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Sistemas Corporativos Integrados

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Prévia do material em texto

Sistemas Corporativos 
Integrados
Douglas Melman
APRESENTAÇÃO
É com satisfação que a Unisa Digital oferece a você, aluno(a), esta apostila de Sistemas Corporativos 
Integrados, parte integrante de um conjunto de materiais de pesquisa voltado ao aprendizado dinâmi-
co e autônomo que a educação a distância exige. O principal objetivo desta apostila é propiciar aos(às) 
alunos(as) uma apresentação do conteúdo básico da disciplina.
A Unisa Digital oferece outras formas de solidificar seu aprendizado, por meio de recursos multidis-
ciplinares, como chats, fóruns, aulas web, material de apoio e e-mail.
Para enriquecer o seu aprendizado, você ainda pode contar com a Biblioteca Virtual: www.unisa.br, 
a Biblioteca Central da Unisa, juntamente às bibliotecas setoriais, que fornecem acervo digital e impresso, 
bem como acesso a redes de informação e documentação.
Nesse contexto, os recursos disponíveis e necessários para apoiá-lo(a) no seu estudo são o suple-
mento que a Unisa Digital oferece, tornando seu aprendizado eficiente e prazeroso, concorrendo para 
uma formação completa, na qual o conteúdo aprendido influencia sua vida profissional e pessoal.
A Unisa Digital é assim para você: Universidade a qualquer hora e em qualquer lugar!
Unisa Digital
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 5
1 GESTÃO DE SISTEMAS EM AMBIENTES CORPORATIVOS ......................................... 7
1.1 Teoria Geral de Sistemas ...............................................................................................................................................7
1.2 Conceitos Genéricos de Sistema ...............................................................................................................................8
1.3 Requisitos de um Sistema ............................................................................................................................................8
1.4 Componentes de um Sistema ....................................................................................................................................9
1.5 Sistemas de Informação .............................................................................................................................................10
1.6 Gestão da Informação .................................................................................................................................................11
1.7 Conceitos e Fases do Ciclo de Vida dos Sistemas .............................................................................................12
1.8 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................14
1.9 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................14
2 TECNOLOGIAS ALIADAS AOS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO ................................ 15
2.1 Hardware ..........................................................................................................................................................................15
2.2 Software ............................................................................................................................................................................20
2.3 Redes de Computadores ...........................................................................................................................................21
2.4 Banco de Dados ............................................................................................................................................................23
2.5 Resumo do Capítulo ...................................................................................................................................................24
2.6 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................25
3 SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO ................................................................................... 27
3.1 Evolução ...........................................................................................................................................................................27
3.2 ERP ......................................................................................................................................................................................32
3.3 Características dos Sistemas ERP ............................................................................................................................34
3.4 Arquitetura ERP .............................................................................................................................................................36
3.5 Ciclo de Vida de um ERP.............................................................................................................................................37
3.6 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................38
3.7 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................38
4 IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA ERP ............................................................................................ 39
4.1 Etapa de Decisão e Seleção ......................................................................................................................................39
4.2 Obstáculos à Implantação do ERP .........................................................................................................................42
4.3 Módulos ...........................................................................................................................................................................44
4.4 Aplicações ERP Open Source Locais e On-Line ..................................................................................................45
4.5 Aplicações ERP Proprietárias Locais e On-Line ..................................................................................................47
4.6 Resumo do Capítulo ....................................................................................................................................................49
4.7 Atividades Propostas ...................................................................................................................................................49
CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................................................... 51
RESPOSTAS COMENTADAS DAS ATIVIDADES PROPOSTAS ..................................... 53
REFERÊNCIAS ............................................................................................................................................. 57
ANEXO ............................................................................................................................................................. 59
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
5
INTRODUÇÃO
Caro(a) aluno(a), a presente apostila tem como objetivo levar a você o conhecimento sobre uma 
questão muito importante nos meios corporativos. 
Trata-se da disciplina de Sistemas Corporativos Integrados, que tem como premissa garantir meca-
nismos para que o aluno conheça os seus fundamentos, os quais estarão sempre presentes no cotidiano 
das empresas, das indústrias, do comércio e, por que não, da sociedade.
Dessa forma, caro(a) aluno(a), faço um convite a você para queinicie uma viagem ao fantástico 
mundo dos sistemas corporativos e suas especificidades. 
Teremos um longo desafio, marcado por descobertas, questões a serem respondidas, casos a serem 
analisados. 
Por fim, estaremos sempre juntos, e antecipadamente agradeço a sua atenção e interesse por par-
ticipar desta viagem rumo ao conhecimento!
Seja muito bem-vindo e conte sempre conosco!
Prof. Douglas Melman
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7
Caro(a) aluno(a), neste capítulo inicial, co-
nheceremos algumas definições básicas a respeito 
da gestão de sistemas em ambientes corporativos 
e suas particularidades. De posse dessas informa-
GESTÃO DE SISTEMAS EM AMBIENTES 
CORPORATIVOS1
ções, fundamentaremos importantes aspectos 
para a conceituação e a utilização dos sistemas 
corporativos integrados nos processos gerenciais 
e de produção.
1.1 Teoria Geral de Sistemas
Antes de darmos início ao assunto propos-
to, vamos fixar alguns conceitos importantes que 
abrangem os sistemas. Dentro desses conceitos, 
vamos analisar algumas premissas e pressupos-
tos que envolvem a teoria geral de sistemas, co-
nhecida no universo empresarial e acadêmico 
como a sigla TGS.
A TGS começou a ser estudada na década 
de 1950, pelo pesquisador científico Ludwig von 
Bertalanffy, alemão e biólogo, que dedicava suas 
pesquisas ao campo das questões que envolviam 
os sistemas.
De acordo com Chiavenato (2000), os pres-
supostos para a TGS basicamente consistem em 
uma tendência para a integração nas diversas 
áreas que envolvem as ciências da natureza e das 
relações sociais, em que ambas convergem para 
uma teoria voltada à forma pela qual as pessoas 
se relacionam e interagem.
A TGS busca a sua própria conceituação no 
aspecto de ecossistema, conjunto global, fazen-
do com que não ocorram lacunas entre as diver-
sas áreas existentes. Esse princípio se deve à sua 
definição para sistema com uma visão sistêmica 
global de suas características, tanto em relação a 
seus aspectos como às suas interdependências.
Em relação às suas premissas, elas se cons-
tituem basicamente em três. De acordo com 
Chiavenato (2000), podem ser classificadas como 
sistemas dentro de sistemas, sistemas abertos e 
sistemas que dependem basicamente de sua es-
trutura.
Exemplificando cada caso, nos sistemas 
dentro de sistemas, existe uma interdependência 
entre as estruturas internas, como, por exemplo, 
moléculas dentro das células, que, por sua vez, 
estão dentro dos tecidos, que, por consequência, 
estão dentro dos órgãos, e assim sucessivamente.
Já em relação aos sistemas abertos, eles 
podem ser entendidos como sistemas que de-
pendem do meio em que estão; ou seja, caso a 
ligação que ocorre deste para com outros cesse, 
o sistema passa a se desintegrar em função da ca-
rência de fonte de energia proveniente de outros 
sistemas ao seu redor.
Saiba maisSaiba mais
Saiba maisSaiba mais
Visão sistêmica global pode ser entendida como 
a compreensão do todo a partir de uma análise 
global das partes e da interação entre estas. Várias 
forças atuam em um sistema em funcionamento, 
sejam elas internas ou externas.
Douglas Melman
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8
E, finalmente, em função da estrutura pela 
sua necessidade de expansão e contração de 
cada sistema, no qual a estrutura em si deve su-
portar esses movimentos, para que não ocorram 
rupturas. 
Dessa forma, podemos entender que a TGS 
é uma ferramenta de ajuda para a solução de pro-
blemas que vão desde os mais simples aos mais 
complexos, sem que ocorra a perda da visão glo-
bal e do inter-relacionamento entre as partes en-
volvidas.
1.2 Conceitos Genéricos de Sistema
Os conceitos de sistemas surgiram por vol-
ta de 4000 a.C., quando Jacó e Labão passaram a 
controlar seu estoque de ovelhas, que utilizavam 
como meio de comercialização, caracterizando-
-se, assim, uma empresa dentro dos moldes da 
época e seu sistema de organização ou controle 
da quantidade de ovelhas.
A partir desse marco histórico, os sistemas 
passaram a evoluir de acordo com as necessida-
des e, em meados do século XVIII, foram um gran-
de divisor de águas em termos de evolução com 
os estudos de Taylor (1890), Fayol (1900) e Weber 
(1910), assuntos que foram abordados nas disci-
plinas de Administração dentro do curso. 
Veja, neste vídeo, uma demonstração da di-
ferença entre a aplicação das teorias de Tay-
lor e de Fayol em uma linha de produção.
Acesse: https://www.youtube.com/
watch?v=WQWrItnxHAQ.
MultimídiaMultimídia
O conceito de sistema pode ser compreen-
dido de várias formas, sendo que passaremos a 
considerar os mais atuais, onde podem ser com-
postos por várias partes que envolvem pessoas, 
dados, software, hardware. Nesse caso, a integra-
ção entre ordem social, organizacional e intelec-
tual é de fundamental importância para que todo 
o processo funcione adequadamente.
Dentro do cenário atual das empresas, os 
sistemas vêm sendo utilizados como ferramentas 
de auxílio nas tomadas de decisões envolvendo 
os negócios. 
