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treinamentoIntensivo OAB FernandaRocha - TRABALHO

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TREINAMENTO INTENSIVO
TRABALHO – 2ª FASE
FERNANDA ROCHA 
TREINAMENTO INTENSIVO
TRABALHO – 2ª FASE
FERNANDA ROCHA 
CLT - Art. 769 - Nos casos omissos, o direito processual
comum será fonte subsidiária do direito processual do
trabalho, exceto naquilo em que for incompatível com as
normas deste Título.
CPC - Art. 15. Na ausência de normas que regulem
processos eleitorais, trabalhistas ou administrativos, as
disposições deste Código lhes serão aplicadas supletiva e
subsidiariamente.
JUS POSTULANDI
Art. 791 - Os empregados e os empregadores poderão
reclamar pessoalmente perante a Justiça do Trabalho e
acompanhar as suas reclamações até o final.
§ 1º - Nos dissídios individuais os empregados e
empregadores poderão fazer-se representar por intermédio
do sindicato, advogado, solicitador, ou provisionado, inscrito
na Ordem dos Advogados do Brasil.
§ 2º - Nos dissídios coletivos é facultada aos interessados
a assistência por advogado.
SÚMULA Nº 425 - JUS POSTULANDI NA JUSTIÇA DO
TRABALHO. ALCANCE.
O jus postulandi das partes, estabelecido no art. 791 da CLT,
limita-se às Varas do Trabalho e aos Tribunais Regionais do
Trabalho, não alcançando a ação rescisória, a ação cautelar, o
mandado de segurança e os recursos de competência do
Tribunal Superior do Trabalho.
HOMOLOGAÇÃO DE ACORDO EXTRAJUDICIAL
Art. 652. Compete às Varas do Trabalho:
f) decidir quanto à homologação de acordo extrajudicial em
matéria de competência da Justiça do Trabalho.
Art. 855-B. O processo de homologação de acordo extrajudicial
terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a
representação das partes por advogado.
§ 1o As partes não poderão ser representadas por advogado
comum.
§ 2o Faculta-se ao trabalhador ser assistido pelo advogado do
sindicato de sua categoria.
Art. 855-C. O disposto neste Capítulo não prejudica o prazo
estabelecido no § 6o do art. 477 desta Consolidação e não afasta
a aplicação da multa prevista no § 8o art. 477 desta
Consolidação.
Art. 855-D. No prazo de quinze dias a contar da distribuição
da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se
entender necessário e proferirá sentença.
Art. 855-E. A petição de homologação de acordo
extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto
aos direitos nela especificados.
Parágrafo único. O prazo prescricional voltará a fluir no dia
útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar
a homologação do acordo.
CUSTAS
Art. 789. Nos dissídios individuais e nos dissídios coletivos
do trabalho, nas ações e procedimentos de competência da
Justiça do Trabalho, bem como nas demandas propostas
perante a Justiça Estadual, no exercício da jurisdição
trabalhista, as custas relativas ao processo de conhecimento
incidirão à base de 2% (dois por cento), observado o mínimo
de R$ 10,64 (dez reais e sessenta e quatro centavos) e o
máximo de quatro vezes o limite máximo dos benefícios do
Regime Geral de Previdência Social, e serão calculadas:
I – quando houver acordo ou condenação, sobre o
respectivo valor;
II – quando houver extinção do processo, sem
julgamento do mérito, ou julgado totalmente improcedente
o pedido, sobre o valor da causa;
III – no caso de procedência do pedido formulado em
ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da
causa;
IV – quando o valor for indeterminado, sobre o que o
juiz fixar.
§ 1o As custas serão pagas pelo vencido, após o trânsito em
julgado da decisão. No caso de recurso, as custas serão pagas e
comprovado o recolhimento dentro do prazo recursal.
§ 2o Não sendo líquida a condenação, o juízo arbitrar-lhe-á o
valor e fixará o montante das custas processuais.
§ 3o Sempre que houver acordo, se de outra forma não for
convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais
aos litigantes.
§ 4o Nos dissídios coletivos, as partes vencidas responderão
solidariamente pelo pagamento das custas, calculadas sobre o
valor arbitrado na decisão, ou pelo Presidente do Tribunal.
Art. 790-A. São isentos do pagamento de custas, além dos
beneficiários de justiça gratuita:
I – a União, os Estados, o Distrito Federal, os Municípios e
respectivas autarquias e fundações públicas federais,
estaduais ou municipais que não explorem atividade
econômica;
II – o Ministério Público do Trabalho.
Parágrafo único. A isenção prevista neste artigo não
alcança as entidades fiscalizadoras do exercício profissional,
nem exime as pessoas jurídicas referidas no inciso I da
obrigação de reembolsar as despesas judiciais realizadas pela
parte vencedora.
Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários
periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ainda
que beneficiária da justiça gratuita. (Redação dada pela
Lei nº 13.467, de 2017)
§ 1o Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o
limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do
Trabalho. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização
de perícias. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4o Somente no caso em que o beneficiário da justiça gratuita não
tenha obtido em juízo créditos capazes de suportar a despesa referida
no caput, ainda que em outro processo, a União responderá pelo
encargo. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
Art. 791-A. Ao advogado, ainda que atue em causa própria, serão
devidos honorários de sucumbência, fixados entre o mínimo de
5% (cinco por cento) e o máximo de 15% (quinze por cento) sobre
o valor que resultar da liquidação da sentença, do proveito
econômico obtido ou, não sendo possível mensurá-lo, sobre o
valor atualizado da causa.
§ 1o Os honorários são devidos também nas ações contra a
Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou
substituída pelo sindicato de sua categoria.
§ 2o Ao fixar os honorários, o juízo observará:
I - o grau de zelo do profissional;
II - o lugar de prestação do serviço;
III - a natureza e a importância da causa;
IV - o trabalho realizado pelo advogado e o tempo exigido para o
seu serviço.
§ 3o Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará 
honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação 
entre os honorários.
§ 4o Vencido o beneficiário da justiça gratuita, desde que não 
tenha obtido em juízo, ainda que em outro processo, créditos 
capazes de suportar a despesa, as obrigações decorrentes de 
sua sucumbência ficarão sob condição suspensiva de 
exigibilidade e somente poderão ser executadas se, nos dois 
anos subsequentes ao trânsito em julgado da decisão que as 
certificou, o credor demonstrar que deixou de existir a 
situação de insuficiência de recursos que justificou a 
concessão de gratuidade, extinguindo-se, passado esse prazo, 
tais obrigações do beneficiário.
§ 5o São devidos honorários de sucumbência na 
reconvenção.
Art. 844 - O não-comparecimento do reclamante à audiência
importa o arquivamento da reclamação, e o não-
comparecimento do reclamado importa revelia, além de
confissão quanto à matéria de fato.
§ 1o Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o
julgamento, designando nova audiência.
(Redação dada pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 2o Na hipótese de ausência do reclamante, este será
condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do
art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça
gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a
ausência ocorreu por motivo legalmente justificável.
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 3o O pagamento das custas a que se refere o § 2o é
condição para a propositura de nova demanda.
(Incluídopela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 4o A revelia não produz o efeito mencionado no caput deste
artigo se: (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
I - havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a
ação; (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
II - o litígio versar sobre direitos indisponíveis;
(Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
III - a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que
a lei considere indispensável à prova do ato; (Incluído
pela Lei nº 13.467, de 2017)
IV - as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem
inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante
dos autos. (Incluído pela Lei nº 13.467, de 2017)
§ 5o Ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na
audiência, serão aceitos a contestação e os documentos
eventualmente apresentados. (Incluído pela Lei nº
13.467, de 2017)
Ação anulatória. Pedido de condenação ao pagamento de
honorários advocatícios em razão da sucumbência do Ministério
Público do Trabalho. Impossibilidade. Art. 18 da Lei nº
7.347/1985. Aplicação por analogia. Não cabe condenação de
honorários advocatícios na ação anulatória em que a parte
sucumbente na ação é o Ministério Público do Trabalho, salvo
comprovada má-fé. Aplica-se, por analogia, o art. 18 da Lei nº
7.347/1985 (lei da ação civil pública), uma vez que o Parquet, ao
ajuizar a ação anulatória, não defende interesse próprio, mas
atua em favor dos direitos dos trabalhadores, exercendo sua
função de defesa da ordem jurídica, do regime democrático, dos
interesses sociais e dos interesses individuais indisponíveis,
cumprindo a função que lhe foi constitucionalmente atribuída
(art. 127 da CF e art. 83, IV, da LC nº 75/1993). Sob esse
entendimento, a SDC, por unanimidade, conheceu do recurso
ordinário e, no mérito, negou-lhe provimento, mantendo,
portanto, o indeferimento do pagamento de honorários
sucumbenciais pelo MPT. TST-RO-513- 28.2017.5.08.0000, SDC,
rel. Min. Dora Maria da Costa, 8.10.2018
Art. 731 - Aquele que, tendo apresentado ao distribuidor
reclamação verbal, não se apresentar, no prazo estabelecido
no parágrafo único do art. 786, à Junta ou Juízo para fazê-lo
tomar por termo, incorrerá na pena de perda, pelo prazo de
6 (seis) meses, do direito de reclamar perante a Justiça do
Trabalho.
Art. 732 - Na mesma pena do artigo anterior incorrerá o
reclamante que, por 2 (duas) vezes seguidas, der causa ao
arquivamento de que trata o art. 844.
Súmula nº 414 do TST
MANDADO DE SEGURANÇA. TUTELA PROVISÓRIA CONCEDIDA
ANTES OU NA SENTENÇA (nova redação em decorrência do CPC
de 2015) - Res. 217/2017 - DEJT divulgado em 20, 24 e
25.04.2017
I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta
impugnação pela via do mandado de segurança, por ser
impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção
de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento
dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-
presidente do
tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do
trabalho do artigo 1.029, § 5º, do CPC de 2015.
