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Processos Geológicos

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7
2. PROCESSOS GEOLÓGICOS 
 
Denominam-se Processos Geológicos ou Dinâmica, o conjunto de 
ações que promovem modificações da crosta terrestre, seja em sua 
forma, estrutura ou composição. A energia necessária a tais ações 
provém do sol ou do interior da Terra. 
Os Processos Geológicos que ocorrem dentro (endógenos) e sobre 
(exógenos) no Planeta Terra podem ser reunidos num ciclo de processos 
que agem continuamente sobre o material rochoso. 
 
2.1. PROCESSOS GEOLÓGICOS ENDÓGENOS OU DINÂMICA INTERNA 
 
São processos que ocorrem utilizando energia proveniente do 
interior da Terra, formando e modificando a composição e a estrutura da 
crosta, em uma ação mais construtiva. 
São processos geológicos endógenos: vulcanismo, terremotos, 
plutonismo, orogênese, epirogênese, magmatismo, metamorfismo, etc. 
Tais processos não ocorrem isoladamente, eles se interelacionam da 
seguinte maneira: 
Os sedimentos (areia, cascalho, etc.) quando depositados podem se 
consolidar formando as rochas sedimentares. Ocorrendo aumento de 
pressão e temperatura (metamorfismo) estas rochas se transformam em 
rochas metamórficas. Aumentando-se ainda mais a pressão e 
temperatura, estas rochas podem se fundir originando um magma, 
iniciando-se o magmatismo. No seu movimento no interior da crosta, o 
magma pode atingir a superfície (vulcanismo) onde se resfria 
rapidamente formando as rochas vulcânicas. Se o magma não atinge a 
superfície e se resfria no interior da crosta, tem-se o plutonismo com a 
conseqüente formação de rochas plutônicas. 
As rochas existentes podem sofrer perturbações, devido a esforços 
que ocorrem no interior da crosta, deformando ou quebrando-se, 
originando dobras e falhas. Tais esforços ao provocarem 
reacomodações de partes da crosta produzem vibrações que se propagam 
em forma de ondas constituindo os terromotos. 
A orogênese é responsável pela formação de montanhas. Várias são 
as causas que levam à formação de montanhas, entre elas a erosão, 
falhas, etc., mas as grandes cadeias têm sua gênese associadas aos 
geossinclinais. Geossinclinais são locais de intensa sedimentação, que 
associada ao magmatismo, provocam sua subsidência com posterior 
arqueamento e soerguimento. O levantamento das cadeias de 
 8
montanhas, após o entulhamento dos geossinclinais, parece estar ligado 
a movimentos tectônicos (esforços provenientes do interior da Terra). 
Entre as várias teorias que procura explicar essa dinâmica, a Teoria 
Tectônica de Placas é bastante difundida. Esta teoria também procura 
explicar a deriva dos continentes como, por exemplo, o afastamento 
entre o Brasil e a África. 
A epirogênese consiste dos movimentos lentos, descendentes ou 
ascendentes dos continentes, afetando grandes áreas continentais. Uma 
das teorias que explicam estes movimentos é a Isostasia. 
 
