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Clínica de Repteis

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Rafaela Custodio
 CLÍNICA DE REPTEIS 
Principais afecções: 
 
DOENÇA ÓSTEO-METABÓLICA (DOM) 
OSTEODISTROFIA 
 ? doença não infecciosa caracterizada pela falta ou redução na ingestão e/ou 
metabolização de nutrientes como: Ca, P, vitamina D, proteínas, Cu, Zn, Mn e vitamina A. 
 A doença osteometabólica é uma serie de doenças, que, de algum modo, atrapalha a 
obtenção, regulação e utilização dos íons de cálcio no organismo, afetando o sistema ósseo. 
Vitamina D: responsável pela absorção do cálcio no intestino e reabsorção de cálcio e excreção de 
potássio no rins. Essencial na regulação de cálcio do organismo pelo paratormônio (PTH) e 
calcitonina. 
? Obtida por um processo metabólico, a pró-vitamina D3 é produzida pelas células da pele, e 
rapidamente convertida em pré-vitamina D3 quando exposta à radiação UVB. A pré-vitamina D3 é 
convertida lentamente, utilizando a radiação solar, formando a vitamina D3. Esta é liberada na 
corrente sanguínea e no fígado, onde converte-se em calcediol. Nos rins sofre a ultima convenção 
em calcetriol (vitamina D ativada). 
Causas: erros de manejo (erro na iluminação, não exposição ao sol e/ou erro nutricional). Falhas no 
fornecimento de cálcio ou na suplementada da radiação UVB levam à redução de cálcio sérico 
disponível e à consequente ativação da produção de PTH. 
 Função de aumentar as [ ] de Ca e diminuir as de P no líquidos extracelulares 
TESTUDÍNEOS 
Pneumopatias 
hipovitaminose A 
Doença Ulcerativa do Casco 
Distocias 
Doença Ósteo-Metabólica (DOM)
OFÍDIOS 
Estomatite 
Doença Vesicular Cutânea 
Disecdiases 
Ecto e endoparasitose 
SÁURIOS 
Doença Ósteo-Metabólica (DOM) 
Disecdise 
Queimaduras 
Distocias 
CROCODILIANOS 
Traumatismos/Lacerações 
Hiperparatireoidismo Nutricional 
Secundário 
Rafaela Custodio
 Liberado quando há diminuição do cálcio sérico. O efeito inicial do PTH sobre o osso é 
promover a transferência de cálcio pela membrana de osteoblastos-osteócitos. Também age sobre 
os túbulos contorcidos distais dos rins para aumentar a absorção de cálcio e diminuir a reabsorção 
renal de fósforo. esse hormônio também esta relacionado a ativação da vitamina D do rim. Sendo 
assim, o PTH ainda auxilia na reabsorção de cálcio pelo intestino devido seu efeito sobre a vitamina 
D. 
 
* SINAIS CLÍNICOS 

Anorexia ⟶ disfagia 
Deformações na carapaça 
Crescimento vertical excessivo das pontes 
ósseas 
Crescimento excessivo das unhas e ranfoteca 
Amolecimento do casco 
Peso e tamanho inferior ao normal 
Descalcificação óssea e fraturas espontâneas 
Alteração angular dos ossos 
Perda de dentes