II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou
indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em
face da inexistência de recurso próprio.
III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz
perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a
concessão ou o indeferimento da tutela provisória.
RITO SUMARÍSSIMO
Rito Sumaríssimo
• Lei n. 9.957/00;
• Demandas cujo valor não ultrapasse 40 salários mínimos;
Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a
quarenta vezes o salário mínimo vigente na data do
ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao
procedimento sumaríssimo.
Rito Sumaríssimo
Alçada. Não foi revogada pela Lei n. 9.957/00, que
instituiu o rito sumaríssimo na Justiça do Trabalho, a
regra contida no art. 2º, § 3º, da Lei n. 5.584/70,
segundo a qual não cabe nenhum recurso nas causas
cujo valor não exceda de duas vezes o salário mínimo
vigente à época do ajuizamento da ação, salvo se
versarem sobre matéria constitucional. (TRT - 3ª R - 2ª
T - RO n. 18.196/00 - Relª Juíza Alice Monteiro de
Barros – DJMG 6.12.00 - p.20)
Rito Sumaríssimo
• Rito processual – Ordem Pública;
• Dissídios Individuais;
Art. 852-A: Parágrafo único. Estão excluídas do
procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a
Administração Pública direta, autárquica e fundacional.
Petição Inicial
Art. 852-B. Nas reclamações enquadradas no
procedimento sumaríssimo:
I - o pedido deverá ser certo ou determinado e
indicará o valor correspondente;
II - não se fará citação por edital, incumbindo ao
autor a correta indicação do nome e endereço do
reclamado;
III - a apreciação da reclamação deverá ocorrer no
prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento,
podendo constar de pauta especial, se necessário, de
acordo com o movimento judiciário da Junta de
Conciliação e Julgamento.
§ 1º O não atendimento, pelo reclamante, do disposto nos
incisos I e II deste artigo importará no arquivamento da
reclamação e condenação ao pagamento de custas sobre o
valor da causa.
§ 2º As partes e advogados comunicarão ao juízo as
mudanças de endereço ocorridas no curso do processo,
reputando-se eficazes as intimações enviadas ao local
anteriormente indicado, na ausência de comunicação.
Rito Sumaríssimo
• Saneamento na própria Audiência;
• Audiência UNA;
• Não cabimento da intervenção de terceiros – analogia ao 
artigo 10 da Lei n. 9.099/95;
• Não admitir-se-á a Reconvenção - analogia ao artigo 31 da 
Lei n. 9.099/95;
• O Valor da Condenação não fica limitado ao valor atribuído 
à causa;
• Conversão do Rito Sumaríssimo para Ordinário.
Art. 852-C. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão
instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de
juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para
atuar simultaneamente com o titular.
Art. 852-D. O juiz dirigirá o processo com liberdade para
determinar as provas a serem produzidas, considerado o
ônus probatório de cada litigante, podendo limitar ou excluir
as que considerar excessivas, impertinentes ou protelatórias,
bem como para apreciá-las e dar especial valor às regras de
experiência comum ou técnica.
Art. 852-E. Aberta a sessão, o juiz esclarecerá as partes
presentes sobre as vantagens da conciliação e usará os meios
adequados de persuasão para a solução conciliatória do
litígio, em qualquer fase da audiência.
Art. 852-F. Na ata de audiência serão registrados
resumidamente os atos essenciais, as afirmações
fundamentais das partes e as informações úteis à solução da
causa trazidas pela prova testemunhal
Art. 852-G. Serão decididos, de plano, todos os incidentes e
exceções que possam interferir no prosseguimento da
audiência e do processo. As demais questões serão decididas
na sentença.
Art. 852-H. Todas as provas serão produzidas na audiência de
instrução e julgamento, ainda que não requeridas
previamente.
§ 1º Sobre os documentos apresentados por uma das partes
manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, sem
interrupção da audiência, salvo absoluta impossibilidade, a
critério do juiz.
§ 2º As testemunhas, até o máximo de duas para cada parte,
comparecerão à audiência de instrução e julgamento
independentemente de intimação.
§ 3º Só será deferida intimação de testemunha que,
comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não
comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá
determinar sua imediata condução coercitiva.
§ 4º Somente quando a prova do fato o exigir, ou for
legalmente imposta, será deferida prova técnica, incumbindo
ao juiz, desde logo, fixar o prazo, o objeto da perícia e
nomear perito.
§ 6º As partes serão intimadas a manifestar-se sobre o laudo,
no prazo comum de cinco dias.
§ 7º Interrompida a audiência,o seu prosseguimento e a
solução do processo dar-se-ão no prazo máximo de trinta
dias, salvo motivo relevante justificado nos autos pelo juiz da
causa.
Art. 852-I. A sentença mencionará os elementos de
convicção do juízo, com resumo dos fatos relevantes
ocorridos em audiência, dispensado o relatório.
§ 1º O juízo adotará em cada caso a decisão que reputar
mais justa e equânime, atendendo aos fins sociais da lei e as
exigências do bem comum.
§ 3º As partes serão intimadas da sentença na própria
audiência em que prolatada.
Rito Sumário (Alçada)
• Celeridade processual;
• Simplicidade;
• Informalidade;
Rito Sumário
• Causas cujo valor não exceda 2 salários mínimos;
• Ata de Audiência simplificada, dispensando-se o resumo
dos depoimentos;
• Não há possibilidade recursal, salvo se versar a causa sobre
matéria constitucional;
Lei n. 5.584/70
Art 2º Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não
havendo acôrdo, o Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de
passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor para a
determinação da alçada, se êste fôr indeterminado no
pedido.
§ 3º Quando o valor fixado para a causa, na forma dêste
artigo, não exceder de 2 (duas) vêzes o salário-mínimo
vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo dos
depoimentos, devendo constar da Ata a conclusão da Junta
quanto à matéria de fato.
Lei n. 5.584/70
§ 4º - Salvo se versarem sobre matéria constitucional,
nenhum recurso caberá das sentenças proferidas nos
dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior,
considerado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data
do ajuizamento da ação.
TST - SUM-356 ALÇADA RECURSAL. VINCULAÇÃO AO
SALÁRIO MÍNIMO
O art. 2º, § 4º, da Lei nº 5.584, de 26.06.1970, foi
recepcionado pela CF/1988, sendo lícita a fixação do valor da
alçada com base no salário mínimo.
Lei 5.584/70
Art 2º Nos dissídios individuais, proposta a conciliação, e não havendo acôrdo, o
Presidente, da Junta ou o Juiz, antes de passar à instrução da causa, fixar-lhe-á o valor
para a determinação da alçada, se êste fôr indeterminado no pedido.
§ 1º Em audiência, ao aduzir razões finais, poderá qualquer das partes, impugnar o
valor fixado e, se o Juiz o mantiver, pedir revisão da decisão, no prazo de 48 (quarenta
e oito) horas, ao Presidente do Tribunal Regional.
§ 2º O pedido de revisão, que não terá efeito suspensivo deverá ser instruído com a
petição inicial e a Ata da Audiência, em cópia autenticada pela Secretaria da Junta, e
será julgado em 48 (quarenta e oito) horas, a partir do seu recebimento pelo
Presidente do Tribunal Regional.
§ 3º Quando o valor fixado para a causa, na forma dêste artigo, não exceder de 2
(duas) vêzes o salário-mínimo vigente na sede do Juízo, será dispensável o resumo
dos depoimentos, devendo constar da Ata a conclusão da Junta quanto à matéria de
fato.
§ 4º - Salvo se versarem sobre matéria constitucional, nenhum recurso caberá das
sentenças proferidas nos dissídios da alçada a que se refere o parágrafo anterior,
considerado, para esse fim, o valor do salário mínimo à data do ajuizamento da ação.
COMPETÊNCIA MATERIAL
Se o servidor for regido pela CLT, como no caso de situações residuais de servidores
contratados pela CLT no período entre a EC 19/98 e a decisão do STF na ADIN 2135, nesse
caso, a competência é da Justiça do Trabalho.
Mas e no caso de o estatuto do município prever a contratação pela CLT? Em princípio, isso
não deveria ocorrer, mas é o que acontece na prática em algumas situações e, nesses casos, a
competência é da Justiça do Trabalho, porque a regência é da CLT.
Quais os regimes possíveis?
1 – estatutário
2 – celetista
3 – temporário (CF – art. 37, IX)
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,
impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: (Redação dada
pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por
tempo determinado para atender a necessidade temporária de excepcional interesse público;
No caso dos temporários, não é a função que é transitória, mas sim, a necessidade de
contratação. Ø E qual a Justiça competente para julgar os pleitos dos temporários?
A doutrina, majoritariamente, diz que a competência jurisdicional firma-se pelo pedido e pela
causa de pedir. Assim, se a causa de pedir relata uma relação de emprego e o pedido é de
verbas trabalhistas, a competência seria da Justiça do Trabalho.
Entretanto, o STF acabou firmando sua jurisprudência em sentido contrário. Disse que a
relação jurídica no caso dos temporários não é contratual, mas sim, de cunho administrativo de
desnivelamento do estado em relação ao servidor, não obstante o art. 37, IX, da CF trata
expressamente em contratação. Assim, a competência sempre será da Justiça Comum.
CF
Art. 111. São órgãos da Justiça do Trabalho:
I - o Tribunal Superior do Trabalho;
II - os Tribunais Regionais do Trabalho;
III - Juizes do Trabalho.
