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Obstetrícia e Pediatria 10

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Tipos de Parto
Prof. Marcos Trovão
Tipos de Parto
Não existe um tipo de parto ideal para todas as mulheres, e sim variáveis de escolha. A gestante precisa de um bom pré-natal, porque nesse período tira todas as dúvidas sobre a gestação e o parto. Existem diferentes tipos de parto, porém, é bom destacar que alguns motivos, como o preparo psicológico e expectativas da mulher, do companheiro, da família, saúde materna e fetal, devem ser pensados, para que a decisão seja acertada. 
PARTO HUMANIZADO
A humanização do parto não significa mais uma nova técnica ou mais conhecimento, mas, sim, o respeito à fisiologia do parto e à mulher.
Muitos hospitais e serviços médicos ignoram as regulamentações exigidas pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde, seja por querer todo o controle da situação do parto, por conveniência dos hospitais em desocupar leitos mais rápido ou por comodidade de médicos e mulheres em que no mundo atual não se pode perder muito tempo.
PARTO HUMANIZADO
Mas a ciência vem comprovando que o excesso de intervenções tecnológicas durante o parto pode não ser tão seguro em partos de baixo risco.
Já se provou que as parteiras são mais seguras que os médicos nos nascimentos de baixo risco, e que neste mesmo nascimento de baixo risco o parto domiciliar ou em Casas de Parto são tão seguros quanto os realizados nos hospitais e maternidades, com a vantagem de não realizarem tantas intervenções, pois o parto é mais natural.
PARTO NATURAL
É o parto onde o médico simplesmente acompanha o parto. É o parto normal sem intervenções como anestesias, episiotomia e indução.
O ritmo e o tempo da mulher e do bebê são respeitados e a mulher tem liberdade para se movimentar e fazer aquilo que seu corpo lhe pede. A recuperação é rápida.
Para o alívio das dores, é importante a mãe aprender no seu curso de gestantes técnicas de respiração e relaxamento e sentir-se segura do que quer. 
"Caminhando" para o Parto Natural: Movimente-se! 
PARTO NORMAL
É dividido entre parto vaginal normal e cirúrgico. Para o parto normal a mulher deve ser preparada durante o pré-natal. Esse processo necessita de uma grande participação da gestante. Já o parto normal cirúrgico acontece quando a mãe está cansada ou a criança se encontra em posição difícil para sua saída. Nesse caso, o médico faz um corte em um dos lados da vagina. Apesar da intervenção, o parto é considerado normal. 
O parto normal ou vaginal por ser mais parecido com o fisiológico (parto natural) ele tem vantagens sobre a cesariana. O corpo da mulher foi preparado para isso, a recuperação é muito mais rápida, há menor chance de hematomas ou infecções, menor risco de complicações para a mãe e menor chance de dor pélvica crônica.
Durante as contrações, o médico avalia a dilatação do colo do útero. Se as dores forem intensas, normalmente é aplicada uma anestesia peridural. Quando o espaço para o bebê passar for insuficiente, é realizada uma episiotomia, que consiste em um corte cirúrgico feito na região perineal para auxiliar a saída do bebê e evitar ruptura dos tecidos perineais.
O parto normal possui algumas variantes, tais como:
PARTO DE CÓCORAS
O parto de cócoras é realizado da mesma forma que o natural mudando a posição da mãe, que, em vez de ficar na posição ginecológica normal, mantém-se de cócoras.
É um parto mais rápido, pois é auxiliado pela gravidade, mais cômodo para a mulher e mais saudável para o bebê, pois não se tem mais a compressão de importantes vasos sanguíneos que acontece com a mulher deitada de costas.
Indicado para mulheres que tiveram gravidez saudável e sem problema de pressão, o parto de cócoras só pode ser realizado se o feto estiver na posição cefálica (com a cabeça para baixo).
A participação do companheiro, a ausência de métodos invasivos para alívio da dor, a liberdade de movimentos dada à mulher no momento do nascimento da criança e a recuperação imediata são as principais vantagens do parto de cócoras.
PARTO NA ÁGUA
O parto na água se caracteriza quando a mãe dá a luz com os genitais totalmente cobertos de água. A mãe fica sentada em uma banheira e o pai também pode entrar na banheira e apoiar a mulher, como no parto de cócoras.
A água cobre toda a barriga e deve estar na temperatura do corpo, a 36º C. A água morna deixa a gestante relaxada e alivia as dores das contrações, pois provoca um aumento da irrigação sanguínea da mãe, uma diminuição da pressão arterial, além do relaxamento muscular.
PARTO NA ÁGUA
Em relação ao natural, este parto é mais rápido e menos dolorido para a mãe, além de mais tranquilo para o bebê. Ele sai de um meio líquido e quente para outro meio líquido e quente.
Esse tipo de parto não é recomendado em trabalho de parto prematuro, presença de mecônio, sofrimento fetal, mulheres com sangramento excessivo, diabetes, HIV positivo, Hepatite-B, Herpes Genital ativo, bebês com mais de 4000g ou que precisem de monitoramento contínuo.
PARTO DOMICILIAR
É realizado no lar da parturiente, de forma natural, com a presença de profissional capacitado acompanhando o processo. Vantagens como desfrutar da atmosfera tranquila do próprio lar é a principal causa para a escolha dessa forma de parto.