2.2. PROCESSOS GEOLÓGICOS EXÓGENOS OU DINÂMICA EXTERNA 
 
São processos que ocorrem usando a energia proveniente do 
exterior da Terra, consistindo basicamente da energia solar que atua 
direta ou indiretamente sobre a superfície da crosta, em uma ação mais 
destrutiva. 
São processos geológicos exógenos: o intemperismo e a ação das 
águas superficiais e subterrâneas, do vento, do gelo e dos organismos. 
Os processos de desagregação e decomposição de rochas por ação 
das águas superficiais e subterrâneas, do vento, do gelo e dos 
organismos constituem o intemperismo. O intemperismo e a 
fotossíntese são dois processos fundamentais para a vida pois sem o 
intemperismo não haveria destruição das rochas e a formação dos solos, 
e sem a fotossíntese não haveria fixação da energia solar, vital ao ciclo 
de vida da Terra. A água atua tanto na superfície como na subsuperfície, 
tendo ação intempérica – é o principal agente de intemperismo químico 
– erosiva e transportadora. 
Ao percolar, a água transporta (lixívia) solutos para o lençol 
freático, atingindo o mar ou outro ambiente de sedimentação, podendo 
ocorrer aí precipitação e conseqüente formação de rochas sedimentares 
químicas. Ao escoar pela superfície, transporta sedimentos (erosão), 
depositando-os com a diminuição de sua energia, formando depósitos 
que originarão solos ou rochas sedimentares clásticas. 
O vento e o gelo são agentes intempéricos e transportadores. O 
intemperismo se dá pela ação abrasiva de partículas por eles 
transportadas. 
Os organismos atuam amplamente sobre a crosta terrestre, desde o 
microrganismo que se fixa na rocha até o homem que a fragmenta para 
comercializa-la. 
As duas fontes de energia principais, para a ocorrência dos 
processos geológicos, são independentes entre si, sendo, entretanto, os 
seus efeitos recíprocos. Por exemplo, a formação de montanhas em uma 
determinada área é independente dos processos exógenos que estejam 
porventura ocorrendo, no entanto, vai gerar uma nova condição de 
atuação da erosão sobre montanhas surgidas, que é um processo 
exógeno. 
As forças exógenas tendem a destruir a superfície dos continentes, 
transportando os materiais que vão se depositando. Por este processo, a 
tendência é o aplainamento total da superfície terrestre. No entanto, 
embora estes processos ocorram desde o início da existência da Terra, o 
aplainamento jamais se completou devido às forças endógenas que 
agem, em parte, em sentido contraio ao da erosão. A matéria 
proveniente do interior da Terra é continuamente impulsionada rumo à 
superfície, formando rochas novas, acentuando as diferenças do relevo e 
evitando que seja atingido o aplainamento, o equilíbrio da superfície. A 
modelagem da crosta terrestre é o objeto de estudo da geomorfologia. 
Os processos geológicos podem ser reunidos num ciclo que atua 
continuamente sobre a crosta terrestre: 
 
 
 MAGMA 
 Cristalização 
 Fusão 
 
 ROCHA ROCHA 
 METAMÓRFICA MAGMÁTICA 
 
 
Metamorfismo Intemperismo 
 
 
 ROCHA 
 SEDIMENTAR Diagênese SEDIMENTO 
 
 
 Pedogênese 
 
 SOLO 
 
 9
 10
O ciclo é percorrido do seguinte modo: iniciando-se, por exemplo, 
com o intemperismo, temos uma destruição das rochas expostas na 
superfície pela influência de agentes químicos e físicos. O material 
resultante é, então, transportado por diversos meios a um local de 
deposição (uma depressão marinha ou continental) onde se acumula. No 
empilhamento sucessivo destes materiais, ocorre que as porções mais 
profundas sofrem maior compactação, por ser maior o pacote de 
sedimentos sobrepostos, consolidando-se e formando as rochas 
sedimentares. As rochas sedimentares podem ser novamente expostas ao 
intemperismo por levantamentos parciais da crosta. Este é um ciclo que 
faz parte dos processos geológicos exógenos. 
Há outro possível que consiste na transformação de uma rocha 
submetida a aumentos de temperatura e pressão no local, que é o 
metamorfismo, levando a formação de rochas metamórficas. Este 
material pode sofrer ascensão e ser novamente exposto ao intemperismo, 
ou pode se refundir (magmatismo) podendo ascender na crosta e se 
derramar como produto vulcânico (vulcanismo) ou permanecer no 
interior da crosta e se consolidar como um produto plutônico 
(plutonismo). Estas rochas, assim formadas, podem ser novamente 
expostas à erosão, fechando o outro ciclo que faz parte dos processos 
geológicos endógenos. 
O interrelacionamento existente entre estes dois ciclos, ou seja, 
entre osprocessos geológicos endógenos e exógenos, é tal que os índios 
que vivem da pesca na Amazônia, têm uma profunda ligação com a 
orogênese responsável pela elevação dos Andes, e que hoje por 
intemperismo alimenta de sedimentos ricos, as águas dos rios da 
Amazônia, tornando-os mais piscosos. 
 
2.3. MAGMA 
 
2.3.1. Conceito 
 
É uma mistura complexa de substâncias em estado de fusão, 
essencialmente constituída de silicatos, contendo consideráveis 
quantidades de voláteis (vapor de água e outros gases). 
 
2.3.2. Origem 
 
Os desequilíbrios de pressão e temperatura podem formar o magma. 
 
 11
2.3.2.1. Princípio 
 
Cada substância ou grupo de substâncias tem um campo de 
existência real definido por condições de temperatura e pressão. 
 