Art. 111-A. O Tribunal Superior do Trabalho compor-se-á de
vinte e sete Ministros, escolhidos dentre brasileiros com
mais de trinta e cinco anos e menos de sessenta e cinco
anos, de notável saber jurídico e reputação ilibada,
nomeados pelo Presidente da República após aprovação
pela maioria absoluta do Senado Federal, sendo:
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de
efetiva atividade profissional e membros do Ministério
Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo
exercício, observado o disposto no art. 94;
II os demais dentre juízes dos Tribunais Regionais do
Trabalho, oriundos da magistratura da carreira, indicados
pelo próprio Tribunal Superior
§ 1º A lei disporá sobre a competência do Tribunal Superior
do Trabalho.
§ 2º Funcionarão junto ao Tribunal Superior do
Trabalho:
I a Escola Nacional de Formação e Aperfeiçoamento de
Magistrados do Trabalho, cabendo-lhe, dentre outras
funções, regulamentar os cursos oficiais para o ingresso e
promoção na carreira;
II o Conselho Superior da Justiça do Trabalho, cabendo-lhe
exercer, na forma da lei, a supervisão administrativa,
orçamentária, financeira e patrimonial da Justiça do Trabalho
de primeiro e segundo graus, como órgão central do sistema,
cujas decisões terão efeito vinculante.
§ 3º Compete ao Tribunal Superior do Trabalho processar e
julgar, originariamente, a reclamação para a preservação de
sua competência e garantia da autoridade de suas
decisões.
Art. 112. A lei criará varas da Justiça do
Trabalho, podendo, nas comarcas não
abrangidas por sua jurisdição, atribuí-la aos
juízes de direito, com recurso para o
respectivo Tribunal Regional do
Trabalho.
Art. 113. A lei disporá sobre a constituição,
investidura, jurisdição, competência, garantias
e condições de exercício dos órgãos da Justiça
do Trabalho.
Art. 115. Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no
mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região,
e nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais
de trinta e menos de sessenta e cinco anos, sendo:
I um quinto dentre advogados com mais de dez anos de efetiva
atividade profissional e membros do Ministério Público do Trabalho
com mais de dez anos de efetivo exercício, observado o disposto no art.
94;
II os demais, mediante promoção de juízes do trabalho por antigüidade
e merecimento, alternadamente.
§ 1º Os Tribunais Regionais do Trabalho instalarão a justiça itinerante,
com a realização de audiências e demais funções de atividade
jurisdicional, nos limites territoriais da respectiva jurisdição, servindo-
se de equipamentos públicos e comunitários.
§ 2º Os Tribunais Regionais do Trabalho poderão funcionar
descentralizadamente, constituindo Câmarasregionais, a fim de
assegurar o pleno acesso do jurisdicionado à justiça em todas as fases
do processo.
Art. 116. Nas Varas do Trabalho, a jurisdição será exercida por um juiz
singular.
Súmula 10 STJ- Instalada a Junta de Conciliação e
Julgamento, cessa a competência do Juiz de Direito em
matéria trabalhista, inclusive para a execução das sentenças
por ele proferidas.
Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e 
julgar: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 
45, de 2004) 
•I as ações oriundas da relação de
trabalho, abrangidos os entes de
direito público externo e da
administração pública direta e
indireta da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios;
• Relação de emprego: 5 (cinco) requisitos fáticos jurídicos –
pessoa física; pessoalidade (não pode ser substituída);
subordinação jurídica; não eventualidade e onerosidade
(recebe contraprestação).
• Relação de trabalho: qualquer prestação de serviços para
uma pessoa física em que haja dispêndio de energia física e
de tempo, em favor de um tomador. Esse conceito abrange
a relação de emprego também. Entretanto, o conceito de
relação de trabalho é mais aberto porque abrange o
trabalho autônomo, eventual, voluntário, estagiário, etc.
• Algumas relações de trabalho específicas não são de
competência da JT. Exemplo: relação e consumo, servidores
públicos estatutários.
Profissionais liberais:
Súmula 363 do STJ - Compete à Justiça
estadual processar e julgar a ação de
cobrança ajuizada por profissional liberal
contra cliente.
É o caso dos dentistas e advogados, p.ex.,
de competência da justiça comum porque
é considerado como uma relação de
consumo.
SERVIDOR PÚBICO ESTATUTÁRIO CEDIDO PARA
EMPRESA ESTATAL
Servidor público cedido para empresa pública,
sociedade de economia mista ou fundação de
direito privado e que busca direitos trabalhistas
concedidos aos empregados da cessionária,
como equiparação salarial ou adicional de
insalubridade. Nesse caso, o STJ decidiu que a
justiça competente para o julgamento é a
Justiça do Trabalho.
Trabalhadores Públicos 
1) Servidores públicos estatutários: JUSTIÇA COMUM;
oVínculo institucional;
oAdministração direta, autárquica e fundacional;
oRegime Único estatutário;
2) Servidores públicos celetistas – JUSTIÇA DO TRABALHO;
oVínculo institucional;
oAdministração direta, autárquica e fundacional;
oRegime Único celetista;
3) Servidores temporários – JUSTIÇA COMUM;
oREDA – Lei n. 8.475/93;
oRegime Institucional previsto em lei específica;
oPode ser regido pela CLT;
4) Empregados Públicos: JUSTIÇA DO TRABALHO;
oEmpresas públicas e Sociedades de Economia mista;
5) Agentes Comunitários de saúde:JUSTIÇA COMUM;
oLei n. 11.350/2006;
o198 da CF;
Regime Jurídico Único
• Artigo 39 da CF;
• Lei n. 9.962/2000;
• ADI 2135;
Sem concurso
• REDA;
• Cargo em comissão;
CF – 37 - II - a investidura em cargo ou emprego público
depende de aprovação prévia em concurso público de provas
ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em
lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão
declarado em lei de livre nomeação e exoneração.
• Ocupante de cargo em comissão de livre nomeação e exoneração
regido pela CLT. Exoneração. Pagamento das verbas rescisórias.
Impossibilidade. Devidos apenas os depósitos do FGTS. O
empregado contratado para ocupar cargo em comissão de livre
nomeação e exoneração, sob o regime da CLT, não tem direito à
multa de 40% sobre o FGTS, ao aviso prévio, ao seguro
desemprego e à multa do art. 477 da CLT. No caso, o reclamante
exerceu cargo em comissão no Conselho Regional de Engenharia
e Agronomia de Santa Catarina – CREA/SC, razão pela qual
postulou o pagamento de verbas rescisórias. Todavia, o
empregado ocupante de cargo em comissão admitido sem
concurso público e sujeito à dispensa ad nutum não tem direito
ao pagamento das verbas rescisórias advindas da relação
trabalhista com a Administração Pública, sendo-lhe devidos
apenas os depósitos do FGTS. Sob esse fundamento, a SBDI-I, por
unanimidade, conheceu do recurso de embargos, por divergência
jurisprudencial, e, no mérito, por maioria, deu-lhe provimento
para julgar improcedente a pretensão deduzida, restabelecendo o
acórdão do Regional, no tópico. Vencidos os Ministros Augusto
César Leite de Carvalho e Cláudio Mascarenhas Brandão. TST-
EED-RR-300-42.2013.5.12.0035, SBDI-I, rel. Min. Aloysio Corrêa
da Veiga, 12.5.2016 – INFO 136
SUM-243 OPÇÃO PELO REGIME TRABALHISTA. SUPRESSÃO
DAS VANTAGENS ESTATUTÁRIAS (mantida) - Res. 121/2003,
DJ 19, 20 e 21.11.2003
Exceto na hipótese de previsão contratual ou legal expressa,
a opção do funcionário público pelo regime trabalhista
implica a renúncia dos direitos inerentes ao regime
estatutário.
SUM-363 CONTRATO NULO. EFEITOS (nova redação) - Res.
121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem
prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no
respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito
ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao
número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do
salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do
FGTS.
SUM-382 MUDANÇA DE REGIME CELETISTA PARA
ESTATUTÁRIO. EXTINÇÃO DO CONTRATO. PRESCRIÇÃO
BIENAL
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 128 da SBDI-I) -
Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005
A transferência do regime jurídico de celetista para
estatutário implica extinção do contrato de trabalho, fluindo
o prazo da prescrição bienal a partir da mudança de regime.
OJ-SDI1-138 COMPETÊNCIA RESIDUAL. REGIME JURÍDICO
ÚNICO. LIMITAÇÃO DA EXECUÇÃO (nova redação em
decorrência da incorporação da Orientação Jurisprudencial
nº 249 da SBDI-I) - DJ 20.04.2005
Compete à Justiça do Trabalho julgar pedidos de direitos e
vantagens previstos na legislação trabalhista referente a
período anterior à Lei nº 8.112/90, mesmo que a ação tenha
sido ajuizada após a edição da referida lei. A superveniência
de regime estatutário em substituição ao celetista, mesmo
após a sentença, limita a execução ao período celetista. (1ª
parte - ex-OJ nº 138 da SBDI-I - inserida em 27.11.98; 2ª
parte - ex-OJ nº 249 - inserida em 13.03.02)
Empregado público admitido antes da Constituição Federal de 1988. Ausência
de submissão a concurso público. Lei municipal instituidora de Regime
Jurídico Único. Impossibilidade de alteração automática do regime celetista
para o estatutário. Art. 37, II, da CF. Violação. Competência material da Justiça
do Trabalho. A existência de lei municipal instituidora de Regime Jurídico
Único, de natureza administrativa, por si só, não transmuda automaticamente
o vínculo jurídico estabelecido entre as partes, de celetista para estatutário,
na hipótese de o empregado, admitido antes do advento da Constituição
Federal de 1988, não ter se submetido a concurso público. Entendimento em
sentido contrário afronta o disposto no art. 37, II, da CF. Com esses
fundamentos, e citando a jurisprudência da Corte e do STF, a SBDI-I, à
unanimidade, conheceu dos embargos do reclamado, por divergência
jurisprudencial e, no mérito, negou-lhes provimento, mantendo a decisão
turmária que conheceu do recurso de revista da reclamante por violação do
inciso II do art. 37 da Constituição e, no mérito, deu-lhe provimento para, em
razão da permanência da reclamante no regime da CLT, reconhecer a
competência material da Justiça do Trabalho para julgar o feito e determinar o
retorno dos autos ao Regional a fim de que julgue o recurso ordinário do
reclamado como entender de direito. TST-ERR-300-25.2010.5.13.0001, SBDI-I,
rel. Min. João Oreste Dalazen, 28.11.2013 – INFO 68
SUM-430 ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA.