Rafaela Custodio
* DIAGNÓSTICO 
Todo réptil levado à consulta por astenia (perda ou diminuição da força física), por recusa em se 
deslocar dentro de seu terrário ou por fratura pode ser considerado potencialmente portador 
dessa doença. 
Anamnese: 
- histórico da alimentação: tem suplementação de cálcio? o que é fornecido? frequência?… 
- histórico do recinto: apresenta lâmpada (que produz UVB)? entre a lâmpada e o animal é vidro? 
ou apenas telado? quanto tempo fica ligada?… 
- histórico do manejo: animal toma banho de sol? por quanto tempo? 
Sinais clínicos 
Exames radiográficos: diminuição da densidade óssea 
Exames complementares: calcetai e fosforemia 
Diagnóstico diferencial: deficiência de vitamina E e selênio, vitamina B1, septicemias, traumatismos, 
intoxicação por inseticidas, insuficiência renal/hepática, parasitismo maciço 
* TRATAMENTO 
Correção imediata dos erros de manejo e alimentação 
 - correção dietética 
 - correção no ambiente 
Administração de Cálcio 
 - via oral: Gluconato de Cálcio 10% (100 mg/kg) 
 1x ao dia por um mês 
 depois a cada 48 horas por dois meses 
 Carbonato de Cálcio 
 - via parenteral: Gluconato de Cálcio (100 mg/kg), IM, q 8h 
 Gluconato de Cálcio (10 mg/kg), IM, q 12/24h 
CUIDADO! IGUANA DOSE DIFERENTE - 100 UI/kg em 2 aplicações, com intervalo de uma semana 
para cada aplicação. 
 100-1000 UI (200 UI/kg), IM, repetir em 1 semana 
 20 UI/kg, VO, a cada 7d 
Rafaela Custodio
* PROFILAXIA 
 Unicamente de caráter sanitário e de manejo 
 Eliminar os fatores predisponentes 
 Regime alimentar adequado 
 diminuir alimentos gordurosos e ricos em oxalato 
 presas roedoras devem ser suplementadas 
 presas artrópodes devem ser misturadas aos suplementos com vitaminas e carbonato 
de cálcio 
 Exposição regular de fonte luminosa UVB 
* PROGNÓSTICO: desfavorável - principalmente em sauros 
HIPERPARATIREOIDISMO NUTRICIONAL SECUNDÁRIO 
 ? Doença relacionada à alimentação 
 ? fornecimento de carne bovina como única fonte de alimento, pois a 
proporção do cálcio e fósforo no músculo está de aproximadamente 1:16. 
* SINAIS CLÍNICOS: 
Fratura espontânea dos ossos 
Mandíbula flexível ou mandíbula de borracha 
Aumento do volume do dorso, culminando com paralisia 
* PATOGÊNIA 
 A extrema hipocalcemia leva à dilatação do coração. Assim, se existir uma leve diminuição 
nos níveis sanguíneos de cálcio, ocorrerá um aumento de secreção do hormônio da paratireoide, que 
estimulará o transporte de cálcio dos ossos para a corrente sanguínea. Se a deficiência de cálcio 
sanguíneo não for resolvida, ocorrerá uma condição crônica de hiperparatireoidismo. 
* TRATAMENTO 
Correção do manejo nutricional (Ca:P - 2:1) 
Exposição correta ao sol 
Recintos privados de iluminação: colocar vitamina D na dieta 
A prevenção da doença consiste no fornecimento adequado de cálcio e fósforo, na proporção 
aproximada de 2:1, respectivamente. Além disso, os animais devem receber uma adequada 
exposição ao sol ou à luz ultravioleta. Em recintos privados de insolação direta, a vitamina D deverá 
ser suprida na ração. 
Rafaela Custodio
TRAUMATISMOS
⤷ Qualquer injuria ou acidente que resulte em traumas fisico devido a atropelamentos, 
projeteis balísticos, maus tratos, disputas por território, fêmeas, mordeduras ou roeduras. 
Anamnese (histórico, manejo) 
Exame clínico 
Situações de Emergências (exames neurológicos e oftalmológicos) 
 Roedores são capazes de causar feridas gravíssimas em serpentes, se certos cuidados não 
forem tomados. É importante conhecer o hábito da serpente (diurna ou noturna) para oferecer o 
roedor no horário em que ela esteja mais ativa. Recomenda-se sempre deixar um pouco de ração 
no terrário para o roedor e nunca deixá-lo por mais de 12 h junto com a serpente. 
* SINAIS CLÍNICOS
Fraturas /Luxações em membros torácicos e/ou pélvicos 
Fraturas em coluna vertebral e costelas

Fraturas de casco (Carapaça e Plastrão) 
Feridas/Lacerações (Mordedura/Roedura/Queimadura) 
Hemorragias

