforme figura 6 a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
51 
 
 
 
Figura 6: ANO QUE NASCEU/RELEVÂNCIA 
 
Fonte:Pesquisa de campo, 2015. 
 
 
Em relação ao curso na figura 7, pode-se observar que os alunos de Ciências 
Contábeis e Administração estão associados com o nível médio da relevância. Os alunos de 
Gestão em Cooperativas estão associados com o nível baixo da relevância. Por fim, não houve 
associação para os demais cursos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
52 
 
 
 
Figura 7: CURSO/RELEVÂNCIA 
 
Fonte: Pesquisa de campo, 2015. 
 
 
Em relação ao sintoma tolerância, os alunos do curso de Turismo estão associados 
com o alto nível da perda do controle do uso dos aparelhos móveis; e os de Administração 
com o nível médio. Por sua vez, os alunos do curso de Ciências Contábeis não demonstraram 
nenhuma associação com os níveis de tolerância. Por fim, os restantes dos cursos estão 
associados com o baixo nível de tolerância. De acordo com a figura 8 a seguir: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
53 
 
 
 
Figura 8: CURSO/TOLERÂNCIA 
 
Fonte: pesquisa de campo, 2015. 
 
No sintoma abstinência, pode-se notar que os alunos mais jovens estão associados com 
o nível alto do sintoma por se sentirem irritados, ansiosos e com medo, podendo gerar 
alterações no padrão do sono ou alimentação e ainda sinais de depressão; enquanto os alunos 
nascidos nos demais anos estão associados com o baixo nível de abstinência. Conforme figura 
9: 
 
 
 
 
 
 
 
 
54 
 
 
 
Figura 9: ANO QUE NASCEU/ABISTINÊNCIA 
 
Fonte: pesquisa de campo, 2015. 
 
Pela figura 10, fica evidente que os alunos do curso de Turismo estão associadas com 
o alto nível de abstinência. Já em relação aos cursos de Ciências Contábeis, Direito e Gestão 
de Cooperativas não apresentaram associação com nenhum nível de abstinência. Por fim, os 
alunos dos cursos de Economia, Administração e Biblioteconomia estão associados com o 
baixo nível de abstinência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
55 
 
 
 
Figura 10: CURSO/ABSTINÊNCIA
 
Fonte: pesquisa de campo, 2015. 
 
Em relação ao sintoma conflito, a figura 11 mostra o baixo nível, esclarecendo o 
controle no uso dos aparelhos nos alunos que nasceram entre os anos de 1948 a 1964, 1978 a 
1994 e 1967 a 1977. Já para os alunos mais jovens,existe uma associação com o nível médio 
do conflito. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
56 
 
 
 
Figura 11: ANO QUE NASCEU/CONFLITO 
 
Fonte: pesquisa de campo, 2015. 
 
 
Em relação ao curso, pode-se perceber que os alunos dos cursos de Direito e Turismo 
estão associados com o nível médio do conflito, enquanto os alunos do curso de Ciências 
Contábeis estão associados com o alto nível do sintoma. Por fim, o nível baixo do sintoma 
conflito, demonstrando que não existe uso excessivo que comprometa as relações pessoais; 
está associado com os demais cursos. Conforme representação na figura 12: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
 
 
 
Figura 12: CURSO/CONFLITO 
 
Fonte: pesquisa de campo, 2015. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
58 
 
