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Doença de Milroy Aluna: Amanda Batista Alves Histórico Em 1892 William Milroy descreveu uma família com linfedema congênito em fase inicial que era hereditário, indolor e confinado aos membros inferiores; Milroy descreveu uma família composta de 97 membros, dos quais 26, em seis gerações, tiveram edema; Em suas anotações de 1928, Milroy sugeriu que o bloqueio linfático pode ser a causa subjacente, mas não descartou a ideia de uma anormalidade vasomotora; William Osler no livro “Os princípios e práticas da medicina”, batizou linfedema com o nome de Milroy. William Milroy Definição É também denominada como linfedema primário familiar ou linfedema congênito hereditário; É o acúmulo crônico de líquido no espaço intersticial; Acomete principalmente o sexo feminino; Caracteriza-se por insuficiência valvular, diminuição do número de capilares linfáticos, linfangiectasia, predisposição a lesões traumáticas cutâneas. Causa Mutação no locus q35.3 do cromossomo 5. O gene relacionado a essa área foi identificado como sendo o Flt-4; Ele codifica o receptor do fator de crescimento endotelial vascular 3 (VEGFR-3), um membro da família dos receptores da tirosina quinase; Este receptor é necessário para o desenvolvimento linfático durante o desenvolvimento embrionário. Características Edema de membros inferiores, presentes no nascimento ou desenvolvidos posteriormente; Inchaço normalmente bilateral; Veias de grande calibre; Unhas “ski-jump”; Hiperqueratose; Espessamento da pele; Aumento de marcas na pele. Veias dilatadas proeminentes Unha “ski-jump” Papilomas no segundo dedo do pé Fanny Mills Diagnóstico História clínica dando ênfase ao histórico familiar; Linfocintilografia; Teste genético molecular. Pé direito e esquerdo na linfocintilografia. Há captação do traçado nos gânglios ílio-inguinal direito, mas sem captação da esquerda devido à falha de absorção linfática periférica. Este paciente teve inchaço unilateral na perna esquerda. Complicações Infecções como a celulite, linfangite, erisipela; Sepse e gangrena, como resultado das infecções; Aumento da dor, como resultado da compressão dos nervos causada pelo desenvolvimento de fibrose e aumento acumulação de fluidos; Perda da função devido ao inchaço e mudanças no membro. Tratamento Não há cura para a doença de Milroy, mas a condição pode ser controlada; Terapia descongestionante é a forma mais amplamente aceita de tratamento; Outros tratamentos envolvem tratar as complicações, tais como infecções, dores e problemas de pele associados. Referências PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica. 6 ed. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara koogan, 2009. ANDRADE, Mauro. Linfangiogênese e genética dos linfedemas: revisão da literatura. J. vasc. bras. [online]. 2008, vol.7, n.3, pp. 256-261. Brice G, Child AH, Evans A, Bell R, Mansour S, Burnand K, Sarfarazi M, Jeffery S, Mortimer P. Milroy disease and the VEGFR-3 mutation phenotype. J Med Genet. 2005;42:98–102. Carver C, Brice G, Mansour S, Ostergaard P, Mortimer P, Jeffery S. Three children with Milroy disease and de novo mutations in VEGFR3. Clin Genet. 2007;71:187–9.
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