Incoordenação motora 
* DIAGNÓSTICO 
Anamnese (histórico; manejo) 
Evidência clínica de lesão craniana, abrasões ou feridas penetrantes 
Exames complementares (bioquímica sérica; hemograma 1%PC) 
Radiografias 
* TRATAMENTO 
Estabilização do paciente 
 choque 
 hemorragias na cavidade celomática 
 lesões em órgãos abdominais 
Fluidoterapia 
 avalia grau de desidratação 
 determinação do valor do hematócrito (18-40%) e > 50% = desidratação 
 determinação do valor das proteínas totais (5-10 mg/dL) 
 determinação do valor do ácido úrico (10-12 mg/dL) = aumenta desidratação e IR 
 seleção de fluidos 
 isotônica: hemorragias, lesão tecidual extensa, emêse, diarreia,anorexia 
 hipotônica: anorexia prolongada, perda cutânea de agua, adpsia 
 manutenção de fluidos: 15-25 mL/kg/dia, sendo o volume plasmático 4% PC (40 mL/kg) 
Manejo de feridas 
Rafaela Custodio
 Feridas recentes < 6h

 Feridas contaminadas

 Lavar as feridas com Sol. Fisiológica 
 Debridação de tec. desvitalizados 
 Assepsia com PVPI diluído e Clorexidine 
 Antibióticos tópicos e sistêmicos 
 Analgésicos locais e sistêmicos 
 Pomadas cicatrizantes. 
Fazer analgesia e antibioticoterapia 
Correções cirúrgicas: casos de fraturas de casco > 20% do comprometimento ou instabilidade dos 
fragmentos 
PNEUMOPATIAS 
 ? Infecção ou inflamação dos pulmões. Pode ser causada pode vários microrganismos 
diferentes, incluindo vírus, bactérias, parasitos ou fungos. 
 Pelas particularidades anatômicas e fisiológicas do sistema respiratório (p. ex., ausência de 
diafragma funcional), os répteis não tossem e fluidos tendem a acumular-se nos pulmões. Os fatores 
predisponentes das pneumonias são más condições nutricionais, estresse prolongado e temperatura 
ambiente inadequada. Pode ocorrer como consequência de estomatite. 
 Nos répteis a pneumonia é mais frequentemente secundária a más condições de manejo/criação 
 - Variados hábitats para as diferentes espécies de répteis 
 - Falta de atenção à necessidades básicas: temperatura ótima de conforto 
 fotoperiodicidade 
 dietas Inadequadas 
* ETIOLOGIA: Bactérias Gram-negativas 
Escherichia coli 
Klebsiella sp. 
Pseudomonas sp. 
Proteus sp. 
Aeromonas sp. 
Staphylococcus sp. 
Pasteurella testudinis 
Mycoplasma e Chlamydia (bactérias atípicas)

* SINAIS CLÍNICOS 
 Os sinais clínicos incluem apatia, dificuldade respiratória (o animal permanece com a cabeça 
levantada, com a boca aberta, com o terço cranial ventral colabado ou apresenta papo), secreções 
espessas na cavidade oral e prostração. Estertores pulmonares não são facilmente detectáveis e, em 
geral, só são percebidos nos estágios mais avançados da doença. 
Apatia

Letargia

Mucosas cianóticas

Dispneia

Respiração com a boca aberta 
Cabeça e pescoço distendidos 
Descarga nasal - raro, sendo mais comum em 
tartarugas
Ruídos na auscultação;

Perda do equilíbrio na água;

Infecções oculares e orais intercorrentes 
Pode ter um lacrimejamento com aspecto 
espumoso

* DIAGNÓSTICO 
 Pode-se realizar lavagem pulmonar com solução salina estéril, em volume equivalente a 1% 
da massa corpórea, para auxiliar na eliminação dos cáseos e realizar a identificação 
microbiológica. A salina é administrada lentamente e, ainda com o animal em decúbito ventral e sem 
retirar a sonda, faz-se uma leve massagem na área pulmonar. Em seguida, a metade caudal da 
Rafaela Custodio
serpente é levantada e aspira-se o líquido com a seringa. A seringa com o líquido deve ser lacrada 
e enviada a um laboratório. Como tratamento inicial, até o recebimento dos resultados de 
isolamento e sensibilidade bacteriana, preconiza-se o uso da amicacina. Radiografias também 
podem ser úteis no diagnóstico de pneumonia. 
Identificação do agente infeccioso → Lavagem traqueobrônquica 
Exames microbiológicos → Cultura e Antibiograma