Os aspectos que são levados em considera-
ção na escolha e no uso dessa ferramenta estão 
envolvendo instrumentos que possibilitem uma 
avaliação analítica do comportamento das em-
presas ante o mercado em que atuam.
Os sistemas também devem possibilitar 
mecanismos para se obter e manter a qualidade, 
1.3 Requisitos de um Sistema
a produtividade e a inovação tecnológica no as-
pecto organizacional.
Em relação aos requisitos, estes devem ser 
obtidos a partir da necessidade do cliente, e, com 
estes, a equipe de profissionais passa a trabalhar 
para o desenvolvimento do projeto para a entre-
ga da solução.
Em nosso caso, essa análise está situada em 
relação ao problema do cliente e de como os sis-
temas computacionais podem resolvê-lo. É de ex-
trema importância a fase de obtenção de requisi-
Sistemas Corporativos Integrados
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9
tos e de análise destes, sendo que o estudo prévio 
e a discussão pela equipe técnica e pelo cliente 
tornam os gastos futuros com manutenção muito 
menores, além, é claro, de garantirem qualidade e 
produtividade do processo.
1.4 Componentes de um Sistema
Conforme investigamos anteriormente, um 
sistema pode ser entendido como a disposição 
das partes de uma forma global, organizada, com 
o intuito de elaborar resultados de funções pre-
viamente estabelecidas.
De acordo com Oliveira (1993), um sistema 
apresenta basicamente seis estágios:
ƒƒ objetivo(s) – finalidade(s) da criação do 
sistema;
ƒƒ entrada(s) – valor(es) que dão início ao 
processo;
ƒƒ processamento – etapa de transfor-
mação do(s) valor(es) bruto(s) em 
resultado(s);
ƒƒ saídas – valor(es) obtido(s) com o 
processamento de acordo com o(s) 
objetivo(s) inicial(is);
ƒƒ controle e avaliações – controle de qua-
lidade do(s) resultado(s) obtido(s) com 
a avaliação inicial;
ƒƒ retroalimentação – feedback do siste-
ma: nova entrada a partir da saída da 
etapa anterior.
A Figura 1 mostra como a literatura exem-
plifica a representação dos componentes presen-
tes em um sistema genérico.
Figura 1 – Componentes de um sistema genérico.
Fonte: http://www.magoweb.com/cg/2010/01/25/planejamento-estrategico-baseado-no-marketing-digital-1%C2%BA-parte
Perceba que o processo é muito simples, 
mas que deve ser sempre retroalimentado para 
que tenhamos um controle mais rigoroso em ter-
mos de resultados.
Douglas Melman
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10
Conforme discutimos no item 1.2, na forma 
mais genérica, um sistema pode ser entendido 
como um conjunto de elementos interdepen-
dentes, ou mesmo organizados, que formam um 
todo complexo. Esses elementos interdependen-
tes também podem ser entendidos como subsis-
temas de um único sistema.E, no caso da informação, como podería-
mos defini-la?
Bem, definirmos a palavra “informação” é 
algo difícil em vista da sua complexidade e deri-
vação. Podemos começar a explicá-la como uma 
ação para a diminuição da incerteza em relação a 
uma determinada situação.
De acordo com Batista (2004), as informa-
ções são, ao mesmo tempo, a base para a tomada 
de decisões e o resultado direto de suas conse-
quentes ações e, portanto, podem ser tomadas 
como informações operacionais e/ou informa-
ções gerenciais.
As informações operacionais podem ser 
entendidas como aquelas cotidianas, geridas ma-
nualmente, que estão presentes em formulários 
de pedidos de venda/compra, notas fiscais, entre 
outros meios.
1.5 Sistemas de Informação
Já as informações gerenciais são de gran-
de valia na tomada de decisões pelo nível tático 
ou gerencial, visto que são as responsáveis pela 
demonstração dos valores obtidos em termos de 
produtividade, aliadas a qualidade, atendimento, 
visibilidade, entre outras.
Em se tratando de decisão, podemos ob-
servar, na Figura 2, a hierarquia em uma empre-
sa genérica, traduzida a partir de um diagrama 
em formato de pirâmide. No topo, temos o nível 
de planejamento estratégico; na base, o nível de 
operação; e, ao centro da pirâmide, o nível de 
controle gerencial e de controle operacional.
Vale sempre ressaltar que, apesar de os sis-
temas serem uma parte importante do sucesso 
de uma empresa, nunca devemos esquecer que 
estamos trabalhando, além de com produtos, 
produção, matérias-primas e sistemas informati-
zados, com a variável pessoas, as quais têm um 
papel fundamental na implantação e no sucesso 
das diretrizes adotadas pelas empresas.
Figura 2 – Hierarquia do planejamento e controle de uma organização.
Fonte: http://smcufmg.wordpress.com/2009/03/17/sistemas-de-informacao/ 
Sistemas Corporativos Integrados
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Um tema bastante importante dentro de 
nosso estudo é a parte que compreende como 
deveremos trabalhar as informações obtidas por 
nosso sistema.
Observamos a importância da informação 
nos meios sociais, acadêmicos e profissionais, e 
dela depende o sucesso de um novo negócio ou, 
mesmo, sua melhoria.
Para que essa informação não seja perdida 
ou não aproveitada, é necessário contarmos com 
uma gestão qualificada, para saber usar essa in-
formação de modo a torná-la proativa.
De acordo com Davenport (1998), a gestão 
da informação pode ser vista como um conjunto 
estruturado de atividades que incluem o modo 
como as organizações obtêm, distribuem e usam 
a informação. 
Sem dúvida, o papel da informação e a sua 
gestão são de vital importância nas atividades 
das empresas, porém, dois fatores devem ser le-
vados em consideração.
O primeiro fator é o valor que essa informa-
ção tem; o segundo, a qualidade que tal informa-
ção presta na análise dos resultados.
Em relação ao primeiro fator, apesar de con-
traditório entre alguns autores, ela pode ser en-
tendida de acordo com a visão de Stair (2004): “o 
valor da informação está diretamente ligado à manei-
1.6 Gestão da Informação
Veja, neste vídeo, como a tecnologia e os 
sistemas de informação estão ajudando as 
empresas a crescer em um mercado cada 
vez mais competitivo.
Acesse: https://www.youtube.com/
watch?v=xqb2qEOrxKQ.
MultimídiaMultimídia
ra como ela ajuda os tomadores de decisões a atingi-
rem as metas da organização”.
Outra definição, agora com sentindo mais 
voltado a custo versus benefício, pode ser obser-
vada de acordo com a visão de Oliveira (1988): “[...] 
a eficiência na utilização do recurso informação é me-
dida pela relação do custo para obtê-la e o valor do 
benefício para seu uso”.
Nesse caso, o autor se preocupa em saber a 
relação custo versus benefício antes mesmo de in-
vestir na informação. Algumas vezes, fica impossí-
vel o uso de fórmulas matemáticas para se calcu-
lar a viabilidade, sendo, dessa forma, o bem senso 
a melhor ferramenta a ser adotada para a análise.
O segundo fator envolve diretamente a 
qualidade da informação prática, pois por meio 
dela é que se podem obter com fidelidade os re-
sultados praticados para a tomada de decisões.
De acordo com Stair (2004), a qualidade da 
informação tem diversas características, as quais 
podem ser observadas no Quadro 1.
Douglas Melman
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12
Quadro 1 – Características da boa informação.
Precisa A informação precisa não tem erros.
Completa A informação completa contém todos os fatos importantes.
Econômica Deve-se considerar o custo da produção versus a importância da informação.
Flexível Pode ser utilizada para diversas finalidades.
Confiável Depende da fonte de informação.
Relevante Importante para a tomada de decisão.
Simples Pode causar sobrecarga de informação.
Em tempo É enviada quando necessária.
Verificável Pode ser checada com várias fontes.
Fonte: Adaptado de Stair (2004, p. 6).
A partir dessas características, podemos en-
tender que, quanto maior for a quantidade de in-
formações (úteis), maior será a probabilidade de 
termos um relatório gerencial de qualidade para 
a tomada de decisão.
Saiba maisSaiba mais
Saiba maisSaiba mais
Existe uma confusão entre os termos “gestão” e 
“administração”, ambos de origem latina. Porém, 
podemos sintetizá-los como:
Gestão é utilizada quando estamos nos referindo à 
administração de empresas.
Administração é normalmente associada quando 
temos uma espécie de administração pública.
1.7 Conceitos e Fases do Ciclo de Vida dos Sistemas
De acordo com o que discutimos no item 
1.3, o tempo de vida de um sistema depende 
muito da forma como ele é projetado. Esse siste-
ma deve ser projetado com base nas informações 
do cliente, por meio da análise de requisitos.
De posse desses requisitos, uma equipe 
passa a ser responsável por traduzir todas as ne-
cessidades do cliente, a fim de se criar um sistema 
que possa não só interpretá-las como também 
resolver de forma bastante ágil e com confiabili-
dade o problema em questão.
O sistema pode ser comparado à vida hu-
mana – temos várias etapas, desde a própria con-
cepção do ser humano, de crescimento, até a sua 
morte. Nesse caso, o tempo de “vida” vai depen-
der de como será a sua condução de vida desde 
os primórdios, levando em consideração vícios, 
condutas, fatores genéticos, entre outros.
Voltando a tratar dos sistemas, vários proje-
tos tiveram alterações prematuras ou, mesmo, fo-
ram abandonados pela falta de planejamento das 
equipes ao tratar do problema do cliente, criando 
sérios prejuízos não só financeiros como também 
em termos de tempo e qualidade dos resultados 
apresentados.
