Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
TITULO: TRATAMENTO FORA DO DOMICÍLIO (TFD) UM BENEFICIO DESCONHECIDO AUTOR: Manoel de Jesus Oliveira Quaresma CONTEXTUALIZAÇÃO De acordo com o artigo 198, inciso I, da Constituição Federal de 1988, os municípios assumiram a responsabilidade pela integral saúde da população, tanto na atenção básica quanto na colocação à disposição dos meios de acesso aos serviços especializados que requerem estrutura e conhecimento mais avançados. Essa questão se reafirma com a Lei n. 8.080/90 que define em seu artigo 7º diversos princípios como, descentralização político-administrativa assim como também o princípio da integralidade de assistência que se articula entre as unidades de uma rede, das mais básicas às mais complexas tecnologicamente. Observa-se no entanto que a grande maioria das unidades de saúde não podem contar com estrutura para baixa, media e alta complexidade, principalmente os municípios do interior e para não haver limitações na cobertura a saúde foi assegurada aos usuários do SUS a possibilidade de terem acesso às ações e serviços, independentemente da complexidade requerida através do benefício de Tratamento Fora do Domicilio (TFD), estabelecido pela Portaria SAS/Ministério de Saúde nº 055 de 24/02/1999. O beneficio de Tratamento Fora de Domicilio consiste em fornecimento de passagens para deslocamento exclusivamente dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) e seus acompanhantes – se necessário – para a realização de atendimento médico especializado em alta complexidade em Unidades de Saúde cadastradas / conveniadas ao SUS em outras Unidades da Federação de acordo com a CNRAC e CERAC. Também está previsto o pagamento de ajuda de custo para alimentação e pernoite, a partir da comprovação dessa necessidade mediante análise sócio-econômica efetuada por Assistente Social do Município de origem do paciente. PROBLEMATIZAÇÃO Qual é o nível de conhecimento dos usuários do SUS com relação ao beneficio do tratamento fora do domicilio (TFD). O TFD é um programa garantido por lei, mas o quanto os munícipes de Igarapé-Miri sabem sobre ele? Quais são seus benefícios? Onde e a quem requerer? Não é raro casos de pacientes que vão do interior para a capital do estado sem dinheiro nenhum e ficam em difíceis condições, isso quando tem um parente ou amigo que possa dar um abrigo e alimentação. A prefeitura põem os pacientes na ambulância, mandam para Belém e não fazem mais nada. Não é difícil constatar que os pacientes, a maioria de baixa renda e desinformada, nem sabem que têm direito ao dinheiro e a prefeitura também não fazem questão de repassar o recurso. BIBLIOGRAFIA BRASIL. Constituição (1988). Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília, DF, Senado, 1998. _______. Lei n. 8.080, de 19 de setembro de 1990. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Leis/L8080.htm MINISTÉRIO DA SAÚDE, Portaria/SAS/Nº 055 de 24 de fevereiro de 1999. Dispõe sobre a rotina do Tratamento Fora de Domicílio no Sistema Único de Saúde – SUS, com inclusão dos procedimentos específicos na tabela de procedimentos do Sistema de Informações Ambulatoriais do SIA/SUS e dá outras providências.
Compartilhar