Exames citológicos

Hemogramas (Infecções crônicas)

Radiografias 
* TRATAMENTO 
Correção do manejo

Antibioticoterapia prolongada 
Nebulização com solução fisiológica + Antibiótico + Aminofilina (4mg/Kg), BID por 30’ de 15-20 
dias 
Fluidoterapia/Suplementação vitamínica (B e C) - C melhora repitelização e B o sistema imune 
Alimentação por sonda gástrica (20mL/Kg) 
Em casos graves, pode estar presente edema pulmonar, sendo necessário sua redução com 
Furosemida 5mg/Kg q/12-24 IM 
Tratamento de Suporte 
Temperatura ótima de conforto
Durante o tratamento, o animal deve ser mantido em temperatura controlada, entre 25 e 
28°C, possibilitando boa absorção e metabolização dos medicamentos, além de melhor resposta 
imune. 
* PROGNÓSTICO: Reservado a desfavorável
ESTOMATITE
? Enfermidade comum do trato alimentar superior caracterizada por uma infecção da 
cavidade oral, que afeta animais anoréxicos e debilitados e quando não tratada pode ter como 
resultado o óbito 
A estomatite infecciosa ou estomatite ulcerativa é uma afecção na cavidade oral que pode evoluir 
de simples inflamação para pontos hemorrágicos, ulceração e necrose da mucosa oral. 
 
 Não é uma enfermidade primária. Sendo sua ocorrência devido a erros de manejo/criação 
(temperatura), alimentação errônea, traumatismos e estresse. 
 Os fatores predisponentes são estresse, superpopulação, temperaturas baixas, má nutrição e 
traumatismos. 
* ETIOLOGIA 
 Os agentes bacterianos mais comum são Aeromonas e Pseudomonas outros não muito comuns 
são as Klebsiella sp. Staphylococcus sp., Corynebacterium sp. Fungos, neoplasias e fraturas 
mandibulares também podem causar estomatites. 
Rafaela Custodio
* SINAIS CLÍNICOS 
“Podridão Oral” → Formação de Petéquias/Ptialismo e Anorexia 
 ↓ 
 Progresso da Infecção

 ↓ 
 Formação de Exudato Caseoso/ Perda dentária e Osteomielite 
 ↓ 
 Progresso da Infecção 
 Infecções Oculares/ Pneumonia e Sepse 
Os sinais clínicos incluem salivação excessiva, anorexia, hiperemia da mucosa oral, edema gengival, 
petéquias, eritema, ulceração da mucosa e placas caseosas. Nos casos graves, podem ocorrer 
pneumonia por aspiração, infecções oculares e perda de dentes, podendo evoluir para osteomielite. 
* DIAGNÓSTICO 
Anamnese (Histórico/Manejo/Higienização do ambiente de cativeiro) 
Sinais Clínicos 