Os sistemas para fins de gestão empresarial 
apresentam um ciclo de vida relativamente curto, 
até em virtude da rápida evolução dos processos 
e das tecnologias. O tempo médio estimado para 
um sistema é de cinco anos, sendo que a maioria 
acaba sofrendo algum tipo de alteração ou mes-
mo uma implementação mais severa para aten-
der o atual estágio de operação de que o cliente 
necessita.
Para que se tenha um melhor aproveita-
mento do sistema, é necessário que, após o soft-
Sistemas Corporativos Integrados
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13
ware (sistema) ser entregue ao cliente, ele receba 
atenção constante, principalmente das pessoas 
que o “alimentam”, pois assim teremos um feed-
back com qualidade, e, consequentemente, o sis-
tema sofrerá atualizações que o manterão sempre 
de acordo com a necessidade da empresa.
Mas, pergunto a você: quais são as fases do 
ciclo de vida dos sistemas de informação?
Muito bem! Essa questão pode ser definida 
em oito etapas:
ƒƒ Concepção – criação do sistema de 
acordo com o levantamento de requi-
sitos junto ao cliente e elaboraçãodo 
projeto.
ƒƒ Construção – após análise de requisitos, 
a equipe passará a desenvolver a solu-
ção em forma de software.
ƒƒ Implantação – aqui, estamos na fase de 
testes, na qual o cliente é convidado a 
analisar o software desenvolvido, com 
suporte da equipe de desenvolvimen-
to, para verificar se todos os requisitos 
foram atendidos.
ƒƒ Implementação – após a verificação, 
surgem as famosas perguntas “podería-
mos melhorar isso?”, “poderíamos agre-
gar aquilo?”.
ƒƒ Maturidade – etapa em que o sistema 
passa a se desenvolver de forma plena, 
atuando de forma eficaz junto ao clien-
te.
ƒƒ Declínio – aqui, começamos a enfrentar 
problemas quanto à continuidade de 
utilização do sistema. O cliente observa 
que algumas funções não estão sendo 
mais atendidas pelo sistema.
ƒƒ Manutenção – nessa etapa, cabe à equi-
pe de desenvolvimento criar soluções 
para que o sistema continue em ope-
ração, por meio de pacotes de correção 
ou mesmo atualização do sistema.
ƒƒ Morte – aqui, o sistema passa a não for-
necer mais parâmetros confiáveis ao 
cliente e, dessa forma, torna-se inútil.
Essas definições podem ser acompanhadas 
na Figura 3, na qual observamos o ciclo de vida 
natural de um sistema de informação.
Figura 3 – Ciclo de vida de um sistema de informação.
Fonte: http://heitorjorgelau.blogspot.com.br/2012/11/intranet.html
Saiba maisSaiba mais
Quer saber mais sobre o ciclo de vida de um sis-
tema de informação? Então, acesse este material: 
http://www.eteavare.com.br/arquivos/43_37.pdf.
Douglas Melman
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
14
Neste capítulo, estudamos os princípios básicos que geram o contexto inicial de nossa disciplina. 
Foi possível a definição de algumas palavras-chave que serão utilizadas em nosso estudo, e, graças 
a ele, ficou evidenciada a importância dos sistemas de informação, aliados ao conhecimento humano e 
à organização entre eles. 
Portanto, deve-se acreditar no potencial humano e estimulá-lo para sempre proporcionar à empre-
sa, com o auxílio dos recursos da tecnologia da informação, soluções passíveis de serem utilizadas para 
a tomada de decisão.
Mas, para tanto, é necessário considerar os requisitos que são apontados pelos clientes para a de-
senvoltura do seu processo, sempre procurando amadurecer bem a ideia para que ela não gere desgas-
tes, conflitos, perdas econômicas, entre outros problemas.
Nessa conjectura, serão abordados, a cada capítulo, os parâmetros que impulsionam a evolução 
dos sistemas corporativos integrados, de maneira a formar conceitos que possibilitem um franco desen-
volvimento em termos conceituais e práticos acerca do assunto.
1.8 Resumo do Capítulo
1.9 Atividades Propostas
1. De acordo com Chiavenato, como podemos definir os pressupostos da TGS?
2. Quais são as características para uma boa informação?
3. De acordo com Oliveira, como se apresenta um sistema e quais são os estágios definidos? 
4. Quais são as fases do ciclo de vida dos sistemas de informação?
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15
Caro(a) aluno(a), após a descoberta de al-
guns pontos importantes relacionados aos con-
ceitos que envolvem a teoria geral de sistemas, 
dos sistemas computacionais como ferramenta e 
do ciclo de vida destes, passaremos a atentar às 
TECNOLOGIAS ALIADAS AOS SISTEMAS 
DE INFORMAÇÃO2
tecnologias que servem de plataforma para que 
os sistemas de informação computacionais pos-
sam desempenhar seu papel dentro do cenário 
corporativo. 
2.1 Hardware
Com o avanço da tecnologia, os computa-
dores passaram a ter suas taxas de desempenho 
muito superiores às que vinham sendo praticadas 
há uma década, por exemplo. Boa parte dessa 
evolução deve-se ao desenvolvimento de novas 
soluções em termos de arquitetura e organização 
de computadores. 
Os computadores atuais apresentam-se 
muito mais velozes, e isso se deve aos grandes 
investimentos que as empresas do segmento 
vêm adotando, para que esses aparelhos acom-
panhem as necessidades do mercado doméstico 
e corporativo.
Podemos definir o termo hardware como 
todos os componentes e periféricos que formam 
o computador, como, por exemplo, memória, 
placa-mãe, processador, dispositivos de armaze-
namento e gravação, fonte de alimentação, gabi-
nete, dispositivos de entrada e saída, entre outros.
Os computadores estão basicamente clas-
sificados, para fins didáticos, em três categorias:
ƒƒ computadores de grande porte (main-
frames);
ƒƒ computadores de médio porte (com-
putadores com grande capacidade de 
processamento, também conhecidos 
como workstation);
ƒƒ computadores de pequeno porte (com-
putadores de uso doméstico ou mesmo 
portátil).
Na Figura 4, podemos observar um diagra-
ma dos principais componentes de hardware (in-
ternos) de um computador.
Douglas Melman
Unisa | Educação a Distância | www.unisa.br
16
Figura 4 – Componentes de um computador.
Fonte: http://heitorjorgelau.blogspot.com.br/2012/11/intranet.html
É importante salientar que o conjunto de 
hardware é um dos requisitos a serem observados 
na escolha de um pacote de Enterprise Resource 
Planning (ERP), pois é graças a esse conjunto que 
podemos esperar o desempenho correto do pro-
cessamento da informação. 
Por exemplo, uma aplicação de ERP em uma 
empresa costuma ser executada em máquinas de 
médio porte, ou seja, com bom poder de proces-
samento, boa quantidade de memória (acima de 
2 Gigabytes de RAM) e espaço em disco suficien-
te para a sua instalação e uso de memória virtual. 
Nesse caso, boa parte dos pacotes encontrados 
comercialmente é atendida pelos requisitos de 
hardware anteriormente descritos.
Observe, na Figura 5, uma ilustração do ca-
minho percorrido pelos dados até sua transfor-
mação em informação, por meio do sistema com-
putacional.
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Figura 5 – Transformação de dados em informação por intermédio de um sistema computacional. 
Fonte: http://profalexmoretti.files.wordpress.com/2012/02/estrutura-fc3adsica-do-computador.pdf 
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Sistema computacional: é aquele que automatiza 
ou apoia a realização de atividades humanas por 
meio do processamento de informações.
http://engenhariadesoftware.blogspot.com.
br/2007/02/sistemas-computacionais.html, aces-
sado em 15/05/2013.
Caro(a) aluno(a), nosso intuito é transmitir a 
você um conceito básico sobre os computadores. 
Assim, podemos acompanhar, nas próximas duas 
figuras, as principais características físicas dos dis-
positivos mais importantes que formam um com-
putador.
A Figura 6 apresenta um resumo das princi-
pais características físicas dos processadores que 
fazem parte das máquinas atualmente comercia-
lizadas. 
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Figura 6 – Características físicas dos principais processadores comercializados atualmente pelas 
empresas Intel (Core) e AMD (Phenom e Athlon). 
Fonte: http://gamerztag.the-up.com/t29-amd-phenom-ii-x6-processador-amd-com-6-nucleos 
Na Figura 7, temos um resumo das prin-
cipais características físicas das memórias RAM 
(Random Acess Memory) ao longo dos anos. Em 
breve, estaremos utilizando as memórias DDR4, 
mas por enquanto consideraremos as memórias 
DIMM a DDR3. 
Figura 7 – Características físicas das memórias RAM. 
DIMM (Dual Inline Memory Module)
DDR (Double Data Rate)
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DDR2 (Double Data Rate)
DDR3 (Double Data Rate) – Atuais
Fonte: http://www.canaltech.com.br/o-que-e/memoria/Fique-por-dentro-de-todos-os-modelos-de-memoria-RAM/ 
Saiba maisSaiba mais
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Caro(a) aluno(a)!
Quer saber mais sobre hardware e outras tecnolo-
giasvoltadas aos computadores?
Acesse: http://www.canaltech.com.br/.
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20
2.2 Software
Bem, agora vamos tratar de um assunto que 
está ligado diretamente ao hardware. Trata-se do 
software, que começou a ser utilizado dentro dos 
ambientes corporativos a partir da década 1980.