CONTRATAÇÃO. AUSÊNCIA DE CONCURSO PÚBLICO.
NULIDADE. ULTERIORPRIVATIZAÇÃO. CONVALIDAÇÃO.
INSUBSISTÊNCIA
DO VÍCIO - Res. 177/2012, DEJT divulgado em 13, 14 e
15.02.2012
Convalidam-se os efeitos do contrato de trabalho que,
considerad nulo por ausência de concurso público, quando
celebrado originalmente com ente da Administração Pública
Indireta, continua a existir após a sua privatização.
Conselhos profissionais 
• Orientação 23 CONAP;
• MS 32.912 – Autarquias profissionais;
• ADIN 1.717 – Lei n. 9.649/98
II as ações que envolvam exercício do direito de greve;
Súmula vinculante n. 22
Se a greve for de empregados regidos pela CLT, a
competência é da Justiça do Trabalho. Se for qualquer ação
referente a greve de servidores públicos estatutários, a
competência é da Justiça Comum. Se for uma greve de
estatutários de âmbito nacional, a competência será do STJ.
Se não for nacional, será julgada pelos Tribunais Regionais.
III as ações sobre representação
sindical, entre sindicatos, entre
sindicatos e trabalhadores, e entre
sindicatos e empregadores;
• Ação de prestação de contas entre sindicato e trabalhador a ele filiado.
Retenção de honorários advocatícios em crédito trabalhista deferido em
juízo. Competência da Justiça do Trabalho. Art. 114, III, da CF. A Justiça do
Trabalho é competente para processar e julgar ação proposta por
trabalhador em face do sindicato a que é filiado, em que se postula a
prestação de contas acerca de valores retidos a título de honorários
advocatícios em crédito trabalhista decorrente de ação ajuizada
anteriormente pela entidade sindical na condição de substituta processual. A
relação entre empregado de determinada categoria e o respectivo sindicato
decorre do enquadramento sindical e irradia o principal efeito da defesa dos
direitos e interesses da categoria, nos termos do art. 8º, III, da CF e do art.
513, “a”, da CLT, inserindo-se, portanto, na expressão contida no art. 114, III,
da Constituição, que se refere às ações sobre representação sindical entre
sindicatos e trabalhadores. Sob esse fundamento, a SBDI-I, por unanimidade,
conheceu dos embargos, por divergência jurisprudencial, e, no mérito, por
maioria, negou-lhes provimento. Vencidos os Ministros Augusto César Leite
de Carvalho, Walmir Oliveira da Costa e Brito Pereira, os quais entendiam
que, se compete à Justiça comum julgar cobrança de honorários
advocatícios, inclusive nas hipóteses em que tais verbas são reclamadas por
sindicato, não se pode alterar a competência somente em razão de a ação
ter sido ajuizada por quem se beneficiou dos serviços contra o prestador.
TST-E-ED-RR-128300- 64.2008.5.03.0042, SBDI-I, rel. Min. Marcio Eurico
Vitral Amaro, 17.8.2017
IV os mandados de segurança, habeas
corpus e habeas data , quando o ato
questionado envolver matéria sujeita à
sua jurisdição;
Habeas corpus. Cabimento. Jogador de futebol. Livre exercício da profissão. A
SBDI-II, por maioria, conheceu de agravo regimental e, no mérito, negou-lhe
provimento, mantendo, portanto, decisão monocrática que, em sede de
habeas corpus, concedeu pedido liminar para autorizar jogador de futebol a
exercer livremente sua profissão, participando de jogos e treinamentos em
qualquer localidade e para qualquer empregador, conforme sua livre escolha.
Na espécie, ressaltou-se que não há falar em não cabimento do habeas
corpus, pois, na Justiça do Trabalho, a referida ação constitucional não se
restringe à proteção do direito à locomoção, mas abrange a defesa da
autonomia da vontade contra ilegalidade ou abuso de poder perpetrado tanto
pela autoridade judiciária quanto pelas partes da relação de trabalho.
Ademais, no caso em tela restou demonstrada a presença da fumaça do bom
direito e do perigo da demora, pois o paciente encontra-se impedido de
exercer a função de jogador de futebol no clube que lhe interessa, e a
manutenção do vínculo com o empregador atual, por tempo indeterminado,
ofende o direito de livre exercício da profissão. De outra sorte, o debate
travado nos autos reclama medida urgente, pois envolve atleta que, em razão
da idade, encontra-se em fim de carreira. Vencidos os Ministros Douglas
Alencar Rodrigues e Renato de Lacerda Paiva. TST-AgR-HC-5451-
88.2017.5.00.0000, SBDI-II, rel. Min. Delaíde Miranda Arantes, 8.8.2017
Info 187
Habeas corpus. Não cabimento. Atleta profissional de futebol. Liberação para
exercício de atividade esportiva em agremiação diversa. Ausência de restrição ao
direito primário de liberdade de locomoção. Conforme vem se posicionando o STF e o
STJ, o habeas corpus tem cabimento restrito à defesa da liberdade de locomoção
primária (direito de ir, de vir ou de permanecer), ou seja, é meio de proteção a
direitos que tenham como condição necessária para o seu exercício a liberdade física.
Assim, é incabível habeas corpus para discutir cláusula contratual envolvendo atleta
profissional de futebol, com pedido de transferência imediata para outra agremiação
desportiva e de rescisão indireta do contrato de trabalho. No caso, a liberdade de
locomoção é afetada apenas de forma secundária, como reflexo da liberdade de
exercício de profissão ou de trabalho, tutelada por outro meio admitido em Direito.
Sob esses fundamentos, a SBDI-II, em sua composição plena, por maioria, não
admitiu o habeas corpus, extinguindo o processo sem resolução de mérito, na forma
do artigo 485, IV, do CPC de 2015. Vencidos os Ministros Alexandre de Souza Agra
Belmonte, Delaíde Miranda Arantes e Maria Helena Mallmann, que admitiam o
habeas corpus ao fundamento de que é a medida adequada para combater a
restrição à liberdade de locomoção advinda da impossibilidade de o atleta transferir-
se para outra agremiação, não obstante haja mora contumaz do clube empregador a
autorizar o rompimento do contrato (art. 31 da Lei Pelé), e em razão de o valor da
cláusula compensatória de transferência ser exorbitante. TST-HC-1000678-
46.2018.5.00.0000, SBDI-II, rel. Min. Alexandre Luiz Ramos, 13.11.2018
V os conflitos de competência entre
órgãos com jurisdição trabalhista,
ressalvado o disposto no art. 102, I, o;
VI as ações de indenização por dano
moral ou patrimonial, decorrentes da
relação de trabalho;
VII as ações relativas às penalidades
administrativas impostas aos
empregadores pelos órgãos de
fiscalização das relações de trabalho;
VIII a execução, de ofício, das
contribuições sociais previstas no art.
195, I, a , e II, e seus acréscimos legais,
decorrentes das sentenças que proferir;
Art. 876 - As decisões passadas em julgado ou das quais não
tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos,
quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta
firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os
termos de conciliação firmados perante as Comissões de
Conciliação Prévia serão executadas pela forma estabelecida
neste Capítulo.
parágrafo único. A Justiça do Trabalho executará, de ofício,
as contribuições sociais previstas na alínea a do inciso I e no
inciso II do caput do art. 195 da Constituição Federal, e seus
acréscimos legais, relativas ao objeto da condenação
constante das sentenças que proferir e dos acordos que
homologar.
SUM-368 DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS. IMPOSTO DE
RENDA. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO
RECOLHIMENTO. FORMA DE CÁLCULO. FATO GERADOR
(aglutinada a parte final da Orientação Jurisprudencial nº 363
da SBDI-I à redação do item II e incluídos os itens IV, V e VI
em sessão do Tribunal Pleno realizada em 26.06.2017) - Res.
219/2017, republicada em razão de erro material – DEJT
divulgado em 12, 13 e 14.07.2017
I - A Justiça do Trabalho é competente para determinar o
recolhimento das contribuições fiscais. A competência da
Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições
previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em
pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo
homologado, que integrem o salário de contribuição. (ex-OJ
nº 141 da SBDI-1 -inserida em 27.11.1998).
II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das
contribuições previdenciárias e fiscais, resultantes de crédito do
empregado oriundo de condenação judicial. A culpa do
empregador pelo inadimplemento das verbas remuneratórias,
contudo, não exime a responsabilidade do empregado pelos
pagamentos do imposto de renda devido e da contribuição
previdenciária que recaia sobre sua quota-parte. (ex-OJ nº 363 da
SBDI-1, parte final)
III – Os descontos previdenciários relativos à contribuição do
empregado, no caso de ações trabalhistas, devem ser calculados
mês a mês, de conformidade com o art. 276, § 4º, do Decreto n º
3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 8.212/1991, aplicando-se
as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do
salário de contribuição (ex-OJs nºs 32 e 228 da SBDI-1 – inseridas,
respectivamente, em 14.03.1994 e 20.06.2001).