Exames de Cultura e Antibiograma

Exame Citológico 
* TRATAMENTO
Correção de Manejo (Temperatura de conforto; ↓ estímulos de estresse) 
Antibioticoterapia 
 Ceftazidima - 20 mg/kg, IM, SC, IV - 72h 
 Gentamicina - 2,5 - 5 mg/kg, IM - 72h 
 Amicacina - 5 mg/kg → 2,5 mg/kg, IM - 72h 
 Carbenicilina - 200 - 400 mg/kg, IM, SC - 24h 
Limpeza da cavidade oral diariamente com clorexidine 0,2%, sulfadiazina de Prata (pomada) e 
antibióticos tópicos (Gentamicina) 
Tratamento de suporte 
Em casos leves, pode-se simplesmente aumentar a temperatura ambiente e aplicar cremes 
antibióticos no tecido afetado. Para os casos mais graves, o tratamento consiste na limpeza e 
remoção de debris celulares, desinfecção com solução de clorexidina comercial diluída em soro 
fisiológico (1:10), antibioticoterapia sistêmica e fluidoterapia. A aplicação de vitamina C e 
vitaminas do complexo B é sugerida como coadjuvante no tratamento. 
* PROGNÓSTICO: Reservado 
PROLAPSO 
 Tipos de prolapso de cloaca: colón, útero e oviduto, pênis, bexiga urinária e rins. 
 Ocorrem devido a traumas penianos, constipação, separação forçada durante cópula, 
infecção peniana, deficiência muscular ou neurológica no esfíncter cloacal. 
* SINAIS CLÍNICOS 
Apatia 
Anorexia 
Depressão 
Evidência do órgão prolapsado, edemaciado avermelhado/acizentado ou ainda com áreas de 
necrose 
Rafaela Custodio
* DIAGNÓSTICO 
Anamnese (histórico, manejo no cativeiro) 
Sinais clínicos 
Radiografia 
* TRATAMENTO 
Tratamento conservador: geralmente ocorre recidiva, coloca o órgão prolapsado para local de 
origem (se viável). 
Tratamento cirúrgico: ressecção cirúrgica (penectomi/OSH). Faz sutura da cloca em bolsa de fumo, 
com um molde para permitir passagem das fezes. 
DISTOCIAS 
 ? Retenção de ovos 
 Animal apresenta edema e paralisia dos membros posteriores 
 Diagnóstico é feito por radiografia 
 Tratamento é com aquecimento + glucanato de cálcio + ocitocina (1-10UI/kg). As vezes 
necessário retirada cirúrgica. 
HIPOVITAMINOSE A 
 
 Vitamina A é importante para a manutenção do epitélio de mucosa 
 Os testudineos jovens são os mais susceptiveis, pois depois dos 6 meses tem o fim do estoque 
da gema ou vitelo. 
 Animal apresenta olhos fechados e com aumento de volume (edema ocular,blefarite, 
conjuntivite), crescimento córneo do bico, metaplasia escamosa das glândulas produtoras de munina. 
Também pode ocorrer formação de abscessos aurais (cirúrgico). 
 Tratamento é com a administração de vitamina A injetável (50 000 UI/kg) IM, cada 72 
horas por semana e limpeza do globo ocular (água boricada) + antibiótico tópico (cloranfenicol). 
DISECDISE 
 
 A disecdise ocorre quando o lagarto não consegue realizar a troca completa do extrato 
córneo que recobre o corpo e pedaços de queratina permanecem aderidas. Muitos fatores podem 
levar a esta alteração, porém a mais comum é o ambiente com umidade relativa abaixo do 
normal para a espécie. 
 Dermatites, lesões cutâneas ou ectoparasitos são responsáveis por transtornos durante a 
troca de pele. Em lagartos, deve-se tomar cuidado com as extremidades corporais, como dedos e 
ponta de cauda, mesmo em animais sadios. Como os lacertídeos realizam a ecdise de maneira 
consecutiva, pequenas porções de queratina que fiquem aderidas nas extremidades podem causar 
isquemia, necrose e perda de garras, dedos e cauda. Em casos graves, camadas de extrato córneo 
antigas podem permanecer sobrepostas uma sobre a outra, levando a rachaduras cutâneas e 
infecções secundárias. 
 O tratamento consiste no controle de ectoparasitas, correção dos níveis de umidade relativa 
do ar no terrário, banhos para hidratação das camadas de queratina e posterior remoção manual 
cautelosa destes resíduos. Nos casos mais graves, deve-se instituir fluidoterapia, antibioticoterapia e 
analgésicos. 
 Corrigir as Condições Ambientais 
 Remoção manual, após 12 h em imersão de água morna. 
 Escudos oculares devem ser removidos com pinças