O software pode ser definido como um 
conjunto de instruções obtidas a partir de uma 
linguagem de programação com a finalidade de 
“orientar” o hardware sobre como deve ser o seu 
funcionamento. 
Em nosso dia a dia, utilizamos softwares 
tanto para a compra de alimentos, de peças de 
carros, entre outras ações, como para acesso à in-
ternet, consulta de saldo bancário etc.
Atualmente, um sistema que tem sido mui-
to utilizado, em função de sua praticidade e de 
estar literalmente à mão, é o Android, pelos dis-
positivos portáteis como smartphones e tablets.
Os softwares podem ser classificados basi-
camente em softwares de sistemas e softwares de 
aplicativos.
Os softwares de sistemas podem ser defini-
dos como sistemas que têm a função de gerenciar 
a interface entre usuário e hardware. Como exem-
plo, podemos citar os sistemas operacionais, que 
são responsáveis pelas principais ações exercidas 
pelas máquinas. 
Em termos de sistemas operacionais, conhe-
cemos o famoso Windows, fabricado pela empre-
sa Microsoft e que tem como produto principal o 
Windows 8. Esse sistema é denominado “sistema 
proprietário”, ou seja, é necessária a aquisição da 
licença de uso para estar presente em um equi-
pamento. 
Outro sistema operacional também muito 
conhecido é o Linux, que não tem uma empresa 
específica que o desenvolve, pois se trata de um 
sistema de código-fonte livre (Movimento Soft-
ware Livre). 
O Linux surgiu em 1991, pelo estudante 
de Ciências da Computação da Universidade de 
Helsinki, Finlândia, Linus Torvarlds, que utilizou 
os seus conhecimentos do sistema operacional 
Unix (não padronizado entre os fabricantes) para 
desenvolver um sistema operacional que tivesse 
uma padronização (kernel comum), um código-
-fonte mais enxuto e que não perdesse a caracte-
rística de ser um software livre.
A partir dessa ideologia, surgiram as diver-
sas distribuições Linux existentes no mercado, 
sendo algumas gratuitas, e outras, pagas. Entre 
as distribuições mais conhecidas, estão Kurumin, 
Ubuntu, Fedora e Debian, entre outras.
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Kernel: é o componente central do sistema opera-
cional da maioria dos computadores; tem a função 
de servir como ponte entre aplicativos e o proces-
samento real de dados feito pelo hardware. As res-
ponsabilidades do núcleo incluem gerenciar os re-
cursos do sistema no que abrange a comunicação 
entre componentes de hardware e software.
 
Outro sistema, bem menos utilizado que o 
Windows e o Linux, é o sistema MAC OS, da em-
presa Apple. Ele foi criado de forma exclusiva para 
a plataforma da Apple e começou a ser desenvol-
vido no início da década de 1980. Mostrava, des-
de a sua apresentação, características que foram 
utilizadas anos depois pela sua concorrente, a Mi-
crosoft, como janelas, lixeira, comando de arrastar 
e soltar, entre outras.
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Softwares open source são aqueles que têm o códi-
go aberto para a visualização de qualquer usuário. 
Devem ser distribuídos gratuitamente, porém, a 
reprodução do código-fonte pode ser cobrada.
Softwares livres são aqueles que podem ser distri-
buídos, alterados, copiados. Nem sempre, porém, 
têm o código fonte distribuído com o software. 
Um software livre também pode ter custos; por 
exemplo, existe uma distribuição livre de uma apli-
cação, porém, a mesma aplicação com algumas 
alterações pode ser cobrada.
Por último, um sistema que vem sendo bas-
tante utilizado entre os usuários de smartphones 
e tablets é o Android, desenvolvido pela Google. 
Esse sistema teve o seu desenvolvimento a par-
tir de 2006, com o uso do kernel do Linux, e foi 
implementado para rodar aplicações multimídia 
com bom desempenho em dispositivos portáteis.
Caro(a) aluno(a)!
Quer saber mais sobre os sistemas opera-
cionais Windows, Linux e Mac OS?
Acesse: https://www.youtube.com/
watch?v=tFVF_RtHakk.
MultimídiaMultimídia 
2.3 Redes de Computadores
Dentro do conceito que envolve os siste-
mas corporativos está inserido o uso das redes 
de computadores. As empresas, antigamente, ti-
nham uma comunicação restrita, normalmente 
realizada por fax ou telefone, mas, com o passar 
dos anos, todo o cenário se modificou, e as em-
presas passaram a se organizar de forma a aten-
der diversos mercados pelo mundo.
Então, utilizando essa tecnologia, foi possí-
vel o uso dos sistemas integrados não só dentro 
de uma organização como também em diversos 
pontos geográficos, espalhados por outras cida-
des, estados, países e continentes.
De acordo com a literatura específica, uma 
rede de computadores pode ser definida como 
um sistema de comunicação de dados, constituí-
do por meio da interligação de computadores e 
outros dispositivos, com a finalidade da troca de 
informações e compartilhamento de recursos di-
versos.
Seu funcionamento implica a interação de 
um determinado conjunto de meios físicos, ou 
hardware, e determinados programas, ou soft-
wares.
Os sistemas ERP mais atuais são construídos 
com a utilização da arquitetura cliente/servidor, 
que pode ser definida como uma estrutura de 
processamento em que um computador, o clien-
te, requisita serviços de processamento de outro 
computador, o servidor. 
A conexão entre esses computadores é fei-
ta por intermédio de protocolos de rede, locais 
(LANs – local area networks) ou remotos (WANs – 
wide area networks). 
Saiba maisSaiba mais
Saiba maisSaiba mais
Protocolo TCP/IP é o principal protocolo de trans-
missão e recepção de dados em uma rede de 
computadores. TCP significa Transmission Control 
Protocol (Protocolo de Controle de Transmissão), e, 
IP, Internet Protocol (Protocolo de Internet).
Douglas Melman
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Observe, na Figura 8, um exemplo de rede 
de computadores utilizando o protocolo TCP/IP 
em uma rede local com acesso externo.
Figura 8 – Modelo de uma rede TCP/IP.
Fonte: http://www.cinelformacao.com/tda/files/ud5/ud5cap1p2.htm 
Caro(a) aluno(a)!
Quer saber mais sobre rede de computado-
res e seus aspectos? Assista a esta animação 
em 3D sobre a rede e a internet e a transfe-
rência da informação.
Acesse: https://www.youtube.com/
watch?v=Iqcp3k8DgGw.
MultimídiaMultimídia
Sistemas Corporativos Integrados
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23
Finalmente, chegamos ao último ponto a 
ser abordado para a fundamentação e o conhe-
cimento em termos de tecnologia em relação ao 
uso da ferramenta ERP. Trata-se do banco de da-
dos, que pode ser entendido como o responsável 
pelo armazenamento das informações de uma 
empresa. 
Esses bancos de dados são formados por 
um conjunto de arquivos, compostos por regis-
tros e campos que armazenam informações pre-
ciosas para o bom andamento das atividades das 
empresas.
Em se tratando de empresas, as informa-
ções são variadas, e, consequentemente, surgem 
diversos bancos de dados; estes são controlados 
pelos Sistemas de Gerenciamento de Banco de 
Dados (SGBDs).
2.4 Banco de Dados
O SGBD é responsável pelo gerenciamento 
dos dados, tornando, assim, rápida a consulta às 
informações buscadas.
A linguagem utilizada para a criação do 
banco de dados é a SQL (Linguagem de Consulta 
Estruturada), e sua estrutura é baseada no relacio-
namento entre tabelas, facilitando a organização 
dos dados.
Na Figura 9, temos umarepresentação es-
quemática que mostra a utilização de um sistema 
de três camadas (apresentação, aplicação e banco 
de dados) para requisição de uma informação a 
partir de um cliente até um servidor de dados. 
Figura 9 – Características físicas das memórias RAM.
Fonte: http://www.cinelformacao.com/tda/files/ud5/ud5cap1p2.htm 
De forma similar ao que ocorre nos sistemas 
operacionais e softwares comuns, os programas 
de gerenciamento de banco de dados estão clas-
sificados em duas classes.
A primeira são os SGBDs de código aberto 
ou software livre, em que é possível a implemen-
tação de acordo com a necessidade do cliente. 
Como exemplo, podemos citar o MySQL e o Post-
gre.
A segunda são os SGBDs de código fechado 
ou proprietário, que têm a necessidade da aqui-
sição de uma licença de funcionamento. Como 
exemplo, podemos citar o Oracle e o Microsoft 
SQLServer.
Douglas Melman
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24
Neste capítulo, estudamos as principais tecnologias ligadas ao uso dos sistemas corporativos inte-
grados, ou sistemas ERP.
Inicialmente, procuramos mostrar ao aluno como é importante, para quem vai implantar a tecnolo-
gia, conhecer os mais variados aspectos que envolvem a escolha certa do hardware, do tipo de software, 
do tipo de rede e da solução em banco de dados.
Em relação ao hardware, a opção não fica presa apenas à escolha do processador, por exemplo. 
Temos que partir da necessidade ou do requisito de que a solução de software necessita. 
Na questão do software, é necessário ver se a aplicação funciona no sistema operacional escolhido 
e se os softwares que nessa máquina existem dão suporte a outras operações que possam ser necessá-
rias.
Em termos de redes de computadores, fica o conhecimento de como será a comunicação entre 
as máquinas que estarão habilitadas a operar a solução ERP e a máquina responsável por armazenar as 
informações de forma centralizada, em um computador denominado “servidor”.