IV - Considera-se fato gerador das contribuições
previdenciárias decorrentes de créditos trabalhistas
reconhecidos ou homologados em juízo, para os serviços
prestados até 4.3.2009, inclusive, o efetivo pagamento das
verbas, configurando-se a mora a partir do dia dois do mês
seguinte ao da liquidação (art. 276, “caput”, do Decreto nº
3.048/1999). Eficácia não retroativa da alteração legislativa
promovida pela Medida Provisória nº 449/2008,
posteriormente convertida na Lei nº 11.941/2009, que deu
nova redação ao art. 43 da Lei nº 8.212/91.
V - Para o labor realizado a partir de 5.3.2009, considera-se fato gerador
das contribuições previdenciárias decorrentes de créditos trabalhistas
reconhecidos ou homologados em juízo a data da efetiva prestação dos
serviços. Sobre as contribuições previdenciárias não recolhidas a partir
da prestação dos serviços incidem juros de mora e, uma vez apurados
os créditos previdenciários, aplica-se multa a partir do exaurimento do
prazo de citação para pagamento, se descumprida a obrigação,
observado o limite legal de 20% (art. 61, § 2º, da Lei nº 9.430/96).
VI – O imposto de renda decorrente de crédito do empregado recebido
acumuladamente deve ser calculado sobre o montante dos
rendimentos pagos, mediante a utilização de tabela progressiva
resultante da multiplicação da quantidade de meses a que se refiram os
rendimentos pelos valores constantes da tabela progressiva mensal
correspondente ao mês do recebimento ou crédito, nos termos do art.
12-A da Lei nº 7.713, de 22/12/1988, com a redação conferida pela Lei
nº 13.149/2015, observado o procedimento previsto nas Instruções
Normativas da Receita Federal do Brasil.
O TST entende que o SAT pode ser executado na Justiça do
Trabalho. Vejamos o teor da Súmula 454 do TST:
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA DO TRABALHO. EXECUÇÃO DE
OFÍCIO. CONTRIBUIÇÃO SOCIAL REFERENTE AO SEGURO DE
ACIDENTE DE TRABALHO (SAT). ARTS. 114, VIII, E 195, I, “A”,
DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. (conversão da Orientação
Jurisprudencial nº 414 da SBDI-1) – Res. 194/2014, DEJT
divulgado em 21, 22 e 23.05.2014 Compete à Justiça do
Trabalho a execução, de ofício, da contribuição referente ao
Seguro de Acidente de Trabalho (SAT), que tem natureza de
contribuição para a seguridade social (arts. 114, VIII, e 195, I,
“a”, da CF), pois se destina ao financiamento de benefícios
relativos à incapacidade do empregado decorrente de
infortúnio no trabalho (arts. 11 e 22 da Lei nº 8.212/1991).
CONTRIBUIÇÕES PARA O SISTEMA “S”
Não há competência da Justiça do Trabalho para executar
contribuição do sistema “S”, que é um tributo, pois é uma
parcela compulsória, da espécie contribuição social, cujo
destinatário é o próprio sistema “S”.
Está pacificado no TST que a Justiça do Trabalho não é
competente para a execução de tais contribuições.
Exemplo de Sistema “S”: SESC, SENAI, SENAC; instituições
vinculadas a certas categorias.
RE 789874 – Não estão sujeitos ao concurso público.
Dispõe o §4 do art. 832 da CLT:
CLT, art. 832, § 4º A União será intimada das decisões
homologatórias de acordos que contenham parcela
indenizatória, na forma do art. 20 da Lei no 11.033, de 21 de
dezembro de 2004, facultada a interposição de recurso
relativo aos tributos que lhe forem devidos.
Portaria nº 582, de 11 de dezembro de 
2013
Dispõe sobre o acompanhamento da execução de ofício das contribuições previdenciárias
perante a Justiça do Trabalho.
O MINISTRO DE ESTADO DA FAZENDA, no uso das atribuições que lhe confere o art. 87,
Parágrafo Único, inciso II, da Constituição Federal, e tendo em vista o que dispõem o art. 54 da
Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, e os arts. 832, § 7º, e 879, § 5º, do Decreto-Lei nº 5.452,
de 1º de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho), resolve:
Art. 1º O Órgão Jurídico da União responsável pelo acompanhamento da execução de ofício
das contribuições previdenciárias perante a Justiça do Trabalho poderá deixar de se manifestar
quando o valor das contribuições previdenciárias devidas no processo judicial for igual ou
inferior a R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Parágrafo único. O disposto nesse artigo se aplica também aos processos em trâmite nos
Tribunais do Trabalho.
Art. 2º Verificado decréscimo na arrecadação das contribuições previdenciárias perante a
Justiça do Trabalho, fica delegada ao Procurador-Geral da Fazenda Nacional e ao Procurador-
Geral Federal a competência para reduzir, em ato conjunto, o piso de atuação previsto no art.
1º para o equivalente ao limite máximo de salário-de-contribuição previsto no Regime Geral de
Previdência Social.
Parágrafo único. A redução prevista no caput poderá ter efeitos nacionais, regionais, locais ou,
ainda, limitar-se a varas determinadas.
Art. 3º O disposto nesta Portaria se aplica aos processos em curso.
Art. 4º Esta Portaria entra em vigor na data de sua publicação, ficando revogada a Portaria MF
nº 435, de 08 de setembro de 2011.
AGU - SÚMULA Nº 67 - Na Reclamação
Trabalhista, até o trânsito em julgado, as partes
são livres para discriminar a natureza das
verbas objeto do acordo judicial para efeito do
cálculo da contribuição previdenciária, mesmo
que tais valores não correspondam aos pedidos
ou à proporção das verbas salariais constantes
da petição inicial.
INSS. Interposição de recurso ordinário contra
sentença de mérito. Fase de conhecimento.
Possibilidade. Terceiro prejudicado.
Legitimidade e interesse recursal. O INSS possui
interesse recursal e legitimidade para interpor
recurso ordinário contra decisão de mérito
proferida na fase de conhecimento,
pretendendo a incidência de contribuições
previdenciárias sobre parcelas remuneratórias
objeto da condenação. Nos termos do § 3º do
art. 832 da CLT, as decisões cognitivas devem
indicar a natureza jurídica das parcelas
constantes da condenação, inclusive o limite de
responsabilidade de cada parte no
recolhimento da contribuição previdenciária.
A partir da prolação da sentença condenatória, portanto, surgem o
interesse e a legitimidade da autarquia federal para recorrer e suscitar
todas as questões que entender pertinentes ao conteúdo da decisão
cognitiva, em homenagem ao princípio da eventualidade. De outra
sorte, ainda que não integre a relação processual, o INSS é terceiro
juridicamente prejudicado, na medida em que afetado diretamente
pela sentença quanto ao seu direito de cobrar as contribuições
previdenciárias. Sob esses fundamentos, a SBDI-I, por unanimidade,
conheceu do recurso de embargos, por divergência jurisprudencial, e,
no mérito, por maioria, negou-lhe provimento. Vencidos os Ministros
Luiz Philippe Vieira de Mello Filho, relator, Renato de Lacerda Paiva,
José Roberto Freire Pimenta e Alexandre Agra Belmonte. TST-E-RR-
29941-92.2003.5.04.0732, SBDI-I, rel. Min. Luiz Phillipe Vieira de Mello
Filho, red. p/ acórdão Min. João Oreste Dalazen, 12.5.2016 – Info 136
IX outras controvérsias
decorrentes da relação de
trabalho, na forma da lei.
16ª Turmado Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região que, nos autos da reclamação 
trabalhista nº 
02770200904002001
Discute-se, no presente writ, a restrição
indevida ao direito fundamental de
locomoção do paciente – OSCAR DOS SANTOS
EMBOABA JÚNIOR - em virtude de decisão
judicial proferida pela 16ª Turma do Tribunal
Regional do Trabalho da 2ª Região, que julgou
improcedente o pedido de reconhecimento
de rescisão indireta e restabeleceu o vínculo
desportivo com o SÃO PAULO FUTEBOL
CLUBE.
Trata-se de habeas corpus, com pedido liminar,
impetrado por Victor Russomano Junior, Fábio Tomas
de Souza e Mozart Victor Russomano Neto em favor
de Oscar dos Santos Emboaba Junior, apontando
como autoridade coatora a egrégia 16ª Turma do
Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região que, nos
autos da reclamação trabalhista nº
02770200904002001, deu provimento ao recurso
ordinário para afastar a rescisão indireta do contrato
de trabalho reconhecida em sentença e, em sede de
embargos de declaração, restabeleceu o vínculo
desportivo com o São Paulo Futebol Clube.
Dessarte, implica reconhecer que o alcance atual do habeas corpus há
de ser estendido para abarcar a ilegalidade ou abuso de poder praticado
em face de uma relação de trabalho. Vale dizer: pode ser impetrado
contra atos e decisões de juízes, atos de empregadores, de auditores
fiscais do trabalho, ou mesmo de terceiros
Assim, a interpretação a ser conferida à Constituição Federal não pode
ser literal ou gramatical, no sentido de se entender cabível o habeas
corpus apenas quando violado o direito à locomoção em seu sentido
físico de ir, vir ou ficar. Ao contrário, deve-se ampliar tal entendimento
para assegurar a utilização de tal ação constitucional com vistas à
proteção da autonomia da vontade contra ilegalidade ou abuso de
poder perpetrado, seja pela autoridade judiciária, seja pelas partes da
relação de trabalho. Há que se assegurar o livre exercício do trabalho,
direito fundamental resguardado pelos artigos 1º, IV, 5º, XIII, 6º e 7º da
Constituição Federal, bem como a dignidade da pessoa humana.
Nessa linha, destaco o entendimento do Exmo. Ministro César Peluso,
no julgamento da ADI nº 3.684/DF, que, ao discorrer sobre o cabimento
de habeas corpus, destacou que "esse remédio constitucional pode,
como sabe toda a gente, voltar-se contra atos e omissões praticados no
curso de processos e até procedimentos de qualquer natureza, e não
apenas no bojo de investigações, inquéritos e ações penais".