 Óleo Mineral 
Rafaela Custodio
DOENÇA ULCERATIVA DO CASCO 
 Acomete as placas córneas da carapaça e do plastrão 
* AGENTE ETIOLÓGICO 
Bactéria Gram-negativa Beneckea chitinovora e contaminação secundária por Mucor sp. 
Acomete as placas córneas da carapaça e do plastrão 
* TRATAMENTO 


Debridação, Higienização (PVPI diluído em NaCl) 
Manter o animal em ambiente seco 
Aplicação de pomadas antimicóticas 
DOENÇA VESICULAR CUTÂNEA 
 Formam-se vesículas contendo líquido → rompimento → Contaminação secundária 
* AGENTE ETIOLÓGICO 


Bactérias da pele que se proliferam em ambientes com alta umidade 
 
* TRATAMENTO 


Drenagem, Desinfecção, Antibioticoterapia, Correção do Manejo Ambiental 
ECTOPARASITAS 
 Piolhos (Ophionyssus sp.) 
Ciclo Evolutivo 30 dias

Ovos no ambiente 
Contaminação do plantel

Presentes na comissura ao redor dos olhos e nos espaços entre as escamas

Sinais Clínicos (anemia, disecdise, debilidade) 


 Carrapatos (Amblyoma sp.) 
Animais de Vida Livre

Ciclo que não se completa em cativeiro 
Quarentena 
TRATAMENTO: 
Retirada manual 
Ivermectina 400μg/kg SC Banhos de Imersão em Neguvon 0,5% 
Pulverização de Terrários 
Fipronil Spray nos animais e ambiente 
ENDOPARASITOSE 
 Coccidiose 
Contaminação Fecal do ambiente

Sinais Clínicos (anorexia, apatia, enterorragia) Tratamento (Sulfametazina – 40mg/kg VO por 7 
dias) 


 Helmintose (Ascaris; Ancilostomos; Oxiúrus; Strongilos; Pentastomídeos) 
Sinais Clínicos: debilidade, inapetência, regurgitação, obstrução intestinal 
Tratamento: Ivermectina (200-400 μg/Kg SC) 
 Mebendazol (20-25 mg/kg VO) 
 Febendazol (50-100 mg/kg VO) 
Rafaela Custodio
 Levamizol (5-10 mg/kg SC) 
QUEIMADURAS 
 Erro de manejo ambiental 
 A prevenção de queimadura de pele em lagartos mantidos em cativeiro é simples, porém 
este tipo de ocorrência é frequente na clínica médica. Na maioria dos casos, as queimaduras 
ocorrem pelo contato direto ou proximidade com superfícies muito quentes, sendo esta a principal 
causa, facilmente evitada quando há barreira física entre a fonte de energia térmica e o animal. 
Artefatos caseiros, como pedras aquecidas confeccionadas a partir de uma vasilha de barro 
emborcada sobre uma lâmpada incandescente, não devem ser utilizados, pois é difícil determinar a 
temperatura que a superfície pode atingir. 
 Queimaduras graves podem também ocorrer quando o foco de aquecimento é pequeno 
demais para o tamanho do animal, que se aproxima do foco na tentativa de obter mais calor. Para 
evitar esta situação, é necessário monitorar o gradiente de temperatura do recinto e ficar atento 
para os dias mais frios, quando os lacertídeos ficam mais dependentes das fontes térmicas 
oferecidas. 
 De maneira geral, lagartos doentes não são capazes de termorregular corretamente e 
tendem a elevar a temperatura corpórea além da mantida em condições normais (febre 
comportamental), propiciando lesões ainda mais graves. O diagnóstico é realizado após exame 
físico e o tratamento consiste da utilização de pomadas, antiinflamatórios e, em casos mais graves, 
fluidoterapia e antibioticoterapia sistêmica. 
* SINAIS CLÍNICOS 

Áreas enegrecidas com escaras necróticas 
Escamas ressecadas e supuradas - Edema Pulmonar e Dispneia 
* TRATAMENTO 


Limpeza diária da ferida (Clorexidine 0,2%) - Pomada antibiótica (Cloranfenicol)

Antibióticos Sistêmicos 

Vitamina C (regeneração celular)

Hidratação

Analgesia

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