2.3.3. Fontes de calor e de pressão 
 
a) Pressão de sedimentos (geossinclinal) 
b) Calor do núcleo 
c) Desagregação de materiais radioativos 
d) Deslizamentos internos 
e) Condensação do núcleo e de camadas entre 70 – 700 km de 
profundidade 
f) Movimentos tectônicos (oro = montanha e epiro = continente). 
 
2.3.4. Composição do Magma 
 
a) Não voláteis 
SiO2 (59,12%), Al2O3 (13,34%), CaO (5,08%), Fe2O3 (3,08%), FeO 
(3,80%), MgO (3,49%), Na2O (2,84%), K2O (3,13%), TiO2 (1,05%), 
P2O5 (0,30%), outros (1,15%). 
 
b) Voláteis (composição muito variável) 
H2O, NH3, H2SO4, CO2, NH4Cl, SO2, CO, HCl e outros. 
 
2.3.5. Resfriamento do Magma 
 
a) Temperatura inicial: 900 a 1.150oC 
b) Tipos de resfriamento 
. BRUSCO: contato com a água. 
. RÁPIDO: contato com o ar. 
. LENTO: ao abrigo do ar e da água. 
c) Quanto ao teor de silício temos: 
. Magmas ácidos (> 65% de Si) => pouco fluídos 
. Magmas básicos (# 65% de Si) => mais fluídos 
 
2.3.5.1. Fases do Resfriamento 
 
a) Fase Primária: formam-se os minerais acessórios das rochas 
ígneas (zirconita, titanita, monazita, cromita, ilmenita, etc.); 
 12
b) Fase Principal: formam-se os minerais máficos e siálicos; 
c) Fase Residual: ocorre a expulsão dos voláteis. 
 
2.3.6. Tipos Fundamentais de Magma 
 
A partir da determinação da composição do conjunto das rochas 
ígneas existentes na porção superficial da crosta terrestre ficou 
evidenciada a existência de dois grupos composicionais principais 
levando à inferência de que existam dois tipos fundamentais de magma. 
 
Ö Ácidos ou graníticos: são produzidos por fusão de rochas pré-
existentes em profundidades que variam de 7 a 15 km. 
Ö Básicos ou basálticos: se originam em profundidade de 40 a 
100 km na parte superior do manto por fusão de rochas básicas 
e ultrabásicas. 
 
Magma básico Magma ácido 
Olivina – (Mg,Fe)SiO4 Anortita (CaAl2Si2O8) 
Piroxênios (hiperstênio, 
augita, diopsídio) 
 Bytonita 
anfibólios (Tremolita) Labradorita 
Micas (biotita, muscovita) Andesina 
 Feldspatos K Oligoclásio 
Minerais Máficos Quartzo (minerais Siálicos) 
Série descontínua Zeólitos (série contínua) 
Min. Ferromagnesiano Soluções salinas (minerais Félsicos) 
 
2.3.7. Viscosidade 
 
A viscosidade é definida como sendo a resistência ao escoamento, 
determinando assim a pouca ou muita fluidez do magma, sendo função 
de sua composição, temperatura e pressão a que está submetido. 
 
Assim observa-se que: 
 
. quanto maior a temperatura, menor a viscosidade 
 
. quanto maior a pressão no ambiente, maior a viscosidade 
 
. quanto maior o conteúdo em elementos voláteis, menor é a viscosidade 
2.3.8. Cristalização do Magma 
 
O magma ao se resfriar, possibilita a cristalização de diferentes 
minerais, cujo conjunto constitui a rocha ígnea. Inicialmente cristaliza-
se grande parte dos silicatos, obedecendo a uma seqüência determinada 
pela temperatura e composição do magma, conhecida como Série de 
Bowen. Bowen mostrou que os silicatos comuns das rochas ígneas se 
cristalizam segundo uma ordem, em duas séries distintas: uma série de 
reação contínua e uma série de reação descontínua. Na primeira, os 
minerais mudam initerruptamente de composição, reagindo 
continuamente com a fusão, e na segunda, um mineral pré-formado 
reage com a fusão, formando um novo mineral com composição e 
estrutura cristalina diferentes. 
 
 
SÉRIE DE BOWEN 
 
 
Série descontínua
(ferro-magnesiana)
Série contínua 
(plagioclásio) 
T1 
 Olivina Plagioclásio cálcico 
Piroxênio Plagioclásio calco-sódico 
Anfibólio Plagioclásio sódico-cálcico 
 
 
Temperatura e 
acidez 
Biotita Plagioclásio sódico 
 
 Feldspato potássico 
T2 decrescente Muscovita 
 Quartzo 
 
 13

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