Vantagens remuneratórias e superveniência de regime jurídico
Não compete à Justiça do Trabalho julgar controvérsia referente aos reflexos de vantagem
remuneratória, que teve origem em período celetista anterior ao advento do regime jurídico
único.
Com base nesse entendimento, a Segunda Turma, por maioria, deu provimento a agravo
regimental para declarar competente a Justiça Federal. No caso, a decisão reclamada fixou a
competência da Justiça do Trabalho para julgar questão referente a reajuste decorrente do
Índice de Preço ao Consumidor (IPC) de março de 1990, período anterior ao advento da Lei
8.112/1990, que alterou o regime jurídico de servidor público de celetista para estatutário.
A Turma assentou que a fixação da esfera jurisdicional competente para apreciar lide a
envolver o Poder Público está pautada na natureza do vínculo existente com o trabalhador.
Portanto, compete à Justiça Comum pronunciar-se sobre a existência, a validade e a eficácia
das relações entre servidores e o poder público fundadas em vínculo jurídico-administrativo.
Essa competência prevalece ainda que a controvérsia esteja fundamentada na Consolidação
das Leis do Trabalho (CLT).
Vencido o ministro Edson Fachin (relator) que, na assentada do dia 31.08.2017, negou
provimento ao agravo regimental, por entender que o ato reclamado não guarda pertinência
com a decisão indicada como parâmetro.
Rcl 26064 AgR/RS, rel. orig. Min. Edson Fachin, red. p/ o ac. Min. Dias Toffoli, julgamento em
21.11.2017. (Rcl-26064)
REsp 1.695.986-SP, Rel. Min. Ricardo Villas Bôas Cueva, por
unanimidade, julgado em 27/02/2018, DJe 06/03/2018
RAMO DO DIREITO DIREITO CIVIL E PROCESSUAL CIVIL TEMA
Plano de saúde coletivo. Entidade de autogestão. Ex-
empregado aposentado. Manutenção no plano original.
Autonomia da saúde suplementar. Não integração no
contrato de trabalho. Término da relação de emprego.
Caráter cível da lide. Competência. Justiça Comum Estadual.
Compete à Justiça Comum Estadual o exame e o julgamento
de feito que discute direitos de exempregado aposentado ou
demitido sem justa causa de permanecer em plano de saúde
coletivo oferecido pela própria empresa empregadora aos
trabalhadores ativos, na modalidade de autogestão.
De início, salienta-se que a jurisprudência deste Tribunal Superior é no sentido de que
compete à Justiça do Trabalho o julgamento dos casos em que a ex-empregadora
mantém o próprio plano de saúde em favor de seus empregados, na modalidade de
autogestão, visto que a discussão acerca do direito de manutenção no plano de
saúde possuirá relação direta com o contrato de trabalho extinto. Tal posicionamento
se justificava antes da edição da Lei n. 9.656/1998 (regulamentadora dos planos de
saúde), da Lei n. 9.961/2000 (criadora da ANS) e da Lei n. 10.243/2001 (que deu nova
redação ao § 2º do art. 458 da Consolidação das Leis do Trabalho - CLT). De fato,
antes da vigência desses diplomas legais, a relação jurídica mantida entre o usuário
do plano de saúde e a entidade de autogestão empresarial era apenas uma derivação
da relação de emprego, pois a regulação era feita pelo contrato de trabalho, por
normas internas da empresa e, às vezes, por acordo coletivo de trabalho. Todavia,
após o surgimento das mencionadas leis, a Saúde Suplementar, incluídas as
autogestões, adquiriu autonomia em relação ao Direito do Trabalho, visto possuir
campo temático, teorias, princípios e metodologias específicos. Por esse motivo, as
entidades de autogestão passaram a ser enquadradas como operadoras de planos de
saúde, sendo, portanto, objeto de regulação e fiscalização pelo órgão regulador
próprio da área: a ANS. Com efeito, o art. 458, § 2º, IV, da CLT, incluído pela Lei n.
10.243/2001, é expresso em dispor que a assistência médica, hospitalar e
odontológica concedida pelo empregador, seja diretamente ou mediante seguro-
saúde, não será considerada como salário.
Isso porque o plano de saúde fornecido pela empresa empregadora, mesmo a
título gratuito, não possui natureza retributiva, não constituindo salário-
utilidade (salário in natura), sobretudo por não ser contraprestação ao
trabalho. Ao contrário, referida vantagem apenas possui natureza preventiva
e assistencial, sendo uma alternativa às graves deficiências do Sistema Único
de Saúde (SUS), obrigação do Estado. Cumpre salientar, ainda, que por já ter
sido encerrado o seu contrato de trabalho, a pretensão do ex-empregado de
manutenção no plano de assistência à saúde fornecido pela ex-empregadora
não pode ser vista como simples relação de trabalho, visto que a causa de
pedir e o pedido se originam de relação autônoma nascida com a operadora
de plano de 11 saúde, a qual possui natureza eminentemente civil,
envolvendo tão somente, de maneira indireta, os aspectos da relação de
trabalho. Ademais, cumpre mencionar que a autogestão na saúde
suplementar guarda muitas semelhanças estruturais com a previdência
privada fechada e o Supremo Tribunal Federal, quando do julgamento do RE
n. 586.453/SE (Rel. para acórdão Min. Dias Toffoli, Pleno, DJe 6/6/2013),
consolidou o entendimento de competir à Justiça Comum o julgamento de
processos decorrentes de contrato de previdência complementar, ante a
inexistência de relação trabalhista entre o beneficiário e o fundo fechado
previdenciário.
Normas relativas à higiene, saúde e segurança impostas ao
Poder Público
2. Ao julgar a ADI 3.395-MC, este Tribunal deferiumedida cautelar
para suspender toda e qualquer interpretação dada ao inciso I do
art. 114 da CF, na redação dada pela EC 45/2004, que inclua, na
competência da Justiça do Trabalho, a apreciação de causas que
sejam instauradas entre o Poder Público e seus servidores, a ele
vinculados por típica relação de ordem estatutária ou de caráter
jurídico-administrativo. 3. As circunstâncias do caso concreto, no
entanto, não permitem a aplicação dessa orientação. Isto porque
o debate instaurado na origem diz respeito ao cumprimento de
normas relativas à higiene, saúde e segurança dos trabalhadores
de hospital público (estatutários e celetistas), matéria que não
parece ser alcançada pelo paradigma invocado. Assim, entendo
não haver identidade estrita entre a hipótese dos autos e o
julgado na ADI 3.395-MC.
[Rcl 20.744 AgR, rel. min. Roberto Barroso, 1ª T, j. 2-2-
2016, DJE 34 de 24-2-2016.]
• 6. Na espécie vertente, a Procuradoria Regional do Trabalho da 17ª Região determinou a 
remessa do procedimento administrativo em foco ao Ministério Público Estadual, ao 
fundamento de que os guarda-vidas teriam sido contratados por tempo determinado pelo 
Município de Vitória/ES. Assim, nos termos do que teria sido assentado no julgamento 
da Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.395, "trata[ndo-se] de regime especial 
administrativo, compet[iria] à justiça estadual comum processar e julgar controvérsias entre 
o Município e seus servidores, ainda que a contratação tenha ocorrido em caráter precário 
ou desvirtuado" (fl. 98). 7. Esse entendimento não foi perfilhado pelo Procuradoria-Geral da 
República, que distinguiu a questão envolvendo o descumprimento de direitos sociais 
trabalhistas daquela tratada na Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.395. Nessa linha, 
realçou: "[A] jurisprudência dessa Suprema Corte firmou-se no sentido de que é competente 
a Justiça do Trabalho para processar e julgar ação civil pública referente a ambiente, às 
condições e à organização do trabalho. Nesse sentido cumpre destacar a Súmula 736 do STF, 
segundo a qual compete à Justiça do Trabalho a competência para julgar demandas 
relacionadas a descumprimento de normas trabalhistas relativas à segurança, higiene e 
saúde do s trabalhadores. Na espécie, a Procuradoria Regional do Trabalho da 17ª Região 
instaurou inquérito civil público para apurar o descumprimento das normas relativas ao 
meio ambiente de trabalho dos guarda vidas contratados pelo Município de Vitória. Como se 
vê, o referido inquérito civil servirá de base para a propositura de ação civil pública a ser 
ajuizada pelo Ministério Público do Trabalho, com o fim de exigir do Poder Público do 
Município de Vitória o cumprimento de normas relativas à higiene, segurança e saúde dos 
trabalhadores. De fato, a controvérsia não tem como pano de fundo causa entre a 
Administração Pública e servidores a ela vinculados, isto é, não se volta a questão em torno 
de qualquer direito que decorra do regime jurídico administrativo, mas sim, de direito social 
trabalhista, de alcance coletivo geral, pouco importando a diversidade dos regimes jurídicos 
dos trabalhadores, uma vez que todos eles estão submetidos às mesmas condições de 
trabalho” (fls. 121-122, grifos nossos). Como apontado pela Procuradoria-Geral da 
República, a natureza do vínculo jurídico que une os guarda-vidas ao ente público municipal 
não está em questão naquele procedimento administrativo, que apura "irregularidades no 
meio ambiente de trabalho dos Guarda-Vidas" (fl. 8), pelo que inexistiria contrariedade ao 
que decidido no julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade 3.395/DF, tampouco 
óbice à atuação do Ministério Público do Trabalho.
[ACO 2.169, rel. min. Cármen Lúcia, dec. monocrática, j. 19-9-2013, DJE 189 de 26-9-2013.]
