Tectônica.

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TECTÔNICA
Tomando como base o texto (Rappel à l´ordre: argumentos em favor da tectônica), de Kenneth Frampton:
"Frampton afirma que uma poética de construção oferece a possibilidade de resistir à mercantilização do abrigo e à predominância da abordagem pós-moderna do galpão decorado no projeto arquitetônico de Robet Venturi."
Notasse uma constante critica ao "triunfo generalizado" do galpão decorado de Robert Venturi, em diversas passagens de seu texto:
"construir é, em primeiro lugar, um ato tectônico, e não uma atividade cenográfica."
"a unidade estrutural como essência irredutível da forma arquitetônica" - que por isso merece mais atenção que a invenção do espaço e a busca da novidade.
Alinhando-se a tese de Martin Heidegger, Frampton afirma a importância do mito da origem alternativa que Gottfried Semper descreveu em "Os quatro elementos da arquitetura" (1852); sempre contrapôs à base tipológica da cabana primitiva de origem clássica, e seus quatro elementos de base tectônica deduzidos da hipótese de uma cabana caribenha vernacular: aterro(dique), lareira, armação e telhado, e membraa envoltória.
Frampton, sempre propõe uma fundação pesada, fincada no solo, com uma estrutura leve e tapumes por cima, e as conexões exigidas entre duas partes. "Sempre enfatiza as origens têxteis da tectônica e sugere que o nó foi a primeira junta." Para Kenneth Frampton a junção é " o nexo em torno do qual o edifício começa a existir e se articula como presença."
A junção pode ter funções ideológicas ou referências no sentido de que as diferenças culturais se manifestam nas transições articuladas e nas junções que compõem uma sintaxe tectônica.
Gregotti, dizia que o pior inimigo da arquitetura moderna é a ideia de espaço considerado somente em termos econômicos e de exigências técnicas indiferentes a idéia de lugar.