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BIOQUIMICA DE PROTEÍNAS FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS ESTRUTURAL ESTRUTURAL ANTICORPOS - DEFESA MOVIMENTO PROTEÍNAS PROTEÍNAS RESERVA ACTINA MIOSINA AMINOÁCIDOS PEPTÍDEO PROTEÍNA AMINOÁCIDOS AMINOÁCIDOS NÃO PROTEICOS AMINOÁCIDOS ♦ Grupos funcionais: amina e carboxila ♦ Carbono α (central) ♦ Cadeia lateral (radical) ♦ 300 aminoácidos na natureza ♦ 20 aminoácidos ocorrem nas proteínas R AMINOÁCIDOS PROTEICOS AMINOÁCIDOS Estrutura Básica de um Aminoácido CLASSIFICAÇÃO DOS AMINOÁCIDOS ENTRE OS 20 AMINOÁCIDOS CONHECIDOS 09 - ESSENCIAS – Obtenção através dos alimentos 11- NÃO ESSENCIAIS – As células produzem DIFERENTES RADICAIS – DIFERENTES AMINOÁCIDOS São moléculas pequenas com PM de aproximadamente 130 NOMENCLATURA DOS AMINOACIDOS Estrutura Química Geral Formam dois esterioisômeros: L e D L Levorrotatório (esquerda) = levógiro D Destrorrotatório (direita) = dextrógiro Observações importantes: Os aminoácidos nas moléculas protéicas são sempre L-estereisômeros Os D aminoácidos foram encontrados apenas em pequenos peptídeos de parede celular bacteriana e alguns peptídeos que têm função antibiótica. CONFIGURAÇÃO ESPACIAL Anatomia e Símbolos dos Aminoácidos A Ala Alanina B Asx Asparagina ou Aspartato C Cis ouCys Cisteína D Asp Aspartato (Ácido aspartico) E Glu Glutamato (Ácido glutâmico) F Fen ou Phe Fenilalanina G Gli ou Gly Glicina H His Histidina I Ile Isoleucina K Lis ou Lys Lisina L Leu Leucina Anatomia e Símbolos dos Aminoácidos M Met Metionina N Asn Asparagina P Pro Prolina Q Gln Glutamina (Glutamida) R Arg Arginina S Ser Serina T Tre ou Thr Treonina V Val Valina W Trp Triptofano (Triptofana) Y Tir ou Tyr Tirosina Z Glx Glutamina ou Glutamato Propriedades Químicas Característica ácida (presença do grupo carboxila); Característica básica (presença do grupo amino); Interação intramolecular, originando um "sal interno": Solúveis em água; Insolúveis em solventes orgânicos PF e PE altos (características dos sais) Propriedades Químicas Caráter anfótero - reagem tanto em ácidos quanto em bases, produzindo sais : FORMA ISOELÉTRICA, ANFOTERA OU….. Curva de titulação de um Aminoácido Ao titularmos um aminoácido monoamino e monocarboxílico, temos o seguinte comportamento: Ponto 1: +NH3CHRCOOH = AA totalmente protonado Ponto 2: [+NH3CHRCOOH] = [+NH3CHRCOO-] Ponto 3: +NH3CHRCOO- = Ponto Isoelétrico = Íon Dipolar ou "Zwitterion". Ponto 4: [+NH3CHRCOO-] = [NH2CHRCOO-] Ponto 5: NH2CHRCOO- = AA totalmente desprotonado Curva de titulação da GLICINA MONOAMINO MONOCARBOXILICO pI = ( pK1 pK2 ) + 1 2 pI = 2,34 + 9,60 = 5,97 1 2 Titulação de um Aminoácido • De forma geral, ao fazer a titulação de um Aa com uma base, iniciando-se em pH=1 observa-se que o pH da solução aumenta até aproximadamente pH=2 quando o grupamento COOH começa a liberar íons H+ para o meio, formando água. HH-- C C -- NHNH33 ++ COOCOO-- RR COOCOOHH RR HH-- C C -- NHNH33 + + + + OHOH-- COOCOOHH RR HH-- C C -- NHNH33 + + + + OHOH-- pKpK11 íon dipolar Curva de titulação da GLICINA MONOAMINO MONOCARBOXILICO pI = ( pK1 pK2 ) + 1 2 pI = 2,34 + 9,60 = 5,97 1 2 Titulação de um Aminoácido • Continuando a adição de base o pH irá progressivamente se elevando até que o grupo NH3+ tenha condições de liberar seu íon H+, o que ocorre próximo ao pH 9 . COOCOO-- RR HH--CC--NNHH33 + + ++ OHOH-- COOCOO-- RR COOCOO-- RR HH--CC--NNHH33 + + ++ OHOH-- HH--CC--NHNH22 COOCOO-- RR HH--CC--NHNH22 COOCOO-- RRpKpK22 H2O íon dipolar Curva de titulação da GLICINA MONOAMINO MONOCARBOXILICO pI = ( pK1 pK2 ) + 1 2 pI = 2,34 + 9,60 = 5,97 1 2 Titulação de um Aminoácido COOCOO-- CHCH33 HH--CC--NHNH33 ++ COOCOO-- CHCH33 COOCOO-- CHCH33 HH--CC--NHNH33 ++ HH--CC--NHNH22 COOCOO-- CHCH33 HH--CC--NHNH22 COOCOO-- CHCH33 COOCOOHH CHCH33 HH-- C C -- NHNH33 ++ COOCOOHH CHCH33 HH-- C C -- NHNH33 ++ pKpK11 pKpK22 Região de tamponamento devida ao grupo -COOH Região de tamponamento devida ao grupo -NH2 ++HH33NN-- C C --HH COOHCOOH RR ++HH33NN-- C C --HH COOHCOOH RR ++HH33NN-- CC-- HH COOCOO-- RR ++HH33NN-- CC-- HH COOCOO-- RR HH22NN-- CC-- HH COOCOO-- RR HH22NN-- CC-- HH COOCOO-- HH22NN-- CC-- HH COOCOO-- RR FormaForma IsoelétricaIsoelétrica pKpK11 pKpK22 A+A+ AA-- Ponto Isoelétrico É o pH no qual a molécula do aminoácido apresenta igual no de cargas positivas e negativas Encontra-se eletricamente neutro íon dipolar ou zwitterion O cálculo do pI baseia-se nas formas de dissociação do aminoácido utilizando os pK anterior e posterior à forma isoelétrica do aminoácido. Curva de Titulação Importância São unidades estruturais dos peptídeos e das proteínas; Funcionam como sistema tampão, ou seja, atuam no controle do pH das células; Curva de titulação da GLICINA MONOAMINO MONOCARBOXILICO pI = ( pK1 pK2 ) + 1 2 pI = 2,34 + 9,60 = 5,97 1 2 C O OH R NH3 C O O R NH3 C O O R NH2 LOW pH Zwitterion NEUTRAL Carboxylate Form HIGH pH ammonium Form Radicais de aminoácidos (Histidina) na estrutura proteica Podem exercer controle de pH (tamponamento) Exemplo: dissociação do H+ em pH próximo do pH fisiológico Toxicidade Tre: quantidades massivas (50 g/kg MS) causa moderada depressão no consumo de alimentos e o crescimento; Tir: grandes quantidades deprime o consumo de alimentos e o crescimento, além de lesões em órgãos,em grande excesso é letal; Met: adições de 20 g/kg de dieta produz severas alterações histopatológicas; PEPTÍDEOS - CONSTITUIÇÃO QUÍMICA DAS PROTEÍNAS - OS AMINOÁCIDOS H2O LIGAÇÃO PEPTÍDICA GRUPO CARBOXILA GRUPO AMINA PEPTÍDEOS ♦ 2 ou mais aminoácidos em cadeia por ligações peptídicas Estabelecimento da estrutura primária: • número • estrutura • ordem Ligação peptídica Reação de condensação Importância dos radicais nas cadeias polipeptídicas Sentido de crescimento da cadeia polipeptidica ESTRUTURA BÁSICA DA INSULINA PEPTÍDIOS: FUNÇÕES BIOLÓGICAS ♦ Natureza hormonal (insulina) ♦ Natureza de antibióticos (valinomicina, gramicidina A) ♦ Agentes antitumorais (bleomicina) POLIPEPTÍDEOS 3 2 1 5 4 número de ligações peptídicas + 1 = número de aminoácido no polipeptídio PROTEÍNAS SÃO CADEIAS POLIPEPTÍDICAS COM 51 AMINOÁCIDOS OU MAIS 2aa – DIPEPTÍDEO – 3aa TRIPEPTÍDEO – 4aa,5aa.. PROTEÍNAS Proteínas Proteínas nos VegetaisOs grupamentos musculares Definição Proteína vem do grego protos = primeiro São macromoléculas resultantes da condensação de moléculas = aminoácidos através da ligação peptídica. As proteínas são polipeptídios que resultam na condensação de milhares de moléculas de aminoácidos. As sua macromoléculas possuem pesos moleculares variados desde alguns milhares até vários milhões. PROTEÍNAS ♦ polipeptídeos de alto peso molecular (8.000 a 10.000 Da) ♦ tipos de proteínas: Simples/homoproteinas: apenas aminoácidos Complexas/heteroproteinas: componentes adicionais Grupo heme, derivados de vitaminas, carboidratos e lipídios Derivados: provem de hidrólise parcial de proteínas naturais. Essas proteínas são produzidas durante a digestão das proteínas naturais do organismo. Definição/Composição: Exemplo: - Citocromo C: 13.000 - Ribonuclease: 14.000 - Mioglobulina: 17.000 - Gliadina: 28.000 - Pepsina: 35.500 - Insulina: 36.000 - Ovoalbunina: 45.000 - Hemoglobina: 68.000 - Soroglobulina: 180.000 - Caseína: 375.000 - Fribrinogênio: 450.000 - Tiroglobulina: 630.000 - Hemocianina: 2.800.000 - Vírus: 250.000.000 Composição: Contém sempre: - elementos organógenos: C, H, O, N - menor prorporção: S, P, I, Br o Composição percentual: - C: 50 à 55% - H: 6 à 7% - O: 19 à 24% - N: 15 à 19% - S: 0 à 2,5% Ocorrência São muitas as fontes, e o número de proteínas existentes na Natureza é praticamente infinito, embora o número de AA que as constituem seja bastante reduzido, em torno de 25. Isto ocorre porque o número de associações dos AA se dá conforme descrito ao lado 3 AA diferentes: A, B e C Conduzem a 6 tripeptídeos: ABC, ACB, BAC, BCA, CAB e CBA. (3! = 3 x 2 x 1 = 6) 4 AA diferentes: A, B, C e D Conduzem a 24 tetrapeptídeos (4! = 4 x 3 x 2 x 1 = 24) 10 AA