 
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
Com o uso de celulares como instrumento de comunicação indispensável, a 
configuração das relações interpessoais mudou drasticamente. A nova construção social se 
baseia em relações sem grandes intimidades, mas, virtualmente, as pessoas se relacionam de 
maneira ilimitada. “É um contexto paradoxal, ao mesmo tempo em que não há um contato 
com o outro, há um contato com o mundo consequentemente o outro.” (PSICOQUE, 2013). 
As reportagens e notícias sobre a nomofobia é caso frequente atualmente nas diversas mídias 
de comunicação. O vício digital que antes era associado apenas ao uso do computador, 
atualmente é voltado para a utilização exacerbada do telefone móvel. 
A venda de aparelhos celulares não é somente uma ação do mercado de comunicação. 
O “estilo de vida” de obter um telefone que seja considerado como “completo”, é descobrir 
conhecimento e, consequentemente, aumentar a dependência desses dispositivos, 
contribuindo, assim, para as doenças psicológicas. (IDGNOW, 2013). 
Esta pesquisa propôs identificar a síndrome nomofobia entre os alunos do Centro de 
Ciências Socias Aplicadas, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Buscou a 
opnião dos mesmos sobre situações cotidianas, através da aplicação de um questionário. Para 
alcançar esse objetivo geral, foram elaborados três objetivos específicos. O primeiro objetivo 
específico foi levantar o perfil socieconomico dos alunos, o segundo foi determinar o curso 
mais comprometido com a síndrome, e o terceiro foi identificar quais sintomas da síndrome 
são mais presentes nos alunos do CCSA. Contou com um total de 353 respondentes em todo o 
Centro. Todos os objetivos foram alcançados de forma satisfatória demonstrando resultados 
relevantes. 
Com relação ao perfil dos entrevistados, um pouco mais da metade do total é do sexo 
masculino 51.13%, com anos de nascimento mais centradas entre os anos 1978 e 1994, com 
53,67% do total. Além disso, os entrevistados possuem uma renda média salarial de até três 
salários mínimos. Os cursos com maior quantidade de respondentes foram o de Direito e o de 
Administração, respectivamente, pelo fato de possuírem mais estudantes em graduação. 
Os resultados apresentados nesta pesquisa mostram a importância de se estudar a 
Síndrome de nomofobia, apesar de ser considerada “algo novo”, e do resultado da pesquisa ter 
constatado que 85,31% possuem apenas um aparelho celular. Em contrapartida, 95,48% do 
total entrevistado possui o Smartphone, demostrando, assim, a vasta usabilidade da 
59 
 
ferramenta de comunicação. Além disso, constatou-se que o uso exacerbado do aparelho está 
ligado às gerações mais jovens. 
Entre as soluções para a síndrome pode ser citada a prática de exercícios, clínicas de 
desintoxicação e a ingestão de medicamentos. Aguirre 2013, afirma que: 
Especialistas explicam que esta é uma dependência emocional e deve ser feito para 
enfrentar o exercício de desconexão não apenas o telefone, mas tudo isso significa 
que produz hábito: Facebook, Twitter, Chat, etc. Eles apontam que para os seres 
humanos é o contato físico necessário e essencial com seus pares em preferência 
àqueles que outro virtual (AGUIRRE, 2013) 
 
Dessa forma, pôde-se perceber nesta pesquisa as opiniões dos estudantes do 
CCSA/UFRN sobre diversas situações cotidianas, com ênfase no uso do aparelho celular. 
Contudo, nesta pesquisa foram identificados os sintomas presentes na síndrome nomofobia, 
mostrando, assim, a relevância de se conhecer e/ou estudar esse novo assunto que está cada 
vez mais presente atualmente. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
60 
 
 
 
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APÊNDICES 
 
APÊNDICE A: 
QUESTIONÁRIO DE PESQUISA 
 
ATIVIDADE DE PESQUISA* - SOBRE O USO DO TELEMÓVEL 
 
OBS: Leia atentamente cada item a seguir, marcando APENAS aqueles que representam sua 
realidade. 
 
1. Qual seu sexo? 
( ) Feminino ( ) Masculino 
 
2. Em que ano nasceu? 
( )1948 a 1963 
( ) 1964 a 1977 
( ) 1978 a 1994 
( ) 1995 a 2010 
 
3. Qual é a renda média de sua família 
 
( ) Até um salário mínimo 
( ) Até 3 salários mínimos 
( ) Até 5 salários mínimos 
( ) Até 7 salários mínimos 
( ) Mais de 8 salários mínimos. 
 