Além disso, aprendemos sobre a própria escolha do tipo de banco de dados – podemos ter solu-
ções abertas, com liberdade de alteração do código-fonte, ou soluções fechadas, que vêm com a neces-
sidade da compra de licença para utilização.
Sanadas essas dúvidas, podemos considerar a explanação apresentada um passo bastante impor-
tante rumo à implantação do sistema, cabendo, agora, o estudo prévio da empresa, a implantação. Por 
último, tentaremos reduzir ao máximo o problema do impacto cultural dessa nova solução ante o capital 
humano da empresa.
Caro(a) aluno(a)!
Quer saber mais sobre banco de dados, em especial MySQL?
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=r122rNpobmw (01)
https://www.youtube.com/watch?v=Z4V6Dgxrcww (02)
https://www.youtube.com/watch?v=1tYNGEcN-sY (03)
MultimídiaMultimídia
2.5 Resumo do Capítulo
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25
1. Como podemos definir o termo técnico hardware?
2. Por que o hardware é um requisito importante para o responsável pela implantação do sistema 
ERP?
3. Como podemos definir os termos software open source e software livre?
4. Como podemos definir “rede de computadores”?
5. Defina SGBD.
 
2.6 Atividades Propostas
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27
Caro(a) aluno(a), neste capítulo, passare-
mos a abordar o tema central desta disciplina, 
que são os sistemas integrados de gestão (SIGs). 
Vamos fazer um estudo da sua evolução, desde 
os primórdios, para que você possa entender a 
real necessidade de sua aplicação nos meios de 
produção atuais como ferramenta cooperativa na 
gestão das empresas. 
SISTEMAS INTEGRADOS DE GESTÃO3
3.1 Evolução
A origem e a evolução dos SIGs podem ser 
correlacionadas à própria evolução dos computa-
dores em termos de arquitetura de computado-
res e software, em virtude da expansão natural 
das empresas e da constante busca por inovação 
tecnológica.
O primeiro passo para esse desenvolvimen-
to ocorreu na década de 1960, com a criação do 
sistema BOM Bill Of Materials, que era responsá-
vel pela parte de manufatura de produtos no que 
tange ao gerenciamento da lista de materiais. 
Esse tipo de sistema é adotado até hoje e tem 
aplicação em empresas tanto de pequeno como 
grande porte, que o utilizam para o incremento 
do ciclo de vida de um produto.
De acordo com a literatura e com os desen-
volvedores da solução Teamcenter, a aplicação da 
solução BOM resulta nos recursos e benefícios lis-
tados a seguir.
Recursos da solução de gerenciamento da 
lista de materiais:
ƒƒ suporte para definições de BOM sim-
ples e completas;
ƒƒ auditoria de BOM e recursos de análise;
ƒƒ gerenciamento de configuração do 
produto;
ƒƒ gerenciamento de contexto;
ƒƒ suporte estendido ao ciclo de vida;
ƒƒ integrações de sistemas e aplicativos 
abertos.
Benefícios da solução de gerenciamento da 
lista de materiais:
ƒƒ redução da complexidade, eliminando 
a necessidade de vários sistemas de 
BOM;
ƒƒ garantia da precisão e da integridade 
para todos os envolvidos;
ƒƒ fornecimento de clareza a todos os en-
volvidos, com informações precisas e 
recursos de análise de BOM;
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28
ƒƒ melhora do sucesso do produto, geren-
ciando mais opções sem esforços adi-
cionais, oferecendo mais variedade de 
produtos, sendo mais flexível às neces-
sidade do cliente e rapidamente atuali-
zando os produtos;
ƒƒ corte de custos de desenvolvimento, 
com aumento da reutilização e da pre-
cisão da lista de materiais e redução dos 
tempos de ciclo;
ƒƒ melhora da produtividade, com visibi-
lidade personalizada de informações 
claras, atuais e precisas da lista de ma-
teriais;
ƒƒ redução de erros e retrabalho ao fazer 
a conexão entre o projeto e a entrega;
ƒƒ corte de custos de garantia e reclama-
ções com recursos incorporados;
ƒƒ diminuição do tempo e dos erros, coor-
denando informações essenciais da 
BOM com outros processos de negó-
cios importantes.
Na Figura 10, podemos observar o módulo 
BOM da aplicação Teamcenter, da empresa Sie-
mens. Nela, temos a demonstração do uso do 
módulo BOM para a visualização do produto pro-
jetado ou manufaturado.
Assista à demonstração da ferramenta em:
http://www.plm.automation.siemens.com/
pt_br/products/teamcenter/bill-of-mate-
rials-bom-management/#lightview%26uri
=tcm:882-80502%26title=Bill%20of%20Ma-
terials%20Management%20-%20Video%20
(TC%208)%26docType=.flv
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Figura 10 – Tela da aplicação Teamcenter – Módulo BOM – Siemens.
Fonte: Siemens (2013).
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29
Com o passar dos anos, foram necessários 
novos recursos tecnológicos para acompanhar a 
necessidade de expansão do controle de manufa-
tura, e, assim, surgiram outros sistemas, que, por 
sua vez, utilizaram a base dos anteriores para o 
seu desenvolvimento e funcionamento. 
Como exemplo, podemos citar o MRP I (Ma-
terial Requirements Planning), o CRP (Capacity Re-
quirements Planning), o MRPII (Manufacturing Re-
source Planning) e, finalmente, o que se conhece 
hoje como ERP.
O MRP I permite que as empresas calculem 
a qualquer momento os materiais de diversas es-
pecificações que são necessários, garantindo que 
sejam providenciados a tempo, para que se pos-
sam executar os processos de manufatura.
Seu princípio de funcionamento é similar ao 
BOM, porém, houve a inserção de módulos que 
garantiram ao sistema ERP I maior produtividade 
em comparação ao que o BOM realizava. 
O sistema ERP I necessita que a empresa 
mantenha os dados em arquivos no computador, 
dados estes que são chamados pelo programa 
MRP I em sua execução, com instruções realizadas 
normalmente em lote batch, as quais são verifica-
das e, após o processamento,atualizadas.
Na Figura 11, temos um diagrama dos mó-
dulos que surgiram com o advento do ERP I.
Figura 11 – O fluxo de entradas e saídas do MRP I.
 
 
Fonte: Toledo (2008).
Carteira de pedidos
Listas de materiais BOM
Ordens de compra Planos de materiais Ordens de trabalho
Planejamento das 
necessidades de materiais 
MRP
Registros de estoque
Programa-mestre de 
produção MPS Previsão de vendas
É importante salientar que a utilização do 
ERP não é uma técnica única para a saúde de um 
processo, mas uma parte dele. E, para que se au-
mente o sucesso de sua implantação, é necessário 
entender que as soluções do passado, que antes 
davam certo, podem não ser adequadas, e então 
é necessário um novo estudo para a implantação.
Podemos observar, na Figura 12, um plano 
de implantação de MRP I, no qual temos o estudo 
de quatro etapas fundamentais no processo, que 
são: 
ƒƒ diagnóstico do problema ou dos pro-
blemas;
ƒƒ planejamento;
ƒƒ execução;
ƒƒ diagnóstico.
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30
Figura 12 – Plano de implementação de um sistema MRP I.
Fonte: http://www.gestaoindustrial.com/mrp.htm
O CRP, ou Planejamento das necessidades 
de capacidade, foi uma técnica criada para deter-
minação das capacidades de mão de obra e de 
equipamento, necessárias para cumprir o Plano 
Diretor de Produção e o MRP.
O Plano Mestre de Produção (PMP), ou Mas-
ter Production Schedule (MPS), é definido como 
um relatório de informações que tratam dos itens 
que devem ser produzidos e do momento espe-
cífico em que cada um deverá ser produzido, em 
determinado período. O período é expresso por 
algumas poucas semanas, podendo chegar de 
seis meses a um ano.
Já o Inventário Mestre trata das seguintes 
informações:
ƒƒ existência do produto em estoque;
ƒƒ necessidade bruta do produto;
ƒƒ recebimentos de produtos em relação à 
programação;
ƒƒ lançamentos de encomendas/manufa-
tura;
ƒƒ dimensão dos lotes;
ƒƒ níveis de estoque de segurança;
ƒƒ níveis máximos de produtos.
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31
Na Figura 13, podemos observar o crono-
grama de atividades com a adoção do conjunto 
MRP + CRP para o estudo e a aplicação do contro-
le de viabilidade. 
Caro(a) aluno(a), veja este exercício sobre 
MRP e sua resolução:
https://www.youtube.com/
watch?v=zEGLCFqgZFM.
MultimídiaMultimídia
Figura 13 – O fluxo de trabalho MRP + CRP.
Fonte: http://paginas.fe.up.pt/~mac/ensino/docs/Operacoes/AMRPCRP.pdf
Com o avanço da tecnologia e, consequen-
temente, com o aumento do consumo de ma-
teriais, houve a necessidade da elaboração do 
conceito de Planejamento de Recursos de Manu-
fatura (Manufacturing Resource Planning), ou MRP 
II, que surgiu no fim da década de 1980 e permi-
tiu que a gestão das empresas avaliasse melhor 
as movimentações nas áreas de finanças (aporte 
financeiro) e de engenharia (equipamentos, pes-
soal, máquinas), bem como as necessidades natu-
rais de materiais para a produção.
Nesse campo, a arquitetura do sistema MRP 
I foi implementada para o planejamento de recur-
sos de manufatura (MRP II), os quais passaram a 
incorporar as informações anteriormente veicula-
das para um sistema integrado de gestão de ma-
nufatura para as empresas.