PARTO LEBOYER
Por que Leboyer? Simples. Leboyer era um obstetra francês que criou alguns procedimentos para tornar menos violento a hora do parto para o bebê.
O parto é feito com os seguintes requisitos: pouca luz para não incomodar o nenezinho, silêncio principalmente depois de nascer, banho perto da mãe após o nascimento que poderia ser dado pelo pai e colocação do bebê no colo da mãe.
Esse parto é pouco realizado, pois a mãe nesse tipo de parto é "esquecida", geralmente esta estava deitada de costas, pernas em estribos e o uso da episiotomia era rotina. 
PARTO FÓRCEPS
lâminasa
canelas
trava
alças
PARTO FÓRCEPS
É o parto via vaginal (parto normal) no qual se utiliza um instrumento cirúrgico semelhante a uma colher, que é colocado no canal genital da mulher, ajustando-se nos lados da cabeça do bebê para ajudar o obstetra a retirá-lo do canal de parto em casos de emergência ou sofrimento fetal. É utilizado quando o parto já está no final poupando desgastes da mãe e do bebê.
PARTO CESÁREA OU CESARIANO
PARTO CESÁREA OU CESARIANO
Esse tipo de parto é cirúrgico e deve haver motivos clínicos para a realização deste como desproporção do tamanho do bebê(bebê macrossômico) em relação à pelve, posição do bebê invertida e difícil, prolapso de cordão, descolamento prematuro de placenta, placenta prévia, sofrimento fetal e em casos de doenças maternas, como eclampsia,gestantes diabéticas, infecção herpética ativa e HIV (a transmissão para o feto diminui quando se faz parto cesário)
PARTO CESÁREA OU CESARIANO
ou ainda se o trabalho de parto não estiver progredindo normalmente. Também é recomendado nos casos de cirurgias ginecológicas prévias e gestação gemelar, quando o útero fica muito distendido, pois pode ocorrer ruptura da cicatriz por ocasião da expulsão fetal. Após duas ou mais cesáreas deve-se repetir a via cirúrgica.
PARTO CESÁREA OU CESARIANO
Quando a cesárea é optada pelo médico a mamãe deixa de ser uma parturiente para ser uma paciente cirúrgica. Os cuidados com assepsia são maiores e as complicações são mais possíveis por se tratar de uma cirurgia de grande porte, os riscos são maiores.
A mamãe recebe a anestesia peridural (em alguns casos, a geral é necessária) e por isso não sentirá dor alguma. É colocada uma tela na região do seu tórax para melhor assepsia e a mamãe não acompanha o parto.
PARTO CESÁREA OU CESARIANO
PARTO CESÁREA OU CESARIANO
O médico corta sete camadas até chegar ao útero por uma incisão de 10 centímetros feita acima dos pelos púbicos. Ao alcançar o bebê, o médico irá tirá-lo suavemente. A equipe removerá a placenta e a examinará e o corte será fechado com pontos.
A recuperação da mamãe é bem mais lenta do que em qualquer outro tipo de parto. Ela sentedores ao rir, chorar, ficar de pé ou quando tenta erguer o corpo. Há maior risco de infecção materna e de o bebê ter problemas respiratórios.
PARTO DE EMERGÊNCIA
O parto é um ato natural, por isso a parturiente deve ser conscientizada do fato e deve-se procurar acalmá-la. Chame ou localize um médico. Providencie transporte para o hospital mais próximo. 
Mas, caso o socorrista não consiga localizar um médico e tenha de realizar um parto de urgência, deve seguir as seguintes condutas em Primeiros Socorros: 
Afaste curiosos e pessoas do local. 
O socorrista deve ter paciência e deve evitar agir impulsivamente. 
O socorrista tem de lavar bem as mãos e os braços com sabão ou anti-séptico. 
Procurar manter a área limpa ao redor da parturiente, colocando lençóis e plásticos. 
Durante o parto, procure amparar o tronco e cabeça da criança que nasce. 
Após a completa saída do bebê, procure protegê-lo, evitando locais sujos e úmidos. 
Cubra o bebê e mãe para mantê-los aquecidos. 
Mantenha o bebê com a cabeça, sutilmente, mais baixa que o tronco quando colocá-lo deitado sobre o abdômen da mãe. 
Observe se o bebê está respirando, limpe cuidadosamente a boca e nariz. Coloque-o de cabeça para baixo, com o intuito de facilitar a saída de secreções. Se o bebê não respirar, aplique a respiração boca-boca-nariz.
Ferva ou flambe uma tesoura e limpe-a com álcool. Faça o mesmo com o barbante ou linha grossa. 
Amarre o barbante em torno do cordão umbilical bem apertado, a cerca de 5 cm do bebê para interromper a circulação sanguínea. Amarre, então, um outro barbante em volta do cordão umbilical, a cerca de 10 cm do bebê, ou deve haver uma distância entre ambos de 5 cm. 
Corte o cordão umbilical, entre os dois barbantes, usando a tesoura limpa. As extremidades do cordão não devem sangrar. 
Não puxe a placenta. Deixe que ela seja expelida por si só. 
Não jogue fora a placenta e outros resíduos do parto, principalmente caso a criança tenha nascido morta. 
Coloque a placenta num saco plástico e leve mãe, bebê e placenta ao hospital o mais rápido possível.

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