4. Qual seu curso de graduação? 
 
( ) Administração 
( ) Bibliotecnomia 
68 
 
( ) Ciências Contábeis 
( ) Ciências Econômicas 
( ) Direito 
( ) Serviço Social 
( ) Turismo 
( ) Tecnólogo em Gestão de Cooperativas 
 
5. Você possui Smartphone? 
 
( ) Sim 
( ) Não (obrigada pela participação!) 
 
6. Quantos Smartphones você possui? 
 
( ) Apenas um. 
( ) Dois 
( ) Mais de três. 
 
A seguir, assinale as frases que representam seu comportamento: 
 
7. ( ) Eu não posso passar muito tempo sem meu celular. 
8. ( ) Meu celular é bloqueado por senha. 
9. ( ) Eu já usei meu celular em situações que me sentia triste/para baixo. 
10. ( ) Me sinto bem quando as pessoas curtem/comentam minhas fotos em redes sociais. 
11. ( ) Encontro-me ocupado no meu celular quando eu deveria está fazendo outras coisas 
mais importantes. 
12. ( ) Todos os meus amigos possuem um Smartphone. 
13. ( ) Eu tento esconder de algumas pessoas quanto tempo passo usando meu celular. 
14. ( ) Eu perco o sono mexendo no meu celular. 
15. ( ) Já recebi contas de telefone móvel altas, devido o uso abusivo da internet. 
16. ( ) Se eu ficar longe do meu celular por alguns minutos fico preocupado com as ligações 
que não posso atender. 
69 
 
17. ( ) Já aconteceu casos em que eu estava usando meu celular, e ao mesmo tempo, estava 
fazendo outras coisas (atividades acadêmicas, dirigindo, conversando com outras pessoas, 
etc.), e acabei prestando mais atenção no celular. 
18. ( ) O tempo que gasto com o celular cresce a cada dia. 
19. ( ) Já usei meu celular para falar com outras pessoas quando estava me sentindo isolado. 
20. ( ) Já tentei passar menos tempo no celular, mas não consigo. 
21. ( ) Eu me sinto ansioso quando estou em uma situação que não posso ver minhas 
mensagens e/ou atender ligações. 
22. ( ) Eu tenho sonhos freqüentes usando meu aparelho móvel. 
23. ( ) Meus amigos e familiares reclamam do meu uso abusivo com o celular. 
24. ( ) Se eu não possuísse um Smartphone meus amigos teriam dificuldades para entrar em 
contato comigo. 
25. ( ) Minha produtividade acadêmica diminui em sala de aula devido o uso do meu 
Smartphone. 
26. ( ) Acesso redes sociais ou jogos durante a aula. 
27. ( ) Minha atenção durante a aula é maior quando meu celular encontra-se descarregado. 
28. ( ) Eu tenho dores devido o uso do celular. 
29. ( ) Há momentos em que prefiro usar meu celular do que li dar com situações mais 
importantes. 
30. ( ) Eu geralmente me atraso para compromissos devido o uso do meu celular. 
31. ( ) Fico irritado quando tenho que desligar meu celular para reuniões, cinema... 
32. ( ) Já me disseram que passo muito tempo no celular. 
33. ( ) Já me senti em apuros por ter que desligar e/ou não está com meu Smartphone. 
34. ( ) Me sinto perdido sem meu telefone. 
 
 
* Versão adaptada livremente do “Mobile Phone Problem Usage”, escala elaborada por 
Adriana Bianchi e James G. Phillips (Monash University, Austrália). E publicado no artigo 
científico “Psychological predctors of problem mobile phone use”, incluído no períodcio 
“Cyberpsychology & Behavior” em 2005.Volume 8, Número 1, 2005 © Mary Ann Liebert, 
Inc. Seu objetivo é identificar alguns comportamentos indicativos de uma possível 
dependência de celular; o “score” não possui validade de diagnóstico, algo que apenas pode 
ser aferido corretamente por um profissional de saúde.

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