Um comparativo resumo das características 
do MRP I e do MRP II é mostrado na Figura 14.
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Figura 14 – Comparativo entre MRP I e MRP II.
O QUE
QUANTO
QUANDO
M
RP
M
RP
 II
COMO
PRODUZIR E 
COMPRAR
SISTEMA DE APOIO 
ÀS DECISÕES DE
Fonte: Adaptada de http://www.gestaoindustrial.com/mrp.htm
Caro(a) aluno(a)! Assista, nesta videoaula, a uma aplicação prática de MRP II 
por meio do software Omega. Observe algumas dicas com relação ao uso 
de MRP I e MRP II.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=vfSvKUrj2Vk.
MultimídiaMultimídia
3.2 ERP
No começo dos anos de 1990, surgiram os 
primeiros sistemas integrados de gestão, conhe-
cidos como sistemas ERP. No Brasil, eles começa-
ram a chegar a partir de 1997, tendo seus primei-
ros sistemas de valor muito alto, compatível, na 
época, somente com empresas de grande porte.
O primeiro fornecedor de uma solução ERP 
foi uma empresa alemã conhecida como SAP, que 
se tornou referência por muito tempo no merca-
do de ERP, porém hoje tem fortes concorrentes, 
como a Oracle e a Microsoft. 
No cenário brasileiro, além das empresas 
citadas anteriormente, temos também a inclusão 
da brasileira Totvs, que detém uma fatia bastante 
expressiva do mercado brasileiro em termos de 
soluções ERP.
Voltado ao assunto central deste tópico, 
existem várias definições que descrevem o siste-
ma ERP. Podemos defini-lo, de forma mais gené-
rica, como um sistema de informação integrado, 
com a finalidade de dar suporte à maioria das 
operações de uma empresa, sendo estes adquiri-
dos na forma de um sistema comercial. 
Esse sistema apresenta algumas caracte-
rísticas próprias, entre elas o fato de estarem 
agrupados em módulos, que se comunicam e se 
atualizam por meio de uma mesma base de da-
dos central (banco de dados), permitindo, assim, 
um elo de comunicação entre diversos setores de 
uma empresa a uma mesma base. 
De acordo com a Figura 15, podemos ter 
uma ideia de como o ERP interage nos meios ge-
renciais de uma empresa, bem como da sua im-
portância junto à tomada de decisão.
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33
Figura 15 – Importância do ERP para a tomada de decisão.
Quando bem implantado, algo que vere-
mos mais a frente, esse sistema tem a capacidade 
de auxiliar no controle do planejamento da em-
presa, proporcionando a utilização de ferramen-
tas de planejamento, as quais servem de meca-
nismo para a análise do impacto de decisões em 
relação à área de manufatura, suprimentos, finan-
ças, recursos humanos, entre outras áreas especí-
ficas dentro da empresa.
Tratando a definição de ERP em uma visão 
profissional e nem tanto acadêmica, a Deloitte 
(1998), define ERP como
um pacote de software de negócios que 
permite a uma companhia automatizar e 
integrar a maioria de seus processos de 
negócio, compartilhar práticas e dados 
comuns através de toda a empresa e pro-
duzir e acessar informações em um am-
biente de tempo real. 
Para Devenport (1998), o sistema ERP é tra-
tado como “um pacote comercial de software que 
tem a finalidade de organizar, padronizar e inte-
grar as informações transacionais que circulam 
pelas organizações”.
O desenvolvimento do ERP partiu de algu-
mas premissas, como, por exemplo, do fato de 
não ser desenvolvido para um cliente específico 
e de adotar as melhores práticas de mercado em 
sua construção e adequação ao propósito. 
Como curiosidade, a sigla ERP surgiu de 
uma empresa americana de pesquisa, o Gartner 
Group; sua principal intenção era demonstrar que 
o ERP era o sucessor dos sistemas MRP II, devido 
às necessidades que as empresas apresentavam 
ao longo do tempo. 
Apesar de o ERP ser tecnicamente um pa-
cote de software adquirido de forma “pronta”, a 
empresa que for implantar essa solução deverá 
se adaptar às características e funcionalidades do 
produto. No entanto, como veremos mais adian-
te, é possível obter algumas situações que tornem 
a sua implantação menos traumática tanto à em-
presa como ao seu quadro de funcionários, visto 
que esse sistema tem a função de auxiliar no pro-
cesso, e não de ser o salvador, como infelizmente 
alguns gestores enxergam a ferramenta. 
Caro(a) aluno(a)! Tenho certeza de que você 
está ansioso(a) para conhecer mais sobre a 
ferramenta. Que tal assistir a este vídeo so-
bre as principais características do ERP?
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=2ujdn5G7W20.
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34
Os sistemas ERP apresentam uma série de 
características próprias que os tornam importan-
tes para suporte em relação à tomada de decisão 
por parte dos responsáveis dentro da empresa. 
Os principais aspectos dos possíveis bene-
fícios e dificuldades estão ligados diretamente 
com a sua utilização e com os aspectos pertinen-
tes ao sucesso de sua implementação, que serão 
listados a seguir:
ƒƒ Os sistemas ERP são pacotes comer-
ciais de software.
A ideia básica da utilização de pacotes co-
merciais é solucionar um dos grandes problemas 
que ocorrem na construção de sistemas por meio 
dos métodos tradicionais de análise e programa-
ção – a falta de entrega do projeto em termos de 
prazo e de orçamento. 
Segundo Gibbs (1994), “em média, os proje-
tos de desenvolvimento de software ultrapassam o 
cronograma em 50%. Projetos maiores geralmente 
ultrapassam mais”.
Muitas pesquisas têm sido realizadas, e 
diversas formas têm sido usadas para tentar re-
solver esse problema, como é o caso do uso de 
novas metodologias de desenvolvimento, da 
prototipação, da utilização de ferramentas CASE 
(Computer-Aided Software Engineering) e das lin-
guagens e metodologias orientadas a objeto com 
o intuito de evitar a reutilização de componentes 
de software. 
Uma alternativa encontrada e bastante uti-
lizada é o uso de pacotes comerciais de software. 
Apesar de os pacotes comerciais serem relativa-
mente caros, podemos pensar que o valor final do 
produto pode ser dividido entre diversos usuá-
rios, o que reduz radicalmente o custo de cada 
um”.
3.3 Características dos Sistemas ERP
ƒƒ Os sistemas ERP são desenvolvidos a 
partir de modelos-padrão de proces-
sos.
Processos de negócios podem ser definidos 
como um conjunto de tarefas e procedimentos 
interdependentes realizados para alcançar um 
determinado resultado empresarial. Dessa forma, 
de acordo com os demais pacotes comerciais, os 
sistemas ERP não são desenvolvidos para clientes 
específicos, procurando atender a requisitos ge-
néricos do maior número possível de empresas, 
justamente para explorar o ganho de escala em 
seu desenvolvimento. 
Portanto, para que possam ser construídos, 
é necessário que incorporem modelos de proces-
sos de negócio, obtidos por meio da experiência 
acumulada pelas empresas fornecedoras em re-
petidos processos de implantação ou criados por 
empresas de consultoria e pesquisa em processos 
de benchmarking.
ƒƒ Os sistemas ERP são integrados.
Existe certa confusão entre os termos “em-
presa integrada” e “sistemas integrados”, pois o 
primeiro é um objetivo, e o segundo é um meio 
para atingi-lo.
Os sistemas ERP realmente integrados são 
desenvolvidos como um único sistema empre-
sarial que atende a todos os setores da empresa, 
mas em oposição a um conjunto de sistemas que 
atendem isoladamente a cada um deles. 
Entre as diversas possibilidades de inte-
gração oferecidas pelo ERP estão o compartilha-
mento das informações gerais entre os módulos, 
de maneira que cada informação seja inserida no 
sistema de uma única vez, e a verificação cruzada 
de informações entre diferentes partes do siste-
ma. Um exemplo é a verificação de notas fiscais 
de entrada, no recebimento, comparando-as com 
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os dados de pedidos de compra e garantindo o 
recebimento apenas com preços e quantidades 
corretos. 
Devemos entender que o fato de um siste-
ma ERP ser integrado não leva necessariamente 
à construção de uma empresa integrada. O siste-
ma é meramente uma ferramenta para que esse 
objetivo seja atingido, e, para isso, muito trabalho 
deverá ser realizado.
ƒƒ Os sistemas ERP têm grande abran-
gência funcional.
Entre as diversas formas de se desenvolver 
sistemas totalmente integrados está a utilização 
de um único banco de dados centralizado, deno-
minado “banco de dados corporativo”. 
Nesse caso, interpõem-se desafios organi-
zacionais significativos para a empresa, entretan-
to, as dificuldades de implementação, em geral, 
são plenamente compensadas pelas vantagens 
que essa solução traz consigo. 
ƒƒ Os sistemas ERP utilizam um banco 
de dados corporativo.
Uma diferença entre os sistemas ERP e os 
softwares tradicionais é a característica funcional 
de sua estrutura, isto é, a ampla variedade de fun-
ções empresariais atendidas. 
Normalmente, no caso dos demais pacotes, 
apenas uma função empresarial é atendida, pos-
sivelmente com maior profundidade do que por 
meio da utilização de um sistema ERP. 
A ideia dos sistemas ERP é poder fazer com 
que abranjam o maior número possível de ativi-
dades dentro de uma empresa, porém, é possível 
encontrar pacotes especialmente desenvolvidos 
para o atendimento de determinadas funções 
empresariais que superam os sistemas ERP co-
mercialmente encontrados. 
