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Fisioterapeuta na UTI

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ATUAÇÃO DA 
FISIOTERAPIA NA UTI
PROFA BRUNA ROTTA
BPROTTA@UNI9.PRO.BR
UTI – Unidade de Terapia Intensiva
• A UTI destina-se ao atendimento de pacientes de alto risco e 
deve dispor de assistência ininterrupta de equipe 
multidisciplinar especializada e com equipamentos 
específicos.
• A gravidade do estado clínico é a principal característica de 
um paciente internado em UTI
Pacientes internados na UTI podem 
apresentar :
→ disfunções respiratórias e musculares
Durante a internação desenvolver ainda 
complicações relacionadas ao imobilismo, 
o que pode dificultar a retirada da 
ventilação mecânica. 
Imobilismo
• Os efeitos da imobilização são definidos como uma redução na 
capacidade funcional dos sistemas osteomusculares, tecido conjuntivo, 
tecido articular, sistema respiratório, sistema metabólico, sistemas 
gastrointestinais, sistemas geniturinários o que contribui para o 
prolongamento da internação. 
• Considera-se:
• 7 a 10 dias: período de repouso
• 12 a 15 dias: imobilização 
• ↑15 dias é considerado decúbito de longa duração 
Imobilismo
• O sistema muscular pode perder entre 10-15% de sua força 
com 1 semana de repouso absoluto; 
• Aproximadamente 50% de perda com até 5 semanas no leito. 
• A perda de resistência muscular é também significativa, 
levando a quadros de fadiga crônica.
• A recuperação é lenta: melhora de 6% por semana, em treinos 
submáximos.
Imobilismo
• Pacientes que requerem VMI prolongada apresentam 
incidência de fraqueza muscular adquirida na UTI 
(neuromuscular) entre 25 e 60% 
• Aumento do tempo de internação na UTI e hospitalar. 
• A fisioterapia atua no sentido de manter e/ou restabelecer a 
funcionalidade do paciente através da prevenção de 
alterações osteomioarticulares e de complicações 
respiratórias
O papel do fisioterapeuta na UTI
• Prevenir complicações relacionadas ao imobilismo no leito
• Prevenir complicações relacionadas à VMI
• Promover/ resgatar a funcionalidade
• Reduzir tempo de internação
Recomendações da Diretriz Bras. VM
•Diagnóstico fisioterapêutico deve preceder qualquer 
intervenção.
•A fisioterapia em pacientes sob ventilação 
mecânica na UTI deve ser implementada em 
regime de 24h com benefícios na redução do 
tempo de ventilação mecânica, tempo de 
internação em UTI e hospitalar, na redução do 
custo hospitalar e da mortalidade.
Manobras de Higiene
• Indicada em pacientes com aumento de resistência da 
via aérea gerada por presença de secreção causando 
assincronia da ventilação mecânica e/ou queda da 
oxigenação. Mandatória em atelectasias lobares.
•Pode-se realizar técnicas de expansão pulmonar na 
presença de colabamento pulmonar com redução da 
complacência e oxigenação.
https://www.youtube.com/watch?v=dz1kMJLicE0
Aspiração 
• Técnica estéril
• Realizar apenas quando necessário
• Repetição do procedimento de forma desnecessária = aumenta a 
incidência de PAV.
https://www.youtube.com/watch?v=bDfDvhCeYAU
Avaliação dos Músculos 
Respiratórios
• Realizar treinamento muscular inspiratório em pacientes com 
fraqueza muscular inspiratória e ventilação mecânica prolongada 
para melhorar a força muscular.
manovacuômetro treshould
Avaliação de músculos periféricos
A fraqueza muscular adquirida na unidade de terapia intensiva é 
uma condição detectada clinicamente que se caracteriza por 
fraqueza difusa e simétrica, que envolve a musculatura dos 
membros e os músculos respiratórios.
Escala Medical Research Council
(MRC)
• Avaliação de 12 grupos musculares (esquerdo e direito)
• MMSS: Flexão de punho, flexão de cotovelo e abdução de ombro
• MMII: dorsiflexão de tornozelo, extensão de joelho e flexão de quadril
A escala avalia grau de força muscular através da mensuração da força muscular periférica
Escala Medical Research Council
(MRC)
• Escore máximo: 60 (30 esquerdo + 30 direito)
• Escore total abaixo de 48/60 designa fraqueza significativa
• Escore total abaixo de 36/48 indica fraqueza grave.
Mobilização Precoce 
A mobilização precoce deve ser iniciada em menos de 
72h do início da VM, pois é viável, segura e resulta em 
benefícios funcionais significantes.
Estimulação elétrica neuromuscular e cicloergômetro
podem ser consideradas como complemento do 
programa de mobilização precoce.
Eletroestimulação Transcutânea
• Indicado para pacientes com fraqueza muscular
acentuada ou que não conseguem participar de
programas de exercícios tradicionais.
Cicloergômetro
• Estudos demonstraram que a adição de exercícios de
cicloergômetro de MMSS à fisioterapia convencional, em pacientes
sob VM prolongada, aumenta a capacidade de exercício, reduz
a sensação de fadiga muscular e percepção de dispnéia.
Fonte: Pinheiro, A.R.; Christofoletti, G. – Rev Bras Ter Intensiva 2012; 24(2): 188-196
Mobilização Precoce
O treinamento de transferência de sedestação para 
ortostase pode ser incluído no plano terapêutico e 
preceder à deambulação, considerando a correlação com 
a limitação funcional, conforme consenso obtido junto à 
equipe multiprofissional.
Pode-se intervir no declínio funcional visando aumentar 
as chances de retorno à independência para realizar as 
AVDs após a alta hospitalar.
Comparação do tempo internação na UTI e tempo de VM
Grupo controle X Grupo intervenção fisioterapia
GC = maior tempo de VM e tempo de UTI
Comparação de grupos Fisioterapia: 6h x 24h
Grupo 24h apresentou:
Menor tempo de VM
Menor tempo de internação UTI
Menor incidência de infecções respiratórias

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