diferentes conduzem a mais de três milhões (3.628.800) de decapeptídeos, sem a inclusão dos possíveis isômeros ópticos. (10! = 10 x 9 x 8 x 7 x 6 x ...) Ocorrência Hemoglobina – Sangue dos vertebrados Caseína – Leite Queratina – Chifres, unhas e cascos de animais Hemocianina – Sangue dos invertebrados Pepsina – Suco gástrico Albumina – Ovo, leite e sangue Clorofila – Vegetais verdes PROTEÍNAS: meios de reconhecimento ♦ SOLUBILIDADE: baseados em soluções específicas ♦ FORMA: globulares (compactas) e fibrosas (espiraladas) ♦ FUNÇÃO: função biológica ♦ PROPRIEDADES FÍSICAS: (ex: índice de sedimentação) ♦ ESTRUTURA TRIDIMENSIONAL: fase estrutural protéica Ligações peptídicas Estrutura a) Primária ou nível primário b) Secundária ou nível secundário ou helicoidal c) Terciária ou nível terciário d) Quaternária ou nível quaternário Estrutura a) Estrutura Primária ou Nível Primário ● seqüência em número de aminoácidos (cadeia peptídica). A ligação estabilizante é a ligação peptídica. Se imaginarmos os aminoácidos representados por letras: A, B, C, D, ... teremos uma esquematização da estrutura primária de uma proteína: ........A – B – C – D – A – D – A -.............. É importante salientar que o número de aminoácidos determina o número de proteínas. [Fatorial (!) do nº de aa]. Estrutura Uma variação na seqüência conduz a uma proteína diferente e com ação bioquímica diferente. Ex: ocitocina e a vasopressina Estrutura b) Estrutura secundária ou nível secundário (helicoidal) É o enrolamento da estrutura primária em torno de um eixo imaginário, originando uma hélice chamada de hélice. Assim, esta estrutura está relacionada com a disposição espacial das estruturas primárias, e pode ser em forma de um hélice ou uma folha pregueada. Estrutura As ligações estabilizantes dessa estrutura secundária são: 1. Ligação ou Ponte de Hidrogênio: formada pela interação ou atração entre: - oxigênio da carboxila de um aa e hidrogênio do grupo amino de outro/ - oxigênio da carboxila de um aa e hidrogênio do grupo carboxila de outro. 1. Ligação Iônica: formada pela atração entre as cadeias laterais dos aa ácidos e aa básicos. 1. Ligação hidrófoba ou apolar: formada pela interação de radicais apolares como: metil, etil, metileno, etc; dos aa constituintes da molécula. 1. Ligação ou ponte dissulfeto: formada pela união de grupos –SH dos aa chamados de cisteína. OBS: - As ligações estabilizantes em maior número são as pontes de H. - A ligação estabilizante mais forte é a ligação dissulfeto. Estrutura c) Estrutura terciária ou nível terciário É a sua forma tridimensional ocasionada pelo enrolamento da espiral sobre si mesma (novelo). As ligações estabilizantes são as mesmas da estrutura secundária. Estrutura d) Estrutura Quaternária ou Nível Quaternário É a que resulta da reunião de várias estruturas terciárias que, em conjunto, assumem formas espaciais bem definidas. As ligações estabilizantes são as mesmas da estrutura secundária. OBS: nem todas as proteínas apresentam esta estrutura, mas de uma maneira geral, todas as enzimas as apresentam. FORMA ESTRUTURAL DAS PROTEÍNAS ESTRUTURA QUATERNÁRIA ESTRUTURA PRIMÁRIA ESTRUTURA SECUNDÁRIA ESTRUTURA TERCIÁRIA Desnaturação A desnaturação de uma proteína é a desorganização das estruturas quaternárias, terciárias e secundárias. Agentes desnaturantes são os que provocam a desorganização. - agentes físicos (calor, radiações UV, alta pressão e ultra som) - agentes químicos (ácidos fortes, bases fortes, metais pesados e uréia) Desnaturação A proteína desnaturada apresenta as seguintes alterações: Físicas: aumento da viscosidade; não podem ser cristalizadas ou auto-organizadas. Químicas: maior reatividade: devido a exposição de grupos químicos que estavam encobertos por estruturas; diminuição da solubilidade, conseqüente precipitação. Biológicas: perda de suas propriedades enzimáticas, antigênicas e hormonais; facilmente digeridas por enzimas hidrolíticas.
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