Caro(a) aluno(a)! Veja a demonstração des-
te ERP voltado a empresas de pequeno e 
médio porte. Sistema de uso por meio da 
internet.
Acesse: https://www.youtube.com/
watch?v=mv07l-zqKVU.
MultimídiaMultimídia
A necessidade de utilização desses siste-
mas obriga, por vezes, o trabalho de criação de 
interfaces de comunicação entre os ERP e outros 
sistemas.
ƒƒ Os sistemas ERP requerem procedi-
mentos de ajuste.
O processo de adaptação do software ocor-
re pelo simples fato de o sistema ERP ter uma 
pode ser entendida por meio do qual o sistema 
ERP é preparado para ser utilizado em uma deter-
minada empresa. 
Como será discutido mais adiante, a adap-
tação pode ser entendida como um processo de 
eliminação de diferenças entre o pacote e a ne-
cessidade da empresa.
Além das características apresentadas, ou-
tros conceitos importantes relativos aos sistemas 
ERP são: funcionalidade, módulos, parametriza-
ção, configuração, customização, localização e 
atualização de versões.
Douglas Melman
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Davenport (1998) divide os sistemas ERP em 
quatro blocos básicos: financeiro, recursos huma-
nos, operações e logística e vendas e marketing. 
Exemplos de módulos do bloco financeiro 
seriam contabilidade, contas a pagar, contas a re-
ceber, fluxo de caixa. 
Exemplos do bloco de recursos humanos 
seriam folha de pagamento, gerenciamento de 
recursos humanos e controle de despesas de via-
gem. 
Exemplos de módulos de operações e logís-
tica seriam o gerenciamento de estoques, o MRP, 
o faturamento. 
3.4 Arquitetura ERP
Exemplos de módulos de vendas e marke-
ting seriam processamento de pedidos e geren-
ciamento e planejamento de vendas.
Podemos observar, na estrutura de um ERP, 
presente na Figura 16, ao centro, um banco de da-
dos que recebe e fornece dados para uma série 
de aplicações que suportam as diversas funções 
de uma empresa. A utilização de um banco de da-
dos central agiliza o fluxo de informações, favore-
cendo os negócios da empresa.
Figura 16 – Arquitetura ERP – estrutura modular de um ERP.
Fonte: Davenport (1998).
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37
Assim como nos demais pacotes comer-
ciais, os sistemas ERP apresentam diferenças em 
seu ciclo de vida em relação aos modelos de ciclo 
de vida tradicionais. 
Os sistemas ERP apresentam grandes di-
ferenças em relação aos pacotes comerciais tra-
dicionais no que se refere à quantidade de fun-
cionalidades e à visão de processos refletida na 
integração entre seus diversos módulos. 
Para a definição de uma proposta de mode-
lo de ciclo de vida para sistemas ERP são tomados 
como base os modelos de ciclo de vida tradicio-
3.5 Ciclo de Vida de um ERP
nais, as características e etapas de ciclo de vida de 
pacotes comerciais desoftware, os modelos de 
implementação de tecnologia da informação (TI), 
as características específicas dos sistemas ERP e 
uma revisão da literatura existente a respeito da 
seleção, da implementação e da utilização de sis-
temas ERP. 
Um modelo prático para determinarmos o 
ciclo de vida de sistemas ERP pode ser observado 
na Figura 17.
Figura 17 – Ciclo de vida de um ERP.
Fonte: http://fsisistemaserp.files.wordpress.com/2010/06/h.jpg
Esse modelo é composto pelas etapas de 
decisão, escolha, implementação e utilização.
As etapas de decisão e escolha ocorrem 
uma única vez, e as de implementação e utiliza-
ção, muitas vezes, simultaneamente. 
Cada uma dessas iterações representa uma 
etapa de implementação que conduz, ao seu tér-
mino, a uma nova fase na utilização do sistema, 
na qual mais funções estão implementadas e in-
tegradas. 
E, a cada etapa de implementação, recebe 
novas demandas e restrições decorrentes da fase 
de utilização em que o sistema ERP se encontra. 
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38
Neste capítulo, estudamos os aspectos que estão voltados aos sistemas integrados de gestão, tam-
bém conhecidos como SIGs. 
Observamos a sua importância dentro de uma organização, por meio de sua colaboração com os 
setores diversos de uma empresa genérica e o consequente alinhamento e integridade das informações 
armazenadas por meio de um banco de dados.
Fez-se uma análise das principais características dos sistemas MRP I, MRP II e ERP, desde a sua pró-
pria existência até a definição de parâmetros importantes para a sua caracterização.
Mostraram-se o ciclo de vida de um ERP e sua analogia com os demais softwares existentes.
No próximo capítulo, abordaremos a aplicação e as soluções ERP existentes no mercado.
3.6 Resumo do Capítulo
3.7 Atividades Propostas
1. Defina o MRP I.
2. Quais foram as vantagens em se realizar as implementações no MRP I que deram origem ao 
MPR II?
3. Como é definido o ERP segundo Deloitte?
4. Quais são os fatores levados em consideração na escolha para a determinação do ciclo de vida 
de um ERP?
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Caro(a) aluno(a), após a análise de alguns 
pontos importantes na escolha do produto ERP, 
passaremos a atentar agora para a implantação 
propriamente dita. 
IMPLANTAÇÃO DO SISTEMA ERP4
Além disso, verificaremos algumas soluções 
ERP gratuitas, comerciais e on-line.
4.1 Etapa de Decisão e Seleção
Após o estudo referente ao ERP, chegamos a 
uma das etapas mais importantes do processo de 
implantação do sistema em uma empresa.
Trata-se da etapa de decisão e seleção do 
pacote a ser utilizado. Esta não é apenas mais um 
etapa no processo, pois ela envolve vários fatores 
importantes e decisivos para seu bom andamen-
to e, consequentemente, os frutos que este pode 
gerar para a administração da empresa a médio e 
longo prazo.
Hoje, as empresas de soluções em ERP bus-
cam trabalhar seus produtos em termos genéri-
cos, ou seja, fazer o seu produto alcançar o maior 
número de empresas possível, mas vale sempre 
a pena lembrar que estes não estão desenvolvi-
dos especificamente para uma empresa X ou uma 
empresa Y. Nesse caso, uma equipe de tecnologia 
da informação deverá estar apta a adequá-los ao 
perfil da empresa. 
Existem outras possibilidades, como a ter-
ceirização para as modificações que se façam ne-
cessárias no sistema ou, até mesmo, a contrata-
ção dos serviços do próprio fabricante da solução 
para o desenvolvimento de um pacote adicional 
ao fornecido e adquirido originalmente.
Mas, para que tudo isso seja possível, é im-
portante definirmos dentro da empresa quem 
serão as pessoas que cuidarão da escolha da fer-
ramenta, incluindo a análise dos requisitos, que, 
conforme discutimos anteriormente, é a parte 
fundamental de todo o estudo – ou seja, verificar 
quais são as necessidades da empresa, quais são 
as fragilidades que ela mostra perante os concor-
rentes; assim, podermos definir a melhor solução 
ERP a ser aplicada à empresa.
Para começarmos uma rotina de implemen-
tação de uma solução ERP, partimos da escolha 
de pessoas-chave dentro da empresa que forma-
rão a equipe.
Geralmente se adotam como pessoas que 
formarão essa equipe pessoas de TI, gerentes de 
áreas dentro da empresa, que são os maiores co-
nhecedores dos processos que ocorrem dentro 
delas.
Conforme abordado, essa equipe pode ser 
formada totalmente dentro da empresa, mescla-
da com uma empresa de consultoria na área de 
ERP ou mesmo totalmente formada pela consul-
toria. 
Tudo isso vai depender de como a empre-
sa está estruturada, pois existem casos em que a 
própria equipe de colaboradores da empresa se 
mostra reticente à sua aplicação.
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A partir da formação da equipe, essas pes-
soas passarão a fazer um levantamento das ne-
cessidades que a empresa apresenta, dos seus 
pontos fortes, pontos fracos, dos requisitos de 
cada área.
Na Figura 18, podemos observar um exem-
plo de estrutura de equipe formada para a análise 
e implantação do sistema ERP na empresa. Essa 
equipe é denominada “Comitê Executivo”, res-
ponsável pela tomada de decisões com o auxílio 
dos níveis inferiores.
Figura 18 – Estrutura organizacional do projeto.
Fonte: http://fsisistemaserp.files.wordpress.com/2010/06/h.jpg
De acordo com Tonini (2003), é importante 
que a equipe tenha em mente que, desde o iní-
cio, é importante trabalhar de forma organizada e 
coesa, pois esse trabalho será a base dos frutos a 
serem colhidos com a implantação.
Podemos observar, na Figura 19, a repre-
sentação do processo de seleção com múltiplos 
filtros para a escolha de uma solução ERP.
Figura 19 – Modelo de seleção com múltiplos filtros.
Fonte: Tonini (2003).