Justiça do Trabalho deve julgar ação sobre ambiente de trabalho de servidores estaduais
O caso tem origem em ação civil pública proposta pelo MPT contra universidade
A Subseção I Especializada em Dissídios Individuais (SDI-1) do Tribunal Superior do Trabalho declarou a competência da Justiça do
Trabalho para julgar a ação sobre adequação do ambiente de trabalho da Universidade Estadual do Centro Oeste (Unicentro), de
Guarapuava (PR). Segundo a decisão, a restrição da competência para julgar as causas de interesse de servidores públicos não
alcança as ações civis públicas propostas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) que tenham como objeto o descumprimento
de normas de segurança, saúde e higiene dos trabalhadores.
Incompetência
Na ação, proposta em fevereiro de 2009, o MPT sustentou que a Unicentro não mantinha serviços especializados em engenharia de
segurança e em medicina do trabalho nem havia instituído Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
O juízo de primeiro grau e o Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (PR) entenderam que, por dizer respeito diretamente a
servidores públicos estatutários, a competência para processar e julgar a ação seria da Justiça Comum.
Ao negar o recurso do MPT, a Quarta Turma considerou que a decisão estava de acordo com a jurisprudência do STF (ADI 3.395)
segundo a qual a Justiça do Trabalho é incompetente para julgar controvérsias envolvendo servidor público estatutário mesmo nos
casos tratem do meio ambiente e da segurança do trabalho e das condições de saúde do servidor. Segundo a decisão, a Justiça do
Trabalho tem competência para decidir sobre questões ambientais, “desde que envolvam relação de trabalho ou de emprego, aí
não incluídas as relações de caráter jurídico-administrativo”. Nesse caso, a competência seria da Justiça Comum.
Redução de riscos
Nos embargos à SDI-1, o MPT reiterou a alegação de que a redução dos riscos inerentes ao trabalho é um direito que atinge
também servidores estatuários.
Súmula do STF
O relator dos embargos, ministro Walmir Oliveira da Costa, seguiu o entendimento da Súmula 736 do Supremo Tribunal Federal
(STF). De acordo com o verbete, compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham como causa de pedir o descumprimento
de normas trabalhistas relativas à segurança, à higiene e à saúde dos trabalhadores. “Considerando que o que se tutela na
presente demanda é a higidez do local de trabalho, e não o indivíduo em si, é irrelevante a qualificação do vínculo jurídico que os
servidores possuam com o ente público”, concluiu.
Por unanimidade, a SDI-1 deu provimento ao recurso e determinou o retorno do processo ao juízo de primeiro grau para que
prossiga no exame da matéria.
(RR/CF)
Processo: E-ED-RR-60000-40.2009.5.09.0659
MEIO AMBIENTE DO TRABALHO
Dispõe a Súmula 736 do STF:
Compete à Justiça do Trabalho julgar as ações que tenham
como causa de pedir o descumprimento de normas
trabalhistas relativas à segurança, higiene e saúde dos
trabalhadores.
"Recurso extraordinário – Direito Previdenciário e Processual Civil
– Repercussão geral reconhecida – Competência para o
processamento de ação ajuizada contra entidade de previdência
privada e com o fito de obter complementação de aposentadoria
– Afirmação da autonomia do Direito Previdenciário em relação
ao Direito do Trabalho – Litígio de natureza eminentemente
constitucional, cuja solução deve buscar trazer maior efetividade
e racionalidade ao sistema – Recurso provido para afirmar a
competência da Justiça comum para o processamento da
demanda - Modulação dos efeitos do julgamento, para manter,
na Justiça Federal do Trabalho, até final execução, todos os
processos dessa espécie em que já tenha sido proferida sentença
de mérito, até o dia da conclusão do julgamento do recurso
(20/2/13). 1. A competência para o processamento de ações
ajuizadas contra entidades privadas de previdência
complementar é da Justiça comum, dada a autonomia do
Direito Previdenciário em relação ao Direito do Trabalho.
Inteligência do art. 202, § 2º, da Constituição Federal a
excepcionar, na análise dessetipo de matéria, a norma do art.
114, inciso IX, da Magna Carta.
2. Quando, como ocorre no presente caso, o intérprete está diante de
controvérsia em que há fundamentos constitucionais para se adotar
mais de uma solução possível, deve ele optar por aquela que
efetivamente trará maior efetividade e racionalidade ao sistema. 3.
Recurso extraordinário de que se conhece e ao qual se dá provimento
para firmar a competência da Justiça comum para o processamento de
demandas ajuizadas contra entidades privadas de previdência
buscando-se o complemento de aposentadoria. 4. Modulação dos
efeitos da decisão para reconhecer a competência da Justiça Federal do
Trabalho para processar e julgar, até o trânsito em julgado e a
correspondente execução, todas as causas da espécie em que houver
sido proferida sentença de mérito até a data da conclusão, pelo
Plenário do Supremo Tribunal Federal, do julgamento do presente
recurso (20/2/2013). 5. Reconhecimento, ainda, da inexistência de
repercussão geral quanto ao alcance da prescrição de ação tendente a
questionar as parcelas referentes à aludida complementação, bem
como quanto à extensão de vantagem a aposentados que tenham
obtido a complementação de aposentadoria por entidade de
previdência privada sem que tenha havido o respectivo custeio". (RE
586453, Relator(a): Min. ELLEN GRACIE, Relator(a) p/ Acórdão: Min.
DIAS TOFFOLI, Tribunal Pleno, julgado em 20/02/2013, REPERCUSSÃO
GERAL - MÉRITO DJe-106 DIVULG 05-06-2013 PUBLIC 06-06-2013)
RESPOSTAS DO RÉU
CLT Art. 847 - Não havendo acordo, o reclamado terá vinte
minutos para aduzir sua defesa, após a leitura da reclamação,
quando esta não for dispensada por ambas as partes.
Parágrafo único. A parte poderá apresentar defesa escrita
pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência.
Art. 337. Incumbe ao réu, antes de discutir o mérito,
alegar:
I - inexistência ou nulidade da citação;
II - incompetência absoluta e relativa;
III - incorreção do valor da causa;
IV - inépcia da petição inicial;
V - perempção;
VI - litispendência;
VII - coisa julgada;
VIII - conexão;
IX - incapacidade da parte, defeito de representação ou falta
de autorização;
X - convenção de arbitragem;
XI - ausência de legitimidade ou de interesse processual;
XII - falta de caução ou de outra prestação que a lei exige
como preliminar;
XIII - indevida concessão do benefício de gratuidade de
justiça.
§ 1o Verifica-se a litispendência ou a coisa julgada quando se
reproduz ação anteriormente ajuizada.
§ 2o Uma ação é idêntica a outra quando possui as mesmas
partes, a mesma causa de pedir e o mesmo pedido.
§ 3o Há litispendência quando se repete ação que está em
curso.
§ 4o Há coisa julgada quando se repete ação que já foi
decidida por decisão transitada em julgado.
§ 5o Excetuadas a convenção de arbitragem e a
incompetência relativa, o juiz conhecerá de ofício das
matérias enumeradas neste artigo.
§ 6o A ausência de alegação da existência de convenção de
arbitragem, na forma prevista neste Capítulo, implica
aceitação da jurisdição estatal e renúncia ao juízo arbitral.
EXCEÇÃO DE INCOMPETÊNCIA
Art. 800. Apresentada exceção de incompetência territorial
no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da
audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção,
seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo.
§ 1o Protocolada a petição, será suspenso o processo e não
se realizará a audiência a que se refere o art. 843 desta
Consolidação até que se decida a exceção.
§ 2o Os autos serão imediatamente conclusos ao juiz, que
intimará o reclamante e, se existentes, os litisconsortes, para
manifestação no prazo comum de cinco dias.
§ 3o Se entender necessária a produção de prova oral, o
juízo designará audiência, garantindo o direito de o
excipiente e de suas testemunhas serem ouvidos, por carta
precatória, no juízo que este houver indicado como
competente.
§ 4o Decidida a exceção de incompetência territorial, o
processo retomará seu curso, com a designação de
audiência, a apresentação de defesa e a instrução processual
perante o juízo competente.
Art. 651 - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento é
determinada pela localidade onde o empregado, reclamante ou
reclamado, prestar serviços ao empregador, ainda que tenha sido
contratado noutro local ou no estrangeiro.
§ 1º - Quando for parte de dissídio agente ou viajante comercial, a
competência será da Junta da localidade em que a empresa tenha
agência ou filial e a esta o empregado esteja subordinado e, na falta,
será competente a Junta da localização em que o empregado tenha
domicílio ou a localidade mais próxima.
§ 2º - A competência das Juntas de Conciliação e Julgamento,
estabelecida neste artigo, estende-se aos dissídios ocorridos em
agência ou filial no estrangeiro, desde que o empregado seja brasileiro
e não haja convenção internacional dispondo em contrário.
§ 3º - Em se tratando de empregador que promova realização de
atividades fora do lugar do contrato de trabalho, é assegurado ao
empregado apresentar reclamação no foro da celebração do contrato
ou no da prestação dos respectivos serviços.
Trabalhador agente ou viajante comercial Empregador que promova realização de 
atividades fora do lugar do contrato de 
trabalho
da localidade em que a empresa tenha
agência ou filial e a esta o empregado esteja
subordinado e, na falta, será competente a
Junta da localização em que o empregado
tenha domicílio ou a localidade mais próxima.
apresentar reclamação no foro da celebração
do contrato ou no da prestação dos
respectivos serviços.
Competência territorial. Término das atividades da filial da empresa na localidade
da contratação e da prestação dos serviços. Reclamação trabalhista ajuizada no foro
do domicílio da reclamante. Possibilidade. Garantia de acesso à justiça. Preservação
do direito de defesa. É possível reconhecer a competência territorial do foro do
domicílio da reclamante quando a atribuição da competência ao juízo do Trabalho da
contratação ou da prestação dos serviços inviabilizar a garantia do exercício do direito
de ação. As regras do art. 651 da CLT não devem ser interpretadas de forma literal,
mas sistematicamente, de modo a concretizar os direitos e garantias fundamentais
insculpidos na Constituição da República. Na hipótese, a autora foi contratada e
prestou serviços em Altamira/PA, mas ajuizou a ação na cidade de Uberlândia/MG,
local para onde se mudou após a dispensa. Além disso, a filial da empresa, na cidade
de Altamira/PA, encerrou suas atividades, mantendo-as apenas na cidade do Rio de
Janeiro/RJ.
Assim, para a autora, o processamento do feito no município
em que reside atualmente garante-lhe o acesso à justiça,
sem causar prejuízo ao direito de defesa da ré, pois o
deslocamento do Rio de Janeiro até Uberlândia é mais
viável que até Altamira, principalmente porque suas
atividades nesta cidade foram encerradas, pressuposto que
legitimava a competência deste local. Sob esses
fundamentos, a SBDI-I, por unanimidade, conheceu dos
embargos interpostos pela reclamante, por divergência
jurisprudencial, e, no mérito, por maioria, deu-lhes
provimento para declarar a competência territorial de uma
das Varas do Trabalho de Uberlândia/MG e determinar a
remessa dos autos para essa localidade, a fim de que julgue
os pedidos como entender de direito. Vencidos os Ministros
Guilherme Augusto Caputo Bastos, Maria Cristina Irigoyen
Peduzzi, Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira e Márcio
Eurico Vitral Amaro. TST-E-RR-11727-90.2015.5.03.0043,
SBDI-I, rel. Min. Cláudio Mascarenhas Brandão, 18.10.2018.
Ação rescisória. Advogado. Prestador de serviço autônomo. Relação de
emprego não configurada. Manifesta incompetência da Justiça do
Trabalho. Art. 114 da CF. Art.485, II, do CPC de 1973. A SBDI-II, por
unanimidade, admitiu a ação rescisória, e, no mérito, julgou-a
procedente para rescindir acórdão proferido pela 1ª Turma do TST,
declarar a incompetência absoluta da Justiça do Trabalho para
processar e julgar causa em que se discute situações advindas de
contrato de prestação de serviços advocatícios, e, ante a anulação de
todo o feito, determinar a remessa dos autos à Justiça comum para
que aprecie, inclusive, o pedido de indenização por danos morais. No
caso concreto, não obstante a turma tenha aplicado a Súmula nº 126 do
TST, a decisão rescindenda evidenciou os fatos que levaram o TRT de
origem a concluir que não houve relação de emprego
entre as empresas autoras e o advogado contratado, pois
consignada a atuação do causídico como prestador de serviço
autônomo, com alto padrão remuneratório e sem qualquer
subordinação jurídica ou a presença dos demais requisitos dos
arts. 2º e 3º da CLT. Assim, ante a patente natureza civil do
vínculo estabelecido entre as partes, revela-se manifesta a
incompetência absoluta da Justiça do Trabalho, nos moldes do
art. 114 da CF e do art. 485, II, do CPC de 1973, cabendo à Justiça
comum apreciar e dirimir o feito. TST-AR-11702-
25.2017.5.00.0000, SBDI-II, rel. Min. Alexandre Agra Belmonte,
16.10.2018
Súmula nº 214 do TST
DECISÃO INTERLOCUTÓRIA. IRRECORRIBILIDADE (nova
redação) - Res. 127/2005, DJ 14, 15 e 16.03.2005
Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT,
as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato,
salvo nas hipóteses de decisão:
a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou
Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do
Trabalho;
b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo
Tribunal;
c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a
remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a
que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no
art. 799, § 2º, da CLT.
- LEI Nº 1.060, DE 5 DE FEVEREIRO DE 1950.
Estabelece normas para a concessão de assistência judiciária aos
necessitados.
- Súmula 463 do TST:
SUM-463 ASSISTÊNCIA JUDICIÁRIA GRATUITA. COMPROVAÇÃO
(conversão da Orientação Jurisprudencial nº 304 da SBDI1, com
alterações decorrentes do CPC de 2015) - Res. 219/2017, DEJT
divulgado em 28, 29 e 30.06.2017 – republicada - DEJT divulgado
em 12, 13 e 14.07.2017 I – A partir de 26.06.2017, para a
concessão da assistência judiciária gratuita à pessoa natural,
basta a declaração de hipossuficiência econômica firmada pela
parte ou por seu advogado, desde que munido de procuração
com poderes específicos para esse fim (art. 105 do CPC de 2015);
II – No caso de pessoa jurídica, não basta a mera declaração: é
necessária a demonstração cabal de impossibilidade de a parte
arcar com as despesas do processo.
CPC
Art. 300. A tutela de urgência será concedida quando houver
elementos que evidenciem a probabilidade do direito e o perigo
de dano ou o risco ao resultado útil do processo.
§ 1o Para a concessão da tutela de urgência, o juiz pode,
conforme o caso, exigir caução real ou fidejussória idônea para
ressarcir os danos que a outra parte possa vir a sofrer, podendo a
caução ser dispensada se a parte economicamente
hipossuficiente não puder oferecê-la.
§ 2o A tutela de urgência pode ser concedida liminarmente ou
após justificação prévia.
§ 3o A tutela de urgência de natureza antecipada não será
concedida quando houver perigo de irreversibilidade dos efeitos
da decisão.
RECURSOS
CLT CPC
Art. 893 - Das decisões são admissíveis os 
seguintes recursos:
I – embargos;
II - recurso ordinário;
III - recurso de revista;
IV - agravo.
Art. 994. São cabíveis os seguintes recursos:
I - apelação;
II - agravo de instrumento;
III - agravo interno;
IV - embargos de declaração;
V - recurso ordinário;
VI - recurso especial;
VII - recurso extraordinário;
VIII - agravo em recurso especial ou 
extraordinário;
IX - embargos de divergência.
Recurso é o meio processual que a lei coloca à disposição das
partes, do MP e de um terceiro, a viabilizar, dentro da
mesma relação jurídica processual, a anulação, a reforma, a
integração ou o aclaramento da decisão judicial impugnada.
Classificação dos recursos 
• Ordinários são destinados a impugnar todos os capítulos
da decisão e à correção tanto dos erros de procedimento –
matéria processual, como incorreções do julgamento de
mérito da causa com ampla possibilidade de discussão do
material probatório do processo;
• Recurso Ordinário – 895;
• Embargos de Declaração – 897-A;
• Agravo de instrumento -897, alínea b;
• Agravo de petição – 897, alínea b;
• Pedido de revisão – artigo 2º, Lei n. 5.584/70;
• Extraordinários não se destinam à correção dos erros de
procedimento ou de julgamento, tampouco à justiça da
decisão. Eles têm por objetivo a uniformização da
interpretação da legislação Constitucional e Federal no
âmbito da competência da Justiça do Trabalho.
• Recurso de Revista – 896;
• Embargos para o TST – 894;
Princípios dos Recursos Trabalhistas 
• Não é possível se aplicar no âmbito trabalhista um recurso 
cível – rol taxativo previsto na CLT;
• DUPLO GRAU DE JURISDIÇÃO – Tem previsão 
constitucional?
• CF – Artigo 5º - LV - aos litigantes, em processo judicial ou 
administrativo, e aos acusados em geral são assegurados o 
contraditório e ampla defesa, com os meios e recursos a ela 
inerentes;
• Artigo 8º, §10, Tratado Interamericano de Direitos 
Humanos – ratificado pelo Brasil;
Súmula nº 303 do TST
FAZENDA PÚBLICA. REEXAME NECESSÁRIO (nova redação em decorrência do CPC de 2015) -
Res. 211/2016, DEJT divulgado em 24, 25 e 26.08.2016
I - Em dissídio individual, está sujeita ao reexame necessário, mesmo na vigência da Constituição
Federal de 1988, decisão contrária à Fazenda Pública, salvo quando a condenação não
ultrapassar o valor correspondente a: a) 1.000 (mil) salários mínimos para a União e as
respectivas autarquias e fundações de direito público; b) 500 (quinhentos) salários mínimos para
os Estados, o Distrito Federal, as respectivas autarquias e fundações de direito público e os
Municípios
que constituam capitais dos Estados; c) 100 (cem) salários mínimos para todos os demais
Municípios e respectivas autarquias e fundações de direito público.
II – Também não se sujeita ao duplo grau de jurisdição a decisão fundada em:
a) súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho;
b) acórdão proferido pelo Supremo Tribunal Federal ou pelo Tribunal Superior do Trabalho em
julgamento de recursos repetitivos;
c) entendimento firmado em incidente deresolução de demandas repetitivas ou de assunção de
competência;
d) entendimento coincidente com orientação vinculante firmada no âmbito administrativo do
próprio ente público, consolidada em manifestação, parecer ou súmula administrativa.
III - Em ação rescisória, a decisão proferida pelo Tribunal Regional do Trabalho está sujeita ao
duplo grau de jurisdição obrigatório quando desfavorável ao ente público, exceto nas hipóteses
dos incisos anteriores. (ex-OJ nº 71 da SBDI-1 - inserida em 03.06.1996)
IV - Em mandado de segurança, somente cabe reexame necessário se, na relação processual,
figurar pessoa jurídica de direito público como parte prejudicada pela concessão da ordem. Tal
situação não ocorre na hipótese de figurar no feito como impetrante e terceiro interessado
pessoa de direito privado, ressalvada a hipótese de matéria administrativa. (ex-OJs nºs 72 e 73
da SBDI-1 – inseridas, respectivamente, em 25.11.1996 e 03.06.1996).
Súmula nº 356 do TST
ALÇADA RECURSAL. VINCULAÇÃO AO SALÁRIO MÍNIMO
(mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003
O art. 2º, § 4º, da Lei nº 5.584, de 26.06.1970, foi
recepcionado pela CF/1988, sendo lícita a fixação

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