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Ainda segundo Tonini (2003), a equipe de-
verá seguir alguns pontos importantes dentro da 
fase de conhecimento das necessidades do negó-
cio:
ƒƒ procedimentos iniciais (observar as 
necessidades da empresa e pontuá-las 
por meio de um questionário de acordo 
com a prioridade dentro de cada setor);
ƒƒ seleção prévia (buscar fornecedores de 
soluções por intermédio de recomen-
dação, divulgação web, conhecimento 
prévio, com o intuito de fazer uma filtra-
gem inicial, visto que o mercado atual 
é composto por vários fornecedores de 
soluções ERP);
ƒƒ avaliação funcional (aqui, a equipe de-
verá avaliar as soluções que foram filtra-
das para uma possível implantação na 
empresa, buscando material entregue 
pelo fornecedor, tipo de suporte apre-
sentado por ele, funções do sistema dis-
poníveis);
ƒƒ avaliação tecnológica e de mercado (a 
equipe deve ter conhecimento do pá-
tio tecnológico existente na empresa, 
de hardware, software, banco de dados 
e da documentação existente, para ver 
se a futura solução escolhida estará de 
acordo com os recursos disponíveis);
ƒƒ refinamento e análise (aqui, estaremos 
tratando de poucas opções de escolha, 
tentando simular a implantação peran-
te a empresa de algum setor e buscar 
a conformidade com o estudado e o 
apresentado);
ƒƒ decisão (última etapa – os sistemas es-
tarão pontuados em um ranking reali-
zado por questionário próprio junto à 
equipe, e dele surgirá um relatório, que 
será entregue ao diretor ou responsá-
vel pela decisão e compra comercial do 
produto).
Esse processo vai decorrer de um estudo 
quanto à necessidade da empresa, e um exemplo 
pode ser observado nas Figuras 20 e 21, nas quais 
temos, na primeira figura, o grau de importân-
cia da necessidade da empresa e, na segunda, o 
modo como elas serão avaliadas e posteriormen-
te trabalhadas.
Figura 20 – Filtro em termos de importância dentro do processo.Fonte: Tonini (2003).
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Figura 21 – Fragmento de formulário elaborado pela equipe de seleção.
Fonte: Tonini (2003).
Caro(a) aluno(a):
Veja esta entrevista do Diretor de Serviços da Senior, Omar Lorenzini Jr, sobre o levantamento de 
requisitos para a realização do projeto de implantação do ERP.
Acesse: https://www.youtube.com/watch?v=7di14oLDXDw.
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4.2 Obstáculos à Implantação do ERP
Toda mudança organizacional em uma em-
presa gera certo desconforto, em razão do surgi-
mento de muitas incertezas quanto ao futuro da 
empresa e de seu capital humano (funcionários). 
Existem muitos casos de insucesso na im-
plantação do ERP nas empresas, tendo sido con-
tabilizado os seguintes fatores, de acordo com 
elas:
ƒƒ custos elevados (os sistemas apresen-
tam preços fora da realidade para algu-
mas empresas, porém, as vezes, o custo 
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também será decorrente de treinamen-
tos e implementações futuras, que não 
foram previstas corretamente no estu-
do da ferramenta a ser adotada);
ƒƒ complexidade de customização (alguns 
fabricantes tentam adequar o seu pro-
duto o mais próximo da necessidade do 
cliente, porém nem sempre é possível 
alterar o sistema de forma simples, e, 
nesse caso, existe um desdobramento 
alto por parte da equipe em fornecer a 
solução ao problema apresentado);
ƒƒ resistência a mudanças (aqui, temos 
um grande problema, pois as pessoas 
devem entender que o sistema não 
trabalha sozinho e também não fecha 
postos de trabalho. Ele tem a missão de 
simplificar a parte de controle de entra-
das e saídas de pedidos, fornecedores, 
matéria-prima, enfim, de forma a maxi-
mizar a estrutura existente e gerar bons 
dividendos à empresa);
ƒƒ compatibilidade (devemos ter em men-
te que existem programas na empresa 
que estão gerenciando determinadas 
áreas, e estes passam a ser denomina-
dos “sistemas legados”. Nesse caso, é 
importante estudar a viabilidade da 
integração do mesmo, junto ao ERP, 
de forma a aproveitar o que já existe 
de pronto na empresa e, consequente-
mente, evitar o retrabalho ou mesmo 
deixá-lo “ilhado” ante o ERP);
ƒƒ cultura da organização (a organiza-
ção da empresa também é um ponto 
importante de sucesso e fracasso da 
aplicação, pois, com a implantação, de-
terminados setores podem sofrer ade-
quações naturais, e se estas não forem 
bem recebidas ou discutidas, a empresa 
certamente passará a ter dificuldades 
na implantação do ERP);
ƒƒ consultoria (a consultoria tem um pa-
pel muito importante na implantação 
do ERP, porém, sua contratação deve 
ser muito bem avaliada, pois, como em 
qualquer outro setor de atividade, po-
demos encontrar consultorias que, em 
vez de darem solução aos problemas da 
empresa, podem ocasionar prejuízos fi-
nanceiros e em termos de prazo de en-
trega);
ƒƒ treinamentos (nessa etapa, algumas 
empresas veem o uso de certos treina-
mentos como dispensáveis e, conse-
quentemente, deixam os usuários sem 
o devido conhecimento da ferramenta, 
levando a uma contrariedade natural 
por parte das pessoas que vão alimen-
tá-lo ou se servir de sua base de dados, 
criando, em consequência, uma situa-
ção desagradável por parte dos funcio-
nários diante de sua utilização).
De acordo com o que se observou na maio-
ria das empresas que realizaram o processo de 
implantação do ERP e que registraram a ocorrên-
cia de falhas, o problema central estava no fato de 
ser exigido que a empresa se adaptasse ao siste-
ma, ou seja, os sistemas ERP levavam a empresa a 
modificar seus processos para se adequar ao que 
foi descrito em seus módulos.
Nessa questão, é importante a avaliação 
prévia da solução ERP por parte da organização, 
mais precisamente da equipe responsável pela 
escolha, pois, a partir da aquisição do sistema, a 
empresa estará interligada a ele, e, assim, tudo 
deverá correr de acordo com o posicionamento 
do software.
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Conforme discutimos no Capítulo 3, o ERP 
apresenta uma característica particular, que é a 
questão da modularidade, ou seja, ele é compos-
to por vários módulos formados a partir da neces-
sidade do cliente.
Os módulos contidos em um ERP variam 
de acordo com o fornecedor e normalmente 
são classificados como básicos, compreendendo 
os módulos de configuração, finanças, vendas e 
compras, planejamento de produção, recursos 
humanos e gerenciamento de materiais. As carac-
terísticas de cada um desses módulos são apre-
sentadas na sequência.
Módulo financeiro: módulo responsável 
pelo cadastro de contas bancárias da empresa, 
nas quais serão quitados os itens de contas a pa-
gar e a receber; pelo cadastro dos centros de cus-
to da empresa; pela listagem das contas a pagar 
(geradas a partir do cadastro de despesa e dos 
pedidos de compra); listagem de contas a rece-
ber (geradas a partir do cadastro de receitas e dos 
pedidos de venda); pelo cadastro de despesas, re-
ceitas, lançamentos avulsos; pela geração de flu-
xo de caixa; pelos relatórios gerenciais. 
Módulo de compras: módulo responsável 
pelo cadastro de fornecedores; por pedidos de 
cotação de compra, envolvendo diversas moda-
lidades, como pregão eletrônico, leilão reverso, 
menor preço por item e menor preço global; pela 
geração de pedidos de compra a partir das cota-
ções cadastradas; geração das duplicatas dos pe-
didos de compra; pelos relatórios gerenciais.
Módulo de vendas: módulo responsável pelo 
cadastro de clientes; pelas propostas de venda; 
geração de pedidos de venda a partir das propos-
tas cadastradas; geração das duplicatas dos pedi-
dos de venda; pelos relatórios gerenciais.
Módulo de produção: módulo responsável 
pelo cadastro de fornecedores, matérias-primas, 
produtos acabados ou de fabricação própria, 
grupos e subgrupos de materiais e produtos, si-
tuações tributárias dos produtos/materiais, clas-
4.3 Módulos
sificações fiscais dos produtos/materiais; pelos 
relatórios gerenciais.
Módulo de controle de estoque: módulo res-
ponsável pela entrada de estoque; saída de esto-
que; pelo controle das movimentações do esto-
que de produtos e materiais; pelo cadastro dos 
locais de estoque; pela transferência de materiais 
ou produtos entre os locais de estoque cadastra-
dos; pelos relatórios gerenciais.
Módulo de recursos humanos: módulo res-
ponsável pelo cadastro de funcionários; pela fo-
lha de pagamento; pelo registro do empregado; 
pelo histórico de alterações, pelo controle de be-
nefícios, entre outras ações.
Módulo de configuração ou administrativo: 
módulo responsável pelo cadastro de usuários, 
dos perfis dos usuários, de empresas, de países e 
unidades federativas, de auxiliares gerais; pelos 
relatórios de acessos; pelos logs de segurança.
A partir desse módulo básico, surgem ou-
tros dois, que são classificados como específicos 
ou verticais – módulos específicos que as empre-
sas comercializam como complemento à solução 
apresentada. Um exemplo é o módulo de gestão 
de plano de saúde, que não está inserido dentro 
do módulo básico anteriormente descrito.
O último módulo disponível no mercado é 
o customizado, ou seja, torna o software ERP ajus-
tado às necessidades do cliente. É, sem dúvida, 
o mais caro e complexo, pois todas as alterações 
que são realizadas no sistema devem ser devida-
mente documentadas, o que pode ser observado 
na Figura 22. 
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Figura 22 – Adaptação de um módulo.
Fonte: Elaborada pelo autor.
Para tanto, a empresa poderá utilizar parte 
de sua equipe de TI para a adequação, bem como 
contratar uma consultoria.
4.4 Aplicações ERP Open Source

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